Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
15725
ARTIGOS DE REVISÃO
*
Carlos Leandro Tiggemann
Caroline Pieta Dias*
**
Matias Noll
**
Maira Cristina Wolf Schoenell
***
Luiz Fernando Martins Kruel
ABSTRACT
A proporção de idosos na população é cada vez maior nos diferentes países, tornado fundamental o seu estudo em diferentes
perspectivas. Desta forma, o objetivo da presente revisão é compreender como o envelhecimento atua no sistema
neuromuscular, em especial na força muscular, e como este declínio atua nos aspectos funcionais, ou seja, nas tarefas do dia a
dia. Além disso, será abordado como o treinamento de força, em específico visando à melhora da potência muscular, pode ser
uma estratégia segura e efetiva no combate aos efeitos adversos do envelhecimento no sistema neuromuscular.
Palavras-chave: Idosos. Treinamento de força. Musculação. Funcional.
*
Doutor (a). Professor (a) da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do Sul-RS, Brasil.
**
Mestre. Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano – UFRGS, Porto Alegre-RS, Brasil.
***
Doutor. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano – UFRGS, Porto Alegre-RS,
Brasil.
similar por diferentes pesquisadores e estudiosos Além disso, Macaluso e De Vito (2004)
da área (HURLEY; ROTH, 2000; FRONTERA; relatam que a diminuição na potência muscular
BIGARD, 2002; VANDERVOORT, 2002; pode ser atribuída à redução seletiva das
CARVALHO; SOARES, 2004; MACALUSO; unidades motoras do tipo II, reduzindo a
DE VITO, 2004; RICE; KEOGH, 2009). capacidade de geração de força e velocidade.
Acredita-se que o pico da força máxima ocorra Especula-se também que a menor rigidez dos
na terceira década de vida, decaindo gradualmente, tendões contribua na diminuição da potência
com declínio acentuado a partir dos 50 anos (12 a muscular, pela dificuldade de transferência da
14% por década) e aumentado a partir dos 70 anos força do músculo à estrutura óssea. Além disso,
(30% por década) (FRONTERA; BIGARD, 2002). as alterações nos níveis de atividade enzimática
Reduções ainda maiores têm sido sugeridas em e endócrinas, principalmente na redução dos
relação aos valores da potência muscular (≈40%) hormônios de crescimento, testosterona e o fator
(MACALUSO; DE VITO, 2004; RICE; KEOGH, insulínico de crescimento, têm sido os principais
2009). Importante observar que estes valores fatores mediadores para o comprometimento
são muitas vezes baseados em estudos de corte biológico (síntese proteica) e da consequente
transversal ou, no máximo, em estudos redução da força muscular (MACALUSO; DE
longitudinais com poucos anos de VITO, 2004; FLECK; KRAEMER, 2006).
acompanhamento (5 a 10 anos) (FRONTERA; A diminuição dos níveis de atividade física
BIGARD, 2002). Ainda, algumas especificidades com o avançar da idade também se apresenta
quanto ao sexo (maior declínio nas mulheres) e como um fator promotor da diminuição da força
grupos musculares avaliados (maior declínio nos e da potência muscular (DIPIETRO, 2001;
membros inferiores) são sugeridas (CARVALHO; MACALUSO; DE VITO, 2004). Contudo, é
SOARES, 2004). importante observar que a simples manutenção
Múltiplos fatores são responsáveis pela das atividades habituais elevadas (caminhadas,
diminuição da força muscular com o avanço da trabalhos de jardinagem e andar de bicicleta),
idade, sendo importante ressaltar que alguns não garantem a manutenção de níveis
desses são determinados pelo estilo de vida, e satisfatórios de força muscular (RANTANEN;
desta forma, podem ser reversíveis ERA; HEIKKINEN, 1997; DIPIETRO, 2001).
