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FICHA 10

:
• eorodução do discurso no discurso. • Classes e subclasses de palavras. • Pronome pessoal em adjacência
f
• : " n a ç ã o de palavras. • Relações semânticas. verbal.
• Valor modal e aspetual. • Flexão verbal. • Dêixis.
• Opções subordinadas. • Coesão textual.
• Fiações sintéticas. • Referente.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,


Muda-se o ser, muda-se a confiança;
"odo o mundo é composto de mudança,
T
omando sempre novas qualidades.»
Assim cantou o nosso poeta maior, Luís de Camões, o rol de incertezas, de indeterminações,
sue a vida é feita... vida de todos os dias a que os homens e mulheres, bem como as nações,
se :èm de adaptar, mudando.
Todo o mundo é composto de mudança... é uma afirmação definitiva, completa, essencial.
Si**" é preciso mudar, mas como?
E que nem tudo pode mudar ao mesmo tempo. Se tudo mudasse num instante, perderíamos
cientemente a identidade. E o que faríamos, pobres de nós, sem a nossa identidade? Mais, o
mpje seria de um país, como um grande navio à deriva, em busca de identidade?
Aqui reside o segredo da adaptação à mudança: é em saber o que deve ser mudado e, ao
~esmo tempo, o que não se deve mudar. É para isso que serve a cultura.
Uma sociedade está em permanente transformação: as incertezas do momento podendo
: : -verter-se tanto em aspetos positivos, como em negativos, tanto em oportunidades, como em
E~eaças.
As incertezas trazem a possibilidade de futuros múltiplos. Teremos, pois, de saber escolher
. ~ deles, um caminho que conduza a uma solução coletiva portadora de esperança.
Os ares de Portugal são bons para o engenho e para a perseverança. Foram eles que nos le-
garam e continuam a levar a todas as partes do mundo.
O mundo é a nossa casa. Viva Portugal! Vivam os Portugueses!
CARAÇA, João. "Intervenção do Presidente da Comissão Organizadora do Dia de Portugal,
de Camões e das Comunidades Portuguesas", http://www.presidencia.pt,
[Consult. 2016-08-03]

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. A modalidade de reprodução do discurso que dá início ao texto é


(A) o discurso direto.
(B) o discurso indireto.
(C) o discurso indireto livre.
(D) a citação.
1.2. A palavra «ser», na linha 2, é formada por
(A) conversão.
(B) parassíntese.
(C) derivação não afixai.
(D) truncação.

1.3. O segmento «Luís de Camões» (linha 5) desempenha a função sintética de


(A) sujeito.
(B) vocativo.
(C) modificador do nome apositivo.
(D) complemento direto.

1.4. O vocábulo «mundo» (linha 8) é, relativamente a «Portugal» (linha 20), um


(A) hiperónimo.
(B) hipónimo.
(C) merónimo.
(D) holónimo.

1.5. No contexto em que ocorre, a expressão «é preciso mudar» (linha 9) transmite um valor de
(A) possibilidade.
(B) obrigatoriedade.
(C) permissão.
(D) concessão.

(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2013, 2. a fase, GAVE)

1.6. Na frase «Se tudo mudasse num instante, perderíamos evidentemente a identidade.» (linhas
10 e 11), as orações são, respetivamente,
(A) subordinada adverbial condicional e subordinante.
(B) subordinante e subordinada adverbial causal.
(C) subordinante e subordinada adverbial final.
(D) subordinada adverbial concessiva e subordinante.

1.7. Sintaticamente, a sequência dos constituintes «Aqui», «o segredo da adaptação à mudança»


e «da adaptação à mudança», em «Aqui reside o segredo da adaptação à mudança»
(linha 13), é
(A) modificador, predicado e complemento oblíquo.
(B) modificador, complemento direto e complemento oblíquo.
(C) complemento oblíquo, sujeito e complemento do nome.
(D) complemento oblíquo, complemento direto e modificador.
1.8. Na frase «Os ares de Portugal são bons para o engenho e para a perseverança» (linha 20),
surgem
(A) três nomes comuns e um nome próprio.
(B) dois nomes comuns e um nome próprio.
(C) dois nomes comuns coletivos, um nome próprio e um nome comum.
(D) um nome comum coletivo, um nome próprio e dois nomes comuns.

1.9. Em «Viva Portugal!» (linha 22), a palavra sublinhada é


(A) um verbo.
(B) uma interjeição.
(C) um advérbio.
(D) um adjetivo.

2. Identifica as afirmações como Verdadeiras ou Falsas. Justifica as tuas opções.

A forma verbal «faríamos» (linha 11) encontra-se conjugada no pretérito imperfeito do con-
juntivo.

Na frase «Uma sociedade está em permanente transformação» (linha 15), o presente do in-
dicativo assume um valor genérico.

A utilização da palavra «pois» (linha 18) constitui um mecanismo de coesão gramatical frá-
sica.

2 O pronome pessoal «eles» (linha 20) tem como referente «Os ares de Portugal» (linha 20).

Reescreve a frase «As incertezas trazem a possibilidade de futuros múltiplos.» (linha 18),
pronominalizando o complemento direto.

Identifica a função sintética desempenhada pelo pronome pessoal presente em «que nos
levaram e continuam a levar a todas as partes do mundo.» (linhas 20 e 21).
(Item adaptado do Teste Intermédio de Português, 2014, fevereiro, IAVE)


Transcreve, do último parágrafo do texto, um deítico pessoal.

FICHA 1
=
• e ações semânticas. • Intertextualidade. • Orações subordinadas.
• Formação de palavras. • Valor modal. • Antecedente.
• Grau do adjetivo. • Dêixis. • Valor dos conectores.
• Classes e subclasses de palavras. • Coesão textual.
• Processos fonológicos. • Funções sintéticas.

Não é fácil pensarmos em Portugal como um país bem-humorado, praticante da ironia inte-
ligente, ágil profanador das regras do bom comportamento, do bom senso e do bom gosto.
Apesar de termos inventado as cantigas de escárnio e maldizer, apesar de termos tido um Ca-
milo e um Eça, e de sermos exímios praticantes da má língua no espaço privado eis que no es-
paço público agimos como aquele monge que, no Nome da Rosa, de Umberto Eco, queima o
livro sobre o riso por este ser herético.
No Parlamento, nos media, nas ruas quantos são os que nos fazem rir? Quantos são os que
manejam a língua portuguesa com erudição e perversidade para nos porem a rir de nós mesmos
e do mundo em redor? Quantos nos mostram o lado mais cómico disto tudo?
Talvez porque o riso seja sempre um ato de rebeldia, uma forma de questionar as regras,
uma vingança da inteligência sobre a brutalidade e a estupidez daquilo que se chama "ser
sério" e nós somos um povo habituado a baixar a cabeça. Talvez porque preferimos a apagada
e vil tristeza do faduncho e das suas divas, porque sonhamos em usar fato e gravata e ser cha-
mados de "doutor". Talvez porque queremos ser levados a sério, nós, portugueses, não rimos
em público, não dizemos piadas, não fazemos críticas e tendemos a desprezar quem o faz.
Somos um povo ancestralmente pobre e analfabeto, daí estarmos mais à vontade com a vio-
lência do sarcasmo, do que com as subtilezas da ironia. A ironia é uma prerrogativa dos ricos, da
burguesia, dos que podem ter distanciamento suficiente dos factos para poderem fixar sobre
eles uma linguagem rebuscada e complexa. O sarcasmo está mais próximo do corpo, da luta
pela sobrevivência. Está mais próximo da obscenidade carnavalesca: a libertação da ansiedade,
da tristeza, do medo e da morte fazem-se com as palavras obscenas. Ferenczi, discípulo de Freud,
escreveu que os palavrões serviam para descarregar a violência recalcada em nós. Uma violência
que sai do corpo e se faz palavra para aliviar a nossa tensão.
Porque o riso é também um prazer físico, ele foi durante milénios reprimido pela igreja e por
todas as ditaduras. O riso é visto como uma falta de fé, uma manifestação de dúvida que faz
tremer o altar de qualquer Deus. Ou, como dizem as pessoas que se querem "de respeito": "não
se brinca com coisas sérias."

