Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Organizador)
Lei n. 14.017, de 29 de junho de 2020 (Lei Aldir Blanc), por meio do Edital n.
86/2020/Sejucel-Codec (Edição Marechal Rondon do Edital de
Chamamento Público para Publicação e Difusão de Expressões Culturais).
REALIZAÇÃO
Temática
Porto Velho – Rondônia
2021
© by Adnilson de Almeida Silva
PROIBIDA REPRODUÇÃO DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO, SEM AUTORIZAÇÃO POR
ESCRITO DOS AUTORES.
Temática Editora
Rua Prudente de Moraes, 2421
Centro Porto Velho-RO – CEP 76801-039
(69) 9.9246-7839 tematicaeditora@gmail.com
Comissão Técnica
Rogério Mota
Capa
Fotos
Capa: Ivaneide B. Cardozo. Adnilson de Almeida Silva (demais fotos).
Miolo e mapas: dos respectivos autores/autoras de cada capítulo.
E96
Expressões, vivências e representações indígenas da e na
Amazônia / organizador: Adnilson de Almeida Silva. – Porto
Velho : Temática Editora, 2021.
5.898 MB
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-87350-27-1 (livro digital)
CDU 911.3
11
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
12
ALMEIDA SILVA (ORG.)
Fonte: Ampliado por Almeida Silva (2010, 2015) a partir de Hofstede (1991);
Cassirer (1953-1957; 1960; 1968; 1992 [1925]; 2005); Hoebel e Frost (2005
[1976])
13
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
REFERÊNCIAS
ALMEIDA SILVA, A. Impactos socioculturais em populações
indígenas de Rondônia: estudo da nação Jupaú. Dissertação (Mestrado
em Geografia). Porto Velho: PPGG/NCT/UNIR, 2007. 255 f. Disponível
em: www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2012. Acesso em: 12 abr.
2012.
14
ALMEIDA SILVA (ORG.)
15
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
16
CIÊNCIA E EPISTEMOLOGIA INDÍGENAS: UM DEBATE
NECESSÁRIO 1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
17
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
18
ALMEIDA SILVA (ORG.)
19
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
20
ALMEIDA SILVA (ORG.)
21
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
22
ALMEIDA SILVA (ORG.)
23
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
24
ALMEIDA SILVA (ORG.)
E AS ALTERNATIVAS?
25
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
26
ALMEIDA SILVA (ORG.)
27
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
sociedade em que vive e fora de onde se vive, existem alguns autores que
inclusive afirmam que “a contribuição indígena ainda não foi
devidamente reconhecida no meio acadêmico”, em particular por
aqueles que insistem em manter uma postura formal em relação à
ciência.
Esses, entre outros, são argumentos utilizados para dificultar a
legitimidade do etnoconhecimento e etnossaber indígena, de modo que
os excluem de muitas áreas do saber acadêmico, logo são vistos com
desprezo e desqualificação. Essas atitudes refletem os preconceitos que
a sociedade tem com os povos originários e as populações tradicionais, o
que resulta na falta de valor, bem como a incompreensão e a
invisibilidade.
Ainda que saibam que os estudos indígenas são significativos em
quantidade e qualidade, reiteradas afirmações indicam que “o
conhecimento” sobre seu modo de vida, ciência e saberes, enfrentam
grandes dificuldades para obter reconhecimento como tema relevante
para as ciências sociais e outras áreas do conhecimento, daí decorre a
recusa de muitos pesquisadores em não identificar e certificar o que os
povos originários constroem como indispensável à compreensão de
outras perspectivas e leituras de mundo.
28
ALMEIDA SILVA (ORG.)
29
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
30
ALMEIDA SILVA (ORG.)
CONSIDERAÇÕES ÚLTIMAS
31
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
32
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
33
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
34
PRÉVIA ANÁLISE SOBRE DIREITOS DOS INDÍGENAS E DAS
POPULAÇÕES TRADICIONAIS AMAZÔNICAS 1
1Publicado com o título “Reflexões acerca dos direitos dos indígenas e das
populações tradicionais da Amazônia” na Revista GeoAmazônia, em 2014.
35
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
PRIMEIRAS PALAVRAS
36
ALMEIDA SILVA (ORG.)
37
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
38
ALMEIDA SILVA (ORG.)
39
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
sulista que produz, gera riquezas, para um monte de gente preguiçosa do Norte
e Nordeste e para esses indígenas e quilombolas alcoólatras que não são
indígenas nem quilombolas, que não saem da cidade”; “essa gente mestiça que
nada faz, a não ser filhos, que desgraçadamente sustentamos com nossos
impostos”; “essa gente que vive no mato e não produz nada”. Assim, observa-se
um discurso colonialista que não difere muito do passado, com o processo de
escravização de negros, de aprisionamento de indígenas e a negação dessas
populações como seres humanos, o que desnuda a hipocrisia de um sistema
econômico que sobrevive à custa de explorados.
40
ALMEIDA SILVA (ORG.)
41
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
42
ALMEIDA SILVA (ORG.)
43
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
44
ALMEIDA SILVA (ORG.)
45
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
46
ALMEIDA SILVA (ORG.)
47
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
48
ALMEIDA SILVA (ORG.)
49
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
50
ALMEIDA SILVA (ORG.)
51
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
52
ALMEIDA SILVA (ORG.)
