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FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (D). Trata-se de uma citação de um so- que o locutor procura agir sobre o seu inter-
neto de Luís de Camões, ou seja, é a reprodu- locutor, impondo ou permitindo algo.
ção de parte de um texto de um autor, identifi-
Valor de permissão:
cado mais à frente.
Podes sair quando quiseres.
• Relembra. Vê informação relativa ao Tens autorização para entrar.
item 1.8., ficha 4.
Valor de obrigação:
1.2. Opção (A). A palavra «ser» surge, neste caso, Tens de limpar o quarto e a sala!
não como verbo, mas como nome (repara que É preciso pagar as propinas hoje!
é antecedido pelo determinante artigo definido
o). Então, ocorreu apenas uma mudança da 1.6. Opção (A). A primeira oração é introduzida
classe gramatical sem alteração na forma da pela conjunção subordinativa condicional «se»
palavra (verbo —• nome). e expressa a condição (hipotética) para a reali-
zação da ação apresentada na segunda oração
• Recorda. A conversão consiste na for-
(subordinante).
mação de uma palavra através da mudança
da classe ou subclasse (e, consequente- • Repara. Nas frases complexas formadas
mente, alteração do significado!), sem qual- por subordinação, a oração subordinada
quer alteração na forma. depende da subordinante, pelo que isolada
não constitui uma frase gramaticalmente
1.3. Opção (C). correta (*«Se tudo mudasse num instante»).

O modificador do nome apositivo surge


1.7. Opção (C).
à direita do nome, sempre isolado por vírgu-
las e não restringe a referência do nome Ora vê.
que modifica.
O sujeito é o constituinte que realiza a ação
Não confundas. O vocativo designa a en- expressa pelo verbo
tidade a quem o locutor se dirige, consti- 1
tuindo um chamamento ou interpelação.
Quem/o quê? reside?
Surge isolado por vírgulas, podendo ocupar
diferentes locais da frase. i
«o segredo da adaptação à mudança» - sujeito
1.4. Opção (D)
i
Confirma. O vocábulo «mundo» é holónimo O verbo residir é transitivo, ou seja, "pede" um
de «Portugal»: complemento - quem reside, reside em algum
lugar
[mundo (holónimo) é o todo de que Portugal é
i
uma parte (merónimo)].
o segredo da adaptação à
Aprende mais. Vê informação relativa ao item mudança reside onde?
2.2., ficha 5. 1
«aqui» - complemento oblíquo
1.5. Opção (B). Com a expressão «é preciso
mudar», o enunciador tem como objetivo agir O nome «segredo» (nome que deriva do verbo
sobre o seu interlocutor, manifestando uma segredar) seleciona um complemento (vê
ideia de obrigatoriedade informação relativa ao item 1.1., ficha 2)
1
• Atenção. Os valores modais de obriga-
toriedade/obrigação e de permissão in- «da adaptação à mudança» - complemento do
tegram-se na modalidade deôntica, em nome
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.8. Opção (A). A coesão gramatical frásica é garantida


pela concordância em género e número,
Os nomes presentes na frase são os seguintes:
entre outros mecanismos.
ares - nome comum
• Consulta o Apêndice.
Portugal - nome próprio
2.4. Falsa, «o engenho e [...] a perseverança ».
engenho - nome comum
O pronome pessoal «eles» refere-se ao grupo
perseverança - nome comum nominal «o engenho e [...] a perseverança»:
o engenho e a perseverança ievaram-nos a
Nota. Relembra as subclasses do nome, na todas as partes do mundo
ficha 6, item 2.3.
3. «As incertezas trazem-na.»
1.9, Opção (B). Neste caso, a palavra «Viva» ex-
• Pensa. O complemento direto pode ser
prime uma atitude emotiva do locutor, assu-
substituído pelos pronomes pessoais o/a/os/
mindo um valor de aplauso.
as. Contudo, quando a forma verbal ter-
A interjeição é uma palavra invariável que tem mina em m e ditongo ou vogal nasal os
apenas uma função emotiva e não desempe- pronomes pessoais apresentam as formas
nha qualquer função sintática. Surge acompa- no I na I nos / nas.
nhada de ponto de exclamação e pode expres-
Assim, na pronominalização, o comple-
sar diferentes valores ou reações (dor, alegria,
mento direto «a possibilidade de futuros
aplauso, medo, surpresa, impaciência...)
múltiplos», por estar associado à forma ver-
bal «trazem», é substituído por na.
2.1. Falsa. Condicional (presente ou simples).
—* trazem-na
• Relembra. O modo condicional apre-
senta a realização da ação como depen- 4. Complemento direto.
dente de uma condição. Inclui dois tempos:
o presente do condicional ou condicional • Vê como se faz. O pronome pessoal
simples (faria) e o pretérito do condicional substitui um grupo nominal com o qual par-
ou condicional composto (teria feito). tilha a função sintática. Então, se repuseres
o grupo nominal que o pronome substitui, a
O pretérito imperfeito do conjuntivo do
frase fica «que levaram e continuam a levar
verbo fazer é fizesse, fizesses, fizesse, fizés-
os portugueses a todas as partes do
semos, fizésseis, fizessem.
mundo».

2.2. Verdadeira. O recurso ao presente do indica- Levar quem / o quê?


tivo (está) permite entender a situação apre-
1
sentada como sendo sempre verdadeira.
os portugueses / nos

• Revê a informação relativa ao item 1.6., i


ficha 1 complemento direto

2.3. Falsa. Coesão gramatical interfrásica. 5. «nossa».

A palavra «pois» introduz um nexo de conclu- O determinante possessivo «nossa» (1. a pes-
são face à ideia anterior, assegurando a coe- soa) remete para o «eu» da enunciação. Por-
são gramatical interfrásica. tanto, é um deítico pessoal.
FICHA10- S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (c) • Nota. A locução conjuncional «Apesar


de» introduz uma oração subordinada
«Portugal» é hipónimo do hiperónimo «país». adverbial concessiva.
• Repara. «Portugal» é um exemplo, uma
1.4. Opção (A). O advérbio «eis» tem o valor se-
palavra com um significado mais específico
mântico de apresentação/designação de uma
que se inclui no significado da palavra
realidade.
«país». Então, «Portugal» é um hipónimo
de «país» (que é o hiperónimo). • Não esquecer. Revê as subclasses do ad-
vérbio.
A relação de hiperonímia-hiponímia é
uma relação de hierarquia, em que o hi- 1.5. Opção (B). Relê a informação relativa ao item
pónimo mantém com o hiperónimo traços 1.3., ficha 5.
semânticos comuns.
• Ora vê. As outras opções:
• Nota. Sobre a meronímia, vê informa-
• comparativo de superioridade: mais có-
ção relativa ao item 2.2., ficha 5.
mico do que
1.2. Opção (B). A palavra «bem-humorados» é for- • superlativo absoluto analítico: muito có-
mada pela junção do advérbio «bem» e do ad- mico
jetivo «humorados» (composição morfossin-
tática); • normal: cómico

1.6. Opção (C).


a palavra «luta» é um nome formado a partir
do verbo lutar (derivação não afixai).
0 advérbio «Talvez» tem um valor semântico de dú-
vida, pelo que confere ao enunciado um valor
Vê informação relativa ao item 1.2., ficha 2.
modal de probabilidade, ou seja, o locutor não
• Recorda. A composição é um processo está totalmente certo da afirmação que faz.
morfológico de formação de palavras que
1.7. Opção (D).
consiste na associação de duas ou mais for-
mas de base. Pode ser:
A oração é introduzida pelo pronome relativo
«quem», que não tem antecedente. Desempe-
• morfossintática - associação de duas ou
nha a função sintática de complemento direto.
mais palavras;

tendemos a desprezar aqueles que o


• morfológica - associação de dois radicais
fazem/quem o faz
ou de um radical a uma palavra.
A
1.3. Opção (C). A locução conjuncional «Apesar de» quem?
f
(sequência de duas ou mais palavras que têm o
complemento direto
mesmo sentido que a conjunção) introduz uma
= tendemos a desprezá-los
ideia de concessão, ou seja, de oposição face a
um determinado pressuposto (o facto de «ter-
1.8. Opção (A).
mos inventado as cantigas de escárnio e maldizer,
[...] de termos tido um Camilo e um Eça, e de Relembra. O complemento agente da
sermos exímios praticantes da má língua» con- passiva é a função sintática desempenhada
trasta, embora sem a impedir, com a ideia de «no por um grupo preposicional (introduzido
espaço público agimos como aquele monge que, normalmente pela preposição por) presente
no Nome da Rosa, de Umberto Eco, queima o numa frase passiva, que corresponde ao su-
livro sobre o riso por este ser herético»). jeito na frase ativa com o mesmo significado.
mm»

FICHA 11 - SOLUÇOES (explicações, notas, informações e orientações)

Sugestão. Resolve as fichas 9,11, 15 e 31. • conexões temporais (orações subordinadas


temporais)
1.9. Opção (B). A assimilação, alteração de seg-
mentos, ocorre quando o fonema assimilado/r/ Quando os meus pais saíram, chegou o pa-
é igual ao fonema assimilador /s/: deiro.

