Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Além disto, todos somos únicos, apesar de possuirmos uma mesma estrutura
geral. Veja essa comparação que encontramos na literatura (Figura 1). A forma
dos dois estômagos é diferente. O primeiro é alongado, com grande eixo vertical
e o outro está mais horizontal, mesmo assim os dois estômagos executam os
fenômenos digestivos normalmente, ou seja, existe uma variação na forma, sem
alterar a função dos órgãos.
Gratidão a todos que estão iniciando essa jornada de compreender mais sobre
si mesmos!
Nossa História começou com a jornada do nosso instrutor Eduardo Isaac no
caminho do Reiki em 2010. Inicialmente Eduardo fez várias formações em
Terapias Integrativas com o objetivo de cuidar mais de si, promover
autoconhecimento, bem estar e equilíbrio emocional. Essa fase de expansão foi
muito importante e por meio dos benefícios que teve em sua própria vida
decidiu se aprofundar cada vez mais. De todas as técnicas em que se formou, o
Reiki sempre teve um lugar especial, pois chegou primeiro e foi o divisor de
águas em sua história.
Depois de tantos benefícios que vivenciou com o Reiki entendeu que era hora
de multiplicar esse conhecimento. Após esse chamado interno, Eduardo
concluiu sua formação de instrutor em Reiki no mês de outubro de 2012, e já
em dezembro do mesmo ano conduziu seu primeiro curso. E assim, seguiu
jornada de instrutor de 2012 a meados de 2016 sozinho.
Em junho de 2016, entendeu que algo maior estava por vir e era hora de
expandir: nascia o IPIS - Instituto de Práticas Integrativas em Saúde e entrava
para a equipe as instrutoras Gabrielly Isaac e Samira Sampaio.
O ano de 2022 é muito especial para o Instituto IPIS, devido a vários marcos
importantes:
Entendemos que cada ser humano é único, com suas dores, sua história e sua
busca por felicidade. Independentemente de como você se encontra neste
momento, acreditamos que você possui um potencial infinito para ter mais bem
estar, uma vida mais significativa, aprofundar-se em seu autoconhecimento,
bem como para despertar seus talentos adormecidos, virtudes e valores. Nesse
sentido, acreditamos no seu potencial de gerar impactos positivos na sua
própria vida e na vida de outros seres, e temos a convicção de que auxiliando
você nesse despertar e florescimento, estamos mudando o mundo para melhor.
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
HOMEOSTASE ...................................................................................................... 2
ESTRUTURA CELULAR ........................................................................................ 4
TECIDOS ............................................................................................................... 7
PRINCÍPIOS GERAIS DE ANATOMIA ................................................................... 11
SISTEMA ESQUELÉTICO ..................................................................................... 15
SISTEMA ARTICULAR .......................................................................................... 24
PRINCIPAIS DOENÇAS SISTEMA ÓSSEO-ARTICULAR .................................... 25
SISTEMA MUSCULAR ........................................................................................... 27
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA MUSCULAR ............................................. 31
SISTEMA TEGUMENTAR ...................................................................................... 34
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA TEGUMENTAR ........................................ 36
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO ...................................................................... 39
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO ...................................... 46
SISTEMA LINFÁTICO ............................................................................................ 51
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA LINFÁTICO .............................................. 54
SISTEMA RESPIRATÓRIO .................................................................................... 56
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ...................................... 59
SISTEMA DIGESTIVO ........................................................................................... 63
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO ............................................. 70
SISTEMA URINÁRIO ............................................................................................. 77
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO ............................................... 82
SISTEMA REPRODUTOR ..................................................................................... 85
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA REPRODUTOR ....................................... 91
SISTEMA ENDÓCRINO ......................................................................................... 97
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO ........................................... 105
SISTEMA NERVOSO ............................................................................................. 113
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO ............................................... 121
SISTEMA SENSORIAL .......................................................................................... 125
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA SENSORIAL ............................................ 128
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 134
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 136
INTRODUÇÃO
Os tecidos, por sua vez, formam os órgãos, que se agrupam conforme suas funções e
formam um sistema, por exemplo, o estômago e os intestinos, os quais, juntos a outros
órgãos, formam o sistema digestório, que tem a função de nutrir o organismo. E, por fim,
o conjunto de sistemas formam o organismo humano (Figura 2).
1
HOMEOSTASE
Nível químico: inclui todas as substâncias químicas necessárias para manter a vida. As
substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e alguns
deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio
(Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os átomos
combinam-se para formar moléculas. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas,
os carboidratos, as gorduras e as vitaminas. As moléculas, por sua vez, combinam-se para
formar o próximo nível de organização: o nível celular.
Nível celular: Qualquer organismo vivo é composto de células. As células são unidades
estruturais e funcionais básicas de um organismo. É nelas que se executam as atividades
metabólicas. Entre os muitos tipos de células existentes em seu corpo estão as células
musculares, nervosas e sanguíneas. Cada uma tem estruturas diferentes e cada uma
desenvolve uma função diferente.
2
Nível tecidual: Os tecidos são grupos de células semelhantes na aparência, função e
origem embrionária que, juntas, realizam uma função particular. Os tipos básicos de
tecido são: tecido epitelial, tecido de sustentação, tecido sanguíneo, tecido muscular e
tecido nervoso.
Nível orgânico: quando diferentes tipos de tecidos estão unidos formam o nível orgânico.
Os órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e
geralmente apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos: o coração, os
pulmões, o cérebro, e
Célula é a unidade biológica e funcional dos organismos vivos. Possuem uma grande
diversidade de origens, tamanhos, formas, ciclo vital e funções, além de serem dotadas
de incrível dinâmica. Nelas a vida se manifesta de forma independente e ativa. As células
são entidades vivas dotadas de uma complexidade estrutural e funcional superior,
permitindo-lhes uma infinidade de capacidades e transformações que são próprias da
vida.
As células são formadas, em sua maior parte, por cinco substâncias básicas: água, que
está presente em concentradas de 70 a 85%; proteínas que normalmente constituem de 10
a 20% da massa celular; lipídios, formando cerca de 2% das células em geral, mas até
95% das células de gordura ou adiposas; carboidratos, com cerca de 1% da massa celular
total; e vários íons. Cada célula contém muitas estruturas físicas altamente organizadas,
chamadas de organelas.
3
ESTRUTURA CELULAR
Com relação ao ciclo vital, podemos dizer que as células possuem longevidade muito
variável conforme à espécie. No organismo humano, há células que duram muitos anos,
já outras têm a sua duração contada em dias e outras, ainda, acompanham o indivíduo por
toda sua vida. As células são classificadas em células de curta duração, como as hemácias;
estáveis, que podem durar meses ou anos, como as células epiteliais; e permanentes, que
duram toda a vida, como os neurônios.
4
Figura 3 - Principais estruturas de célula animal. Fonte: Leite – UFRJ (2015).
Membrana Celular - condiz com uma estrutura elástica com cerca de 7,5 a 10 nm
(nanômetros) de espessura. Sua estrutura básica é uma delgada camada de lipídios, com
espessura de duas moléculas que funciona como barreira a passagem de água e de solutos
hidrossolúveis entre o líquido extracelular, que banha as células, e o líquido no interior
dessas mesmas células. Existe grande número de moléculas de proteínas, muitas das quais
atravessam toda a espessura da membrana celular, representando passagens, chamadas de
poros, por onde podem fluir água e substâncias solúveis em água.
Membrana Nuclear - é uma dupla membrana, formada por dois folhetos bimoleculares,
cada um semelhante ao que forma a membrana celular. Mesmo assim, a membrana
nuclear é bem mais porosa que a membrana celular.
5
Complexo de Golgi - semelhante ao reticulo endoplasmático e funciona em associação
com ele. Geralmente, as proteínas e as outras substâncias sintetizadas pelo retículo
endoplasmático passam para o complexo de Golgi, onde ocorre seu processamento,
formando, assim, componentes intracelulares adicionais como as vesículas secretoras, os
lisossomos etc.
6
TECIDOS
- Tecido epitelial é composto por células e tem a função de cobrir superfícies. Apresenta
células justapostas, ou seja, bem encaixadas, com pouquíssima substância intersticial e
com grande coesão. Nos epitélios nunca se encontram vasos sanguíneos. Destacam-se os
tecidos epiteliais de revestimento e o glandular.
7
- Tecido de Sustentação cobrem todos os epitélios, ocupando todos os intervalos situados
entre os órgãos. São constituídos por células unidas entre si por muita substância
intersticial. Suas principais funções são sustentação, preenchimentos e ligação; defesa;
nutrição; armazenamento. Têm como características a presença de um vasto espaço
extracelular que contém fibras (elásticas, colágenas e reticulares), substância fundamental
amorfa e grande quantidade de material intracelular. Os tecidos de sustentação dividem-
se em vários grupos sendo os mais importantes o tecido conjuntivo, tecido adiposo, tecido
cartilaginoso e tecido ósseo.
- tecido cartilaginoso tem consistência mais rígida que os tecidos conjuntivos. Ele
forma as cartilagens como as orelhas, a extremidade do nariz, a laringe, a traqueia, os
brônquios e as extremidades ósseas. Suas células são os condrócitos, que ficam
mergulhados numa substância intersticial densa e não se comunicam. A substância
intersticial pode apresentar fibras colágenas e elásticas, em diferentes proporções, que lhe
conferem maior rigidez ou maior elasticidade.
8
- Tecido Hematopoiético ou Sanguíneo (hemato=sangue, poiese=formação), cuja função
é produção de células do sangue. O sangue é um tipo especial de tecido que se movimenta
por todo o corpo, servindo como meio de transporte de materiais entre as células. É
formado 60% por uma parte líquida (o plasma) e 40% por células (eritrócitos ou hemácias,
leucócitos e trombócitos ou plaquetas. O plasma contém inúmeras substâncias
dissolvidas, com aproximadamente 90% de água e 10% de sais (Na, Cl, Ca, etc.), glicose,
aminoácidos, colesterol, ureia, hormônios, anticorpos etc. A grande quantidade de água
facilita o desempenho das funções do plasma que são o transporte das células sanguíneas
pelo corpo e o transporte de substâncias nutritivas. Os eritrócitos ou hemácias, são
encontrados numa porção de 5 milhões por mm3, apresentam forma de disco e não
possuem núcleo nem organelas. Sua forma facilita a penetração e saída de oxigênio, o
que é importante para a função dessas células, que é transportar oxigênio e gás carbônico.
Têm origem na medula óssea junto com os leucócitos.
9
- Tecido Nervoso é formado por células altamente especializadas chamadas neurônios e
uma substância intercelular com células menores que constituem a neuroglia. O tecido
nervoso caracteriza-se por ser especializado na condução de estímulos. A célula nervosa
tem forma estrelada, dotadas de numerosos prolongamentos denominados dendritos;
destes, um se destaca por ser longo e pouco ramificado, o axônio ou cilindro-eixo, que
pode medir até cerca de um metro. Ao contato do axônio-dendrito, axônio-corpo de
neurônio ou axônio-músculo, dá-se o nome de sinapse. O neurônio é uma célula muito
especializada, cujas propriedades de excitabilidade e condução são as bases das funções
do sistema. Caracteriza-se por ser uma célula sem capacidade de reprodução, e o material
nervoso encontra-se protegido por estruturas ósseas como a caixa craniana (encéfalo) e a
coluna vertebral (medula espinhal). Da reunião de vários axônios forma-se o nervo.
Nervos são estruturas em forma de cordões, ramificadas, que se prolongam do encéfalo
(nervos cranianos) e da medula (nervos raquianos), a fim de se distribuírem por todo
organismo. É da reunião dos nervos que se forma a fibra nervosa.
10
PRINCÍPIOS GERAIS DE ANATOMIA
Para o estudo do corpo humano se faz necessário que ele seja dividido em partes: cabeça,
pescoço, tronco e membros (Figura 4).
Figura 4 - Divisão principal do corpo humano. Fonte: Andrade Filho; Pereira, 2015.
11
- a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade pélvica;
Alguns termos de comparação também são muito utilizados nos estudos de anatomia.
Planos Seccionais são as maneiras em que se pode dividir o corpo para facilitar o estudo
e fazer referência a certas estruturas. São eles:
O plano anterior e posterior se referem aos membros. São dois os planos verticais
tangentes ao lado do corpo, chamados de planos laterais direito e esquerdo.
12
Os dois planos horizontais tangenciam a cabeça (plano superior ou cranial) e à planta dos
pés (plano inferior ou podálico).
Com relação aos planos de secção (corte), temos que em posição anatômica, o plano que
divide o corpo humano verticalmente ao meio em metade direita e metade esquerda é o
plano sagital ou mediano. Qualquer corte feito paralelamente ao plano mediano é
chamado de secção sagital.
O plano que divide o corpo humano verticalmente ao meio, em ventral e dorsal (anterior
e posterior), é o plano frontal. Qualquer corte feito paralelo a este é chamado de secção
frontal e aos planos dar-se a mesma denominação de frontal.
. Planos verticais:
- laterais direto e esquerdo: paralelamente de cada lado do corpo (lado direito e lado
esquerdo da caixa).
. Planos horizontais:
- podálico ou inferior: passa junto à planta dos pés (parte inferior da caixa.
13
- plano frontal ou coronal – “corta” o corpo lateralmente, determinando uma porção
anterior ou ventral (parte da frente) e outra posterior ou dorsal (parte de trás).
Eixos são linhas imaginárias. Os eixos principais seguem três direções ortogonais. Na
direção ântero-posterior temos o eixo sagital, que vai do centro do corpo ao plano ventral
e do centro ao plano dorsal, ou seja, é o eixo que vai do ventre ao dorso. Na direção
céfalo-caudal ou crânio-caudal, temos o eixo longitudinal, que vai do centro do corpo ao
plano superior e do centro ao plano inferior, ou seja, é o eixo que vai da cabeça aos pés.