53
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
54
ALMEIDA SILVA (ORG.)
55
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
56
ALMEIDA SILVA (ORG.)
57
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
58
ALMEIDA SILVA (ORG.)
59
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
60
ALMEIDA SILVA (ORG.)
61
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
REFERÊNCIAS
62
ALMEIDA SILVA (ORG.)
63
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
64
ALMEIDA SILVA (ORG.)
HECK, E.D.; PREZIA, B.A.G. Povos indígenas: terra é vida. 4. ed. São
Paulo: Atual, 1999.
65
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
66
MALOCA YÑAMÕRARIKÃGÃ E SUA REPRESENTAÇÃO
CULTURAL PARA O POVO JUPAÚ: COMPREENSÃO DA
TERRITORIALIDADE 1
67
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
68
ALMEIDA SILVA (ORG.)
69
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
4Como conceito formulado foi definido por Almeida Silva (2010) em sua tese
de doutorado em Geografia intitulada “Territorialidades e identidade do
70
ALMEIDA SILVA (ORG.)
71
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
72
ALMEIDA SILVA (ORG.)
73
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
74
ALMEIDA SILVA (ORG.)
75
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
76
ALMEIDA SILVA (ORG.)
77
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
78
ALMEIDA SILVA (ORG.)
79
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
80
ALMEIDA SILVA (ORG.)
81
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
82
ALMEIDA SILVA (ORG.)
PARA ENCERRAR
83
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
REFERÊNCIAS
84
ALMEIDA SILVA (ORG.)
GIL FILHO, S.F. Por uma geografia do sagrado. In: MENDONÇA, F.;
KOZEL, S. Elementos de epistemologia da geografia contemporânea.
Curitiba: EDUFPR, 2004.
85
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
86
AS PERCEPÇÕES GEOGRÁFICAS E CULTURAIS DOS
ESTUDANTES INDÍGENAS NA FRONTEIRA BRASIL/BOLÍVIA 1
87
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
O COMEÇO
88
ALMEIDA SILVA (ORG.)
89
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
90
ALMEIDA SILVA (ORG.)
CONCEPÇÕES TEÓRICAS
91
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
92
ALMEIDA SILVA (ORG.)
ENFOQUE METODOLÓGICO
93
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Para tanto, optou-se pela pesquisa qualitativa, uma vez que esta
possibilita o estudo dos fenômenos a partir das relações sociais, no
ambiente escolar como espaço onde a interação entre os indivíduos é
intensa:
94
ALMEIDA SILVA (ORG.)
95
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
96
ALMEIDA SILVA (ORG.)
97
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
98
ALMEIDA SILVA (ORG.)
99
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
100
ALMEIDA SILVA (ORG.)
101
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
102
ALMEIDA SILVA (ORG.)
3 Isto é, aquele que é produzido a partir de ações externas para dentro das
territorialidades (Almeida Silva, 2010).
103
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
104
ALMEIDA SILVA (ORG.)
105
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES
106
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
107
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
108
ALMEIDA SILVA (ORG.)
109
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
110
A ETNOCIÊNCIA, A CIÊNCIA E ENFOQUE DE GÊNERO NA
PERSPECTIVA DAS INDÍGENAS DA FRONTEIRA BRASIL, PERU E
BOLÍVIA1
Alessandra Severino da Silva Manchinery
Adnilson de Almeida Silva
111
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
112
ALMEIDA SILVA (ORG.)
113
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
114
ALMEIDA SILVA (ORG.)
115
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
116
ALMEIDA SILVA (ORG.)
117
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Se sentiu grande e bem, pois estava ali para falar sobre sua
cultura e sua medicina e como era importante os seus
ensinamentos. Lembrou ainda que é importante a participação
de todo mundo. Ademais posso garantir que muitas mulheres
que moram nas aldeias desconhecem sobre o conceito de
gênero, mas isso vai depender do grau de contato de cada povo
e de região. Muitas delas falam sobre a importância da
segurança alimentar dentro e fora das aldeias, bem como
destacar seus trabalhos com um assunto que atingem alguns
dos territórios indígenas no Brasil e que pode em um futuro
distante atingir as mulheres na fronteira trinacional, prevenir é
relevante. Lembro que muitos países da América do Sul ainda
118
ALMEIDA SILVA (ORG.)
119
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
120
ALMEIDA SILVA (ORG.)
121
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
122
ALMEIDA SILVA (ORG.)
123
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
REFERÊNCIAS
124
ALMEIDA SILVA (ORG.)
125
A TAPYIA AMONDAWA E SUAS REPRESENTAÇÕES
SIMBÓLICAS: A AFEIÇÃO PELO LUGAR 1
126
ALMEIDA SILVA (ORG.)
INTRODUÇÃO
127
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
128
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS
129
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
130
ALMEIDA SILVA (ORG.)
131
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
7Apesar de o povo indígena ter sido grafado com a consoante V, por Vera da
Silva (2000), neste trabalho optamos o uso do W, por ser próximo à pronúncia
utilizada pelos indígenas.
132
ALMEIDA SILVA (ORG.)
133
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
134
ALMEIDA SILVA (ORG.)
135
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
136
ALMEIDA SILVA (ORG.)
137
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
138
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
139
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
140
ALMEIDA SILVA (ORG.)
