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Iº SEMESTRE

Objectivos:
 Comunicar os estudantes que se integram pela primeira vez na Universidade, uma
gama de conhecimentos para poderem corresponder as tarefas que lhe são
acometidas ao longo da sua formação;
 Identificar as principais diferenças entre os métodos de ensino superior e os de
ensino secundários;
 Fornecer aos estudantes os conhecimentos teóricos fundamentais em metodologias
de pesquisa científica;
 Elaborar de modo sistemático e com rigor metodológico, um projecto de pesquisa
na sua área de investigação (Curso);
 Inculcar aos futuros-investigadores, o espírito e o gosto de busca de novos
conhecimentos, condição sine quanon, de crescimento científico, bem como muni-
los de técnicas de recolha de dados;
 Transmitir noções da estrutura de um projecto de investigação e de uma
monografia, bem como, capacita-los na sua elaboração;

Metodologia de Investigação Científica, como disciplina, é um conjunto de regras e


técnicas empregados para a pesquisa para formulação de uma produção científica.
CAPITULO I

PROCEDIMENTOS DIÁTICOS (A VIDA ESTUDANTIL NO ENSINOI


SUPERIOR)

1. Introdução

O estudante que ingressa pela primeira vez no ensino superior, inicia uma nova etapa da
sua formação, pois que o mesmo dar-se á conta de que se encontra diante de algumas
exigências específicas para a continuidade da sua vida estudantil. Ele colocará numa nova
situação e deverá tomar medidas apropriadas para enfrentá-la. É de facto, um processo.
Pois que, não é fácil supera-lo de um dia para outro.

Em outras palavras diríamos que, ao ingressar no ensino superior, o Estudante entra em


contacto com uma nova realidade, pois nesse nível de ensino, o discente é sujeito na
construção do seu próprio conhecimento, cujos fundamentos respaldo na pesquisa
científica. Por essa razão, as atenções estão viradas para a unidade curricular de
metodologia de investigação científica.

Em primeiro lugar é necessário que o estudante esteja consciente de que doravante o


resultado do processo de ensino – aprendizagem depende fundamentalmente de si próprio.
Por isso, exige-se do estudante maior autonomia na efectivação da sua aprendizagem.

Em segundo lugar, convencido da situação, o estudante deve empenhar-se num projecto de


trabalho altamente individualizado, apoiando-se no domínio e manipulação de uma seroe
de instrumentos que devem estar contínua e perfeitamente ao alcance de suas mãos.
Dado o estilo de trabalho a ser inaugurado pela vida universitária, a assimilam dos
conteúdos já não pode ser feita de maneira passiva e mecânica como ocorre nos ciclos
anteriores. Já não basta a presença física as aulas e comprimento forçado de tarefas
mecânicas; é preciso dispor-se de um material de trabalho específico a sua área e explorá-
lo adequadamente.

2. Pesquisa e pesquisa científica


No dia-a-dia, realizamos várias pesquisas que não sejam necessariamente científicas: ao
comprar um telemóvel, um aparelho electrónico, o material didáctico para os estudos,
comparamos preços, verificamos as marcas e todas as características do produto para
depois decidir. Isso é pesquisa. Por outro lado, todos os dias usamos produtos que são
validados pesquisas científicas: os medicamentos que tomámos, as roupas que usamos, os
alimentos que comemos são testados cientificamente. Portanto, a pesquisa pode ser feita no
âmbito científico ou não.

Neste contexto, pesquisa científica é o procedimento racional e sistemático que tem como
objectivo encontrar respostas dos problemas propostos pelo investigador. Ela é necessária e
não há respostas para um determinado problema ou quando as respostas existentes estão
dispersas.

É um processo sistemático de colecta, análise e interpretação de dados com vista responder


as certas questões ou preocupações. É o conjunto de acções propostas para encontrar a
solução de um problema, que tem por base procedimentos racionais e sistemáticos.

3. O aprender no ensino superior – como estudar;


3.1. Investigação, tarefa primordial do universitário

A investigação se inicia quando se detecta uma dificuldade de resposta a um determinado


fenómeno, com a consciência de que o conhecimento que se tem sobre o referido
fenómeno ainda não é suficiente para o esclarecimento da dificuldade com que se depara.
Pois é necessário procurar uma resposta exacta que ofereça confiança e segurança ao
assunto.´

De certeza, este processo não ocorre no vazio. É necessário uma fonte bibliográfica já
investigativa por alguém. Por esta razão, como primeira via, o estudante deve começar a
formação da sua biblioteca pessoal, adquirindo paulatinamente e de um modo sistemático,
os seus livros fundamentais para o desenvolvimento dos seus estudos.

Outrossim, o estudante precisa munir-se de textos básicos de sua área específica, tais
como: dicionário, algumas revistas especializadas, obras da sua especialidade (área de
formação). Na medida que o curso for avançando, deve adquirindo os textos monográficos
e especializados no curso para lhe servirem de comparação na elaboração da sua
monografia.

As obras de referência geral, os textos clássicos esgotados, são encontradas nas bibliotecas
das universidades, das várias faculdades ou de outras instituições. Para além das
bibliotecas físicas tradicionais, com evolução da informática, dispomos hoje de bibliotecas
virtuais, poderosos centros de informações bibliográficas, acessíveis através da internet.
Essas bibliotecas devem ser devidamente exploradas pelo estudante.

Por outro, a formação universitária acarreta quase sempre actividades práticas, de


laboratório ou de campo, culminando no fornecimento de algumas habilidades
profissionais próprias de cada área. Naturalmente, as várias áreas exigem.- Uma mais,
outras menos, essa prática profissional.

A Assimilação desses elementos é feita através do ensino em classe propriamente dito, nas
aulas, mas é garantida pelo estudo pessoal de cada estudante. E é por isso, que ele precisa
dispor dos devidos instrumentos de trabalho que são fundamentalmente bibliográficos.
3.2. A tomada de apontamentos
A tomada de apontamentos constitui um dos actos importantes da aula. É ela que fornece o
documento de base que permite ao estudante a assimilação ulterior.

Quando existe um texto reproduzido e que os mesmos sejam distribuídos de antemão, deve
ser lido antes da aula, permitindo assim o estudante ser capaz de fornecer suas inquietações
e também limitar-se a apontar as notas complementares. Mas quando não existir tal
material, a tomada de apontamentos com exactidão determinará a eficácia de busca do
novo conhecimento, por isso as notas devem ser bem ordenadas, fazendo-as com maior
precisão possível. Não podem constituir uma estenografia, mas frases curtas e
permanecendo consistente.

É necessário o uso de alguns sinais simbólicos (sublinhar, asteriscos), para destacar os


pontos relevantes produzidos pelo professor. Outrossim, revisar, as notas com um colega
depois das aulas, para o preenchimento dos espaços vazios e melhor compreensão da
matéria dada.

Uma vez documentada a matéria abordada em aula, devem ser igualmente documentados
os elementos complementares à essa matéria e que são levantados mediante a pesquisa
feita sobre este material de base. É que muitos esclarecimentos só se encontram através
desses estudos pessoais extra - classe.

A documentação como prática do trabalho científico é a maneira mais adequada e


sistemática de “tomar apontamentos”. As informações colhidas nas aulas expositivas, nos
debates em grupo, nos seminários e conferências são assinaladas, num primeiro momento,
de maneira precária e provisória, nos cadernos de anotações, posteriormente, o estudante
submetê-las-á a um processo de correcção, de triagem após o qual serão transcritas nas
fichas de documentação.

Com efeito, ao tomar notas durante uma exposição, muitas ideias acabam ficando trocadas,
é preciso reconstrui-las. O contexto ajudará tanto mais que oque importa reter não é o texto
da exposição do professor, mas as ideias principais.

Para tomar notas de uma aula, uma palestra, debate, não é preciso gravar a exposição nem
taquigrafas o discurso feito, palavra por palavra. Não há necessidade de registrar o texto
integral da fala, pois tal tarefa alem de difícil tecnicamente atrapalha a concentração do
ouvinte para pensar no que está sendo dito.

Oque melhor se faz, é ir registando palavras ou expressões que traduzem conteúdos


conceituais, geralmente categorias substantivas ou verbais. Não é preciso preocupar-se
com a falta do texto completo nem com a ausência de muitos dos detalhes da exposição do
professor ou do palestrante. É preferível e mais eficiente concentrar-se nas ideias
fundamentais procurando expressá-las mediante algumas categorias básicas e investir na
compreensão, na apreensão das ideias do Orador.

Tratando-se de dados objectivos ou de conceitos precisos que ficaram incompletos, é hora


de recorrer os instrumentos pessoais de pesquisa, as obras básicas de preferência. Procura-
se assim recompor o texto, completando-o com esclarecimentos pertinentes que vão ajudar
a compreender melhor as informações prestadas.

Recuperadas as informações, os elementos fundamentais queles que merecem ser


assimilados, são passados para as fichas de documentação, sistematizados pessoalmente
pelo aluno. Ao proceder assim, você esta trabalhando de maneira inteligente e racional,
realizando simultaneamente todas as dimensões da aprendizagem. Esta pensando nas ideias
que está manipulando; está pesquisando, comparando, informando-se. Através desse
conjunto de actividades que envolve o pensamento, facilita as tarefas físicas e pesquisas do
estudo, o aluno adquire maior familiaridade com o assunto por mais difícil e estranho que
possa parecer a primeira vista.

3.2.1. Algumas técnicas de registo de notas


1º Orientações prévia da página: O estudante devidamente organizado deve possuir
caderno de apontamentos para cada uma das disciplinas de sua formação. De onde deve
preparar sempre que fo necessário, no momento das aulas, uma folha inicial para apontar
as ideias principais que for recolhendo do docente. Esta folha, deve ser dividida em três
partes, a saber: o primeiro terço da parte esquerda da folha é para fazer um resumo daquilo
que for aprendendo; os outros dois terços a direita, é para registar as notas no momento das
aulas. E no espaço da parte inferior da folha, é para colocar as referências bibliográficas,
ou mesmo aqueles que o docente fez ressaltar noutros capítulos das matérias.

2º Utilização das palavras-chaves ou abreviaturas: É sempre importante usar palavras


que encerram um conteúdo, que uma vez dissertas apresentam um texto amplo. Elas, são
como uma pasta de arquivo onde se guardam certas frases que identificam um assunto ou
fenómeno, como por exemplo, em vez de citar os seres vivos que de pequeno mamam,
pode-se dizer somente, os mamíferos.

As palavras-chaves servem de resumo sobre o que se trata. Enquanto, as abreviaturas


servem para acelerar o ritmo de recolha de informações sem maiores dificuldades
psicomotoras.

3º Estruturação da informação: deve-se utilizar cada ideia recolhida com o seu


parágrafo, quando o docente mudar de ideia deve-se deixar uma linha em branco, e
escrever noutra a seguir, deve ter-se o cuidado de que quando a ideia sucessora depende da
principal, faz-se sempre um desvio à directa, para notar a segunda ideia.

3.2.2. Fichas de leitura


Consiste no registo sistematizado de informações importantes que servirão para futuros
registos de um trabalho. Esta técnica evita com que o leitor/estudante tenha que carregar
consigo vários livros para onde for e tomam-se as principais ideias contidas nas obras.

3.2.3. Resumos
Constituem na escolha cuidadosa das principais ideias de autor ou de uma obra que o
estudante/leitor queira registar. O acto de resumir o texto exige muita atenção e fidelidade
aos pensamentos do autor. Um resumo não composto por críticas, nem comentários que se
oponham às ideias originais apresentadas.

3.2.4. Resenha
É um resumo crítico, onde o estudante acrescenta as suas opiniões pessoais sobre o texto,
partindo de uma análise das ideias que realmente se encontram no texto.

3.3. Gestão de tempo para os estudos


O estudo é um processo de apreensão, integração e captação de dados, com a finalidade de
aplica-los na resolução de problemas correctores.
É natural e até saudável que um jovem ocupe parte do seu tempo com a música, desporto
ou convívio. Mas o estudante que deseja preparar o seu futuro tem de consagrar também
uma boa parcela de tempo aos estudos.

O estudo e as outras ocupações podem ser conciliados. Ninguém precisa renunciar a vida
para ser bom estudante. Cabe a cada um optar e estabelecer a sua escala de prioridades, isto
é, fazer uma gestão racional do seu tempo, dedicando cada tarefa o tempo que ela merece.

3.3.1.Tempo de estudo
Se compararmos o rendimento de duas pessoas com capacidade intelectual semelhantes
veremos que vai mais longe aquela que dedica mais horas ao estudo. Acontece até que
muitos estudantes de ritmo lento (tipo tartaruga) chegam a superar colegas rápidos porque
começam mais cedo e são mais regulares.

Claro que, não basta gastar muitas horas em frente dos livros e dos cadernais. Devem
investir-se no estudo as horas mais rentáveis e fazer pausa sempre que é necessário.
Igualmente importante é cuidar do local de trabalho. Apenas um sítio calmo, arrumado e
confortável permite a concertação e o melhor aproveitamento do tempo dedicado aos
estudos.

3.3.2.As horas mais rentáveis


O estudo é uma actividade «ciumenta» que exige as melhores horas do dia. Quais são essas
horas? Várias experienciais, provam de que, o rendimento intelectual da manhã é superior
ao da tarde e da noite. Ao princípio da tarde ocorre sempre uma quebra de vivacidade
mental, fruto de certa sonolência que ataca toda gente e não apenas os que fizeram um
grande esforço. Quanto a noite é natural que o cansaço acumulado de um dia prejudique o
rendimento, apesar de haver pessoas que se dão bem a estudar na calma da noite.

As Investigações indicam, que a maioria das pessoas atinge o seu ponto alto de atenção e
assimilação por volta do meio-dia. O fim da tarde parece igualmente eficaz. Convém
sublinhar que cada pessoa tem seus ritmos biológicos e intelectuais próprios, muitos
factores entram em jogo (temperamento, hábitos individuais e condições exteriores. Assim,
compete ao estudante observar-se e descobrir as suas horas mais rentáveis, as horas que se
sente com mais energia e capacidade de assimilação, que devem ser aproveitada para
atacar em força o trabalho difícil.

Logo a seguir a refeição mais pesada, a capacidade de concentração diminui. A digestão


física é inimiga das digestões intelectuais por isso, se recomendam refeições ligeiras antes
de realizações de grandes esforços, como por exemplo a realização de uma prova de
avaliação.

3.3.3. Fazer intervalo no estudo


Quanto tempo seguido deve-se estudar? Tudo depende da matéria e da capacidade do
individuo. Os especialistas aconselham o estudo «em pequenas etapas», em pequenos
períodos de esforços intenso e concentrado.

Nos curtos períodos de intervalo, o estudante pode levantar-se, passear um pouco ou fazer
alguns exercícios físicos. São de evitar todas as actividades que distraiam ou
desmobilizem, como ver televisão. Durante o tempo de estudo, mesmo nos pequenos
intervalos, a televisão deve merecer «cartão vermelho».

3.3.4. A eficácia de um horário


Um Processo simples que permite aproveitar o melhor tempo é elaborar um horário
semanal para o estudo. O Horário deve ser flexível e ter em conta, em cada semana, os
compromissos inadiáveis das várias disciplinas. O horário e um guia que leva o estudante a
trabalhar com maturidade.

4. Noções de Leitura
Segundo o Dicionário Online da Língua Portuguesa: Ler significa, conhecer, interpretar,
decifrar. Ou seja, a leitura é acção de ler algo.
A maior parte dos conhecimentos são obtidos através da leitura, que possibilita não só
ampliação, como também o aprofundamento do saber em determinado campo cultural ou
científico.

O saber ler constitui a porta de entrada dos conhecimentos, sobretudo científicos. Por isso é
que João Álvaro (s/d, p. 34, apud KAPITIYA, 2008: 33) salienta o seguinte. “quem não
sabe ler, não saberá resumir, não saberá tomar apontamentos e, finalmente, não saberá
estudar”. É preciso dedicação e empenho, exige reservar tempo suficiente. É um esforço
único e exclusivamente pessoal.

A importância da leitura prende-se com os valores que proporciona ao indivíduo. Ela


“amplia e integra os conhecimentos, multiplica os horizontes do saber, enriquece o
vocabulário, facilita a comunicação, educa a mente e habilita a memória” (KAPITIYA,
2008: 33). Outrossim, a leitura tem dois objectivos: “serve como meio eficaz para
aprofundamento dos estudos e aquisição de cultura geral” (EVA, Maria Lakatos, 1987, p.
18, apud KAPITIYA, 2008: 33).

Para ser um bom leitor, são necessárias algumas qualidades como:

a) Comprar livros necessários ao conhecimento que se quer adquirir


b) Ler com objectivo determinado
c) Avaliar o que se lê
d) Ler muito, gostar de ler e ler várias vezes
e) Discutir o que se lê com os colegas
f) Criar habilidades para conhecer o valor do livro

Feito isto, vale dizer que o importante não é ler todo o livro que lhe aparece, mas ler livros
com informações básicas e específicas. É também importante ler com finalidades e
objectivos definidos. Segundo KAPITIYA (2008, p. 35), “O bom leitor não é aquele que só
é bom na hora da leitura... é constantemente bom leitor. Não lê mas sabe ler”. É preciso
formar-se como homem capaz de dar respostas aos desafios do dia-a-dia e isto passa pela
leitura constante.