Na direção látero-lateral, temos o eixo transversal, que vai do centro do corpo a lateral
esquerda e do centro a lateral direita, ou seja, é o eixo que vai de um lado ao outro do
corpo.
Pela imagem abaixo, os planos e eixos podem ser localizados (Figura 5).
A B
14
SISTEMA ESQUELÉTICO
Figura 6 - Sistema esquelético – axial (crânio, caixa torácica e coluna vertebral). Fonte:
Andrade Filho; Pereira, 2015.
15
Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por
intermédio das articulações constituem o esqueleto. É um tecido vivo, complexo e
dinâmico, são vascularizados e inervados. Participa de um contínuo processo de
remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando o velho. Os ossos são
formados por substâncias responsáveis pela sua consistência e por sua firmeza, que são:
- Colágeno: substância orgânica que constitui uma rede no espaço intercelular. É uma
proteína que lhes concede elasticidade, flexibilidade e resistência. Sua falta torna o osso
quebradiço.
- Camadas do Tecido Ósseo Periósteo: tecido conjuntivo que reveste a superfície externa
do osso, exceto nas articulações; formando uma membrana dura e resistente. Protege o
osso, serve como ponto de fixação para os músculos e contém vasos sanguíneos. Os vasos
sanguíneos penetram no interior do osso, ao contrário dos nervos, que acompanham os
vasos sanguíneos, mas permanecem no periósteo.
- Tecido Compacto: células são bem unidas, proporcionando certa rigidez, localizadas na
camada superficial do osso promove proteção, suporte e resiste às forças produzidas pelo
peso e movimento. Nos ossos longos encontram-se na diáfise.
- Tecido Esponjoso: as células deixam espaços entre si, proporcionando um tecido menos
rígido e com aspecto poroso, ocupado pela medula óssea, localizado na camada óssea
profunda. Nos ossos longos encontra-se nas epífises.
- Medula Óssea: células que preenchem as cavidades do tecido esponjoso. Nos ossos
longos está contida em uma cavidade central denominada canal medular.
16
No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha. Já no adulto, a medula vermelha fica
restrita aos ossos chatos e às vértebras. Nos ossos longos a medula vermelha transforma-
se em amarela, com o passar dos anos.
Crescimento Ósseo
O osso é um tecido vivo e ativo, que cresce se desenvolve e se renova. Na infância, o osso
sofre um processo de constante remodelação e fortalecimento, até amadurecer em seu
estado adulto, durante a adolescência. Nos ossos, encontramos 3 células ósseas principais
responsáveis por sua formação, destruição e remodelação.
Existem fatores importantes que influenciam diretamente no crescimento dos ossos, tais
como genética, ingestão adequada de cálcio e vitaminas C e D, ação de hormônios (GH)
e o fator físico (força de tração e de pressão). O crescimento dos ossos longos acontece
principalmente na epífise do osso. Ferimentos nessa região podem prejudicar o
crescimento.
17
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma (espessura, largura e comprimento)
em:
- Ossos Alongados: as costelas são ossos longos, porém achatados, e como não
apresentam canal central, pertencem a outro grupo.
- Ossos Pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheias de ar, apresentando
pequeno peso em relação ao seu volume. Ex.: Frontal.
18
Figura 7 – Estrutura de um osso longo. Fonte: Andrade Filho; Pereira, 2015
- Crânio:
19
- Frontal: Osso que forma a porção anterior do crânio, a testa.
- Face:
20
Coluna Vertebral: Formada pela sobreposição de ossos denominados vértebras, que no
seu conjunto formam uma haste flexível capaz de dar sustentação, equilíbrio e mobilidade
ao corpo. É também responsável por alojar e proteger a medula espinhal, através do seu
canal medular. Entre as vértebras encontra-se o Disco Intervertebral, formado por tecido
fibrocartilaginoso. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da
coluna vertebral e absorvem os impactos. Formada por 33 vértebras sobrepostas que se
dividem em:
21
Caixa torácica: é formada pelo osso esterno, pelas costelas e pela região torácica da
coluna vertebral. É responsável pela proteção do coração, grandes vasos e pulmões e pela
mobilidade respiratória, formando uma câmara expansível durante a inspiração e
expiração.
- Costelas: são 12 pares ósseos que são presos nas vértebras torácicas
(posteriormente) e no esterno (anteriormente). São classificadas em costelas verdadeiras
(1º ao 7º par) unidos através de suas cartilagens diretamente com o esterno; costelas falsas
(8º ao 10º par) ligados ao esterno através da fixação com a cartilagem do 7º par; e costelas
flutuantes (11º e 12º pares), pois não têm contato com o esterno, são costelas livres.
- Úmero: é o maior e mais longo osso do braço. Une o ombro (escápula) ao cotovelo
(radio e ulna).
- Carpos: são os 8 ossos que formam o punho. São eles o escafóide, semilunar, piramidal,
pisiforme, trapézio, trapezóide, capitato e hamato.
22
- Falanges: são 14 ossos para cada membro superior e formam os dedos. Falange
proximal, média e distal, exceto o 1º dedo tem que não tem a falange média.
- Cintura pélvica: formada pelos ossos do quadril, sacro e cóccix (da coluna).
- Quadril: são formados pela união de três ossos, o ílio, o ísquio e o púbis de cada lado.
- Fêmur: é o mais longo e pesado osso do corpo. É o osso da coxa. Une o quadril ao
joelho.
- Fíbula: é o osso lateral da perna. Dos ossos da perna a fíbula é a mais fina, não tem
função de sustentação de peso. Articula-se com a tíbia e o tálus.
- Falanges: são 14 ossos para cada membro inferior e formam os dedos. Falange proximal,
média e distal, exceto o 1º dedo tem que não tem a falange média.
- Hióide (pescoço).
- Martelo/Estribo/Bigorna (ouvido).
23
SISTEMA ARTICULAR
Articulações são as uniões funcionais entre dois ou mais ossos do esqueleto que permitem
amplo movimento ou nenhum. São divididas de acordo com sua estrutura e mobilidade:
24
PRINCIPAIS DOENÇAS SISTEMA ÓSSEO-ARTICULAR
- Osteoporose:
A osteoporose pode ser prevenida com a adoção de hábitos saudáveis no cotidiano, como
a prática regular de exercícios físicos e uma dieta balanceada, rica em cálcio e
em vitamina D, substância que está relacionada diretamente à absorção do cálcio pelos
ossos.
- Artrite:
25
tornozelos, dedos, punhos e mãos, sendo uma doença bastante associada ao
envelhecimento.
Existem diversos tipos de artrite, sendo os mais conhecidos: artrite reumatoide; artrite
anquilosante; artrite gonocócica; gota; condrocalcinose; artrite reumatoide juvenil (em
crianças); artrite reativa. Há mais de 100 tipos de artrite diferentes, e os estudos apontam
uma maior prevalência de casos em mulheres a partir dos 50 anos. Os principais sintomas
observados em casos de artrite são dor, vermelhidão e inchaço nas articulações e, em
casos mais graves, dificuldade ou perda dos movimentos. Apesar de ter um forte
componente genético envolvido, os cuidados para prevenção da artrite são principalmente
a adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta balanceada e uma rotina de
exercícios. O controle do peso também está fortemente associado à prevenção da artrite,
uma vez que essa doença é frequente em pessoas com obesidade.
- Artrose:
26
SISTEMA MUSCULAR
27
Figura 11 - Principais músculos do corpo humano – vista posterior. Fonte: Andrade
Filho; Pereira, 2015.
28
existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares.
Representam 40-50% do peso corporal total. As principais funções são:
- Músculo Estriado Cardíaco: músculo que forma o coração. Age sem o controle
consciente do indivíduo.
29
As propriedades musculares são:
- Elasticidade: Uma vez contraído, o músculo se afrouxa, voltando à sua forma primitiva.
O músculo é, portanto, dotado de elasticidade. A elasticidade do músculo é indispensável.
O músculo deve, na verdade, voltar à sua forma primitiva para poder contrair-se de novo.
Além disso, nos músculos considerados antagônicos ocorrem dois fenômenos contrários,
ou seja, quando um deles se contrai o outro se retrai ou afrouxa.
30
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA MUSCULAR
- Cistos de Baker:
São pequenas bolsas preenchidas com líquido articular (sinovial) que se formam em um
segmento da cápsula articular atrás do joelho. O cisto de Baker resulta do acúmulo de
líquido articular que fica preso, havendo a formação de uma protuberância na cápsula
da articulação atrás do joelho, como uma herniação. As causas do acúmulo de líquido
articular incluem artrite reumatoide, osteoartrite, outras doenças inflamatórias das
articulações e o uso excessivo dos joelhos. Os cistos de Baker causam, frequentemente,
desconforto na parte de trás do joelho, mas frequentemente não causam sintomas.
Os cistos podem aumentar e ficar do tamanho de uma bola de beisebol, bem como se
estender em direção aos músculos da panturrilha. O aumento rápido da quantidade e da
pressão do líquido dentro do cisto pode rompê-lo. O líquido liberado pelo cisto pode
fazer os tecidos adjacentes ficarem inflamados, resultando em sintomas que podem ser
semelhantes aos provocados por um coágulo de sangue na panturrilha (trombose venosa
profunda – TVP). Além disso, uma protuberância ou ruptura do cisto de Baker
raramente poderia de fato causar tromboflebite na veia poplítea (localizada atrás do
joelho) por pressioná-la.
31
- Bursite:
Inflamação dolorosa da bursa (uma bolsa preenchida com líquido que proporciona
amortecimento onde a pele, músculos, tendões e ligamentos deslizam sobre os ossos).
Movimentar-se é geralmente doloroso e a bursa próxima à pele pode ficar inchada e
sensível. A dor ao redor da bursa sugere o diagnóstico, mas, em alguns casos, são
necessários exames de imagem ou análise do líquido removido de uma bursa. Repouso
seguido por fisioterapia, imobilização, medicamentos anti-inflamatórios não esteroides
e, às vezes, injeções de corticosteroides geralmente aliviam os sintomas. Normalmente,
a bursa contém uma pequena quantidade de líquido, que proporciona o amortecimento.
A bursa reduz a fricção e previne o desgaste que pode ocorrer quando uma estrutura
desliza sobre a outra. Algumas bursas estão localizadas logo abaixo da pele (bursas
superficiais). Outras estão localizadas abaixo de músculos e tendões (bursas profundas).
Se uma bursa for lesionada ou usada em excesso, pode ficar inflamada e pode se
acumular líquido adicional. É geralmente causada por irritação devido a uso indevido
ou excessivo. Também pode ser causada por lesão, gota, artrite ou determinadas
infecções, especialmente aquelas causadas por Staphylococcus aureus.
A causa da bursite costuma ser desconhecida. O ombro é muito suscetível à bursite, mas
as bursas dos cotovelos, quadris (bursite trocantérica), pelve, joelhos, dedos dos pés e
calcanhares (bursite do tendão de Aquiles) são afetadas frequentemente. As pessoas
com bursite do ombro geralmente também têm inflamação dos tendões ao redor dos
ombros (tendinite do manguito rotador – os tendões e outras estruturas que se movem,
giram e mantêm o ombro no lugar formam o manguito rotador).
- Tendinite:
A tendinite é a inflamação de um tendão. Já a tenossinovite é a tendinite acompanhada
por uma inflamação da cobertura protetora sobre o tendão (bainha do tendão). Nem
sempre se conhece a causa. Os tendões ficam doloridos, especialmente quando são
movimentados, e algumas vezes inchados. O diagnóstico é geralmente baseado nos
sintomas e nos resultados de um exame físico. Imobilização, compressas quentes ou
frias e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides podem ajudar. Os tendões são
cordas fibrosas de tecido resistente que conectam os músculos aos ossos. Alguns
32
tendões estão rodeados por bainhas. A tendinite normalmente ocorre durante a meia-
idade ou idade avançada, já que os tendões enfraquecem e ficam mais suscetíveis a
lesões e inflamações.
- Tendinopatia:
Enfraquecimento do tendão, é geralmente o resultado de muitas rupturas pequenas que
ocorrem ao longo do tempo. Os tendões afetados podem sofrer laceração completa
gradual ou subitamente.
- Fibromialgia:
Caracterizada por sono inadequado, fadiga, névoa mental, dor e rigidez generalizada
nos tecidos moles, incluindo músculos, tendões e ligamentos. Sono inadequado,
estresse, distensões, lesões e, possivelmente, certas características da personalidade
podem aumentar o risco da fibromialgia. A dor é generalizada e algumas partes do corpo
ficam sensíveis ao toque. O diagnóstico de fibromialgia se baseia em critérios e
sintomas definidos como dor generalizada e fadiga. Melhorar a qualidade do sono,
tomar analgésicos, praticar exercícios, compressas quentes e massagens podem ajudar.
A fibromialgia pode ser chamada de síndrome de fibrosite ou fibromiosite. Porém, como
a inflamação (indicada pelo sufixo “ite”) não está presente, o sufixo foi descartado e o
nome se tornou fibromialgia. A fibromialgia não é uma doença autoimune, mas pessoas
com fibromialgia frequentemente também têm doenças inflamatórias crônicas ou
autoimunes. A fibromialgia e a síndrome de dor miofascial não são estritamente
sinônimas, mas são semelhantes porque ambas são síndromes de dor central. No
entanto, a síndrome de dor miofascial envolve principalmente dor muscular e a
fibromialgia causa dor corporal mais disseminada, bem como outros sintomas.
Pessoas com fibromialgia parecem ter uma sensibilidade maior à dor. Isto é, as áreas do
cérebro que processam a dor interpretam as sensações dolorosas com maior intensidade
do que pessoas que não têm fibromialgia. A causa da fibromialgia geralmente é
desconhecida. Porém, certos quadros clínicos podem contribuir para o desenvolvimento
da doença. Eles incluem sono de má qualidade, entorses repetidas ou uma lesão. O
estresse mental também pode contribuir. Porém, a quantidade de estresse pode não ser
o problema. A forma como as pessoas reagem ao estresse parece ser mais relevante.