(VANDERVOORT, 2002). A sarcopenia, Além disso, não é claro o entendimento se a
conceituada como a redução da área de secção diminuição das atividades físicas habituais é
transversa do músculo (BRUNNER et al., 2007), causadora da redução da força muscular (leia-se
oriunda da atrofia muscular e a redução do sarcopenia), ou consequência (MACALUSO;
número de fibras musculares (preferencialmente DE VITO, 2004). Independente disso, estudos
nas fibras do tipo II) (HÄKKINEN et al., 1996; de corte transversal, com ampla faixa etária, têm
IZQUIERDO et al., 1999), parece ser o fator relatado que o avançar da idade compromete
determinante no declínio da força, podendo o gradativamente o desempenho das atividades
aumento do tecido não contrátil também funcionais (RIKLI; JONES, 1999; KRAUSE et
contribuir nesta redução (CARVALHO; al., 2009).
SOARES, 2004; MACALUSO; DE VITO, Rice e Keogh (2009) descrevem que a
2004). Além disso, o sistema nervoso é afetado redução das atividades funcionais (caminhar,
por uma reduzida capacidade de recrutamento subir escadas, levantar e sentar) compromete
das unidades motoras, tanto pela redução da decisivamente na independência de vida do
velocidade de contração quanto da frequência de idoso, apresentando inicialmente a necessidade
disparo dos impulsos mioelétricos (BARRY; de maior tempo para sua execução, e
CARSON, 2004). Não obstante, refere-se uma posteriormente, uma mudança no padrão de
diminuição da capacidade coordenativa entre os realização. A dificuldade no equilíbrio e
diferentes grupos musculares (coordenação controle motor, causada principalmente pela
intermuscular) resultante da coativação de deterioração do sistema sensório-motor
grupos musculares antagonistas (FRONTERA; (BARRY; CARSON, 2004), a ocorrência
BIGARD, 2002; CARVALHO; SOARES, prematura de fadiga muscular, causada pela
2004). maior necessidade relativa da força muscular
Quadro1- Estudos sobre os efeitos do TPO na força máxima, potência e desempenho funcional em idosos.
Autor S Id D TT Carga Força Testes funcionais
Max POT 6min CAM DEG CAD TUG
(5)
Bottaro et al. H 60-76 10 TFT 60% 26,7 7,8 - - - 6,1ns 0,8ns
(2007) TPO 60% 27,1 31,0* - - - 42,8* 15,3*
Embora o TFT se mostre efetivo na melhora moderado nos testes de levantar da cadeira,
da força máxima e na potência muscular, o seu velocidade de caminhada e no teste TimedUp-
efeito sobre as habilidades funcionais parece ser and-Go (TUG) em favor ao grupo TFT, quando
menor que no TPO (SKELTON et al., 1995; comparado com grupo controle, ressaltando que
LATHAM et al., 2004; MACALUSO; DE embora significativos, o seu impacto clínico não
VITO, 2004). A heterogeneidade das amostras é conhecido. Steib, Schoene e Pfeifer (2010)
pode tornar os dados relativos à importância da encontraram efeitos de magnitude significativos
força máxima ainda pouco entendíveis. A em favor ao grupo TPO quando comparados ao
exemplo disso, alguns autores têm sugerido a grupo TFT, somente nos testes de levantar da
existência de um limiar de força máxima, em cadeira e subir degraus, não sendo significativos
que a relação de força e testes funcionais só na velocidade de caminhada e o TUG.
ocorreria em sujeitos mais fracos (FERRUCCI Recentemente, Tschopp, Sattelmayer e Hilfiker
et al., 1997). Ferrucci et al. (1997) verificaram (2011) concluíram em sua meta-análise que um
que a força máxima dos flexores dos quadris foi efeito de pequeno a moderado em favor a
um preditor significativo na velocidade de treinamento de potência foi encontrado,
caminhada e no tempo para completar o teste de podendo estes resultados indicar uma diferença
levantar e sentar na cadeira cinco vezes, mas não clinicamente relevante a favor do TPO.
