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o
Teste de avaliação por domínios – 10. Ano
___________________________________________ o
Educação Literária
PARTE A
Lê o texto e as notas.
Selad’o baiozinho,
valha Deus! NOTAS
treide-vos5, ai amigo, 1
Amad’: amado.
2
20 e guisade d’andar. la frol do pino: a flor do pinheiro que
já tinha florescido.
3
e guisade d'andar: tratai de andar;
Selad’o bel cavalo, apressai-vos.
valha Deus! 4
selad'o baiozinho: selai, preparai o
treide-vos, ai amado, cavalinho.
5
treíde-vos: vinde.
e guisade d’andar.
D. Dinis
Cantigas medievais galego-portuguesas
[base de dados online], Lisboa, Instituto de
Estudos Medievais, FCSH/NOVA, 2011
(disponível em: http://cantigas.fcsh.unl.pt).
2. Explicita dois sentimentos manifestados pela donzela e ilustra cada um deles com uma transcrição
pertinente.
Lê o texto e as notas.
NOTAS
1
per bõa fé: (fórmula de juramento) por Deus; realmente.
2
oí: ouvi.
3
preço: fama; reputação.
4
bom sem: bom senso; bom entendimento.
5
de pram: certamente; realmente.
6
tam muito: tanto.
7
tod’esto: tudo isto.
8
guise: proporcione; dê a oportunidade de.
9
ced: em breve; rapidamente.
10
u: quando.
11
com melhor coraçom escontra mim: com mais boa vontade em relação a mim.
5. Relaciona o sentido dos versos 13 e 14 com o estado de espírito do sujeito poético apresentado nos
versos 15 a 18.
PARTE C
7. Na poesia trovadoresca, a sociedade medieval também surge espelhada nos seus vícios e costumes.
Escreve uma breve exposição sobre a denúncia dos vícios e costumes medievais presentes nas
cantigas de escárnio e maldizer.
A tua exposição deve incluir:
uma introdução ao tema;
um desenvolvimento no qual explicites dois aspetos que são alvo de crítica nas cantigas de
escárnio e maldizer, fundamentando cada um desses aspetos em, pelo menos, um exemplo
pertinente;
uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Lê o texto e as notas.
Há um provérbio português antigo que reza assim: «A quem confiaste um segredo, fizeste-o
senhor de ti.». Quando se confia um segredo, entra-se inevitavelmente num mercado clandestino cuja
moeda de troca é a palavra proibida. Tanto o confessor como o confidente ficam unidos por uma linha
indelével1, que será quebrada caso o silêncio seja desrespeitado.
5 Há uma carga que se impõe de forma natural, quando pensamos num segredo, porque acarreta
algo que, supostamente, não deveria ser dito. Quando pedimos segredo, estão muitas vezes implícitas
outras pessoas ou algo que não pode de todo saber-se, por ser condenável, causar escândalo, ou
defraudar de alguma forma a imagem do próprio ou de outro(s).
Recordo que, em 2006, um manual de autoajuda intitulado O Segredo, escrito pela australiana
10 Rhonda Byrne, foi um sucesso em todo o mundo. Não o li e, por isso, não posso falar sobre o mesmo.
Contudo, o que interessa é focarmo-nos no fenómeno que a palavra «segredo» operou nos milhares
de compradores dos exemplares. Não deixa de ser curioso que nas palavras de marketing do dito livro
seja logo levantado o véu do seu segredo: «O pensamento positivo pode criar resultados de mudança
de vida, tais como o aumento da felicidade, da saúde e da riqueza.». Mas não contam tudo, claro; é
15 preciso pagar, comprar o livro, para saber como se põe a máquina do pensamento positivo a
funcionar.
Segundo se consegue apreender, O Segredo é uma espécie de manual de regras para atingir o
êxito pessoal. Confesso que sempre desprezei esta categoria de livros, e costumo perguntar por graça:
se são livros de autoajuda, porque não ficam apenas na prateleira do autor, para que se ajude a si
20 próprio?