MARQUES, Joana Emídio. " Livros que nos fazem rir, segundo Ricardo Araújo Pereira"

http://observador.pt/, [Consult. 2016-07-28)

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. Entre os vocábulos «Portugal» e «país» (linha 1) estabelece-se uma relação semântica de

(A) sinonímia.
(B) antonímia.
(C) hiponímia.
(D) meronímia.
1.2. Os processos de formação das palavras «bem-humorado» (linha 1) e «luta» (linha 19) são,
respetivamente,
(A) composição e truncação.
(B) composição e derivação.
(C) derivação e amálgama.
(D) amálgama e parassíntese.
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2014, 2.a fase, IAVE)

1.3. A locução conjuncional «Apesar de» (linha 3) introduz uma ideia de


(A) condição.
(B) causa.
(C) concessão.
(D) consequência.

1.4. O advérbio «eis» (linha 4) tem um valor semântico de


(A) designação.
(B) modo.
(C) inclusão.
(D) afirmação.

1.5. Na frase «Quantos nos mostram o lado mais cómico disto tudo?» (linha 9), o adjetivo encon-
tra-se no grau
(A) comparativo de superioridade.
(B) superlativo relativo de superioridade.
(C) superlativo absoluto analítico.
(D) normal.

1.6. O recurso ao advérbio «Talvez», no início do terceiro parágrafo, veicula um valor modal de
(A) obrigação.
(B) permissão.
(C) probabilidade.
(D) certeza.

. A oração «quem o faz» (linha 15) é


(A) subordinante.
(B) subordinada adjetiva relativa.
(C) subordinada substantiva completiva.
(D) subordinada substantiva relativa.
1.8, A expressão «pela igreja e por todas as ditaduras» (linhas 24 e 25) desempenha a função
sintética de
(A) complemento agente da passiva.
(B) complemento oblíquo.
(C) complemento indireto.
(D) complemento direto.

1.9. Um dos processos fonológicos que ocorreram na evolução da palavra persona- > «pessoa(s)»
(linha 26) é a
(A) metátese.
(B) assimilação.
(C) apócope.
(D) crase.

2. Classifica as afirmações seguintes como Verdadeiras ou Falsas. Justifica as tuas opções.

2.1. Ao utilizar a expressão «a apagada e vil tristeza» (linhas 12 e 13), a autora estabelece com Os
Lusíadas uma relação de intertextualidade.

2.2. A forma verbal «dizemos» (linha 15) é um deítico espacial e temporal.

2.3. O sujeito da frase «Somos um povo ancestralmente pobre e analfabeto» (linha 16) é nulo
indeterminado.

2.4. A utilização dos diferentes tempos verbais em «Porque o riso é também um prazer físico, ele
foi durante milénios» (linha 24) contribui para assegurar a coesão gramatical temporal.

3. Responde corretamente às questões.

1.1. Identifica a função sintética desempenhada pelo pronome relativo presente em «aquele
monge que, no Nome da Rosa, de Umberto Eco, queima o livro sobre o riso por este ser he-
rético» (linhas 5 e 6).

3.2. Indica o antecedente do pronome pessoal «eles» (linha 19).

3.3. Transcreve a oração subordinada adjetiva relativa presente na última frase do texto.
(Item adaptado do Teste Intermédio de Português, fevereiro de 2013, GAVE)

64
FICHA 12
• Coesão textual. • Palavras convergentes/divergentes. • Orações subordinadas.
• Valor aspetual. • Arcaísmos e neologismos. • Valor modal.
• Formação de palavras. • Funções sintéticas. • Pronome em adjacência verbal.
• Dêixis. • Relações semânticas.
• Relações de ordem cronológica. • Classes e subclasses de palavras.

A rebatizada Mumbai, com mais habitantes que Portugal inteiro, é hoje cousa gigantesca e
capital do estado de Maharashtra. O aeroporto internacional cheirava a mofo apesar do ar con-
dicionado, um bafio que a memória me trouxe misturado com imagens de outros aeroportos,
noutros trópicos, Rio de Janeiro, Salvador, Aracaju, Recife, Bissau, Dakar, São Tomé, Luanda a
seguir ao Natal, quando cheguei à porta do avião e a primeira baforada de abafada humidade
me deixou incapaz de respirar. Mas aquelas distantes descidas em terras tropicais eram uma
visão arcádica quando comparada com a multidão sonâmbula que cercava o carrossel das baga-
gens às duas da madrugada em Mumbai, e se esgueirava uma hora mais tarde diante de funcio-
nários alfandegários de fardas às três pancadas, fixando-nos como se fôssemos aves raras. Fora,
no calor compacto, odores fortes a gases de automóveis, a sujidade, a suor. E crianças-rapazes
pedindo. Tinham-me aconselhado a nunca dar esmola porque depois os pedintes não nos lar-
gam. O olhar indefeso, a insistência e a idade deles despertaram em mim a tortura da compai-
xão, a obscura vocação para a culpa, e distribuí ao acaso as rupias acabadas de trocar.
Os rapazes desapareceram numa correria, e só então reparei nos carregadores desinteressa-
dos das nossas malas, sentados ou encostados aos carrinhos metálicos enormes, desajeitados,
antiquados, aqui ainda usados para levar malas. No imenso parque de estacionamento à nossa
frente, centenas de táxis parados com ar de ali estarem há séculos. Falar em centenas de táxis
soa a mendespintice. Garanto que não mendespinto. Nas entupidas ruas de Mumbai andam
cinquenta mil táxis de vários tipos, uns de tejadilho cinza, amarelo ou creme claro e portas azuis
ou pretas, outros com frisos decorativos colados aos vidros, muitos como riquexós de três rodas
e sem portas, para que a circulação do ar faça as vezes de ar condicionado. Teriam os taxistas
estacionado no aeroporto para se adiantarem na fila e apanharem os primeiros passageiros do
dia seguinte? Estariam dormindo por ali? Nesta terra e nesta época, quem não tem teto dorme
onde calha. Mais tarde, em Goa, na festa de São Francisco Xavier, verifiquei que dormir ao re-
lento, sobre um pano, um lençol, uma esteira, é coisa corrente. E comecei a levar à letra o que
antes lera: que aqui a realidade é tanto mais provável quanto mais inverosímil.

FARIA, Almeida. 2013. O Murmúrio do Mundo-A índia revisitada,


Rio de Janeiro, Tinta da China, pp. 27-29

Seleciona a opção correta de cada item.

