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Daufique Ahamada Alde

Edson Carlos Alfândega


Geraldo Geraldo Lourenço

Organização, Gestão, Participação e cultura Organizacional


(Licenciatura em Ensino de Português)
1° Ano
2° Grupo

Universidade Rovuma
Lichinga
2021

Daufique Ahamada Alde


Edson Carlos Alfândega
Geraldo Geraldo Lourenço

Organização, Gestão, Participação e Cultura Organizacional

Trabalho de Práticas Pedagógicas


Gerais a ser entregue ao
Departamento de Ciências de
Linguagem, Comunicação e Artes,
para fins avaliativos sob orientação da
docente Mcs. Geraldina Paia Gueze

Universidade Rovuma
Lichinga
2021

Índice
1.Introdução....................................................................................................................................5

1.1 Objectivos.............................................................................................................................6

1.1.2 Geral...............................................................................................................................6

1.1.3 Específicos.....................................................................................................................6

2.Organização escolar....................................................................................................................7

2.1.Organograma básico da escola.............................................................................................7

2.1.2. Conselho de escola........................................................................................................8

2.1.3.Currículo escolar............................................................................................................9

2.1.4. Reuniões de pais de encarregados de educação............................................................9

2.1.5. Reuniões do corpo docente...........................................................................................9

2.1.6. Registos escolares.........................................................................................................9

2.1.7. Contabilidade escolar....................................................................................................9

2.1.8. Registos da inspecção.................................................................................................10

2.1.9. Funções de avaliação..................................................................................................10

3. Estrutura da organização..........................................................................................................11

3.1. Organização formal...........................................................................................................11

3.2. Organização informal........................................................................................................11

3.3. Os Enfoques.......................................................................................................................11

3.3.1. Enfoque cientifico-racional.........................................................................................11

3.3.2. Enfoque crítico de cunho sócio-político.....................................................................11

4. Gestão Escolar..........................................................................................................................11

4.1. Gestor escolar....................................................................................................................12

4.2. Plano de gestão escolar......................................................................................................12

4.3. As funções do gestor:........................................................................................................12

4.4. Tipos de Gestão Escolar....................................................................................................13

4.4.1. Gestão Pedagógica......................................................................................................13


4.4.2. Gestão Administrativa................................................................................................13

4.4.3. Gestão Financeira........................................................................................................14

4.4.4. Gestão de recursos humanos:......................................................................................14

4.4.5. Gestão da Comunicação..............................................................................................14

4.4.6. Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos.............................................................15

5. Participação Escolar.................................................................................................................16

6. Cultura organizacional na Escola.............................................................................................17

7 Conclusão..................................................................................................................................18

8 Bibliografia................................................................................................................................19
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1.Introdução
Neste trabalho abordar-se-á acerca de organização, gestão, participação e cultura
organizacional de uma escola, também iremos trazer os conceitos de: organização, gestão,
participação, cultura organizacional. A gestão escolar é um conceito que se difere da
administração escolar. É por meio da gestão pedagógica que se define quais são os parâmetros
de ensino-aprendizagem que sua escola irá adoptar. Para tanto, é preciso analisar também as
etapas que se precedem e sucedem o momento do aprendizado em si. Partindo desse
pressuposto, todos terão vez e voz para contribuir com sua opinião, sugestões e críticas para a
melhoria do processo de ensinar e de aprender.
A gestão democrática se caracteriza pela colaboração de todos seus atores. Como tal ocorre a
partir do momento em que todos os setores da escola participam efetivamente, através da
elaboração de projetos pedagógicos ou por outras formas de participação, o que envolve não
somente profissionais da educação, mas também a comunidade, de acordo com Lück (2006).
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1.1 Objectivos
1.1.2 Geral
 Conhecer a organização, gestão, participação e cultura organizacional.