3.1. Sujeito.
persona > pessoa ou ipsu > isso
• Vê como se faz.
2.1. Verdadeira. Ao introduzir no seu texto um
segmento de Os Lusíadas, a autora estabelece 1.° substitui o pronome relativo pelo
uma relação com outro texto. seu antecedente

• Aprende. A intertextualidade, que re- 1


laciona um texto com um ou diversos ou- aquele monge (...) queima o livro sobre
tros textos, pode assumir várias modalida- o riso por este ser herético
des, entre as quais, a alusão e a citação, a 2° identifica a função sintática do
imitação criativa, a paráfrase, a paródia e o antecedente (aquele monge) na posição
plágio. que assumiu no lugar do pronome relativo

Confirma. Vê a informação relativa ao item 1


1.3. da ficha 14. sujeito
3.° a função sintática do antecedente, na sua
2.2. Falsa. Referência deítica pessoal e temporal.
nova posição, será a mesma do pronome
• Ora vê.
relativo [que] (substituído) - sujeito
(Nós) «dizemos» —• 1 ,a pessoa —*• deítico
pessoal Nota: o segmento «no Nome da Rosa, de
Umberto Eco», que se encontra isolado por
«dizemos» (agora) —• tempo presente —• vírgulas, é um modificador do grupo verbal.
deítico temporal

• Consulta o Apêndice. 3.2. «os factos».

2.3. Falsa. Sujeito nulo subentendido. O pronome pessoal «eles» surge em substitui-
Apesar de não estar expresso na frase, é facil- ção de um grupo nominal, de modo a evitar a
mente recuperado a partir do contexto ([Nós] sua repetição.
somos um povo...).
• Ora vê. «ter distanciamento suficiente
• Nota. Sobre este conteúdo, vê informa- dos factos para poderem fixar sobre os fac-
ção relativa ao item 2.4., ficha 5. tos (= eles) uma linguagem rebuscada e
complexa».
2.4. Verdadeira. A ordenação correlativa dos
tempos verbais (neste caso, presente do indi- 3.3. «que se querem "de respeito"»
cativo e pretérito perfeito) é um dos mecanis-
mos que assegura a coesão temporal. A oração subordinada adjetiva relativa é in-
troduzida pelo pronome relativo «que». Neste
Aprende. Para além deste processo, há ainda:
caso, trata-se de uma restritiva, dado que a in-
• a utilização de expressões adverbiais ou pre- formação aí contida restringe o antecedente
posicionais com valor temporal «as pessoas».
Ao cair da noite, os amigos juntaram-se na
• Pratica. Fichas 6, 16, 19, 34, 36, entre
festa.
outras, do índice de conteúdos.
Primeiro estudas, depois brincas.
66
I
FICHA 12 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (D). 0 advérbio «hoje», a forma verbal qualquer alteração na sua forma, trata-se de
no pretérito perfeito do indicativo «cheguei» e um processo de conversão.
as expressões «duas da madrugada» e «uma
• Atenção. Não confundas a conversão
hora mais tarde» têm um valor de tempo e
com a derivação não afixai.
contribuem para a organização temporal da si-
tuação apresentada. Conversão - Não há qualquer alteração na
forma da palavra. Apenas muda a classe /
• Aprende. A coesão temporal assegura a
subclasse gramatical.
sequencialização dos enunciados, de acordo
com a ordem lógica temporal dos aconteci- Ex.: (verbo) olhar > (nome) olhar
mentos, através: (nome comum) rosa > (nome próprio) Rosa
• da utilização correlativa dos tempos verbais Derivação não afixai - Consiste na forma-
Eu cheguei à escola depois de a aula ter co- ção de nomes a partir de um verbo. Con-
meçado. tudo, neste caso, há alteração da forma da
palavra.
• do recurso a advérbios e expressões com
valor temporal Ex.: (verbo) dançar > (nome) dança
(verbo) debater > (nome) debate
Antigamente, havia bailes ao domingo à
tarde. O vocábulo «táxis» (automóvel dotado de taxí-
metro) resulta do apagamento de parte da pa-
• do uso de datas e marcas temporais
lavra que lhe deu origem: taxímetro.
Em 1755 houve um terramoto e hoje vive-
• Nota. Muitas das palavras formadas por
mos apreensivos.
truncação são utilizadas no dia a dia corrc
• da utilização de articuladores que indicam palavras completas, tendo-se perdido a
ordem noção da sua origem.
Exercita. Fichas 21, 27, 29, 33.
Primeiro, vamos ao cinema; depois, jantamos.
1.4. Opção (D). O constituinte que desempenha a
• da compatibilidade entre os tempos verbais e
função sintática de sujeito da forma verbal «des-
os advérbios e expressões temporais utilizados
pertaram» é «O olhar indefeso, a insistência e a
Ontem fomos visitar a minha avó e ela idade deles». Repara que, neste caso, o sujeito e
agradeceu. constituído por mais do que um grupo nomina
(o olhar indefeso + a insistência + a idade deles
1.2. Opção (B). O uso do gerúndio «pedindo» con-
Logo, trata-se de sujeito composto.
fere à ação um valor de duração, uma ideia de
que o ato de pedir se prolongou durante algum Não esquecer. Revê os tipos de sujeito.
tempo. 1.5. Opção (A). 0 verbo desaparecer não "pede" ne-
nhum complemento, pelo que é intransitivo - se-
• Nota. Para mais informação sobre o as-
leciona sujeito mas não seleciona complementa
peto, revê informação relativa ao item 1.6.,
Repara que o constituinte «numa correria
ficha 1.
apesar de acrescentar informação à ação ex-
1.3. Opção (C). A palavra «olhar», neste caso, não pressa pelo verbo, não é um elemento obriga-
surge como verbo (ação de observar) mas é tório, tratando-se então de um modificador
utilizada como nome comum (repara que é do grupo verbal.
antecedido do determinante artigo definido o)
e diz respeito ao aspeto dos olhos. Ora, como Exercita as subclasses do verbo. Fichas 1,3
existe apenas uma mudança da classe gramati- 6 e 9...
cal da palavra [verbo > nome] sem que haja
1.6. Opção (B). O advérbio «então» surge com :

70
Viiwmmftwmrmtmrtvi

flCHA 12 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

sentido de «naquele momento», enquanto o • Faz assim.


advérbio «aqui» traduz uma ideia de lugar.
Deste modo, o primeiro remete para o tempo 1.° identifica o antecedente do pronome relativo
da enunciação (deítico temporal) e o segundo i
para o espaço da mesma (deítico espacial). um bafio
2° Substitui o pronome relativo pelo
Opção (D). As formas verbais «Teriam (...) es-
seu antecedente
tacionado» e «Estariam», no modo condicio-
nal, apresentam a situação como uma hipó-
i
tese, introduzindo um valor de possibilidade. um bafio a memória me trouxe
Dica: Coloca a frase na ordem direta para
Opção (A).
identificares mais facilmente a função sintática
A forma verbal «lera» encontra-se conjugada do antecedente
no pretérito mais-que-perfeito simples do (a memória trouxe-me um bafio)
modo indicativo, exprimindo um aconteci- 3° identifica a função sintática desempenhada
mento passado anterior a outro também pas- pelo antecedente (um bafio) na posição que
sado que, neste caso, é expresso pelo com- assumiu no lugar do pronome relativo
plexo verbal «comecei a levar». 1
Nota bem. a memória trouxe-me o quê?
O enunciador refere que a ação de ler é an- i
terior à ação de «começar a levar à letra»; um bafio
ou seja, só depois de ler é que começou a i
acreditar no que tinha lido. Complemento direto
2 '. Falsa. Palavras divergentes. 4.° a função sintática do antecedente, na sua nova
posição, será a mesma do pronome relativo [que]
O étimo latino integru originou duas palavras
(substituído) - complemento direto.
com formas e significados distintos: inteiro e
íntegro. São, portanto, palavras divergentes. Sabe mais: 0 grupo nominal «a memória» é
• Sabe mais. A palavra íntegro, mais pró- o sujeito; o pronome pessoal «me» é o
xima da forma do étimo que lhe deu ori- complemento indireto.
gem, entrou na língua portuguesa por via
erudita. 2.3. Falsa. Complemento oblíquo e complemento
A palavra inteiro entrou na língua portu- do adjetivo.
guesa por via popular, apresentando uma Trata-se de um grupo prepo-
maior transformação face ao étimo latino. cheauei à porta do sicional, selecionado pelo
avião 1 verbo chegar (chegar é sem-
• Vê. Informação relativa ao item 3, ficha
pre chegar a algum lado) e
2, sobre palavras convergentes. complemento não pode ser substituído pelo
oblíquo pronome pessoal lhe/lhes
Relaciona. Processos fonológicos. (*cheguei-lhe).
Houve vocalização na formação no ditongo incapaz de respirarTrata-se de um grupo prepo-
"ei": integru > inteiro sicional que é selecionado
complemento do pelo adjetivo incapaz (ser in-
A vocalização consiste na passagem de uma
adjetivo capaz de alguma coisa).
consoante a vogal:

nocte —* noite 2.4. Verdadeira. A (oração) subordinada (adverbial)


absente —* ausente causal é introduzida por uma conjunção subor-
dinativa causal (porque). Mas também podia ser
2.2. Falsa. Complemento direto.
FICHA 10 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

substituída por locuções com o mesmo valor: «Cousa». A palavra é um arcaísmo, pois en-
trou em desuso na língua portuguesa, sendo
Já que estamos perto, damos um salto à Fi-
substituída pela palavra coisa.
gueira da Foz.