141
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
142
KARIPUNAS DE RONDÔNIA E A EDUCAÇÃO INTERCULTURAL
ETNOTERRITORIALIZADA 1
INTRODUÇÃO
143
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
144
ALMEIDA SILVA (ORG.)
145
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
146
ALMEIDA SILVA (ORG.)
147
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
148
ALMEIDA SILVA (ORG.)
149
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
150
ALMEIDA SILVA (ORG.)
3Dar poder a um povo, coletividade ou comunidade, fazer com que tudo seja
mais democrático, liberdade de decidir e controlar seu próprio destino.
151
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
152
ALMEIDA SILVA (ORG.)
153
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
154
ALMEIDA SILVA (ORG.)
155
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
156
ALMEIDA SILVA (ORG.)
157
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
158
ALMEIDA SILVA (ORG.)
159
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
PARA FINALIZAR
160
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
161
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
162
ALMEIDA SILVA (ORG.)
163
A ESCOLA E A ALDEIA COMO ATRIBUTO PAITER SURUÍ NO
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO EDUCACIONAL E
CULTURAL 1
164
ALMEIDA SILVA (ORG.)
UM CADINHO DE PROSA 2
165
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
166
ALMEIDA SILVA (ORG.)
167
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
168
ALMEIDA SILVA (ORG.)
169
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
170
ALMEIDA SILVA (ORG.)
171
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
172
ALMEIDA SILVA (ORG.)
173
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
174
ALMEIDA SILVA (ORG.)
175
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
mais de 4 clãs entre nós, Paiter Suruí, tais como, Agoy Pep (uma espécie
de árvore), Agoy Kir, Watãr (outra espécie de árvore), Kaler (borboleta)
e Mãp (castanheira). Esses clãs foram dizimados durante as tentativas de
contato”.
Atualmente a organização da etnia ainda é a partir dos clãs
remanescentes: Gabgir (maribondo amarelo); Gameb, às vezes grafado
como Gamep (marimbondo preto); Makór (taquara); e Kaban (uma
frutinha doce encontrada na região). Cada clã possui um chefe, o qual de
tempos em tempos é repassado de pai para filho, além de poder ser
transmitida a um irmão caso o chefe não possua descendentes
masculinos.O mais comum é o homem chefiar o grupo de irmãos, mas o
sogro pode ser o chefe dos genros caso morem na mesma casa 8.
A manutenção dos clãs é delineada pela união de dois indígenas
através do casamento, em que,
176
ALMEIDA SILVA (ORG.)
TEMPO DE MUDAR
177
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
TEMPO DE APRENDER
178
ALMEIDA SILVA (ORG.)
179
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
180
ALMEIDA SILVA (ORG.)
181
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
182
ALMEIDA SILVA (ORG.)
183
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
184
ALMEIDA SILVA (ORG.)
185
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
186
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
187
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
188
ALMEIDA SILVA (ORG.)
189
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
SURUÍ, C.; SURUÍ, A.N.; CARDOZO, I.B.; SARDE NETO, E.; ALMEIDA
SILVA, A. O protagonismo Paiter Suruí no cenário educacional indígena:
elementos para um diálogo possível de interculturalidade. Polis,
Santiago, v. 38, n. 38, p. 1-17, 15 jul. 2014. Disponível em:
https://polis.revues.org/10117. Acesso em: 12 jun. 2016.
190
ABORDAGEM SOBRE A TERRITORIALIDADE RONDONIENSE E
SUAS IMPLICAÇÕES PARA INDÍGENAS E NÃO INDÍGENAS 1
191
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
192
ALMEIDA SILVA (ORG.)
193
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
194
ALMEIDA SILVA (ORG.)
195
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
196
ALMEIDA SILVA (ORG.)
197
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
198
ALMEIDA SILVA (ORG.)
5Almeida Silva (2007, p. 80), conceitua esses territórios como ilhas indígenas,
uma vez que “são espaços socioculturais cercados por espaços externos com
características diferenciadas de produções econômicas e sociais em relação aos
povos indígenas, com isso esses povos passam a ter como referência as áreas de
entorno”
199
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
200
ALMEIDA SILVA (ORG.)
201
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
202
ALMEIDA SILVA (ORG.)
203
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
204
ALMEIDA SILVA (ORG.)
205
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
206
ALMEIDA SILVA (ORG.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
207
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
208
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
209
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
210
ALMEIDA SILVA (ORG.)
211
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
212
MARCADORES TERRITORIAIS NA TERRA INDÍGENA IGARAPÉ
LAGE EM RONDÔNIA: IDENTIDADE WARI’ 1
Francisco Marquelino Santana
Josué da Costa Silva
Adnilson de Almeida Silva
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
213
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
por 32 aldeias e está subdividida em oito povos: Oro Nao’, Oro Eo, Oro
At, Oro Mon, Oro Waran, Oro Waran Xijein, Oro Jowin, OroKao’Oro
Waji. A autodenominação Wari’ que engloba todos esses povos possui
como significado “gente”, “nós”, ou ainda “gente como nós”, com o
sentido de se distinguir dos demais povos originários da região, assim
como em relação à sociedade envolvente.
