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UTILIZAÇÃO DA CORRENTE FES COMO AUXÍLIO NO GANHO DE


HIPERTROFIA MUSCULAR
REVISÃO DE LITERATURA: ANÁLISE COMPARATIVA DA
HIPERTROFIA E FORTALECIMENTO DO MÚSCULO QUADRÍCEPS A
PARTIR DO EXERCÍCIO RESISTIDO X ELETROESTIMULAÇÃO (FES)

Alexandre de Oliveira Maiorano¹

RESUMO- O trabalho em questão tem como objetivo auxiliar os fisioterapeutas e acadêmicos


de fisioterapia na escolha pela melhor forma de tratamento de seus pacientes. Por ser um
corrente elétrica muito utilizada para ganho de força, decidi por reavaliar um artigo antes escrito
por um colega de profissão para garantir que o FES é ( ou não) útil para o tratamento. Foi
realizado um estudo com diversos artigos científicos a fim de diagnosticar formas de pensar
distintas. Ressalto que os resultados e conclusões obtidas no trabalho não podem ser
consideradas fidedignas ao ponto de vista acadêmico, isso porque não foram apresentados os
resultados esperados nos artigos auxiliares a minha pesquisa e em outros até mesmo ocorreu
inadimplência dos pacientes envolvidos .

PALAVRAS-CHAVE: Corrente FES, hipertrofia muscular , ganho de força, fisioterapia

Fisioterapeuta (Univ. Veiga de Almeida) e Educador Fisico (Univ. Gama Filho); Rio de Janeiro 2020; referência ao estudo de
Gilceia Santos et all 2015; e-mail aomaiorano@msn.com
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1- INTRODUÇÃO

O estudo tem como objetivo a revisão de literatura ,sobre o artigo


“ANÁLISE COMPARATIVA DA HIPERTROFIA E FORTALECIMENTO DO
MÚSCULO QUADRÍCEPS A PARTIR DO EXERCÍCIO RESISTIDO X
ELETROESTIMULAÇÃO (FES)” (SANTOS, Gisélia Cicera et all, 2015).
É sempre muito discutido por fisioterapeutas sobre a utilização desse
recurso fisioterápico para ganho de força, hipertrofia e arco de movimento.
Cabe agora aprofundar os estudos e assim descobrir o quão importante é o
FES no auxilio `a cura de pacientes que se encontram nas condições
necessárias para a utilização desse recurso.
A eletroestimulação vem ao longo do tempo sendo muito utilizada,
principalmente no pós operatório imediato.
Acredita-se que não só o FES ( como ganho de força), o TENS ( como
recurso analgésico) , o ULTRASSOM (como anti-inflamatório) , entre outros
têm auxiliado de forma direta na recuperação imediata do pacientes e assim
permitindo dar seguimento em seus tratamentos de forma mais forte, seja ela
com exercícios proprioceptivos , ou de ganho direto de força e amplitude de
movimento.
Conhecido mundialmente pelo combate a atrofia e ganho de força na
musculatura, em alguns estudos, como esse em questão de SANTOS (2015),
comprovou-se que tal aparelho elétrico foi ineficaz quando comparado a
exercícios resistidos.
Ressalto ainda que, no artigo de SANTOS em 2015, foram utilizados
apenas 2 grupos, compostos de 8 pessoas. E que segundo a autora, o grupo II
que era formado com indivíduos que utilizavam a corrente FES não estiveram
assíduos no tratamento, dessa forma tornando o trabalho um tanto quanto não
fidedigno.
Contudo, o trabalho tem como objetivo tentar identificar qual a
correlação da corrente FES no auxílio do ganho de força , dessa forma será
possível ajudar colegas e futuros colegas de profissão nas suas escolhas , ou
seja, na utilização ou não desse recurso, e também na junção desse com
demais.

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Ainda que no trabalho revisto a autora tenha identificado uma


determinada falha devido a ausência dos pacientes, é muito importante que se
dê seguimento ao estudo, pois dessa forma podemos conseguir descobrir
formas e métodos cada vez mais eficazes no tratamento de lesões.
Destaco também que todo esse trabalho foi realizado utilizando a
referencia e base de artigos científicos, a fim de comprovar suas teorias e
conclusões.

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2- DESENVOLVIMENTO

Atualmente a quantidade de recursos e equipamentos fisioterapêuticos


têm crescido muito. Em especial a esse fato, um recurso tem despertado
enorme interesse clínico, a “Eletroterapia”.
Os equipamentos eletroterapeuticos podem gerar correntes elétricas e
também produzir efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, antiedematosos e
contração muscular tanto para fortalecimento como para melhora da função
motora.
Levando em consideração que o conhecimento cinesioterápico e
biomecânico são fundamentais para o tratamento das principais enfermidades
do sistema musculoesquelético, pode-se afimar que a extensão desse
conhecimento para a área de Eletroterapia e o manuseio correto desses
equipamentos tem tornado cada vez mais precisas as formas de tratar o
paciente, e o profissional que o aplica muito mais completo, tendo sempre um
leque maior de opções terapêuticas.
O estudo em questão tem como base o artigo científico ANÁLISE
COMPARATIVA DA HIPERTROFIA E FORTALECIMENTO DO MÚSCULO
QUADRÍCEPS A PARTIR DO EXERCÍCIO RESISTIDO X
ELETROESTIMULAÇÃO (FES).
Este, tem como objetivo a avaliação , bem como a eficácia dos métodos
de exercícios resistidos , e da corrente FES no ganho não só da força, mas
também no aumento do trofismo do quadríceps.
Cabe então uma análise e/ou discussão de informações que tenha como
objetivo a descoberta do quão importante é a revisão bibliográfica nesse caso.
Dessa forma, contribuir cada vez vez com o crescimento no conhecimento em
lesões.
Antes de mais nada, cabe explicar o que é a Estimulação elétrica
Funional (FES). Figura 1 - anexo
A corrente FES (estimulação elétrica funcional) costuma ser utilizada nos
tratamentos fisioterápicos com a finalidade de reeducação muscular, combate
ou retardo de atrofia da musculatura, inibição temporária de espasticidade e
combate/ redução de contraturas e edemas.