1.1.3 Específicos
 Identificar a organização, gestão, participação e cultura organizacional
 Diferenciar a gestão da participação escolar;
 Solucionar
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2.Organização Escolar
Segundo SROUR (1998), organização é uma palavra originada do grego “organon” que
significa instrumento, utensilio, órgão ou aquilo com que se trabalha. Em geral organização e
a forma como se despõe um sistema para atingir os resultados pretendidos.
Organização escolar baseia-se na forma como a escola inter-relaciona na ordenação e
distribuição dos diversos elementos envolvidos, com vista a uma mesma finalidade.
Dependendo de tipo de organização, há uma pessoa que exerce um papel fundamental nas
funções de liderança, planificação, controlo dos recursos humanos e de outros materiais
financeiros e tecnológicos existentes.
A escola é criada para ensino e aprendizagem. Uma escola capaz de cumprir as suas rotinas
diárias eficazmente, produz valor pelo dinheiro investido nela. Para que isto aconteça, a escola
deve estar bem organizada, de modo que a aprendizagem possa realizar-se numa atmosfera que
contribui para tal. Requer-se um estilo de gestão previdente, onde as coisas são planificadas
bem antes delas acontecerem. Uma escola eficiente deve ter bons canais de comunicação para
uma administração eficaz.
A organização geral da escola é canalizada pelo trabalho conjunto de todas as
pessoas integradas aos objetivos da educação em relação à sociedade e à
formação dos alunos. A direção coordena os trabalhos para que sejam
executados da melhor maneira, avaliados e modificados pelas próprias pessoas
para corresponder aos propósitos necessitados da direção.
O director escolar é responsável pelo funcionamento pedagógico e
administrativo, portanto, necessita dos dois conhecimentos, pois desempenha,
predominantemente, a gestão geral da escola e, especificamente, as funções
administrativas, repassando a parte pedagógica aos coordenadores pedagógicos.
O diretor tem uma importância muito significativa de fazer com que a escola
seja respeitada pela comunidade.(LIBÂNEO, 2001 p.87).

O diretor da escola é o responsável pelo funcionamento administrativo e pedagógico da escola,


portanto necessita de conhecimentos, tanto administrativos, quanto pedagógicos.

2.1.Organograma Básico da Escola


Toda instituição necessita de uma estrutura de organização interna, baseada em Regime Escolar
ou legislação específica. O termo estrutura significa ordenamento e disposição de funções que
asseguram o funcionamento de um todo, mostra as inter-relações dos setores de uma
organização de serviço. A estrutura organizacional se diferencia pela legislação dos Estados e
Municípios e conforme concepções e gestão adotadas.
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2.1.2. Conselho de Escola


O Conselho de escola, em alguns lugares é também conhecido como “colegiado”, tem a função
de democratizar as relações de poder, tem atribuições consultivo-deliberativas e fiscais em
âmbito pedagógico, administrativo e financeiro. Para sua composição, tem a participação dos
docentes, especialistas em educação, funcionários, pais e alunos. Assim, as famílias podem se
envolver ativamente nas decisões tomadas pela escola, acompanhando e auxiliando o trabalho
dos gestores.
Cabe ao trabalho do Conselho Escolar zelar pela manutenção da escola e participar da gestão
administrativa, pedagógica e financeira, contribuindo para assegurar a qualidade de ensino,
definir e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir o projeto pedagógico
com a direção e os professores. Eles têm funções deliberativas, consultivas, fiscais e
mobilizadoras, garantindo a gestão democrática nas escolas.
A direção é composta pelo diretor que coordena, organiza e gerencia as atividades da escola, é
auxiliado pelos demais especialistas e técnico-administrativos, atendendo às determinações dos
órgãos superiores e às decisões tomadas pela equipe e comunidade. É cumpridor pleno dessas
obrigações, de modo a garantir que a escola não fuja ao estabelecido em âmbito central ou em
hierarquia superior. O diretor deve ter visão da escola que está inserida em sua comunidade, a
médio e longo prazo, com horizontes largos, compartilhando o poder e a tomada de decisões de
forma coletiva.
Para tal temos a seguinte organograma:
Director
Director
Director adjuntoadministrativo/
adjuntopedagógico chefe da secretaria

