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1. Introdução ............................................................................................................................. 4
2. Leitura ................................................................................................................................... 5
6. Conclusão ............................................................................................................................ 16
7. Bibliografia .......................................................................................................................... 17
1. Introdução
1.1.Objectivos Geral:
Definir a leitura;
Identificar os principais tipos de leitura;
Descrever os tipos de leitura e a sua importância no meio escolar.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, baseada em vários artigos e livros que
discorrem sobre o assunto em estudo.
2. Leitura
2.1.Conceito:
Desde antiguidade, o processo de leitura foi considerável até nos actuais, quem não sabe ler é
considerado atrasado, ultimamente a leitura está a ganhar um espaço maior em cada canto do
mundo, estudiosos e professores batalham dia após dia para alfabetizar maior número de pessoas.
Hoje, estima-se que 45% da população moçambicana não sabe ler nem escrever estudos mostram
que, as mulheres são as mais afectadas por essa anomalia social com uma cifra estimada em 57,
8% e os homens em 30,1% são analfabetos.
Situações da leitura
Básica
Informativa
Recreativa
Técnicas da Leitura
Pré leitura
Selectiva
Esquematizada
Resumo
2.2.Tipos de leitura
Vários tipos de leitura podem ocorrer em uma sala de aula de línguas. Uma maneira pela qual
esse pode ser categorizado, no entanto, quanto aos tipos de leitura pode-se citar dois tipos,
sugerido pelo autor, por tanto, são: a leitura silenciosa e a leitura oral, onde por sua vez a
leitura silenciosa se destaca em duas modalidades: a extensiva e a intensiva.
Segundo BROWN (1989:147), a leitura extensiva, por outro lado, envolve a leitura de grandes
quantidades de material, directa e fluentemente. É tratado como um meio para um fim. Pode
incluir ler simplesmente por prazer ou ler material técnico, científico ou profissional. Esse tipo
de texto posterior, mais académico, pode envolver dois tipos específicos de leitura,
escaneardetalhes chave ouo significado essencial. Uma leitura relativamente rápida e eficiente,
seja por conta própria ou após a digitalização ou skimming, dará um significado globalou geral.
Este tipo de leitura, envolve grande quantidade de material para ser analisado, porém, pode
incluir simplesmente uma leitura por gosto, ou uma instrução de receita, ler material técnico
científico ou profissional ou por conta própria.
2.4.Leitura intensiva
O ponto rematado por BROWN (1987), a leitura intensiva "chama a atenção para formas,
marcadores de discurso e outros detalhes de estrutura de superfície com o propósito de
compreensão do significado literal, implicações, relações retóricas e o como.” Ele faz uma
analogia com a leitura intensiva como uma estratégia de “lente de zoom”.
Este tipo de leitura, pois, precisa da atenção do leitor aos detalhes. Por tanta, a leitura deve se
máxima que visa a precisão da compreensão. Aqui, o leitor tem que entender o significado de
cada palavra.
Historicamente, a primeira forma de ler era a leitura em voz alta, isto é, para se ler, era necessário
pronunciar as palavras (Belo & Sá, 2004; Santos, 2006).
Para Delgado-Martins (1992: 16), a leitura em voz alta ou oral é um processo complexo, exigindo
uma leitura já automatizada, que permita passar o escritor quase em tempo real de fala. Quando
a leitura ainda não atingiu este nível de automatização, a leitura em voz alta não é fluida,
assistindo-se a uma leitura com interrupções, retomas de palavras já lidas, trocas de palavras e
até silabação. Para além da automatização, a leitura oral “exige ainda uma entoação, uma
estruturação do tempo de leitura éuma sequencialização de conjuntos de palavras do texto de
acordo com a estrutura sintáctica e semântica desse conjunto de palavras e do texto na sua
totalidade”
A leitura em voz alta, podemos entender que, é uma leitura complexa uma vez que exige ao leitor
uma leitura mecanizada, isto é, uma leitura bem construída sem gaguejar, podendo ser bem
transmitida ao espectador respeitando as regara da entonação, este por sua vez, pode ser lido pelo
professor seguido dos alunos.
3. Importância da leitura
Segundo ABAURRE, (2002: p123), afirma que, a leitura promove a reflexão efavorece um
raciocínio claro. Dessa forma, o aluno adquire uma posição activa em seu processo de
aprendizagem, pois percebe que é capaz de se posicionar diante do conhecimento. Além de
questionar e formular argumentos bem fundamentados.
Nesta vertente, podemos destacar que, ensinar a criança a leitura, é indicar como funciona o
mundo que a rodeia, pois, à criança tornam-se mais eficientes no processamento de palavras
familiares em tempo real e tiveram vocabulários expressivos maiores.
De acordo com FREIRE (2011: 155), o indivíduo, antes de adquirir a leitura da palavra, já tem
a leitura do mundo, mas esta só se completa e se descobre ao sujeito se este tem o domínio da
palavra.
A criança, antes de adquirir a leitura de qualquer palavra, ele já tem a leitura do mundo, pois de
seguida o que fará é a construção de um número finito de enunciados para um número infinito.