Os segmentos «hoje» (linha 1), «cheguei» (linha 5), «duas da madrugada» (linha 8) e «uma
hora mais tarde» (linha 8) contribuem para assegurar a coesão
(A) frásica.
(B) interfrásica.
(C) lexical.
(D) temporal.
1.2. Na frase «E crianças-rapazes pedindo.» (linhas 10 e 11), a ação é apresentada com um valor
aspetual
(A) perfetivo.
(B) durativo.
(C) genérico.
(D) pontual.

1.3. Os processos de formação das palavras «olhar» (linha 12) e «táxis» (linha 19) são, respetiva-
mente,
(A) parassíntese e amálgama.
(B) derivação e acrónimo.
(C) conversão e truncação.
(D) amálgama e composição.

1.4. O sujeito da forma verbal «despertaram» (linha 12) é


(A) nulo indeterminado.
(B) nulo subentendido.
(C) simples.
(D) composto.

1.5. O verbo presente em «Os rapazes desapareceram numa correria» (linha 14) é
(A) intransitivo.
(B) transitivo indireto.
(C) transitivo direto.
(D) transitivo-predicativo.

1.6. Os advérbios «então» (linha 14) e «aqui» (linha 16) são


(A) um deítico espacial e um deítico temporal, respetivamente.
(B) um deítico temporal e um deítico espacial, respetivamente.
(C) deíticos temporais em ambos os casos.
(D) deíticos espaciais em ambos os casos.

1.7. O uso do modo condicional, nas linhas 21 e 23, tem o valor modal de
(A) permissão.
(B) obrigação.
(C) apreciação.
(D) probabilidade.
13: Na expressão «E comecei a levar à letra o que antes lera» (linhas 25 e 26), a forma verbal
«lera» corresponde, em relação ao complexo verbal «comecei a levar», a um tempo
(A) anterior.
(B) posterior.
(C) inacabado.
(D) simultâneo.
(Item adaptado do Prova Escrita de Português, 2011, 2. a fase, GAVE)

Classifica as afirmações seguintes como Verdadeiras ou Falsas. Justifica as tuas opções.

2.1, Como as palavras «inteiro» (linha 1) e íntegro derivam do mesmo étimo, designam-se de
palavras convergentes.

1 2. O pronome relativo «que» (linha 3) desempenha a função sintética de sujeito.

2.3. Os constituintes «à porta do avião» (linha 5) e «de respirar» (linha 6) desempenham a função
sintética de complemento oblíquo.

2 A oração «porque depois os pedintes não nos largam» (linhas 11 e 12) é subordinada causal.

1 5. O pronome surge anteposto ao verbo em «os pedintes não nos largam» (linhas 11 e 12)
porque se encontra inserido numa oração subordinada.

2 6. A palavra «mendespintice» (linha 18) corresponde a um neologismo.

2,7, Entre os elementos «táxis» e «tejadilho» (linha 19) estabelece-se uma relação semântica de
inclusão.

Identifica um arcaísmo, na primeira frase do texto, e justifica.

Classifica a oração «onde calha» (linha 24).


(Item adaptado do Prova Escrita de Português, 2014, 1 ,a fase, IAVE)

Identifica a função sintética desempenhada pela oração subordinada presente na frase «Mais
tarde, em Goa, na festa de São Francisco Xavier, verifiquei que dormir ao relento, sobre um
pano, um lençol, uma esteira, é coisa corrente.» (linhas 24 e 25).
FICHA 13
• - c e s s o s fonológicos. • Campo semântico. • Formação de palavras.
• tfalor dos conectores. • Grau do adjetivo. • Flexão verbal.
• : --ções sintéticas. • Dêixis. • Antecedente.
" ações semânticas. • Coesão textual. • Valor da oração.
« I Tacões subordinadas. • Classes e subclasses de

Condes de Gouvarinho
Pululam muitos por aí, de facto - e muitos reúnem-se pela noite dentro, à volta das mesas de
: v e s decadentes ou em higiénicos chats de facebook, para discorrer sobre os seus "projetos".
M o é difícil, hoje em dia, descobrir Pachecos do Norte ao Sul do país. Mas, sublinha João de
Melo, é em Os Maias que mais abunda a chamada "galeria de tipos lusitanos".
Nem é pelo facto de as suas personagens estarem construídas à medida de uma conceção
monárquica do poder que, no entender do escritor, deixam de ser eternas à sua medida. "Este é,
2e algum modo, o Portugal dos condes de Gouvarinho, dos banqueiros ociosos, dos jornalistas
i enais, dos 'dandies' pretensiosos e inúteis, mas também dos Joões da Ega e dos Carlos da Maia
inconsequentes e igualmente inúteis."
Manuel S. Fonseca pensa que é grande a tentação de usarmos Eça como se fosse uma kalash-
n;kov. "Ele disse coisas sobre políticos e fraldas e outras muito pouco platónicas sobre a Grécia
que parecem quase ser respostas diretas - e diretas já - a situações políticas atuais". Mas Fon-
s.eca prefere fazer justiça à "bela cabeça de Eça" e o que vê nessa mesma cabeça é "desenhar-se
um humaníssimo teatro do mundo de fantasia e ficção universais, que vão além da urgência
política".
No feminino, por exemplo, vê muitas diferenças: "É provável que ainda haja Padres Amaros
a seduzir Amelinhas. Mas quero acreditar que sobretudo as mulheres portuguesas mudaram
rmuito, para não dizer tudo." Hoje, a mulher portuguesa urbana é, nas palavras de Fonseca, "se-
nhora de si, do seu destino e faria morrer de inveja a loiríssima beleza da Maria Eduarda de Os
Maias. Ou talvez não, nota Manuel. Talvez a mulher portuguesa moderna seja hoje uma irmã de
Maria Eduarda, com "o mesmo passo de deusa", "o resplandecente decote" que o vestido preto
-ealça.

SANTOS, Nuno Costa. "Eça de Queirós ainda explica Portugal".


http://observador.pt/ [Consult. 2016-08-02]

Seleciona a opção correta de cada item.

. . Na evolução de ibi > /'/' > /' > «aí» (linha 2), ocorreram os processos fonológicos de
(A) aférese, sinérese e paragoge.
(B) epêntese, assimilação e apócope.
(C) síncope, crase e prótese.
(D) prótese, sonorização e metátese.
1.2. A expressão «de facto» (linha 2) apresenta um valor de
(A) reafirmação.
(B) causa.
(C) conclusão.
(D) adição.

1.3. O constituinte «sobre os seus "projetos"» (linha 3), sintaticamente, é


(A) complemento indireto.
(B) complemento oblíquo.
(C) modificador (do grupo verbal).
(D) complemento direto.

1.4. Os vocábulos «Norte» (linha 4) e «Sul» (linha 4) são, relativamente ao nome «país» (linha 4),
(A) merónimos.
(B) holónimos.
(C) hipónimos.
(D) antónimos.

1.5. Na frase «Manuel S. Fonseca pensa que é grande a tentação de usarmos Eça como se fosse
uma kalashnikov.» (linhas 11 e 12), estão presentes orações subordinadas
(A) adjetiva relativa restritiva e adverbial condicional.
(B) substantiva relativa e adverbial final.
(C) adjetiva relativa explicativa e adverbial consecutiva.
(D) substantiva completiva e adverbial comparativa.

