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Flacidez Muscular.

Carine Lino de Matos


Eliane Andreia Wendt de Lima
Prática Profissional Integrada

Uso da corrente russa no tratamento da


flacidez muscular.
Introdução
A valorização da estética corporal impactou mudanças nos
hábitos de vida, principalmente das mulheres, que passaram a se
preocupar muito mais com a aparência. Esta preocupação com a
boa forma leva os indivíduos a investirem cada vez mais em
práticas ligadas não somente a beleza, mas também bem-estar,
saúde e autoestima (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Introdução
O avanço da idade causa a diminuição das fibras colágenas
sintetizadas pelo fibroblasto, levando a uma desorganização na
matriz extracelular (MEC), prejudicando a elasticidade e firmeza
da pele. Esses efeitos destacam-se e podem ser observados com
mais clareza quando entramos na maturidade, fase a qual
começamos a apresentar rugas e a flacidez (PINTO, 2012).
Introdução
A flacidez pode apresentar-se em homens ou mulheres, sendo
mais comum no sexo feminino devido a fatores
hormonais (PINTO, 2012).
Introdução
Pode ser causada por múltiplos fatores:
(PINTO, 2012).

Gestação Exposição Sedentarismo


ao Sol
Efeito Má
alimentação
Sanfona
Introdução
Como opção para tratamento da flacidez muscular destacou a
eletroestimulação russa. Está corrente tem como objetivo a
tonificação muscular, aumento da oxigenação
tecidual, hipertrofia das fibras e aumento da força. Quando
associada a exercícios físicos apresenta resultados benéficos
mais elevados, e se aplicada corretamente não deve apresentar
efeitos colaterais (CAMARGO et al., 1998; HOOGLAND, 1988).
Objetivo
Compreendendo a grande importância dada nos dias de hoje a
boa forma bem como a atuação de tratamentos de estética
corporal, o presente artigo tem como objetivo esclarecer
a etiologia da flacidez muscular e a eficácia da corrente russa na
nessa patologia, visando minimização de decorrentes aspectos
inestéticos visíveis (CAMARGO et al., 1998; HOOGLAND, 1988).
Revisão Bibliográfica
A flacidez muscular pode ser considerada como sinal do
envelhecimento, mas também está presente em mulheres mais
jovens, por conta do estilo de vida prejudicial à saúde. O
termo “flacidez” refere-se à qualidade ou estado de flácido, ou
seja, mole, frouxo, languido (GUIRRO ; GUIRRO, 2002).
Revisão Bibliográfica
A flacidez muscular é aquela que faz os músculos ficarem
hipotônicos, ou seja, menos firmes e se apresenta devido à falta
de exercícios físicos, que tornam as fibras hipoatrofiadas. É uma
patologia considerada inimiga feminina e compromete a
aparência física das pernas, coxas, braços, seios, abdômen
(MILANI et al., 2006).
Revisão Bibliográfica
O tecido muscular, acometido por
esta patologia, é anatomicamente
constituído por uma musculatura
estriada, formada por
macrofibrilas, que estão envoltas
por fibrilas e
fibras musculares (SOBOTTA,
2000).
Revisão Bibliográfica
O uso da eletroestimulação russa para a melhora da qualidade da
função muscular tem eficácia comprovada. Essa técnica tem
como foco o aumento da força, tensão, qualidade e quantidade de
tecido muscular, além de elevar o fluxo sanguíneo. O aumento da
tonicidade e da força muscular através de exercícios pode ser
alcançado em pouco tempo com o auxílio da eletroestimulação
(CAMARGO et al., 1998; HOOGLAND, 1988).
Revisão Bibliográfica
A corrente russa é definida com uma corrente alternada
simétrica, sinusoidal de média frequência (entre 2500 e 5000
Hz), pode ser modulada em bursts (rajadas) e sua finalidade
é excitomotora. (ROBINSON; SYNDER MACKLER 2001).
Revisão Bibliográfica
A corrente tem como principal objetivo, atuar na musculatura
hipotônica e flácida promovendo o fortalecimento das fibras
musculares por meio da contração voluntária, sendo considerada
bem mais eficaz comparada a outras correntes elétricas, por
recrutar maior número de fibras musculares (LIMA; RODRIGUES,
2012). Aproximadamente 30 a 40% de unidades motoras a mais
são ativadas em comparação a exercícios voluntários (BORGES,
2010).
Revisão Bibliográfica
É empregado o termo “estimulação russa” à técnica formada por
uma onda de correte de saída, senoidal e alternada. Produz 50
bursts por segundo e sua frequência varia de 2.500 a 5.000 Mhz
(LIMA; RODRIGUES, 2012).
Revisão Bibliográfica