Directores de
Pessoal não docente
turma

professores Secretaria Biblioteca

Manutenção
Outors
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2.1.3.Currículo escolar
O director deve assegurar o calendário escolar que tenha como base as orientações do ministério
da educação e que todas as actividades escolares coincidam com ele. Deve ainda tomar
providencias para que os materiais estejam prontos e presentes antes do reinício das aulas. Os
programas de todas as classes devem estar disponíveis. Com assistência do director adjunto, os
professores são apoiados na preparação dos planos e esquemas de trabalho.
O director e seu adjunto devem garantir que os planos de aula sejam feitos diariamente e que os
professores ensinem conforme esses planos. Tarefas, testes e exames devem ser marcados e
registados com prontidão e as correções feitas. Os professores devem discutir as correções com
os alunos, de maneira que esses possam compreender os seus erros. Isto ajuda a melhorar a
eficácia do ensino.
2.1.4. Reuniões de pais de encarregados de educação
O director deve assegurar que as reuniões de pais se realizem pelo menos uma vez por trimestre.
Um relacionamento cordial entre pais e professores é essencial para gestão eficaz da escola. Se
os pais e encarregados de educação são abordados de forma correcta, podem ajudar a resolver
alguns dos problemas da escola.
2.1.5. Reuniões do corpo docente
As reuniões (de todo corpo docente, dos grupos de disciplina e de comissões especiais) devem
ser realizados regularmente para se controlar o funcionamento da escola. O director deve
adoptar um comportamento democrático para com os professores e procurar compreender as
suas preocupações pessoais e profissionais.
2.1.6. Registos escolares
O director deve assegurar que se mantenham registos completos e exactos, tantos dos
professores como dos alunos, bem como das provisões, dos meios de ensino aprendizagem e de
outros recursos, e ainda outros registos de modo que tenha uma imagem completa da vida da
escola. Também deve haver registos tais como livros de ponto e de controlo, para que haja um
controlo efectivo de absentismo e de movimentos irregulares do corpo docente e dos recursos
escolares.
2.1.7. Contabilidade escolar
O director deve manter uma contabilidade correcta e exacta das receitas e despensas, contas e
recibos devem ser acompanhados por documentos comprovativos. Estes são exigidos tanto pra
controlo da contabilidade da escola como para promover os princípios e a prática da prestação
de contas e da avaliação na escola. Os peritos de contabilidade do governo local fazem a
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inspecção dos livros de contas da escola para assegurar que o dinheiro proporcionado à escola
seja gasto correctamente.
2.1.8. Registos da inspecção
O director deve guardar o registo de todos os relatórios da inspecção e discuti-los com o corpo
docente para que as recomendações para melhoria e desenvolvimento do sistema possam ser
implementadas.
2.1.9. Funções de avaliação
É através da avaliação que ficamos a saber até que ponto os objectivos da educação estão a ser
alcançados, dando-nos a possibilidade de rever o progresso da educação e de pensar em novas
medidas para melhora-la e desenvolve-la.

2.1.9.1. Diagnostico
A avaliação é utilizada para descobrir ou localizar as fraquezas nos alunos. Testes diagnósticos
dão a possibilidade de decidir se determinados alunos precisam de medidas correctivas especiais
ou não. Pré-testes, logo no início das aulas, servem para determinar o que os alunos já sabem.
Por exemplo, no início duma aula de português o professor pergunta se os alunos conhecem o
significado de certas palavras, para saber se já as encontraram. Assim o professor verifica se é
necessário implicar tais palavras mesmo antes de ler o texto, para facilitar o exercício da leitura.
Esta é uma forma de avaliação diagnostica com base na informação obtida o professor avaliou
os conhecimentos dos alunos e agiu para corrigir a situação.
2.1.9.2. Previsão
As vezes damos testes para identificar as aptidões e habilidades dos alunos. Estes são bastantes
variados, de modo a abrangerem diferentes tipos de aptidões e habilidades. Com base nos testes
é possível prever quais os alunos criativos e quais que têm aptidão para técnica ou para as artes.
Como o professor pode então dar-lhes exercícios para desenvolverem as suas capacidades
individuais.