Os valores dos antepassados são valiosos, dado • Aprende.


que constituem ensinamentos no presente.
Arcaísmo Neologismo
Aprende. A oração subordinada causal de-
sempenha a função sintática de modifica- Palavras ou expres- Palavras ou eores-
dor (do grupo verbal). sões cuja utilização sões nov as ou usa-
caiu em desuso das por a r : e s com
Numa análise sintática, "perguntamos" à numa comunidade um sign ficado novo,
forma verbal: porquê? linguística e que, por diferer" :e do que
isso, são sentidas possu am num es:a-
«! inham-me aconselhado a não dar esmola» como antiquadas. dio ante'o r a ngua.
«porque depois os pedintes não nos larga- *coita (sofrimento) *interne:
vam.»
*ren (coisa) *telemc.e
2.5. Falsa. O pronome surge numa posição ante-
posta ao verbo porque a frase se encontra na 4. (Oração) subordinada (substan: ,a 'ela; .5,
forma negativa.
A oração é introduzida pelo advérbio relativo
Confirma.
«onde» que, neste caso, não tem antecedente.
Se retirarmos a forma verbal da frase subordi-
nada, o pronome mantém-se na posição ante- • Sabe mais. O advérbio elat . o onde»
posta ao verbo: pode introduzir orações subord r = das adje-
tivas relativas restritivas se es: ,ê" associado
depois os pedintes não nos largam
a um antecedente.
Se retirarmos o advérbio de negação, o pro-
Ex.: A cama onde durmo à ccnfcrravel.
nome muda de posição na frase:
antecedente
depois os pedintes largam-nos

2.6. Verdadeira. Neste caso, a palavra corresponde oração subordinada adjetiva


a uma reinvenção literária da língua, já que o relativa restritiva
autor recria um nome comum a partir do nome
5. Complemento direto.
próprio Fernão Mendes Pinto, aventureiro e ex-
plorador português do século XVI. A oração subordinada é «que do r m ao re-
lento, sobre um pano, um lençol, j m a esteira,
Nota. A criação de novas palavras - neolo-
é coisa corrente», introduzida pe:a conjunção
gismos - acontece também para designar
subordinativa completiva «que>: e completa o
novas realidades.
sentido da forma verbal «verifique:
Confirma. Relê a informação do item 1.8.,
da ficha 20. • Repara. Verifiquei o quê? —» aue dor-
mir ao relento, sobre um pane. um lençol,
2.7. Verdadeira.
uma esteira, é coisa corrente
tejadilho 1 táxis {
| é uma parte do todo
complemento direto
meronimo holónimo
(parte) (todo) • Consolida. Fichas 5, 7, 15, 18, 29, 32,
entre outras.
relação semântica de inclusão
v .. ™ » ™
WMmwMmM •FÊ

FICHA 13 - SOLUÇOES (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (C). 3.° Como distinguir complemento indi-


reto e complemento oblíquo?
• Vê.
complemento indireto —*• é introduzido
A evolução da palavra ocorre em várias etapas: pela preposição a e é substituível pelo pro-
nome pessoal lhe
- de ibi > ii queda do fonema Ibl no meio da
complemento oblíquo —• é introduzido
palavra - síncope;
por uma preposição, mas a substituição
- de ii > i as duas vogais contraem-se - crase; pelo pronome pessoa! lhe torna a frase
agramatical
- de / > aí acontece a adição do fonema a -
Ora, se procederes à substituição do seg-
prótese.
mento «sobre os seus "projetos por lhe,
obténs uma frase agramatical
1.2. Opção (A). A expressão «de facto» tem a fun-
ção de confirmar e reforçar a ideia exposta an- I
teriormente, apresentando um valor de rea-
*para discorrer-!ne
firmação.
4.° Conclusão: «sobre os se_ 'proietos"»
Relaciona. A expressão «de facto» estabe- é o complemento oblíquo
lece uma relação entre os elementos da
frase. É, portanto, um conector e, como tal, Confirma e consolida. Fichas 10, 14,18, 29,
assegura a coesão interfrásica. 32, 38.

1.3. Opção (B). 1.4. Opção (A). No contexto, os vocábulos Norte»


e «Sul» são as partes constituintes meróni-
• Analisa. mos) do todo «país» (que é o holónimo).

1.° 0 verbo discorrer é transitivo indireto, 1.5. Opção (D)


uma vez que necessita de um constituinte
Vamos dividir as orações.
que complete o seu sentido (discorrer é
sempre sobre alguma coisa), ou seja, um Manuel S. Fonseca pensa - oração
complemento oblíquo. subordinante

Logo, podes excluir a opção modificador que é grande a tentação de usarmos Eça como
(do grupo verbal) se fosse uma kalashnikov - oração
subordinada substantiva completiva
l
i
constituinte facultativo, que pode ser elimi-
introduzida por conjunção subo r a " a : /a
nado sem que a frase se torne agramatical
completiva;
2.° 0 constituinte selecionado pelo verbo é completa o sentido da forma verbal oensa e
introduzido por uma preposição (sobre); ex- desempenha a função sintática de
cluis o complemento direto! complemento direto
como se fosse uma kalashnikov - oração
Então, só pode ser complemento indireto subordinada adverbial comparativa
ou complemento oblíquo.
I
1 introduzida por locução conjuncona
são ambos selecionados por um verbo transi- subordinativa comparativa; expressa uma
tivo indireto e introduzidos por preposição. comparação face à ideia a n t e r ; c

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FICHA19- SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

1.6. Opção (B). Na primeira expressão, a palavra • Relaciona.


«cabeça» é usada com o sentido de capacida-
A mesma palavra, conforme o contexto em
des intelectuais, conhecimento. Já a expressão
que surge, pode pertencer a classes distin-
perdera cabeça significa enervar-se muito, não
tas.
conseguir manter a calma perante uma situa-
ção. Logo, as expressões apresentam dois sig- Confirma.
nificados diferentes que a mesma palavra pode Fechámos a janela, mal trovejou. = con-
ter, em contextos diferentes - campo semân- junção subordinativa causal
tico.
Estou mal disposta. = advérbio
1.7. Opção (C). A forma «humaníssimo» intensifica O mal está feito. = nome
a característica expressa pelo adjetivo humano,
Então, a palavra «mal» só assegura a coe-
sem estabelecer qualquer relação com outra
são interfrásica no caso de ser utilizada
realidade, recorrendo ao sufixo íssimo. Está,
como conjunção.
por isso, no grau superlativo absoluto sinté-
tico.
2.1. Falsa. São, respetivamente, pronome indefi-
nido, quantificador existencial e advérbio de
As outras opções.
quantidade e grau.
- grau normal: humano-,
advérbio de
pronome quantificador
quantidade
- grau comparativo de superioridade: mais hu- indefinido existencial
e grau
mano do que;
Substitui um introduz infor- Intensifica a
- grau superlativo absoluto analítico: muito hu- nome ou grupo mação relativa à ideia ex-
mano. nominal, expri- quantidade pressa pela
mindo uma (ainda que im- forma verbal
1.8. Opção (D). O advérbio «hoje» tem valor de ideia imprecisa precisa) do
1
tempo, contribuindo para assegurar a coesão relativamente à nome que espe-
temporal. quantidade cifica e com o mudaram
qual concorda muito
• O advérbio «hoje» é um deítico temporal. 1
em género e
Pululam muitos número
• Aprende. A coesão gramatical inter-
frásica é assegurada (Condes de 1
Gouvarinho) por
- pelo uso de conectores e organizadores
aí, de facto - e muitas
do discurso.
muitos (Condes diferenças
Estamos atrasados. Deste modo, temos de de Gouvarinho)
nos apressar. reúnem-se...
- pela coordenação (assindética e sindética):
2.2. Falsa. Empréstimos.
Vimos o filme, saímos e fomos jantar.
Os vocábulos «chats» e «facebook» são ele-
- pela subordinação:
mentos lexicais transferidos, para o português,
Fechámos a janela, mal trovejou. de uma outra língua.
- pela pontuação.
Amálgama. Palavra criada a partir da jun-
Tinha sede. Pedi um sumo. ção de partes de duas ou mais palavras. Ex.:
informática = informação + automática.
Trabalha mais. Fichas 39 e 40.
77
Í....ÍWKmÊÊÊÊÊÊÊKÊÊÊÊKKmÊ^RRMMMRR \ : m