33
SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus órgãos acessórios, como os pelos, as
unhas, as glândulas e os vários receptores especializados. A pele constitui um manto
contínuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao maio ambiente.
A pele tem a função de regular a temperatura corporal, ou seja, auxilia na regulação
térmica do organismo pela eliminação do suor, fazendo a temperatura do corpo
permanecer constante, independente das variações externas. Além disto, remove água,
sais e vários compostos orgânicos, através do suor. Também detectar estímulos
relacionados à temperatura, ao tato, à pressão e à dor. A pele protege o organismo contra
substâncias ou microrganismos nocivos ao corpo.
Estruturalmente a pele é formada por duas camadas principais: Epiderme e Derme. Sob a
derme está a tela subcutânea, também chamada de hipoderme, que fixa a pele às estruturas
subjacentes.
À medida que as células se movem para a superfície, acumulam queratina, uma proteína
que ajuda a proteger a pele. As células queratinizadas descamam e são substituídas pelas
células das camadas inferiores, que por sua vez também sofrem queratinização e
descamam. O melanócito também é um dos tipos celulares da epiderme e que também
pode ser encontrado na derme. Ele produz melanina, pigmento responsável pela coloração
da pele por absorção de radiação ultravioleta (UV).
34
Abaixo da derme há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a tela subcutânea. É
enriquecida por grande quantidade de células gordurosas formando uma camada variável
de tecido adiposo. Essa camada funciona como um sistema de armazenamento e reserva
de energia. Ela auxilia também na manutenção da temperatura corporal.
- Pêlos - cada pêlo é um fio de células fundidas, mortas, queratinizadas que consiste de
uma haste (parte livre) e raiz. A raiz é fixada na derme por um pequeno orifício, chamado
folículo piloso. Associado aos pêlos, há um feixe de músculo liso denominado músculo
eretor do pêlo. Esses músculos contraem-se sob condições como medo e frio elevando os
pêlos.
- Unhas - são formadas por conjuntos de células mortas e queratinizadas. Cada unha
consiste de uma corpo, uma margem livre e uma raiz. Funcionalmente as unhas auxiliam
na preensão, manipulação de pequenos objetos, fornecem proteção às extremidades dos
dedos.
35
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA TEGUMENTAR
- Albinismo:
Desordem genética na qual a produção de melanina é insuficiente, por isso a pele, os
cabelos e os olhos não têm pigmento.
- Alopecia:
Também conhecida como queda de cabelo ou calvície. A alopecia areata, tipo mais
comum em jovens, é causada pelo estresse intenso. Em geral, há um histórico familiar da
condição, muitas vezes associada a doenças autoimunes.
- Câncer de pele:
Os carcinomas, que é a versão mais prevalente, costumam ser limados em um pequeno
procedimento cirúrgico. Já o melanoma, mais agressivo, muitas vezes precisa do apoio
de quimio ou imunoterapia. Embora sejam diferentes, ambos dividem os mesmos fatores
de risco, tais como a exposição aos raios solares e a falta de diagnóstico precoce. Pintas
diferentes, de cores e bordas irregulares, precisam de análise médica.
- Celulite:
Não são as relacionadas às cicatrizes estéticas, mas se trata de uma infecção bacteriana
cutânea aguda, com sintomas de vermelhidão, inchaço, dor e febre. Essa infecção atinge
camadas mais superficiais, que pode evoluir se não for
suprimida. Idosos, diabéticos, obesos e outros indivíduos com a circulação
comprometida estão mais suscetíveis a ela.
- Dermatite atópica:
Genética, a doença crônica não é contagiosa e provoca secura, coceira e vermelhidão na
pele.
36
- Dermatite de contato:
Inflamação causada por produtos. Pode ficar restrita ao local de contato ou causar alergia
maior.
- Doenças virais:
Em idosos, o vírus da catapora pode se reativar e gerar o herpes-zóster, que se trata de
uma agressão à pele e aos nervos periféricos, que gera dores lancinantes.
- Eczema:
Provoca lesões com aparência de bolhinhas com água, secreções que formam crostas e
aumento da espessura da pele.
- Escabiose ou Sarna:
É provocada por ácaro que procria na pele. As fezes do bicho causam as lesões.
- Escaras:
Também chamadas de úlceras de decúbito ou pressão, essas feridas brotam e crescem em
pessoas que ficam acamadas ou em cadeiras de rodas por longos períodos. O estrago
decorre da fricção entre a pele e a superfície externa. Sem receber sangue a contento, as
células epiteliais vão morrendo até a lesão dominar o pedaço. A mudança contínua de
posição, colchões especiais e uso de óleos e loções ajudam.
- Melasma:
São manchas escuras na pele, principalmente no rosto. Afeta mais as mulheres e está
relacionada ao uso de anticoncepcionais e à exposição solar.
- Micoses:
Causadas por fungos. O tratamento é lento e exige paciência. A esporotricose é
transmitida por gatos e capaz de causar até danos internos.
37
- Psoríase:
Crônica e não contagiosa, sua causa é desconhecida. Vermelhidão, descamação e
surgimento de manchas espessas são os principais sintomas.
- Urticária:
Marcada por vermelhidão, inchaço e uma tremenda coceira, ela é desencadeada por vários
fatores, de frio a exercício físico. Embora os vergões sumam em coisa de 24 horas, a crise
toda demora semanas para ir embora, com focos de coça-coça e ardência desaparecendo
e retornando.
- Vitiligo:
Provoca a perda de coloração da pele em determinadas regiões. Fenômenos autoimunes
e traumas psicológicos podem ocasioná-la.
38
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO
- Transporte de gases,
- Transporte de nutrientes,
- Transporte de hormônios,
- Intercâmbio de materiais,
- Transporte de calor,
- Coagulação sanguínea.
- Sangue: líquido viscoso, de coloração avermelhada, que está contido num sistema
fechado de canais, impulsionados pelo coração. O sangue leva até as células os nutrientes
de que precisam para manutenção do seu processo vital. Estes elementos nutritivos são
constituídos por proteínas, lipídeos, glicídios, sais minerais, água e vitaminas. Além
disso, transporta oxigênio para as células, e retira elementos indesejáveis como gás
carbônico, expelido pelos pulmões, e ureia, eliminado pelos rins. A quantidade de sangue
39
de um indivíduo varia de acordo com idade, sexo, musculatura, e outros fatores. O volume
total de sangue pode variar de 4 a 6 litros, em um adulto. O sangue é composto por uma
parte líquida, o plasma, constituído de água, substâncias nutritivas e elementos residuais
das reações celulares. Há também uma parte organizada (sólida), que são os elementos
figurados; células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas)
suspensas sobre o plasma sanguíneo. As células sanguíneas são produzidas na medula
óssea dos ossos.
- Plasma: líquido amarelo claro que representa 55% do volume total de sangue.
Constituído por 90% de água, onde se encontram dissolvidas proteínas, açúcares,
gorduras e sais minerais; além de hormônios. Enzimas e anticorpos. Através do plasma
circulam os elementos necessários à vida das células.
40
85% da população possui o aglutinógeno Rh, sendo chamadas de Rh+. A presença desses
aglutinógenos específicos nas hemácias é um dos elementos responsáveis pelas reações
transfusionais resultantes de tipos sanguíneos incompatíveis. Daí a necessidade de se
conhecer a tipagem sanguínea do paciente quando da necessidade de realização de
transfusão.
- Vasos sanguíneos: formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em
direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Compreendem artérias, veias e
capilares.
- Artérias: são vasos cilíndricos, elásticos, onde o sangue circula. Têm a função
de levar sangue oxigenado do coração até as células. Possuem paredes mais espessas e
mais fortes. Pela sua elasticidade, as artérias se expandem quando o sangue é nelas
bombeado e depois relaxam lentamente. As artérias, com exceção às artérias pulmonares,
carregam sangue com O2 (oxigênio). A espessura da parede da arterial formada por 3
camadas (endotélio, tecido muscular liso e tecido conjuntivo), é característica especial e
essencial, pois recebem sangue diretamente do coração e estão submetidas a altas pressões
atuantes sobre os vasos sanguíneos. As artérias são calibrosas, elásticas e situam-se mais
profundamente no corpo.
- Veias: são tubos que transportam o sangue da periferia para o coração, ou seja,
sangue com CO2 (gás carbônico). Sua parede muscular é mais fina que a da artéria e
apresentam válvulas que impedem o refluxo do sangue. Como a pressão sanguínea no
interior das veias é muito baixa, o retorno do sangue ao coração deve-se, em grande parte,
às contrações dos músculos esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com que o
sangue se desloque em seu interior, e devido às válvulas, onde o sangue só pode seguir
rumo ao coração. O diâmetro das veias aumenta gradativamente à medida que se
aproxima do coração.
- Capilares são vasos com calibre extremamente finos e ligam artérias e veias.
Local onde nutrientes, gases, água e solutos são difundidos entre o sangue e os tecidos.
41
- Coração: é um órgão oco e possui tamanho de aproximadamente “uma mão fechada” e
peso médio de 300 g. localizado no centro da cavidade torácica (Mediastino). Possui
quatro câmaras: Dois átrios, (câmaras superiores) que recebem sangue das veias e por
isso têm a parede mais delgada; e dois ventrículos (câmaras inferiores) responsáveis por
ejetar o sangue do coração para as artérias e, para vencer a resistência suas paredes são
mais espessas. O coração é composto de uma estrutura muscular espessa, denominada
Miocárdio, que integra as paredes das cavidades atriais e ventriculares. O miocárdio está
envolto externamente pelo Pericárdio, cuja função é proteger o miocárdio e permitir o
suave deslizamento das paredes do órgão durante o seu funcionamento mecânico, pois
contém líquido lubrificante em seu interior. Internamente, o miocárdio é recoberto pelo
Endocárdio, membrana de proteção interna que fica em contato direto com o sangue,
separando a musculatura, do interior das cavidades do órgão. O coração tem também um
conjunto de valvas, com a função de direcionar o fluxo de sangue em um único sentido
no interior do coração.
42
Figura 12 - Coração. Fonte: Andrade Filho; Pereira, 2015.
43
Figura 13 Circulação sanguínea. Fonte: Andrade Filho; Pereira, 2015.
44
contração do miocárdio dos átrios complementa o enchimento dos respectivos
ventrículos, e o relaxamento dos átrios facilita o retorno de sangue das circulações
venosas, sistêmica e pulmonar. Os átrios e os ventrículos não se contraem e relaxam
simultaneamente, mas o fazem em momentos diferentes, ou seja, enquanto os átrios estão
se contraindo, os ventrículos se encontram relaxados para a recepção do sangue, e vice-
versa. A contração do coração, tendo-se como referência os ventrículos; chama-se sístole
cardíaca ou batimento cardíaco, e o relaxamento denomina-se diástole cardíaca. A
pressão arterial corresponde à pressão exercida pela passagem do sangue na parede dos
vasos sanguíneos.
45
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
Normalmente, o coração deve bater entre 60 até 100 vezes por minuto. O coração ejeta
para o corpo em torno de 5 litros de sangue por minuto. O ritmo do coração pode ser
modulado pelo Sistema Nervoso. A pressão arterial é gerada pela contração e relaxamento
do coração. O fluxo sanguíneo não pode ser obstruído ou diminuído patologicamente.
- Trombos:
São coágulos de sangue que devem estar dentro do coração ou dos vasos. Eles possuem
a função de coagular o sangue em casos de lesões nos vasos, evitando a perda de sangue,
nem sempre esses trombos conseguem ser desfeitos pelo organismo, e isto causa a
trombose. As causas mais comuns são: aterosclerose, que são placas de gorduras que
geram uma pequena inflamação no vaso; aneurisma; alterações da composição e do fluxo
do sangue.
- Trombose venosa:
A trombose venosa profunda (TVP) é causada pela formação de um coágulo sanguíneo,
também chamado de trombo, no interior de uma veia. Os vasos mais comumente
acometidos são os dos membros inferiores. De acordo com a Sociedade Brasileira de
Angiologia e Cirurgia Vascular, em cerca de 90% dos casos os coágulos afetam as pernas.
A trombose, na maioria das vezes, é assintomática. Mas, em alguns casos, pode provocar
dores, rigidez na musculatura das pernas e inchaço. Sempre que houver suspeita de que
alguma condição pode estar comprometendo o bom funcionamento do organismo, o mais
indicado é ir ao médico para investigar o que está acontecendo. Além dessa medida de
prevenção, é recomendado, também, praticar exercícios físicos, não fumar, evitar o
estresse e a ingestão de alimentos com gordura animal.
46
- Tromboflebite:
A tromboflebite ocorre quando há inflamação em uma veia (flebite) e, associada a ela,
acontece a formação de um coágulo sanguíneo no mesmo vaso. As pernas são os membros
com maior propensão ao desenvolvimento da condição, mas outras partes também podem
ser prejudicadas pela doença, como os braços e o abdômen. Vermelhidão, inchaço e calor
na área da veia, dor e desconforto no local afetado, descoloração ou ulceração da pele
sobre a veia profunda e febre. A tromboflebite pode ser evitada com a prática de uma
atividade física, o controle do peso e da pressão arterial, e uma dieta saudável. Não fumar
também é uma maneira de prevenir-se contra a doença.
- Êmbolos:
A embolia é o transporte pelo sangue de qualquer fragmento que esteja distante de sua
origem, por exemplo: gorduras, gases e coágulos. Há os êmbolos sólidos que são os mais
comuns, os líquidos como substâncias oleosas e os êmbolos gasosos que podem
descompensação do nitrogênio, ser gerados por injeções endovenosas, traumas torácicos,
entre outros.
- Isquemia:
A doença isquêmica do miocárdio é caracterizada por uma diminuição no fluxo de sangue
arterial em direção ao músculo cardíaco (miocárdio), geralmente decorrente da obstrução
das artérias que nutrem o coração (artéria coronária).