Falo desta categoria de livros e deste título em particular, para ilustrar que os segredos têm um
preço. Valem sempre algo. Este tipo de livros vale-se disso, do poder de contar segredos em forma de
receitas e de tentar criar um elo íntimo com o leitor. Como se o livro fosse um amigo que o vai ajudar,
mostrando-lhe que não está só no mundo. Porque também é essa a lógica de contar um segredo —
25 não nos sentirmos tão sós (com aquilo).
Os segredos, sem qualquer dúvida, valem algo. E o valor não é fixo, muda consoante a importância
do mesmo. Confessar uma parvoíce que só envergonha alguém medianamente não tem o mesmo
valor do que segredar um ato hediondo2. No entanto, a moeda de troca é sempre a mesma – a
confiança.
30 Entre amigos, familiares ou amantes (penso que uma troca de segredos a sério dá-se entre estes
laços afetivos e é raro alguém trocar segredos com desconhecidos), os papéis não são estanques.
Quem conta um segredo pode sempre receber outro em troca. Aliás, é normalmente o que se espera.
Quantos não ficaram defraudados por se terem apercebido de que aquele amigo a quem contaram os
seus segredos escolheu outra pessoa, para contar em primeira mão algo que até à data se
desconhecia? Ou quantos não romperam já uma amizade ou perderam um amor por terem sido
contados a outrem os seus segredos? Quantas relações faliram por ter havido uma crise no mercado
NOTAS
1
indelével: que não pode ser apagada ou esquecida.
2
hediondo: moralmente condenável; que suscita repulsa.
5. Através da metáfora da confiança enquanto «moeda de troca» (ll. 2-3 e 26) entre o confessor e o
confidente, a autora
A. associa a ação de confiar os segredos às trocas comerciais.
B. compara o ato de revelar os segredos com interesses financeiros.
C. contradiz o verdadeiro objetivo de confiar segredos a outrem.
D. relaciona a ação de segredar com a desconfiança que deve existir.
1. Na frase «Como se o livro fosse um amigo que o vai ajudar, mostrando-lhe que não está só no
mundo.» (ll. 21-22), as palavras sublinhadas são
A. um pronome, no primeiro caso, e uma conjunção, no segundo caso.
B. uma conjunção, no primeiro caso, e um pronome, no segundo caso.
C. pronomes em ambos os casos.
D. conjunções em ambos os casos
5. Na expressão «Quantas relações faliram por ter havido uma crise no mercado dos valores? (l. 33), a
palavra sublinhada é
A. um pronome. C. um determinante.
B. um quantificador. D. um advérbio.
6. Em «que o vai ajudar» (l. 21), o pronome pessoal desempenha a função sintática de
A. complemento direto. C. complemento oblíquo.
B. complemento indireto. D. sujeito.
Escrita
«A nossa sociedade olha para o livro como um dado adquirido, mas o ato de ler – outrora
considerado útil e importante, assim como potencialmente perigoso e subversivo – é agora
condescendentemente aceite como passatempo, um passatempo vagaroso desprovido de eficiência e
que não contribui para o bem comum.»
Num texto expositivo, bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 350 palavras,
compara o modo de acesso à cultura no presente e no passado.
No teu texto:
− formula uma introdução ao tema;
− explicita, de forma clara e pertinente, dois aspetos, cada um deles ilustrado com um exemplo
significativo;
− formula uma conclusão adequada à exposição desenvolvida.
Itens de seleção
As respostas aos itens de seleção podem ser classificadas de forma dicotómica ou por níveis de desempenho, de
acordo com os critérios específicos. No primeiro caso, a pontuação só é atribuída às respostas corretas, sendo
todas as outras respostas classificadas com zero pontos. No caso da classificação por níveis de desempenho, a cada
nível corresponde uma dada pontuação, de acordo com os critérios específicos.