A modulagem da corrente russa é feita em diversos parâmetros:

Intensidade Subida Descida Contração Relaxamento

(BORGES, 2010).
Revisão Bibliográfica
Rampa de subida e
Tempo ON Tempo OF Intensidade
descida
• Ocorre a • Descanso • Coordenar o • Quanto maior,
contração das aumento ou mais fibras são
fibras decréscimo do recrutadas.
tempo de
contração
e amplitude do
pulso (entre 1 a
5s)

(BORGES, EVANGELISTA; MARCHI, 2010).


Revisão Bibliográfica
Na corrente russa encontramos duas opções de modulagem de
frequência, a modulada e a portadora.
• Modulada geralmente varia entre 0Hz a 100 Hz, sendo de
30Hz a 80Hz perfeito para o estimulo neuromuscular.
• Portadora é aquela presente no aparelho, variando
de 2.500Hz a 5.000Hz.
(BORGES; EVANGELISTA; MARCHI, 2010).
Metodologia
A pesquisa refere-se a um estudo de revisão bibliográfica. As
literaturas pesquisadas foram retiradas de bases de dados
eletrônicos como MedLine, PubMed, Scielo, Google Acadêmico,
Lilacs, no idioma português, com os seguintes descritores,
“corrente russa”, “estimulação”; “flacidez”; “músculo”. Além disso,
pesquisou-se no acervo de livros da biblioteca do Instituto
Federal Farroupilha - Campus Santo Ângelo, no período de 16 de
outubro de 2019 a 22 de novembro de 2019.
Considerações Finais
Com base na revisão bibliográfica realizada através da leitura de
artigos, concluímos que a estimulação russa possui efeitos
benéficos na tonificação muscular. A sua estimulação elétrica age
nas fibras musculares ocasionando uma hipertrofia no músculo,
aumento da oxigenação tecidual, maior tonicidade e força
muscular.
Considerações Finais
A corrente russa também é utilizada em protocolos de pós-
operatório, e se combinada a exercícios físicos apresenta uma
elevação nos resultados. Esta técnica deve ser aplicada
por profissionais capacitados e seu uso correto não deve implicar
efeitos colaterais.
Referências
BORGES, F. D.; EVANGELISTA, A.A., & MARCHI, A. Corrente Russa. In: F. D.
BORGES, Dermatofuncional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Editora Phorte. 2010.

BORGES, Fábio dos Santos. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2o Edição.São Paulo: Phorte, 2010.

BORGES, Fábio dos Santos, VALENTIN, Ericka Christine. Tratamento da Flacidez e Diástase do Reto-Abdominal no
Puerpério de Parto Normal com o uso de Eletroestimulação Muscular com Corrente de Média Frequência- Estudo
de Caso. Revista Brasileira de Fisioterapia Dermato-Funcional - Vol. 1 n° 1 – 2002.

CAMARGO, L.C.; MINAMOTO, V.B.; NORONHA, M. A.; CASTRO, C. E. S. & SALVINI, T. F. 1998. A estimulação
elétrica neuromuscular do tibial anterior não altera a morfologia dos músculos sóleo (antagonista) e extensor
digital longo (sinergista) do rato. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo. 5 (2): 120-126. 5
Referências
GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia dermatofuncional: fundamentos, Recursos e patologias. 3o Edição.
São Paulo: Manole, 2004.

LIMA, Evelyne Patrícia Fernandes; RODRIGUES, Geruza Baima de Oliveira. A estimulação russa no
fortalecimento da musculatura abdominal. ABCD, arq. bras. cir. dig. São Paulo , v. 25, n. 2.

PINTO, L. L. O.; MEIJA, D. P. M.;Envelhecimento Cutâneo Facial: Radiofrequência, carboxiterapia, correntes


de média frequência, como recursos eletroterapêuticos em fisioterapia dermato ± funcional de reabilitação da
pele ± resumo de literatura, Pós Graduação em Fisioterapia Derma Funcional ± Faculdades Ávila, 2012.

ROBINSON, A. J. & SNYDER-MACKLER, L. 2001. Eletrofisiologia Clínica - Eletroterapia e teste eletrofisiológico -


Ed. Artmed - 2a Ed. - Porto Alegre - pp. 68; 105-108;115;126;137;147

SOBOTTA, Johannes. Atlas de anatomia humana. 2o Volume, 21o Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Obrigada!

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