apenas nos valores inferiores a 15 kg, assim Um aspecto importante a considerar diz
como a força máxima dos extensores dos joelhos respeito à forma de aplicação dos testes
estava associada com o mesmo teste de sentar e funcionais. De forma geral, boa parte dos
levantar, mas somente nos valores abaixo de 10 estudos (SCHLICHT; CAMAIONE; OWEN,
kg. Acima destes valores, maiores valores de 2001; HRUDA; HICKS; MCCARTNEY, 2003;
força máxima não apresentaram relação SEYNNES et al., 2004; GALVÃO; TAAFFE,
significativa com melhor performance nos testes 2005; HENWOOD; TAAFFE, 2005;
funcionais. BOTTARO et al., 2007) utilizam testes que
No TPO, além de promover ganhos realmente apresentam características funcionais
similares na melhora da força máxima, boa parte (subir escadas, caminhar, sentar e levantar),
dos estudos tem apresentado resultados maiores porém, avaliadas em velocidade não comumente
nas avaliações de potência e testes funcionais, utilizadas nas atividades de vida diária, ou seja,
podendo este modelo de treinamento ser mais em velocidade máxima. Desta forma, parece
impactante nas atividades de vida diária e num coerente entender que, ao compararmos um
estilo independente de vida (EVANS, 2000; treinamento em que a máxima velocidade foi
FOLDVARI et al., 2000; CUOCO et al., 2004; utilizada (TPO) com um modelo em
BOTTARO et al., 2007). Idosos que necessitam velocidades mais lentas, a utilização de testes
de assistência para realizar atividades como em máxima velocidade será mais específica
caminhar, subir degraus e levantar da cadeira, ao TPO, apresentando melhores escores pela
possuem 42-54% menos potência muscular nos sua especificidade.
músculos extensores dos joelhos que idosos que
não necessitam (BASSEY et al., 1992). Além
disso, outros estudos têm identificado que a CONSIDERAÇÕES FINAIS
diminuição da potência muscular está associada
com o aumento do risco ou incidência de quedas Podemos concluir que o TPO mostra-se
(WHIPPLE; WOLFSON; AMERMAN, 1987; efetivo na melhora da força máxima, da
SKELTON; KENNEDY; RUTHERFORD, potência muscular e no desempenho de
2002). atividades funcionais do dia a dia. Estes
Em específico às respostas dos testes aspectos impactam diretamente na qualidade
utilizados nas avaliações funcionais em idosos de vida da população idosa, auxiliando na
submetidos ao TFT ou TPO, os dados analisados atenuação natural do declínio da aptidão
sob a forma de meta-análise, parecem não serem física dos mesmos. No entanto, a carga
muito conclusivos. Liu e Latham (2009) utilizada e a velocidade de execução ainda
encontraram efeito de magnitude pequeno a permanecem desconhecidas à existência de
uma relação ideal entre ambas.
ABSTRACT
The proportion of elderly in the population is growing in different countries, which makes essential to examine this part of
the population in different perspectives. In this way, the objective of this review is to understand how aging affects the
neuromuscular system, especially muscle strength, and how this decline works on functional aspects, i.e. on everyday tasks.
In addition, it is investigated how strength training, specifically aimed at improving muscle strength, can be a safe and
effective strategy in combating the adverse effects of aging on neuromuscular system.
Keywords: Elderly. Strength Training. Weight Training. Functional.
FATOUROS, I. G. et al. Strength training and detraining HASKELL, W. L. et al. Physical activity and public health:
effects on muscular strength, anaerobic power, and mobility Updated recommendation for adults from the American
of inactive older men are intensity dependent. British College of Sports Medicine and the American Heart
Journal of Sports Medicine, Loughborough, v. 39, no. 10, Association. Medicine and Science in Sports and
p.776-780, 2005. Exercise, Madison, v. 39, no. 8, p.1423-1434, 2007.
FERRUCCI, L. et al. Departures from linearity in the HENWOOD, T. R.; TAAFFE, D. R. Improved physical
relationship between measures of muscular strength and performance in older adults undertaking a short-term
physical performance of the lower extremities: The Women's programme of high-velocity resistance training.
