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TENDINOPATIA DO

TENDÃO CALCÂNEO:
COMO TRATAR?
Prof. Raone Daltro
- Esp. Músculo-Esquelética (ISCMSP)
- Fisioterapeuta e Sócio-Proprietário (Raone Daltro
Reab. e Treinamento)
- Docente do curso de Fisioterapia (UniSant’Anna)
- Docente de várias pós-graduações pelo Brasil
TENDÃO CALCÂNEO
• Músculo-TENDÃO-osso: Antes visto
como estrutura passiva;

• Capacidade de armazenar energia


elástica 10x mais que uma mola de aço.

Gosline et.al.2002; Alexandre et al.1988


TENDINITE x TENDINOSE x TENDINOPATIA

• Pouco ou nenhum processo inflamatório em estudos histológicos;


• Utilizar o sufixo ITE, induz o profissional ao erro de abordagem;

• Tratamentos inflamatórios tradicionais tem baixo sucesso nas


tendinopatias.
ENTÃO POR QUE DÓI?

• Os tenócitos que estão na matriz, quando


submetidos a estresse superior ao que eles
suportam, estimula a produção de substâncias
bioquímicas como neuropeptídios.

Millar et. al.2021; Subramanian et.al. 2018; Cook et.al.2016


TEORIA DA FISIOPATOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA

• Tendinopatia dos MMII 10,52 a cada 1000 pessoas;

• Tendinopatia de Aquiles 1,85/1000 pessoas;

• Aprox. 9%-23% de Tend.Aq em atletas ao longo da vida, comparado com 5,9% da


pop. em geral.

• > homens, pode chegar em até 50% em corredores.

De Jonge, et al. BJSM (2011); Albers, et al. BMC (2016); Riel, et al. BMC (2019); Millar, et al. Nature Reviews (2021)
• Estudo prospectivo; variáveis (presença de sintomas, VISA-A, nível de
atividade esportiva).

• 1/5 dos pacientes com TA apresentam sintomas após 10 anos


FATORES DE RISCO

CAPACIDADE/DEMANDA NO TREINAMENTO FÍSICO (TEMPO FRIO);

DORSIFLEXÃO REDUZIDA

FRAQUEZA MUSCULAR, LOCAL, PROXIMAL OU DISTAL;

CONSUMO DE BEBIDA ALCÓLICA;

Van der Vlist, et al.BJSM (2018); Millar, et al. Nature Reviews (2021)
• Dorsi < 22º sem suporte de peso utilizando goniômetro.
• Dorsi < 36º com suporte de peso utilizando inclinômetro
BIOMECÂNICA

Cook et.al.2012
• Atletas masculinos recreativos com tend. de aquiles, demonstraram >
fraqueza dos abdutores, rotadores externos e extensores do quadril
E NO FINAL DAS CONTAS?
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS/AVALIAÇÃO

• Royal London Hospital test ou dor de 2 a 6 cm próximo a inserção do


tendão;

• Questionários (VISA-A, FAAM, LEFS);

• Teste de elevação do calcâneo e salto;

• ADM de dorsiflexão;

ROBROY et.al. JOSPT (2018); Millar, et al. Nature Reviews (2021)


TRATAMENTO/PROTOCOLO ANTIGO
3x15 repetições, 2x ao dia por 12 semanas

Alfredson et.al.1998
• 40 participantes dividido em 2 grupos (excêntrico x isométrico)

• Melhora significativa na TA utilizano VISA-A e a Escala VAS tanto para


excêntrico quanto para isométrico.
• Avaliar diferenças nos efeitos clínicos (1 ano
de follow-up) entre o protocolo de Alfredson
e Silbernagel;

• Não foram encontradas diferenças nos


efeitos clínicos entre os grupos
• 32 estudos após elegibilidade dos critérios, 139 pcts com TA com
idade média de 44 anos.

• Isolar o componente excêntrico não foi superior à outros protocolos.

• Terapias devem focar em exercícios concêntricos e excêntricos com


cargas adequadas.
• Altas intensidades de carga são mais
eficazes em comparação com baixas
intensidades para induzir respostas
adaptativas;

• O Tipo de contração muscular parece


irrelevante;

• As adaptações nos tendões ocorreram


apenas com carga > 70% RM.
Fase inicial

ROBROY et.al. JOSPT (2018); Mascaró, et al. 2015


FASE INICIAL

Rio et.al.2018; Cook, et al.2016


LOAD MANAGEMENT

* Alguns estudos falam em 36 h


de repouso após alta carga.
Soligard et.al.2016; Silbernagel, et al.2020
(TREINO LENTO DE ALTA CARGA)

FASE 2

- ELEVAÇÃO NA PONTA DO PÉ NA MAQUINA


- ELEVAÇÃO NA PONTA DO PÉ NO LEGPRESS
- ELEVAÇÃO NA PONTA DO PÉ SENTADO
RETORNO AO ESPORTE
CRITÉRIOS DE RTP
- AUSÊNCIA DE DOR DURANTE AS ATIVIDADES

- AMPLITUDE DE MOVIMENTO RESTAURADA

- FORÇA MUSCULAR PLANTAR (90% RESTAURADA)

- RESISTÊNCIA (20 ELEVAÇÕES UNIPODAIS SEM DOR)

- FATORES PSICOSOCIAIS
rdaltro.fisio@gmail.com

raonedaltro

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