- Angina Pictoris:
Desconforto no tórax (região precordial), devido ao baixo fluxo sanguíneo nas células. A
dor, eventualmente, pode ser diminuída com o repouso.
47
- Infarto Agudo do Miocárdio (IAM):
Dor torácica gerada pela isquemia e necrose do miocárdio, decorrente na maioria das
vezes da formação de trombos ou alterações patológicas da artéria coronária. A causa
mais comum é a aterosclerose (placas de gordura); ocorre a elevação de biomarcadores,
como a Troponina Sérica (indica IAM);
Doenças que diminuem o fluxo sanguíneo cerebral como as placas ateromatosas causam
a formação de trombos e/ou êmbolos impedindo a perfusão no cérebro, e as lesões em
pequenos vasos causadas pela pressão alta e agravamento pela aterosclerose.
As vasculites podem ser uma das causas, sendo de origem infecciosa ou não, gerando um
quadro inflamatório e até mesmo o rompimento de aneurismas.
Para identificar os sinais do AVC, peça para a pessoa sorrir, abraçar, repetir uma frase.
Caso haja alterações nestas ações, ligue para a emergência.
48
- Cardiopatia hipertensiva:
- Varizes:
Doenças que mais afetam o sistema circulatório, sendo que, de cada dez pessoas, sete
apresentam o problema. Quando não são tratadas e o quadro se agrava, as varizes podem
provocar o surgimento de outras condições que também prejudicam os vasos, como
úlceras e tromboses venosas.
- Úlceras venosas:
São uma consequência grave da insuficiência venosa crônica. Elas se formam quando os
vasos que nutrem a pele estão danificados e não conseguem controlar o refluxo do sangue,
que, ao invés de retornar para o coração, faz o caminho inverso, acumulando-se na veia
com problemas nas válvulas. Dor, cansaço, sensação de peso nos membros inferiores,
49
inchaço e coceira nos locais em que a pele está inflamada são alguns dos sintomas notados
em pessoas que possuem úlceras varicosas. O sedentarismo e os longos períodos em pé
são fatores que propiciam o surgimento de úlceras varicosas. Portanto, para preveni-las,
é preciso exercitar-se e movimentar-se com certa frequência durante o dia. Elevar as
pernas nos momentos de repouso também ajuda a evitar a doença.
50
SISTEMA LINFÁTICO
- Linfa é o líquido aquoso derivado do plasma sanguíneo presente entre as células que
possui esse nome ao entrar no capilar linfático. Apresenta coloração límpida e cristalina
e tem em sua composição 96% de água, e 4% de elementos como sódio, potássio, CO2,
glicose, linfócitos, macrófagos, lipídios, bactérias e fragmentos celulares. O volume de
linfa drenado por dia é de 2 L e o sanguíneo é de 7 mil L/dia.
51
- Linfonodos são pequenos órgãos perfurados por canais, presentes em diversos pontos
da rede linfática. Responsáveis pela filtração da linfa e eliminação de corpos estranhos
(vírus e bactérias) pela ativação e liberação linfócitos T (anticorpos). A linfa, em seu
caminho para o coração, circula pelo interior desses linfonodos para que partículas sejam
fagocitadas pelos linfócitos e macrófagos. Se eles ficarem inflamados ou inchados isso
pode ser indicação de várias condições, como infecção na garganta, ou até mesmo câncer.
- Capilares linfáticos são estruturas cujas células estão unidas entre as células dos tecidos
adjacentes. Esse arranjo permite a formação de válvulas, que impedem o refluxo da linfa
para os espaços intersticiais. A elevação da pressão do líquido intersticial, com exceção
da obstrução no sistema linfático, faz com que aumente o fluxo de linfa. Dessa forma, o
sistema linfático é caracterizado como uma via unidirecional de drenagem. A linfa move-
se lentamente e sob baixa pressão devido à compressão pela contração dos músculos, pela
contração rítmica da parede dos vasos, pela respiração, atividade intestinal e outras
compressões externas, como a massagem. Este fluido é transportado para vasos linfáticos
que seguem em direção ao linfonodo, acumulando-se nos ductos linfáticos (Ducto
Torácico e Ducto Linfático Direito), até desaguar no sistema venoso (veia subclávia e
jugular). A linfa segue desta forma em direção ao abdome, onde será filtrada e eliminará
as toxinas com a urina e fezes. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na
zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.
- Órgãos linfoides
52
- Tonsilas palatinas - estão posicionadas estrategicamente de forma a participarem
nas respostas imunológicas contra substâncias estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Contém linfócitos. Tonsilas Palatinas estão situadas no fundo da boca e Tonsila Faríngea
ou Adenoide está situada na parede posterior da parte nasal da faringe (osso esfenoide).
- Timo - órgão localizado atrás do esterno e entre os pulmões. Seu papel é auxiliar
e distribuir os linfócitos a outros órgãos linfáticos E produzir hormônios que promovam
a proliferação e a maturação dos linfócitos. Após a puberdade, o órgão atrofia, mas
continua a exercer sua função protetora, com a produção complementar de anticorpos,
mesmo que nesse período seu desempenho já não seja vital.
53
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA LINFÁTICO
- Erisipela:
É uma infecção de pele causada por bactérias que já vivem naturalmente na pele humana.
Porém, em pessoas com problemas com a má circulação da linfa pelo corpo. Essa má
circulação aumenta o risco de feridas, rachaduras e micoses, especialmente nos pés e
pernas, servindo de porta de entrada para as bactérias. Ao entrarem no sistema linfático
defeituoso, essas bactérias vão causar a infecção que vai resultar em inchaço, dor e
vermelhidão na região afetada. Pode também causar os sintomas gerais de infecção que
são febre alta, mal-estar geral, náuseas e vômito. Os cuidados para solucionar a erisipela
são a administração de antibióticos e cuidados com o machucado que permitiu a entrada
das bactérias para que ele não fique inflamado e causando mais problemas.
- Filariose:
Essa doença é popularmente conhecida como elefantíase. É uma doença infeciosa causada
por um parasita transmitido por mosquitos. Eles ocupam e obstruem vasos e linfonodos
causando um grande inchaço por dificultar seu funcionamento normal de linfa.
A infecção causa febre alta, dor e cabeça, dor muscular, reação alérgica, intolerância à
luz, coceira pelo corpo, aumento dos gânglios linfáticos e inchaço. Se não for tratada, os
parasitas crescem no sistema linfático e o inchaço pode se tornar crônico, junto com o
espessamento da pele, semelhante à pata de um elefante.
A capacidade de o sistema linfático drenar a linfa para o seu interior pode ser afetada por
pancadas, procedimentos cirúrgicos e tratamentos fortes como a radioterapia. Com sua
capacidade prejudicada, ocorre o linfedema que é o inchaço, pois a linfa se acumula nos
54
tecidos moles do corpo. Com isso, o sistema de defesa do organismo também é afetado,
pois a linfa não transportará as células de defesa da forma correta.
55
SISTEMA RESPIRATÓRIO
56
- Cavidade nasal - o nariz é uma saliência localizada na região central da face. Possui
como aberturas as narinas direita e esquerda que comunicam a cavidade nasal com o meio
externo. Esta cavidade possui as conchas e meatos nasais, a mucosa, os pêlos e os
capilares sanguíneos, todos com a função de filtrar, aquecer e umedecer o ar inspirado.
As fossas nasais são separadas internamente por uma parede cartilaginosa denominada
Septo Nasal.
- Traqueia - é um tubo que faz continuação à laringe. Tem estrutura cilíndrica, formada
por uma série de anéis cartilaginosos em forma de C. Mede cerca de 12 cm e faz o
transporte do ar da laringe para os brônquios e vice-versa. Ela bifurca-se na região inferior
dando origem aos brônquios principais direito e esquerdo.
57
- Alvéolos pulmonares - são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias
respiratórias. Possuem a forma de bolsa e são representados por milhares em cada pulmão,
sendo unidades respiratórias dos pulmões responsáveis pela hematose (remoção do gás
carbônico e a incorporação de oxigênio no sangue). As paredes dos alvéolos são tão finas
que o oxigênio pode passar para o sangue, enquanto o gás carbônico passa do sangue para
o interior dos alvéolos, através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
- Pleura - os pulmões são revestidos por um saco seroso chamado de pleura, que envolve
e protege cada pulmão. A pleura apresenta dois folhetos: um chamado de pleura visceral
que faz contato direto com os pulmões e um folheto chamado de pleura parietal que
reveste a parede interna do tórax. Entre elas existe um líquido pleural que proporciona o
deslizamento dos folhetos na constante mudança de volume e movimento pulmonar.
58
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
As doenças respiratórias são classificadas de acordo com o seu padrão de duração. Elas
podem ser ou agudas, que começam rapidamente, demandam um tratamento curto e
podem ser curadas em, no máximo, três meses; ou crônicas, que se iniciam gradualmente,
exigem remédios e tratamentos prolongados e podem se prolongar por mais de três meses.
As doenças respiratórias também podem ser genéticas, tais como a asma.
- Asma:
Caracteriza-se pela inflamação interna das estruturas do pulmão, que causa inchaço e
dificulta a passagem de ar. Seus sintomas incluem falta de ar, fadiga e tosse sem catarro;
- Rinite crônica:
É uma inflamação interna do nariz, que pode ser alérgica ou não. Os sintomas são
espirros, tosse seca, coriza, coceira no nariz, entupimento nasal e dor de cabeça;
- DPOC:
59
- Tuberculose:
É uma doença contagiosa bacteriana, que afeta o pulmão e às vezes órgãos como coração,
rins e ossos. Seus sintomas mais marcantes são dor para respirar, febre, perda de peso,
falta de ar e tosse com sangue;
- Sinusite crônica:
É marcada pela obstrução de muco e pelo inchaço nos espaços internos vazios da face e
do nariz. Provoca sensibilidade nos olhos, nariz entupido, dor no rosto, tosse e dor de
garganta.
As principais doenças respiratórias agudas, que geralmente são causadas por infecções no
sistema respiratório, exigem tratamento imediato e muitas vezes têm cura rápida. Em
alguns casos, podem evoluir para condições crônicas. Muitas delas são contagiosas. As
mais comuns são:
- Bronquite aguda:
- Faringite:
É uma infecção viral ou bacteriana que afeta a laringe, que corresponde à região mais
funda da garganta. Pode causar febre, sensação de garganta arranhada e dor para engolir;
- Gripe:
É causada pelo vírus Influenza. Pode durar até 10 dias e tem sintomas clássicos, como
tosse, coriza, dor de cabeça e febre;
60
- Pneumonia:
Compromete os alvéolos pulmonares e pode ser provocada por vírus, fungos ou bactérias.
Os sintomas podem variar de acordo com cada em indivíduo, mas os mais comuns são
falta de ar, febre alta, calafrios, tosse com catarro e dor para respirar;
- SDRA:
Alguns fatores externos que podem causar e/ou agravar as doenças do trato respiratório:
- Poluição: com destaque para o monóxido e dióxido de carbono presentes no ar, que
favorecem as patologias que afetam os pulmões;
- Infecções por vírus: que normalmente geram a inflamação dos brônquios, pulmões e
vias respiratórias, provocando rinites, sinusites, pneumonias, entre outras doenças
relacionadas;
- Fungos: suspensos no ar, principalmente em ambientes fechados, são extremamente
alérgicos, sendo ligados à asma, pneumonia, bronquite e rinite;
- Má circulação de ar: além dos fungos, bactérias e outros agentes alérgicos também se
acumulam em locais muito fechados;
- Medicamentos: certas substâncias usadas para tratar outras doenças podem causar
reações alérgicas, que atingem pulmões e vias respiratórias;
- Químicos em geral: outros químicos como produtos de limpeza e desinfetantes podem
gerar crises de alergia ou de asma;
- Ácaros: são pequenos aracnídeos, invisíveis ao olho nu, que se acumulam em tapetes,
colchões e pelúcias. Podem gerar alergias em pessoas sensíveis;
61
- Tabagismo: o cigarro possui centenas de substâncias prejudiciais que enfraquecem o
sistema respiratório e favorecem o surgimento de doenças na região;
- Má alimentação e falta de hidratação: são fatores que enfraquecem o organismo e
facilitam a ação de bactérias ou vírus;
- Animais de estimação: muitas vezes os pelos de cachorros e gatos causam alergias em
pessoas mais sensíveis;
- Ambiente ou tempo seco: que causam ressecamento, dificuldade para respirar e
inclusive favorecem a proliferação de bactérias;
- Outras patologias: algumas doenças em outras regiões do corpo podem acabar atingindo
o sistema respiratório e desencadeando problemas na área;
- Fatores genéticos: certas doenças respiratórias são genéticas e podem ser passadas entre
descendentes da mesma família.
62
SISTEMA DIGESTIVO
Tem como função modificar os alimentos ingeridos para serem aproveitados como
energia. Para manutenção do organismo é necessário que se receba suprimento nutritivo
através dos alimentos ingeridos, que precisam se tornar solúveis e sofrer modificações
químicas para que sejam absorvidos.
- Cavidade oral - a boca é a primeira parte do tubo digestório. Formada por dentes, língua,
palato e glândulas salivares, que atuam em conjunto, triturando, umedecendo e
misturando os alimentos para formar o bolo alimentar.
63
- Dentes: responsáveis pela mastigação mecânica, ou seja, a trituração do alimento e
transformação em partículas menores. Uma pessoa adulta apresenta 32 dentes, dispostos
em 2 arcadas, uma superior e outra inferior.
- Esôfago - tubo muscular que se estende da faringe até o estômago, e leva o bolo
alimentar, sendo impulsionado pelos movimentos peristálticos e ação da gravidade. A
presença do alimento no esôfago estimula sua parede muscular a se contrair e relaxar em
um único sentido, impedindo o refluxo. Para atingir o estômago, o esôfago atravessa o
músculo diafragma, através do hiato esofágico. Por ser formado por músculo, seu
diâmetro aumenta quando passa o bolo alimentar e volta ao normal quando este já passou.