Health and Aging Study. Journals of Gerontology - Series A Gerontology, Basel, v. 51, no. 2, p. 108-115, 2005.
Biological Sciences and Medical Sciences, Washington, DC, HENWOOD, T. R.; TAAFFE, D. R. Short-term resistance
v. 52, no. 5, p. M275-M285, 1997. training and the older adult: The effect of varied programmes
FIELDING, R. A. et al. High-velocity resistance training for the enhancement of muscle strength and functional
increases skeletal muscle peak power in older women. performance. Clinical Physiology and Functional Imaging,
Journal of the American Geriatrics Society, New York, Oxford,v. 26, no. 5, p. 305-313, 2006.
v. 50, no. 4, p. 655-662, 2002. HENWOOD, T. R. e TAAFFE, D. R. Detraining and
FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do retraining in older adults following long-term muscle power
treinamento de força muscular. Porto Alegre: Artmed, 2006. or muscle strength specific training. Journals of
FOGELHOLM, M. Physical activity, fitness and fatness: Gerontology - Series A Biological Sciences and Medical
relations to mortality, morbidity and disease risk factors. A Sciences, v. 63, n. 7, p.751-8. 2008.
systematic review. Obesity Reviews, Oxford, v. 11, no. 3, HRUDA, K. V.; HICKS, A. L.; MCCARTNEY, N.
p. 202-221, 2010. Training for muscle power in older adults: Effects on
FOLDVARI, M. et al. Association of muscle power with functional abilities. Canadian Journal of Applied
functional status in community-dwelling elderly women. Physiology, Champaign, v. 28, no. 2, p.178-189, 2003.
Journals of Gerontology - Series A Biological Sciences HUGHES, V. A. et al. Longitudinal muscle strength
and Medical Sciences, Washington, DC, v. 55, no. 4, p. changes in older adults: influence of muscle mass, physical
M192-M199, 2000. activity, and health. Journals of Gerontology - Series A
FRONTERA, W. R.; BIGARD, X. The benefits of strength Biological Sciences and Medical Sciences, Washington,
training in the elderly. Science and Sports, Madison, v. 17, DC, v. 56, no. 5, p. B209-B217, 2001.
no. 3, p.109-116, 2002. HUNTER, G. R.; TREUTH, M. S. Relative training
GALVÃO, D. A.; TAAFFE, D. R. Resistance exercise intensity and increases in strength in older women. The
dosage in older adults: Single- versus multiset effects on Journal of Strength & Conditioning Research, Lincoln,
physical performance and body composition. Journal of v. 9, no. 3, p. 188-191, 1995.
the American Geriatrics Society, New York, v. 53, no. 12, HURLEY, B. F.; ROTH, S. M. Strength training in the
p. 2090-2097, 2005. elderly: effects on risk factors for age-related diseases.
GARBER, C. E. et al. Quantity and quality of exercise for Sports Medicine, Auckland, v. 30, n. 4, p. 249-268, 2000.
developing and maintaining cardiorespiratory, IBGE. População brasileira envelhece em ritmo acelerado.
musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently 2013. Disponível
healthy adults: Guidance for prescribing exercise. Medicine em:<http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&i
and Science in Sports and Exercise, Madison, v. 43, no. d=1&idnoticia=1272&busca=&t=ibge-poblacion-brasilena-
7, p. 1334-1359, 2011. envejece-ritmo-acelerado>. Acesso em: 08 ago. 2013.
GERALDES, A. A. R., DIAS JUNIOR, N. M., IVEY, F. M. et al. Effects of strength training and
ALBUQUERQUE, R. B., CARVALHO, J. e FARINATTI, P. detraining on muscle quality: Age and gender comparisons.
T. V. Efeito de um programa de treinamento resistido com Journals of Gerontology - Series A Biological Sciences
volume e intensidade moderados e velocidade elevada sobre o and Medical Sciences, Washington, DC, v. 55, no. 3, p.