1.6. As expressões «"bela cabeça de Eça"» (linha 14) e perdera cabeça


(A) pertencem ao mesmo campo lexical.
(B) fazem parte do mesmo campo semântico.
(C) estabelecem uma relação de hierarquia.
(D) apresentam uma relação de semelhança.

1.7. O adjetivo presente em «um humaníssimo teatro do mundo de fantasia» (linha 15) está no
grau
(A) normal.
(B) comparativo de superioridade.
(C) superlativo absoluto sintético.
(D) superlativo absoluto analítico.
1.8. O advérbio «hoje» (linhas 19 e 21) é
(A) um deítico espacial.
(B) um deítico pessoal.
(C) um elemento de coesão interfrásica.
(D) um elemento de coesão temporal.

2. Classifica as afirmações seguintes como Verdadeiras ou Falsas. Justifica as tuas opções.

, As palavras «muitos» (linha 2), «muitas» (linha 17) e «muito» (linha 19) são advérbios de
quantidade e grau.

!.2. Os vocábulos «c/iafs» e «facebook» (linha 3) são formados por amálgama.

2.3. Os adjetivos presentes nas expressões «dos banqueiros ociosos, dos jornalistas venais, dos
'dandies' pretensiosos e inúteis» (linhas 8 e 9) desempenham a função sintática de comple-
mento do nome.

2.4. A expressão «mas também» (linha 9) estabelece uma relação de adição.

. A forma verbal «haja» (linha 17) está conjugada no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

2.6. O pronome relativo em «"o resplandecente decote" que o vestido preto realça» (linhas 22 e
23) desempenha a função sintática de complemento direto.

Indica o tipo de coesão assegurada pelo recurso à conjunção «Mas» (linha 13).

Classifica o sujeito da frase «No feminino, por exemplo, vê muitas diferenças» (linha 17).

Refere a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente em «É provável


que ainda haja Padres Amaros a seduzir Amelinhas.» (linhas 17 e 18).

5. Identifica o valor da oração subordinada presente em «Mas quero acreditar que sobretudo as
mulheres portuguesas mudaram muito» (linhas 18 e 19).

Indica o antecedente do determinante possessivo que ocorre em «"senhora de si, do seu


destino e faria morrer de inveja a loiríssima beleza da Maria Eduarda de Os Maias» (linhas 19,
20 e 21).
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2012, 2. a fase, GAVE)

75
FICHA 14
• Funções sintáticas, • Valor dos conectores. • Coerência textual.
• Formação de palavras. • Referente. • Intertextualidade.
• Orações coordenadas e • Classes e subclasses de palavras,
subordinadas. • Processos fonológicos.

José Gardeazabal, vencedor da 1. a edição do Prémio de Poesia Vasco Graça Moura/Imprensa


Nacional - Casa da Moeda (IN/CM), apresenta-nos em História do Século Vinte um curioso livro
de poemas.
Do título aos textos, espera-nos uma deambulação por versos que fazem ecoar acontecimen-
tos, num tom que JG vai buscar a algum Álvaro de Campos ("uma turbina gira para iluminar os
operários de aço,/ e tudo isto barato!"), quando lê o início do século e a industrialização do
ferro e do aço, o nascimento e formação, consolidação mesmo, do proletariado como massa de
trabalho, ou quando assume que, ao rever a I Guerra Mundial, lê "o jornal com o espírito das
trincheiras".
A voz deste sujeito que deambula pelos episódios do século passado tem sempre o mesmo
tom: através da narração, de fotografias, chama a si uma omnipresença que, à maneira de um
narrador implicado, lembra muito Peter Handke e o seu Poema à Duração. É uma voz fria, pro-
curando pintar, "por letras, por sinais", os quadros revoltados que um Cesário não desprezaria.
No limite, História do Século Vinte mostra um projeto poético a caminho da sua própria ne-
gação: quem escreve versos sabe, desde a Carta de Lord Chandós, que a linguagem com que
dizemos o mundo é falha de sentido, e tem, a impulsioná-la, a gaguez, a dificuldade de nomear
este mundo.
É esse falar por si que permite que o discurso ora se amplie, ora se concentre (há versos isola-
dos do corpo dos poemas, não raro versos constituídos de uma só palavra), ora se construa em
regime citacional, dando a impressão de que o sujeito, o tal narrador implicado, é autor e ator
da História. Dito de outro modo, José Gardeazabal toma para si a representação do poeta como
corredor de fundo da narrativa humana: é ele que, no fim de contas, se revela "atleta pintor",
correndo "de tesoura nas mãos", rodando na "cadeira à volta da tela", cortando e recortando,
"porque lhe interessam as figuras humanas".
CORTEZ, António Carlos. In Visão
http://visao.sapo.pt/jornaldeletras/letras/2016-06-27-Historia-do-Seculo-Vinte-Recortar-figuras-humanas
[Consult. 2016-07-21] (Texto com supressões e adaptado)

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. O pronome «nos» em «apresenta-nos» (linha 2) desempenha a função sintática de


(A) complemento direto.
(B) sujeito.
(C) complemento oblíquo
(D) complemento indireto.
1.2. Os vocábulos «IN/CM» (linha 2) e «fotografias» (linha 11) correspondem, respetivamente, a
(A) uma sigla e um composto morfológico.
(B) uma sigla e um composto morfossintático.
(C) um acrónimo e uma truncação.
(D) uma sigla e uma amálgama.

1.3. No segundo parágrafo do texto, a intertextualidade manifesta-se através da


(A) paráfrase.
(B) alusão.
(C) citação.
(D) paródia.

1.4. A palavra «que» (linha 4) introduz uma oração subordinada


(A) adverbial consecutiva.
(B) adverbial causal.
(C) adjetiva relativa restritiva.
(D) substantiva relativa.

1.5. A oração «para iluminar os operários de aço» (linhas 5 e 6) é subordinada


(A) adverbial consecutiva.
(B) adverbial final não finita infinitiva.
(C) substantiva completiva não finita infinitiva.
(D) adverbial causal.

1.6. A palavra «que», em «quando assume que, ao rever a I Guerra Mundial, lê "o jornal com o
espírito das trincheiras".» (linhas 8 e 9), expressa um valor
(A) explicativo.
(B) completivo.
(C) causal.
(D) restritivo.

O segmento «com o espírito das trincheiras» (linhas 8 e 9) é, sintaticamente, o


(A) complemento agente da passiva.
(B) complemento oblíquo.
(C) complemento indireto.
(D) modificador (do grupo verbal).
1.8. A expressão «uma omnipresença» (linha 11) é o
(A) predicativo do complemento direto.
(B) complemento indireto.
(C) complemento direto.
(D) sujeito.
1.9. O determinante possessivo em «o seu Poema à Duração» (linha 12) refere-se a
(A) «A voz deste sujeito» (linha 10).
(B) «um narrador implicado» (linhas 11 e 12).
(C) «Peter Handke» (linha 12).
(D) «Poema à Duração» (linha 12).

1.10. A oração destacada em «quem escreve versos sabe» (linha 15) é subordinada
(A) adjetiva relativa restritiva.
(B) substantiva relativa.
(C) adverbial causal.
(D) adverbial consecutiva.