FICHA 13 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

2.3. Falsa. Modificador do nome restritivo. • Modo Condicional

Estes adjetivos modificam os nomes a que - presente - eu estudaria


estão associados, restringindo a sua referência.
• Modo Conjuntivo
Repara que são equivalentes a orações subordi-
nadas adjetivas relativas restritivas: - presente - [que] eu estude

- dos banqueiros (que são) ociosos; - pretérito perfeito - [se] eu estudasse

- dos jornalistas (que são) venais; - futuro - [quando] eu estudar

- dos 'dandies' (que são) pretensiosos e


• Modo Imperativo
inúteis.
- presente - estuda [tu] / estudai [vós]
2.4. Verdadeira. A expressão «mas também»
adiciona, ao apresentado anteriormente, outros • Formas não finitas
segmentos.
- infinitivo impessoal - estudar
«"Este é, de algum modo, o Portugal dos con-
- infinitivo pessoal - eu estudar
des de Gouvarinho, dos banqueiros ociosos,
dos jornalistas venais, dos 'dandies' pretensio- - particípio - estudado
sos e inúteis - gerúndio - estudando

Compostos
(é o Portugal) dos Joões da Ega e dos Carlos da
• Modo Indicativo
Maia inconsequentes e igualmente inúteis."»
- pretérito perfeito - eu tenho estudado
2.5. Falsa. Presente do conjuntivo.
- pretérito mais-que-perfeito - eu tinha
(que) eu haja; (que) tu hajas; (que) ele haja; estudado
(que) nós hajamos; (que) vós hajais; (que eles) - futuro - eu terei estudado
hajam.
• Modo Condicional
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: eu
- pretérito - eu teria estudado
houvera; tu houveras; ele houvera; nós houvé-
ramos; vós houvéreis; eles houveram. • Modo Conjuntivo

- pretérito perfeito - [que] eu terna estu-


• Recorda.
dado
Tempos verbais
- pretérito mais-que-perfeito - se/ eu ti-
Simples vesse estudado

• Modo Indicativo - futuro - [quando] eu tiver estudado


- presente - eu estudo
• Formas não finitas
- pretérito perfeito - eu estudei
- infinitivo impessoal - ter estucado
- pretérito imperfeito - eu estudava
- infinitivo pessoal - eu ter estudado
- pretérito mais-que-perfeito - eu estu-
- gerúndio - tendo estudado
dara

- futuro - eu estudarei

78
FICHA 13 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

2.6. Verdadeira.
(cont.)
Vê como se faz. 2.° o verbo da primeira é copulativo (É) e,
por isso, seleciona um predicativo do
1.° Identifica o antecedente do «que» -
sujeito («provável»);
«"o resplandecente decote"»;
3.° a segunda oração pode ser substituída
2.° Substitui o pronome relativo pelo seu
por isto - É provável isto.
antecedente, colocando a frase na ordem
direta para identificares mais facilmente a • Atenta. Ao colocar-se os elementos da
sua função sintática - o vestido preto realça frase na ordem direta, vês claramente que
"o resplandecente decote" a oração subordinada ocupa o lugar de
sujeito.
3.° identifica a função sintática desempe-
nhada pelo antecedente na posição que as- Que ainda haja Padres Amaros a
sumiu no lugar do pronome relativo seduzir Amélinhas é provável.
o vestido preto realça o quê? OU

i isto (sujeito) é provável.

"o resplandecente decote" Logo, a oração subordinada desempenha a


função sintática de sujeito.
i
Complemento direto
6. Valor completivo.

3. Coesão interfrásica.
A oração subordinada é «que sobretudo as mu-
A conjunção coordenativa adversativa lheres portuguesas mudaram muito». Repara
«mas» estabelece uma relação de contraste que é introduzida pela conjunção subordinativa
entre as frases. completiva «que» e completa o sentido ex-
presso pelo complexo verbal «quero acreditar».
Relaciona. Relê a informação relativa ao
item 1.8., desta ficha. Logo, trata-se de uma oração subordinada
substantiva completiva.
Pratica. Resolve as fichas 10, 20, 25, 30,
36. • Dica: O valor da oração é equivalente à
sua classificação!
4. Sujeito nulo subentendido.

Apesar de não estar expresso na frase, o sujeito 7. «a mulher portuguesa urbana» (linha 19).
é facilmente recuperado a partir do contexto
O determinante possessivo é «seu» e concorda
(A/o feminino, por exemplo, [Fonseca] vê mui-
em género e em número com o nome que an-
tas diferenças).
tecede («destino»).
5. Sujeito.
Contudo, exprime uma ideia de posse relativa-
mente a um antecedente:
Faz assim.
«do seu destino»
1.° divide-se e classifica-se as orações -
É provável (subordinante) + que ainda haja i
Padres Amaros a seduzir Amélinhas do destino de quem?
(subordinada).
i
«(d)a mulher portuguesa urbana»
79
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (D). Parece "estranho" considerar esta • paródia - imitação de um texto com alte-
opção como a correta? ração do seu sentido original com o objetivo
de criticar, ridicularizar ou divertir.
• Resolve.
• citação - relê informação na ficha 4,
«José Gardeazabal (...) apresenta-nos (...) item 1.8.
um curioso livro de poemas.
Sugestão. Resolve o item 2.1., da ficha 11.
Apresenta o quê? - um curioso livro... —>
complemento direto 1.4. Opção (C). Se reparares, o pronome que re-
toma o grupo nominal que o antecede: «ver-
Apresenta a quem? - [nos] a nós (às pes- sos». Além disso, como a oração não se encon-
soas) —• complemento indireto tra entre vírgulas, assume um valor restritivo.

Dica. Se fizeres a análise sintática dos ele- • Resolve as fichas 7, 19, 33, 36.
mentos da frase, não terás problemas!
1.5. Opção (B).
1.2. Opção (A). No primeiro caso, trata-se de um
• Atenta.
processo irregular de formação de palavras. A
• a oração depende da subordinante «uma
sigla IN/CM soletra-se, pronunciando o nome
turbina gira»;
de cada letra.
• é subordinada final, pois exprime a finali-
[distingue-se do Acrónimo, já que neste as le- dade ou o objetivo da ação expressa na su-
tras não se soletram (Ex.: ONU)]. bordinante;

• Atenta. A palavra fotografias é um • é não finita infinitiva, já que a forma ver-


composto morfológico, constituído por bal se encontra no infinitivo.
duas palavras de origem grega: Revê. Orações subordinadas não finitas, fi-
chas 7 e 32.
foto (luz) + grafia (escrita, registo)
1.6. Opção (B).
1.3. Opção (B).
O verbo assumir é transitivo direto; como tal, a
O autor estabelece uma relação com o poema conjunção «que» introduz uma oração que
«Ode Triunfal», de Álvaro de Campos, através constitui o complemento direto e que com-
da referência aos elementos «uma turbina pleta o sentido da ação expressa na subordi-
gira» e «os operários de aço». nante. Ou seja, trata-se de uma oração subor-
dinada substantiva completiva.
Sabe mais. A intertextualidade, que con-
siste no conjunto de relações que um texto assume o quê? —• que lê "o jornal..."»
estabelece com um ou mais textos, pode
Então, sabendo que o valor da conjunção é
assumir várias modalidades:
equivalente ao valor da oração, o «que» as-
sume valor completivo.
• alusão - referência direta ou indireta a
uma situação, obra, personagem. Só é efi- 1.7. Opção (D).
caz se essa referência for do conhecimento
do interlocutor. Se retirares o segmento destacado, que ex-
pressa um valor de modo, a frase tem sentido
• paráfrase - explicação do conteúdo de um completo:
texto original ou reprodução do mesmo por
outras palavras, mantendo a ideia original. *lê o jornal.
FICHA 19 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

Se associarmos outros constituintes ao predi- • Consolida. Fichas 11,12, 20, 32.


cado, eles modificam-no, apresentando vários
valores, como é exemplo: 1.11.Opção (B). Estamos perante um mecanismo
de coesão referencial. Com o uso do pronome
todas as noites tempo pessoal lai evita-se a repetição do grupo nomi-
nal, ou seja, do referente «a linguagem».
no jardim espaço
lê o jornal
rapidamente modo 1.12.Opção (A). O nome «dificuldade» seleciona
para se informar fim um complemento que é introduzido pela pre-
posição /de/.
1.8. Opção (C). O segmento «uma omnipresença»
pode ser substituído pelo pronome lai e consti- • Repara. Caso o complemento do nome
tui o elemento sobre quem recai a ação de cha- esteja omisso, a frase não apresenta um
mar. (chama a si o quê?). sentido completo:

1.9. Opção (C). O determinante possessivo re- • ...e tem a impulsioná-la (...) a dificuldade.
fere-se ao possuidor do elemento «Poema à
Duração». Ora, o possuidor é Peter Handke: • Resolve. Fichas sobre o complemento
do nome. Consulta o índice: 16, 26, 27 e o
lembra muito Peter Handke e o seu Poema à Apêndice para mais informação.
Duração
1.13.Opção (B). A conjunção coordenativa «ora»
1.10.0pção (B). liga orações coordenadas.
As orações subordinadas substantivas relati- A oração coordenada disjuntiva é aquela
vas não têm antecedente e são introduzidas por que, em relação à primeira oração coorde-
advérbios relativos, pelo pronome relativo nada, apresenta uma alternativa.
quem e pelo quantificador relativo quanto.

