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METODOLOGIA CIENTÍFICA
MÓDULO 3
ATENCÃO!!!
Com certeza, nestes primeiros meses de estudos no ensino superior, você deve estar se
deparando com muitas novidades em sua trajetória estudantil. Por essa razão, escolhemos
iniciar esse novo módulo da disciplina de Metodologia Científica discorrendo a respeito da
organização dos estudos na universidade.
Leia atentamente o texto a seguir, pois ele lhe trará informações importantes sobre
como você, estudante, deve organizar-se, planejar e disciplinar os seus estudos. Em seguida,
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você aprenderá sobre as diretrizes para leitura, análise e interpretação de textos, um conteúdo
muito importante para a sua formação no ambiente acadêmico.
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É bem verdade que, nos primeiros estágios da vida universitária, o estudante quase
sempre traz consigo juízos, valores, idéias e conceitos admitidos pelo senso comum, que
precisam ser mudados ao longo de sua trajetória no ensino superior. Sendo assim, a decisão de
ingressar em um curso superior exige do estudante uma postura que vai além da freqüência às
aulas; na verdade, requer um novo estilo de estudo em que a presença física às aulas e o
cumprimento de tarefas mecânicas não é mais satisfatório, pois o ensino superior, como
aponta Severino (2002), exige do estudante, entre alguns aspectos:
- Disposição para ler e analisar textos e obras considerados específicos e gerais para a
sua área de formação;
Saiba que essas atitudes não são a garantia para se obter bons resultados.
Mas você deve estar se perguntando: Como deverei agir? O que poderia fazer para
organizar melhor meus estudos?
Na verdade, além de todos esses aspectos mencionados, é necessário ainda que, em
cada curso, você esteja atento ao que está estudando e por que está estudando determinadas
disciplinas em vez de outras. Sem dúvida, é importante que você conheça a finalidade e o
significado das disciplinas que está estudando para a sua área de formação acadêmica e
profissional. Afinal, é importante verificar que algumas disciplinas estão mais próximas aos
interesses ou aptidões pessoais do que outras, mas que, embora ocorram essas identidades,
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todas as disciplinas apresentam um papel fundamental em seu processo de formação
acadêmica.
Com freqüência ouvimos argumentos relativos à falta de tempo para estudar, devido
aos compromissos com o trabalho e para garantir o sustento individual e/ou familiar.
Contudo, é muito importante destacar que os alunos do ensino superior destinem
diariamente um espaço de seu tempo para os estudos, pois, no planejamento de sua vida
estudantil, deve estar pautado na distinção das atividades essenciais das atividades não-
essenciais de seu dia-a-dia.
A falta de tempo exige grande organização para o estudo em casa, atitude
indispensável para um aproveitamento mais inteligente do curso de graduação. Nesse sentido,
Severino (2002) oferece dicas para o aluno organizar e disciplinar o seu estudo em casa,
mencionando que é:
Vamos analisar essas dicas?
- Essencial aproveitar sistematicamente o tempo disponível, com uma ordenação de
atividades;
- Estabelecer um horário para estudo em casa, respeitando suas condições físicas e
psíquicas, para manter um ritmo de estudo;
- Vencer a fase de aquecimento, pois, com isso, a produção do trabalho se tornará
eficiente, fluente e agradável;
- Distribuir o tempo de estudo em vários dias da semana, a fim de revisar e preparar a
matéria nos períodos imediatamente mais próximos das aulas.
Para Barros e Lehfeld (2000), o estudo em casa é o momento propício para o aluno:
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g) fazer leituras de textos complementares;
h) fazer exercícios de fixação (p. 19, grifos meus).
Podemos afirmar que o estudo em casa permitirá que você se prepare melhor para as aulas,
reveja os conteúdos das aulas, complementando-os com outras leituras, pesquisas e exercícios,
concluir questões que não foram possíveis de serem finalizadas no decorrer das aulas, entre outros
aspectos que poderão surgir ao longo desse percurso de estudo.
De fato, a eficiência no estudo depende do método utilizado pelo estudante, mas o
êxito depende de quem e de como o aplica. Afinal, o método empregado pelo aluno, em sua
forma de estudar, deve atender às suas particularidades, levando em consideração a sua
competência escolar, motivação e disponibilidade para estudar.