1.11. O pronome pessoal átono em «tem a impulsioná-la» (linha 16) refere-se a


(A) «a Carta de Lord Chandós» (linha 15).
(B) «a linguagem» (linha 15).
(C) «falha de sentido» (linhal6).
(D) «a gaguez» (linhal6).

1.12. A expressão «de nomear este mundo» (linhas 16 e 17), sintaticamente, é o


(A) complemento do nome.
(B) complemento oblíquo.
(C) complemento direto.
(D) complemento indireto.

1.13. Em «ora se amplie, ora se concentre» (linha 18), «ora se construa» (linha 19), as palavras
destacadas são conjunções
(A) coordenativas copulativas.
(B) coordenativas disjuntivas.
(C) subordinativas consecutivas.
(D) subordinativas temporais.
1.14, O verbo revelar em «se revela "atleta pintor"» (linha 22) é, quanto à subclasse,
(A) intransitivo.
(B) transitivo direto.
(C) transitivo-predicativo.
(D) copulativo.

1.15, A palavra «porque» (linha 24) assume um valor


(A) explicativo.
(B) consecutivo.
(C) causal.
(D) relativo.

1.16, A expressão «as figuras humanas» (linha 24) é o


(A) complemento direto.
(B) modificador.
(C) complemento indireto.
(D) sujeito.

1.11. No texto, ao nível da coerência, respeita-se o princípio da relevância, pois


(A) as informações estão relacionadas entre si.
(B) tudo o que é afirmado pode ser comprovado.
(C) as ideias apresentadas não se contradizem.
(D) é fornecida toda a informação sobre o assunto.

2. Responde corretamente.

2.1. Identifica a subclasse do verbo girar (linha 5).

2.2. Refere a subclasse do adjetivo em «I Guerra Mundial» (linha 8).

23. Refere a função sintática do segmento «É uma voz fria» (linha 12).

2.4. Indica a função sintática da palavra «que» (linha 13).

2.5. Menciona um dos processos fonológicos que ocorreram na evolução da palavra cathedra
«cadeira» (linha 23).
FICHA 15
Funções sintéticas. • Coesão textual. • Valor dos conectores.
• Formação de palavras. • Classes e subclasses de palavras. • Pontuação.
• Valor modal e aspetual. • Relações semânticas.
• Valor da oração. • Antecedente.

Senhora da Cunha, S. Mamede de Riba Tua, 20 de setembro de 1977- Mais um marco geodé-
sico da nossa fé. Cá estou no topo, a olhar, maravilhado, outros ao longe, sobranceiros ao des-
lumbrante panorama duriense, e a fazer com eles a triangulação da alma religiosa da pátria. A
avaliação da sua alma cívica fi-la ao longo dos anos de miradoiros rasos, ao rés do chão, de onde
se viam apenas tristes paisagens humanas...
Estremoz, 2 de outubro de 1977-Este Alentejo podia muito bem ser meu. O que lhe falta em
altura, sobra-lhe em largueza. E ambas as dimensões me empolgam igualmente. Escalar monta-
nhas abruptas ou rasgar horizontes infindos foi sempre o grande afã da minha vida. Aproximar
a alma do céu e calcar a sombra do corpo na terra.
Estremoz, 5 de outubro de 1977 - D o dia de hoje, exaustivo, desde madrugada até ao pôr do
Sol a calcorrear charnecas, só quero recordar a hora em que, a arder de calor e morto de sede,
emborquei sucessivos púcaros de água fresca arrancada das funduras de um poço. Tinha a im-
pressão de que estava a fazer uma transfusão de sangue. (...)
S. Martinho de Anta, 24 de dezembro de 1977 - A braços com os meus fantasmas, que nunca
deixam de estar presentes nesta data, vou atiçando o lume na lareira. É meu Pai, é minha Mãe,
é meu Avô... Estão sentados a meu lado, calados, num recolhimento letal. Vieram porque eu
vim, e como há muito me disseram tudo o que tinham a dizer, fazem-me apenas companhia. É
uma consoada suplementar, consecutiva à outra, mas silenciosa e abstinente, de que não com-
partilha o resto da família, que já dorme. A noite é comprida, e nenhum de nós tem pressa. E
vamos deixando correr as horas sacrais, à espera da luz da manhã. Nela, eles regressarão discre-
tamente ao mundo tranquilo dos mortos e eu acordarei estremunhado no mundo inquietante
dos vivos. Até que outro Natal nos junte de novo, aqui ainda, unidos pela minha memória, ou lá
onde os imagino lembrados de mim no eterno esquecimento.

TORGA, Miguel, 2070.Diárío XIII. Lisboa. D. Quixote

1. Seleciona a opção correta de cada item.


1.1. A palavra «outros» (linha 2), sintaticamente, é o
(A) sujeito.
(B) complemento direto.
(C) modificador.
(D) complemento oblíquo.

1.2. As palavras «duriense» (linha 3) e «rés do chão» (linha 4) são formadas, respetivamente por
(A) derivação não afixai e amálgama.
(B) derivação por conversão e composição morfossintática.
(C) derivação por sufixação e composição morfossintática.
(D) derivação por sufixação e composição morfológica.
1.3. Na frase «de onde se viam apenas tristes paisagens humanas...» (linhas 4 e 5), o pronome
assume um valor
(A) de reciprocidade.
(B) de reflexividade.
(C) inerente.
(D) impessoal.

1.4. Na frase «Este Alentejo podia muito bem ser meu» (linha 6), a modalidade epistémica é as-
segurada
(A) pelo pronome possessivo «meu».
(B) pelo valor modal da forma do verbo auxiliar «podia».
(C) pelo advérbio de quantidade e grau «muito».
(D) pela forma do verbo principal «ser».

1.5. A locução «em que» (linha 11) assume um valor


(A) causal.
(B) completivo.
(C) temporal.
(D) restritivo.

1.6. A expressão «de que estava a fazer uma transfusão de sangue» (linha 13) é o
(A) complemento oblíquo.
(B) complemento do nome.
(C) complemento indireto.
(D) complemento direto.

1.7. A oração «que nunca deixam de estar presentes nesta data» (linhas 14 e 15) desempenha a
função sintética de
(A) modificador do nome apositivo.
(B) modificador do nome restritivo.
(C) modificador (do grupo verbal).
(D) modificador (de frase).

1.8. O complexo verbal «vou atiçando» (linha 15) tem um valor aspetual
(A) perfetivo.
(B) pontual.
(C) genérico.
(D) iterativo.
1.9. A vírgula é usada em «É meu Pai, é minha Mãe, é meu Avô...» (linhas 15 e 16) para isolar
(A) os vocativos.
(B) elementos numa enumeração.
(C) os complementos diretos.
(D) o discurso direto.

1.10. Em relação à expressão «a luz da manhã» (linha 20), o recurso ao pronome pessoal e/a pre-
sente em «Nela» (linha 20) constitui uma
(A) substituição por hiperonímia.
(B) substituição por holonímia.
(C) catáfora.
(D) anáfora.
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2016, Época Especial, IAVE)

1.11. As palavras «tranquilo» (linha 21) e «estremunhado» (linha 21) estabelecem entre si uma
relação semântica de
(A) oposição.
(B) inclusão.
(C) equivalência.
(D) hierarquia.

1.12. O verbo acordarem «e eu acordarei» (linha 21) é, quanto à subclasse,


(A) transitivo indireto.
(B) transitivo direto.
(C) intransitivo.
(D) transitivo-predicativo.