A oração subordinada substantiva relativa Conjunções Ou; ou...ou; quer...quer;


pode desempenhar várias funções sintéticas: disjuntivas ora...ora; seja...seja

• Sujeito - Quem escreve versos é poeta. 1.14.0pção (D), O verbo copulativo forma o predi-
cado associando a si palavras que lhe comple-
• Complemento direto - Admiro quem tam o sentido e, em simultâneo, servem de li-
gosta de livros. gação entre elas e o sujeito. As palavras que
servem de complemento ao verbo copulativo
• Predicativo do sujeito - O Pedro não é desempenham a função sintática de predica-
quem se julga. tivo do sujeito.

• Complemento indireto - Os sensatos dão


verbos ser, estar, parecer, ficar, continuar,
valor a quem merece.
copulativos permanecer, tornar-se, revelar-se...

• Complemento agente da passiva - 0 con-


1.15.Opção (C). A conjunção apresenta um valor
curso foi ganho por quem se aplicou.
causal, porque introduz a oração subordinada
adverbial causal.
• Complemento oblíquo - Pensei sobre o
que me disseste ontem.
• Nota. A subordinada adverbial causal
(valor causal) distingue-se da coordenada
• Modificador do grupo verbal - Ele estuda
explicativa (valor explicativo) por dois
onde lhe apetece.
critérios sintáticos:

85
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

Retém.
Porque se atrasaram, os
Anteposição O verbo principal constitui o núcleo do predi-
alunos perderam a aula de
natação. cado, sendo ele o que determina o apareci-
Só as subordinadas mento de um sujeito e de complementos numa
podem ser *Pois se atrasaram, os frase. O verbo principal intransitivo sele-
antepostas. alunos perderam a aula de ciona um sujeito, mas é um verbo de sentido
natação. completo.

Posição dos Os alunos perderam a aula Outros exemplos:


pronomes átonos de natação, porque se A Filipa adormeceu.
atrasaram.
Na oração O rouxinol cantava.
subordinada o * Os alunos perderam a 2.2. Relacional. O adjetivo coloca-se posposto ao
pronome antecede aula de natação, pois nome que caracteriza e não apresenta variação
o verbo. atrasaram-se. em grau - (I Guerra muito Mundial).

1.16.0pção (D). Fazendo a análise sintática da 2.3. Predicado. A frase é constituída pelo verbo co-
frase, vê-se a alteração da ordem dos seus ele- pulativo + o predicativo do sujeito que lhe
mentos: completa o sentido.

• Sujeito - as figuras humanas 2.4. Complemento direto.

• Predicado - lhe interessam A identificação da função sintática de um pro-


nome é feita através da análise sintática da
• Complemento indireto - lhe frase onde está inserido.

• Repara. A forma verbal encontra-se no • Repara.


plural, concordando com um sujeito tam-
procurando pintar (...) os quadros revol-
bém ele plural. Caso considerasses que o
tados que um Cesário não desprezaria
elemento «as figuras humanas» era o com-
plemento direto, como seria o sujeito? - Quem não desprezaria? - um Cesário.
eles interessam-lhe as figuras humanas
(claro que não faz muito sentido!) Não desprezaria o quê? - (que) os quadros
revoltados.
1.17. Opção (A)
(um Cesário não desprezaria os
quadros revoltados
O princípio da relevância diz respeito às rela-
ções que as ideias de um mantêm entre si.
2.5. Sonorização / vocalização.
Repara como a informação do segundo pará-
Repara nos processos da evolução da palavra:
grafo exemplifica a ideia apresentada no pri-
meiro parágrafo. Uma consoante passou a vogal

Nota. Vê informação relativa à coerência tex- cathedra > catheira [vocalização]


tual, na ficha 6, ex. 2.6.
A consoante surda sonorizou-se
2.1. Intransitivo. A forma verbal «gira» seleciona catheira > cadeira [sonorização]
um sujeito (uma turbina), mas não é seguida
de nenhum complemento.
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (B) 1.5. Opção (D). ^

• Atenta. Novamente, fazemos a "per- Na oração "só quero recordar a hora em que
gunta": emborquei sucessivos púcaros..."

Cá estou no topo, a olhar o quê? —> pode-se substituir a locução por outra locução
outros (complemento direto), com o mesmo valor:
I I
1.2. Opção (C). A palavra duriense forma-se a "só quero recordar a hora na qual emborquei
partir da palavra douro + o sufixo de origem sucessivos púcaros..."
latina -ense que traduz a ideia de origem,
naturalidade. A palavra rés do chão é um • Repara. A locução refere-se ao antece-
composto morfossintático. dente a hora, ou seja, introduz uma oração
subordinada adjetiva relativa restritiva que
• Nota. Na composição morfossintática, constitui o modificador do nome restritivo.
há variações no plural. A palavra "rés do
chão", tal como no singular, no plural é "rés 1.6. Opção (B). Há nomes que obrigatoriamente se
do chão". Isto porque quando as palavras constroem com um grupo preposicional. É o
compostas são formadas por elementos li- caso dos nomes derivados de verbos como:
gados por uma preposição, só o primeiro impressão < impressionar.
elemento é que se flexiona no plural. Ora, o
plural de "rés" é "rés". Além disso, a frase sem o complemento do
nome não tem sentido completo:
Exemplo: Ando à procura de casa. Fui ver Tinha a impressão. De quê?
dois rés do chão.
1.7. Opção (A). As orações subordinadas adjeti-
• Resolve. Fichas 22, 23. vas relativas desempenham a função sintática
de modificadores do nome.
1.3. Opção (D). Na forma verbal «se viam», o pro-
nome se equivale às expressões há pessoas Relativa restritiva
que ou há quem (alguém) e implica um su-
jeito nulo indeterminado.
i
Modificador do nome restritivo
Exemplo: (sem vírgula)

Vê-se muita bondade. (= alguém vê a bon-


Relativa explicativa
dade / há quem veja)
1
Atenção. Na frase Alguém vê a bondade, o su- Modificador do nome apositivo
jeito da forma verbal vê é Alguém - o sujeito (isolado por vírgula)
simples está expresso na frase.
• Consulta o Apêndice - Frase complexa.
1.4. Opção (B). A forma verbal «podia ser» é cons-
tituída por um verbo auxiliar modal (poder) + o 1.8. Opção (D). Na frase, o complexo verbal vou
verbo principal (ser). A modalidade episté- atiçando expressa a regularidade com que a
mica é conseguida através do valor modal de ação se tem repetido, marcando o aspeto ite-
suposição/probabilidade expresso pelo verbo rativo do enunciado.
modal.
• Resolve. Outros exerc c os sobre este con-
• Revê. Fichas 1,11, 23 e 24. teúdo. Consulta o índice de Conteúdos,
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.9. Opção (B). Trata-se, efetivamente, de uma 1.11.Opção (A). No contexto em que surgem, as
enumeração de elementos. palavras apresentam um sentido oposto ou an-
tagónico: (tranquilo = sereno, plácido) / (estre-
Vamos eliminar as outras opções:
munhado = desassossegado, inquieto).
• isolar vocativos: não se trata de vocativos,
Sugestão. Consulta a informação relativa ao
pois o enunciador não se dirige a qualquer ele-
item 1.2, da ficha 9.
mento identificado na frase;

• isolar os complementos diretos: a vírgula 1.12.0pção (C). O verbo acordar seleciona um su-
nunca separa o complemento direto, por ser jeito (neste caso, é nulo subentendido /eu/)
um complemento selecionado pelo verbo tran- mas não seleciona complementos; pode-se
sitivo; neste caso, não há complemento direto, dizer que contém toda a informação necessá-
visto que o verbo é copulativo /ser/; ria.

• Pratica. Fichas 21, 29, 38.