Itens de construção
Resposta restrita
Nos itens de resposta restrita, são avaliados aspetos de conteúdo, de estruturação do discurso e de correção
linguística.
Os critérios de classificação apresentam-se organizados por parâmetros com os respetivos níveis de desempenho.
A cada nível de desempenho corresponde uma dada pontuação.
Resposta extensa
No item de resposta extensa, são avaliados aspetos de estruturação temática e discursiva (ETD) e de correção
linguística (CL).
Os critérios de classificação apresentam-se organizados por parâmetros com os respetivos níveis de desempenho.
A cada nível de desempenho corresponde uma dada pontuação. Se permanecerem dúvidas quanto ao nível a
atribuir, deve optar-se pelo nível mais elevado de entre os dois tidos em consideração.
Qualquer resposta que não atinja o nível 1 de desempenho num parâmetro é classificada com zero pontos nesse
parâmetro. A classificação a atribuir à resposta resulta da soma das pontuações atribuídas aos diferentes
parâmetros.
No que diz respeito à estruturação temática e discursiva, são considerados os parâmetros seguintes:
(A) Género/Formato Textual, (B) Tema e Pertinência da Informação, (C) Organização e Coesão Textuais.
A atribuição da classificação de zero pontos no parâmetro A (Género/Formato Textual) ou no parâmetro B (Tema e
Pertinência da Informação) implica a atribuição de zero pontos nos restantes parâmetros da ETD, bem como na CL.
No âmbito da correção linguística, os níveis de desempenho têm em conta o tipo de ocorrências previsto no Quadro 1.
Tipo de ocorrências
• erro inequívoco de pontuação
• erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, erro de translineação e uso
Tipo A indevido de letra minúscula ou de letra maiúscula)
• erro de morfologia
• incumprimento das regras de citação de texto ou de referência a título de uma
obra
Tipo B • erro de sintaxe
• impropriedade lexical
No caso específico da vírgula, considera-se erro inequívoco o seu uso para separar termos essenciais e integrantes
da oração:
Em cada resposta, contabiliza-se como uma única ocorrência quer a repetição de uma palavra com o mesmo erro
ortográfico, quer a presença de mais de um erro na mesma palavra (incluindo erro de acentuação, erro de
translineação e uso indevido de letra minúscula ou de letra maiúscula).
1. .......................................................................................................................................................................... 30 pontos
Devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
− dirigindo-se ao seu amigo, a donzela (o sujeito poético) pede-lhe para se apressar a vir ter com ela («e guisade
d’andar.»), tendo, para tal, de providenciar o modo de deslocação, nomeadamente o cavalo que o amigo deve
selar. Na verdade, já passara o tempo suficiente para este encontro, aspeto visível na referência à passagem do
tempo e ao facto de a flor do pinheiro já ter florescido («vede la frol do pinho»);
− a donzela demonstra este desejo de reencontro de forma exclamativa através da expressão «valha Deus!», o que
evidencia a sua ansiedade/o seu nervosismo pelo encontro com amado/amigo;
−…
1
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os Critérios Gerais
de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 1).
− a donzela manifesta diversos sentimentos na cantiga, nomeadamente o amor/a paixão pelo amigo, que lhe
desperta a vontade de se encontrar com ele: «Amad’e meu amigo,» (v. 1), «Amig’e meu amado,» (v. 5);
− o eu poético revela ansiedade e nervosismo, enquanto espera o amigo, o que demonstra de forma exclamativa
através da expressão «valha Deus!», presente em todas as coblas, e do refrão «e guisade d’andar»;
− a donzela manifesta a sua alegria, por já ter decorrido algum tempo e ser o momento propício para o
encontro: «vede’la frol do pinho» (vv. 3 e 9) / «vede’la frol do ramo» (vv. 7 e 13);
− é evidente a preocupação do sujeito poético, uma vez que pretende que o amigo se prepare devidamente,
selando o cavalo, a fim de fazer a deslocação que permitirá o encontro: «selad’o baiozinho» (v. 11) e «selad’o
bel cavalo» (v. 15);
−…
2
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os Critérios
Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 1).