1.13. A expressão «de mim» (linha 23) é, sintaticamente, o


(A) complemento direto.
(B) complemento oblíquo.
(C) complemento do adjetivo.
(D) complemento agente da passiva.

2. Identifica o antecedente do pronome pessoal em «fi-la» (linha 4).

3. Indica o valor da oração relativa «que já dorme» (linha 19).


FICHA 16
• Funções sintéticas. • Valor modal e aspetual. • Antecedente.
• Coesão textual. • Relações semânticas. • Orações coordenadas e
• Processos fonológicos. • Dêixis. subordinadas.
• Valor dos conectores. • Subclasses de palavras. • Verbos auxiliares.

Hoje eu digo-vos que os desafios que enfrentamos são reais. São sérios e são muitos. Não
serão resolvidos facilmente nem num curto espaço de tempo. Mas fica a saber, América - eles
serão resolvidos.
Neste dia, unimo-nos porque escolhemos a esperança e não o medo, a unidade de objetivo e
não o conflito e a discórdia.
Neste dia, viemos para proclamar o fim dos ressentimentos mesquinhos e falsas promessas, as
recriminações e dogmas gastos, que há tanto tempo estrangulam a nossa política.
Continuamos a ser uma nação jovem, mas nas palavras da Escritura, chegou a hora de pôr as
infantilidades de lado. Chegou a hora de reafirmar o nosso espírito de resistência, de escolher o
melhor da nossa história; de carregar em frente essa oferta preciosa, essa nobre ideia, passada
de geração em geração; a promessa de Deus de que todos somos iguais, todos somos livres, e
todos merecemos uma oportunidade de tentar obter a felicidade completa.
Ao reafirmar a grandeza da nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é um dado
adquirido. Deve ser conquistada. A nossa viagem nunca foi feita de atalhos ou de aceitar o mí-
nimo. Não tem sido o caminho dos que hesitam - dos que preferem o divertimento ao trabalho,
ou que procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Pelo contrário, tem sido o dos que
correm riscos, os que agem, os que fazem as coisas - alguns reconhecidos mas, mais frequente-
mente, mulheres e homens desconhecidos no seu labor, que nos conduziram por um longo e
acidentado caminho rumo à prosperidade e à liberdade.[...]
Esta é a viagem que hoje continuamos. Permanecemos a nação mais poderosa e próspera na
Terra. [...]
A partir de hoje, devemos levantar-nos, sacudir a poeira e começar a tarefa de refazer a Amé-
rica.
OBAMA, Barack. "Discurso de tomada de posse".http://www.publico.pt/mundo/noticia
[Consult. 2016-08-22]

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. Os vocábulos sublinhados em «Hoje eu digo-vos que os desafios que enfrentamos são reais.»
(linha 1) introduzem orações subordinadas
(A) adjetiva relativa restritiva e substantiva completiva, respetivamente.
(B) substantiva completiva e adjetiva relativa restritiva, respetivamente.
(C) substantivas completivas, em ambos os casos.
(D) adjetivas relativas restritivas, em ambos os casos.
1.2. A conjunção «nem» (linha 2) tem um valor de
(A) alternativa.
(B) contraste.
(C) conclusão.
(D) adição.

1.3. 0 constituinte «serão resolvidos» (linha 3) é o


(A) predicado.
(B) predicativo do sujeito.
(C) modificador do nome restritivo.
(D) complemento oblíquo.

1.4. A expressão «Neste dia» (linhas 4 e 6) contribui para a coesão


(A) gramatical interfrásica.
(B) gramatical referencial.
(C) lexical, através da reiteração.
(D) lexical, através da substituição.

1.5. Dois dos processos fonológicos que ocorreram na evolução de nostru > nosto > «nosso»
(linha 9) são
(A) apócope e dissimilação.
(B) aférese e sonorização.
(C) síncope e assimilação.
(D) paragoge e metátese.

1.6. Em «uma oportunidade de tentar obter a felicidade completa» (linha 12), a expressão «de
tentar obter a felicidade completa» e o adjetivo «completa» desempenham a função sinté-
tica de
(A) complemento do nome e modificador do nome restritivo, respetivamente.
(B) modificador do nome restritivo e complemento do nome, respetivamente.
(C) modificador do nome restritivo, em ambos os casos.
(D) complemento do nome, em ambos os casos.

1.7. No contexto em que ocorre, a frase «Deve ser conquistada.» (linha 14) transmite um valor de
(A) probabilidade.
(B) obrigatoriedade.
(C) permissão.
(D) concessão.
1.8. O verbo ser em «A nossa viagem nunca foi feita de atalhos» (linha 14) é
(A) copulativo.
(B) principal.
(C) auxiliar dos tempos compostos.
(D) auxiliar da voz passiva.

1.9. A forma verbal «tem sido» (linha 16) exprime um valor aspetual
(A) durativo.
(B) perfetivo.
(C) genérico.
(D) pontual.
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2012, 1. a fase, GAVE)

1.10. Entre as palavras «trabalho» (linha 15) e «labor» (linha 18) estabelece-se uma relação se-
mântica de
(A) oposição.
(B) equivalência.
(C) hierarquia.
(D) inclusão.

1.11. O antecedente do pronome relativo «que» (linha 18) é


(A) «os prazeres da riqueza e da fama» (linha 16).
(B) «os que fazem as coisas» (linha 17).
(C) «mulheres e homens desconhecidos no seu labor» (linha 18).
(D) «alguns reconhecidos» (linha 17).

2. Identifica o tipo de dêixis assegurado pelo advérbio «Hoje» (linha 1).


(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2011, Época Especial, GAVE)

3. Indica a função sintática desempenhada por «América» (linha 2).

4. Refere a subclasse do verbo chegar em «Chegou a hora de reafirmar o nosso espírito de re-
sistência» (linha 9).

5. Divide e classifica as orações da última frase do texto.


FICHA 17
• Processos fonológicos. • Valor aspetual. • Orações subordinadas.
• Formação de palavras. • Funções sintéticas. • Verbos auxiliares.
• Pronome pessoal em adjacência • Referente. • Dêixis.
verbal. Classes e subclasses de palavras.
• Coesão textual. • Flexão verbal

Sentava-se entre os velhos pavilhões da Caminho, olhava as longas filas que o esperavam e
começava a chamar leitores, sem mais delongas. Afável, solícito e rápido, José Saramago recebia
cada um deles com uma informalidade inesperada para quem apenas lhe conhecia o rosto fe-
chado e o aspeto austero. Desde a publicação de Levantado do Chão, em 1980, estava habi-
tuado a ter centenas de leitores a aguardar um autógrafo seu na Feira do Livro de Lisboa.
Saramago jamais se furtou ao contacto com o público. "Nunca tive um autor tão disponível
para colaborar com o editor, la dar autógrafos todos os dias, a menos que tivesse um compro-
misso", conta ao Observador Zeferino Coelho, um dos mais antigos editores portugueses, res-
ponsável pela publicação de todos os livros que o Nobel lançou em vida.
O escritor chegava cedo e, em regra, não marcava hora para ir embora. "Num sábado podia
começar a assinar livros às 15h30 e terminar às 20h. Era comum aparecerem 200 ou 300 pessoas.
Nunca reclamava: era um cavalheiro, muito bem educado, de trato elegante, sem formalismos.
Brincava, dizia anedotas", acrescenta o editor da Caminho.
Só havia uma coisa que o incomodava verdadeiramente: descobrir na fila um rosto conhe-
cido, de cujo nome, por mais que se esforçasse, não conseguia lembrar-se. O simples facto de
admitir a falha de memória parecia-lhe uma desconsideração, de tal maneira que combinou um
esquema com o pessoal da editora. Sempre que isso acontecia, fazia-lhes sinal e logo entrava
em ação um aliado que, simpático e conversador, arranjava forma de descobrir o nome em falta.
E assim, quando o amigo se aproximava do Nobel, era recebido como se tivessem estado juntos
de véspera e levava para casa um autógrafo personalizado - e com o nome certo, claro.
GARCIA, Rita. "A feira onde Saramago gostava de estar".
http://observador.pt/ (texto adaptado) [Consult. 2016-07-26]

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. O verbo começarem «começava a chamar leitores» (linha 2) é auxiliar


(A) dos tempos compostos.
(B) aspetual.
(C) modal.
(D) temporal.