• isolar o discurso direto: o discurso direto é
assinalado pela presença de verbos introduto-
1.13.Opção (D). A frase encontra-se na voz passiva.
res de relato do discurso e graficamente por
parágrafo e travessão. • Observa. Frase (com adaptações) onde
se encontra a expressão e a transformação
Sabe mais. Alguns casos de utilização da
na voz ativa:
vírgula:

• separar elementos numa enumeração; — Voz passiva—• Eles são lembrados


de mim (= por m i m ) \ n o eterno esqueci-
• isolar o vocativo;

• isolar o modificador do nome apositivo;

• isolar palavras e expressões com valor ex- Voz ativa —• Eu lembro-os


plicativo; (a minha mãe, o meu pai, o meu avô)
• isolar orações subordinadas adverbiais antes
2. «A avaliação da sua alma cívica». O antece-
das subordinantes ou nelas encaixadas.
dente, neste caso, ocorre mesmo antes da
forma verbal.
1.10. Opção (D). Como podes ver, o pronome re-
fere-se ao grupo nominal que o antecede, reto-
• Nota. Como o nome «avaliação» deriva
mando-o, contemplando um dos processos da
do verbo avaliar, este seleciona um comple-
coesão gramatical (referencial - com o uso
mento do nome e, por isso, indicar como
anafórico do pronome).
antecedente apenas o grupo nominal «A
avaliação» está incorreto.
• Atenta. Caso o pronome antecedesse o
grupo nominal, tratava-se de uma catáfora:
• Revê. O complemento do nome, nas fi-
chas 19, 26, 27.
Tudo no livro me agrada: os exercícios, as
explicações...
3. Valor explicativo. (Também se admite não res-
tritivo / apositivo) A oração é adjetiva relativa
• Nota sobre as outras opções do item:
explicativa, apresentando informação acessó-
a coesão lexical por substituição estabelece
ria relativamente ao grupo nominal «o resto da
entre os elementos relações de hierarquia
família».
(hiperónimo + hipónimo), de inclusão (holó-
nimo + merónimo), de sinonímia (sinóni- Confirma. Vê a informação do item 4, na
mos) e de antonímia (antónimos). ficha 4.
FICHA 16 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (B). 0 primeiro «que» (conjunção su- elementos do grupo verbal: verbo (ou com-
bordinativa completiva) introduz uma oração plexo verbal) e seus complementos. Neste caso,
que completa o sentido da forma verbal «digo- o predicado é constituído pelo complexo verbal
-vos». Repara que essa oração desempenha a «serão resolvidos» (verbo auxiliar da passiva +
função sintática de complemento direto e pode particípio passado do verbo principal).
ser substituída pelo pronome demonstrativo
«isso». 1.4. Opções (C). A repetição (ou reiteração) da
expressão «Neste dia» é um mecanismo de
Assim: coesão lexical.
Hoje eu digo-vos o quê?
Pesquisa no índice de conteúdos fichas sobre
i o assunto.
que os desafios que enfrentamos são reais = isso
1.5. Opção (C). Há a supressão de um fonema no
1 meio da palavra: síncope.
complemento direto Os dois fonemas contíguos (s e t) tornam-se se-
Ora, trata-se de uma oração subordinada subs- melhantes: assimilação.
tantiva completiva.
• Vê,
0 segundo «que» (pronome relativo) introduz
- nostru > nosto —* queda do fonema r — *
uma oração que limita a informação dada
síncope
sobre o seu antecedente («os desafios»). Ob-
serva que essa oração desempenha a função
- nostru > nosto —• assimilação
sintática de modificador do nome restritivo
e pode ser substituída por um adjetivo (os de- • Pratica os processos fonológicos. Faz
safios enfrentados). as fichas 1, 6, 7 , 1 1 , 1 3 , 1 4 , 1 6 , 1 7 , 33, 39.
Assim:
1.6. Opção (A)
f I
os desafios que enfrentamos são reais A expressão «de tentar obter a felicidade com-
Que desafios são reais? —* aqueles pleta» é selecionada pelo nome «oportuni-
que enfrentamos dade» e completa o seu sentido (uma oportu-
nidade é sempre de alguma coisa) —•
i complemento do nome.

restringe, limita os desafios que são reais; logo, é o


Nome que seleciona complemento:
modificador do nome restritivo
*que deriva de um nome: o artista (arte) de
Ora, trata-se de uma oração subordinada adje- circo
tiva relativa restritiva.
*gue deriva de um adjetivo: a beleza (belo) da
1.2. Opção (D). A conjunção «nem» é coordena- paisagem
tiva copulativa, assumindo um valor de adição
*que deriva de um verbo: a ida (ir) à praia
de ideias. É equivalente a «e não».
O adjetivo «completa» modifica o sentido do
• Ora vê. Não serão resolvidos facilmente nome «felicidade», restringindo-o, mas não é
e não (serão resolvidos) num curto espaço por ele selecionado. Além disso, pode ser subs-
de tempo. tituído por uma oração subordinada adjetiva
relativa: felicidade que é completa. —• modifi-
1.3. Opção (A). O predicado é constituído pelos cador do nome restritivo
FICHA 16 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

1.7. Opção (B). Com a frase «Deve ser conquis- 3. Vocativo. O constituinte «América» representa
tada», o locutor pretende agir sobre o seu in- a realidade a quem o locutor se dirige e que
terlocutor, expressando uma imposição, uma interpela.
ação apresentada como uma obrigatorie-
dade. Ou seja, o locutor considera que é uma • Recorda. O vocativo distingue-se do su-
obrigação conquistar a «grandeza». jeito porque está isolado por vírgulas e não
concorda com o verbo. Pode surgir em dife-
Aplica. Resolve as fichas 10, 22, 24, 31, entre rentes momentos da frase.
outras.
Sabes as horas, Isilda?

1.8. Opção (D). Professora, pode tirar dúvidas?

A frase contém um complexo verbal na voz • Resolve. Ex. 1.5., ficha 38.
passiva - «foi feita» - formado pelo verbo auxi-
liar ser e pelo particípio passado do verbo prin- 4. Verbo intransitivo. A ordem direta dos consti-
cipal (fazer). tuintes da frase é: «a hora de reafirmar o nosso
espírito de resistência chegou». Ou seja, «a
1.9. Opção (A) hora de reafirmar o nosso espírito de resistên-
cia» é sujeito (e não complemento direto!).
O complexo verbal «tem sido» expressa a ideia
de uma ação com duração prolongada no Repara que não é possível substituir o segmento
tempo. pelo pronome pessoal o, a, os, as - *chegou-a.

1.10.0pção (B). As palavras «trabalho» e «labor» Logo, é intransitivo.


apresentam um significado equivalente. São,
portanto, sinónimos. 5. A partir de hoje, devemos levantar-nos - ora-
ção coordenada;
1.11. Opção (C).
sacudir a poeira - oração coordenada copu-
«mulheres e homens desconhecidos no seu lativa assindética;
labor.»
e começar a tarefa de refazer a América - ora-
• Ora vê. Quem são aqueles «que nos ção coordenada copulativa sindética.
conduziram por um longo e acidentado ca-
minho rumo à prosperidade e à liberdade»? • Relembra. As orações coordenadas
podem ser:
1
mulheres e homens - sindéticas: são ligadas por conjunção ou
locução conjuncional expressa;
I
que mulheres e homens1 - assindéticas: são separadas por vírgula,
estando a conjunção ou locução conjuncio-
aqueles que são desconhecidos no seu
nal coordenativa subentendida.
labor
• Consulta o Apêndice - Frase complexa:
modificador do nome restritivo orações coordenadas.

2. Dêixis temporal. O advérbio «hoje» expressa


um valor temporal, remetendo para o tempo
da enunciação (dêixis temporal).

96
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (B). 0 verbo «chamar» apresenta a • Não confundas.


ação essencial do enunciado. Contudo, a pre-
sença da forma «começava» (associada à pre- prefixação e
posição a) acentua o momento de início da parassíntese
sufixação
ação. Ou seja, o verbo auxiliar expressa a forma
como a ação é perspetivada (destaca o seu iní- Acrescentamento Acrescentamento
cio). de um prefixo e de simultâneo de um
um sufixo a uma prefixo e de um
• Sabe mais. Os verbos auxiliares aspe- forma de base. Mas sufixo a uma forma
tuais salientam: a base existe de base. Mas não
também apenas existe a forma de
• o início da ação - começar a; com o prefixo ou base só com o
• a duração da ação - estar a, continuara, com o sufixo. prefixo ou com o
sufixo.
ficar a, andar a, ir a, vir a; 1
• o fim da ação - deixar de, acabar de. informalidade I
entardecer
Os verbos auxiliares temporais são ir e Mas também:
haver de e transmitem a ideia de que a ação - informal (derivada Mas não:
se realiza no futuro. por prefixação) - *entarde
Ex.: Ele vai chamar leitores. / Ele há de cha- -formalidade (deri- - *tardecer
mar leitores. vada por sufixação)