2.1.9.3. Selecção
Através da avaliação ficamos a saber onde são necessários recursos adicionais ou de melhores
qualidades humanos, materiais e financeiros. Assim, a avaliação serve também para identificar
pessoas aptas para certos cursos, trabalhos, promoções etc.
2.1.9.4 Classificação
É muito comum nas escolas o tipo de avaliação na qual os alunos são ordenados e classificados
segundo seu desempenho. Além disso a classificação das escolas segundos os resultados nos
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exames e outros critérios de desempenho proporcionam aos pais e ao público uma medida para
escolher a escola para a qual quer mandar seus filhos.

3. Estrutura da Organização
Na estrutura organizacional podemos encontrar dois elementos:
3.1. Organização Formal
Organização formal é aquela planificada, estruturada e segue ou obedece um regulamento
interno;
3.2. Organização Informal
Organização informal são as relações geradas espontaneamente entre as pessoas, resultado do
próprio funcionamento e evolução da escola.
Os primeiros estudos e as primeiras práticas de Administração Escolar apontaram modelos
burocráticos, inspirando a organização escolar na organização empresarial.
3.3. Os Enfoques
No estudo desta questão existem dois enfoques, o cientifico-racional e o crítico de cunho sócio-
político.
3.3.1. Enfoque Cientifico-Racional
No primeiro enfoque, a organização escolar é a conquista da realidade dos objetivos, técnica
que funciona racionalmente, podendo ser planificada e controlada, para alcançar maiores índices
de eficiência. As escolas que adotam esse modelo dão ênfase nas normas e regulamentos a
centralização das decisões, com baixo grau de participação das pessoas, e planos de ação
impostos verticalmente, sendo o modelo mais comum de funcionamento da organização escolar.
3.3.2. Enfoque Crítico de Cunho Sócio-Solítico.
No segundo enfoque, a educação pode ser planificada e organizada de modo a alcançar índices
de eficiência, devido à organização escolar ser tomada como realidade objetiva e técnica que
funciona racionalmente. Ao contrário do primeiro modelo, esse enfoque abre espaço à
participação do coletivo, onde as relações da escola são conduzidas com a aceitação de todos,
através de diversificadas formas que garantem a participação democrática da maioria. As
escolas que adotam esse modelo caracterizam-se como uma estrutura organizacional dinâmica,
com distribuição de funções e participação das pessoas que integram a organização.
As escolas que se inspiram nesse enfoque dão ênfase na horizontalização de funções e à
democratização das decisões, numa forma de sistema que agrega pessoas com influência
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recíproca, onde o coletivo resulta no conhecimento interdisciplinar. Esse modelo de organização


não é somente objectivo
4. Gestão Escolar
Segundo GILES (1980:15) gestão significa “gerenciamento ou administração” onde existe
instituição, empresa, entidade social de pessoas a ser geridas ou administradas.

Gestão escolar consiste num sistema de organização interno da escola, envolvendo todos os
setores que estão relacionados com as práticas escolares. Desta forma, a gestão escolar visa
garantir um desenvolvimento sócio-educacional eficaz na instituição de ensino.
4.1. Gestor Escolar
O responsável por atuar na organização da gestão escolar é o gestor escolar. Este profissional
tem a missão de elaborar propostas pedagógicas para a escola em que atua, com base na
democracia e na participação da comunidade, garantindo a manutenção da qualidade do ensino.
Além disso, o sistema de gestão escolar deve valorizar a atuação de educadores com a
responsabilidade de formar cidadãos críticos sobre a realidade, que tenham opinião e
integridade. Também devem ajudar os jovens a desenvolverem as suas competências e
habilidades, sejam elas naturais ou aprendidas ao longo do tempo