4.1. Benefício da leitura para a vida pessoal e profissional


Se ler é um acto importante para o aluno (caso particular), esse processo deve transformar
a vida mental do aluno. Assim sendo, alguns benefícios mais notáveis são:

 Senso crítico mais apurado (através da leitura conseguimos nos posicionar


socialmente melhor);
 Conhecimento de novas palavras e termos, tornando o vocabulário amplo e rico
(Quando mais se lê, se amplia mais o vocabulário);
 Desenvoltura na oratória e na expressão (quanto mais você lê, melhor você fala e se
expressa);
 Escrita mais coerente (a leitura é um dos mecanismos para melhoria da escrita);
 Maior capacidade de persuasão (é lógico que para você convencer alguém de algo
você precisa ter recursos persuasivos. E estes ampliam-se, aumentam-se, também,
através da leitura);
 Estímulo à abertura de novas opiniões e ponto de vista (até para debater uma ideia.
Se você quer criticar ou colaborar com uma ideia de alguém, a leitura é primordial)

Em linhas gerais, “ler é um meio eficaz de lograr o desenvolvimento intelectual, social,


espiritual e moral do homem e, portanto, a leitura reveste-se de um alto significado e
constitui um elemento essencial na formação intgral das novas gerações” (RAMOS;
NARANJO, 2014, p. 25).

4.2. Análise do texto


O acto de analisar um texto implica a pesquisa e avaliação sobre os elementos que
compõem, sua estrutura, suas partes, chegando a uma classificação e conclusões a respeito
dos seus significados, importância, referencia e conteúdo.

A analise textual implica uma reflexão mais aprofunda do texto e o estabelecimento de


uma relação mais próxima entre o leitor e o autor. Quando analisamos um texto, devemos
ir além. Logo de início, no primeiro contacto, precisamos:

- Colher as impressões iniciais e identificar palavras e expressões desconhecidas;

- Verificar o nome do autor, o tema da obra e o teor do vocabulário utilizado;

- Esquematizar as ideias que norteiam a obra e a narrativa, identificando a forma


como o texto foi estruturado

4.3. Sublinhar e Resumir


Em primeiro lugar, devemos compreender que cada texto, capítulo, subdivisão ou mesmo
parágrafo têm uma ideia principal, um conceito fundamental, uma palavra-chave que se
apresenta como fio condutor do pensamento. Como geralmente não se destaca do restante,
descobri-lo é a base de toda aprendizagem. Na realidade, em cada parágrafo, deve-se
captar esse factor essencial, pois a leitura que conduz à compreensão é feita de tal modo
que as ideias expressas são organizadas numa hierarquia para se descobrir a palavra-chave.

Dizer ainda que, como uma ideia-mestra não se apresenta desprovida de outras, que
revelam pormenores importantes, então observa-se que nas proximidades da ideia principal
aparecem argumentos que a justificam, analogias que a esclarecem, exemplos que a
elucidam e factos aos quais ela se aplica. É por esse motivo, que o bom leitor utiliza o
recurso de sublinhar, de assinalar com traços verticais às margens, de utilizar cores e
marcas diferentes para cada parte importante do todo. Algumas noções básicas da arte de
sublinhar podem ser sintetizadas:
a) Nunca assinalar nada na primeira leitura, cuja finalidade é apenas organizar o
texto na mente, de forma hierarquizada, para depois destacar o mais importante;
b) Sublinhar apenas as ideias principais e os detalhes importantes, usando dois traços
para as palavras-chave e um para os pormenores mais significativos, a fim de destacar as
primeiras;
c) Quando aparecem passagens que se configuram como um todo relevante para a
ideia desenvolvida no texto, elas devem ser inteiramente assinaladas com uma linha
vertical, à margem. Da mesma forma, passagens que despertam dúvidas, que colidem com
o tema exposto e as proposições que o apoiam devem ser assinaladas com um ponto de
interrogação, pois constituem material-base para a leitura explicativa, onde sua veracidade
será testada, interpretada e confrontada com outros textos;
d) Cada parágrafo deve ser reconstituído a partir das palavras sublinhadas, e sua
leitura tem de apresentar a continuidade e a plenitude de um texto de telegrama, com
sentido fluente e concatenado;
e) Cada palavra não compreendida deve ser entendida mediante consulta a
dicionários e, se necessário, seu sentido anotado no espaço intermediário, para facilitar a
leitura. O ideal, entretanto, é que seu significado seja compreendido e a palavra adida ao
vocabulário de quem lê. Também é aconselhável que a leitura não seja interrompida diante
da dúvida a uma palavra. Assim, durante a primeira leitura deve-se anotar os termos e,
antes da segunda, consultar a fonte que esclarecerá o sentido deles. Nunca é demais repetir
que, a leitura é um dos meios para ampliar o vocabulário.

Diferente do esquema, o resumo forma parágrafos com sentido completo: não indica
apenas os tópicos, mas condensa sua apresentação. Por último, o resumo facilita o trabalho
de captar, analisar, relacionar, fixar e integrar aquilo que se está estudando, e serve para
expor o assunto, inclusive em uma prova.

4.4. A classificação dos tipos de leituras:


1ª) De entretenimento ou distracção: visa apenas ao divertimento, passatempo,
lazer, sem maiores preocupações com o aspecto do saber. Talvez tenha um mérito: o de
despertar no leitor o interesse e em consequência a formação do hábito na leitura. Aqui
estão incluídos alguns tipos de periódicos e de obras literárias.

2ª) De cultura geral ou informativa: tem como objectivo tomar conhecimento, de


modo geral, do que ocorre no mundo, mas sem grande profundidade. Engloba trabalhos de
divulgação, ou seja, livros, revistas e jornais. As notícias de jornais actualizados, nacionais
ou estrangeiros, são, muitas vezes, fontes de importantes informações, pois situa-se numa
época.

3ª) De aproveitamento ou formativa: cuja finalidade é aprender algo de novo ou


aprofundar conhecimentos anteriores. Exige do leitor uma atenção e concentração. Essa
espécie de leitura deve ser efectuada em livros e revistas especializadas.

4.4.1. Fases da leitura formativa:


a) De reconhecimento ou prévia - leitura rápida, cuja finalidade é procurar um assunto de
interesse ou verificar a existência de determinadas informações. Faz-se olhando o índice ou
sumário, verificando os títulos dos capítulos e suas subdivisões;

b) Exploratória ou pré-leitura- leitura de sondagem, tendo em vista localizar as


informações, uma vez que já se tem conhecimento de sua existência. Parte-se do princípio
de que um capítulo ou tópico trata de assunto que nos interessa, mas pode omitir o aspecto
relacionado directamente com o problema que nos preocupa. Examina-se a página de rosto,
a introdução, o prefácio, as "orelhas" e a contracapa, a bibliografia e as notas de rodapé;

c) Selectiva - leitura que visa à selecção das informações mais importantes relacionadas
com o problema em questão. A determinação prévia dos distintos propósitos específicos é
importante para esta fase, que se constitui no último passo de localização do material para
exame e no primeiro de uma leitura mais séria e profunda. A selecção consiste na
eliminação do supérfluxo e concentração em informações verdadeiramente pertinentes ao
nosso problema;

d) Reflexiva – mais profunda do que as anteriores, refere-se ao reconhecimento e à


avaliação das informações, das intenções e dos propósitos do autor. Procede-se à
identificação das frases-chave para saber o que o autor afirma e por que o faz;

e) Crítica - avalia as informações do autor. No primeiro momento da crítica, deve-se


entender o que o autor quis transmitir e, para tal, a análise e o julgamento das ideias dele
devem ser feitos em função de seus próprios propósitos, e não dos do pesquisador; é no
segundo momento que devemos, com base na compreensão do quê e do porquê de suas
proposições, rectificar ou ratificar nossos próprios argumentos e conclusões;

f) Interpretativa – consiste em relacionar as afirmações do autor com os problemas para os


quais, através da leitura do texto, está se buscando uma solução. Assim, se de um lado, o
estudo aprofundado de uma obra é realizada em função dos propósitos que nortearam seu
autor, de outro, o aproveitamento integral ou parcial de tais proposições está subordinado
às metas de quem estuda ou pesquisa: trata-se de uma associação de ideias, transferência
de situações e comparação de propósitos, mediante os quais, selecciona-se apenas o que é
pertinente e útil, o que contribui para resolver os problemas propostos por quem efectua a
leitura.

g) Explicativa - leitura com o intuito de verificar os fundamentos de verdade enfocados


pelo autor (geralmente necessária para a redacção de monografias ou teses).

4.5. Identificação do que se pretende ler


Quem estuda tem como objectivos, “aprender algo novo, rever detalhes ou buscar
respostas para certas indagações” (Gagliano, 1979: 73). Como nem todos os textos
atendem a estes objectivos, surge a necessidade da selecção. Mas, não basta seleccionar
somente o que interessa; tem de se levar em consideração, aquilo que é confiável.
Aconselha-se que, a leitura deve ser feita em obras originais, na língua do autor. Na falta
destas, escolher traduções que ofereçam garantia de fidelidade.

Apesar de existirem outras técnicas de investigação, como o caso da técnica de


investigação no campo, que tem facilitado na recolha de dados ou informações necessárias
para o estudo, temos a plena certeza de que, o livro é o alvo mais relevante na elaboração
da bibliografia do trabalho científico.

Assim sendo, do ponto de vista dos aspectos formais, o livro contém dois tipos de capa,
nomeadamente a capa ant´r-rosto e a capa de rosto. Neste contexto, a capa anterrosto é a
primeira página de uma publicação ou livro que mostra apenas o título da obra… antecede
a página de rosto … chama-se também ante portada, ou falso – rosto. Enquanto, a página
de rosto permite a identificação: nome do autor, título da obra, número da edição, nome da
editora, local e data da publicação.

Outrossim, o primeiro passo na busca do material para leitura, consiste na identificação do


mesmo. Por isso, deve-se ler em consideração o seguinte:

a) O título: apresenta-se acompanhado ou não por subtítulo, pois ele estabelece o


assunto e, às vezes, a intenção do autor;
b) A data da publicação: fornece elementos para certificar-se de sua actualização e
aceitação (número de edições), excepção feita para textos clássicos, onde não é a
actualidade que importa;
c) A ficha catalográfica: a fim de verificar as credenciais ou qualificações do autor;
d) A contracapa - permite verificar as credenciais ou qualificações do autor; é onde se
encontra, geralmente, uma apreciação da obra, assim como indicações do "público" a que
se destina;
e) O índice ou sumário: para se ter uma ideia da divisão e tópicos abordados;
apresenta tanto os tópicos abordados na obra quanto as divisões a que o assunto está
sujeito;
f) A introdução ou prefácio: propicia indícios sobre os objectivos do autor e,
geralmente, da metodologia por ele empregada;
g) A Bibliografia: tanto final como as citações de rodapé, permite obter uma ideia das
obras consultadas e suas características gerais.

5. Importância do seminário no processo ensino-aprendizagem


Seminário é um tipo de actividade que tem por objectivo trabalhar um determinado
conteúdo de forma estrategicamente fraccionada. Para o seu desenvolvimento cada grupo
deve pesquisar sobre o tema proposto, preparando, para avaliação, material escrito e em
uma apresentação para os demais colegas, havendo a seguir, uma discussão, com
questionamentos da plateia aos apresentadores do seminário, com foco na subunidade de
conteúdo abordada.
6. Conhecimento basico sobre biblioteconomia (lugar do trabalho
científico)

O termo "biblioteconomia" deriva da palavra "biblioteca", que é composto por dois


vocábulos provenientes do latim: biblió (livro) e theke (caixa), cujo significado «deposito
de livros». Assim sendo, designa-se iblioteconomia o conjunto de locais onde guardam-se
numerosas colecções bibliográficas viradas à produção consumo e circulação de
conhecimentos.

Em quanto que, biblioteca será a colecção de documentos bibliográficos (livros,


periódicos1, dicionários, enciclopédias, monografias, revistas, etc.) e não bibliográficos
(gravuras, mapas, filmes, discos, etc.), organizados e administrados para a formação,
consulta e recreação de todo público ou determinadas categorias de consultores. Em termos
simples, biblioteca é um espaço físico onde guardam-se livros, destinados para consulta.

As bibliotecas podem -ser:

a) Física: são bibliotecas públicas frequentadas pelo público em geral, sem especificar
grupo, onde se pode encontrar livros, monografias, seriados, separatas, etc. sem importar a
especialização. As bibliotecas escolares são aquelas que existem nas escolas, quer sejam de
nível básico, médio ou superior e servem os estudantes.
b) Bibliotecas virtuais: também podem ser consideradas públicas ou escolares,
compreendem as videocassetes, internet, etc. são virtuais porque seus eventos uma vez
projectados através de monitores ou ecrãs, ou ainda pela rádio difusão e que são estudados,
mas não palpáveis.

1. Quanto ao tipo de material, existem:

Biblioteca para periódicos (hemerotecas); de filmes (filmotecas ou cinematecas); de


partituras musicais, de textos em braile, de discos (discotecas), de vídeos (videotecas) de
materiais didácticos, de gibis (gibitecas).

2. Quanto aos tipos de usuários:


Existem bibliotecas públicas (abertas aos membros de uma comunidade em geral);
bibliotecas escolares (para estudantes e professores); bibliotecas especializadas (para
estudiosos e pesquisadores) e bibliotecas especiais (para grupos especiais de usuários)
(BRIQUET DE LEMOS, 2005).

Arquivo: local devidamente preparado onde se guardam e conservam-se de forma


acautelado e ordenado quaisquer documentos quer sejam de interesse de um país,

1
As publicações periódicas, tal como a palavra indica, são aquelas que tem uma certa periodicidade.
Exemplo, revistas, jornais, etc. a periodicidade pode ser anual, semestral, trimestral, bimensal, mensal,
quinzenal, bissemanal, etc. Enquanto, as publicações não periódicas são consideradas todas as que não
têm periodicidade, como: livros, monografias, etc.
instituição ou individuo. Pode ser também, o conjunto de documentos constituídos por uma
pessoa física moral, ou por uma entidade pública ou privada, resultante da sua actividade e
conservados com vista a uma utilização futura.

O surgimento de novos e diferentes tipos de suportes da informação deu origem a um novo


termo, ou um novo conceito de biblioteca: a Mediateca (lugar onde se encontra reunida a
colecção de documentos sobre suportes diversos (filmes, banda magnética, disco,
diapositivo, etc).

Museu: a palavra museu vem do grego, significando «templo das musas», antigamente
designava o local destinado ao estudo das artes e das ciências. Desta feita, museu é uma
instituição permanente sem fins lucrativos ao serviço da sociedade, aberta ao público e que
promove pesquisas relativas aos testemunhos materiais do homem e do seu ambiente,
adquire-os, comunica-os e expõe-nos para estudo, educação e prazer.

No museu reúnem e conservam-se também, as obras de arte, objectos de valor histórico ou


científico, para fins de pesquisa e exposição pública.

O trabalho desenvolvido no museu, permite a criação de uma «identidade cultural». Os


objectos encontrados no museu, contam-nos o quotidiano das pessoas, falam-nos das
alegrias e preocupações doutros tempos.

Terreno ou campo: é alvo de estudo científico, é o lugar -interessando um trabalho


científico. Aplica-se aí as técnicas de busca para a recolha de dados ou informações úteis,
possibilitando a elaboração de dissertação ou trabalho científico, etc.

5.1. Classificação do livro numa biblioteca


Para que uma biblioteca ou outro centro de documentação seja considerada válida, é
necessário que o material ou livros aí existentes estejam devidamente classificados,
ordenados, arrumados e catalogados segundo um sistema previamente estabelecido.

Ao classificar um documento estamos a determinar o seu lugar na estante e como tal


teremos que escolher um símbolo que o substitua no ficheiro ou catalogo. É de facto,
trabalho difícil pois, exige funcionários aptos a desempenha-lo.

Assim, no processo de classificação, consideram-se os seguintes aspectos:

Registo: regista-se o dia que a obra chegou na biblioteca, atribuindo-lhe o número de


registo.

Catalogação: depois de registada, as obras são catalogadas fazendo-se um número das


fichas que são necessárias de acordo o número de ficheiros, aí virão as características de
cada obra (esses dados são retirados na folha de rosto).
Classificação: é um processo enquadrado dentro da catalogação, as obras são atribuídas
cotas, o conjunto de letras, algarismos ou sinais, que encaminham a arrumação das
mesmas, a cota fica ao lombo de cada livro, donde vem expresso o número de estante, o
número da prateleira, e o número da ordem da obra.

Exemplo: se a obra com o título de “Didáctica de História” apresentar no lombo a seguinte


cota 2.6.89, significa que, o livro se encontra na estante nº 2, prateleira nº 6 e é o 89º livro
naquela prateleira, precedido de uma ordem crescente na arrumação. Isto é, da esquerda
para direita.

5.2. Tipos de ficheiros que compõem as bibliotecas


1. Ficheiro Onomástico ou de autores: as fichas são ordenadas alfabeticamente por
autores, neles está sublinhado o nome do autor.
2. Ficheiro didascálico ou de títulos: quando é o titulo da publicação que esta em
destaque, também ordenada alfabeticamente.
3. Ficheiro sistemático, temático ou de assuntos: como o nome indica, quando está
ordenado por assuntos ou temas, mas sempre em ordem alfabética.
4. Ficheiro topográfico ou geográfico: ordenado alfabeticamente, por áreas
geográficas ou países.

5.3. Características das obras numa biblioteca


Existem três qualidades de obras que podemos encontrar numa biblioteca, a saber:

a) Obras de referência – Dicionários e as enciclopédias.


b) Publicações não periódicas – são todas aquelas obras que não têm periocidade e
por certo motivo não se consideram ultrapassadas, no caso dos livros, monografias,
seriados e separatas.
c) Publicações periódicas – são de facto aquelas que têm uma certa periodicidade.
Dadas as suas limitações, podem se considerar ultrapassadas com o passar do tempo, caso
das revistas, jornais esta periodicidade pode ser, anual, semestral, bissemanal, semanal,
diário, etc.