64
Piloro (óstio pilórico): válvula que regula a saída do quimo para o intestino delgado. Esta
válvula permite que o quimo seja liberado aos poucos ao duodeno, para facilitar a
absorção dos nutrientes digeridos. O estômago divide-se nas seguintes partes:
Este órgão serve como uma área de armazenamento para os alimentos, contraindo
ritmicamente (peristaltismo) e misturando o alimento com enzimas, originando o Quimo.
Para isso, as células que revestem a parede estomacal secretam três substâncias
65
importantes: o muco, o ácido clorídrico e as enzimas digestivas pepsina (quebra as
proteínas) e renina (digere leite).
O ácido clorídrico provê o meio altamente ácido necessário para a ação da enzima
digestiva (pepsina). A alta acidez gástrica também atua como uma barreira contra
infecções. As enzimas digestivas produzidas pela mucosa gástrica são a Pepsina e a
Renina.
A pepsina é uma enzima digestiva responsável pela degradação das proteínas, sendo a
única capaz de digerir o colágeno (proteína da carne). Já a renina é responsável pela
coagulação e fermentação do leite.
A absorção de material no estômago é pequena, sendo provável que sua principal função
seja a digestão, principalmente de proteínas. Somente algumas substâncias (p.ex., álcool
e aspirina) podem ser absorvidas diretamente do estômago e apenas em pequenas
quantidades.
- Intestino delgado – se inicia após a parte pilórica do estômago, e varia entre 5 e 8 metros.
É dividido em 3 porções: Duodeno, Jejuno e Íleo. Este é um órgão indispensável à vida,
pois é o local de maior digestão e absorção dos alimentos. É o local da digestão final de
certas substâncias, e de absorção de nutrientes, principalmente gorduras. O quimo entra
no duodeno pelo piloro, em quantidades que o intestino delgado consegue digerir.
66
- Duodeno: porção inicial e fixa do intestino delgado, onde ocorre o final do
processo digestório. Para isso, desembocam nele o ducto colédoco, que traz a bile da
vesícula biliar e o ducto pancreático, que traz o suco pancreático, do pâncreas. Chegando
ao duodeno, o quimo é neutralizado pela água, pelo bicarbonato de cálcio e pelo muco,
produzidos pela mucosa intestinal. Nesse momento, já neutralizado de sua acidez, o bolo
alimentar recebe o nome de Quilo, e só depois desse processo é que sofrerá a ação do
suco entérico, liberado pelas glândulas na mucosa intestinal, do suco pancreático, e da
bile.
- Intestino Grosso – é a porção final do tubo digestório, com forma de ferradura invertida
e medindo cerca de 2 metros de comprimento. É mais calibroso e mais curto que o
intestino delgado e apresenta dilatações chamadas bosseladuras. O intestino grosso é fixo
na parede posterior do abdome; se inicia na válvula ileocecal e termina no esfíncter anal.
É subdividido em:
- Cólon: constitui a parte mais longa do intestino grosso. Composto pelos cólons
ascendente, transverso, descendente e sigmoide. As ondas peristálticas movem o material
fecal pelos cólons, enquanto a água é continuamente reabsorvida.
67
evacuar. Comunica-se com o meio externo através de uma abertura denominada ânus, um
esfíncter que deve relaxar para que a defecação possa ocorrer.
A B
Figura 19 – Intestino delgado e grosso (A) e Intestino Grosso e suas partes (B). Fonte:
Andrade Filho; Pereira, 2015.
68
para sua digestão e absorção. Este órgão também é capaz de armazenar ferro, vitaminas
e glicose; participa do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, inativa
produtos tóxicos, como o álcool e medicamentos e metaboliza e elimina resíduos gerados
no próprio corpo. Os nutrientes absorvidos pelas paredes intestinais caem nos capilares,
e penetram no fígado através da veia porta. Em seu interior, esse sangue é processado, as
bactérias e partículas estranhas são removidas e muitos nutrientes absorvidos do intestino
são metabolizados para que possam ser utilizados pelo organismo. Esse processamento
ocorre em uma alta velocidade e o sangue retorna carregado de nutrientes para a
circulação geral (veia cava).
69
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO
- Cirrose Hepática:
A cirrose hepática tem várias causas. O alcoolismo e a hepatite C são as mais frequentes
em nosso meio.
70
- Hepatite crônica C:
É uma das causas mais frequentes de cirrose, ao lado da doença hepática alcoólica. A
infecção por este vírus causa inflamação e danos de forma lentamente progressiva ao
fígado, o que após vários anos pode levar à cirrose.
- Hepatites crônicas B e D:
- Hepatite autoimune:
71
crus. Atualmente alguns casos foram atribuídos a contaminação pela prática de sexo oral
sem proteção. Existe vacina disponível na rede privada.
- Doenças herdadas:
72
- Obstrução dos ductos biliares:
Quando os ductos que levam a bile para fora do fígado estão bloqueados, a bile fica
estagnada e pode danificar o tecido hepático. Em bebês, esta obstrução é mais comumente
causada por atresia biliar, uma doença na qual os ductos biliares estão ausentes ou
danificados. Em adultos, a causa mais frequente é a cirrose biliar primária, uma doença
na qual os ductos se tornam inflamados, bloqueados e fibrosados. A cirrose biliar
secundária pode acontecer depois de uma cirurgia de vesícula biliar, se os ductos forem
inadvertidamente lesados.
- Gastrite:
A infecção pelo Helicobacter pylori causa a maioria dos casos de gastrite crônica não
erosiva. O H. pylori é uma bactéria que infecta a parede do estômago, e é transmitido
73
principalmente de pessoa para pessoa. Em áreas com falta de saneamento, pode ser
transmitido através de água ou alimentos contaminados.
A causa mais comum de gastrite erosiva, aguda e crônica, é o uso prolongado de anti-
inflamatórios não-esteroides (AINEs) como aspirina e ibuprofeno. Outros agentes que
podem causar gastrite erosiva são o álcool, cocaína e radiação. Lesões traumáticas,
queimaduras graves, doença crítica e cirurgia também podem causar gastrite erosiva
aguda. Este tipo de gastrite é chamado gastrite de estresse.
- Úlcera Péptica:
- Intolerância à lactose:
74
de 2 anos, quando o corpo começa a produzir menos lactase. A maioria das crianças que
têm deficiência à lactase não apresentam sintomas de intolerância à lactose até no final
da adolescência ou idade adulta.
Pais e cuidadores de uma criança com intolerância à lactose devem seguir o plano
nutricional recomendado pelo médico ou nutricionista da criança. O leite e derivados são
a maior fonte de cálcio e outros nutrientes. O cálcio é essencial para o crescimento e
reparo de ossos em todas as idades. A escassez de ingesta de cálcio em crianças e adultos
pode levar a ossos frágeis que podem sofrer fratura mais tarde na vida, uma situação
chamada de osteoporose.
- Pancreatite:
75
A vesícula biliar e os ductos que transportam a bile e outras enzimas digestivas do fígado,
vesícula biliar e pâncreas para o intestino delgado são denominados de sistema biliar.
Ambas as formas de pancreatite ocorrem mais frequentemente em homens do que em
mulheres.
A pancreatite aguda geralmente começa com uma dor gradual ou súbita no abdômen
superior que às vezes se irradia para o dorso. Ela pode ser suave no início e piorar depois
de comer. Mas a dor frequentemente é acentuada e pode se tornar constante e durar vários
dias. Uma pessoa com pancreatite aguda geralmente parece e se sente muito doente
precisando de atenção médica imediata. Os cálculos biliares que provocam a pancreatite
aguda exigem a remoção cirúrgica das pedras e da vesícula biliar. Se a pancreatite for
moderada, a remoção da vesícula biliar - chamado de colecistectomia - pode ser realizada
enquanto a pessoa está no hospital.
Pancreatite crônica é uma inflamação do pâncreas que não melhora ou cura, que piora ao
longo do tempo e leva a lesões permanentes. A pancreatite crônica, assim como a
pancreatite aguda, ocorre quando as enzimas digestivas atacam o pâncreas e os tecidos
vizinhos, causando episódios de dor. A pancreatite crônica geralmente se desenvolve em
pessoas que estão entre as idades de 30 e 40 anos. A causa mais comum de pancreatite
crônica é o uso pesado de álcool por muitos anos. A forma crônica da pancreatite pode
ser desencadeada por um ataque agudo que danifica o ducto pancreático. O ducto
danificado faz com que o pâncreas se torne inflamado. A cicatriz tecidual se desenvolve
e o pâncreas é lentamente destruído.
76
SISTEMA URINÁRIO
Formado pelos ureteres, bexiga e uretra. Essas estruturas não modificam a urina ao longo
do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina do rim para o meio externo.
77
está localizado um pouco abaixo em relação ao esquerdo, por causa do fígado, sendo o
esquerdo um pouco maior. Possuem uma face convexa (lateral) e outra côncava (medial).
Na face medial encontra-se o hilo renal (abertura em forma de fenda), onde entram e saem
vasos, nervos e o ureter. Na extremidade superior de cada rim há uma glândula supra-
renal. No seu interior encontram-se os néfrons, unidades microscópicas que filtram o
sangue e produzem a urina. A artéria renal entra com o sangue nos rins e este é filtrado,
separando impurezas para serem eliminadas e as substâncias reaproveitáveis voltam para
a corrente sanguínea, saindo pela veia renal e dando sequência a circulação. Os rins são
formados por:
- Cápsula fibrosa: camada mais externa, formada por tecido conjuntivo e tecido
adiposo, que envolve o rim.
- Córtex renal: área avermelhada, de textura lisa, onde ocorrem as etapas iniciais
de formação e modificação da urina.
- Hilo renal: fenda do seio renal. Entrada para o rim. Local onde vasos entram e
deixam o seio renal.
- Pelve renal: primeira porção do ureter, região mais alargada com forma de funil.
78
Figura 21 – Estrutura dos rins. Fonte: Andrade Filho; Pereira, 2015.
Formação da urina:
O sangue penetra nos rins pela artéria renal, que se ramifica sucessivamente até que os
capilares possam circular pelos néfrons. Esse sangue, a uma alta pressão, deixa passar
água e substâncias dissolvidas através de suas paredes, que são captadas pelos
Corpúsculos Renais, ocorrendo a filtração glomerular. O filtrado é formado por água,
sais, glicose, vitaminas, ácidos graxos, aminoácidos, ureia e ácido úrico. Parte dessas
substâncias será reabsorvida ao passarem pelos túbulos renais, ao que chamamos de
reabsorção tubular; restando apenas as impurezas. A urina formada goteja através das
papilas renais caindo nos cálices e na pelve renal. Aproximadamente 2.000 litros de
sangue passam diariamente pelos rins, mas apenas 200 litros são filtrados, sendo que 198
litros são reabsorvidos e os 2 litros restantes formam a urina.
79
A urina possui água (95%), cloreto de sódio (1%), ureia e ácido úrico (excretas do
metabolismo de proteínas), bicarbonato, urobilinogênio (pigmento amarelado), dentre
outras substâncias.
Os fatores que alteram a formação da urina são a alteração do volume sanguíneo, já que
a urina é derivada do sangue; a alteração da Pressão Arterial, pois interfere não só na
pulsação do sangue pelos capilares, como também na diferença de pressão entre capilar e
néfron; a concentração de substâncias no sangue, pois aumentam ou diminuem a
reabsorção tubular (Ex.: alta concentração de glicose no sangue).
- Ureteres - tubos (direito e esquerdo) formados por musculatura lisa, localizados entre
rim e bexiga, onde fazem a transferência da urina, através de movimentos peristálticos e
ação da gravidade. Apresentam um tamanho entre 28 a 34 cm, sendo o direito mais curto.
Neles existem pontos de constrição, onde o seu diâmetro diminui, na junção uretero-
pélvica (onde a pelve renal se afunila), na borda da pelve (onde os vasos ilíacos cruzam
por cima dos ureteres) e na junção uretero-vesical (junção do ureter com a bexiga). Em
virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica.
80
uretra. Possui capacidade de armazenamento aproximada em 300 mL, variando de
individuo para indivíduo. A bexiga apresenta 2 esfíncteres que controlam a saída da urina.
Quando a bexiga está enchendo, o músculo esfíncter interno se contrai involuntariamente
(controlado pelo SNA – Sistema Nervoso Autônomo), prevenindo o esvaziamento.
Quando ela está cheia, o esfíncter externo, que é controlado voluntariamente, permite a
resistência à necessidade de urinar. A capacidade da bexiga urinária é menor nas mulheres
porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.
- Uretra - tubo muscular localizado abaixo da bexiga que conduz a urina para o meio
externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas
secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. A
uretra é diferente entre os dois sexos, tendo tamanho aproximado de 4 cm nas mulheres e
de 17 cm nos homens. A uretra feminina é menor e tem a função somente do transporte
da urina. Está localizada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da
vagina, com direção oblíqua para baixo e para frente. Tem 4 cm de comprimento e seu
óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. A uretra
masculina apresenta três porções: a prostática, a membranosa e a esponjosa. Inicia-se na
bexiga urinária, passa através da próstata e se estende até a extremidade do pênis. É mais
longa que na mulher (20 cm) e serve também como canal de ejaculação (ducto
ejaculatório). Faz parte dos sistemas urinário e reprodutor.
Quem possui insuficiência renal precisa realizar a hemodiálise (função artificial do rim,
retirando as impurezas).
81
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO
É importante que sempre que existir sinal ou sintoma de alteração no sistema urinário,
como dor ou ardor ao urinar, urina com espuma ou com cheiro muito forte ou presença
de sangue na urina, o nefrologista ou urologista seja procurado para que seja feitos exames
que possam indicar a causa dos sintomas e, assim, o tratamento possa ter início. As
principais doenças deste sistema são:
- Infecção urinária:
A infecção urinária pode receber uma classificação específica de acordo com a estrutura
do sistema urinário acometida, sendo elas:
- Cistite:
- Uretrite:
82
- Nefrite:
Infecção mais grave e acontece quando o agente infeccioso chega aos rins, causa
inflamação e leva ao aparecimento de sintomas como vontade urgente para urinar, mas
em pequena quantidade, urina turva e com cheiro turva, presença de sangue na urina, dor
abdominal e febre.