Esse universo de Wari’ encontra-se distribuído em sete terras
indígenas da região e ainda outras pessoas dessas etnias em outros
municípios rondonienses. O estudo em questão é focado na Terra
Indígena Igarapé Lage (TIIL), localizada nas confluências dos rios
Guaporé e Mamoré em Rondônia, entre os municípios de Guajará-Mirim
e Nova Mamoré, numa área 107.321 ha (1.073,21 km²), a qual abriga uma
população estimada em 1.100 indígenas (FUNAI, 2017).
O trabalho de campo e a pesquisa foram realizados em agosto de
2017, durante duas semanas, na Aldeia Lage Velho (ALV) em Guajará-
Mirim na TIIL (Fig. 1), oportunidade em que dialogamos com os
sabedores (anciões e anciãs), lideranças e jovens. Este coletivo faz parte
do povo Wari’. A atividade realizada foi um trabalho complementar à
disciplina de Geografia Cultural do Programa de Pós-Graduação em
Geografia da Universidade Federal de Rondônia – UNIR e coordenado
pelo Grupo de Estudos e Pesquisas, Modos de Vida e Culturas
Amazônicas - GEPCULTURA.
Neste sentido, propomo-nos investigar o processo de conversão
do povo Wari’ ao cristianismo através de ações evangelizadoras
coordenadas pela Missão Novas Tribos do Brasil - MNTB, que
transcreveram parte da Bíblia para a língua originária dos Wari’. Os
evangelizadores traduziram, organizaram e confeccionaram cartilhas
para uso didático à serem utilizadas nas escolas indígenas.
214
ALMEIDA SILVA (ORG.)
215
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
2001 [1926]; 2004 [1926]; 1953-1957 [1929]; 2005 [1942]; 1968 [1944];
1978 [1944]; 1994 [1944]; 1976 [1946]; 2005 [1951]; 1975 [1956].
As obras de Cassirer caracterizam-se pela abordagem de que a
consciência no campo fenomenológico é marcada pela análise
intencional e descritiva da consciência e consideram que as definições
quanto às relações essenciais entre atos mentais e mundo externo, ou
seja, a verificação no mundo das exterioridades e objetos são
identificáveis aspectos imutáveis da percepção dos objetos e a produção
de atributos da realidade, com isso permite qualificá-los ou percebê-los
ao que realizamos em relação ao mundo. De modo, que o ser e se fazer
representar no mundo, é o representar-se e ser representado no mundo.
Os aportes teóricos e metodológicos de Cassirer se concretizam
na filosofia da cultura na qual desenvolveu a teoria dos símbolos e
formas simbólicas que revelam o fato mítico, estético e social e tem se
constituído com relevantes caminhos para discutirmos e abordarmos
questões relacionadas à linguagem, mitos, espiritualidade, entre outras
conexões interpretativas. Com isso, conceitos como espaço de ação,
formas simbólicas, pregnância simbólica, linguagem, substância, formas
e função, representações simbólicas.
Sua fenomenologia se dá na perspectiva do espaço-ação,
motivada pelas representações e formas simbólicas, nas quais o ser
humano está inserido no mundo e está contida na compreensão
oferecida pela lógica, relacionada sobre o ser e não sobre o dever ser, em
que a compreensão das coisas respalda-se na existência concomitante do
real e ideal, caracterizadas como existência fenomenal.
Metodologicamente, os caminhos percorridos em nosso trabalho
são alicerçados nos levantamentos de dados realizados durante a
pesquisa de campo, tais como, entrevistas, visitas a entidades públicas e
não governamentais. Utilizamos a revisão bibliográfica pertinente, bem
como participamos de eventos promovidos pela coletividade, o que nos
possibilitou melhor compreensão sobre o povo Wari’, no que tange seu
modo de experienciar o mundo.
216
ALMEIDA SILVA (ORG.)
217
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
218
ALMEIDA SILVA (ORG.)
219
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
220
ALMEIDA SILVA (ORG.)
221
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
suas armas e não partirem para o confronto como ocorria nos tempos dos
seringais nos séculos XIX e XX, conforme narrativas memoriais dos
indígenas mais idosos.
Do mesmo modo, a cultura também sofreu importantes
modificações, inclusive, no âmbito espiritual, vez que uma série de rituais
e festividades não puderam ser mais realizadas, em virtude de tais ações
repercutirem negativamente. Tanto a defesa territorial, espiritual,
cultural (incluso a questão linguística) e como efeito sobre o meio e a
organização social e de parentesco são tidas pelos Wari’ da ALV como
um sintoma de fraqueza – as ações que faziam no passado, atualmente
são tidas como pecaminosas.
222
ALMEIDA SILVA (ORG.)
223
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
224
ALMEIDA SILVA (ORG.)
225
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
226
ALMEIDA SILVA (ORG.)
227
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
228
ALMEIDA SILVA (ORG.)
229
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
230
ALMEIDA SILVA (ORG.)
231
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
232
ALMEIDA SILVA (ORG.)
233
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
234
ALMEIDA SILVA (ORG.)
235
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
236
ALMEIDA SILVA (ORG.)
237
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
238
ALMEIDA SILVA (ORG.)
239
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
240
ALMEIDA SILVA (ORG.)
era uma gruta com uma entrada estreita, os pais como eram
muito gordos, não puderam sair, ficaram presos na gruta e
então gritaram: – Suas mulheres vão ficar pequenas e não vão
passar de suas cinturas, é por isso hoje que as mulheres são
menores do que os homens. As filhas tiveram filhos, netos e
bisnetos, e assim foi o surgimento dos subgrupos Oro Wari’.