1.2. Dois dos processos fonológicos que ocorreram na evolução da palavra clamare > «chamar»
(linha 2) são
(A) sonorização e paragoge.
(B) aférese e vocalização.
(C) prótese e nasalização.
(D) palatalização e apócope.
13. A paiavra «informalidade» (linha 3) é
(A) derivada por prefixação e sufixação.
(B) derivada por parassíntese.
(C) formada por derivação não afixai.
(D) formada por conversão.

1.4. Em «Saramago jamais se furtou ao contacto com o público» (linha 6), a anteposição do pro-
nome pessoal justifica-se por
(A) estar inserido numa oração subordinada.
(B) ser um excerto em discurso indireto.
(C) estar no pretérito perfeito do indicativo.
(D) ser uma frase de construção negativa.

1.5. A utilização dos elementos «autor» (linha 6), «Nobel» (linha 9) e «escritor» (linha 10) asse-
gura a coesão referencial através da
(A) anáfora.
(B) catáfora.
(C) correferência não anafórica.
(D) elipse.

1.6. Na expressão «la dar autógrafos todos os dias» (linha 7), a ação é perspetivada como
(A) progressiva.
(B) pontual.
(C) habitual.
(D)acabada.
(Item adaptado da Prova Escrita de Português, 2011, 1 ,a fase, GAVE)

1.7. Nas expressões «a menos que tivesse um compromisso» (linhas 7 e 8) e «de tal maneira que
combinou» (linha 16), as palavras sublinhadas introduzem, respetivamente, orações subordi-
nadas adverbiais
(A) condicional e consecutiva.
(B) final e concessiva.
(C) comparativa e consecutiva.
(D) condicional e comparativa.

1.8. Na frase «conta ao Observador Zeferino Coelho» (linha 8), os constituintes sublinhados são,
respetivamente,
(A) complemento oblíquo e complemento direto.
(B) complemento indireto e complemento direto.
(C) modificador (do grupo verbal) e sujeito.
(D) complemento indireto e sujeito.
1.9. O referente do vocábulo «que» em «responsável pela publicação de todos os livros q^e o
Nobel lançou em vida» (linhas 8 e 9) é
(A) «publicação de todos os livros» (linha 9)
(B) «todos os livros» (linha 9)
(C) «os livros» (linha 9)
(D) «Nobel» (linha 9)

1.10. Em «Só havia uma coisa que o incomodava verdadeiramente» (linha 14), o verbo incomodar é
(A) transitivo direto.
(B) transitivo indireto.
(C) transitivo direto e indireto.
(D) intransitivo.

1.11. A palavra «cujo» (linha 15) é


(A) um advérbio relativo.
(B) um pronome relativo.
(C) um determinante relativo.
(D) um quantificador relativo.

1.12. A expressão «uma desconsideração» (linha 16) é


(A) complemento direto.
(B) complemento do nome.
(C) complemento oblíquo.
(D) predicativo do sujeito.

1.13. O complexo verbal «tivessem estado» (linha 19) está conjugado no


(A) pretérito perfeito composto do indicativo.
(B) condicional composto.
(C) pretérito perfeito do conjuntivo.
(D) pretérito mais que perfeito do conjuntivo.

2. Transcreve a expressão de que o pronome pessoal «o» (linha 1) é uma catáfora.

3. Reescreve a frase «descobrir na fila um rosto conhecido» (linhas 14 e 15), pronominalizando


o complemento direto.

4. Classifica a oração «Sempre que isso acontecia» (linha 17).

5. Identifica o valor deítico presente na expressão «de véspera» (linha 20).


PICHA 18
...................................................a^.7:^ .......
• Processos fonológicos. 3 4 ? - • Classes e subclasses de palavras. • Oração subordinante.
• Funções sintéticas. 3 5 f > - « Relações semânticas. • Valor modal.
• Valor da oração. • Grau do adjetivo.
• Formação de palavras. « Flexão verbal.

VOLUNTÁRIOS DA CIÊNCIA
Sabia que durante os seus passeios pode ajudar os biólogos a mapear plantas e animais, ou
auxiliar cientistas a identificarem células cancerosas ou manchas solares? O biólogo Jorge Nunes
revela-lhe curiosos projetos de ciência cidadã e convida-o a envolver-se neles.

Já imaginou tirar uma fotografia de uma planta, partilhá-la no Facebook e, passado algum
tempo, um botânico contactá-lo a dizer que a sua imagem mostra uma espécie nova para a ciên-
cia? Pode parecer incrível, mas aconteceu recentemente a um naturalista amador brasileiro.
A história conta-se em poucas palavras. Durante um passeio nas montanhas próximas da ci-
dade de Governador Valadares (Minas Gerais), Reginaldo Vasconcelos captou um retrato de
uma planta carnívora e partilhou-a na rede social. Por mero acaso, a imagem chegou através do
Facebook a Paulo Gonella, biólogo do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo,
que pressentiu tratar-se de uma espécie desconhecida: "Ao ver a foto, deu para levantar a sus-
peita de que era uma nova espécie. Ela parecia muito diferente. Entrei em contacto com o fotó-
grafo e três meses depois estávamos viajando para estudá-la."
A investigação que se seguiu, levada a cabo por botânicos profissionais, confirmou as suspei-
tas iniciais: era uma nova espécie e foi batizada Drosera magnifica, devido ao seu tamanho e à
aparência excecional. Descobriu-se que pode atingir metro e meio de altura, com folhas que
podem chegar a 25 centímetros de comprimento, constituindo a maior planta do género Dro-
sera do continente americano e uma das três maiores do mundo.
"Voluntários da Ciência". In Super Interessante, n.° 219.
http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com [Consult. 2016-07-18]

1, Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. A forma verbal «Sabia» (linha 2) pertence a um verbo


(A) transitivo indireto.
(B) transitivo-predicativo.
(C) transitivo direto.
(D) intransitivo.

1.2. Um dos processos fonológicos que ocorreram na evolução da palavra animales > «animais»
(linha 2) é
(A) sinérese.
(B) prótese.
(C) metátese.
(D) assimilação.
1.3. Os pronomes pessoais em «revela-lhe» (linha 4) e «convida-o» (linha 4) desempenham a
função sintética de
(A) complemento indireto, nos dois casos.
(B) complemento direto, nos dois casos.
(C) complemento direto e complemento indireto, respetivamente.
(D) complemento indireto e complemento direto, respetivamente.

