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2024
Método de estudo é conjunto de técnicas ou estratégias às quais o aluno recorre para conseguir
estudar e, se possível, melhorar o seu rendimento escolar e melhorar a realização de testes de
avaliação. Por isso, os métodos de estudo integram estratégias facilitadoras do trabalho
intelectual que, pelo facto de a eles recorrermos com frequência, se convertem em hábitos de
trabalho.
A investigação cientifica é realizada por razões de ordem intelectual e razões de ordem prática.
As primeiras decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer. As últimas
decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz.
Qualquer transição se constitui como uma situação que coloca desafios e que requer, na maior
parte dos casos, mudanças nos padrões de comportamento, exigindo ao indivíduo a mobilização
dos recursos disponíveis, de forma a conseguir o melhor ajustamento possível entre si e as novas
situações ou acontecimentos. Se a transição for feita com sucesso, então pode esperar-se
desenvolvimento e progressos no indivíduo. Se não for bem sucedida, é possível que sejam
sentidas as consequências do stress e fracasso.
Para processo de transição para o Ensino Superior, e nomeadamente para os estudantes que vêm
do Ensino Secundário, são lhes feitas múltiplas exigências, a saber:
Na grande maioria dos casos, o estudante deixa de viver em casa dos pais pela primeira
vez na vida;
Tem de assumir, frequentemente, também pela primeira vez, responsabilidades
múltiplas decorrentes da gestão de um orçamneto limitado, do aluguer de casa/quarto,
respectiva limpeza e manutenção, da alimentação;
O estudante entra em competição directa com aparentemente muito bons do ponto de
vista académico, sendo frequente a constatação de que se está a competir com “os
melhores” e que “ser o melhor da sua turma do secundário”não é garantia de sucesso;
O Ensino Secundário contém em si um conjunto de regras razoavelmente claras sobre
os conteúdos alvo de avaliação, bem como os limites de tempo para os adquirir; ao invés,
no Ensino Superior, exige-se do estudante uma maior capacidade de escolha e uma
maior selectividade na apreensão dos conteúdos, uma vez que as regras são agora mais
flexíveis;
A instituição de Ensino Superior pode conduzir a uma primeira experiência de decepção
e insucesso pessoais, com todas as implicações face ao próprio, à família e à instituição.
Ao nível social verificam-se mudanças nas rotinas, papéis, estilos de vida e relações,
intensificadas pelo facto de, muitas vezes, passar a morar e lidar com pessoas novas,
construir uma nova rede de amigos e ter de gerir e organizar novas actividades sociais e
de lazer.
De facto, o grupo de amigos e colegas será mais diverso, com pessoas de diferentes
locais, idades e contextos, enquanto no Ensino Secundário se experimenta uma realidade
mais local, sendo turmas maioritariamente constituídas por colegas da mesma cidade e
que, muitas vezes, frequentam anteriormente as mesmas instituições de ensino e atá as
mesmas turmas. Já no ensino Superior os grupos são mais heterogéneos com pessoas de
diferentes idades e origens geográficas.
Na esfera pessoal, a separação da família e dos amigos constitui uma das principais
mudanças. Frequentemente, é também nesta fase que surge a necessidade de uma
redefinição de objectivos de vida e a construção de novos projectos, implicando o
desenvolvimento de uma maior consciência de si e de uma identidade vocacional.
Ao nível académico é necessário, por exemplo, uma maior autonomia no estudo e nas
pesquisas bibliográficas. Contrariamente ao Ensino Secundário em que o estudo é
largamente orientado pelo professor e por objectivos e tópicos muito específicos, no
Ensino Superior os temas são mais vastos, há um maior volume de bibliografia e a
necessidade de um estudo mais independente quantitativo e qualitativo do grau de
dificuldade das matérias e ser o “melhor”do secundário não garante um lugar entre os
“melhores”do Ensino Superior.
2. O ENSINO UNIVERSITÁRIO
3. PLANIFICAÇÃO DO ESTUDO
O que é planificar?
Planificar é repartir determinado número de tarefas pelo tempo disponível (que deve ser o
necessário e suficiente), de forma organizada, garantido, assim, o alcançar dos objectivos
pretendidos. Neste contexto, planear e antecipar é fundamental para uma gestão do tempo
eficaz e como tal o uso de uma agenda (em papel ou electrónica) é muito importante.
Organizar um horário, quer seja diário, semanal, mensal, semestral ou outro, implica num
esquema temporal os nossos objectivos a curto, médio e longo prazo, bem como as várias
actividades que vão surgindo e das quais devemos tomar nota.
De facto, o horário ajuda-nos a visualizar o tempo que pode ser despendido com as mais
diversas tarefas. Definir tempos concretos para cada actividade ajuda a que se esteja mais
disponível e concentrado nas várias tarefas.
a) Fazer a revisão da matéria dada exactamente no mesmo dia em que se teve essa
disciplina, porque a matéria ainda está bem “fresca” e presente na nossa memória;
b) Por cada 30 a 40 minutos para cada disciplina reservar cerca de 10 minutos de intervalo
entre elas, nomeadamente, nas tarefas que requeiram memorização;
Docente: Prof. Doutor Almeida Meque Gomundanhe
AULA 1 DE MÉTODOS DE ESTUDO E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA. 1º ANO. 2024
c) Nos intervalos de estudo não ligar a TV. Aproveitar apenas para beber um copo de água,
ir até à janela, ao WC, …
d) Reservar para o início do estudo as disciplinas de maior dificuldade, em seguida as
intermédias e, por último, as mais fáceis;
e) Os TPC devem ser feitos antes de iniciar o estudo, pois de outro modo, o pensamento
de que ainda não estão feitos irá desviar a atenção do estudo;
f) Não estudar de seguida temáticas semelhantes, isto é, Matemática seguida de FQ,
História seguida de Geografia ou duas línguas;
g) Afixar o horário no local de estudo, no estojo ou nos cadernos;
h) Elaborar horários possíveis de serem cumpridos.
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
Fonte: Araújo (2013, p. 25)
a) Conter muitas actividades (de modo a evitar conduzir ao seu iincumprimento). Deste
modo, o horário de estudo deve conter o que se consegue fazer e não o que se deveria
fazer;
b) Ser copiado de outro colega, porque cada aluno tem suas características, necessidades e
ritmo e;
c) Apresentar grandes diferenças entre os vários dias da semana. Assim, o horário de
estudo deve conter momentos de estudo e de lazer e, também, deve conter todas as
disciplinas.
Uma Lista de TPC também poupa tempo e esforço, além de saber sempre quantas tarefas tem
de fazer em cada uma ou duas semanas.
Lista de TPC
Data de entrega Disciplina Tarefas Observações
....../..../..... Matemática Exercício 3 - Caderno de actividades Ver caderno diário, aula no?
TAREFA 1
Elabore um plano de estudo para uma semana e uma Lista de T.P.C.
Prazo de entrega: 15/03/2024
Referências
Seco, G. et. al (2012). Como ter sucesso no ensino superior: guia prático do estudante. Lisboa,
Portugal: Pactor.