12 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano
Utiliza mecanismos de coesão textual que, apesar da eventual ocorrência de falhas, asseguram
de modo global a progressão e o encadeamento das ideias.
Explicita dois sentimentos manifestados pela donzela, abordando os dois tópicos de resposta,
ambos com pequenas imprecisões e/ou omissões, e fundamenta cada um deles com
transcrições textuais pertinentes.
Utiliza mecanismos de coesão textual com falhas que comprometem de modo global a
progressão e o encadeamento das ideias.
OU
Explicita dois sentimentos manifestados pela donzela, abordando os dois tópicos de resposta,
2 ambos com pequenas imprecisões e/ou omissões, mas apenas fundamenta um deles com 10
transcrições textuais pertinentes.
Utiliza mecanismos de coesão textual que, apesar da eventual ocorrência de falhas, asseguram
de modo global a progressão e o encadeamento das ideias.
OU
Explicita um sentimento manifestado pela donzela, abordando, adequadamente, um tópico de
resposta e fundamenta-o com transcrições textuais pertinentes.
Utiliza mecanismos de coesão textual com falhas que comprometem de modo global a
progressão e o encadeamento das ideias.
Explicita um sentimento manifestado pela donzela, abordando, adequadamente, um tópico de
resposta, mas não o fundamenta com transcrições textuais pertinentes.
1 6
Utiliza mecanismos de coesão textual com eventual ocorrência de falhas que comprometem,
ou não, a progressão e o encadeamento das ideias.
3. ........................................................................................................................................... 30 pontos
A.
− a «senhor» é apresentada pelo sujeito poético como sendo a melhor de todas as mulheres: «A melhor dona
que eu nunca vi» (v. 1);
− a «melhor dona» apresenta uma beleza inigualável concedida por Deus, sendo, por isso, mais notável do que
a beleza de qualquer outra mulher: «a que Deus fez melhor parecer, / mia senhor est, e senhor das que vi» (vv.
3 e 4):
− apresenta uma boa reputação no contexto social – «de mui bom preço» (v. 5);
− caracteriza-se por ser sensata, ou seja, demonstra bom entendimento face à realidade – «de mui bom sem»
(verso 5);
− ...
OU
3
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os Critérios
Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 1).
14 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano
Refere duas qualidades da «senhor», presentes na primeira cobla, mas não fundamenta a
resposta com elementos textuais pertinentes abordando os dois tópicos de resposta, ambos
com pequenas imprecisões e/ou omissões.
Utiliza mecanismos de coesão textual que, apesar da eventual ocorrência de falhas, asseguram
de modo global a progressão e o encadeamento das ideias.
Refere uma qualidades da «senhor», presentes na primeira cobla, e fundamenta a resposta
com elementos textuais pertinentes abordando, adequadamente, apenas um tópico de
resposta.
Utiliza mecanismos de coesão textual com eventual ocorrência de falhas que comprometem,
ou não, a progressão e o encadeamento das ideias.
1 6
OU
Refere uma das qualidades da «senhor», presentes na primeira cobla, mas não fundamenta a
resposta com elementos textuais pertinentes.
Utiliza mecanismos de coesão textual com eventual ocorrência de falhas que comprometem,
ou não, a progressão e o encadeamento das ideias.