B152-B157, 2000.
desempenho funcional de mulheres idosas. Revista Brasileira
de ciências e Movimento, v. 15, n. 3, p.53-60. 2007. IZQUIERDO, M. et al. Maximal and explosive force
production capacity and balance performance in men of
GRANACHER, U.; GRUBER, M.; GOLLHOFER, A. different ages. European Journal of Applied Physiology and
Resistance training and neuromuscular performance in Occupational Physiology, Berlin, v. 79, no. 3, p. 260-267,
seniors. International Journal of Sports Medicine, 1999.
Stuttgart, v. 30, no. 9, p. 652-657, 2009.
IZQUIERDO, M. et al. Effects of strength training on
HÄKKINEN, K. et al. Neuromuscular adaptations during submaximal and maximal endurance performance capacity
bilateral versus unilateral strength training in middle-aged in middle-aged and older men. Journal of Strength and
and elderly men and women. Acta Physiologica Conditioning Research, Lincoln, v. 17, no. 1, p.129-139,
Scandinavica, Stockholm, v. 158, no. 1, p. 77-88, 1996. 2003.
HARRIS, N.; CRONIN, J.; KEOGH, J. Contraction force KALAPOTHARAKOS, V. I. Aerobic exercise in older
specificity and its relationship to functional performance. adults: effects on VO2max and functional performance.
Journal of Sports Sciences, London, v. 25, no. 2, p. 201- Critical Reviews in Physical and Rehabilitation
212, 2007. Medicine, Boca Raton, v. 19, no. 3, p. 213-225, 2007.
KALAPOTHARAKOS, V. I.; DIAMANTOPOULOS, K.; MORELAND, J. D. et al. Muscle weakness and falls in
TOKMAKIDIS, S. P. Effects of resistance training and older adults: A systematic review and meta-analysis.
detraining on muscle strength and functional performance Journal of the American Geriatrics Society, New York,
of older adults aged 80 to 88 years. Aging - Clinical and v. 52, no. 7, p. 1121-1129, 2004.
Experimental Research, Milano, v. 22, no. 2, p.134-140, NELSON, M. E. et al. Effects of high-intensity strength training
2010. on multiple risk factors for osteoporotic fractures: A
KALAPOTHARAKOS, V. I. et al. Effects of a heavy and a randomized controlled trial. Journal of the American Medical
moderate resistance training on functional performance in Association, Chicago, v. 272, no. 24, p. 1909-1914, 1994.
older adults. Journal of Strength and Conditioning NELSON, M. E. et al. Physical activity and public health in
Research, Lincoln, v. 19, no. 3, p. 652-657, 2005. older adults: recommendation from the american college of
KING, A. C.; REJESKI, W. J.; BUCHNER, D. M. Physical sports medicine and the american heart association.
activity interventions targeting older adults: a critical Circulation, Dallas, v. 116, no. 9, p. 1094-1105, 2007.
review and recommendations. American Journal of NÓBREGA, A. C. L. D. et al. Posicionamento oficial da
Preventive Medicine, New York, v. 15, no. 4, p. 316-333, Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da
1998. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: atividade
KNUTTGEN, N. H.; KRAEMER, W. J. Terminology e física e saúde no idoso. Revista Brasileira de Medicina do
measurement in exercise performance. Journal of Applied Esporte, São Paulo, v. 5, n., p. 207-211, 1999.
Sport Science Research, v. 1, p.1-10. 1987. NOGUEIRA, W., GENTIL, P., MELLO, S. N. M.,
KOMI, P. V. Força e potência no esporte. Porto Alegre: OLIVEIRA, R. J., BEZERRA, A. J. C. e BOTTARO, M.
Artmed, 2006. Effects of power training on muscle thickness of older men.
KRAEMER, W. J. et al. Progression models in resistance International Journal of Sports Medicine, v. 30, n. 3,
training for healthy adults. Medicine and Science in p.200-4. 2009.
Sports and Exercise, Madison, v. 34, no. 2, p. 364-380, ORR, R.; RAYMOND, J.; SINGH, M. F. Efficacy of
2002. progressive resistance training on balance performance in older
KRAEMER, W. J.; RATAMESS, N. A. Fundamentals of adults: A systematic review of randomized controlled trials.
resistance training: progression and exercise prescription. Sports Medicine, Auckland, v. 38, no. 4, p. 317-343, 2008.
Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison, POLLOCK, M. L. et al. The recommended quantity and
v. 36, no. 4, p. 674-688, 2004. quality of exercise for developing and maintaining
KRAUSE, M. P. et al. A comparison of functional fitness cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in
of older Brazilian and American women. Journal of Aging healthy adults. Medicine and Science in Sports and
and Physical Activity, Champaign, v. 17, no. 4, p. 387- Exercise, Madison, v. 30, no. 6, p. 975-991, 1998.
397, 2009. PROVINCE, M. A. et al. The effects of exercise on falls in
LATHAM, N. K. et al. Systematic review of progressive elderly patients: A preplanned meta- analysis of the FICSIT
resistance strength training in older adults. Journals of trials. Journal of the American Medical Association,
Gerontology - Series A Biological Sciences and Medical Chicago, v. 273, no. 17, p. 1341-1347, 1995.
Sciences, Washington, DC, v. 59, no. 1, p. 48-61, 2004. RANTANEN, T.; ERA, P.; HEIKKINEN, E. Physical
LIU-AMBROSE, T. et al. Resistance and Agility Training activity and the changes in maximal isometric strength in
Reduce Fall Risk in Women Aged 75 to 85 with Low Bone men and women from the age of 75 to 80 years. Journal of
Mass: A 6-Month Randomized, Controlled Trial. Journal the American Geriatrics Society, New York, v. 45, no. 12,
of the American Geriatrics Society, New York, v. 52, no. p. 1439-1445, 1997.
5, p. 657-665, 2004. RICE, J.; KEOGH, J. W. L. Power training: Can it improve
LIU, C. J.; LATHAM, N. K. Progressive resistance strength functional perfomance in older adults? A systematic
training for improving physical function in older adults. Review. International Journal of Exercise and Science,
Cochrane Database of Systematic Reviews, Oxford, no. v. 2, no. 2, p. 131-151, 2009.
3, p. 2759, 2009. RIKLI, R. E.; JONES, C. J. Functional fitness normative
MACALUSO, A.; DE VITO, G. Muscle strength, power scores for community-residing older adults, ages 60-94.
and adaptations to resistance training in older people. Journal of Aging and Physical Activity, Champaign, v. 7,
European Journal of Applied Physiology, Berlim, v. 91, no. 2, p. 162-181, 1999.
no. 4, p. 450-472, 2004. RUIZ, J. R. et al. Association between muscular strength and
MARSH, A. P., MILLER, M. E., REJESKI, W. J., HUTTON, mortality in men: prospective cohort study. BMJ (Clinical
S. L. e KRITCHEVSKY, S. B. Lower extremity muscle research ed.), United Kingdom, v. 337, p. 1-9, 2008.
function after strength or power training in older adults. SAYERS, S. P. High-speed power training: A novel
Journal of Aging and Physical Activity, v. 17, n. 4, p.416-43. approach to resistance training in older men and women. A
2009. brief review and pilot study. Journal of Strength and
MISZKO, T. A. et al. Effect of strength and power training Conditioning Research, v. 21, n. 2, p.518-26. 2007.
on physical function in community-dwelling older adults. SAYERS, S. P.; GIBSON, K. A comparison of high-speed
Journals of Gerontology - Series A Biological Sciences power training and traditional slow-speed resistance training in
and Medical Sciences, Washington, DC, v. 58, no. 2, older men and women. Journal of Strength and Conditioning
p.171-175, 2003. Research, Lincoln, v. 24, no. 12, p. 3369-3380, 2010.
Endereço para correspondência: Carlos Leandro Tiggemann. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Grupo de
Pesquisas em Atividade Aquática e Terrestre – GPAT. Rua Felizardo, 750. CEP
90690-200. Jardim Botânico - Porto Alegre-RS, Brasil. Email:
cltiggemann@yahoo.com.br