241
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Outro relato seu que o deixa muito triste foi a violência como
foram praticamente dizimados pelo homem branco, detalha como era
seu habitat anterior e narra a crueldade dos “civilizados” e dos momentos
difíceis que passou com sua família na maloca, ainda na infância:
242
ALMEIDA SILVA (ORG.)
243
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
244
ALMEIDA SILVA (ORG.)
245
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
CONSIDERAÇÕES ÚLTIMAS
246
ALMEIDA SILVA (ORG.)
247
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
REFERÊNCIAS
248
ALMEIDA SILVA (ORG.)
249
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
250
ALMEIDA SILVA (ORG.)
251
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Agradecimentos
Estudo desenvolvido com fomento da Fundação de Amparo ao
Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do
Estado de Rondônia – FAPERO. Projeto “Geografia e Marcadores
Territoriais: Sentidos e Representações Socioculturais Amazônicas” -
Chamada 003/2017 – PQR, ao Programa de Pós-Graduação Mestrado
e Doutorado em Geografia da Universidade Federal de Rondônia –
PPGG/UNIR pelo apoio.
252
REPRESENTAÇÕES KAXARARI SUAS VIVÊNCIAS E SENTIDOS
CULTURAIS 1
253
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
254
ALMEIDA SILVA (ORG.)
255
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
PERCURSO METODOLÓGICO
256
ALMEIDA SILVA (ORG.)
257
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
APORTES TEÓRICO-CONCEITUAIS
3 No I Encontro das Mulheres Kaxarari, ele estava com 79 anos de idade, pois
afirma que nasceu no início da década de 1940. Seu RG e CPF apontam o dia 24
de abril de 1940, como data de nascimento.
258
ALMEIDA SILVA (ORG.)
259
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
260
ALMEIDA SILVA (ORG.)
261
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
262
ALMEIDA SILVA (ORG.)
263
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
264
ALMEIDA SILVA (ORG.)
265
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
266
ALMEIDA SILVA (ORG.)
267
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
268
ALMEIDA SILVA (ORG.)
269
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
270
ALMEIDA SILVA (ORG.)
271
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
modo que deixa-os sem ação para agir de modo mais firme e justo, no
sentido de manter a ordem, pois correm o risco até de serem ameaçados
internamente pelas pessoas que compõem a etnia.
Não existe efetivamente um representante geral Kaxarari que
possa defender os interesses comuns desse povo, pelo contrário, estão
divididos nos clãs Kaibu e Yamaku. Para além disso, existe associação de
moradores somente da sua aldeia, o que transparece existir uma desunião
dos seus membros, tanto dentro de cada aldeia, como entre as aldeias e
os clãs entre si, o que evidencia a falta de liderança geral, para que possa
evitar ou amenizar os conflitos internos da TIK. O clã Kaibu mantém
“certa” união entre todas as suas seis aldeias, ainda que cada uma delas
tenha a sua independência, individualidade e liberdade de ação, mas se
preservam unidos e atuam juntos nos eventos comunitários sociais que
realizam.
Assim, os antigos caciques passaram a ser conhecidos como
lideranças das atuais aldeias Kaxarari, o que transmite a visão moderna
proveniente da cultura do não indígena, como líder de equipe ou de uma
“empresa”, com isso são tidos como dirigentes, gestores, presidentes de
grandes empresas nacionais, vez que em meados do final do século XX,
segue o princípio da “ordem mundial capitalista”, ditada naquele
momento, para uso conceitual da palavra, a exemplo do que acontece
com a palavra agronegócios nos dias atuais.
Ainda como tuxauas e pajés, Kaibu e Yamaku, morreram com
esse digno título, devidamente preparados e treinados por Kumã, os
quais lideraram por longos anos as aldeias Azul e Barrinha Antiga,
respectivamente, e preservaram toda a cosmogonia e organização
Kaxarari.
Na avaliação deste coletivo indígena quase nada foi mantido ou
preservado pelos seus descendentes e sucessores, visto que não praticam
mais atividades com essa finalidade, entretanto, ainda realizam algumas
danças em datas específicas e pontuais.
272
ALMEIDA SILVA (ORG.)
273
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
274
ALMEIDA SILVA (ORG.)
275
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
276
ALMEIDA SILVA (ORG.)
277
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
278
ALMEIDA SILVA (ORG.)
279
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
280
ALMEIDA SILVA (ORG.)
281
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
282
ALMEIDA SILVA (ORG.)
283
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
terem sido iniciado nesse ofício, ou por terem ainda em sua posse e poder
algum instrumento de pajelança, relíquia de seus ancestrais que
exerceram tal dom, ou ainda por ser um cristão fervoroso ou praticante
de religiões dos não indígenas, especialmente a evangélica, que oram
pelos demais da TIK.
O senhor Vitorino, da Aldeia Pedreira, é considerado o “pastor”
para a maioria de seu povo, especialmente do clã Yamaku, por ser o mais
fervoroso e praticante evangélico dentre eles. Foi ele quem fez a abertura
e encerramento do I Encontro das Mulheres Kaxarari, proferiu orações
arrebatadoras evangélicas, nos moldes propagados pelas igrejas
protestantes de matriz pentecostal.