− os versos 13 e 14 mostram que o eu poético ama de tal modo a mulher, a ponto de não saber quem a
consegue amar com tanta intensidade como ele («quen’a tam muito ame come mim.»);
− de facto, ele reconhece o enorme bem que ele próprio lhe quer («porque lhe sei tamanho bem querer») e,
como não a vê («vejo-me morrer, / e non’a vej’»), maldiz o dia em que nasceu («mal dia naci»), desejando
morrer de amor. Deste modo, expressa sofrimento amoroso (coita de amor), desilusão e desespero, tendo
consciência de que é impossível a simples observação da «senhor» e a consequente concretização amorosa;
− …
4 OU 18
Relaciona o sentido dos versos 13 e 14 com o estado de espírito do sujeito poético
apresentado nos versos 15 a 18, abordando os dois tópicos de resposta, um adequadamente e
outro com pequenas imprecisões e/ou omissões.
Utiliza mecanismos de coesão textual que, apesar da eventual ocorrência de falhas, asseguram
de modo global a progressão e o encadeamento das ideias.
Relaciona o sentido dos versos 13 e 14 com o estado de espírito do sujeito poético
apresentado nos versos 15 a 18, abordando os dois tópicos de resposta, um adequadamente e
outro com pequenas imprecisões e/ou omissões.
Utiliza mecanismos de coesão textual com falhas que comprometem de modo global a
progressão e o encadeamento das ideias.
3 14
OU
Relaciona o sentido dos versos 13 e 14 com o estado de espírito do sujeito poético
apresentado nos versos 15 a 18, abordando os dois tópicos de resposta, ambos com pequenas
imprecisões e/ou omissões.
Utiliza mecanismos de coesão textual que, apesar da eventual ocorrência de falhas, asseguram
de modo global a progressão e o encadeamento das ideias.
Relaciona o sentido dos versos 13 e 14 com o estado de espírito do sujeito poético
apresentado nos versos 15 a 18, abordando os dois tópicos de resposta, ambos com pequenas
2 imprecisões e/ou omissões. 10
Utiliza mecanismos de coesão textual com falhas que comprometem de modo global a
progressão e o encadeamento das ideias.
1 Explicita o sentido dos versos 13 e 14, sem o relacionar com o estado de espírito do sujeito 6
poético apresentado nos versos 15 a 18, abordando, adequadamente, apenas um tópico de
resposta.
Utiliza mecanismos de coesão textual com eventual ocorrência de falhas que comprometem,
ou não, a progressão e o encadeamento das ideias.
OU
Explicita o estado de espírito do sujeito poético apresentado nos versos 15 a 18, sem o
relacionar com o sentido dos versos 13 e 14.
4
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os Critérios
Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 1).
16 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano
Utiliza mecanismos de coesão textual com eventual ocorrência de falhas que comprometem,
ou não, a progressão e o encadeamento das ideias.
6. .......................................................................................................................................................................... 20 pontos
D. e E.
Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
nas cantigas satíricas, são ridicularizados os códigos do amor cortês, procedendo-se a uma inversão desses
códigos, visto que se critica o elogio exagerado feito pelo trovador às virtudes da mulher, tais como a
beleza, a inteligência, o bom senso ou a capacidade de saber estar em sociedade. Esta ridicularização é
evidente, por exemplo na cantiga «Ai dona fea, foste-vos queixar», em que o eu lírico critica a dama que se
queixara por nunca ter sido louvada pelos trovadores nas suas cantigas, por isso, é ironicamente louvada
nesta composição poética, pelos seus defeitos: a fealdade, a velhice e a loucura;
– a crítica de costumes:
também se verifica a sátira aos vícios e costumes da sociedade medieval através da decadência de valores,
dos comportamentos inadequados do clero e da nobreza, da incompetência na arte de trovar e da
corrupção da vida da corte. Um destes aspetos está presente na cantiga «Um cavalo nom comeu», em que
o sujeito poético denuncia a nobreza empobrecida e a miséria envergonhada, através da referência a um
nobre falido que não tinha rendimentos para sustentar o seu próprio cavalo;
– …
5
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os Critérios
Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 1).
