Você está na página 1de 15

REFLEXÕES DO POETA

Índice
■ Identificação das estrofes e respetivo canto ………………………………..3
■ Analise das estrofes …………………………………………………………...4-12
■ Reflexão sobre o mundo em que vivemos ………………………………….13
■ Imagem que ilustra a reflexão ………………………………………………..14
Os Lusíadas: Lamentações e profecia de futuras
glórias nacionais (Canto X estrofes 145-156)
Análise das estrofes
■ Estrofe 145          
  O poeta começa por se mostrar cansado, desiludido e
incompriendido (“Nô mais, Musa, nô mais, que Lira
tenho/ Destemperada e a voz enrouquecida,” ‑ vv. 1-
2),  não pelo canto em si, mas por “Cantar a gente
surda e endurecida” (v. 4), ou seja , por cantar a gente
que não escuta as suas palavras, não valoriza o seu
canto, não reconhece o seu talento e mérito o que
origina nele um estado de tristeza e desilusão ( "Não
no gosto da pátria, não, que está metida/No gosto da
cobiça e na rudeza/ “apagada e vil tristeza"). 
Análise das estrofes
■ Estrofe 146
 O poeta encontra-se num estado de desalento
por verificar que a pátria não tem gosto nem
orgulho(“Não tem um ledo orgulho e geral
gosto,”);
 O poeta apela ao rei D. Sebastião para que olhe
para estes “vassalos excelentes”, pois
representam a glória, a coragem e o espírito
patriótico, dispondo-se a enfrentar os maiores
perigos e os maiores sacrifícios somente para
engrandecerem o Rei e a Pátria (“Por isso, vós ó
Rei, que por divino/Conselho estais no régio
sólido postos,/ Olhai que sois ( e verde as outras
gentes)/ Senhor só de vassalos excelentes”);
Análise das estrofes
■ Estrofe 147
 No primeiro verso o poeta utiliza o imperativo “Olhai”
e a adjetivação expressiva “ledos” e “bravos” e da
antítese “quentes/ frias” para melhor caracterizar a
audácia e a coragem dos portugueses;
 O poeta elogia a coragem e a bravura dos
portugueses através da comparação “bravos touros”;
 Os vassalos excelentes são capazes de avançar
ledos (alegres), ultrapassar qualquer obstáculo,
guerra, fome, naufrágio e outros perigos;
Análise das estrofes
■ Estrofe 148
 Os vassalos excelentes são obedientes, estão
dispostos a tudo e se souberem que são olhados e
valorizados pelo rei, tudo farão para o tornar
vencedor (“Só com saber que são de vós
olhados,/Demónios infernais, negros e
ardentes,/Comerão convosco, e não duvido/ Que
vencedor vos façam, não vencido”);
Análise das estrofes
■ Estrofes 149 a 152
■ O poeta faz uma série de recomendações ao rei D. Sebastião:
 Recompensá-los, favorece-los e alegrá-los com a sua presença e trato alegre e
humano;
 Aliviá-los de leis rigorosas, cruéis / injustas;
 Promover os mais experientes;
 Apoiá-los todos, sem distinção nas suas profissões que exercem segundo as suas
aptidões, seja qual for a área em que se distinguem;
 Estimar os que expandiram a fé cristã e o império (apelo ao espírito de cruzada)
sem temer os inimigos nem regatear esforços;
 Velar para que ninguém possa dizer que os Portugueses constituam uma nação
servil, em vez de senhorial;
 Receber conselhos apenas dos homens experientes (neste passo, Camões
valoriza o conhecimento prático em detrimento do saber livresco ‑ apesar de os
estudiosos possuírem muitos conhecimentos teóricos, os experientes sabem
mais do concreto)
Análise das estrofes
■ Estrofe 153
 A estância abre com uma alusão a Formião, filósofo
grego que discursou diante do general Aníbal sobre a
arte de combater e que foi escarnecido por este.
 Essa referência funciona como exemplo para constatar
que a arte da guerra se aprende na prática, isto é, «vendo,
tratando e pelejando» (v. 8), e não teoricamente
(“Sonhando, imaginando ou estudando” ‑ v. 7).
Análise das estrofes
■ Estrofe 154
■ Na estância 154, Camões traça o seu autorretrato:
 “Humilde baxo e rudo”;
 Possuidor de “honesto estudo”;
 Misturado com “longa experiência”;
 Possuidor de “engenho” / talento;
 Disposto a servir o rei em combate;
 Disponível para cantar o rei e os seus feitos.
 Ora, este autorretrato corresponde ao do homem ideal do
Renascimento:
 Possuidor de um saber feito de estudo e experiência (conciliação do
saber teórico e do saber prático);
 Detentor de talento e inspiração artísticos;
 Possuidor da lealdade, da coragem e do desapego do bom soldado,
sempre disponível para servir o seu rei.
Análise das estrofes

■ Estrofe 155
 Falta apenas ao poeta ser aceite pelo monarca,
pois possui virtudes que devem ser reconhecidas.
 De seguida, mostra a sua disponibilidade para
cantar os seus feitos futuros (“… e o vosso
peito / Dina empresa tomar de ser cantada” ‑ est.
155, vv. 5-6).
Análise das estrofes
■ Estrofe 156
 Na última estância, o poeta incentiva o rei a
prosseguir a guerra de cruzada no Norte de África e
oferece-se para a cantar, assegurando-lhe que será
cantado e os seus feitos em todo o mundo e que
será mais temido em Marrocos que tudo (observar a
comparação hiperbólica dos versos 1 e 2 ‑ Atlante
teria sido transformado em pedra pela visão da
cabeça de Medusa, uma das três Górgonas, que
transformava quem a contemplasse em pedra).
 O próprio Alexandre Magno rever-se-ia em D.
Sebastião, sem invejar a glória de Aquiles, pois a
do soberano português seria muito superior.
Reflexão sobre o mundo em que vivemos

 Num mundo onde a sociedade é hipócrita e julga-te por aquilo que


tu és e  obriga-te a mudares é muito difícil nos adaptar-mos, sem
perdermos a nossa essência.
Imagem que ilustre a reflexão

 Escolhemos esta imagem para ilustrar a


nossa reflexão pois consideramos que
ela se enquadra com a reflexão que
fizemos e representa a ideia de nos
termos que ajustar todos os dias áquilo
que a sociedade nos impõem.
Fim  

§ Curso de Ciências Socioeconómicas


§ Disciplina: Português 
§ Trabalho realizado por:
§ Maria Eduarda Leal, Nº13
§ Pedro Pinto ,Nº17
§ 10ºH      

Você também pode gostar