4.2. Plano de Gestão Escolar


Cada escola deve desenvolver o seu plano de gestão escolar, com base nas diretrizes de
educação vigentes. Como resultado desta gestão, espera-se que a instituição tenha uma
excelência no ensino; redução da inadimplência; prevenção da evasão escolar; combater à
indisciplina; manter a motivação da equipa que compõe a escola; além de manter os pais e os
alunos engajados nos projectos escolares.
4.3. As Funções do Gestor:
 Fixar as metas a alcançar através da planificação;
 Encontrar problemas a enfrentar;
 Solucionar os problemas;
 Organizar recursos financeiros tecnológicos, a ser um comunicador, um líder e motivar
as pessoas;
 Tomar decisões precisas, avaliar e controlar o conjunto todo.
A gestão escolar é um conceito que se difere da administração escolar. Isso porque enquanto
uma visão administrativa foca na organização e direcionamento de recursos, a gestão é resultado
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de uma visão estratégica. Por sua vez, o que se sobressai é o significado dos recursos que
precisam ser atribuídos por pessoas e para pessoas.
De acordo com a especialista em educação Heloísa Lück:“ A gestão escolar aborda questões
concretas da rotina educacional e busca garantir que as instituições de ensino tenham as
condições necessárias para cumprir seu papel principal: ensinar com qualidade e formar
cidadãos com as competências e habilidades indispensáveis para sua vida pessoal e
profissional.”
Para desempenhar tal função, existem 6 pilares da Gestão Escolar a serem considerados: Gestão
Pedagógica, Gestão Administrativa, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Gestão de
Comunicação, Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos.
Ter essa divisão em mente e dar a devida atenção a cada um dos pilares, ajuda os gestores a
terem visibilidade de seu trabalho e actuar com maior foco em cada necessidade de cada vez.