CAPITULO II

MÉTODO CIENTÍFICO

A palavra Método vem do grego methodós, é composto de metá (através de, por meio de) e
de hodós (via, caminho). Para você entender o significado da palavra em seu sentido
etimológico, imagina a escala de uma montanha que oferece muitas dificuldades na sua
subida, antes de subir certamente, será necessário estudar a montanha para ter certeza do
melhor caminho a ser seguido, providenciar as ferramentas necessárias e conhecer as
regras e técnicas da escala.
A palavra método foi utilizada neste sentido querendo designar, via, caminho, meio ou
linha de raciocínio.
Para todas actividades da vida humana é necessário escolher a melhor via, o melhor
caminho, isto é, o melhor método. Na ciência também não é diferente, se o pesquisador
lança um problema de pesquisa, se deseja investigar um determinado fenómeno, precisa,
antes de tudo determinar o caminho a ser seguido para encontrar respostas para o seu
problema. Assim, o método consiste no ponto de ligação entre a dúvida e o conhecimento.
O estabelecimento do método da pesquisa depende de factores relacionados com a natureza
do objecto de estudo, de aspectos relacionados a natureza da ciência em que o objecto se
situa e, fundamentalmente, da criatividade do pesquisador. Neste sentido, entenda o
método como sendo a expressão formal do pensamento, a linha de raciocínio que o
pesquisador estabelece para abordar o seu problema.
De acordo a LAKATOS e MRCONI (1995, p. 160), os métodos podem ser subdivididos
em métodos de abordagem e métodos de procedimentos.
São métodos de abordagem, aqueles vinculados ao plano geral do trabalho, ao raciocínio
que estabelece como fio condutor na investigação do problema.

Tipos de métodos de abordagem:

Método Indutivo – a indução parte de registos menos gerais para enunciados mais
gerais. A partir da observação de alguns factos, a mente humana tende a tirar conclusões
gerais. O argumento indutivo fundamenta-se em premissas.

Método Dedutivo – transforma enunciados universais, em particulares. O ponto de


partida é a premissa antecedente, que tem valor universal e o ponto de chegada é o
consequente (premissa particular). A dedução já está implícita nos princípios e a sua forma
mais importante é o silogismo, composto de três juízos ou proposições: duas premissas –
maior e menor e uma conclusão.

Método dialéctico – pela etimologia da palavra, de origem grega dialectos, que


significa «debate», forma de discutir e debater. Na dialéctica, ocorre a negação da negação
como algo positivo, pois essa polaridade entre negação e afirmação implica negação, mas a
negação da negação surge afirmação. Quando se repete a negação, isto significa sim.
Segunda negação. O resultado será algo positivo. É com essa lei do pensamento que a
dialéctica tem como definição do debate a Tese, proposição positiva; se nega a sua
contrária, negando a primeira que é a antítese, por sua vez negada, obtém, assim, a síntese,
que é a negação da tese e antítese.

Método Hipotético-dedutivo – surge o problema e a conjectura, que serão testados pela


observação e experimentação. É o método da tentativa e erro. O seu uso permite identificar
os erros da hipótese para posterior correcção. Ela não imuniza a hipótese contra a rejeição,
mas, ao contrário, oferece todas as condições para, se não for correta, que seja refutada.
Método fenomenológico- toma como base de que é possível chegar a essência do objectivo
a partir da observação e do exame do fenómeno como algo que aparece na consciência.
Esse método, trata dos aspectos mais essenciais do fenómeno, aspirando aprende-los
através da intuição.

Métodos de procedimento: são vinculados a etapas de aplicação das técnicas em uma


investigação ou, mais especificamente, as fases de desenvolvimento de uma pesquisa.
Caracteriza-se por apresentar conjunto de procedimentos relacionados ao momento da
colecta e registo de dados. Enquanto os métodos de abordagem estão relacionados ao
pensar, os métodos de procedimentos estão ligados ao fazer.

Tipos de métodos de procedimentos:

Método Histórico – Tem como pressuposto reconstruir o passado objectivamente e


acurada amente, geralmente relacionado com uma hipótese sustentável. As instituições e os
costumes contribuem para a formação de nossa vida social como fonte de origem passada
importando assim a pesquisa na compreensão de sua natureza e função.

Método Comparativo – empregado por Taylor, realiza comparações com o


objectivo de verificar similitudes e explicar as divergências no intuito de melhor
compreender o comportamento humano. Analisa os dados concretos e com base neles se
deduz elementos abstractos e genéricos. Podendo ser utilizado em todas as fases e níveis
que estejam sendo realizadas as investigações.

Método Estatístico – é um método de análise, planejado por dados que permite


obter de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações
simplificadas têm relações entre si. Quando, a partir de uma amostragem ou de um caso
particular, fazem-se generalizações, tem-se a probabilidade e não a certeza da ocorrência
de tal fenómeno.

Método etnográfico: estudo e descrição de um povo, sua língua, raça, religião,


cultura, etc.

Método Monográfico – também conhecido como estudo de caso e permite


mediante caso isolado ou de pequenos grupos, entender determinados factos. Partindo do
princípio de que qualquer caso, que se estude em profundidade pode ser considerado
representativo de muitos outros ou até de todos os casos semelhantes.

Técnica é a táctica. É a forma como se vai implementar a estratégia. Porém, se o


método: é o caminho escolhido…. A técnica: é o transporte…

Classificação dos métodos e técnicas de colecta de dados (Etapas do


método científico):

1. Observação:
O conhecimento científico inicia com a colecta de informações para descrever de forma
qualitativa e/ou quantitativa o fenómeno. Observação qualitativa: quando as informações
obtidas não incluem dados numéricos; observação quantitativa: é obtida com utilização de
instrumentos e resultam em medidas.

2. Questionamento:

Ao observar a repetição de uma prioridade ou características do fenómeno, formulam-se


perguntas. Exemplo: por que o fenómeno ocorre? Como ele é descrito? Quais factores
podem influenciá-lo?

3. Hipóteses:

As hipóteses têm como objectivo explicar as observações e, por isso, nas tentativas de
desvendar o fenómeno mais de uma hipótese pode ser formulada. Elas vão guiar o
planejamento dos experimentos para que se aprenda mais sobre o que esta sendo
observado.

4. Experimentos

A actividade experimental avalia o sistema em estudo e verifica as condições praticas para


que o fenómeno ocorra e possa ser reproduzido.

A medida que os experimentos são realizados, as evidencias são reunidas e as hipóteses


são colocadas à prova.

5. Resultados:

A reunião dos dados obtidos juntamente com as interpretações realizadas vão validar as
informações para justificar a hipótese e explicar o fenómeno. Nesta etapa, os resultados são
utilizados para rejeitar ou modificar a hipótese, pois ela deve coincidir com os resultados
obtidos.

6. Conclusão

Com base na observação, formulação de hipóteses, experimentos e resultados obtidos é


possível que se construa uma teoria, lei ou princípio para expandir o conhecimento
adquirido e aplicá-lo em outras situações.

CAPITULO III
A CIÊNCIA
 Do medo a ciência
A evolução humana corresponde ao desenvolvimento da sua inteligência. Assim sendo,
identificam-se três níveis de desenvolvimento da inteligência dos seres humanos desde o
surgimento dos primeiros hominídeos: o medo, o misticismo e a ciência.

O medo: os homens pré-históricos não conseguiam entender os fenómenos da natureza.


Por esse motivo, suas reacções eram sempre de medo: tinham medo das tempestades e do
desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se passava diante deles, não lhes
restava alternativa senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam.

O misticismo: num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo para a


tentativa de explicação dos fenómenos através do pensamento mágico, das crenças e das
superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam explicar o que viam. Assim,
as tempestades poderiam ser fruto de uma ira divina.

A ciência: como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenómenos


dos seres humanos, finalmente, evoluíram para a busca de respostas através de caminhos
que pudessem ser comprovados. Desta forma nasceu a ciência.

Do Latim, Ciência «scientia», quer dizer «conhecimento, doutrina ou pratica». É o


conjunto organizado de conhecimentos sobre a realidade obtida mediante o método
científico. É ainda, o conjunto de conhecimentos exactos, sistemáticos, organizados que
são adquiridos como resultado do processo de investigação científica acerca da natureza da
sociedade e do pensamento humano.

Segundo SHEVENELL citado por White, considera «Científico», o resultado de uma


investigação «critica e exaustiva», realizada por um especialista, sobre um tema bem
delimitado, cuja finalidade é verifica-lo, corrigi-lo ou completa-lo, a luz dos princípios
fundamentais. Ou seja, o conhecimento científico é aquele que é passível de teste.
Natureza da ciência
Refere-se a epistemologia da ciência, como uma forma de conhecer, ou ou aos valores e
crenças inerentes ao conhecimento científico e o seu desenvolvimento.

2.1. Classificação das ciências

 Ciências matemáticas ou lógica matemática: Aritmética, geometria, álgebra,


trigonometria, lógica etc.
 Ciências naturais: física, química, biologia, geologia, astronomia, geografia física,
paleontologia, etc.
 Ciências humanos e /ou sociais: psicologia, sociologia, antropologia, geografia
humana, economia, linguista, arqueologia, história, etc.
 Ciências aplicadas (que conduzem a invenção de tecnologia para intervir na
natureza, na vida humana e nas sociedades): engenharia, medicina, arquitectura,
informática, etc.
3.1. As funções da ciência são:
1. Descrever a realidade das coisas;
2. Determinar os factores que concorrem para o aparecimento de factos e fenómenos;
3. Interpretação e explicação dos fenómenos dependentemente da sua realidade pela
experimentação e observação.
4. Aperfeiçoa o crescente acervo de conhecimentos na relação do homem com o
mundo;
5. Prediz os eventos, processos ou produtos, de uma forma probalistica
6. Transforma a realidade em correspondência com as necessidades e exigências da
sociedade.
7.

2.1. Teorias e doutrinas científica


A teoria científica é o conjunto de proposições ou hipóteses que têm sido consideradas
como válidas ou plausíveis e ainda sustentadas pela realidade existencial.

Qual quer teoria pode ser chamada científica? Claro que não, pois que, existem critérios
de aceitabilidade para que uma teoria seja considerada científica, tais como:

a) Consistência interna – pelo qual as proposições da teoria devem ser livres da


contradição;
b) Consistência externa – não pode haver equívocos entre elas e as observações e
mensurações da vida real.
c) Operacional – consiste na testagem da teoria pois é, entre este, o executor;
d) Generalidade- ter ampla aplicação e extensão a outras áreas do conhecimento;
e) Parcimónia científica – exige ser a melhor teoria que envolve o menor número de
hipóteses.

Uma teoria científica é considerada fiável quando nela se aplica o método científico.
Método científico é que comprova de que determinadas teses possuem veracidade.

Filly e House realçam:m «Quanto abrangência, a teoria pode ser microcósmica: quando
se consentra em pequena unidade de análise e se desenvolve até formar uma teoria do
todo». Exemplo: a teoria que se inicia com os estudos dos casos. E é macro cósmica:
quando é de carácter dedutivo, inicia-se levando em consideração toda a situação,
fenómeno e lentamente vai focando unidades menores dentro dela;
Quanto aos componentes, a teoria pode ser estática: quando consiste num relacionamento
simples entre seus factores. E é dinâmica: as suas explicações envolvem relacionamentos
mais complexos e contém mais interdependências.

CAPIUTLO IV
DIFERENTES TIPOS DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma forma de compreender a realidade Segundo Lakatos e
Marconi (2007): “A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade;
Um mesmo objecto ou fenómeno pode ser observado tanto pelo cientista quanto pelo
homem comum; o que leva ao conhecimento científico é a forma de observação do
fenómeno”.

Desde o seu nascimento o homem interage com a natureza e os objectos ao seu


redor, observando as relações sociais e culturais no meio em que vive. E é através dessas
observações e da sua interacção com as pessoas e objectos, ele, adquire o conhecimento.
Neste contexto, Fonseca considera: «O homem é, por natureza, um animal curioso. Desde
o seu nascimento, interage com a natureza e com os objectos à sua volta, interpreta o
universo a partir das referências sociais e culturais do meio em que vive. Apropria-se do
conhecimento através das sensações que os seres e os fenómenos, lhe transmitem»,
(FONSECA, 2002, p. 10).

No mesmo turno, Tartuce, afirma: «O conhecimento é um processo dinâmico e


inacabado, serve como referencial para a pesquisa tanto qualitativa como quantitativa.
Portanto, o conhecimento existe no homem. O homem, em seu acto de conhecer, conhece a
realidade vivencial, porque se os fenómenos agem sobre os seus sentidos, ele também pode
agir sobre os factos, adquirindo uma experiência pluridimensional do universo»,
(TARTUCE, 2006, p.5).

Assim, De forma geral, o conhecimento pode ser adquirido de diversas formas, por:
sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição. E,
classifica-se em popular (Empírico ou do senso comum), teológico, filosófico e científico.

 Conhecimento empírico (vulgar ou senso comum)


A palavra empírico vem do grego e significa “experiencia”. Então, é aquele que
provêm do viver-e-aprender, da experiencia da vida.

Não surge do estudo sistemático ou um método específico, é o saber que preenche


nossa vida diária sem a pesquisa, estudo ou a aplicação de um método, ou seja, sem a
reflexão sobre algo". (BABINI, 1957, p. 21). ´baseado nas experiências vidas com as
pessoas quotidianamente, produzindo frequentemente conhecimentos que passam de
geração a geração. Exemplo: a medicina natural, contos, fábulas, folclores e a memória
colectiva.

Segundo Trujillo Ferrari (1974), o conhecimento popular é dado pela familiaridade


que temos com alguma coisa, sendo resultado de experiências pessoais ou suposições, ou
seja, é uma informação íntima que não foi suficientemente reflectida para ser reduzida a
um modelo ou uma fórmula geral, dificultando, assim, sua transmissão de uma pessoa a
outra, de forma fácil e compreensível. O conhecimento empírico ou senso comum,
apresenta as seguintes características:
Superficial – conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas.
Sensitivo – referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária.
Subjectivo – é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos.
Assistemático – a organização da experiência não visa a uma sistematização das
ideias, nem da forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las.

 Conhecimento Filosófico
Nasce a partir das reflexões que as pessoas fazem sobre questões subjectivas.
Surgiu da capacidade das pessoas de pensarem sobre questões imateriais, subjectivas e
conceituais. Então é um conhecimento racional.

O conhecimento filosófico, caracteriza-se pelos esforços de questionar os


problemas da vida humana, a partir da razão humana. Ou seja, este conhecimento busca os
porquês de tudo que existe.

Um exemplo deste conhecimento é: Qual é o sentido da vida? O que é o tempo?


Qual é o futuro da humanidade?

O conhecimento filosófico utiliza-se da razão, mas dispensa a necessidade de


verificação científica, visto que os seus objectos de estudo são os próprios conceitos.

A principal preocupação do conhecimento filosófico é questionar e encontrar


respostas racionais para determinadas questões, mas não necessariamente comprovar algo.
Neste sentido, pode-se afirmar que este modelo de conhecimento é crítico e especulativo.

O conhecimento filosófico tem como características:

Elucidativo: tenta entender os pensamentos, conceitos, os problemas e demais


situações de vida que são impossíveis de serem desvendados cientificamente;
Critico: todas informações devem ser profundamente analisadas e reflectidas antes
de serem ledas em consideração;
Especulativo: as conclusões são baseadas em hipóteses e possibilidades, devido ao
uso de um conhecimento teórico puro;
Não verificável: os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser
confirmados nem refutados.
Sistemático: acredita que a base para resolução das questões seja a reflexão
orientada pela lógica;

 Conhecimento Religioso ou Teológico


O conhecimento religioso ou teológico baseia-se na fé, na crença nos textos
sagrados e nas revelações divinas.
Acredita-se que a religião é a verdade absoluta, que explica todos os mistérios que
rondam a mente humana. Em geral, os dogmas religiosos estão nos textos sagrados, como
a Bíblia, o alcorão, etc.

Parte-se, portanto, da compreensão e da aceitação de que existe um Deus – que


constitui a razão de ser de todas coisas. A verdade que Deus revela não é algo discutível,
nem questionável às pessoas que acreditam. Logo, as verdades tratadas são infalíveis e
indiscutíveis

 Conhecimento Científico
O conhecimento científico é sujeito a vários julgamentos humanos, porque, brota de
um raciocínio lógico do homem, visto ser próprio de um ser humano. Porque, a ciência é o
próprio homem. Sem o qual, não haveria ciência. É propenso aos vários testes para tornar
válido. O conhecimento científico vem por meio de factos com comprovação científica.

É um conhecimento que surgiu de um outro conhecimento básico natural, o qual se


utilizava ao longo do tempo, após o aparecimento do homem na sociedade. Este
conhecimento (básico natural), é denominado como Empírico ou Senso Comum, com
características míticas, vivendo o dia-a-dia do homem para resolver seus problemas
quotidiano, limitado à espontaneidade. Também chamado de conhecimento popular, uma
vez tornado duvidoso é sujeito ao aperfeiçoamento e aprofundamento através de métodos
científicos e gera o conhecimento científico.

