Índice

1. Introdução............................................................................................................................................3

1.2 Objectivo geral:....................................................................................................................................3

1.3 Objectivo Especifico:............................................................................................................................3

3. Situação de comunicação e selecção do Vocabulário..........................................................................5

4. Estratégias para o ensino de vocabulário.............................................................................................5

5. Importância do vocabulário...............................................................................................................10

6. Conclusão..........................................................................................................................................11

7. Referência Bibliográfica....................................................................................................................12
 3

1. Introdução
O presente trabalho, fala do Vocabulário do Processo de Ensino e Aprendizagem, onde temos
dois principais e indispensáveis protagonistas, o professor e o aluno, portanto, para que a
comunicação seja eficaz é necessário que o professor use um vocábulo compreensível a nível da
classe que o mesmo está a lecionar, sem deixar de fora os principais elementos que são: a escrita,
a pronúncia e a sintaxe.

1.2. Objectivo geral:

 Conhecer o vocabulário usado no processo ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa
e as suas estratégias do ensino.

1.3 Objectivo Especifico:

 Identificar o vocabulário apropriado para o ensino da Língua Portuguesa;

 Definir estratégias que permitam o ensino do vocabulário;
 Demonstrar a importância do vocabulário no processo de ensino e aprendizagem.
 4

2. Vocabulário do Processo de Ensino e Aprendizagem

O Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), requer vários requisitos para que o mesmo ocorra
da melhor forma e que haja um feedback positivo, de acordo com os objectivos traçados. No que
diz respeito ao vocabulário a ser usado requer três principais elementos: a pronúncia, a escrita e
a sintaxe.

Antes de debruçarmos os elementos acima citados, é importante que definamos vocabulário.

Assim sendo, vocabulário é um meio linguístico usado para a transmissão de conhecimentos;
olhando para o contexto do Processo de Ensino e Aprendizagem, é um meio linguístico usado
para a transmissão de conhecimento dependendo do lugar, idade e em que circunstâncias o
conhecimento é transmitido.

No ambiente educacional o ensino do vocabulário é importante para todos os estudantes, aqueles

que apresentam um vocabulário restrito e que têm urgência em aprender novas palavras para
progredirem nos estudos, os que possuem um conhecimento médio de palavras e que precisam
ampliar seu vocabulário para se tornarem mais produtivos e bem-sucedidos, e aqueles com um
grande vocabulário que podem se tornarem mais competentes a fim de alcançarem um nível
ainda maior de sucesso académico.

Vocabulário é um conjunto de palavras que

constitui uma língua que é usada em diversas
situações de comunicação, porque comunicar em
uma língua implica conhecer o seu vocabulário e
saber organizá-lo em frases. A medida que se vai
adquirindo o domínio de uma língua, vai-se
alargando o vocabulário e melhorando o respectivo
uso (AMÓS, 2001, p. 19).

Para GOMES (1997, p. 34), Vocabulário é o conjunto de palavras que constituem uma língua.
Anteriormente, mencionamos alguns elementos indispensáveis para que o vocabulário do
Processo de Ensino e Aprendizagem ocorra:
 A escrita: este elemento envolve a grafia ou caligrafia, que segundo o Dicionário da
Língua Portuguesa (2009, p.312) "é a arte ou acto de escrever ". O Professor no Processo
 5

de Ensino e Aprendizagem, deve ser portador de caligrafias legíveis e que possam

facilitar no processo da leitura;
 Pronúncia: no acto do processo de ensino e aprendizagem, a pronúncia do professor
deve ser perceptível e pronunciado da forma correta;
 Sintaxe: estuda as regras que regem a construção de frases nas línguas. Portanto, o
professor deve conhecer as regras gramaticais da língua que ele lecciona, neste caso a
Língua Portuguesa, de modo a evitar erros na construção frásica.

3. Situação de comunicação e selecção do Vocabulário

Segundo GOMES (1997, p. 78), o desenvolvimento do vocabulário deve estar intimamente
relacionado com a experiência vivida pelo aluno e com aquilo que sente e deseja comunicar.
Para tal traz as seguintes situações de comunicação e selecção do vocabulário:

 O professor pronuncia corretamente uma palavra ou frase e os alunos repetem;

 Cada nova palavra é integrada numa frase simples de compreensão acessível aos alunos;
 Explicar por meios de frases simples o significado de palavras;
 Levantamento de palavra de sentido desconhecido em frases ou textos de modo a
descobrir o significado das mesmas;
 Não se pode aprender a comunicar com palavras isoladas. É necessário tomar o contacto
com elas na frase e, a partir daí aprender o seu significado;
 O professor deve, pois, criar situações que motivem aos alunos para comunicarem. As
situações mais motivadoras são as que respeitam as necessidades e interesses dos alunos;
I.1. O estabelecimento de um clima afectivo na aula estimula os alunos a comunicar com
prazer.
I.2. Metodologia do ensino-aprendizagem do vocabulário

GOMES et al (1991:181) afirmam que o método natural é o mais adequado para que os

Alunos aprendam o vocabulário. Este método tem como base os seguintes princípios:

 Cada frase é correctamente pronunciada pelo professor e repetida pelos alunos;

 Cada nova palavra é integrada numa frase simples e de compreensão acessível aos
alunos;
 6

 Conjunto de várias frases proporciona a comunicação porque permite a troca de

mensagens entre os falantes.