Assim sendo, é importante referir que, a importância da leitura é indispensável e é complexa.
Portanto, o autor elenca os seguintes pontos:
Enriquece o vocabulário.
Nenhum estudante nasce com as estruturas cognitivas prontas para o processo de leitura, o que
podemos ver é que este processo se constrói com as experiências adquiridas ao longo do percurso
académico, pois, precisa de algumas estratégias para adquiri-las, por tanto veremos algumas
estratégias que segundo o autor a citado a cima aponta:
4.1.Antes da leitura
A denominação dada pela autora das estratégias utilizadas antes da leitura é: motivação,
objectivos da leitura, activação do conhecimento prévio, previsões sobre o texto e perguntas dos
estudantes sobre o texto. Todas elas vão auxiliar as crianças quando forem se lançar em suas
leituras, contribuindo no sentido de definir os objectivos de leitura que se quer alcançar. Para
que isso ocorra, é importante o estudante se sentir motivado e o professor promover esse
encontro da obra com as crianças, mostrando que elas são capazes de ler, que terão sucesso na
sua tarefa. (SOLÉ, 1998: 100).
No que destaca autora, uma das estratégias no processo da leitura é a motivação, uma vez que,
todo aluno motivado consegue atingir os objectivos, no entanto, cabe o professor motivar os seus
alunos que são capazes de fazer todas as tarefas.
4.2.Durante a leitura
“As estratégias destacadas por SOLÉ (1998) utilizadas durante a leitura são: ler, resumir, solicitar
esclarecimento a respeito do texto e prever. É necessário destacar que não há uma ordem definida
de uso dessas acções, pois elas podem sofrer variações conforme o interesse do leitor e o texto
que se utiliza. A ideia principal é que sejam consideradas actividades de leitura compartilhada
que exigirão mais esforço por parte do leitor à medida que ele busca controlar seu processo de
compreensão”.
Está estratégia, pode ser conduzido pelo professor tanto como o aluno.
A autora destaca que, a estratégia de durante a leitura o aluno deve ser capaz de ler e resumir o
texto, mas a intenção principal é de, solicitar esclarecimento a respeito da compreensão do texto.
Em seguida a ideia é esclarecimento de dúvidas para ter a certeza de que o texto foi
compreendido e para tal deve-se fazer perguntas pertinentes de modo que os estudantes aprendam
a elaborá-las e já a previsão se refere ao facto de estabelecer hipóteses sobre o que se está lendo.
4.1.Depois da leitura
“Por fim, a autora destaca as estratégias que devem ser utilizadas depois da leitura, a saber: a
identificação da ideia principal, a elaboração de resumos e a formulação de respostas a perguntas.
Como se nota, há estratégias que podem também ser utilizadas em outros momentos na busca
pela compreensão como a de resumir e formular perguntas que são utilizadas durante a leitura.”
5.1.Exploração de imagens
Os alunos devem aprender a relacionar o texto com a imagem que o ilustra, iniciando com
imagens de conteúdo directo, claro e explícito. A leitura prévia da imagem que ilustra o texto
facilita a compreensão do mesmo. Nos casos de imagens sem texto, os alunos podem imaginar e
recriar o seu conteúdo pelas figuras ou tonalidades das cores que apresenta, pelo espaço que as
figuras ocupam, etc. Assim, gradualmente, os alunos podem chegar a apreender das imagens
elementos que estão para além do texto.
5.3.Apresentação do texto
Esta actividade tem como objectivo motivar o aluno e despertar o interesse pela leitura. Aqui,
orienta-se um breve debate acerca do tema a ser explorado, para fazer os alunos reflectirem sobre
o mesmo. O professor deve falar ou levar a turma a falar brevemente sobre o autor e suas obras, a
época e o contexto social em que o texto foi produzido.
5.4.Leitura silenciosa
Cada aluno lê o texto em silêncio. Esta actividade tem como objectivo desenvolver no aluno a
capacidade de leitura. Durante a leitura, o aluno vai avaliar o vocabulário que pode afectar o
entendimento do texto, devendo decidir sobre qual pode inferir a partir do contexto, da sinonímia,
da antónima, por associação de ideias, e qual deve ser consultado no dicionário. Por tanto, tem
como objectivo motivar o aluno e despertar o interesse pela leitura. Aqui, orienta-se um breve
debate acerca do tema a ser explorado, para fazer os alunos reflectirem sobre o mesmo.
Disponível em Modulo 5 www.afabetizacao. mec.gov.br.com.
6.Modelos de leitura
Todos os modelos de leitura são importantes e têm como objectivo principal descrever o processo
de leitura de acordo com o contexto do seu processamento.
De acordo com Martins & Niza (1998), e Vaz (1998) citados por Cruz (2007: 83), os modelos
ascendentes ou de baixo para cima (bottom-up) concebem o processo de leitura “como uma série
de estados distintos e lineares, nos quais as informações passa de um para o outro de acordo com
um sistema de adição e recodificação”. Assim sendo, esta linearidade de etapas envolvidas nas
identificações e compreensão dos sinais impressos é hierarquizada partindo dos processos
psicológicos primários (juntar letras) para depois dar lugar aos processos cognitivos de ordem
superior (produzir sentido).
