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PEDRO DA MAIA

História de Pedro:
Típico menino da mamã, cresceu de roda das suas saias e das empregadas,
tornando-se um homem pequeno e nervoso, como a mãe, ainda que bonito, como o
pai.

Nunca fora para a universidade, porque a mãe não o deixara e tivera uma
educação completamente romântica.

Com a morte da mãe, Pedro ficou de rastos, infelicíssimo, mas depois,


conhece Maria Monforte (filha de Manuel Monforte, que vivia às ordens da filha, e
que tinha um passado obscuro).

Maria começa a ter hábitos estranhos, como fumar com os homens á noite e
conviver com eles em soirés, hábitos estes que Pedro odiava e condenava, sentindo
ciúmes.

Mais tarde, depois de Maria Eduarda fazer um ano, Maria Monforte tem outro
filho, desta vez um menino, a quem dá o nome de Carlos Eduardo, devido a um
romance que andava a ler.

Certa tarde, numa caçada, Pedro fere acidentalmente a tiro um napolitano


refugiado e condenado á morte, Tancredo, que era sobrinhos dos príncipes de
Sória, e leva-o para sua casa.

Um dia, quando Pedro regressa a casa, descobre que Maria fugiu com
Tancredo, levando consigo a sua filha, Maria Eduarda, e deixando para trás Carlos.

Afonso fica felicíssimo por conhece o neto, mas infeliz com o estado do filho.

Afonso cria Carlos, mas desta vez como sempre quis criar Pedro e a sua
mulher nunca o deixara: uma educação à Inglesa, muito rígida, principalmente
fisicamente.

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Caracterizações de Pedro da Maia:
CARACTERIZAÇÃO PSICOLOGICA - Pedro da Maia apresentava um
temperamento nervoso, fraco e de grande instabilidade emocional. Tinha
assiduamente crises de "melancolia negra que o traziam dias e dias, murcho,
amarelo, com as olheiras fundas e já velho"(hétero-caracterização). Era o “herói
romântico”.
O autor dá grande importância à vinculação desta personagem ao ramo familiar dos
Runa e à sua semelhança psicológica com estes.
Pedro é vítima do meio baixo lisboeta e de uma educação retrógrada. O seu único
sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe.
Apesar da robustez física é de uma enorme cobardia moral (como demonstra a
reacção do suicídio face à fuga da mulher). Falha no casamento e falha como
homem.
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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA-Pedro da Maia
Era pequenino, face oval de "um trigueiro cálido", olhos belos – "assemelhavam-no
a um belo árabe". Valentia física. Olheiras e pálido.- hétero-caracterização
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Caracterização direta:
É usada de forma privilegiada para todas as personagens, à exceção de Carlos.
Destaca-se a heterocaracterização naturalista de Pedro da Maia e a
autocaracterização híbrida de Maria Eduarda.
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EDUCAÇÃO CONSERVADORA- Pedro da Maia

● Caracteriza-se pelo recurso à memorização


● Primado da cartilha apenas com os saberes e os valores aí insertos
● "moral do catecismo" e da devoção religiosa com a concepção punitiva do
pecado
● Estudo do latim como língua morta
● Fuga ao ar livre e ao receio do contacto com a Natureza.

Maria Eduarda manda vir de Lisboa o Padre Vasques, que lhe dava uma educação
demasiado tradicional e centrada na Religião. A partir destes elementos, podemos
verificar que a educação de Pedro é uma das causas para as suas atitudes de
ingenuidade e medo que toma enquanto adulto, e que culminam no suicídio
(demonstração de fraqueza).

Fontes:
https://portugues-fcr.blogspot.com/2012/03/pedro-da-maia.html
https://www.santillana.pt/files/DNLCNT/Priv/_11811_c.book/268/resources/recursos_
professor/u4_sistematizacao_os_maias.pdf
Os Maias - história de Pedro da Maia (slideshare.net)
Os Maias - NotaPositiva
https://pdfcoffee.com/os-maias-12-pdf-free.html

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