O conhecimento científico possui as seguintes características:

 Observação sistemática: noutros saberes também o conhecimento é obtido


observando o mundo e a vida quotidiana. No entanto, a ciência tornar essa
observação uma actividade regrada e sistemática. Por exemplo, alimentação
do grupo de macacos pode ser observada 4 horas por dia, durante 60 dia.
Com isso, será possível verificar com bastante confiança qual é a dieta
principal desses animais.
 Experimentação controlada: a ciência é produzida através de
experimentos. Como isso é feito? É possível imaginar uma cientista que esta
interessada a descobrir os efeitos de um agro-tóxico sobre uma planta. Neste
caso, ela irá testar esta substância tóxica no vegetal de modo regrado e por
algum período. A cientista deverá tentar chegar à maior certeza que foi o
agro-tóxico, e não outros factores, que causaram efeito sobre a planta
 Probabilidade e contexto: o mundo é complexo e desordenado.
Geralmente a ciência tenta dar a ordem nessa “bagunça” para entender
melhor o mundo. O saber científico é sempre provisão, é verdade até que se
prove o contrário. Ou seja, o conhecimento produzido pela ciência é
probabilístico e depende do contexto em que foram realizados os
experimentos e as observações.
 Critica: uma das características importantes da ciência é o senso critico.
Afinal uma crítica surge a partir duma dúvida: porque que algo acontece de
tal jeito e não de outro? Ou, por que quando o x ocorre, y também se
transforma? Desse modo, a capacidade de criticar e questionar é
imprescindível para produzir o conhecimento científico. Logo, não há
espaço para dogmas ou verdades absolutas dentro da ciência.
 Teoria: a partir do que já foi exposto, é possível notar que não há certezas
finais no conhecimento científico. Por isso, a partir das pesquisas e da
experimentação, cientistas produzem teorias que interpretam o mundo de
uma forma. Consequentemente, quando falamos de uma teoria científica, ela
não deve ser considerada como sinónimo de algo sem confiança. Por
exemplo, o darwinismo não é só uma teoria – na verdade, ela é uma teoria
justamente porque é fruto de muito estudo e pesquisa.

TEMA V: O TRABALHO CIENTÍFICO

5.1. definição do trabalho científico


De acordo com a ABNT, o trabalho científico pode ser definido como a “publicação com
autoria declarada, que apresenta e descute ideias, metodos, tecnicas, processos e resultados
nas diversas áreas do conhecimento”. Os trabalhos científicos são aqueles que circulam no
ambiente académico.

5.2. Classificação do trabalho científico

É comum que você se depare com vários tios de trabalhos científicos ao longo da sua carreira
académica. É comum saber diferencia-los.

Projecto de pesquisa

É uma propósta especifica e detalhada do trabalho a ser desenvolvido, com o objectivo de


difinir uma questãoe a forma pela qual ela será pesquisada. Como montar um projecto de
pesquisa de acordo as regras da ABNT?

Para o projecto de pesquisa seja bem elaborado, é necessário responder algumas perguntas e
seguir os passos:

O que pesquisar? – Tema (Delimitação do tema ou tema especifico);

Por que pesquisar? Justificativa, problema e hipóteses;

Para que pesquisar? Objectivos geral e específicos;

Como pesquisar? Metodologia;

Qunao pesquisar? Cronograma das actividades;

Por quem? Referencias

Relatório
É um documento que visa informar o andamento de uma pesquisa, assim como aulas de
campo ou experimentais.

Fichamento

Serve para registrar e armazenar informações e facilitar o acesso a conteudos. Ela identifica e
faz uma sintese a obra. Pode ser desnvolvido de tres formas:

1. Fichamento de conteudos: destaca ideia-base do autor da obra e suas justificativas


sobre o tema;
2. Fichamento bibliografico: alem da sintese, também deve ser feita uma analise
descritiva da obra;
3. Fichamento de citações: regitra citações da obra as citações devem ser transcritas tal
qual o conteudo original e devem estar entre aspas.
4. Poster
O poster é um tipo de trabalho bastante presente nos eventos académicos, como
cogressos, simposios e seminarios. Ele serve para apresentar os resultados ou
andamento de pesquisas científicas. Também conhecidos como paneis ou banners,
eles apresentam o conteudos da pesquisa de forma sucinta, dividindo-o em secções.
5. Artigo científico
Segundo Alceu Cavalheieri e sergio engerroff, o artigo científico é a parte de uma
publicação com autoria declarada que apresenta, discute ideias, métodos, tecnícas,
processos e resultados nas mais diversas áreas do conhecimento. Segundo ABNT,
existem dois tipos de artigos: os de revisão (parte de uma publicação que resume,
analisa e discute informações já publicadas), e artigo original (é parte de uma
publicação que apresenta temas ou abordagens originais).
6. Trabalhos de Coclusão de Curso (TCC) :
Monografia (na graduação e especialização),
É o trabalho apresentado ao final de uma graduação ou de uma especialização, como
forma de consolidar os conhecimentos adquiridos naquela área de estudo.
7. Dissertação (no mestrado),
Trabalho científico desenvolvido para a obtenção do titulo de mestre.
8. Tese (no Doutoramente)
A tese, por sua vez, é o trabalho académico feito quando se tem a intenção de obter o
titulo de Doutor.

5.3. Investigação/Pesquisa científica

O que é pesquisa? Essa pergunta pode ser respondida de muitas formas. Pesquisar
significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. Podemos
dizer basicamente, pesquisar é buscar conhecimento. Nós pesquisamos a todo momento,
em nosso quotidiano, mas, certamente, não o fazemos sempre de modo científico.

Assim, pesquisar, num sentido amplo, é procurar uma informação que não
sabemos e que precisamos saber. Consultar livros e revistas, verificar documentos,
conversar com pessoas, fazendo perguntas par obter respostas, são formas de pesquisa,
considerada como sinónimo de busca, de investigação e indagação.

Minayo (2011, p. 17), Pesquisar cientificamente significa realizarmos essa busca de


conhecimentos, apoiando-nos em procedimentos capazes de dar confiabilidade aos
resultados.

Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é entendida tanto como procedimento de


fabricação do conhecimento e de aprendizagem (no âmbito científico e educativo) ”. A
finalidade da pesquisa é “resolver problemas e solucionar dúvidas, mediante a utilização
de procedimentos científicos” (BARROS; LEHFELD, 2000a, p. 14).

4.1.2. Aspectos éticos da pesquisa científica

Ética é a ciência da conduta humana; é o princípio sistemático da conduta


moralmente correcta. Ética na pesquisa indica uma conjunção de “conduta de pesquisa”, o
que traduzimos como “conduta moralmente correcta durante uma indagação, a procura de
uma resposta para uma pergunta. ”

É necessário destacar alguns princípios éticos que devem ser observados na


produção e na elaboração de trabalhos académicos, como monografias, dissertações, teses,
artigos, ensaios etc:

a) A honestidade intelectual é factor indispensável aos pesquisadores, tornando-os


cidadãos íntegros, éticos, justos e respeitosos consigo e com a própria sociedade;

b) A apropriação indevida de obras intelectuais de terceiros é acto antiético e


qualificado como crime de violação do direito autoral pela legislação de muitos países;

c) O pesquisador deve mostrar-se autor do seu estudo, da sua pesquisa, com


autonomia e com respeito aos direitos autorais, sendo fiel às fontes bibliográficas utilizadas
no estudo;

d) E considerado plágio a reprodução integral de um texto, sem a autorização do


autor, constituindo assim “crime de violação de direitos autorais”;

e) Seguir as normas gerais de estilo e formatação de trabalhos académicos,


emanadas pala Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a American
Psychological Association(APA) , InternationalStandard Organization (ISO) e outras.

A norma representa a forma mais simples, económica, racional e acordada por


todos, normalmente, os institutos de pesquisas (universidades, faculdades e, empresas),
exigem que os trabalhos produzidos nelas ou apresentados para elas sejam feitos seguindo
as normas, caso os trabalhos não obedeçam ao especificado, são rejeitados sumariamente e
sem aceitar recursos. As normas também têm edições e periodicamente há normas que são
revistas e modificadas para atenderem melhor à sociedade que está em evolução.
Para isso, há vários tipos de pesquisas que proporcionam a colecta de dados sobre o
que desejamos investigar.

Os critérios para a classificação dos tipos de pesquisa variam de acordo com o


enfoque, interesse, campo ou natureza do objecto de estudo.

5.4. Tipologgia de pesquisa científica

É na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para chegarmos a uma


resposta mais precisa. O instrumento ideal deverá ser estipulado pelo pesquisador para se
atingir os resultados ideais. Um exemplo prático do quotidiano é: ao se cavar um buraco na
areia da praia, é preciso utilizar uma pá. Para fazer um buraco no cimento, é preciso
utilizar uma picareta. Nestes «casos utilizam-se ferramentas ideais, apropriadas, que darão
melhores resultados em relação ao objectivo estimado. Nisso reside a importância de
definir o tipo de pesquisa, escolhendo, em decorrência, os instrumentos ideais ao
desempenho óptimo.

Existem várias formas de classificar as pesquisas, a depender da natureza, da


abordagem (assunto), do propósito (objectivo) e dos procedimentos efectivados para
alcançar os dados (meio). As formas clássicas de pesquisa estão elencadas a seguir:

 Sob ponto de vista da sua natureza, a pesquisa pode ser:

a) Básica: aquela que gera novos conhecimentos e úteis para o avanço da ciência, sem
aplicação prática. Envolve verdades e interesses universais;

b) Aplicada: gera conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas


específicos. Envolve verdades e interesses locais.

 Sob o ponto de vista de seus objectivos, a pesquisa pode ser:


a) Exploratória: tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto
que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar
a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objectivos e a formulação
das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Assume, em geral,
as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso.

Em geral, envolve:

 Levantamento bibliográfico;
 Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado;
 Análise de exemplos que estimulem a compreensão.
b) Pesquisa descritiva: quando o pesquisador apenas registra e descreve os
factos observados sem interferir neles. Visa a descrever as características de determinada
população ou fenómeno. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados:
questionário e observação sistemática.
A diferença entre a pesquisa experimental e a pesquisa descritiva é que esta procura
classificar, explicar e interpretar factos que ocorrem, enquanto a pesquisa experimental
pretende demonstrar o modo ou as causas pelas quais um facto é produzido.

c) Pesquisa explicativa: Visa a identificar os factores que contribuem para a ocorrência


dos fenómenos; “aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o
porquê das coisas.” (GIL, 2010, p. 28).

Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental e, nas
ciências sociais, requer o uso do método observacional. As pesquisas explicativas, em sua
maioria, podem ser classificadas como experimentais ou ex-post-facto (temos um
experimento que se realiza depois do facto).

Quanto aos procedimentos técnicos, temos os seguintes tipos de pesquisas:

a) Pesquisa bibliográfica: elaborada a partir de material já publicado, constituído


principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos
científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material
cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em relação aos
dados colectados na internet, devemos atentar à confiabilidade e fidelidade das
fontes consultadas electronicamente.
b) Pesquisa documental: a pesquisa documental, devido a suas características,
pode ser confundida com a pesquisa bibliográfica. Gil (2008) destaca como
principal diferença entre esses tipos de pesquisa a natureza das fontes de
ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado
assunto, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam ainda
um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os
objectivos da pesquisa.

Os locais de pesquisa, os tipos e a utilização de documentos podem ser:

 Arquivos públicos (municipais, estaduais e nacionais);


 Documentos oficiais: anuários, editoriais, ordens régias, leis, atas, relatórios,
ofícios, correspondências, panfletos etc.;
 Documentos jurídicos: testamentos post mortem, inventários e todos os
materiais oriundos de cartórios;
 Colecções particulares: ofícios, correspondências, autobiografias, memórias etc.;
iconografia: imagens, quadros, monumentos, fotografias etc.;
 Materiais cartográficos: mapas, plantas etc.;
 Arquivos particulares (instituições privadas ou domicílios particulares): igrejas,
bancos, indústrias, sindicatos, partidos políticos, escolas, residências, hospitais,
agências de serviço social, entidades de classe etc.;
 Documentos eclesiásticos, financeiros, empresariais, trabalhistas, educacionais,
memórias, fotografias, diários, autobiografias etc.

a) Pesquisa experimental: quando determinamos um objecto de estudo, selecionamos


as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definimos as formas de controle e
de observação dos efeitos que a variável produz no objecto.

Para tal, ele se utiliza de local apropriado, aparelhos e instrumentos de precisão, a


fim de demonstrar o modo ou as causas pelas quais um fato é produzido, proporcionando,
assim, o estudo de suas causas e seus efeitos.

A pesquisa experimental é mais frequente nas ciências tecnológicas e nas ciências


biológicas. Tem como objectivo demonstrar como e por que determinado facto é
produzido.

b) Levantamento (survey): esse tipo de pesquisa ocorre quando envolve a


interrogação directa das pessoas cujo comportamento desejamos conhecer através
de algum tipo de questionário. Em geral, procedemos à solicitação de informações
a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida,
mediante análise quantitativa, obtermos as conclusões correspondentes aos dados
colectados.
Na maioria dos levantamentos,

[...] não são pesquisados todos os integrantes da população estudada. Antes


selecionamos, mediante procedimentos estatísticos, uma amostra significativa de
todo o universo, que é tomada como objecto de investigação. As conclusões
obtidas a partir dessa amostra são projectadas para a totalidade do universo,
levando em consideração a margem de erro, que é obtida mediante cálculos
estatísticos. (GIL, 2010, p. 35).

Segundo Gil (2008, p. 55), “os levantamentos por amostragem desfrutam hoje de
grande popularidade entre os pesquisadores sociais, a ponto de muitas pessoas chegarem
mesmo a considerar pesquisa e levantamento social a mesma coisa.” Em realidade, o
levantamento social é um dos muitos tipos de pesquisa social que, como todos os outros,
apresenta vantagens e limitações.

Entre as principais vantagens dos levantamentos estão: conhecimento directo da


realidade; economia e rapidez; quantificação.

c) Pesquisa de campo: é aquela utilizada com o objectivo de conseguir


informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual
procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que queiramos comprovar, ou,
ainda, descobrir novos fenómenos ou as relacções entre eles. Consiste na
observação de factos e fenómenos tal como ocorrem espontaneamente, na colecta
de dados a eles referentes e no Registro de variáveis que presumimos relevantes,
para analisá-los.
As fases da pesquisa de campo requerem, em primeiro lugar, a realização de uma
pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. Ela servirá, como primeiro passo, para
sabermos em que estado se encontra actualmente o problema, que trabalhos já foram
realizados a respeito e quais são as opiniões reinantes sobre o assunto.

Em segundo lugar, de acordo com a natureza da pesquisa, determinamos as


técnicas que serão empregadas na colecta de dados e na definição da amostra, que deverá
ser representativa e suficiente para apoiar as conclusões.

Por último, antes que realizemos a colecta de dados, é preciso estabelecer as


técnicas de Registro desses dados como também as técnicas que serão utilizadas em sua
análise posterior.

Os estudos de campo apresentam muitas semelhanças com os levantamentos.


Assim, “o estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de
interrogação. ” (GIL, 2008, p. 57).

d) Estudo de caso: O estudo de caso consiste em colectar e analisar informações


sobre determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de
estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa.

Cabe destacar, no entanto, que existem limitações em relação ao estudo de caso,


como as que são indicadas a seguir (YIN, 2001):

Falta de rigor metodológico: “muitas vezes, o pesquisador de estudo de caso é


negligente e permite que se aceita evidências equivocadas ou visões tendenciosas
para influenciar o significado das descobertas e das conclusões.” (YIN, 2001, p. 29-30).
O que propomos ao pesquisador disposto a desenvolver estudos de caso é que redobre seus
cuidados tanto no planeamento quanto na colecta e análise dos dados;

Dificuldade de generalização: a análise de um ou múltiplos casos fornece uma base


muito frágil para a generalização científica. Todavia, os propósitos do estudo de caso não
são os de proporcionar o conhecimento preciso das características de uma população a
partir de procedimentos estatísticos, mas, sim, o de expandir ou generalizar proposições
teóricas. O maior risco do estudo de caso único é que a explicação científica mostre-se
frágil, devido a possíveis incidências de fenómenos encontrados apenas no universo
pesquisado, o que pode comprometer a confiabilidade dos achados da pesquisa.

Tempo destinado à pesquisa: vemos que os estudos de caso demandam muito


tempo para ser realizados e que frequentemente seus resultados se tornam pouco
consistentes. Conforme Yin (2001, p. 29), “essa queixa pode até ser procedente, dada a
maneira como se realizaram estudos de caso no passado [...], mas não representa,
necessariamente, a maneira como os estudos de caso serão conduzidos no futuro. ”
Devemos atentar para o facto de que os estudos de caso não precisam demorar muito
tempo.
e) Pesquisa ex-post-facto: quando o “experimento” se realiza depois dos factos. A
pesquisa ex-post-facto analisa situações que se desenvolveram naturalmente após
algum acontecimento. É muito utilizada nas ciências sociais, pois permite a
investigação de determinantes económicos e sociais do comportamento da
sociedade em geral. Estudamos um fenómeno já ocorrido, tentamos explicá-lo e
entendê-lo.

Podemos definir pesquisa ex-post-facto “como uma investigação sistemática e


empírica na qual o pesquisador não tem controle directo sobre as variáveis independentes,
porque já ocorreram suas manifestações ou porque são intrinsecamente não manipuláveis.”
(GIL, 2008, p. 54).

f) Pesquisa-acção: concebida e realizada em estreita associação com uma acção ou


com a resolução de um problema colectivo. Os pesquisadores e os participantes
representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo
ou participativo.

Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores e os participantes envolvem-se no trabalho


de forma cooperativa. A pesquisa-acção não se refere a um simples levantamento de dados
ou de relatórios a serem arquivados. Com a pesquisa-acção, os pesquisadores pretendem
desempenhar um papel activo na própria realidade dos factos observados.

Segundo Thiollent (1998, p. 15), toda pesquisa-ação é de tipo participativo: “a


participação das pessoas implicadas nos problemas investigados é absolutamente
necessária. No entanto, tudo o que é chamado pesquisa participante não é pesquisa-acção. ”
Nessa pesquisa, os investigadores desempenham um papel activo na solução dos
problemas encontrados, no acompanhamento e na avaliação das acções desencadeadas
em razão dos problemas.