Segundo Cruz, este modelo tem como objectivo o reconhecimento das letras, ou seja, a toda uma
organização que se desloca do nível dos grafemas e vai até o das operações semânticas.
Um outro aspecto bastante importante sobre este modelo é que eles têm como base a ideia de que
a linguagem escrita equivale à codificação da linguagem oral, neste sentido vem a leitura como a
capacidade de traduzir a mensagem nas suas equivalentes orais.
Ao contrário dos modelos ascendentes, o modelo descendente ou de cima para baixo (top-down)
concebem a leitura como sendo um processo de compreensão, ou seja, a leitura e a construção
activa de significado a partir de um texto, pondo assim em voga a importância do papel
desempenhado pelo conhecimento geral do leitor para a compreensão do texto, como nos afirma
Cruz (2007: 89):
“O leitor utiliza a informação prévia sobre o tema e o contexto imediato para fazer antecipações
que depois apenas tem de confirmar por intermédio de índices do texto escrito.”
Estes modelos consideram os processos mentais superiores como sendo essenciais no acto de ler,
sendo a leitura visual ou reconhecimento das palavras sem descodificações, o mecanismo
perceptivo mais importante no acesso do sentido do texto. Portanto a leitura consiste no confronto
do leitor com palavras e textos, sobre os quais ele já tem a sua visão, as suas expectativas bem
como hipóteses formuladas quanto a mensagem contida no texto.
Autores como (Rebelo, 1993, Martins & Niza, 1998; Vaz, 1998), consideram o modelo de
Goodmam, também designado de modelo psicológico, como sendo o representante desta
perspectiva. Goodmam vê a leitura como um jogo de adivinhação psicológica onde existe o
contacto entre a linguagem e o pensamento, e o texto é o mediador deste contacto. Neste sentido
a leitura é vista como um processo psicolinguístico, pois há uma interacção entre o pensamento e
a linguagem.
Apesar deste modelo ser considerado por muitos como sendo o mais ilustrativo, também foi
atribuído algumas críticas, nomeadamente a de considerar a predição como sendo a estratégia
fundamental da leitura, valorizando demasiado o contexto com base na colocação de hipóteses,
em detrimento da identificação individual das palavras.
De um modo geral, podemos afirmar que o processamento deste modelo consiste em relacionar
os níveis inferiores com informação precedentes dos níveis superiores, ou seja, realçam a
importância dos conhecimentos prévios do leitor e das suas hipóteses formuladas inicialmente na
interpretação de um texto.
Este modelo surge como uma alternativa mais adequada na explicação do processo de leitura,
uma vez que ela vai juntar os dois modelos anteriormente mencionados, conseguindo integrar
outros dados relativamente ao processo de leitura. Portanto, Cruz (2007) refere que este modelo
caracteriza-se por ocupar uma posição intermédia entre os modelos atrás referidos.
Da mesma opinião encontramos Rebelo (1993) citado por Cruz (2007), afirmando que:
Percepção do grupo
“O professor sempre foi visto, não só pelo aluno, mas também frente a sociedade, como
incentivador do conhecimento, principalmente em sua formação. Logo, é no ambiente escolar que
os discentes aprendem conhecimentos específicos, os quais não são aprendidos no ambiente
familiar” (BULGRAEN, 2010).
Uma forma de incentivar a leitura pode ser a actividade de o professor contar histórias para as
crianças, assim elas viajam a um mundo imaginário. É um momento de descontracção que
acontece no âmbito escolar entre professores e alunos, essa metodologia pode ser trabalhada nas
primeiras fases escolares, sendo que nesta fase as crianças são curiosas e gostam de histórias.
“Ao professor cabe actualmente o papel de mediador de processos de ensino e aprendizagem, não
se admitindo mais o repassador de conteúdos como era tempos atrás, por isso, é importante que
ele exerça o papel de construtor do conhecimento, sendo um construtivo e participativo”
(CAMPOS, 2002).
7.Conclusão
A leitura é muito essencial entre as habilidades linguísticas, pois todo conhecimento novo vem
através da leitura. A escolaridade de um aluno é deficiente se sua capacidade de leitura não for
aprimorada ou se ele não for capaz de dar detalhes sobre o material e não puder compreender o
assunto do texto lido. Durante o processo de leitura, o principal objectivo do leitor é compreender
e compreender o propósito do escritor. O interesse dos alunos pela leitura pode ser aumentado
através da criação de actividades ou tarefas significativas e atraentes.
8.Bibliografia
ABAURRE, Maria Luísa; Pontara,etal.Português: língua e literatura. 2. Ed. Editora São Paulo,
Moderna. 2002.
SOLE Isabel, estratégias de leitura, 6ª Edição. Editora: porto alegre, Artmed, 1998.