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano 19
Leitura ............................................................................................................................................................. 200 pontos
Chave
1. D. 25
2. A. 25
3. B. 25
4. A. 25
5. A. 25
6. B. 25
7. B. 25
8. B. 25
Chave
1. A. 25
2. C. 25
3. ......................................................................................................................................................... 30 pontos
a) Predicativo do sujeito; b) Sujeito (simples).
4. D. 25
5. B. 25
6. A. 25
7. D. 25
8. .......................................................................................................................................................................... 20 pontos
Defraudá-la de alguma forma.
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (texto expositivo), mas explicita
apenas um aspeto, mas apresenta dois exemplos ilustrativos, assegurando os restantes
aspetos em avaliação neste parâmetro.
3 OU 7
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (texto expositivo),
fundamentando a exposição em, pelo menos, dois aspetos distintos, mas apresenta falhas em
um ou dois dos restantes aspetos em avaliação neste parâmetro.
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (texto expositivo), mas explicita
apenas um aspeto e ilustra-o com um exemplo significativo, assegurando os restantes aspetos
em avaliação neste parâmetro.
2 OU 4
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (texto expositivo), mas explicita
apenas um aspeto, sem o ilustrar com um exemplo significativo, apresentando falhas em um
ou dois dos restantes aspetos em avaliação neste parâmetro.
Escreve um texto de acordo com o género/formato solicitado (texto de apreciação crítica), mas
apresenta falhas no conjunto dos aspetos em avaliação neste parâmetro.
1 OU 2
Escreve um texto em que as marcas do género/formato solicitado se misturam, sem critério
nem intencionalidade, com as de outros géneros/formatos.
Trata o tema proposto sem desvios, mas escreve um texto com falhas pontuais nos aspetos
relativos à pertinência da informação mobilizada.
3 OU 7
Trata o tema proposto com desvios pouco significativos, mas escreve um texto com pertinência
da informação mobilizada (tendo em conta a forma como o tema foi desenvolvido).
Trata o tema proposto com desvios pouco significativos e escreve um texto com falhas
pontuais nos aspetos relativos à pertinência da informação mobilizada.
2 OU 4
Trata o tema proposto sem desvios, mas escreve um texto com falhas significativas nos aspetos
relativos à pertinência da informação mobilizada.
Trata o tema proposto com desvios significativos e escreve um texto com pouca pertinência da
1 2
informação mobilizada.
Escreve um texto globalmente bem organizado, em que evidencia domínio dos mecanismos de
3 coesão textual, mas em que apresenta falhas pontuais em um ou dois dos aspetos indicados 7
neste parâmetro.
− Nos dias de hoje, as pessoas acedem facilmente à cultura, na medida em que esta se democratizou,
chegando a todos por variadíssimas formas.
− Efetivamente, o acesso à cultura no passado fazia-se sobretudo através dos livros e de outros documentos
escritos, encarados como verdadeiros tesouros do conhecimento, inacessíveis à grande maioria da
população. Porém, este era um processo moroso, exigente e restrito. Se aqueles (poucos) que acediam à
cultura adotavam uma postura mais consciente e crítica face à realidade, o analfabetismo e a condição
socioeconómica da generalidade da população constituíam uma barreira que a impedia de aceder às
manifestações culturais e ao mundo.
− Já no presente, o acesso à cultura é facilitado, generalizado e global. Em quase todas as regiões do mundo,
através da internet, é possível, em poucos segundos, contactar com realidades culturais bem variadas. Na
verdade, pode assistir-se a um bailado online, visitar virtualmente museus de referência internacional, ouvir
música de todo o género à distância de um clique.
− Em conclusão, é evidente que a forma como acedemos à cultura e a quantidade de informação que temos
ao nosso dispor são, hoje em dia, muito mais ricas e democráticas.
− …
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Educação Literária
30 30 30 30 20 30 30 200
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Leitura
25 25 25 25 25 25 25 25 200
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Gramática
25 25 25 25 25 25 30 20 200