Diante de sua diversidade, a pesquisa-acção pode ser aplicada em diferentes áreas,


sendo as preferidas as áreas de educação, comunicação social, serviço social, organização,
tecnologia (em particular no meio rural) e práticas políticas e sindicais, podendo abranger
também urbanismo e saúde.

De modo geral, a pesquisa-acção é utilizada em ciências sociais, podendo inclusive


ser enriquecida pelas contribuições de outras linhas compatíveis (em particular, linhas
metodológicas concentradas na análise da linguagem em situação social).

g) Pesquisa participante: quando se desenvolve a partir da interação entre


pesquisadores e membros das situações investigadas.

Essa pesquisa, assim como a pesquisa-acção, caracteriza-se pela interação entre

pesquisadores e membros das situações investigadas. A descoberta do universo vivido pela


população implica compreender, numa perspectiva interna, o ponto de vista dos indivíduos
e dos grupos acerca das situações que vivem. No caso específico da pesquisa participante,
[...] em virtude das dificuldades para contratação de pesquisadores e
assessores, para reprodução de material para colecta de dados e
mesmo para garantir a colaboração dos grupos presumivelmente
interessados, o planejamento da pesquisa tende, na maioria dos
casos, a ser bastante flexível. (GIL, 2010, p. 157).

Algumas tarefas são essenciais na primeira fase de montagem desse tipo de pesquisa. São
elas:

 Determinação das bases teóricas da pesquisa (formulação dos objectivos, definição


dos

conceitos, construção das hipóteses etc.);

 Definição das técnicas de colecta de dados;


 Delimitação da região a ser estudada;
 Organização do processo de pesquisa participante (identificação dos
colaboradores, distribuição das tarefas, partilha das decisões etc.);
 Preparação dos pesquisadores;
 Elaboração do cronograma de actividades a serem realizadas.

Na fase seguinte, é feita a identificação da estrutura social da população, do


universo vivido por ela e de seus dados socioeconómicos e tecnológicos, para descobrir as
diferenças sociais de seus membros, o que eles pensam sobre a situação em que vivem ou
que estão vivenciando, complementada pela colecta de dados sobre eles, conforme os
tradicionais estudos de comunidade. Em geral, esses dados são organizados em categorias.
A colecta de informações deve preferencialmente usar técnicas qualitativas estruturadas.

Intrinsecamente, a pesquisa participante aceita a ideologia como parte das ciências


sociais e a controla via enfrentamento aberto, ou seja, discutindo-a.

A pesquisa participante compreende algumas coordenadas metodológicas já


estabelecidas, mas que não formam um esquema rígido; o segredo de sua utilidade reside
na flexibilidade, em sua adaptação aos mais diversos contextos e situações, que podem
mudar a ordem das etapas, eliminar algumas delas etc.

A metodologia desse tipo de pesquisa está direccionada à união entre conhecimento


e

6yacção, visto que a prática (acção) é um componente essencial também do processo de


conhecimento e de intervenção na realidade. Isso porque, à medida que a acção acontece,
descobrimos novos problemas antes não pensados, cuja análise e consequente resolução
também sofrem modificações, dado o nível maior de experiência tanto do pesquisador
quanto de seus companheiros da comunidade.

Sob o ponto de vista da abordagem do problema, a pesquisa pode ser:


a) Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir
em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso
de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-
padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão etc.).

No desenvolvimento da pesquisa de natureza quantitativa, devemos formular


hipóteses e classificar a relação entre as variáveis para garantir a precisão dos resultados,
evitando contradições no processo de análise e interpretação.

b) Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo


real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a
subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação
dos fenómenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa
qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente
natural é a fonte directa para colecta de dados e o pesquisador é o instrumento-
chave. Tal pesquisa é descritiva.

Assim, o tipo de abordagem utilizada na pesquisa dependerá dos interesses do autor


(pesquisador) e do tipo de estudo que ele desenvolverá.

6. CAPITULO VI: FASES DE UM TRABALHO CIENTÍFICO


6.1. Escolha ou selecção do tema

Quando nos propusemos a elaborar um trabalho científico, a parte mais


importante pretende-se com a escolha do tema a ser abordado. Numa primeira fase, é
fácil cair em vários assuntos, mas, na verdade, o tema deve ser bem delimitado. O tema
pode ser sugerido por alguém e nisto é precioso, muita atenção. Aliás, Zassala (2012, p.
47) salienta: “ainda quando o tema é sugerido pelo professor, cabe ao estudante
delimitá-lo com precisão, ou seja, distingui-lo de temas afins, tendo presente o domínio
sobre o qual vai trabalhar.

Durante o estudo do tema delimitado pode ocorrer alguma alteração dessa


primeira delimitação, mas ainda que isso seja frequente, é necessário que o estudante
inicie o seu trabalho de um tema bem definido”.

Nesta escolha do tema, é possível que apareçam várias perspectivas, mas o


importante é não perder o foco. Por exemplo: falar sobre a sexualidade não é
tipicamente um tema de biologia, também pode envovler assuntos ético-morais,
religiosos, culturais, sociológicos, etc. Para o efeito, é preciso delimitar a perspectiva e
área ou zona de actuação.

O tema de pesquisa não é, necessariamente, um elemento virgem, isto é, que


nunca tenha sido abordado por alguém. Caso isto aconteça, o risco é de não encontrar
fontes para a sua sustentação científica. Por isso, diz Zassala (2012, p. 48): “escolhe-se
um tema já abordado por outros, anteriormente, embora de outras perspectivas, para que
haja obras a respeito dele, podendo o aluno pesquisar e consultar documentação para a
realização do seu trabalho”.

Falar de delimitação do tema implica, numa primeira instância, a formulação de


um problema. E formular um problema exige anunciar e garantir o carácter
monográfico do trabalho. Sobre estes assuntos, falaremos mais adiante, quando nos
debruçarmos sobre a elaboração da monografia.

Ceia (2012, p. 11) apresenta alguns requisitos para a escolaha do tema. Dentre
elas, achamos convenientes as que se seguem:

 O tema a investigar deve ser determinado pelo investigador o mais cedo


possível, para que possa amadurecer a escolha decidida, para que haja
tempo para eventuais reformulações e para que as indecisões não
esgotem o tempo estipulado para a realização da tese;
 O primeiro princípio a considerar deve ser a originalidade do tema; se
estiver já muito trabalhado, o investigador deve assugurar-se de que tem
algo de novo a acrescentar ao trabalho já produzido e/ou publicado, caso
contrário, deve rever a sua escolha;
 Se o tema pretendido for, pelo contrário, muito específico ou muito
pouco estudado, corre-se o risco de não encontrar fontes que permitam
uma fundamentação adequada aos objetivos estabelecidos;
 O campo de ação da tese deve ser convenientemente medido, de forma a
não escolher um tema demasiado vasto nem demasiado restrito,
procurando encontrar um equilíbrio de proporções – ponto onde o
supervisor pode e deve ter uma intervenção importante.
Em suma, a escolha do tema é o primeiro passo para o sucesso da monografia ou
tese, cuja fundamentação do problema é a marca de toque para a execução do
trabalho sem grandes sobressaltos.

6.2. Fontes da elaboração do tema

Nenhum trabalho se realizará sem que se tenha fontes de pesquisa, isto é, sem
que haja documentos bibliográficos que possam sustentar a cientificidade do trabalho. O
aluno que se propõem a investigar um trabalho deve assumir que é capaz ler e
compreender o que lê, afim de tirar as ideias que lhe são necessárias para a sua pequisa,
seguindo as normas de MIC.

Depois de se ter escolhido o tema e fundamentá-lo, o passo a seguir é organizar


a bilbiografia/documentos necessários. Tais documentos “definem-se pela natureza dos
temas estudados e pelas áreas em que os trabalhos se situam. Tratando-se de trabalhos
no âmbito da reflexão teorica, tais documentos são basicamente textos, livros, artigos,
etc” (Zassala, 2012, p. 49). Porém, isto não implica que não existam outras fontes como
revistas, ficheiros das bibliotecas, trabalhos didácticos, etc.

Sendo a nossa área ligada às Ciências Sociais e Humanas, temos como fontes
principais:

6.2.1. Livros de textos

Os livros são a maior fonte de pesquisa de um trabalho científico. Quando nos


dedicamos ao mundo da investigação, tanto alunos como professores têm a missão de
investir na compra de livros.

6.2.2. Jornais profissionais

Os jornais são documentos que veiculam informações. São folhas diárias ou


periódicas onde se publicam informações de vária ordem: política, cultura, sociedade,
desporto, etc.

6.2.3. Artigos
Os artigos são publicações periódicas baseadas em um tema devidamente
escolhido pelo especialista. A sua extensão podem não ser superior a 20 páginas, mas
contém informações muito bem resumidas. Os artigos são fontes de informação muito
úteis, nos últimos tempos.

6.2.4. Dissertações

Dissertação é toda a exposição escrita ou oral sobre um assunto qualquer. No


mundo académico propriamente dito, dissertação é o trabalho de fim do curso de um
estudante de mestrado. Nela levanta-se um problema de investigação e pode ser objecto
de consulta para os trabalhos científicos.

CAPÌTULO III - PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (PIC)

3.1. O Problema
3.2. Modelo de elaboração de um projecto de pesquisa
3.3. Estrutura do projecto de pesquisa

ESTRUTURA ELEMENTOS
Capa (obrigatório)
Lombada (obrigatório)
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Pré-textuais Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (s) (opcional)
Agradecimento (s) (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de figuras (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Introdução
Desenvolvimento
Textuais
Conclusão
Recomendações (opcional)
Referências bibliográficas (obrigatório)
Glossários (opcional)
Apêndice (s) (opcional)
Pós-textuais
Anexo (s) (opcional)
Cronograma de actividades
Índice (s) temático (s) (opcional)

3.3.1. Descrição dos elementos pré-textuais

São elementos pré-textuais aquelas partes preliminares do texto da monografia,


cuja finalidade é facilitar a identificação e utilização da mesma. Entre estes elementos
existem os obrigatórios e os opcionais, tal como já vimos na tabela anterior. Outrossim,
quanto à organização e disposição, há relativas contradições. O ideial é seguir o modelo
que for estabelecido pela instituição onde se realiza o trabalho. No entanto, em caso de
dúvidas, o modelo ABNT é o oficialmente recomendado para a elaboração de trabalhos
científicos, no Brasil, tendo em conta os padrões internacionais. Assim sendo, temos:

a) Capa: é a primeira parte pré-textual e tem como finalidade “revestir o trabalho


proporcionando proteção externa. Contém, nesta ordem, as seguintes
informações indispensáveis: nome da instituição, com dados que facilitam sua
identificação, autor (es), título, subtítulo (se houver), número de volume (se
houver mais de um), local (cidade) e ano de entrega” (COSTA, 2003, p. 47);
b) Lombada: é de uso obrigatório para a publicação de um livro e opcional em
monografias. Nela constam os seguintes elementos: nome do título, imprenso
longitudinalmente, e legível do alto para o pé, com a face da capa coltada para
cima; nome do autor, no mesmo sentido; número e volume, se houver.
c) Folha de rosto: é outra parte essencial para a identificação do trabalho. Os
elementos que nela constam são: nome do autor (es) em ordem alfabética; título
e subtítulo (se houver, precedido de dois pontos); número de volume (se houver
mais livros); nome do tradutor (em caso de livro); local, ano em que é
apresentado. É de uso obrigatório.
d) Errata: após se ter concluído a editoração do trabalho e já estando
encardernado, pronto para a entrega, os erros ortográficos (gralhas) que forem
verificados serão digitalizados. É uma lista, com devidas correcções, apresentada
em papel avulso ou encadenada. Vejamos:
Errata
Folha/página Parágrafo Linha Onde se lê Leia-se
54 5 4 Caza casa

e) Folha de aprovação: esta folha é de carácter obrigatório, cuja finalidade é


comprovar a defesa pública de uma monografia, disserteação ou tese ou outro
trabalho académico e consta a seguinte informação: trabalho apresentado à
faculdade, instituto .............................para a obtenção do grau de .................. em
...................sob orientação científica do (a) professor
(a)...............................................
f) Dedicatória: é opcional e, nesta folha, o autor oferece a alguém o seu trabalho
para lhe prestar homenagem.
g) Agradecimentos: também é opcional, mas seria bom que se fizesse menção,
uma vez que a formação tem sempre a mão de alguém como professores,
benfeitosres, familiares, etc. É nesta folha em que o autor (es) exprimem sua
gratidão às pessoas que colaboraram ou incentivaram para que a pesquisa fosse
realizada com êxito. Deve ser singelo e breve e referir-se à assistência relevante.
h) Epígrafe: outra folha opcional em que o autor apresenta a citação, seguida de
indicação de autoria, relacionada a matéria tratada no corpo do trabalho.
Também pode constar no início dos capítulos.
i) Resumo na língua vernácula: quando o pesquisador faz a coleta das
informações, é preciso certificar a sua validade, fidedignidade, relevância e
pertinência. Este resumo em língua vernácula e na língua estrangeira e de
carácter obrigatório e tem como intenção facilitar a escolha de argumentos
convenientes e autênticos. O resumo é a síntese, apresentação concisa do tabalho
sobre o assunto, resultados, metodologias e conclusões. Deve evitar-se a
sequência de capítulos e é redigido na terceira pessoas do singular com os
verbos na voz activa.
j) Listas: são tantas as lists que podem surgir num trabalho (quadros, gráficos,
tabelas, esquemas, etc.). elas têm a finalidade de facilitam o processo de busca
de informação. As listas são feitas em ordem alfabética.
k) Sumário: é o rotineiro da monografia. Sua finalidade “é proporcionar uma visão
conjunta, bem como facilitar a localização dos assuntos aludidos. Evite-se
confundi-la com o índice, pois o índice é um rotineiro, trata-se da relação
detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos, entre outros”
(COSTA, 2003, p. 50).

3.3.2. Descrição dos elementos textuais

Estes elementos fazem o corpo do prjecto, da monografia, dissertação ou tese.


Entre este conjunto de elementos temos.

a) Introdução: é, basicamente o primeiro capítulo do trabalho científico. Na


introdução faz-se a nota inicial no qual “o pesquisador expõe argumentos que
fundamentalmente incentivam o leitor para a leitura dos resultados obtidos na
pesquisa realizada, além de ambientá-lo quanto ao desenvolvimento do texto”
(COSTA, 2003, p. 52). As informações da introdução são: definir o assunto que
vai ser abordado; delimitar o assunto justificando o porquê da delimitação;
metodologia; situar o mesmo em relação ao tempo; estabelecer objectivos e
propor uma rota de desenvolvimento, etc. A introdução é predizer tudo o que
está abordado no corpo do trabalho e é normal introduzir as informações por
cada capítulo.
N.B.: na introdução não devem ser inseridos aspectos que não foram
desenvolvidos; não antecipar conclusões, antes de serem explicitados, etc.
b) desenvolvimento (corpo do projecto, da monografia...): considerando a
introdução como um capítulo, entre aspas, na fase de desenvolvimento, os
capítulos subsequentes expõem as provas do que se pretende propor como
possível solução do problema levantado.

Desenvolver o trabalho é procurar comprovar ou rejeitar as hipóteses


devidamente justificadas, pois são elas o cerne da questão levantada. E a discussão de
cada um dos capítulos e secções deve obedecer a critérios de dedução lógica. Isto é, é
preciso começar a tirar as conclusões ao longo da discussão do tema, ao longo do seu
desenvolvimento. Segundo Costa (2003, p. 56), “O propósito do desenvolviemento do
texto é proporcionar, em decorrência da análise realizada, para uma apreciação que
sintetize o que foi explicado, discutido e demonstrado, isto é, a conclusão”.

c)Conclusão: é o último capítulo do texto, constitui o ponto de convergência de


tudo quanto foi desenvolvido e consiste “em enunciar o que se expôs ou provou-se na
trajetória percorrida” (COSTA, 2003, p. 56). Na conclusão se incluem elementos como
propostas e sugestões.

Portanto, a articulação das ideias integradas na introdução, no corpo do trabalho


e a respetiva conclusão são os requisitos que dão qualidade à pesquisa feita. E, a coesão
e coerência são obtidos, quando se evitam erros grosseiros, como: deixar de afirmar a
(s) hipóte (s) aceita (s) e/ou rejeita (s); desvincular-se das conclusões parciais de cada
capítulo; introduzir argumentos não explicados, discutidos e demonstrados no
desenvolvimento; deixar de apresentar uma síntese que integre todas as soluções
encontradas; deixar de fazer referência que o estudo venha permitir; não recomendar
pontos que devem ser examinados e aprofundados, etc.

a) Recomendações: são dados apresentados com a finalidade de chamar a


atenção dos leitores ou instituições sobre aquilo que podem fazer para a
melhoria da qualidade daquilo que constituiu o problema em análise.

3.3.3. Descrição dos elementos pós-textuais


 Bibliografia ou referências bibliográficas

É uma parte obrigatória. Nela figuram todas as obras e demais fontes


pesquisadas para a elaboração do trabalho. Ou seja, “a relação de todas as fontes
utilizadas, quer sejam textualmente citadas ou parafraseadas pelo autor na sua
composição, devem, obrigatoriamente, figurar nas referências. Assim, os verbetes –
entradas de referências, são dispostos numa única ordem alfabética. Trata-se, portanto,
do sitema autor-data (publicação ideintifacada pelo verbete e data e sua publicação)”
(COSTA, 2003, p. 56).