Ao dialogarmos com o senhor Vitorino indagamos se era
evangélico e há quanto tempo tinha se convertido, e se tornará um
exímio orador na transmissão da palavra de Deus. Ele, simplesmente
respondeu com uma afirmação indagativa, simples e direta: “quem disse
que eu sou evangélico!?”. Alguns Kaxarari que não são evangélicos, se
dizem católicos, mesmo sem qualquer visita de padres ou contato com a
Igreja Católica.
No seu íntimo, percebemos que o senhor Vitorino guarda em sua
memória fragmentos da espiritualidade indígena, praticadas pelos seus
ancestrais, os últimos pajés, mas ele não tem como resgatar tais práticas,
as quais foram perdidas e/ou substituídas pela religiosidade externa, a
evangélica, de modo que exerce de coração, pois sabe que se reporta a
Deus, mas não é como gostaria, do jeito que nasceu, cresceu e viveu parte
de sua vida, quando havia Kumã, Kaibu e Yamaku com seus rituais.
Em relatos dos senhores Vitorino e Américo, estes afirmam que
alguns pastores tocaram fogo pessoalmente nos adereços que alguns
caciques guardavam os aparatos ferramentais dos pajés – então ficaram
reféns do ponto de vista de sua religião praticada nas aldeias. Esses
pastores diziam que os pajés não temiam a Deus, cultuavam outros
deuses, os quais não eram do bem, mas sim o bicho feio, e assim
influenciaram aos poucos, seus conceitos religiosos em várias das aldeias
Kaxarari.
284
ALMEIDA SILVA (ORG.)
285
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
286
ALMEIDA SILVA (ORG.)
287
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
288
ALMEIDA SILVA (ORG.)
289
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
290
ALMEIDA SILVA (ORG.)
291
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
292
ALMEIDA SILVA (ORG.)
293
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
contrário, logo morreria. O cipó cortado para o chá também era avaliado
depois, se brotasse e crescesse, o pai que fez o ritual teria vida longa.
Hoje em dia, esse ritual não é mais realizado, pois essa variável
cultural foi abandonada, a partir da colonização e o convívio com os não
indígenas e outras representações e sentidos foram incorporados, o que
se consubstancia como hibridização.
O décimo sétimo é o resguardo da menstruação, que consistia no
resguardo da menina- moça quando menstruava pela primeira vez, e
estaria apta ao casamento e pronta para a procriação, ou seja, passava
assumir sua plenitude como mulher, assim como para a vida sexual ativa.
A menina-moça ficava recolhida na maloca por cinco dias
seguidos, sem sair ou ver a luz do sol, nem beber água, comia apenas
mingau de milho e milho, deitada com a cabeça virada três dias para uma
direção e mais dois para o outro lado contrário, se descumprisse isso, sua
saúde correria sérios riscos.
No final do último dia, saía da maloca, se dirigia direto para o rio,
ali dava três mergulhos e voltava para a moradia. Como parte do ritual
espiritual para garantir uma boa saúde feminina às mulheres, no caminho
para o rio e depois do resguardo por um período de seis dias, a moça
deveria coçar a sua barriga com uma palha de patauá Oenocarpus
bataua, para evitar que aparecessem estrias quando engravidasse. Hoje
em dia, esse ritual não é mais realizado pelos Kaxarari, devido a fatores
de influência externa.
O décimo oitavo é a língua e as reminiscências memoriais e
culturais, é de grande relevância, pois são essas que (re)afirmam as
representações identitárias do povo Kaxarari.
CASAMENTO KAXARARI
294
ALMEIDA SILVA (ORG.)
295
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
árvore (união sólida), que é plantada, cultivada e dará frutos (os filhos),
que também crescerão e perpetuarão o clã de seus pais e de seu povo.
296
ALMEIDA SILVA (ORG.)
297
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
298
ALMEIDA SILVA (ORG.)
299
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
300
ALMEIDA SILVA (ORG.)
301
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
302
ALMEIDA SILVA (ORG.)
303
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
304
ALMEIDA SILVA (ORG.)
305
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Souza Vieira
Regiane Alves Costa
Nova 5ª Série
Kaxarari (Yrianá)
Marmelinh Edimilson Mariano
Completo
o Kaxarari
Buriti 4ª Série Edinei Martins Kaxarari
Rosinalda Kaxarari; Said
de Souza
Pedreira Completo Completo Kaxarari; André Alves da
Yamaku
Silva; Dionísio
César Kaxarari
Celso Souza; Alcileine
Paxiúba Completo Completo
Souza; Regina Ribeiro
Denizete Simão Kaxarari;
Kawapu Completo Rosângela do Nascimento
Kaxarari
Fonte: Atividade de campo. Organ. por Nogueira (2019)
306
ALMEIDA SILVA (ORG.)
307
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
REFERÊNCIAS
308
ALMEIDA SILVA (ORG.)
309
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Apoio
Programa de Apoio ao Pesquisador Rondoniense (PQR), Chamada n.
003/2017/PQR/FAPERO, Outorga 042/2017, Protocolo
33897.521.20813.06102017, por meio do projeto “Geografia e
Marcadores Territoriais: Sentidos e Representações Socioculturais
Amazônicas”.