I.3. Técnicas de ensino-aprendizagem do vocabulário

Na tentativa de se responder à questão “como ensinar o vocabulário”, NHAMPULE &

MORENO1 apresentam duas posições distintas, uma implícita e outra explícita, associando as
duas com o a gramática.

I.3.1. Hipótese implícita

De acordo De Carrico (2001) e Leiria (2001), apud NHAMPULE & MORENO (op.
cit.:pp. 73), “na hipótese de aprendizagem implícita do vocabulário [...] a aprendizagem das
palavras é um processo inconsciente”. Refere-se que assim que, mesmo que o aprendente toma
consciência de se tratar de uma palavra nova, a sua aquisição resulta da exposição repetida a uma
série de contextos em que ela é ativada. Eles afirmam também que nesta perspectiva, o foco da
aprendizagem não é o vocabulário, mas poderá ser o estudo de um texto ou o uso da língua em
actividades comunicativas, que constituem momentos propícios para que ocorra uma
aprendizagem inconsciente do vocabulário.

I.3.2. Hipótese explícita

De acordo com NHAMPULE & MORENO in: GONSALVES e DINIZ (2004:76), na

hipótese de aprendizagem explícita do vocabulário, existe um conjunto de estratégias que podem
facilitar a aquisição de vocabulário novo se forem aplicadas para ajudar os alunos a verificar que
se trata de uma palavra nova”. As estratégias por eles apresentadas são caracterizadas da seguinte
forma:

 Verificar que se trata de uma palavra nova;

 Deduzir o seu a partir do contexto ou consultando o dicionário;
 Reter o significado através da repetição; associação de sentido ou através de imagens;
 Usar a palavra nova em diversas situações de comunicação.

1
 7

Entre as actividades recomendadas para o ensino explícito do vocabulário, incluem-se

exercícios de associação de palavras, famílias de palavras, jogos de vocabulário, a partir de
textos cuidadosamente selecionados para o efeito. (Cf. op. cit.).

I.3.3. Combinação do ensino-aprendizagem do vocabulário com a gramática

As mais actualizadas estratégias de ensino-aprendizagem de línguas sugerem que o léxico

e a gramática devem ser vistos como duas componentes que fazem parte de um mesmo sistema.
É evidente que quando se aprende uma palavra, aprendem-se as suas propriedades formais,
sintácticas, semânticas e pragmáticas, elementos estes que são geralmente classificados como
gramaticais. Daí que não se pode dissociar o estudo do vocabulário com a gramática, ou seja, na
aula de língua deverão ser combinadas as estratégias de ensino-aprendizagem do vocabulário
(implícito e explícito) com o ensino-aprendizagem da gramática. (Cf. op. cit.).

4. Importância do vocabulário
A importância do vocabulário é reconhecida por diversos estudiosos da linguagem. Para Stahl
“expandir o vocabulário da criança é ensiná-la a pensar sobre o mundo”. Possuir um bom
vocabulário nos ajuda a compreender melhor os outros, a sermos mais bem compreendidos e a
melhor usufruirmos da riqueza de nossa língua.

 O conhecimento do vocabulário na Educação Infantil e no início da Educação

Fundamental são importantes provisores da compreensão da leitura nos anos
posteriores do Ensino Fundamental e Médio;
 A dificuldade com vocabulário tem grande influência na leitura de um texto;
 Os vocabulários que usamos influenciam significativamente no julgamento que os
outros fazem a respeito de nossa competência;
 O ensino de vocabulário pode melhorar nossa compreensão na leitura;
 Conhecer bem uma palavra envolve o aprofundamento de seu significado, a
flexibilidade de seu uso, a habilidade em reconhecer sinónimos, em defini-la e em usá-
la de maneira expressiva. No ambiente escolar o conhecimento das palavras e a
habilidade de usar a linguagem são essenciais;
 A falta de vocabulário pode ser um factor subjacente ao fracasso escolar de muitos
estudantes.
 8

5. Conclusão
Após realizarmos o trabalho de pesquisa, pudemos entender que o vocabulário do processo de
ensino e aprendizagem é complexo, porque requer que o professor esteja preparado ao nível de
conhecimento geral de uma dada língua para que na situação de comunicação para o ensino não
possa criar gafes. A falta de conhecimento de uma dada língua, no que tange as regras
gramaticais por parte de um professor, pode fazer com que os alunos assimilem vocábulos
errados, criando erros fossilizados.
 9

6. Referência Bibliográfica
AMÓS, A. & MARTINS, F. Didáctica de Português. Texto Editora, 1ª Edição, Maputo, 2005;

AMÓS, Armindo. Didáctica do Português. Texto Editores, 1ª Edição, Maputo, 2001;

CERVERO, M. Jesús e PICHARDO Castro, Francisca. Aprender y encenar vocabulário,

Programação de Autoformação y Perfeccionamiento del Professorado, Madrid, 2000;

Dicionário da Língua Portuguesa. 1ª ed. Maputo, 2009;

FOLSE, Keith. “Myths about Teaching and Learning Second Language Vocabulary: What
Recent Research Says”. TESL Repórter. 37, 2 (2004): 1-13;

GOMES, A. et all. Guia do Professor de Língua Portuguesa. S/E, Lisboa, 1997;

MEARA, Paul. Vocabulary acquisition: a neglected aspect of language learning Language

teaching and linguistics.(1980);
NATION, Paul. Vocabulary Practical English language Teaching. D. Nunan (ed.). New York,
2003, pp129-152.