4.4. Tipos de Gestão Escolar


4.4.1. Gestão Pedagógica
A planificação dos propósitos, conteúdos e métodos relacionados diretamente à educação.
É por meio da gestão pedagógica que se define quais são os parâmetros de ensino-aprendizagem
que sua escola irá adoptar. Para tanto, é preciso analisar também as etapas que se precedem e
sucedem o momento do aprendizado em si.
Enquanto os propósitos direcionam o norte da educação, as metodologias irão adentrar o campo
da viabilização, através de materiais e treinamento de professores que permitirão atingir esses
objectivos.
A absorção e o engajamento dos alunos durante a aula serão reflexos destas etapas anteriores,
mas deverão ser acompanhados de perto pelos professores que precisam estar bem alinhados e
motivados aos propósitos definidos.
Através de uma metodologia voltada à experiência, por exemplo, é possível medir resultados já
durante as aulas e não apenas esperar para avaliar o desempenho por meio de provas
posteriores.
4.4.2. Gestão Administrativa
Estabelecer o cuidado e manutenção da estrutura da escola que garantam seu funcionamento. O
que inclui recursos físicos, materiais e financeiros.
Dentro deste processo se encontram desde o cuidado e a manutenção patrimonial até as rotinas
da secretaria. Basicamente, se trata de manter o ambiente organizado por meio de diretrizes que
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não atrapalhem, mas muito pelo contrário, permitam a fluidez e otimização da Gestão
Pedagógica.
Por isso a importância de manter o ambiente limpo, todos os materiais disponíveis e até as
tecnologias da informação adequadas que permitam melhorar o trabalho de todos no dia a dia.
Para escolas conservadoras, a gestão administrativa é suficiente. Porém os recursos são apenas o
cenário. A gestão adequada insere os alunos no centro de interesse e usa dos recursos para
atender aos objetivos centrais da educação.
4.4.3. Gestão Financeira
Enquanto a gestão administrativa aponta para as necessidades estruturais da escola, a gestão
financeira viabiliza esses recursos através das finanças que precisam estar equilibradas e
saudáveis. Em resumo, elas precisam andar de mãos dadas.
Para isto, é preciso ter controle de contas a pagar e a receber, visualização clara de gastos fixos
e variáveis, medidas para problemas como o da inadimplência tanto quanto um trabalho voltado
à captação de novas matrículas.
Além de visão, na prática também será preciso investir em softwares e ter profissionais aliados
de contabilidade e administração que permitam uma gestão segura dos recursos financeiros da
escola.
4.4.4. Gestão de Recursos Humanos:
Organização de pessoal, ou seja, de toda a comunidade que faz parte do ambiente escolar
(alunos, professores, funcionários, responsáveis e comunidade em geral). A principal missão da
gestão de recursos humanos é garantir que todos mantenham a satisfação e, consequentemente,
o rendimento de suas actividades. Os direitos, deveres e atribuições de todas as pessoas que
compõem a instituição devem ser baseados no Regimento Escolar.Diante das pessoas, é preciso
se lembrar do papel de liderança que engaja e estimula a todos dentro dos mesmos ideais, mas
estipulando os papeis e funções de cada um.
Os líderes são capazes de manter o respeito e o entrosamento que favorece o trabalho em
equipe, sempre incentivando e orientando para extrair o melhor das pessoas.
4.4.5. Gestão da Comunicação
A comunicação está ligada directamente à gestão de recursos humanos. Afinal diz respeito à
troca entre transmissão e recepção da mensagem por pessoas.
Por mais intangível que pareça, é por meio de uma boa comunicação que muitos problemas são
evitados ou minimizados. Se achar melhor, pode organizá-la entre interna e externa.
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Entre algumas métricas que garantem a qualidade dessa gestão no ambiente escolar estão:
garantir que professores estejam alinhados e engajados com as propostas da escola, assim como
os alunos focados no aprendizado e pais conscientes de sua importância nos estudos dos filhos.
Apesar dos vários meios, o mais importante é garantir que as informações foram recebidas e
compreendidas pela outra ponta. Da mesma forma, saber ouvir e considerar as opiniões e
possíveis respostas que surjam a partir daí.
Na prática, as escolas podem se comunicar com a comunidade escolar através de murais,
aplicativos, e-mails ou reuniões, por exemplo. Quanto mais objetiva e generalizada a
informação, maior é a chance de usar um método impessoal como um aplicativo.
Já um feedback comportamental sobre um aluno a seus pais ou mesmo ou uma orientação
voltada a um funcionário, devem ser feitas com maior cautela e de preferência pessoalmente.
4.4.6. Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos
O tempo é um dos grandes recursos que precisam ser considerados para estabelecer prioridades
e garantir o foco no cumprimento de tarefas.
De acordo com pesquisas, os gestores escolares passam a maior parte de seu tempo imersos em
tarefas operacionais, enquanto “apagam incêndios” quotidianos. Já a planificação a médio e
longo prazo acabam sendo deixados para segundo plano, mesmo sabendo que este deveria ser o
foco principal para os gestores.
Dessa forma, estabelecer lista de prioridades, funções bem delimitadas entre os colaboradores e
ainda desenhar processos assim como maneiras de automatizá-los no dia a dia, fazem parte de
uma gestão de tempo eficiente.
Será um exercício constante em favor do aumento da produtividade, garantindo assim maior
previsibilidade de desafios e potenciais.
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5. Participação Escolar
Na atualidade, muito se comenta a respeito da Gestão Escolar, porque é através dela que todos
os segmentos da escola convergem. Ela tem a função de unir, direcionar e tornar coerente as
ações da escola. Pensar a Gestão Escolar é lutar contra mecanismos neoliberais que permeiam
os meios de comunicação social para superar o individualismo e formar no interior da escola
uma cultura de participação. Nesse sentido, torna-se necessário compreender os conceitos e as
concepções de Gestão Escolar e de participação como forma de incluir os sujeitos que dela
fazem parte, e, apontando os desafios da escola diante do exercício da gestão e da participação,
efetivar um processo participativo escolar.
Conforme LIBÂNEO, et al (2001, p. 77), os gestores escolares têm o desafio de
democratizar os saberes e as práticas dentro da escola, procurando envolver
todos os sujeitos a fim de que cada um assuma seu papel em prol de uma escola
mais participativa. A escola é formada por sujeitos pensantes que lutam por uma
sociedade justa, procurando promover ações participativas e atividades que
visem o envolvimento e o comprometimento das pessoas. Assim, cada membro
e cada sector da estrutura escolar necessitam assumir seu papel para construir
uma escola democrática e participativa.
O exercício de pensar a participação e a Gestão Escolar remete os sujeitos da escola no seu
envolvimento na prática educativa que inclui toda a escola. A Gestão Escolar tem a função de
integrar os sectores da escola e está na comunidade como um todo. Partindo desse pressuposto,
todos terão vez e voz para contribuir com sua opinião, sugestões e críticas para a melhoria do
processo de ensinar e de aprender conforme (CINFOP,2005, V.2, p.30).
Existe também a participação dos pais na organização da escola, correspondendo a novas
formas de relação entre escola, sociedade e trabalho. A escola não pode ser uma instituição
isolada, pois cada categoria de sujeitos possui diferentes visões das questões escolares.
Construção desencadeada junto aos professores, alunos e demais integrantes da escola. A visão
crítica de uma escola resulta em diferentes formas de tornar realizável uma gestão democrática.
A organização é tomada como um sistema que agrega pessoas, importando-se com a
intencionalidade e as interações sociais que acontecem entre elas dentro do contexto sócio-
político, não sendo totalmente objectiva e funcional. Uma construção social é conduzida por
todos os integrantes, professores, alunos, pais e membros da comunidade
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação
básica de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
 Participação dos profissionais da educação na elaboração do projecto pedagógico da
escola;
 Participação da comunidade escolar local em seus conselhos escolares equivalentes.
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6. Cultura Organizacional na Escola