1.4. A oração «que a sua imagem mostra uma espécie nova para a ciência?» (linhas 6 e 7) tem
um valor
(A) relativo.
(B) consecutivo.
(C) causal.
(D) completivo.

1.5. A palavra destacada em «a um naturalista» (linha 7) é, morfologicamente,


(A) uma preposição.
(B) um pronome.
(C) um determinante.
(D) uma conjunção.

1.6. As palavras «fotografia» (linha 5), «retrato» (linha 9) e «imagem» (linha 10) estabelecem
entre si uma relação semântica de
(A) semelhança.
(B) antonímia.
(C) hiperonímia / hiponímia.
(D) holonímia / meronímia.

1.7. Os processos de formação das palavras «biólogo» (linha 11) e «foto» (linha 12) são, respeti-
vamente,
(A) truncação e amálgama.
(B) composição e truncação.
(C) derivação e composição.
(D) derivação e empréstimo.

1.8. A expressão «muito diferente» (linha 13) desempenha a função sintática de


(A) complemento direto.
(B) complemento oblíquo.
(C) predicativo do sujeito.
(D) modificador.
1.9, Na frase «Descobriu-se que pode atingir metro e meio de altura, com folhas que podem
chegar a 25 centímetros de comprimento» (linhas 17 e 18), as palavras destacadas são
(A) pronome e conjunção, respetivamente.
(B) conjunção e pronome, respetivamente.
(C) conjunção, nos dois casos.
(D) pronome, nos dois casos.

1.10, Os complexos verbais «pode atingir» (linha 17) e «podem chegar» (linha 18) veiculam uma
ideia de
(A) permissão.
(B) proibição.
(C) necessidade.
(D) probabilidade.

1.11= Na frase «Descobriu-se que pode atingir metro e meio de altura» (linha 17), a oração subor-
dinante é
(A) «Descobriu-se».
(B) «Descobriu-se que pode».
(C) «Descobriu-se que pode atingir».
(D) «pode atingir metro e meio de altura».

1.12. O adjetivo em «a maior planta» (linha 18) é o


(A) comparativo de superioridade de «grande».
(B) comparativo de superioridade de «bom».
(C) superlativo relativo de «grande».
(D) superlativo relativo de «bom».

2. Identifica as afirmações Verdadeiras e as Falsas. Justifica as tuas opções.

2.1. A palavra «mas» (linha 7) é um advérbio conectivo.

2.2. O adjetivo «carnívora» (linha 10) é qualificativo.

2.3. O complexo verbal «foi batizada» (linha 16) encontra-se no pretérito perfeito simples.

2.4. O sujeito da forma verbal «Descobriu-se» (linha 17) é nulo indeterminado.


FICHA 19
• Funções sintéticas. • Orações subordinadas. • Valor aspetual.
• Coesão textual. • Processos fonológicos. • Classes e subclasses de palavras.
• Dêixis. • Referente. • Formação de palavras.

A meia légua das Taipas, tem Francisco Martins uma quinta, chamada de Briteiros. Na casa
magnífica da quinta vivia um par de cônjuges decrépitos, antiquíssimos criados de pais e avós do
meu amigo. A extensão de salas, câmaras, corredores em longitude e forma conventual, de tudo
me senhoreei. Escolhi o quarto, cujas janelas faceavam com um recortado horizonte de arvore-
dos, e a cumieira chão de um serro onde se divisam as relíquias de antiga povoação, que lá
dizem ter sido Citânia, cidade de fundação romana.
Algumas horas ali passou comigo Francisco Martins; mas o máximo dos dias e as noites vivi
diante de mim próprio, na soledade daquele quarto, ou em perigosas excursões à serra sobre
um cavalo, que parecia vezado a passear sobre alcatifas.
Amanheci um dia entre as ruínas da presumida Citânia. Vi algumas pedras derruídas em cô-
moros, as quais denunciavam ausência de toda a arte, para de pronto desvanecer conjeturas de
edificação regular. Existiam vestígios de cisterna, e descalçadas lajes dum caminho de pé-posto,
que sem dúvida tinha sido estrada. A meu parecer, não irá longe da fundação da monarquia
portuguesa a construção daquele presídio, se tal nome lhe cabe em vista dos estreitos limites do
terreno plano. Pode ser que, nas guerras de desmembração, sequentes às primeiras conquistas
do conde Henrique, guerras tão cruamente pelejadas nas circunferências de Guimarães até às
indeterminadas fronteiras, aquele ponto, onde os visionários veem cidades cartaginesas e roma-
nas, fosse singelamente um miradoiro de observação, que abrangia grande parte do território
convizinho de Guimarães, então foco das operações militares da recente monarquia.

BRANCO, Camilo Castelo. 2005. Memórias do Cárcere.


Porto: Porto Editora

1. Seleciona a opção correta de cada item.

1.1. O sujeito do verbo ter em «tem Francisco Martins uma quinta» (linha 1) é
(A) nulo subentendido.
(B) nulo indeterminado.
(C) composto.
(D) simples.

1.2. A palavra «tudo» (linha 3) em relação a «A extensão de salas, câmaras, corredores em longi-
tude e forma conventual» (linha 3) constitui
(A) uma anáfora.
(B) uma catáfora.
(C) uma elipse.
(D) um deítico.
»

1.3. O verbo facear, em «cujas janelas faceavam com um recortado horizonte de arvoredos» (li-
nhas 4 e 5), é
(A) transitivo indireto.
(B) intransitivo.
(C) transitivo direto.
(D) transitivo-predicativo.

1.4. Na frase «onde se divisam as relíquias de antiga povoação, que lá dizem ter sido Citânia»
(linhas 5 e 6), as palavras «onde» e «que» introduzem orações subordinadas adjetivas relati-
vas
(A) restritivas, nos dois casos.
(B) explicativas, nos dois casos.
(C) restritiva e explicativa, respetivamente.
(D) explicativa e restritiva, respetivamente.

1.5. As formas verbais «Amanheci» (linha 10) e «vi» (linha 10) apresentam um valor deítico
(A) apenas temporal.
(B) apenas pessoal.
(C) pessoal e temporal.
(D) pessoal e espacial.

2. Responde corretamente.

2.1. Identifica a função sintática da expressão «de pronto» (linha 11).

2.2. Identifica a função sintática da expressão «sem dúvida» (linha 13).

2.3. Identifica a função sintática da expressão «daquele presídio» (linha 14).

2.4. Identifica a função sintática da palavra «plano» (linha 15).

2.5. Identifica a função sintática da expressão «um miradoiro de observação» (linha 18).

3. Identifica as afirmações Verdadeiras e as afirmações Falsas. Justifica as tuas opções.

3.1. Um dos processos fonológicos da evolução da palavra [amicum] «amigo» (linha 3) é a assimi-
lação.

3.2. O referente do determinante «cujas» (linha 4) é «o quarto» (linha 4).

3.3. A forma verbal «vivi» (linha 7) apresenta um valor aspetual perfetivo.

3.4. Os advérbios «tão cruamente» (linha 16) são de quantidade e grau e de predicado, respeti-
vamente.

3.5. A palavra «monarquia» (linha 19) é formada por amálgama.


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