Prosseguindo com o nosso estudo, vamos abordar as questões referentes à prática da
leitura no ensino superior, bem como os aspectos atinentes à análise e à interpretação dos
textos.
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AS DIRETRIZES PARA A LEITURA, ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Leitura
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- A leitura de cultura geral ou informativa tem como objetivo trazer conhecimentos
de fatos que ocorrem no mundo, mas sem grande aprofundamento sobre o assunto.Essa
modalidade de leitura engloba, por exemplo, noticiários de jornais nacionais e internacionais.
- A leitura de aproveitamento ou formativa tem a finalidade de aprender algo de
novo ou aprofundar conhecimento anteriores, o que exige do leitor muita atenção e
concentração. Essa espécie de leitura deve ser efetuada em livros e revistas especializadas nas
diversas áreas do conhecimento.
Desse modo, o momento de escolha da leitura é muito importante e, para isso, faz-se
necessário que, no início, alguém oriente o estudante, indicando as obras mais adequadas ou
mais relevantes. No caso dos estudantes que estão ingressando no ensino superior, a seleção
de livros, artigos e textos deve ser realizada, inicialmente, sob a orientação de um professor.
Na busca de um material para leitura, o primeiro passo consiste na identificação do
texto que se tem pela frente. Por essa razão, o estudante deve se atentar: ao título da obra, à
data de publicação, ao índice ou sumário, à introdução ou prefácio e à bibliografia. Deve-se,
ainda, olhar uma ou outra página da obra para saber que tipo de abordagem faz o autor. Como
se sabe, os livros, os artigos e os textos podem ser úteis de duas maneiras ao estudante: para
leituras ou para consultas.
Após entender sobre a escolha e a busca de uma leitura, você, certamente, está se
indagando a respeito de como deve ler um texto.
De fato, a maneira de ler um texto varia de acordo com o objetivo de cada leitor. Na
concepção de Salomon (1972, p. 33 apud. Lakatos; Marconi, 1992, p. 18), o bom leitor é
aquele que:
1 – Lê com objetivo determinado.
2 - Lê unidades de pensamento
3 - Tem vários padrões de velocidade.
4 - Avalia o que lê
5 - Possui um bom vocabulário
6 - Tem habilidade para conhecer o valor do livro
7 - Sabe quando deve ler um livro até o fim, quando interromper a
leitura definitiva ou periodicamente.
8 - Discute frequentemente o que lê com os colegas
9 - Adquire livro com freqüência e cuida de ter sua biblioteca
particular,
10 - Lê vários assuntos
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11 - Lê muito e gosta de ler
12 - O bom leitor é aquele que não só é bom na hora da leitura (...) é
constantemente bom leitor. Não só lê, mas sabe ler (Grifos meus).
Em síntese, pode-se dizer que, para o estudante atingir um resultado satisfatório com
as leituras realizadas no ensino superior, é necessário que ele desenvolva uma leitura atenta,
com o propósito de conseguir algum proveito do texto lido; reflita sobre o que leu, procurando
não aceitar idéias sem analisá-las antes; sintetize os aspectos essenciais do texto, mas dentro
de uma seqüência lógica; e realize, ainda, uma leitura rápida, mas de modo a entender o que
está lendo, visando ao bom aproveitamento do texto1.
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Fonte: Adaptado de LAKATOS; MARCONI (1992).
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idéias centrais e secundárias do texto. Essa análise é importante para a elaboração de resumos
e de organogramas.
- A Análise interpretativa permite ao estudante a interpretação do texto. Nessa
modalidade de análise, o estudante tem que se atentar a dois aspectos principais:
1 – Interpretação ou explicação da posição filosófica, influências, concepções e
associações de idéias expostas pelo autor no texto;
2 – Crítica ou avaliação, julgamento do conteúdo e discussão do texto.
- A Problematização possibilita ao estudante levantar e debater questões explícitas ou
implícitas do texto.
- A Síntese possibilita ao estudante reunir todos os elementos do texto, após uma
reflexão, favorecendo a elaboração de um novo texto, com redação própria, com discussão e
reflexão pessoais.
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O estudo das diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos será importante
para você realizar de forma adequada a leitura das obras e dos artigos que forem solicitados
no decorrer de estudos. Portanto, procure relacionar esses conhecimentos teóricos com a sua
formação universitária; isso lhe favorecerá muito no ensino superior.
Bons Estudos!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21. ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
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