Nota. Para relembrares os verbos auxiliares


Nota. Relembra os conceitos de derivação
dos tempos compostos e modais, vê a infor-
não afixai e de conversão na informação re-
mação relativa ao item 1.8., ficha 8.
lativa ao item 1.3., ficha 12.
1.2. Opção (D)
1.4. Opção (D).
Na evolução de clamare > «chamar», o grupo
O advérbio «jamais», apesar de ser um advér-
consonântico cl transformou-se no grupo con-
bio de predicado com valor de tempo, contém
sonântico palatal ch [palatalização] e há a su-
uma ideia de negação, conferindo à frase uma
pressão do segmento lei no final da palavra
forma negativa.
[apócopej.
• Atenta. Os enunciados podem assu-
Pesquisa no índice de Conteúdos fichas sobre
mir um valor de afirmação ou de nega-
processos fonológicos.
ção.
1.3. Opção (A).
Valor afirmativo ou negativo de um enun-
Ora vê. ciado.

prefixo sufixo A forma negativa pode ser expressa através


do advérbio de negação (não) ou de outras
in + formal + (i)dade palavras ou expressões com valor negativo
(ninguém, nunca, jamais, nada, ne-
derivação por prefixação e sufixação nhum,...).
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.5. Opção (C). Os elementos «autor», «Nobel» e A conjunção «que», precedida do elemento
«escritor» dizem respeito ao mesmo referente «de tal maneira», introduz a consequência do
(«José Saramago»), sem que nenhum deles de- que é expresso na oração subordinante: ter
penda do outro (apenas pelo contexto e pelo combinado um esquema com o pessoal da edi-
nosso conhecimento do mundo é possível en- tora foi a consequência de a falha de memória
tender «autor», «Nobel» e «escritor» como re- lhe parecer uma desconsideração.
toma de «José Saramago»),
Outros elementos a que a conjunção su-
bordinativa consecutiva «que» se asso-
• Recorda. A coesão referencial baseia-
cia:
-se nas cadeias de referência ou anafóri-
cas, constituídas por um referente e os seus - t ã o ; tanto; tal; de tal modo;...
correferentes (elementos que retomam o
referente). É assegurada através: 1.8. Opção (D).

• da anáfora: retoma de um referente an- • Observa, «conta ao Observador Zeferino


teriormente mencionado; Coelho»

• da catáfora: o correferente surge antes - quem conta? - Zeferino Coelho —• Su-


do seu referente; jeito (= ele)

- conta a quem? - ao Observador —• com-


• da correferência não anafórica: utiliza-
plemento indireto (= lhe)
ção de expressões relativas ao mesmo refe-
rente, sem que haja dependência entre elas;
1.9. Opção (B)
• da elipse: a retoma está subentendida, O pronome relativo «que» substitui o grupo
não surgindo os elementos anafóricos ou nominal «todos os livros» para o qual remete (é
catafóricos. o antecedente).

1.6. Opção (C). • Vê.

O complexo verbal constituído pelo verbo auxi- O Nobel lançou todos os livros em vida.
liar ir (no pretérito imperfeito) e pelo verbo
Zeferino Coelho é responsável pela publica-
principal dar, associado ã expressão «todos os
ção de todos os livros.
dias» implica a ideia de que a ação se repete de
forma habitual. 1.10.0pção (A)

1.7. Opção (A) O verbo incomodar seleciona um complemento


direto: incomodar alguém ou alguma coisa.
Analisa. A expressão «a menos que» é uma Neste caso, o complemento direto é o pro-
locução conjuncional que tem um valor condi- nome pessoal o, que surge anteposto ao verbo
cional, ou seja, introduz uma condição de que por estar integrado numa oração subordinada.
a realização da ação expressa na oração subor-
dinante depende: o escritor ia dar autógrafos 1.11.Opção (C).
todos os dias, se não tivesse nenhum compro-
misso. • Repara.

Outras conjunções e locuções com valor ... descobrir na fila um rosto conhecido, de
condicional: cujo nome...

- se; caso; desde que; a não ser que; salvo 1


se; exceto se... • estabelece uma relação com o antecedente
(o nome do rosto desconhecido)
FICHA 19 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

• concorda em género e em número com o Na catáfora, o pronome remete para um


nome que precede referente que só surge posteriormente. Então,
o pronome pessoal «o» só é concretizado mais
É um determinante relativo.
à frente no texto, através da referência
• Revê. Classes de palavras referidas nas «José Saramago».
outras alíneas. ...as longas filas que o esperavam...

1.12.0pção (D). ...as longas filas que esperavam José Sara-


mago...
A expressão é selecionada pelo verbo parecer,
que é um dos verbos copulativos, que ligam o 3. «descobri-lo na fila».
sujeito ao predicativo do sujeito.
descobrir o quê? —• «um rosto conhecido»
1.13,Opção (D) Trata-se de um complexo verbal —• c. direto
num tempo composto, formado pelo verbo au-
xiliar ter, conjugado no pretérito imperfeito do
1
conjuntivo, e pelo particípio passado do verbo retira-se o r da forma verbal (descobri) e o
principal estar. pronome pessoal «o» passa à forma «lo»
descobri-lo
Analisa as várias opções.
• Relembra. Os pronomes pessoais o, a,
- pretérito perfeito composto do indicativo: au- os, as que substituem o complemento di-
xiliar no presente do indicativo + particípio pas- reto podem apresentar outras formas:
sado (têm estado);
• lo, la, los, las - quando a forma verbal
- condicional composto: auxiliar no condicional termina em r, s, z (Ex.: Traz o livro. > Trá-lo.)
+ particípio passado (teriam estado); • no, na, nos, nas - quando a forma verbal
termina em m ou ditongo nasal (Ex.: Ele põe
- pretérito perfeito do conjuntivo: auxiliar no
o livro na estante. > Ele põe-no na estante.)
presente do conjuntivo + particípio passado
(tenham estado); 4. (oração) subordinada (adverbial) temporal.

- pretérito mais que perfeito do conjuntivo: au-


A oração é introduzida pela locução conjuncio-
xiliar no pretérito imperfeito do conjuntivo +
nal subordinativa «Sempre que», que estabe-
particípio passado (tivessem estado).
lece uma ideia de repetição da ação. Ou seja,
de todas as vezes que «isso acontecia», a ação
• Dica: Nos tempos compostos, é normal
repetia-se.
que o verbo auxiliar esteja conjugado no
tempo imediatamente anterior (por exem- 5. Valor deítico temporal.
plo, o pretérito perfeito composto tem o
Aprende mais. Deíticos temporais.
auxiliar no presente; o mais que perfeito
tem o auxiliar no pretérito imperfeito; ...).
Advérbios e
Hoje, ontem, neste
• Nota. No caso do pretérito perfeito e do locuções
dia, de vez em
pretérito mais que perfeito do conjuntivo, a adverbiais que
quando, em breve
referência «composto» é desnecessária, indicam tempo
uma vez que, neste modo, estes tempos
não existem na forma simples. Tempos verbais Falo, falei, falarei

2. «José Saramago». Recente, antigo,


Léxico
atual, na atualidade

102
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (C). 0 verbo transitivo direto sele- 1.5. Opção (A)
ciona um sujeito e é seguido de um comple-
Vê.
mento direto, como é o caso:
Aconteceu recentemente a um naturalista.
Sabia [você] que pode ajudar os biólogos... ?
A quem? ele/lhe)
sujeito complemento direto

• Nota. 0 verbo exige uma preposição e,


• Nota. Nesta frase, o complemento direto
sem em ela, a frase seria assim:
apresenta-se sob a forma de uma oração -
subordinada substantiva completiva.
• Aconteceu recentemente um naturalista.
1.2. Opção (A).
1.6. Opção (A). No contexto, o enunciador optou
• Observa. por utilizar palavras sinónimas (foto = retrato
= imagem) para referir uma mesma realidade.
animales > animaes > animais Têm um significado idêntico, mas significantes
diferentes.
* ocorre a síncope do /

* ocorre a sinérese do grupo ae 1.7. Opção (B). A palavra biólogo tem dois ele-
mentos na composição, ambos de origem
Duas vogais em hiato transformam-se num grega: bio- («vida») e -logia («estudo, ciência,
ditongo - ai. tratado»). Um biólogo é aquele que se dedica
ao estudo da vida.
1.3. Opção (D)
A truncação consiste na redução e apaga-
Vamos fazer a análise sintática:
mento de parte de outras palavras mais exten-
• O biólogo Jorge Nunes revela-lhe curiosos sas que lhe deram origem:
projetos...
Foto (fotografia)

complemento complemento Moto (motociclo)


indireto direto
Otorrino (otorrinolaringologista)
• e convida-o a envolver-se
\ 1.8. Opção (C). Se o verbo («parecia») é copula-
complemento direto
tivo, então o elemento selecionado por ele é o
• Dica. Num exercício deste género, para predicativo do sujeito (que caracteriza o su-
não errares, analisa sempre as frases e tenta jeito).
encontrar logo um dos complementos!
• Observa.
1.4. Opção (D). 0 valor completivo é atribuído Ela parecia muito diferente.
pela conjunção subordinativa completiva
«que», pois introduz a oração subordinada Relaciona.
substantiva completiva, que desempenha a A presença do predicativo do sujeito contri-
função de complemento direto e que completa bui para assegurar a coesão frásica, tor-
o sentido do verbo transitivo direto (dizer). nando a frase gramatical.