 Anexos/Apêndices

São elementos pós-textuais que têm relação com o texto, mas que, para não
torná-lo denso e prejudicar-lhe a unidade, são dispostos a parte textual. Os anexos são
“elementos essenciais à fundamentação dos dados coletados durante a realização da
pesquisa, que se juntam ao texto para suplementá-lo. São, portanto, documentos e/ou
instrumentos de pesquisa utilizados mas nem sempre elaborados pelo autor do trabalho.
São exemplos de anexos: questionários, entrevistas, normas, artigos publicados,
transcrições de leis, entre outros” (COSTA, 2003, p. 58).

Apêndices têm o mesmo objectivo que os anexos.

Estrutura dos elementos textuais (corpo do trabalho) para a elaboração do


projecto de investigação científica (monografia, dissertação, tese...)

Depois de termos visto os elementos pré-textuais, eis aqui apresentados os


textuais:

I- O Problema

Introdução
Tal como já vimos, a introdução é a parte do texto em que o investigador
apresenta as ideias, de forma geral, sobre aquilo que vai ser abordado no trabalho. Não
antecipa conclusões, mas prediz o assunto quanto à metodologia, objectivos a atingir,
etc.

A introdução deve ser sobre aquilo e somente aquilo que o corpo do trabalho faz
referência. Ou seja, não se incluem elementos que não entram no trabalho.

Formulação do problema

O trabalho de investigação científica implica, necessariamente, um problema,


seja ele (ou não) formalmente explicitado pelo investigador. Segundo Zassala (2012, p.
56), “Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível
e operacional, qual a dificuldade com que nos defrontamos e que pretendemos resolver,
limitando o seu campo e apresentando as suas características”.

A formulação do problema, segundo Coutinho (2014, pp. 49-50), tem as


seguintes vantagens:

 Centra a investigação numa área ou domínio concreto;


 Organiza o projecto, dando-lhe direção e coerência;
 Delimita o estudo, mostrando as suas fronteiras;
 Guia a revisão da literatura para a questão central;
 Fornece um referencial para a redação do projeto;
 Aponta para os dados que serão necessários a obter.

Por assim dizer, para formular bem o problema, muitas vezes se recorre ao método
de colocação de questões, mesmo não explícitas, cuja preferência de redação seja
ainterrogativa, pois combina com as variáveis em estudo.

Importância do problema

É ressponder o para que do trabalho, a finalidade desta investigação. É nesta fase


que o investigador vai apresentar as suas ideias sobre a importância que o estudo tem na
área em que se insere. É oportuno que o investigador encontre o elemento de novidade,
pois, como já vimos, o tema não é necessário que seja novo (virgem). O pesquisador dá
ênfase sobre a área específica do desenvolvimento do estudo, apresentando o contributo
do seu trabalho na área de domínio.

Justificação do problema

Justificar parece ser o mesmo que dizer importãncia. No entanto. Este ponto
foca-se mito mais na questão de o investigador expor as razões pelas quais escolheu este
ou aquele tema para a sua pesquisa. Aqui se responde a seguinte pergunta: o porquê da
escolha deste ou daquele tema.

Delimitação do estudo

A delimitação diz respeito à área ou zona de actuação do investigador, bem


como os aspectos específicos. A delimitação tem como função evitar generalizações
impróprias, inadequadas em relação aos resultados que se pretendem alcançar. É
também normal que se fale da população alvo e da possível amostra representativa.

Objectivos

Segundo António Carrilho Ribeiro, apud Azevedo, Fernando José Fraga de


(2014, p. 72) os objectivos “indicam a direcção e a intencionalidade do processo de
ensino-aprendizagem, correspondendo, no fundo, aquilo que a sociedade, definida a
nível central, regional ou local, considerada importante ou útil que seja aprendido pelas
gerações mais jovens e em processo de formação”.

Oliveira, A. D. B. de, Botetelho, A. P. R., et al. (2000: 352), em educação que,


«o objectivo põe em evidência alvo a ser alcançado pelo ensino-aprendizagem no
comportamento do aluno e, consequentemente, visa uma mudança. Os objectivos
podem ser:

a) Geral: é o objectivo mais abrangente e determina a amplitude do


desenvolvimento do trabalho. Pode ser alcançado a longo prazo.
b) Específicos: são também chamados de educativos. Estes objectivos são
alcançados a curto ou médio prazo, pois incidem sobre os resultados necessários
para se resolver o problema levantado.

Formulação de hipóteses

As hipóteses são respostas antecipas ao problema e são formuladas de


forma afirmativa ou negativa para depois, ao longo do trabalho, serem aceites ou
refutadas. Pela sua natureza, devem ser conceptualmente claras e definidas de forma
operacional e não podem conter julgamentos morais.

II- Fundamentação teórica ou enquadramento teórico


2.1. Definição de conceitos

No processo de fundamentação teórica, o investigador deverá apresentar os


pontos orientadores da sua monogografia, dissertação, tese, etc. É preciso
esclarecer/definir os termos utilizados ao longo do trabalho, fazer questões que
fundamentem o problema levantado e dar respostas, com vista a afirmar ou refutar
as hipóteses. É nesta parte do trabalho que o pesquisador vai abordar os demais
capítulos e itens referentes ao desenvolvimento do trabalho científico de forma
pormenorizada, apresentando suas ideias, suas opiniões sobre o tema e apoiar-se em
autores diversos (fontes como livros, etc).

É normal que o trabalho apresente, neste campo, mais de dois ou três


capítulos devidamente organizados.

Obs.: O projecto que aqui apresetamos tem apenas três capítulos como uma
simples forma de exemplificação.

III- Metodologia
1.1. Tipo de pesquisa
O tipo de pesquisa implica a natureza daquilo que o investigador procura
desenvolvolver e dizer se é o assunto em causa é um fenómeno ou apenas uma análise
de informações sobre algo que interessa a ciência. Em caso de ser um fenómeno, a
pesquisa chamar-se-á fenomenológica. Em caso de querer descrever situações, chamar-
se-ia pesquisa descritiva. No entanto, a pesquisa fenomenológica não deixa de fazer
descrição.

1.2. População e amostra

A população é o conjunto de documentos, instituições ou pessoas que estejam a


ser observados para se desenvolver um trabalho de pesquisa. Respresenta o grupo total
do qual a amostra será retirada. Ou iseja, da popução se extrai uma amostra
representativa, isto é, para a realização da pesquisa. É preciso, neste particular,
seleccionar a técnica de amostragem usada, a justificativa para a recolha desta técnica e
o dimensionamento da amostra.

1.3. Variáveis

Variável independente (X) é a principal, determina e exerce influência sobre a


variável dependente. É a causa para determinar o resultado. É factor manipulado pelo
investigador na tentativa de buscar uma resposta ao fenómeno observado (MARCONI;
LAKATOS, 2005, p. 140, apud KAPITIYA, 2008, p. 77).
Variável dependente (Y) são fenómenos ou factores a serem explicados ou
descobertos em virtude da influência da variável independente. Factor que aparece e
desaparece ou varia à medida que o investigador introduz, tira ou modifica a variável
independente (Ibidem).

1.4. Técnicas de recolha de dados

Todo o trabalho científico deve ser elaborado na base de algumas técnicas ou


métodos. Método vai ser o caminho a seguir para se atingir os objectivos preconizados.
Assim sendo, esses métodos e técnicas que funcionam muito para a recolha de dados
podem ser de vária ordem, tais como:
1. Qualitativos: são aqueles que não envolvem dados estatísticos, isto é, a
técnica em que não há, necessariamente, a mensuração dos dados recolhidos.
Os métodos qualitativos podem ser:
a) Observação: uma observação é um dos métodos que implica o
acompanhamento de um fenómeno ou facto por parte de um investigador. Uma
observação pode ser participada ou não.
A observação assistemática é também participada, quando o investigador faz
parte do cenário, isto é, quando participa na realização da acção em
investigação. A principal contribuição para a observação assistemática tem sido
dada pela antropologia social, onde frequentemente se apresenta sob a forma de
observação participante. É muito usada como técnica exploratória, a
compreensão que o observador tem da situação tende a mudar durante o
processo.
A observação sistemática ou não participada é aquela em que o investigador olha
a realidade dos acontecimentos de longe e faz a descrição sistemática ou a
verificar as hipóteses causais. Esta observação é usada em determinados
aspectos do comportamento, pode ocorrer em situações de campo ou em
experiências controladas em situação de laboratório. Em caso de mudanças, em
relação ao observador e o observado, é possível o observador estar oculto e que
a sua presença seja ignorada pelo grupo, isto é, o observador não-participante
enfrenta os mesmos tipos de problemas enfrentados pelo observador
participante, ao estabelecer relações com as pessoas que deve observar.
b) Entrevista: é quando o investigador se propõe a fazer perguntas em forma de
conversa a um grupo de pessoas ou individualemente. Normmalmente, a
entrevista exige o uso de meios electónicos como gravadores, pois é necessário
ouvir depois, para tirar as melhores anotações possíveis. A entrevista deve
conter o nome do entrevistado, o assunto, a data e a hora. Isto facilita o
enquadramento dos dados no trabalho científico.
c) Análise documental: tal como já fizemos referência sobre as fontes, a análise
documental é um processo de leitura de documentos que trata do mesmo assunto
e permite fazer as comparações necessárias.
2. Métodos quantitativos: neste particular, o investigor fará a recolha de
dados e, necessariamente, deverá quantificar, usado técnicas de estatísticas.
As estatísticas vão resultar em apresentar as informações em formas de
gráficos, tabelas, etc. Estes métodos podem ser:
a) Questionário: é o processos de formulação de perguntas escritas e levadas ao
inquerido para o seu preenchimento. As perguntas formuladas podem ser abertas
(aqueles que exigem comentários da parte do inquerido) ou fechadas (perguntas
onde se pede a colocação de sinais como x nas questões de querer saber se a
resposta é sim ou não).
b) Estatístico: implica, como já o dissemos, a elaboração de tabelas e gráficos que
permitam analisar, interpretar e comparar os dados. Este método é comum em
ciências exactas e não só. Ou seja, utiliza-se tendo em conta a natureza do
trabalho científico e os resultados que se pretendem apresentar ao público leitor
e não só.

1.5. Análise, discusão e interpretação dos resultados

Neste ponto, o pesquisador poderá apresentar todos os dados recolhidos através


das técnicas utlizadas. A apresentação vai consistir no tipo de perguntas feitas aos
inqueridos ou entrevistados (amostra), pois, aqui, suponhe-se que se tenha perguntado a
respeito ao hábito com que uijenses frequentem os cinemas.

A tabulação é um passo necessário para apresentação dos dados, bem como a


utilização de métodos estatísticos. Estes métodos têm dupla função: a estatística
descritiva que é frequentemente usada para caracterizar os métodos empregados para
resumir os dados obitidos, enquanto que a estatística indutiva ou inferencial caracteriza
os métodos utilizados para fazer e avaliar as generalizações obitidas a partir dos dados.

Além da tabulação, é importante salientar-se a utilização de gráficos, onde se


apresentam os dados de forma percentual, tendo em conta as respostas obtidas e
conforme o método que for utilizado.

1.6. Coclusões
1.7. Recomendações
1.8. Bibliografia ou referências bibliográficas
1.9. Anexos
1.9.1. Cronograma de actividades

Nº ACTIVIDADES PERÍODO LOCAL


01 Elaboração do Anté-projecto Agosto 2022 Uíge
02 Recolha de dados bibliográficos Agosto 2022 Uíge
03 Entrega do Anté-projecto Setembro 2022 ISPNE-Uíge
04 Revisão da Literatura Set/Nov 2022 Uíge
05 Elaboração e Apreciação do instrumento Dez 2022 Uíge
06 Organização dos dados recolhidos Jan 2023 Uíge
07 Análise e compilação de dados Jan/Fev 2023 Uíge
08 Entrega do Trabalho Março 2023 ISPNE-Uíge
09 Data prevista da defesa Maio 2023 ISPNE-Uíge

1.9.2. Custos do trabalho

Nº Descrição Quantidades Custos


1 Livros 30 250.000,00
2 Resmas e internet 6/5 8 GB 45.000,00
3 Custos de deslocação ao terreno 7 viagens 21.000,00
4 Informatização e impressão 63 páginas 35.000,00
5 Encadernação 4 Exemplares 4.000,00
6 Entrega do trabalho 4 Exemplares 4.000,00
7 Total 359.000,00
2. As regras da American Psycologogical Association (APA) & da Asssociação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

As Normas da APA empregam o sistema autor-data para as citações indiretas, ou


seja, sobrenome do autor, vírgula e o ano de publicação.
A numeração da página só é colocada quando há uma citação direta. Nesse caso,
usa-se o sobrenome do autor citado, vírgula, ano, vírgula seguido de “p.” e o número da
página.
Quando nas citações, os autores estiverem fora dos parênteses, utilizar sempre
“e” (português); “and” (inglês) e “y” (espanhol); para separar o penúltimo do último
autor citado.
O “&” é inserido sempre entre o penúltimo e último autor quando citados entre
parênteses e nas referências.
As citações “são elementos retirados dos documentos pesquisados durante a
leitura de documentos e que se revelam úteis para corroborar as ideias desenvolvidas
pelo autor no deccorer do seu raciocínio” (KAPITIYA, 2008, p. 84). A sua função é
expor a doutrina, ideias de outros em quem nos apoiaos ou refutamos.

2.1. Quando usar „p.‟ ou „pp.‟

Nas citações diretas e nas referências, usa-se o “p.” (quando indicar apenas uma
página citada) e “pp.” (quando houver mais de uma página citada).

Citação:
Almeida, Parisi e Pereira (1999, p. 379)
Almeida, Parisi e Pereira (1999, pp. 372-373)

Referência:
Almeida, L. B., Parisi, C., & Pereira, C. A. (1999). Controladoria. In A. Catelli (Coord.),
Controladoria: Uma abordagem da gestão econômica – GECON (pp. 369-381). São Paulo:
Atlas.

2.2. Citação direta


É a transcrição literal de trecho do original, e pode ser feita de duas formas: com
mais de 40 palavras e com menos de 40 palavras. Nela é obrigatória a menção da página
ou do número do parágrafo para material sem paginação.
Nesse caso, usa-se o sobrenome do autor citado, vírgula, ano, vírgula seguido de
“p.” e o número da página.

2.3. Citação direta com menos de 40 palavras

Para citação direta com menos de 40 palavras, mantemos no corpo do texto entre
aspas duplas.
Exemplo:

Como diz Muzombo (2020, p.1), em relação ao Kuduro, “Tratamo-lo também e


sobretudo como literatura, encarando-o como um subsistema literário do polissistema
que é a cultura e, dentro dela, a literatura. Trabalhamo-lo nos seus diversos domínios de
atualização de uma linguagem literária: poema elegíaco, confessional, satírico e
interventivo social”

Caso a referência apareça no final da frase, feche a citação com aspas; indique a
fonte entre parênteses e depois o ponto final.
Exemplo:
“Os escolhidos para serem ministrados nos dois processos, se devem traçar vários objectivos,
mas que todos tenham a mesma fonte: prazer, lúdico […]Muzombo (2020, p. 107.

2.4. Citação direta acima de 40 palavras

Quando a citação direta ultrapassa 40 palavras, é preciso apresentar a citação em


um bloco independente, numa nova linha com recuo único de 1,25 cm do parágrafo da
margem esquerda, espaçamento simples e tamanho de fonte igual a do texto: Arial ou
Times, 12.
Exemplo:
Como diz Muzombo (2020, p. 73)
As dinâmicas que a sociedade impõe, exigem-nos, cada vez mais,
criar e desenvolver diversas competências, para nos situarmos
melhor nela. Visto que, para se ser e ter cidadãos livres, criativos,
críticos e reflexivos, afigura-se como medida aferidora do sucesso, o
desenvolvimento da oralidade. Isto implica uma necessidade de
desenvolver a expressão oral dos nossos alunos. Se os indivíduos
souberem articular a fala e adequá-la às circunstâncias desde os
primeiros anos de escolaridade, tornar-se-ão aptos no seu meio e
noutros espaços sociais que possam parecer mais complexos. O
essencial nisto é a aquisição da competência comunicativa oral, sem
receios, nem complexos, possibilitando o seu exercício correto.
Assim, o desenvolvimento da oralidade assume-se como elemento
importante por dotar os indivíduos de capacidade de defender pontos
de vista e persuadir.

2.5. Citação direta de material da internet sem paginação

Nas citações diretas de material eletrônico deve ser informado o autor, o ano e o
número de página entre parênteses. Porém, muitas fontes eletrônicas não indicam
números de página, para esses casos use o número do parágrafo.
Se o texto não tiver paginação e for muito longo, recomenda-se que na citação
use um título abreviado entre aspas para a citação entre parênteses.

“Não há relatos precisos a respeito dos primeiros registros de erros judiciários, porém,
partindo do sentido lógico de que o ser-humano é falível, e que a competência de julgar
passou a ser do Estado que julgava através dos seus representantes (magistrados), e que
essa atividade surgiu no período da cognitio extraordinária.2 Pode-se dizer que o erro

2
SILVA, Adriano Machado da. citando alguns autores, diz que, segundo Santos (1981, p. 43) «[…] O
procedimento da cognitio extraordinária ou da cognitio extra ordinem vigorou do governo do imperador
Diocleciano, no ano 200 da Era Cristã até a codificação de Justiniano (528 – 534). Nesse mesmo sentido
judiciário surgiu no ano de 200 d. C.” Silva, A. Machado da, (s/d), Erro judiciário no
Processo penal, Disponível em:
https://adrianomachado.jusbrasil.com.br/artigos/202587069/erro-judiciario-no-processo-
penal. Acesso, 15/10/2015.