310
OS PAITER SURUÍ E O RITUAL MAPIMAÍ COMO “MARCADOR
TERRITORIAL” 1
311
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
O INÍCIO
Os coletivos indígenas de Rondônia buscam sua sobrevivência,
que se torna um desafio, essa é uma situação que não se diferencia em
muito às demais etnias que se encontram em território brasileiro. Entre
os múltiplos desafios encontram-se a luta para a demarcação do
território; a superação dos impactos do colonizador na cultura, marcada
em muitos casos pela discriminação étnica-racial; a inserção de novos
valores que resultam em crises psicológicas. Todavia, a relação estreita
com a natureza e os valores cosmogônicos e espirituais são algumas das
características que unem os coletivos entre si em seu modo de apreensão
e compreensão de mundo.
O coletivo indígena Paiter Suruí, que se autodenomina de “Gente
de Verdade” ou “O Povo Verdadeiro, Nós Mesmos” – pois acreditava que
seria os únicos habitantes da terra – pertence ao tronco Tupi da família
linguística Mondé. Sua organização sociopolítica (Figura 1) possui como
característica a ordenação em um sistema clânico de parentesco e
matrimônio, composto pelos Gameb (marimbondos pretos), Gabgir
(marimbondos amarelos), Makor (taboca, que é uma espécie de bambu
da Amazônia) e Kaban (mirindiba Glycydendron amazonicum).
312
ALMEIDA SILVA (ORG.)
313
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
314
ALMEIDA SILVA (ORG.)
315
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
316
ALMEIDA SILVA (ORG.)
317
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
318
ALMEIDA SILVA (ORG.)
319
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
320
ALMEIDA SILVA (ORG.)
3 É uma bebida fermentada feita de cará Dioscorea alata L., mandioca Manihot
esculenta e Manihot utilissima, milho Zea mays ou qualquer outro farináceo, e
utilizada nos rituais dos Paiter Suruí. A bebida no interior da cosmogonia Paiter
Suruí atua como purificação espiritual. A bebida é chamada por eles como
makaloba ou iatir, conforme Medeiros et al. (2018, p. 33) “A bebida possui nomes
como chicha, caiçuma, cauim, dentre outros nomes dados por outros povos
indígenas, é feita com milho, mandioca ou macaxeira, cará ou outro tubérculo
fermentado com leve teor alcoólico e para ser servida em rituais ou
compartilhadas em rodas de conversas. A makaloba é mais fraca do que iatir,
visto que não é fermentada”.
321
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
4 Referem-se a fenômenos, os quais não são materiais, mas que podem ser
sentidos, percebidos e ter significados como os espíritos, os encantados, por
exemplo.
322
ALMEIDA SILVA (ORG.)
323
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
324
ALMEIDA SILVA (ORG.)
325
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
326
ALMEIDA SILVA (ORG.)
327
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
6
Antes do contato, conforme relatam, o ritual se estendia por semanas e meses;
na atualidade não é mais possível devido à uma série de compromissos que
impedem-os de realizar totalmente.
7
Metareilá é o nome que os Paiter Suruí designam a floresta ou mata, na língua
Tupi-Mondé.
8
Jenipapo Genipa americana é um fruto de uma árvore nativa da América do
Sul e Central, quando não maduro fornece um suco de cor azulada e é muito
utilizado como corante para as pinturas indígenas.
328
ALMEIDA SILVA (ORG.)
329
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
330
ALMEIDA SILVA (ORG.)
331
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
332
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
333
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
334
ALMEIDA SILVA (ORG.)
335
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
336
A CULTURA DOS PAITEREY E A APREENSÃO TECNOLÓGICA:
ANTROPOFAGIA PÓS-MODERNA 1
INTRODUÇÃO
337
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
ANTROPOFAGIA PÓS-MODERNA
338
ALMEIDA SILVA (ORG.)
339
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
340
ALMEIDA SILVA (ORG.)
341
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
342
ALMEIDA SILVA (ORG.)
343
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
344
ALMEIDA SILVA (ORG.)
345
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
346
ALMEIDA SILVA (ORG.)
347
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
348
ALMEIDA SILVA (ORG.)
349
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
350
ALMEIDA SILVA (ORG.)
351
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
352
ALMEIDA SILVA (ORG.)
353
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
354
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
355
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
356
ALMEIDA SILVA (ORG.)
357
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
358
A FORÇA DA FLORESTA E O CONHECIMENTO PARINTINTIN
SOBRE A SAÚDE: AS PLANTAS MEDICINAIS E SUAS
REPRESENTAÇÕES DE CURA 1
Juliano Strachulski
Nicolas Floriani
Adnilson de Almeida Silva
Luís Carlos Maretto
Severino Parintintin
359
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
INTRODUÇÃO
360
ALMEIDA SILVA (ORG.)
4
Pertencem à família linguística de mesmo nome, do Tupi. Se autodenominam
Wuy jugu ou Wuyjuyu (povo, pessoas, gente). A qualificação Munduruku
(formigas vermelhas) teria sido pelos Parintintin, em referência que
empreendiam ataques massivos em territórios de outros povos. Por seu espírito
guerreiro ficaram também conhecidos como “cortadores de cabeças humanas”
utilizadas como triunfos que simbolizavam o poder.
361
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
362
ALMEIDA SILVA (ORG.)