- Insuficiência renal:
DRC ou insuficiência renal crônica é a perda progressiva da função do rim que não leva
ao aparecimento de sinais ou sintomas que indiquem a perda de função, sendo apenas
percebida quando o rim já se encontra quase sem função. Os sintomas de DRC são mais
frequentes em pessoas com idade mais avançada, hipertensas, diabéticas ou com histórico
na família de DRC e surgem quando a doença já encontra-se em fase mais avançada,
podendo a pessoa apresentar inchaço nos pés, fraqueza, urina com espuma, coceira no
corpo, cãibras e perda do apetite sem causa aparente, por exemplo.
Surgem de forma repentina, podendo ser eliminados através da urina ou ficarem presos
na uretra, causando bastante dor, principalmente na região lombar e que pode causar
dificuldade para se movimentar, e presença de sangue na urina. As pedras nos rins podem
83
ter diversas composições e sua formação está muito relacionada aos hábitos de vida, como
falta de prática de atividade física, alimentação incorreta e pouco consumo de água
durante o dia, mas também pode estar diretamente ligada a fatores genéticos.
- Incontinência urinária:
Caracterizada pela perda involuntária da urina e que pode acontecer tanto em homens
quanto em mulheres independentemente da idade. A incontinência pode acontecer devido
ao aumento da pressão na bexiga, que é mais frequente na gravidez, ou devido a alterações
nas estruturas musculares que sustentam o assoalho pélvico.
- Câncer:
Alguns tipos de câncer podem afetar o sistema urinário, como é o que acontece no câncer
de bexiga e dos rins, que podem acontecer quando células malignas se desenvolvem
nesses órgãos ou ser foco de metástases. De forma geral, o câncer de bexiga e de rim
causa sintomas como dor e queimação ao urinar, aumento da vontade para urinar, cansaço
excessivo, perda de apetite, presença de sangue na urina, aparecimento de massa na região
abdominal e perda de peso sem causa aparente.
84
SISTEMA REPRODUTOR
Masculino:
- Testículos: são duas gônadas em forma de bolsa (saco), localizadas na parte externa da
pelve. São ovoides, com aproximadamente 5 cm de comprimento. Produzem os
espermatozoides e os hormônios (Testosterona) responsáveis por características sexuais
masculinas. São as únicas glândulas localizadas do lado de fora do corpo. Cada testículo
é composto pelos ductos seminíferos, que são um emaranhado de tubos (cerca de 1.000)
e pela túnica albugínea, que é cápsula fibrosa de tecido conjuntivo que recobre os tubos.
85
- Escroto - bolsa fibromuscular localizada fora do corpo e que aloja os testículos e contém
a primeira porção dos ductos deferentes. É dividido em 2 lojas por um septo. Sua função
é manter uma temperatura ideal para a produção do espermatozoide (até 35°C).
- Epidídimo - são dois tubos, que partem dos testículos com cerca de 10m cada um. É
uma estrutura de forma tubular e contorcida, dividida em cabeça (próximo ao testículo),
corpo (meio) e cauda (parte distal que origina o ducto deferente). Nele os espermatozoides
ficam armazenados até completarem seu processo de amadurecimento.
- Ducto ejaculatório - é um fino tubo formado pela junção do ducto deferente com o ducto
da vesícula seminal até desembocar na parte prostática da uretra. Tem a função de levar
o sêmen da vesícula seminal até a uretra.
- Próstata - órgão ímpar, com formato e tamanho de uma castanha, situado abaixo da
bexiga e atravessado pela uretra. Contém glândulas que secretam líquido acrescentado ao
líquido seminal, que será lançado na parte prostática da uretra, através dos ductos
prostáticos, com a finalidade de auxiliar as vias condutoras para a passagem dos
espermatozoides, diminuindo a viscosidade e facilitando a ejaculação. Esse líquido tem
aspecto leitoso, sendo o responsável pelo odor característico do sêmen.
86
- Glândulas bulbouretrais - são 2 glândulas de forma arredondada, pequenas e situadas
próximas à uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção também
auxilia na condução dos espermatozoides e na limpeza da via condutora (uretra). Durante
a excitação sexual, sua secreção protege os espermatozoides.
- Pênis - órgão masculino da cópula, com formato cilíndrico e composto de tecido erétil.
Se divide em raiz, que se prende à região anterior do períneo; e corpo, que constitui a
extremidade livre e arredondada. Internamente é composto por 3 cilindros de tecido erétil:
dois corpos cavernosos, que se fixam ao osso do quadril; e um corpo esponjoso, que
apresenta uma dilatação anterior denominada glande. O interior destes três elementos
apresenta um aspecto esponjoso pela existência de inúmeras e finas trabéculas que se
entrecruzam e se enchem de sangue durante a relação sexual, produzindo a ereção. A
glande do pênis é revestida por uma prega de pele fina e deslizante, conhecida por
prepúcio. Dentro do prepúcio existem glândulas sebáceas que produzem uma secreção
denominada esmegma. Nos casos em que o prepúcio é muito fechado e não permite a
exteriorização da glande (Fimose), pode ocorrer o acúmulo do esmegma, provocando
irritação e inflamação no local. A função do pênis é, com o auxílio dos corpos cavernosos
e esponjoso, estruturas vasculares que provocam sua ereção, lançar o esperma no interior
do sistema genital feminino.
Feminino:
O sistema feminino tem sua anatomia mais simples que a masculina, porém sua fisiologia
é mais complexa, uma vez que os processos de ovulação, fecundação, gestação e parto,
ocorrem todos dentro deste sistema. É constituído por estruturas/órgãos externos e
internos, sendo: ovários, trompas, útero e vagina, como internos e monte pubiano, lábios
maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares, como
externos.
87
útero para o desenvolvimento do embrião, quando se tem a fecundação. A atividade dos
ovários é controlada pela hipófise, que secreta hormônios estimulantes (FSH e LH). Na
infância, os ovários apresentam coloração rósea, que se modifica para branca, com
cicatrizes, após a puberdade. Cada cicatriz corresponde a um óvulo que foi liberado em
cada ciclo menstrual.
- Tubas uterinas - são dois tubos que conectam os ovários ao útero. São formados por
uma parede músculos e por pequenos cílios vibráteis para a movimentação dos óvulos.
Possuem 3 porções: 1) Istmo: próximo ao útero; 2) Ampola: meio das trompas, mais
dilatada; 3) Infundíbulo: próximo aos ovários que contém as fímbrias (franjas). Atuam
transportando os óvulos para a cavidade do útero e funcionam como local de fecundação,
pois os espermatozoides precisam chegar até as tubas para encontrar o óvulo.
- Útero - órgão com formato de ͞pêra invertida, localizado na parte medial da cavidade
pélvica. Sua parede apresenta 3 porções: o Endométrio, camada interna composta por
uma mucosa altamente vascularizada, responsável por receber o óvulo fecundado
(quando não ocorre ele se descama e provoca a menstruação); o Miométrio, camada
muscular espessa responsável pelo crescimento uterino durante a gestação e por sua
contração (no parto); e pelo Perimétrio, que forma a camada externa e serosa, responsável
pela proteção do útero. Internamente, o útero divide-se em 3 partes: 1) Fundo: porção
superior; 2) Corpo: porção medial, comunica-se com as tubas uterinas; 3) Colo: porção
inferior que se afunila e tem sua extremidade voltada para a vagina. Esta região secreta o
muco cervical, substância que aparece na vulva durante o período fértil, e tem a função
de colaborar com a fecundação, nutrindo, selecionando e encaminhando os
espermatozoides até a tuba uterina. O útero é responsável por alojar o embrião, caso haja
uma fecundação, ou por descamação de sua parede interna, para expulsar o óvulo não
fecundado, através da menstruação.
- Vagina - é o órgão da cópula feminina, formado por músculo e forma de tubo com cerca
de 7cm de comprimento. Se comunica superiormente com o útero e inferiormente com o
vestíbulo da vagina (abertura externa). É um órgão com grande elasticidade e sua parede
interna é revestida por uma mucosa específica. Tem como função receber o pênis no ato
sexual, dar passagem ao feto, no parto (canal do parto) e liberar a menstruação, caso o
óvulo não seja fecundado. A vagina possui uma região denominada lago seminal, capaz
de armazenar temporariamente os espermatozoides.
88
As estruturas externas são responsáveis por proteger a vagina e a uretra.
- Lábios maiores - são 2 pregas cutâneas alongadas que delimitam uma fenda.
- Lábios menores - são pequenas pregas cutâneas, medialmente aos lábios maiores e entre
eles há o vestíbulo da vagina, onde tem o óstio externo da uretra, da vagina e os orifícios
dos ductos das glândulas vestibulares.
89
Fisiologia do ciclo menstrual
Na mulher, desde o nascimento, o ovário traz cerca de 400.000 folículos, dos quais cerca
de 300 irão amadurecer e formar óvulos. Este processo ocorre desde a Menarca (primeira
menstruação, que ocorre em torno de 11 a 13 anos) até a Menopausa (última
menstruação). A partir da menarca, a cada 28 dias, geralmente, um folículo (óvulo
imaturo) migra para a superfície do ovário, onde, pela ação dos hormônios femininos,
será liberado no processo denominado Ovulação, que dura aproximadamente 14 dias
(período que o óvulo demora para percorrer toda a tuba uterina). Durante a ovulação,
ocorrem diversas alterações, para facilitar a fecundação, como o espessamento do
endométrio, com proliferação dos vasos sanguíneos (para a nidação), produção do muco
cervical, entre outros. Não sendo fecundado, o óvulo é reabsorvido pelo organismo e o
endométrio descama e expele determinada quantidade de sangue pela vagina – a chamada
menstruação. Ao ocorrer a fecundação - encontro do óvulo com o espermatozoide - o
óvulo migra para o útero (percurso que leva cerca de 5 a 7 dias), onde escava o endométrio
e nele se fixa, fenômeno denominado nidação.
90
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO - ♂
- Prostatite:
- Bexiga hiperativa:
91
a partir dessa idade ocorrem mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento, como
a diminuição da capacidade da bexiga em segurar a urina e o enfraquecimento muscular
na região pélvica.
- Estenoses de uretra:
Segundo especialistas, essas as infecções da uretra podem causar cicatrizes no canal por
onde passa a urina e o sêmen. Esse tecido fibroso acaba por entupir de forma parcial ou
totalmente a uretra, gerando as chamadas estenoses. Como resultado dessa doença surgem
os problemas de micção, tais como fluxo reduzido de urina, a dificuldade em urinar, o
gotejamento de urina após a micção, a necessidade de urinar mais vezes que o habitual,
vontade maior de ir ao banheiro durante à noite, a ardência no momento da micção e, em
alguns casos, incontinência urinária.
FEMININO - ♀
- Vulvovaginite:
Apesar de não ser muito conhecida, é um problema comum entre as mulheres. É uma
inflamação da vulva e da vagina que pode ser causada por uma infecção por vírus, fungos
ou bactérias. É uma doença que pode surgir em mulheres de todas as idades e é causada
por desequilíbrio da flora vaginal, falta de higiene vaginal, alergias ou alterações
hormonais. Os sintomas podem ser: corrimentos líquidos ou grumosos; odor fétido;
prurido; hiperemia (vermelhidão); irritação; dor durante a relação sexual; presença de
lesões externas e internas como bolhas, úlceras e verrugas.
92
menstrual irregular e ter dificuldade para engravidar. O SOP também pode causar diabetes
por conta a resistência à insulina.
- Endometriose:
Não se sabe a causa exata da endometriose, mas se acredita que esteja ligada às causas
genéticas e de baixa imunidade. Fatores psicológicos como estresse, ansiedade e nervoso
podem agravar ainda mais a situação. Os sintomas podem ser cólica menstrual; dor
pélvica crônica; dor na relação sexual; sangramento ou dor ao urinar; constipação
intestinal.
- Mioma uterino:
- Candidíase vaginal:
Infecção causada pelo fungo cândida. Cerca de 75% das mulheres possuem a doença, pois
normalmente os fungos estão presentes na flora da região íntima da mulher. É mais
frequente em grávidas e mulheres com o sistema imune enfraquecido. Suas principais
causas incluem o uso excessivo de antibióticos ou corticoides, a diabetes ou os maus
hábitos de higiene, porque facilitam o crescimento de fungos. Dentre os principais
sintomas estão corrimento vaginal esbranquiçado, coceira, ardência ao urinar e dor
durante relações sexuais.
93
- DST ou IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis
As principais são: herpes genital; cancro mole; HPV; doença inflamatória pélvica (DIP);
donovanose; gonorreia e infecção por Clamídia; linfogranuloma venéreo (LGV); sífilis;
infecção pelo HTL V; tricomoníase.
Aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes
do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).
O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar
uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-
se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual.
E, quando indicado, avisar a parceria sexual.
94
Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e
tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por
isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma
pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida, sem camisinha masculina ou
feminina.
- Feridas: Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor.
Os tipos de feridas são muito variados e podem se apresentar como vesículas, úlceras,
manchas, entre outros. Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide
(cancro mole), donovanose e linfogranuloma venéreo.
95
- HIV/AIDS e hepatites virais B e C:
Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as
infecções pelo HIV, HTLV e pelas hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais
e sintomas específicos.
É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à entrada
de agentes infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais internos, atingindo
útero, trompas e ovários, causando inflamações. Esse quadro acontece principalmente
quando a gonorreia e a infecção por clamídia não são tratadas.
96
SISTEMA ENDÓCRINO
Funções: Controlar a velocidade das reações químicas das células; regular o crescimento
e desenvolvimento do indivíduo, bem como de seus órgãos; e manter a inter-relação de
todas as glândulas do corpo e suas secreções.