• Exercita. Para além disso, a coesão gramatical está


• Transitivo direto > Ficha 29. presente, já que se verifica a concordância
• Oração subordinada completiva > Fichas em número entre pronome, verbo e adje-
21, 29, 31 tivo.

106
FICHA 10 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

1.9. Opção (B). Vamos analisar as frases. 1.12. Opção (C).

• «Descobriu-se que pode atingir metro e • Aprende. Bom, mau, grande e pequeno
meio de altura» têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e
'—•o quê? — 1 I menor); porém, em comparações feitas
complemento direto entre duas qualidades de um mesmo ele-
mento, deve-se usar as formas analíticas
A conjunção subordinativa completiva in-
mais bom, mais mau, mais grande e
troduz uma oração subordinada substan-
mais pequeno.
tiva completiva.
Exemplo:
• «com folhas que podem chegar...»
Pedro é maior do que Paulo - Comparação
(as folhas)
de dois elementos.
pronome relativo (que retoma um grupo
nominal) Pedro é mais grande que pequeno - com-
paração de duas qualidades de um mesmo
1.10.0pção (D). O verbo auxiliar modal {poder) elemento.
contribui para evidenciara probabilidade/possi-
bilidade de as ações de «atingir» e de «che- 2.1. Falsa. A palavra mas é uma conjunção coor-
gar» se realizarem. denativa adversativa.

Vejamos as outras afirmações do item: • Revê. Ficha 5 - Diferença entre a con-


junção e o advérbio conectivo.
• Permissão - Podemos fazer o resumo de
A Cidade e as Serras. 2.2. Falsa. O adjetivo «carnívora» é relacional -
deriva do nome "carne" e não varia em grau.
• Proibição - Tens de ler Os Maias com aten- [*Uma planta muito carnívora].
ção.
2.3. Verdadeira. O complexo verbal encontra-se
• Necessidade - É preciso dedicação para en- na voz passiva, no tempo simples. O tempo
tender Antero! composto é formado assim:

1.11. Opção (A). Tenha sido batizada

A frase contém uma oração subordinada subs- Verbo auxiliar verbo verbo principal no
tantiva completiva, introduzida pela conjunção dos tempos auxiliar da particípio passado
«que», e que desempenha a função sintática compostos voz
de complemento direto da subordinante. passiva

Então: 2.4. Verdadeira. 0 pronome «se» apresenta um


valor impessoal, atribuindo à ação verbal a
Descobriu-se subordinante
indeterminação do sujeito que a realiza.

• O quê?
Outros casos:
1
Fizeram muito barulho, ontem à noite, (não se
que pode atingir metro e meio de altura (su-
sabe quem fez barulho)
bordinada completiva)
Neste restaurante come-se bem. (não se espe-
cifica quem come - as pessoas em geral comem
bem).
l i f f i i i f J i i f f 1 f . f .<AM. i I i f f t f l i f J M ^ ^ ^ ^ ^ ^ m W W M ^ W I P W Í P P Í W W M Í H Í Í I
I
FICHA 19 - SOLUÇÕES (explicações, notas, informações e orientações)

1.1. Opção (D). Se colocares os elementos da frase 1.5. Opção (C).


na ordem direta, obtemos:
• Relembra. As formas verbais que são
Francisco Martins tem uma quinta.
conjugadas em pessoa e tempo apresentam
\ \
Sujeito (simples) complemento direto
um valor pessoal e temporal.

«Amanheci» e «vi» encontram-se na 1.a pes-


1.2. Opção (A) 0 pronome «tudo» recupera o re-
soa e no pretérito perfeito do indicativo.
ferente que o antecede («A extensão de salas,
câmaras, corredores em longitude e forma
2.1. Modificador (do grupo verbal). Se quiseres
conventual»), o que constitui uma anáfora.
saber porquê, tenta dirigir uma questão ao
Trata-se da coesão gramatical referencial.
grupo verbal / verbo.
• Pratica. Fichas 22, 26, 27 e 33.
... para desvanecer conjeturas de edificação re-
1.3. Opção (A). gular quando?

• Recorda. O verbo transitivo indireto I


seleciona um complemento indireto ou de pronto /rapidamente/logo a seguir/imedia-
um complemento oblíquo. tamente/. ..
Neste caso, a forma verbal «faceavam» im-
2.2. Modificador (de frase).
plica uma questão: com quê? A resposta é
—• com um recortado horizonte de ar-
A expressão corresponde a outros advérbios de
voredos.
frase: certamente, decerto, claro, sim.
Então, a expressão com um recortado ho-
rizonte de arvoredos é o complemento A expressão pode ocorrer num outro lugar na
oblíquo do verbo. frase:
A expressão com um recortado horizonte • Sem dúvida que tinha sido estrada.
de arvoredos não é o complemento indi-
• Tinha sido estrada, sem dúvida.
reto, porque não pode ser substituída
por me/te/se/lhe... • Tinha sido, sem dúvida, estrada.

1.4. Opção (C). As duas orações são adjetivas, pois Conclusão. A expressão orienta o leitor para a
o seu conteúdo refere-se a um grupo nominal opinião do enunciador sobre o enunciado (=
que se encontra na subordinante e na subordi- está convicto de que tinha sido estrada).
nada adjetiva relativa restritiva, respetivamente,
sendo introduzidas por advérbio relativo e pro- Atenção. Porque é que não é um modificador
nome relativo, respetivamente. do grupo verbal?

• Observa. • Repara. Tinha sido estrada. Como?


Onde? Quando?
«...e a Cumieira chão de um serro
• i
(relativa restritiva) onde se divisam as relí-
quias...» Nenhuma destas questões tem como res-
«onde se divisam as relíquias de antiga po- posta sem dúvida.
voação, (relativa explicativa)
2.3. Complemento do nome. O núcleo do grupo
que lá dizem ter sido Citânia,» nominal «a construção» é um nome que de-
riva de um verbo: construir. De acordo com as
• adjetiva relativa restritiva - sem vírgula
regras, esse nome seleciona um complemento
• adjetiva relativa explicativa - entre
(do nome) para lhe completar o sentido.
110 vírgulas
FICHA 19 - S O L U Ç Õ E S (explicações, notas, informações e orientações)

2.4. Modificador do nome restritivo. • Sonorização: amicu > amigo

• Atenta. Os estreitos limites do terreno A sonorização ocorre quando as consoantes


surdas passam a consoantes sonoras: p > b;
plano,
c> g; t> d; c/s > z
elevado,
Exemplos:
ensolarado,
que é amplo. lupu- > lobo / amicu- > amigo

modificador do libertate- > liberdade / vicinu- > vizinho


nome restritivo
3.2. Verdadeira. 0 determinante relativo «cujas»
2.5. Predicativo do sujeito. pressupõe uma expressão introduzida por de [as
• Vê. janelas do quarto], estabelecendo uma relação
[Aquele presídio] fosse o quê? entre o nome que especifica [janelas} e aquele
com que se relaciona, o antecedente [o quarto],
I
um miradoiro de observação. • Nota. Caso se dividam as orações, fica
assim:
• Atenção. O predicativo do sujeito é exi-
gido por um verbo copulativo! Escolhi o quarto. As janelas do quarto fa-
ceavam com ...
Consolida.
3.3. Verdadeira. A forma verbal encontra-se no
0 predicativo do sujeito é a função sintá-
pretérito perfeito. Ora, a ação verbal apresenta-
tica desempenhada pelo constituinte que
-se como terminada.
ocorre em frases com verbos copulativos
(ser, estar, ficar, continuar, parecer, perma-
3.4. Verdadeira.
necer, andar, revelar-se, tornar-se) e que
predica algo acerca do sujeito. 0 predicativo • O advérbio de quantidade e grau tão in-
do sujeito pode ser: tensifica a forma crua como as guerras eram
travadas e desempenha a função sintática de
• um grupo nominal: O rapaz é futebolista. modificador do grupo adverbial / do advérbio
cruamente.
• um grupo adjetival: Os alunos estão aten-
tos. • 0 advérbio cruamente introduz uma ideia de
modo relativamente à ação de guerrear. Exerce
• um grupo preposicional: A Maria ficou em
a função sintática de modificador do grupo
casa.
verbal, pois é um advérbio de predicado.
• um grupo adverbial: O livro continua aqui.
3.5. Falsa. A palavra é formada por composição
Nota. 0 predicativo do sujeito contribui morfológica.
para a interpretação do sujeito, atribuindo-
-Ihe uma propriedade, uma característica ou radical grego radical grego
uma localização (temporal ou espacial).
mono arquia
3.1. Falsa. São estes os processos fonológicos da (único, sozinho) (governo)
evolução da palavra:
Exercita. Processos morfológicos de formação
• Apócope: amicu(m)
de palavras. Fichas 22, 23, e 35.

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