MATERIAIS E MÉTODOS
363
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
364
ALMEIDA SILVA (ORG.)
365
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
366
ALMEIDA SILVA (ORG.)
367
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
368
ALMEIDA SILVA (ORG.)
369
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
370
ALMEIDA SILVA (ORG.)
371
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
372
ALMEIDA SILVA (ORG.)
373
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
374
ALMEIDA SILVA (ORG.)
375
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
376
ALMEIDA SILVA (ORG.)
377
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Hymena
Jutaí/Jut
ea
aí- Diarreia; dor de
Fabaceae oblongif Jutay'va Nativa
grande/ estômago
olia
Jutaizão
Huber
Endople
Tosse; diarreia;
ura uchi
Humiriaceae Uxi-liso Madu’uwa Nativa câncer inicial;
(Huber)
inflamação no rim
Cuatr.
Mentha
Gãpya-
Lamiaceae piperita Hortelã Exótica Cólicas
verawa*
L.
Machucadura
(hematomas,
Carapa
Meliaceae Andiroba Tirova Nativa torções, feridas);
spp.
gripe, secreção
nasal.
Syzygiu
m
Myrtaceae Azeitona Ivahũ’di* Exótica Diarreia
cumini
L.
Diarreia; o mal
(criança fica toda
Ruta Hovi’uhu’ve’ea
Rutaceae Arruda Exótica preta e enrola os
spp. *
pés); começo de
derrame; proteção
Fonte: Povo Parintintin. Organizado por Strachulski (2015)
Nota: *Espécies vegetais que não possuíam o nome na língua Tupi-Kawahib
Parintintin, foram denominados por dona Maria das Graças Parintintin, como
uma aproximação linguística em relação a outras espécies de seu conhecimento.
378
ALMEIDA SILVA (ORG.)
379
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
Gestante não
pode tomar
(risco de
Xarope/chá/ aborto); quem
Uxi-liso Casca Mata Semente
garrafada tem
deficiência
mental (“ruim
da cabeça”).
Hortelã Folha Chá - Quintal Estaca
Massagem/ Mata/Ter-
Andiroba Fruto - Muda
Chá reiro
Semente/
Azeitona Casca Chá - Terreiro
muda
Não pode
tomar outro
remédio, nem Estaca/muda/
Arruda Folha Chá Quintal
caseiro nem semente
industriali-
zado.
Fonte: Povo Parintintin. Organizado por Strachulski (2015)
380
ALMEIDA SILVA (ORG.)
381
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
382
ALMEIDA SILVA (ORG.)
383
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
384
ALMEIDA SILVA (ORG.)
385
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
saúde pra frente, pra não pegar alguma doença feia. Faz-se com o urucum,
porque ele não morre nunca”.
386
ALMEIDA SILVA (ORG.)
387
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
388
ALMEIDA SILVA (ORG.)
Enfim, essa relação com a terra, com as plantas nos remete ao início
de nosso trabalho que há a cura, há a possibilidade de compreendemos a
natureza, de compartilhar e adquirirmos novos conhecimentos dentro de
uma perspectiva geográfica, a qual está imbricada de representações
simbólicas e subjetividades estabelecidas a partir das experiências e vivências
concretas ou daquelas resultantes das trajeções ou das transcendências.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
389
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
390
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
391
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
392
ALMEIDA SILVA (ORG.)
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
393
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
394
ALMEIDA SILVA (ORG.)
395
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
396
KAXARARI MAHI KA WA HUWYTA BILI HÃSHU BILTU
HUIHIMITU Y KUPA HÂSHU WETU HATU IKY WAI HÂSHU
TXULUTU MA’A
INTRODUÇÃO
397
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
398
ALMEIDA SILVA (ORG.)
399
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
400
ALMEIDA SILVA (ORG.)
401
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
O LUGAR KAXARARI
402
ALMEIDA SILVA (ORG.)
403
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
404
ALMEIDA SILVA (ORG.)
405
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
406
ALMEIDA SILVA (ORG.)
407
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
408
ALMEIDA SILVA (ORG.)
409
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
410
ALMEIDA SILVA (ORG.)
REFERÊNCIAS
411
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
412
AUTORAS E AUTORES
413
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
414
ALMEIDA SILVA (ORG.)
415
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
JULIANO STRACHULSKI
Geógrafo, Mestre e Doutor em Gestão do Território (Geografia) pela
Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. Pesquisador do Grupo
de Pesquisa Interconexões e da Rede Internacional CASLA/CEPIAL. E-
mail: julianomundogeo@gmail.com
416
ALMEIDA SILVA (ORG.)
417
EXPRESSÕES, VIVÊNCIAS E REPRESENTAÇÕES INDÍGENAS DA E NA AMAZÔNIA
NICOLAS FLORIANI
Graduado em Agronomia, Mestre em Ciências do Solo e Doutor em Meio
Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná -
UFPR. Professor do Departamento de Geociências e do Programa de
Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Geografia – UEPG.
Coordenador do Grupo de Pesquisa Interconexões/UEPG e da Rede
Internacional CASLA/CEPIAL. E-mail: florianico@gmail.com
SEVERINO PARINTINTIN
Cacique e liderança do povo indígena Pykahu-Parintintin. Terra
Indígena Nove de Janeiro - Humaitá, Amazonas.
418