Hormônios são proteínas que ativam, inibem ou modulam a atividade de outras células
alvo, em órgãos distantes de seu local de origem. Cada hormônio é sintetizado por um
tipo específico de células e atuam como mensageiros nas células específicas responsáveis
por funções ligadas diretamente ao controle das funções corporais. As células dos órgãos-
alvo possuem na membrana, receptores hormonais, capazes de se combinar
especificamente com as moléculas do hormônio. É apenas quando a combinação correta
ocorre que as células-alvo exibem as respostas características da ação hormonal.
97
Glândulas: Pineal, Hipófise, Tiróide, Paratireóides, Timo, Supra-renais, Pâncreas,
Ovários, Testículos.
Hipófise
- Hipófise (pituitária) é uma glândula do tamanho de uma ervilha que situada na base do
encéfalo, em uma cavidade do osso esfenoide presa a uma região chamada hipotálamo. É
a glândula mais importante do corpo, pois comanda todas as outras. É subdividida em
AdenoHipófise (lobo anterior) e NeuroHipófise (lobo posterior). A Adenohipófise secreta
hormônios tróficos, que controlam a atividade de outras glândulas endócrinas do corpo.
É conhecida como glândula mestra. Ela secreta diversos hormônios que são:
98
- Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH): estimula a produção de hormônios da
glândula supra-renal.
Os hormônios FSH e LH controlam as atividades das gônadas, por isso são chamados de
gonadotrofinas.
Tireóide
99
Paratireóide
Timo
- Timo - órgão localizado atrás do esterno e entre os pulmões. Seu papel é auxiliar e
distribuir os linfócitos a outros órgãos linfáticos E produzir hormônios que promovam a
proliferação e a maturação dos linfócitos. Após a puberdade, o órgão atrofia, mas continua
a exercer sua função protetora, com a produção complementar de anticorpos, mesmo que
nesse período seu desempenho já não seja vital.
Supra-renais
100
Pâncreas
Ovários
Testículos
101
Glândula pineal
Dormir bem é um dos processos fisiológicos de maior impacto no nosso bem-estar diário.
Na verdade, a ausência de sono a longo prazo tem efeitos negativos em nossa saúde.
O sono é regulado pela combinação de dois processos. Por um lado, ritmos circadianos.
Por outro lado, o acúmulo de substâncias indutoras do sono no cérebro, como a adenosina.
Sua quantidade depende de vários fatores. Entre outros, o tempo que ficamos acordados
(mais tempo, mais adenosina) ou a qualidade do sono.
102
O ritmo circadiano controla o chamado ciclo vigília-sono, dividido em uma fase de
repouso (escuridão-sono) e uma fase de alerta (luz-atividade). Eis o motivo pelo qual está
relacionado ao nosso comportamento ao longo do dia.
O ritmo circadiano (ou ciclo circadiano) em nossa espécie dura cerca de 24 horas, e o
corpo precisa sincronizá-lo com os sinais ambientais. O sincronizador externo mais
importante de nosso ritmo biológico é o ciclo claro-escuro.
103
A serotonina produzida pela glândula pineal é importante recurso para o bem-estar, pois
interfere no humor e disposição, apetite, dentre outros.
Logo, a mudança de hábitos nocivos por saudáveis pode levar à prevenção das doenças.
104
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA ENDÓCRINO
- Diabetes:
105
Os mais comuns tipos de diabetes são:
- Diabetes gestacional.
Os motivos que causam a diabetes tipo 1 ainda são desconhecidos, e a melhor forma de
prevenção é ter práticas saudáveis, que incluem alimentação adequada, atividades físicas,
evitar o uso de álcool, cigarro e outras drogas.
- Obesidade:
É considerada uma doença, e por conta dos inúmeros problemas inerentes a ela, e,
inclusive, já é considerada uma epidemia, de acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS). Quem está acometido pela obesidade fica mais suscetível a doenças como:
diabetes; hipertensão; apneia do sono; riscos cardiovasculares, dentre outros. Acontece
por causa de um acúmulo excessivo e anormal de gordura no corpo, que acaba afetando
a saúde do indivíduo. Isso acontece quando a quantidade de calorias ingerida é superior
à quantidade gasta pelo corpo, que acaba por armazenar esse excesso na forma de massa
gorda. Para uma pessoa ser considerada obesa, o seu Índice de Massa Corporal (IMC)
deve ser superior a 35 kg/m2.
- Disfunções da tireoide:
106
o que lhe confere um papel essencial no bom funcionamento dele. Qualquer alteração em
suas funções pode causar alterações de humor, na frequência cardíaca, no controle do
apetite, no sono, na libido, entre outros.
- Ovários policísticos:
Outra doença comum nas funções endócrinas afeta as gônadas, que são as glândulas
sexuais que produzem as hormonas, como é o caso do testículo e do ovário. A síndrome
dos ovários policísticos (SOP) chega a afetar 6% da população feminina e é mais comum
nos casos de mulheres que apresentam altas taxas de hormônios masculinos. Os sintomas
mais característicos dessa doença são: fluxos menstruais irregulares, acne, obesidade,
queda de cabelo, entre outros. Apesar de ser uma doença que não tem cura, existe uma
grande taxa de sucesso nos tratamentos de controle dos ovários policísticos associados a
atividades físicas regulares, evitar o excesso de peso etc.
107
- Síndrome de Cushing ou hipercortisolismo:
É uma alteração hormonal causada pelo aumento dos níveis do hormônio cortisol no
sangue. Alguns sintomas característicos da doença são: aumento rápido de peso, porém
braços e pernas finas; aparecimento de estrias largas e vermelhas na barriga; aparecimento
de pêlos no rosto, principalmente no caso das mulheres; aumento da pressão; diabetes;
diminuição da libido e da fertilidade; ciclo menstrual irregular; fraqueza muscular; pele
mais oleosa e com tendência à acne; dificuldade para cicatrizar feridas; surgimento de
manchas roxas. Em geral, os sintomas surgem ao mesmo tempo e são mais comuns em
pessoas que já sofrem de doenças como artrite, asma, lúpus ou após transplante de órgãos,
situação na qual os pacientes passam meses fazendo uso de corticoides. No caso do
surgimento da doença em crianças, percebe-se um crescimento mais lento, que resulta em
baixa estatura, aumento dos pelos faciais, corporais e calvície. O tratamento para a
síndrome de Cushing deve ser orientado por um endocrinologista e varia conforme a
causa da síndrome. Quando a doença é causada por uso prolongado de corticoides, é
indicada a diminuição ou a suspensão do medicamento, de acordo com a orientação do
médico responsável.
- Feocromocitomas:
Trata-se de tumores, geralmente benignos, que são formados por células que produzem
substâncias adrenérgicas, como a adrenalina. É comum que esses tumores sejam
encontrados nas glândulas suprarrenais ou adrenais, contudo, podem aparecer em outras
glândulas. Esse tipo de tumor, embora benigno, necessita de cirurgia, pois raramente
responde ao tratamento de quimioterapia ou radioterapia.
108
envelhecimento. A reposição hormonal prescrita por um endocrinologista é uma opção
de tratamento.
- Crescimento: Criança que cresce demais ou que cresce de menos pode estar com
alterações hormonais, nutricionais ou genéticas. Só um endócrino poderá avaliar com
cautela os tratamentos necessários.
109
- Excesso de Pelos: Mulheres com excesso de pelos com padrão de distribuição
masculino (hirsutismo), acne ou amento da musculatura, podem estar com produção
excessiva de hormônios masculinos.
110
- Hipertireoidismo:
É caracterizado por uma tireoide hiperativa, que produz mais hormônios do que o
necessário para manter o organismo funcionando em sua normalidade. A quantidade
extra de hormônios faz com que o metabolismo se mantenha constantemente
acelerado, e pode surgir também uma protuberância ou inchaço na parte da frente do
pescoço, devido ao aumento do tamanho da glândula. Ele ocorre em aproximadamente
1% da população, sendo que as mais afetadas costumam ser mulheres entre 30 e 40 anos.
Os sintomas, inicialmente, são difíceis de identificar, mas ao longo do tempo podem ficar
mais fortes. Os principais deles são os seguintes:
- Suor excessivo,
- Intolerância ao calor,
- Perturbações emocionais,
- Distúrbios do sono,
- Ansiedade e irritabilidade,
- Fraqueza muscular.
111
- Hipotireoidismo:
É caracterizado por uma tireoide deficiente, ou seja, que produz menos hormônios do
que o necessário para que o organismo funcione corretamente. Esta condição é um
pouco mais comum do que o hipertireoidismo, afetando cerca de 3% da população. Ela
também ocorre com mais frequência em mulheres, principalmente nas que têm mais de
50 anos. Muitas mulheres podem sofrer com o hipotireoidismo também no período do
pós-parto.
Os sintomas também começam de forma tímida, por isso pode ser difícil perceber que há
um problema com a tireoide. Fique atento se estiver experimentando os seguintes
sintomas:
- Falta de apetite,
- Depressão,
- Fadiga,
- Prisão de ventre,
- Retenção de líquidos,
112
SISTEMA NERVOSO
113
Figura 26 - Sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. Fonte: Andrade
Filho; Pereira, 2015.
114
- Neurônio é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para
a comunicação rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações.
Estima-se que no cérebro humano exista aproximadamente 15 bilhões destas células,
responsável por todas as funções do sistema.
Cada neurônio, possui uma região receptiva e outra efetora, em relação à condução da
sinalização.
115
- Células da Glia (Neuroglia): células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem
como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da atividade neural.
Os axônios são cobertos por uma membrana denominada bainha de mielina, que possui a
característica de isolante elétrico, impedindo que as cargas elétricas se dispersem. Assim,
condução do impulso nervoso nas fibras mielínicas (com bainha de mielina) e amielínicas
(sem bainha de mielina) difere na sua velocidade, sendo maior nas mielínicas. No trajeto
do axônio, há regiões em que a bainha de mielina é interrompida, gerando a condução
saltatória, nos quais o impulso nervoso é transmitido, aos saltos, aolongo da fibra
(axônio).
O Sistema Nervoso Central – SNC - recebe, analisa e integra informações. É o local onde
ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. Está localizado na caixa craniana e
divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo apresenta três partes: cérebro, cerebelo e
tronco encefálico. O tronco encefálico também tem três divisões: mesencéfalo, ponte e
bulbo. No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância
cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos.
- A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso, situada dentro do canal
vertebral. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor
na mulher. A medula espinal é formada por trinta e um segmentos, cada um dos quais dá
origem a um par de nervos espinais. Ela atua como um caminho pelo qual passam
impulsos que vão ou vem do encéfalo para várias partes do corpo.
116
as estruturas encefálicas localizadas superiormente. Além de ser a origem dos nervos
cranianos, é sede de várias funções ligadas ao controle das atividades involuntárias, como
a função respiratória; e das emoções. O cerebelo atua na manutenção do equilíbrio
corporal e como coordenador dos movimentos da musculatura esquelética, recebendo
informações de diversas partes do corpo.
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de
proteção que consiste das seguintes estruturas: esqueleto, meninges, líquido cérebro-
espinhal (líquor) e barreira hematoencefálica. As estruturas esqueléticas são a caixa
craniana e coluna vertebral, também denominada raque. As meninges são membranas
conjuntivas, situadas sob a proteção esquelética e que se dividem em: dura-máter
117
(externa), aracnoide (do meio) e pia-máter (interna). Entre as meninges aracnoide e pia-
máter há um espaço preenchido por um líquido denominado líquido cérebro-espinhal, que
é um fluido aquoso e incolor com a função primordial de proteção mecânica do sistema
nervoso central.
- 8 pares CERVICAIS,
- 12 pares TORÁCICOS,
- 5 pares LOMBARES,
- 5 pares SACRAIS;
- 1 par COCCÍGEOS.
Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os
dois primeiros têm conexão com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os
nervos cranianos são mais complexos que os espinais e dividem-se em: I - OLFATÓRIO
II - ÓPTICO III - OCULOMOTOR IV - TROCLEAR V - TRIGÊMIO VI -
ABDUCENTE VII - FACIAL VIII - VESTÍBULOCOCLEAR IX -
GLOSSOFARÍNGEO X - VAGO XI - ACESSÓRIO XII – HIPOGLOSSO.
118
As terminações nervosas existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras. São
estruturas especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no
interior do corpo. Ex: cones e bastonetes da retina são estimulados somente pelos raios
luminosos; os receptores do ouvido apenas por ondas sonoras; os gustativos por
substâncias químicas capazes de determinar as sensações de doce, azedo, amargo; na pele
e nas mucosas existem receptores especializados para os agentes causadores de calor, frio,
pressão e tato.
119
Figura 29 – Nervos cranianos. Fonte: Atlas do Corpo Humano. Netter, 2011.
120
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
Doenças neurológicas degenerativas são os distúrbios que afetam o sistema nervoso, que
é composto pelo cérebro, pela medula espinhal e pelos nervos. Como esse sistema está
envolvido em muitas funções do corpo, elas podem se manifestar de diversas formas. Em
muitos casos, as doenças neurológicas são degenerativas, ou seja, elas não têm cura, o
que significa que a condição avança com o passar do tempo, trazendo um grau de
comprometimento ainda maior. Também chamadas de doenças neurodegenerativas, elas
causam a destruição gradual e irreversível dos neurônios (células do sistema nervoso), de
forma que as pessoas afetadas apresentam sintomas progressivamente mais intensos.
Alguns exemplos são o Mal de Parkinson, Escleroses e o Mal de Alzheimer.
- Mal de Parkinson:
- Mal de Alzheimer:
121
- Depressão:
Depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz alteração do humor
caracterizada por tristeza profunda e forte sentimento de desesperança. É essencial
identificar sintomas e procurar ajuda médica.
- Esclerose múltipla:
- Distonia:
Embora seja uma doença com elevado índice de comprometimento motor, a distonia pode
ser completamente controlada com tratamento cirúrgico à base de estimulação elétrica.