2.6. Citação direta com supressão de parte do texto

Use reticências com cada ponto separado por espaço para indicar que o texto foi
suprimido.
“Durante muito tempo, considerou-se que a aprendizagem da leitura se fazia apenas na
escola. Nesse âmbito, esta era entendida como um processo formal que não ia além da
descodificação dos textos. Atualmente, a leitura e a sua aprendizagem socorrem-se não
só dos textos aprendidos na escola, como de outros que, não fazendo parte do cânone
escolar, constituem o património imaterial de um povo, ou seja, são parte integrante de
sua cultura específica: Lendas, canções, bilongo (...), orações, contos tradicionais, rezas,
adivinhas, provérbios, mitos…” (MUZOMBO, W. I. M. (2018. p. 1).

3. Inserção de texto

Para incluir um acréscimo ou explicação na citação, use colchetes.


Exemplo:
O presente estudo surge de um conjunto de análises sobre aquilo que tem a ver com o
património cultural imaterial dos povos de Angola. [muito importante, ainda] Damos
auso a literatura de margem na vida sociocultural do referido povo (MUZOMBO, W. I.
M., 2018, pp. 71 -107).

4. Adicionando ênfase

Theodoro Júnior (2014, p. 110), aponta que: Nessa fase do Império Romano, a função jurisdicional
passou a ser privativa de funcionários do Estado, desaparecendo os árbitros privados. Vale ressaltar, que
outros autores apontam que um dos relatos mais antigos do erro judiciário é o julgamento de Jesus Cristo,
ocorrido no dia 25 de março do ano 33 relatado na cópia autêntica da peça do processo de Cristo,
existente no Museu da Espanha».
Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los em itálico e na sequência
indique esta alteração com a expressão “grifo nosso” entre colchetes.
Para trabalhos onde o destaque já faça parte da obra consultada, use “grifo do
autor”.
Para trabalhos em inglês use “emphasisadded” em ambos os casos.
Para trabalho em espanhol, use “grifo del autor”, e “grifo nuestro”.
Exemplo: Grifo constando na obra original
. . . conforme explica Pacheco (1977, p. 195), ao discorrer sobre o artigo 289 da LSA:
“vê-se que, esteja onde estiver, do Acre ao Arroio Chuí, as publicações devem ser
estampadas no Diário Oficial da União ou dos Estados, que se editam, respectivamente
[grifo do autor], em Brasília e nas capitais”.

Exemplo: Original sem grifo, ou seja, grifo incluído aquando da citação no


trabalho
“Empresas de pequeno porte [grifo nosso], para 32 as quais o custo de produzir as
demonstrações em padrões internacionais seja elevado, devem ao menos, incluir uma
demonstração de fluxo de caixa” (Comissão de Valores Mobiliários [CVM], 2002, p.
21).

5. Citação indireta

É a transcrição de conceitos do autor consultado, porém escritos com as


próprias palavras do pesquisador.
Na citação indireta o autor tem a liberdade de parafrasear ou referir-se a uma
ideia contida em outro trabalho.

Na citação indireta não há necessidade de informar o número da página ou


parágrafo.
Exemplo:
Conforme Perrenoud (2002), que a transformação das práticas passa pela transformação
do habitus, havendo a necessidade de se observar mais atentamente o habitus do
professor, de se verificar suas condições de produção.

6. Citação de citação
É a transcrição direta ou indireta (citação de citação) de uma obra da qual não se
teve acesso. Deve ser usada moderadamente, se possível, evitada.
Indicar o autor da obra original e o ano (se possível), logo após acrescentar “como
citado em” (artigo em português); “as cited in” (artigo em inglês); e “como citado en”
(artigo em espanhol), autor, ano e página da obra utilizada para consulta. Na lista de
referências, indicar apenas os dados da obra consultada.
O empreendedor cria valor ao organizar incertezas, criativamente reorganizando fatores
de produção e oportunidades de Mercado. (Knight, 1921) como citado em Jones (1992,
p. 734).
Althoughtheproposedcategorizationscontribute to anunderstandingofthisphenomenon,
“a wayofseeingis a wayofnotseeing” (Poggie, 1965 as cited in Van de Ven&Poole,
1995, p. 510).
Referências:
Jones, G. R. (1992). Managinginternalcorporateentrepreneurship:
Anagencytheoryperspective. Journalof Management, 18(4), 733-749.
Van de Ven, A. H., &Poole, M. S. (1995). Explainingdevelopment&change in
organizations. TheAcademyof Management Review, 20(3), 510-540.

7. Estilos de citação com autores

Tipos de 1ª citação fora Citações 1ª citação Citações


Citação dos parênteses subsequentes dentro dos subsequentes
parênteses

Um autor Hudson (1999) Hudson (1999) (Hudson, 1999) (Hudson, 1999)


Dois autores Franco e Marra Franco e Marra (Franco & (Franco &
(2001) (2001) Marra, 2001) Marra, 2001)

Três, quatro e Oliveira, Oliveira et al. Oliveira, (Oliveira et al.,


cinco autores Chieregato, (2002) Chieregato, 2002)
Perez e Gomes Perez, & Gomes,
(2002) 2002)

Seis ou mais Ford et al. Ford et al. (Ford et al., (Ford et al.,
autores (2003) (2003) 2002) 2002)

Autor entidade Instituto IBGC (2014) (Instituto (IBGC, 2014)


/ individual Brasileiro de Brasileiro de
Governança Governança
Corporativa Corporativa
(IBGC) (2014) [IBGC], 2014)

Autor entidade Conselho CFC e (Conselho (CFC &


/ grupo Federal de FIPECAFI Federal de FIPECAFI,
Contabilidade (1994) Contabilidade 1994)
(CFC) e [CFC] &
Fundação Fundação
Instituto de Instituto de
Pesquisas Pesquisas
Contábeis, Contábeis,
Atuariais e Atuariais e
Financeiras Financeiras
(FIPECAFI) [FIPECAFI],
(1994). 1994).

8. Citação com vários autores corroborando de uma mesma ideia


Quando houver a citação de dois ou mais trabalhos no texto, dentro ou fora dos
parênteses, deve-se apresenta-los na mesma ordem que aparecem nas referências, ou
seja, em ordem alfabética de autores, separado por ponto e vírgula.
Exemplo no texto 1:
«Cultura ou Civilização, tomada em seu sentido etnológico amplo, é aquele todo
complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e todas as demais
capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade […]
(Thompson, 2011, p. 171).

Exemplo no texto 2
Cultura […] abrange todos aqueles objectos ou operações que a natureza não produz e
que lhe são acrescentados pelo espírito. A fala é já condição de cultura. Por ela se
comunicam emoções ou concepções mentais. A religião, a arte o desporto, o luxo, a
ciência e a tecnologia são produtos da cultura. […].Em sentido mais restrito, entende-se
por cultura todo o conjunto de actividades lúdicas ou utilitárias, intelectuais e afectivas
que caracterizam especificamente um determinado povo (Saraiva, 2003, apud Graça
Sardinha, 2014).

9. Citação de autores com mesmo sobrenome

Quando diversos autores com o mesmo sobrenome estiverem nas citações,


colocar as iniciais do nome em todas as citações no texto, mesmo que seja de anos
diferentes.

E. C. Silva (2005)
(E. C. Silva, 2005)
A. G. Silva e Robles (2008)
(A. G. Silva & Robles,
2008)

Quando dois ou mais autores tiverem o mesmo sobrenome na mesma obra, cita-
se normalmente, sem necessidade de inserir os pré-nomes.

Silva e Silva (2005)


(Silva & Silva, 2005)

10. Citação de um mesmo autor com várias datas de publicação


Para citação do mesmo autor com várias datas de publicação, segue-se a ordem
cronológica crescente.
Exemplo::
Segundo Wakala Muzombo (2018, 2019, 2021, 2021), a leitura é factor de
desenvolvimento de qualquer sociedade, porque ativa as outras competências.

11. Citação de um mesmo autor com obras da mesma data de publicação


Diversos documentos do mesmo autor, publicados num mesmo ano, devem ser
identificados, no corpo do texto, após o ano de publicação pelos sufixos a, b e c, sem
espaçamento e em ordem alfabética. Na lista de referências, são ordenados
alfabeticamente pelo título.
Citação:
Wakala (2018a)
Wakala (2018b)
Wakala (2018c
Wakala (2018a, 2018b. 2018c

12. Trabalhos do mesmo primeiro autor e com outros autores


Em casos onde tenha citações de uma obra de autor e outras obras deste mesmo
autor com outros autores, a ordem na lista de referência deverá ser primeiro pelo único
autor e as posteriores pelos autores múltiplos.
Exemplo:
Citação:
Barney (2010) e Barney e Clark (2007).
(Barney, 2010; Barney&Clark, 2007).
Referência:
Barney, J. (2010). Firmresourcesandsustainedcompetitiveadvantage. Journalof
Management, 17(1), 99-120.
Barney, J., &Clark, D. N. (2007). Resourcebasedtheory:
Creatingandsustainingcompetitiveadvantage. Oxford: Oxford UniversityPress

13. Autor entidade/grupo

Escreva por extenso o nome completo dos autores em grupo na primeira citação
e abreviado a partir de então. Na lista de referências deve-se acrescentar vírgula e “&”
entre eles.

1ª citação dentro e fora dos parênteses


Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis,
Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) (1994).
(Conselho Federal de Contabilidade [CFC] & Fundação Instituto de Pesquisas
Contábeis, Atuariais e Financeiras [FIPECAFI], 1994).
Citações subsequentes
CFC e FIPECAFI (1994)
(CFC & FIPECAFI, 1994)

14. Citação de capítulo de livro


São referenciados os autores do capítulo, identificando os demais dados da obra
na referência bibliográfica.
Exemplo:
No entendimento dos autores Almeida, Parisi e Pereira (1999, p. 370), “a Controladoria
enquanto ramo do conhecimento baseada na teoria contábil é responsável pela
construção dos sistemas de informações e pelo Modelo de Gestão Econômica”.

15. Citação traduzida

“A informação sobre como os administradores dispensaram sua responsabilidade


gerencial é usada pelos investidores para avaliar a performance dos administradores e da
firma.” (KAM, 1990, p. 48, tradução nossa).

16. Citação no interior da citação

As citações incluídas no texto original não devem ser omitidas. Os trabalhos


citados não precisam ser apresentados na sua lista de referências (a menos que você os
cite como fontes básicas em outra parte do trabalho).
Exemplo: “
“Considerando que os riscos são comumente associados com resultados negativos
(Marchet al. 1987), a distinção entre riscos e problemas frequentemente permanece
obscura” (Rosemann&Mühlen, 2005, p. 2).

17. Citação de obra de autoria anônima ou desconhecida

Quando a obra não tiver autor identificado, faça a chamada no texto pelo título
ou pelas primeiras palavras do título da lista de referência (geralmente o título) e o ano.
Os títulos dos artigos e capítulos de livros são colocados entre aspas duplas e os títulos
dos livros, periódicos, folhetos ou relatórios em itálico.
Exemplo:
As pesquisas realizadas revelam que o Brasil é considerado o 12º na lista dos
países mais arriscados para se investir. (“Risco-Brasil cai”, 2017).
Obs.: As citações podem aparecer no fim do capítulo, no fim da obra ou ainda
em notas de rodapé.
São chamadas citações de rodapé as notas colocadas em pé de página e indicam
a fonte onde foi retirada uma citação. Quando a citação é feita pela primeira vez, esta
dever ser completa: autor, título, edicação (não se escreve a primeira), local, editora,
data. Nas vezes seguintes deverão ser abreviadas de acordo com as normas, quando se
tratar do mesmo autor ou obra. Assim temos as abreviações:
 Apud ....................citado por, conforme, segindo;
 Idem ou id............do mesmo autor;
 Ibidem ou ibid ......na amesma obra;
 Opus citatum ou op. cit....obra citada;
 Passim....................aqui e ali, em vários lugares;
 Et al. ........................e outros.
Também, dentro deste contexto, temos as notas que “são observações ou
esclarecimentos que completam um documento. Localizam-se no rodapé (fim da
página)” (KAPITIYA, 2008, p. 85).
As notas dividem-se em dois tipos:
 Notas bibliográficas: quando indicam a fonte de ma citação feita.
 Notas explicativas: as que podem ser de esclarecimento, observações,
comprovar ou justificar uma afirmação, que não podem ser incluídas no
texto.

18. Referência:

Risco-Brasil cai 34% este ano, seguindo movimento global (2017, outubro 7).
Valor online. Recuperado de https://www.valor.com.br/brasil/5148592/risco-brasil-cai-
34-este-ano-seguindo-movimento-global

Quando o Anônimo for tratado como autoria, trate como nome real, utilize Anônimo,
para artigo em português, „Anonymous‟ para artigos em inglês e „Anónimo‟ para artigos em
espanhol, seguida de vírgula e ano de publicação.

Exemplo:
Anónimo (1975)
(Anónimo, 1975)

19. Comunicações pessoais

Citação de comunicações pessoais (cartas, memorandos, comunicações eletrônicas,


conversas telefônicas e assemelhados). Como elas não fornecem dados recuperáveis,
não são incluídas na lista de referências. Citar as comunicações pessoais apenas no
texto. Forneça as iniciais, o sobrenome do comunicador e uma data o mais exato
possível.
Exemplo:

J. T. S. Camilo (comunicação pessoal, 20 de dezembro de 2015).


(J. T. S. Camilo, comunicação pessoal, 20 de dezembro de 2015).
V. M. P. Choi (personalcommunication, August 10, 2011).
(V. M. P. Choi, personalcommunication, August 10, 2011).

20. Citação de leis e decretos

Exemplo 1
Segundo o artigo 170, do Regulamento do Imposto de Renda (RIR) não estão sujeitas
ao imposto as instituições de educação e as de assistência social, sem fins lucrativos.
(Decreto n. 3.000, 1999).
Exemplo 2
“Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.” (Lei n.
11.638, 2007).

21. Citação de normas contábeis

Exemplo 1
“Instrumento financeiro é qualquer contrato que origine um ativo financeiro para uma
entidade e um passivo financeiro ou título patrimonial para outra entidade.”
(Pronunciamento técnico CPC-14, 2008, p. 5)
Exemplo 2
“Título patrimonial é qualquer contrato que estabeleça um interesse residual nos ativos
de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.” (Deliberação CVM n. 566,
2008, p. 6).
Exemplo 3
“O perito contador pode requerer ao juiz a indicação de especialistas de outras áreas que
se fizerem necessários para a execução de trabalhos específicos.” (Resolução n. 857,
1999, p. 3).

22. Citação com Jr., Filho, Sobrinho, Neto, etc.

Não incluir na citação no corpo do texto, sufixos como Jr., Fº., Sobº., Neto, II,
III etc. Na lista de referências incluí-los após o último nome abreviado acrescido de
vírgula antes do sufixo.
Wood (2000)
(Wood, 2000)
Silva, Freire e Basseto (2012)
(Silva, Freire, &Basseto, 2012

Exemplos nas referências:


Wood, T., Jr. (2000, agosto). Reformando o ensino e o aprendizado de gestão da
produção e operações. Anais do Simpósio de Administração da Produção, Logísticas e
Operações Internacionais – SIMPOI. São Paulo, SP, Brasil, 3.

Silva, L. S., Freire, W. R., Jr., &Basseto, L. I. (2012). Mercado de carbono e


instituições: Oportunidades na busca por um novo modelo de desenvolvimento.
Interciência. 37(37), 8-13.
Silva, E. B., Fº. (2006). A teoria da firma e a abordagem dos custos de transação:
Elementos para uma crítica institucionalista.Pesquisa e Debate, 17(2/30), 259-277.

Sacomano, M., Neto, &Paulillo, L. F. O. (2012). Estruturas de governança em arranjos


produtivos locais: Um estudo comparativo nos arranjos calçadistas e sucroalcooleiro
no estado de São Paulo. Revista de Administração Pública, 46(4), 1131-1155.

23. Citação com sobrenomes com preposições e artigos


Autores cujos sobrenomes contenham artigos e preposições (por exemplo: de,
do, dos, von, van, vu, la, etc.), desconsidere na citação no corpo do texto e na referência
deve-se tratá-los como parte do nome do meio, exceto autores que adotam a preposição
como parte do nome.
Lecocq e Looy (2009)
(Lecocq & Looy, 2009)
Barrio García e Luque Martínez (2012)
(Barrio García & Luque Martínez, 2012)
Silva (2010)
(Silva, 2010)

Exemplos nas referências:


Lecocq, C., &Looy, B. van (2009). Theimpactofcollaborationonthetechnological
performance ofregions: Time invariantordrivenbylifecycledynamics?
AnexplorativeinvestigationofEuropeanregions in thefieldofBiotechnology.
Scientometrics, 80(3), 847–867.
BarrioGarcía, S. del, &LuqueMartínez, T. (2012). Análisis de ecuacionesestructurales.
En T. LuqueMartínez (Coord.), Técnicas de análisis de datoseninvestigación de
mercados (pp. 489-557). Barcelona: Pirámide.
Silva, J. P. da (2010). Análise financeira das empresas (10a ed.). São Paulo: Atlas,
2010.

24. Citação de site no todo

Citação de web site inteiro deve ser apresentada no corpo do texto com o
endereço do site completo e data de recuperação dos dados pesquisados, e não precisa
estar na lista de referências.
... a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado/FECAP (http://www.fecap.br/,
recuperado em 26 de janeiro, 2016) entrou na década de 30 como uma instituição de
elite que fazia jus à importância de São Paulo no cenário nacional e certamente atendia
à missão proposta por seus fundadores.

Apresentação de Resultados

Os resultados podem ser apresentados por meio de tabelas e/ou figuras, que
devem ser colocadas no corpo do texto, logo após a sua chamada.
O uso de tabelas e figuras, permite ao autor apresentar maior quantidade de informação
ao leitor, de modo mais eficiente e compreensível que a forma textual, além de não
representar repartição de informação já fornecida no texto.
As tabelas e figuras de autoria própria não possuem a nota/fonte.

