Você está na página 1de 4

Universidade Estadual de Montes Claros

Centro de Ciências Humanas – CCH


Curso de Letras/Português – 5° Período – Noturno

Disciplina: Linguística Aplicada: Estratégias para o ensino do Português


Professora: Dra. Maria de Lourdes Guimarães de Carvalho
Acadêmicos: Josiane Rodrigues de Jesus (josianerodriguesj95@gmail.com); e Marcos
Paulo Sampaio e Silva (marcospaulosampaioesilva@gmail.com)

Novembro de 2023

ATIVIDADE – VALOR: 20 pontos

Após assistir a palestra, responder ao seguinte questionamento:


1- O que é prática de análise linguística?
R: O conceito “Prática de Análise Linguística-PAL” surgiu pela primeira vez em 1984
por João Wanderley Geraldi no livro O texto na sala de aula: Leitura & Produção. O
PAL são as práticas voltadas para os problemas dos textos dos alunos. São práticas que
vão além de ensinar decodificar um texto, mas de levar o aluno à refletir sobre o texto
considerando a leitura e a escrita.
A professora Dra. Rosangela Hammes Rodrigues, na palestra via YouTube com o
título Práticas de análise linguística/semiótica na Educação Básica: de onde e a que
vieram?, diz que:
• A PAL: está no bojo de uma mudança da finalidade/objetivo do ensino de línguas na
escola.
• É uma prática de ensino e aprendizagem de língua/gem na Educação Básica, no
interior de um determinada conceção de ensino de língua portuguesa.
• PAL e sua finalidade: trabalho de reflexão sobre a língua/gem a favor da ampliação
do
domínio das práticas de linguagem das diversas situações de interação nas diferentes
esferas da atividade e comunicação humanas.
• Ou ainda a reflexão metalinguística sobre a linguagem (depois do trabalho
epilinguístico).
• O caso da iniciação científica e do chamado pensamento computacional: como as
atividades epilinguísticas e metalinguísticas convergem para isso.

2- Como se deu o ensino de língua portuguesa na década de 1980?


R: Apesar de na década de 80 ter havido aumento no número de estudantes, as escolas
enfrentavam problemas com relação ao ensino, principalmente na disciplina de língua
portuguesa. Foi uma época em que o ensino era pela forma tradicional, em que era
usado o método de memorização e repetição. A escrita era pouca trabalhada nas
escolas, fazendo com que os alunos não desenvolvessem bem as habilidades de
escrita. Como forma de solucionar esses problemas, na década seguinte, os
pesquisadores propõe o que é chamado de “Ensino operacional e reflexivo da
linguagem” em que o texto passa ser uma unidade de trabalho em que a disciplina de
língua portuguesa passe a levar o aluno a desenvolver capacidade de uso, produção e
reflexão do texto.

3- Apontar avanços, limitações e apagamentos (na esfera escolar e acadêmica) do


conceito reenunciado.
R: Alguns autores de livros didáticos começaram a trocar a palavra gramatica por
prática de análise linguística. Com isso, foram separados por seções as práticas de
forma em que sejam trabalhadas em sala com mais atenção cada etapa. Na academia
foram feitas várias pesquisas de como ensinar os futuros professores a trabalharem
essas práticas nas salas de aula levando em consideração o ensino e aprendizagem,
além de também fazer o pareamento da prática de análise linguística com a análise dos
níveis da língua.

4- Como a BNCC apresenta a prática de análise linguística no componente Língua


Portuguesa?
● Conceito,
● lugar nas aulas de língua portuguesa,.
● desdobramento em habilidades e relacionamento com a década de 1980,
● ampliação do domínio das práticas de linguagem.
● reflexão sobre a língua reacentuação e/ou encapsulamento desse conceito
para o ensino de línguas na década de 1980, baseado no ensino da
gramática conceitual por ela mesma.
R: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que estabelece os
conhecimentos, competências e habilidades essenciais que todos os alunos da
Educação Básica devem desenvolver ao longo de sua formação. A BNCC também
aborda a prática de análise linguística no componente curricular de Língua Portuguesa.
Vamos abordar os tópicos mencionados separadamente:

1. Conceito:
A BNCC define a análise linguística como uma prática que visa compreender os
fenômenos da língua, observando suas estruturas, usos e funções. Ela destaca a
importância de desenvolver a consciência metalinguística dos alunos, permitindo que
compreendam e usem a língua de maneira mais eficaz.

2. Lugar nas aulas de Língua Portuguesa:


A análise linguística ocupa um espaço relevante nas aulas de Língua Portuguesa,
integrando-se às práticas de leitura, produção textual e oralidade. Ela não é abordada
de forma isolada, mas como parte integrante do processo de compreensão e produção
de textos.

3. Desdobramento e Habilidade na década de 1980:


Na década de 1980, a análise linguística nas aulas de Língua Portuguesa era
frequentemente baseada no ensino da gramática normativa, focando em regras e
estruturas gramaticais. O desafio era conectar esse ensino com a prática efetiva da
linguagem, proporcionando aos alunos uma compreensão mais ampla e aplicada dos
conceitos gramaticais.

4. Ampliação do Domínio das Práticas e Linguagem:


A BNCC propõe uma ampliação do domínio das práticas e linguagem, sugerindo uma
abordagem mais contextualizada e comunicativa. Isso implica não apenas o
entendimento das regras gramaticais, mas também a capacidade de aplicá-las de
maneira significativa em diferentes situações de comunicação.

5. Reflexão sobre a Língua e Acentuação:


A BNCC incentiva a reflexão sobre a língua, estimulando os alunos a compreenderem
não apenas as estruturas linguísticas, mas também os contextos em que são
empregadas. Quanto à acentuação, a abordagem vai além das regras, incluindo a
compreensão da função comunicativa e estilística da acentuação na construção textual.
6. Encapsulamento para o Ensino de Línguas na década de 1980 - Ensino da
Gramática Conceitual:
O ensino da gramática conceitual na década de 1980 pode ser encapsulado na
abordagem da BNCC por meio da integração dos conceitos gramaticais com práticas
comunicativas. Isso implica não apenas ensinar as regras gramaticais, mas também
mostrar como elas são aplicadas em situações reais de uso da língua.

Em resumo, a BNCC busca uma abordagem mais abrangente e contextualizada para a


análise linguística, incorporando o ensino da gramática de maneira integrada às
práticas de linguagem, superando a ênfase exclusiva nas regras gramaticais que
predominava na década de 1980.

5- Conclusões pessoais sobre atividades de prática de análise linguística na educação


básica.
R: A abordagem da prática de análise linguística na Educação Básica, conforme
delineada pela BNCC, destaca uma mudança significativa em relação à década de
1980, onde predominava o ensino da gramática normativa. A BNCC propõe uma
integração mais holística da análise linguística nas aulas de Língua Portuguesa,
enfatizando não apenas regras gramaticais, mas também estruturas, usos e funções da
língua. Essa abordagem busca ampliar o domínio das práticas e linguagem dos alunos,
estimulando não apenas a compreensão, mas também a aplicação significativa dos
conceitos gramaticais em diversos contextos comunicativos. Além disso, destaca-se a
importância do desenvolvimento da consciência metalinguística e da reflexão sobre a
língua, incentivando os alunos a compreenderem não apenas as estruturas linguísticas,
mas também os contextos e as nuances da comunicação verbal. Em resumo, a BNCC
busca uma educação linguística mais contextualizada, comunicativa e reflexiva na
formação dos estudantes na Educação Básica.

Você também pode gostar