- Enxaqueca:
É uma doença que pode ser completamente incapacitante em seus momentos de crise.
Nas mulheres que usam anticoncepcional, a enxaqueca pode aumentar a incidência de
acidente vascular cerebral.
122
O tratamento desse tipo de tumor é delicado, devido aos transtornos hormonais e riscos à
visão que pode representar.
- Epilepsia:
Na verdade, a epilepsia não se trata de uma doença, e sim de um sintoma que pode
aparecer em diferentes formas clínicas, podendo levar a manifestações motoras,
sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurodegenerativas. Tem como etiologia fatores que
podem lesar os neurônios ou a forma de comunicação entre eles, como: traumatismos
cranianos, resultantes de cicatrizes cerebrais; traumatismo de parto; algumas drogas e
substâncias tóxicas; interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro decorrente de um AVC
ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.
Com o passar do tempo, a ELA impossibilita que a pessoa realize tarefas simples do dia
a dia, como se levantar, segurar objetos, subir escadas, falar e se alimentar, podendo afetar
também os músculos envolvidos na respiração. Apesar disso, a capacidade cognitiva é
preservada, o que faz com que o paciente tenha consciência de seu quadro. Um exemplo
bastante conhecido de paciente com ELA foi o famoso cientista Stephen Hawking, que
conviveu com a doença dos 21 aos 76 anos.
- Distrofia muscular:
123
quais podem ser hereditárias enquanto outras acontecem espontaneamente na geração do
embrião. Dependendo do tipo de distrofia muscular, a pessoa pode apresentar desde
sintomas leves que evoluem de forma lenta, sem prejuízo para as funções, até sintomas
severos que causam fraqueza intensa e afetam os músculos involuntários, levando a
problemas respiratórios e cardíacos.
A atrofia muscular espinhal é uma doença genética que se manifesta por fraqueza e atrofia
muscular progressiva, resultando em dificuldades para realizar movimentos considerados
simples, como andar, se sentar, se levantar e manter a cabeça erguida. A AME pode surgir
desde o nascimento até a vida adulta, sendo mais severa conforme a precocidade do início
dos sintomas. Com o passar do tempo, ela pode causar escoliose, dificuldade na
deglutição e dificuldade respiratória.
124
SISTEMA SENSORIAL
O ser humano apresenta 5 órgãos que permitem o contato e interação com o meio
ambiente. São órgãos fundamentai do corpo, como a Língua – para a gustação (Paladar),
Fossas nasais – para o olfato, Pele – para o tato, Ouvidos – para a audição, Olhos – para
a visão. Os órgãos dos sentidos recebem os estímulos e os transmitem ao cérebro, através
de nervos sensoriais. O cérebro então entende a mensagem produzindo a sensação.
- Tato: o órgão do tato é a pele. Ela apresenta muitos receptores sensoriais, para os
diferentes estímulos. Os receptores sensoriais são formados por fibras nervosas, que se
organizam formando diferentes corpúsculos sensoriais, que permitem identificar o
formato, peso e características dos objetos; ou ainda perceber os diferentes estímulos da
pele (Corpúsculos de Meissner – tato; Corpúsculos de Krause – frio; Corpúsculos de
Ruffini – calor; Corpúsculo de Paccini – pressão).
A dor é percebida por terminações nervosas livres que chegam até a pele. Portanto estas
terminações livres não formam corpúsculos sensoriais A pele é o maior órgão do corpo
humano, num adulto sua massa é de mais ou menos 5kg.
- Paladar: a distinção dos sabores se faz pelo sentido da gustação, chamado também de
paladar. O órgão da gustação é a língua. A língua apresenta 2 superfícies: Dorsal: com
numerosas rugosidades chamadas de papilas linguais; Ventral: apresenta-se relativamente
lisa. Nas papilas linguais existem os corpúsculos gustativos, especializados em sentir o
gosto. As papilas percebem 4 tipos básicos de gosto, mas cada sabor é sentido com maior
intensidade em determinada região da língua: O doce é o salgado são percebidos com
maior intensidade na ponta; O azedo é percebido nas bordas; O amargo é sentido na base.
125
- Olfato: as fossas nasais são responsáveis pelo olfato. O homem tem o olfato pouco
desenvolvido, apesar disto somos capazes de distinguir certos alimentos e bebidas pelo
cheiro. Na parte superior das fossas nasais, a mucosa que constituem as terminações do
nervo olfativo. O ar transporta, até as fossas nasais, substâncias diversas que sensibilizam
as células olfativas. Então a mensagem é conduzida pelo nervo olfativo até o cérebro,
onde é interpretada.
- Audição: capacidade de ouvir sons. Os órgãos da audição são os ouvidos. Sons muitos
agudos ou muito grave não são percebidos pelo ouvido humano. Os ouvidos ficam
encaixados nos ossos temporais e tem a função da audição e manutenção do equilíbrio.
Cada ouvido possui três partes: Ouvido externo: formado por 2 partes: o Pavilhão da
orelha: Formado por cartilagem e pele, com a função de captar os sons, direcionando-os
para o interior do conduto auditivo. o Meato acústico externo: canal que conduz o som
para o interior do ouvido. Existem pêlos e glândulas que produzem o cerúmem (cera
amarelada), para proteção do ouvido contra a entrada de corpos estranhos. Ouvido médio
(caixa do tímpano): situado dentro do osso temporal. Nele se encontra o tímpano, fina
membrana que forma uma cavidade com o ar oriundo da nasofaringe. No ouvido médio
existem ainda 3 pequenos ossos: bigorna, martelo e estribo. Eles recebem a vibração da
membrana do tímpano. Do ouvido médio sai um canal, a tuba auditiva, que vai até a
faringe. Sua função é manter a pressão da caixa do tímpano igual à pressão atmosférica.
Ouvido interno (labirinto): divide-se em 3 partes: o Vestíbulo: cavidade separada pelo
ouvido médio e janela oval; o Canais semicirculares: 3 tubos em forma de semicírculos;
o Cóclea: canal de 2,5 cm, com forma de espiral.
- Visão: os olhos são os órgãos responsáveis pela visão, contendo 2 globos oculares, cada
um com uma parede formada por três membranas: Esclerótica: membrana mais externa,
de cor branca e opaca. Na parte da frente, apresenta uma saliência e é transparente,
recebendo o nome de córnea. Coroide: localizada sobre a esclerótica, rica em vasos
sanguíneos. O sangue circula nessa membrana e nutre as células do olho. Na parte da
frente, a coroide apresenta uma região circular, a íris. No centro da íris há um orifício, a
pupila, que se adapta à luz incidente.
126
Retina: Camada mais interna e sensível do globo ocular. O campo de visão é
relativamente limitado, embora tridimensional e com profundidade. Quando um objeto é
visto, a luz que ele emite penetra no olho, atravessando todos os meios transparentes até
chegar à retina, onde a imagem é percebida. Então a imagem é conduzida pelo nervo
óptico até o cérebro, onde é interpretada. Aquilo que se enxerga constitui uma resposta
do cérebro ao estímulo recebido pela retina.
Defeitos da visão:
- Miopia (olho longo): As imagens se formam antes da retina. Usam-se então lentes
divergentes, que afastam as imagens fazendo-as coincidir com a retina.
As pálpebras são 2 pregas que protegem os olhos, evitando a entra de objetos estranhos;
os cílios estão presos às pálpebras e protegem os olhos contra a poeira; as sobrancelhas:
situam-se acima dos olhos. Formam uma barreira contra o suor que escorre da testa.
Em cada olho existe uma glândula lacrimal, que fabrica um líquido chamado lágrima. A
função deste líquido é lubrificar e limpar o globo ocular, além de remover a sujeira.
127
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA SENSORIAL
Os nervos da pele reagem ao toque, temperatura, dor e coceira. Existem cerca de vinte
diferentes receptores na pele que são responsáveis por informar o cérebro sobre os eventos
e sensações no corpo. Podem ser diversas as causas relacionadas a essa condição,
mas todas elas são ligadas ao envelhecimento.
- Perda da visão:
A perda súbita da visão tem três causas gerais: opacidade de estruturas oculares
normalmente transparentes; anormalidades da retina (estrutura no fundo do olho que
128
detecta a luz); anormalidade dos nervos que conduzem os sinais visuais do olho para o
cérebro (como o nervo óptico e os caminhos visuais).
Qualquer coisa que impeça a passagem da luz do ambiente até o fundo do olho ou que
interrompa a transmissão dos impulsos nervosos do fundo do olho para o cérebro afeta a
visão. Nos Estados Unidos, a cegueira legal é definida como acuidade visual de 20/200
ou pior no olho melhor, mesmo após correção com óculos ou lentes de contato, ou campo
visual restrito a menos de 20° no olho melhor. Muitas pessoas que são consideradas
legalmente cegas conseguem distinguir formas e sombras, mas não os pequenos detalhes.
- Ectasias de córnea:
Doença mais rara, é o afinamento corneal central ou paracentral. A pessoa com essa
condição enxerga imagens múltiplas fantasmas e pontos espalhados. No geral, a
progressão maior ocorre na adolescência e pode ser associada com síndromes de Down e
de Marfan, alergias e catarata. O problema pode ser corrigido com lentes de contato
rígidas e, em casos mais avançados, com transplante de córnea.
- Ametropia:
Distúrbio de visão muito comum decorrente da focalização inadequada da luz que chega
à retina, prejudicando a nitidez da imagem. Pode ser corrigido com óculos, lentes de
contato e até cirurgia em alguns casos. Apresenta diversos tipos, como:
- Miopia:
Dificuldade de enxergar objetos distantes. Acontece quando o olho é mais longo do que
o normal, o que faz com que os raios de luz sejam focalizados antes da retina, ou por
causa de alterações da curvatura da córnea ou do cristalino.
129
- Hipermetropia:
- Astigmatismo:
- Presbiopia:
Conhecido como “vista cansada”, que normalmente ocorre a partir dos 40 anos e cujo
sintoma é a dificuldade de focar objetos próximos. A causa principal é a perda da
capacidade de contração do músculo ciliar associada ao enrijecimento do cristalino.
- Conjuntivite:
- Catarata:
Doença que afeta o cristalino, a lente natural dos olhos. Com o envelhecimento, a região
começa a ficar opaca e a perder a transparência, dificultando a visão. Existem também
casos congênitos, quando o bebê nasce com a catarata, e secundários, quando a doença é
provocada pelo uso de corticoides, doenças metabólicas, traumas, entre outros. O
tratamento é cirúrgico.
130
- Glaucoma:
A doença, que tem como principal causa a pressão intraocular elevada, atinge o nervo
óptico (que leva as imagens ao cérebro para que possamos enxergar) e envolve a perda
irreversível de células da retina. O sintoma é a perda gradativa da visão e o tratamento
pode ser feito com colírios ou até cirurgia.
- Blefarite:
- Heterocromia:
Anomalia genética benigna em que a pessoa tem olhos de cores distintas, como os do
cantor David Bowie, ou duas cores em um mesmo olho. Se desenvolvida ao longo da
vida, pode ser consequência de glaucoma, inflamação na íris, sangramento provocado por
algum trauma, diabetes, entre outras doenças.
- Degeneração macular:
- Retinopatia diabética:
131
- Perda da audição:
Diferentes partes do trajeto da audição podem ser afetadas, e a perda é classificada como
condutiva, neurossensorial, ou mista, dependendo da parte do trajeto que é afetada.
Perda auditiva condutiva ocorre quando algo impede o som de atingir as estruturas
sensoriais no ouvido interno. O problema pode envolver o canal auditivo externo, o
tímpano (membrana timpânica - MT), ou o ouvido médio.
Perda auditiva neurossensorial ocorre quando o som alcança o ouvido interno, mas
ou o som não pode ser traduzido em impulsos nervosos (perda sensorial), ou os impulsos
nervosos não são conduzidos ao cérebro (perda neural). A distinção entre perda
sensorial e neural é importante porque a perda auditiva sensorial por vezes é reversível
e raramente representa um risco de vida. Uma perda auditiva neural raramente se reverte
e pode ser devido a um tumor cerebral que representa risco de vida, comumente um
tumor do ângulo pontocerebelar. Outro tipo de perda neurossensorial é denominado
transtorno do espectro da neuropatia auditiva, quando o som pode ser detectado, mas o
sinal não é enviado corretamente para o cérebro.
Perda mista envolve ambas as perdas, condutiva e neurossensorial. Ela pode ser
causada por lesões graves da cabeça, infecção crônica, ou um dos muitos distúrbios
genéticos raros.
132
- Labirintite:
133
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desequilíbrios no organismo são vistos, na medicina funcional, como sinais de que algo
precisa ser alterado no estilo de vida do paciente. A mudança, então, vem de dentro para
fora.
Por fim, é importante entender que o organismo funciona por meio de um complexo
sistema de feedback entre o meio interno e externo. Com um estilo de vida mais saudável,
alimentação completa e variada, prática de atividade física, boas noites de sono e controle
do estresse, os ciclos internos do corpo tendem a se regular naturalmente.
Somos mais que matéria. A matéria interfere no corpo energético e o corpo energético
reflete no corpo material. Pensamentos, sentimentos, crenças, comportamentos e hábitos
estão contidos no termo saúde. A intervenção integral ou holística (completa) está cada
vez mais presente, sendo que a prevenção será sempre a melhor escolha.
134
O conteúdo desta apostila tem o objetivo de trazer conceitos básicos de
anatomia e fisiologia humana, em razão da estruturação do corpo
humano.
135
REFERÊNCIAS
Livros:
Guyton, Arthur C. Fisiologia humana. 6ª Ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1998.
Netter, Frank H. Fattini, C.A. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos. São
Paulo:Atheneu, 1997.
Gardner, Ernest. Anatomia: Estudo Regional do Corpo Humano. 4ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1998.
Silverthorn, Dee U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7ªEd, Porto Alegre:
Artmed, 2017.
Sobotta, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan ,
2000.
136