Tabelas

As tabelas contêm informações que facilitam a compreensão do texto. Essas


informações podem ser numéricas ou textuais, organizadas de forma ordenada em
colunas e linhas e devem ser nítidas o suficiente para serem lidas, com espaçamento
simples entre linhas (as tabelas não utilizam bordas externas) e fonte tamanho 10.
O título de tabela precisa ser breve, claro e explicativo. Ele deve ser colocado acima da
tabela, no canto superior esquerdo, e logo abaixo da palavra Tabela (com a inicial
maiúscula), acompanhada do número que a designa. As tabelas são apresentadas com
números arábicos de forma sequencial e dentro do texto como um todo. Ex.: Tabela 1,
Tabela 2, Tabela 3, etc.

A fonte do título da tabela deve ser a mesma utilizada no texto, Times New
Roman, tamanho 12, com espaçamento simples entre o número da tabela e o título, que
deve estar em negrito.
Exemplo:
Tabela 1
Apresentação de resultados
As tabelas podem ser feitas de três formas:
a) produzidas pelo próprio autor (onde não há necessidade de indicar a fonte);
Na lista de referências:

Miguel, P. A. C. (Org.). (2012). Metodologia de pesquisa em engenharia de


produção e gestão de operações (2a ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Figuras
São consideradas figuras: desenhos, gráficos, fluxogramas, fotografias,
ilustrações, mapas, organogramas, enfim imagens que acompanhem um texto.
As figuras devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se refere,
conforme projeto gráfico do trabalho.
A identificação das figuras deve aparecer na parte inferior, precedida da palavra
designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos
arábicos e do respectivo título, usando fonte Times New Roman de tamanho 12 e dentro
do texto como um todo. Ex.: Figura 1, Figura 2, Figura 3, etc.
Indicar a fonte quando a figura for extraída de outra obra (se do próprio autor, não é
preciso indicação), utilizando fonte tamanho 10, estilo regular e espaçamento simples.

Abreviaturas

Capítulo: Cap. ou Chapter: Chap.


Edição ou Edition: ed.
Editor(es): Ed. ouEds.
Coordenador(es): Coord. ouCoords.
Organizador(es): Org. ouOrgs.
Sem data ou No date: n.d.
Página: p. ou Páginas: pp.
Volume ou Volumes: Vol. ouVols.
Número ou Number: Nº

Regras para a data, ano de publicação

Para descrição de data e ano publicação a APA indica que:


a) Coloque entre parênteses o ano em que o trabalho foi publicado (para trabalhos não
publicados ou publicados informalmente, informe o ano em que o trabalho foi
produzido);

b) Para revistas, boletins informativos e jornais, indique o ano seguido da data exata de
publicação, separados por vírgula e entre parênteses (Ano, Mês Dia). Se a data é
informada como estação do ano, indique o ano e a estação, separados por vírgula e entre
parênteses;

c) Escreva in press (no prelo) entre parênteses para artigos que foram aceitos para
publicação, mas ainda não foram publicados. Não indique a data até que o artigo
realmente tenha sido publicado;

d) Caso não haja datas disponíveis, escreva n.d. entre parênteses.

Regras para descrição de edição

A edição só deve ser mencionada a partir da segunda, sendo que as abreviaturas


das edições seguem o idioma da obra.
Em português usar: (2a ed.), (3a ed.), (4a ed.)
Em inglês: (2nd ed.), (3rd ed.), (4th ed.), (5th ed.)

Modelos de referências
Livros, folhetos e relatórios
Dados essenciais para descrição da referência:
Sobrenome, Nome completo abreviado (ano de publicação). Título: Subtítulo (se
houver) (informações adicionais - se houver). Local de Publicação: Editora

Livro completo
Caso a cidade onde se localiza a Editora não seja uma cidade conhecida,
acrescente o Estado ou País (usar abreviaturas para o Estado). Coloque dois pontos após
a localização. Se duas ou mais localidades de publicação são apresentadas, indicar a
localidade primeiramente listada no livro ou, caso especificado, a localização da matriz
da editora.
Exemplo:
Ornelas, M. M. G. (2000). Perícia contábil (3a ed.). São Paulo: Atlas.

Livro completo com editores


Dados essenciais para descrição da referência:
Sobrenome, Nome completo abreviado (Ed. OU Coord. OU Org.). (ano de publicação).
Título: Subtítulo, se houver (informações adicionais, se houver). Local de Publicação:
Editora.

Exemplo:
Grinberg, K., &Salles, R. (Orgs.). (2009). O Brasil imperial. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira.

Com um autor
Ornelas, M. M. G. (2000). Perícia contábil (3a ed.). São Paulo: Atlas.

Com autor institucional


Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2014). Carta de opinião: Cotas para
mulheres em conselhos de administração. São Paulo: Autor. Recuperado de
http://www.ibgc.org.br/download/manifestacao/IBGC_Carta%20de%20Opiniao_CotaM
ulheres.pdf
Organisation for EconomicCo-OperationandDevelopment. (2005). Improving financial
literacy: Analysisofissuesand policies. Paris: Autor.
Obs.: Nas referências, usa-se o nome por extenso, sem sigla.

Com dois autores


Alhashim, D. D., & Arpan, J. S. (1992). Internationaldimensionsofaccounting (3rd ed.).
Boston: PWS–KENT.

Com três a seis autores


MARCON, F., DE JESUS, dos S. & ELY D. (2017). «Música de festa, Expressões e
sentidos do Kuduro na cidade de Salvador». Última Década, núm. 47, 222-242. Centro
de EstudiosSociales Valparaíso, Chile.

Ford, E. W., Duncan, W. J., Bedeian, A. G., Ginter, P. M., Rousculp, M. D., & Adams,
A. M. (2003). Mitigatingrisks, visiblehands, inevitabledisasters, and soft variables:
Management reasearchthatmatters to managers. Academyof Management Executive,
17(1), 46-60.

Com mais de sete autores


Nas referências, caso o material possua mais de seis autores, citar até o sexto autor,
reticências e depois o último autor do texto.
Gilbert, D. G., McClernon, J. F., Rabinovich, N. E., Sugai, C., Plath, L. C., Asgaard, G.,
. . . Botros, N. (2004). Effectsofquitting smoking on EEG activationandattentionlast for
more than 31 daysand are more severewithstress, dependence, DRD2 A1, allele,
anddepressivetraits. NicotineandTobacco Research, 6, 249-267.
doi:10.1080/146222004100011676305

Autoria anônima e desconhecida


Anónimo. (1975). Cancióntzicuileña. Diálogos: Artes, letras, ciencias humanas, 11(4),
12-14. Recuperado de
http://www.jstor.org/stable/27933355?seq=1#page_scan_tab_contents
Poema de trás para frente e vice versa. (2018). Recuperado de
https://www.pensador.com/textos_de_amor_de_autor_desconhecido/

Livro em versão eletrônica


Lawrence, P. R. (2001). Changingoforganizationalbehaviorpatterns. Piscataway:
Transaction Publishers. Recuperado de
http://search.epnet.com/direct.asp?an=7511860&db=buh

Com nota indicando tradução


Na lista de referências indicar entre parênteses, após o título, o nome dos tradutores,
(usar Trad. para artigos em português e Trans. para artigos em inglês) seguida de local
de publicação, editora e entre parênteses o ano de publicação da obra original.
Coyle, D. (2003). Sexo, drogas e economia: Uma introdução não-convencional à
economia do século 21 (M. Kassner, Trad.). São Paulo: Futura.
King, S. (2015). Joyland(R. Winarski, Trad.). Rio de Janeiro: Suma de Letras.

Não publicados ou em processo de publicação (in press / no prelo)

Trabalhos aceitos para publicação, mas ainda não publicados, colocar no local da data a
expressão „no prelo‟ para referência em português e „in press‟ para referência em
inglês. Não indicar a data até que o trabalho realmente seja publicado.
Mendonça, R. F., & Ogando, A. C. (no prelo). Discurso sobre o feminino: Ética do
cuidado e essencialismo estratégico nos programas do HGPE de Dilma. Revista
Brasileira de Ciências Sociais, 2013.
Rosário, C., Granjo, P., &Cahen, M. (no prelo). O que é investigar? (Coleção Cadernos
de Ciências Sociais). Lisboa: Escolar.
Slavich, B., Cappetta, R., &Giangreco, A. (in press).
Exploringthelinkbetweenhumanresourcepracticesand turnover in multi-brandcompanies:
The role ofbrandunits‟image. European Management Journal, 2013.

Com informação de volumes


Informações adicionais importantes fornecidas na publicação para a
identificação e o acesso à obra (edição, número de relatório, volume, etc.) devem ser
indicadas entre parênteses logo após o título, e anteceder os números de páginas (2nd
ed., Vol. 1, p. 6). Não usar ponto entre o título e os parênteses.
Sobrenome, Nome completo abreviado (ano de publicação). Título: Subtítulo (se
houver) (informações adicionais). Local de Publicação: Editora

Exemplo:
InternationalAccounting Standards Board. (2009). Normas internacionais de relatório
financeiro (IFRSs) 2008: Incluindo as normas internacionais de contabilidade (IASs) e
as interpretações tal como aprovadas em 1º de janeiro de 2008 (Vols. 1-2). São Paulo:
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
Grinberg, K., &Salles, R. (Orgs.) (2009). O Brasil imperial (Vol. 3). Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira.
Universidade Federal do Paraná. (2007). Sistema de Bibliotecas: Normas para
apresentação de documentos científicos (2a ed., Vols. 1-9). Curitiba: Ed. UFPR.

Com informação de séries e coleções

Figueiredo, K. F., Fleury, P. F., &Wanke, P. (2006). Logística e gerenciamento da


cadeia de suprimentos: Planejamento do fluxo de produtos e dos recursos (Coleção
COPPEAD de administração). São Paulo: Atlas.
Boaventura, E. M. (1999). Como ordenar as ideias (6a ed., Série princípios, Vol. 128)
São Paulo: Ática.

7. Redacção de textos de natureza técnico-cientifica

7.1. Linguagem técnico-científica

Quando se faz uma pesquisa científica, o resultado final é tornar público o


documento, isto é, é necessário apresentar resultados. O texto deve ser redigido numa
linaguagem técnico-científica, evitando as dificuldades para a sua compreensão. A
linguagem a adotar deve ser científica que é diferente da linguagem literária e coloquail.
A caracteríristica da linguagem científica é a sua clareza, objectividade, precisão, etc.

Quando tem como objectivo a prestação de informações, o texto é de cujo


dissertativo, isto é, uma exposição, discussão ou interpretaçãao de determinado facto ou
ideia. A meta a tingir é a exposição dos aspectos observados como se apresentam.

As qualidades do texto científico têm a ver com a maneira como uma pessoa
expressa as suas ideias por escrito. No entanto, o pesquisador deve buscar aperfeiçoar-
se para atender às exigências da linguagem científica. Assim, eis as qualidades que se
exigem:

a) Clareza. É a qualidade de expressar ideias de maneira facilmente compreensível


para quem lê. Uma frase será mais clara quanto mais exacta for. Assim, a clareza
está directamente relacionada com o domínio do assunto abordado. Segundo
Estrela, E., et al. (2006, p. 161), a clareza da linguagem “permite o correcto
entendimento e a boa compresnão do que se deseja comunicar. Obtém-se pela
utilização das palavras apropriadas, colocadas na ordem adequada às relações de
sentido que se quer estabalecer”. Para a clareza de um texto concorrem as
seguintes características:
 Precisão: significa “empregar a terminologia apropriada para o assunto
abordado. A mensagem chega ao receptor de forma exata e justa”
(Fernando e Costa, 2003, p. 85). Na mesma linha, para Estrela, E., et al.
(2006, p. 161), a precisão é o “uso exacto da linguagem, não exagerando,
nem no sentido da acumulação de palavras desnecessárias, nem na falta
das que são indispenáveis à sua compreensão”;
 Ordem: coloação das palavras na posição adequada aos nexos que entre
elas se quer estabelecer, para que, assim, estes se tornem facilmente
compreensíveis;
 Propriedade: justeza no uso das palavras adequadas ao que se quer
significar, garantindo, assim, a sua correcta compreensão.
b) Correção. A correcção é o princípio que sustena o rigor do trabalho. Ela é
obtida aquando, no uso da “língua obedece às regras gramaticais dessa mesma
língua. A correcção é um dos pilares da clareza. Sem correcção não há clareza”
(Estrela, E., et al., 2006, p. 168).
c) Impessoalidade. Trata-se de evitar a redação do texto de cunho pessoal, na qual
se “utilizam termos como „meu trabalho‟, e „nossa dissertação‟. Em decorrência,
recomenda-se que o relatório seja escrito na terceira pessoa, preferindo-se
expressões como „o presente trabalho, „esta dissertação‟”(Fernando e Costa,
2003, p. 84).
d) Concisão. Ser conciso significa apresentar o trabalho ou as ideias em poucas
palavras, abolindo as expressões adjectivais supérfuas, as redundâncias
(repetições) e os perídos longos. Concisão é brevidade. Mas isto não significa
improvisar.
e) Objectividade. Segundo Fernando e Costa (2003, p. 85), “A redação que atende
o princípio de objetividade é isenta de ambiguidade ou imprecisão. Expressões
baseadas em „achismo’, „parece que’, „eu penso que’, não são coerentes com a
linguagem científica”. Nesta conformidade, CERVO (1982, p.135), apud
Fernando e Costa (op. cit.), salienta que “como linguagem impessoal e objectiva,
deve afastar do campo científico pontos de vista pessoais que deixam
transparecer impressões subjetivas não fundadas sobre dados concretos”.
f) Simplicidade. Uma linguagem simples não significa banalização. Pelo
contrário, é a forma mais correcta e clara de se comunicar e para a melhor
compreesão. A simplicidade implica pureza, uma vez que se deve evitar
expressões oriundadas de outras línguas, quando a nossa já tem as suas. Segundo
Fernando e Costa (2003, p. 85), a simplicidade é:
uma das qualidades mais apreciadas. O relator comunica com
naturalidade, como seja: sem expressões rebuscadas, sem
preciosismo e sem rodeio inúteis. Isto não significa que o tema
deixe de ser abordado com a necessária profundidade. O que
compromete a elavação da linguagem é o uso de palavras não
apropriadas, termos coloquais ou vulgares, bem como excessivo
uso de palavras estrangeiras aoortuguesadas.

Entre os vicios contra a simplicidade da lingiagem temos os barbarismos ou


esntrangerismos como galicismos (palavras ou construções francesas „demarches‟),
anglicismos (palavras ou construções inglesas „test‟), italinismos (palavras ou
construções italianas „tuti quanti‟), neologismos (palvras novas „new‟), etc.

Referências bibliográficas

(2008). Bíblia Sagrada, 5ª ed., Coordenação Geral de Herculano Alves, Lisboa/Fátima:


Difusora Bíblica/Franciscanos capuchinhos.

AZEVEDO, Fernando José Fraga de. Metodologia da Língua Portuguesa. Plural


Editores, Colecção Universidade Metodologia de Ensino 1. Luanda, 2014.
BOURDIEU, Pierre (1997). Os Usos Sociais da Ciência: por uma sociologia clínica do
campo científico, UNESCO, São Paulo.

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Lisboa.
CARVALHO, J. Eduardo (2009). Metodologia do Trabalho Científico, 2ª ed., Escolar
Editora, Lisboa.
COUTINHO, Clara Pereira (2014). Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e
Humanas: Teoria e Prática. 2ª Edição, Almedina, Coimbra.
CUNHA, Murilo Bastos da, CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira (2008).
Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia, Briquet de Lemos, Brasília.
DEMO, P. (1987). Introdução ao Ensino da Metodologia da Ciência. 2ª. ed., São Paulo:
Atlas.
ESTANQUEIRO, António (2012). Boas Práticas na Educação – o papel dos
professores. 2ª Edição, Editorial Presença, Lisboa.

KAPITIYA, Francisco (2008). ABC de Metodologia Científica: noçoes de estudo,


trabalho de currículo, Monografia, Dissertação, Tese e Livro. 4ª Ed., Secretariado
Diocesano da Pastoral Benguela.

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A, (1999). Construção do Saber: manual de metodologia


da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: UFMG.
LE COADIC, Yves-François (2004). A Ciência da Informação. Trad. Maria Yêda F. S.
Filgueiras Gomes, Briquet de Lemos, Brasília.

MACHADO, Jorge Alberto (2005). Difusão do conhecimento e inovação:


conhecimento e redes – sociedade política e inovação, Ed. UFRGS, Porto Alegre.
MATTAR, F. N. (2001). Pesquisa de Marketing. 3ª ed., São Paulo: Atlas.
MARUJO, et al. (2010). A Família e o Sucesso Escolar. 5ª Ed., Editorial Presença,
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MOREIRA, D. A (2002) . O Método Fenomenológico na Pesquisa. São Paulo
PITHAN, Lívia Haygert & VIDAL, Tatiane Regina Amando. O Plágio Acadêmico
como um Problema Ético, Jurídico e Pedagógico. Revista Direito & Justiça v. 39,
n. 1, p. 77-82, jan./jun. 2001. Disponível em: < http://observa.pucpr.br.> Acesso
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RAMOS, Santa Taciana Carrillo; NARANJO, Ernan Santiesteban (2014). Didática da
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RICHARDSON, R. J (1999). Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3ª ed., São Paulo:
Atlas.
ZASSALA, Carlinhos (2012). Iniciação à Pesquisa Científica, Mayamba/Kunyonga,
Luanda.

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