Segundo PRAHALAD& HAMMEL (1995), citado por JAMBO (2017:12), resumidamente, a
cultura de uma organização é a representação de todas as relações presentes em seu quotidiano
de uma escola. Os hábitos de comunicação, a forma de tomar decisões, o projecto pedagógico e
outros factores igualmente relevantes fazem parte da cultura de uma instituição escolar.
A Cultura organizacional entende-se como um sistema de valores compartilhados pelos seus
membros, em todos os níveis, que diferenciam uma organização da outra. Representa as normas
informais e não escritas, que orientam comportamento do membro de uma organização no dia-
dia.
Segundo TYLOR (2005:3) define a cultura organizacional como aquele todo complexo que
inclui conhecimento, crença, arte, moral, direito, costumes e outras capacidades e hábitos
adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
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7. Conclusão
Chegando a este ponto concluímos: que a Segundo SROUR (1998), organização é uma palavra
originada do grego “organon” que significa instrumento, utensilio, órgão ou aquilo com que se
trabalha. Em geral organização e a forma como se despõe um sistema para atingir os resultados
pretendidos. Organização escolar baseia-se na forma como a escola inter-relaciona na ordenação
e distribuição dos diversos elementos envolvidos, com vista a uma mesma finalidade.
Ela tem a função de unir, direcionar e tornar coerente as ações da escola. Pensar a Gestão
Escolar é lutar contra mecanismos neoliberais que permeiam os meios de comunicação social
para superar o individualismo e formar no interior da escola uma cultura de participação.
Segundo PRAHALAD& HAMMEL (1995), citado por JAMBO (2017:12), resumidamente, a
cultura de uma organização é a representação de todas as relações presentes em seu quotidiano
de uma escola. Os hábitos de comunicação, a forma de tomar decisões, o projecto pedagógico e
outros factores igualmente relevantes fazem parte da cultura de uma instituição escolar.
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8 Bibliografia
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/.../2013_unicentro_gestao_pdp_ana_pietr..
CHANLAT, Jean François. O indivíduo na organização. Dimensões esquecidas. Volume II.
Editora Atlas. São Paulo. 1993.
COSTA, Jorge Adelino. Imagens Organizacionais da Escola. Asa Editores II. Lisboa, Portugal.
1996.
COSTA, Jorge Adelino. MENDES, Antonio Neto. VENTURA, Alexandre. Liderança e
Estratégias nas Organizações Escolares – Actas do 1º Simpósio sobre Organização e Gestão
Escolar. Universidade de Aveiro. Portugal. 2000.
OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro. Gestão Educacional. Novos olhares –Novas
abordagens. 9ª Edição. Editora Vozes. Petrópolis, Rio de Janeiro. 2012.
OLIVEIRA, Marcus Aurelio Taborda. Org. Cinco estudos em história e historiografia da
Educação. Editora autêntica. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2007.

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