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RESUMO
Este artigo tem por finalidade traçar um esboço da festa, crença, hábitos e tradição da Festa
de São Benedito que ocorre na Comunidade Barranco de São Benedito em Manaus,
Amazonas, revelando o significado dos elementos que compõem a festa. Aplicou-se
entrevistas semiestruturas, visita in locús para fotografar alguns elementos que fazem parte
da festa. O estudo foi fundamentado em BARROSO (1999), CLAVAL (1999), FARIA (2007),
HAESBAERT (2009), ROSA (2018) SANTOS (2010), etc. Parte do princípio de que todo
espaço ou lugar possui uma significação de existência que o torna singular, definidor de uma
identidade que vem constituir pertencimento pelas práticas exercidas no cotidiano da
comunidade de modo a consolidar uma referência para o lugar ou região. Assim, quando
falamos das festas culturais, surgem saberes peculiares que atravessaram muitas existências
das comunidades em suas práticas simbolizadas nas comidas, no artesanato, celebrações e
demais manifestações culturais.
PALAVRAS-CHAVES: Identidade, Cultura Popular, Tradição.
ABSTRACT: This article aims to outline the feast, belief, habits and tradition of the Feast of
St. Benedict that takes place in the Barranco community of St. Benedict in Manaus, Amazonas,
revealing the meaning of the elements that make up the party. Semistructure interviews, visit
in locús were applied to photograph some elements that are part of the party. The study was
based on BARROSO (1999), CLAVAL (1999), FARIA (2007), HAESBAERT (2009), ROSA
(2018) SANTOS (2010), etc. It assumes that every space or place has a meaning of existence
that makes it unique defining of an identity that constitutes belonging for the practices practiced
in the daily life of the community in a way that to consolidate a reference to the place or region.
Thus, when we talk about cultural festivals, peculiar knowledge arises who have crossed many
communities' existences in their practices symbolized in food, crafts, celebrations and other
cultural manifestations.
KEYWORDS: Identity, Popular Culture, Tradition.
1
Acadêmico do programa de pós-graduação em Geografia Humana da Universidade Federal do
Amazonas. E-mail de contato: luisfelipe_silva@hotmail.com.br
2
Acadêmica do programa de pós-graduação em Geografia Humana da Universidade Federal do
Amazonas. E-mail de contato: sanae.ferreiragen2@gmail.com
INTRODUÇÃO
Nenhum outro país é tão diversificado culturalmente como o Brasil, essa
diversidade cultural é reflexo do multiculturalismo aqui existente, composta por povos
originários e comunidades tradicionais (quilombolas, catadoras de mangaba,
quebradeiras de coco-de-babaçu, povos de terreiro, comunidades tradicionais
pantaneiras, pescadores, caiçaras, extrativistas, pomeranos, retireiros da Araguaia e
comunidades de fundo de pasto) fazem do Brasil um grande celeiro de manifestações
culturais que detém as suas peculiaridades em todos em sentidos: econômicas,
sociais, etc.
ÁREA DE ESTUDO
3
“Associação das Crioulas de São Benedito”’, é um grupo formado por mulheres que produzem
artesanatos que são vendidos na comunidade.
4
O § 4º do art. 3º do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, reserva à Fundação Cultural
Palmares a competência pela emissão de certidão às comunidades quilombolas e sua inscrição em
cadastro geral. Desde então, foram emitidas 3.271 certificações para comunidades quilombolas; este
documento reconhece os direitos das comunidades e dá acesso aos programas sociais do Governo
Federal.
O Quilombo Barranco de São Benedito completou 129 anos em 2019. Segundo
Rosa, 2018, “[...] a comunidade assentou-se nessa localidade em 1890, [...], desde a
vinda de sua fundadora, dona Maria Severa Nascimento Fonseca, que, em busca de
melhores condições de vida [...]” (ROSA, 2018, p. 14).
A novena ocorre durante uma semana. Na primeira noite de Novena, são feitas
orações pelos quilombolas doentes; nos dias posteriores é mantida a mesma liturgia
cuja prática tem a participação dos quilombolas, dos devotos e das crianças. Todos
acompanham os cânticos, assim como ex-moradores da localidade, que residem em
outros bairros e que retornam à comunidade quilombola por ocasião do festejo. A
liturgia contém rezas, músicas; a programação termina com a frase: “Viva São
Benedito”. Os presentes repetem isso três vezes. Após o encerramento de cada
novena é servido um lanche, que segundo a tradição da comunidade é doado por
algum participante do evento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRASER, Nancy. Reconhecimento sem Ética? São Paulo: Lua Nova, 2007.