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Essa técnica auxilia diretamente na reestrutura do controle


sensoriomotor, já que existe um com ela um feedback proprioceptivo, que não
é conseguido em tentativas apenas do movimento muscular. Figura 2 - Anexo
Na grande maioria dos tratamentos, o FES desempenha uma função de
um aparelho de corrente elétrica de baixa frequência e amperagem, que pode
ser controlado de forma analógica ou digital.
É muito importante para o melhor entendimento do estudo, que se
entenda o mecanismo de ação exato do FES em nível motor, devemos então
conhecer seus princípios físicos.
O FES gera uma corrente elétrica de baixa frequência, alternada ou
bifásica, pulsada, simétrica com pulsos na forma retangular, sendo
considerada, portanto, despolarizada.
O fato de se apresentar com baixa frequência (1 a 100 Hz
aproximadamente) faz com que tenha uma alta resistência tecidual e pequena
profundidade de penetração.
Segundo o fisioterapeuta Thiago Fukuda descreve em seu artigo sobre
“o uso da eletroestimulação neuromuscular em fisioterapia”, um dos primeiros
parâmetros a se regular em uma aplicação de FES é a frequência.
Nos equipamentos mais encontrados no mercado brasileiro (ou seja,
fabricados no Brasil) consegue-se trabalhar em uma faixa de 1 a 100 Hz,
entretanto clinicamente é possível observar uma faixa mais restrita entre 30 e
80 Hz. Já em uma frequência mais baixa (30 a 50 Hz) são selecionadas em
geral as fibras tônicas ou vermelhas do tipo I.
Quando colocamos o FES em sua frequência mais alta (50 a 80 Hz)
conseguimos selecionar mais fibras fásicas ou brancas do tipo IIb.
Um ponto extremamente importante para a execução e utilização ideal
da corrente é a duração de pulso.

Os aparelhos tradicionais permitem o


ajuste entre 200 e 400 μs, quando se objetiva
a contração muscular. Em um primeiro
momento do tratamento, pode-se optar por
duração de pulso entre 200 a 300 μs, aumentando
para 300 a 400 μs em músculos que

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já passaram por um programa prévio de fortalecimento.


Em um segundo momento, pode-se utilizar
esta duração de pulso para selecionar tipos
específicos de fibras. Fibras brancas ou do tipo II
apresentam menor limiar de excitação, sendo
mais ativadas com duração de pulso
próxima a 200 μs e fibras vermelhas respondem
melhor a excitação, com duração próxima a 400 μs.
(FUKUDA, Thiago)

Artigo de Revisão Bibliográfica: ANÁLISE COMPARATIVA DA


HIPERTROFIA E FORTALECIMENTO DO MÚSCULO QUADRÍCEPS A
PARTIR DO EXERCÍCIO RESISTIDO X ELETROESTIMULAÇÃO (FES).
Os autores demonstraram em seu estudo a relevância da utilização de
exercícios resistidos para obtenção de hipertrofia, e assim conseguir encontrar
o tratamento ideal para seus pacientes.
Demonstraram também que a corrente FES não teve nenhum efeito
significativo no ganho de hipertrofia.
Cabe lembrar que no mesmo artigo, é citado a falta de regularidade dos
pacientes no tratamento do grupo II ( grupo de utilização da corrente FES).

´Após a realização do
teste t pareado para verificar a diferença entre as
médias das medidas obtidas no
ventre muscular dos lados, direito e esquerdo,
não houve diferença
significativas entre as médias iniciais e finais.
Portanto, com base nos resultados
obtidos neste estudo, rejeita-se
a hipótese de que a CR não
associada a exercícios resistidos
possa gerar hipertrofia muscular ‘
(PERNAMBUCO, Andre Pereira et
all)

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O artigo revisto teve caráter analítico e comparativo. Parte de variáveis


qualitativas e baseadas na experimentação, utilizando duas técnicas
diferenciadas para fortalecimento e hipertrofia do músculo quadríceps, que
foram denominadas de Grupo I, o grupo de pacientes que executaram
exercícios resistidos, e de Grupo II o grupo de pacientes que foram submetidos
à Eletroestimulação Funcional (FES).
A amostra do estudo realizado por Gilcéia Santos, foi composta por oito
pacientes, sendo quatro do sexo masculino e quatro do sexo feminino, com
idade média entre 17 e 45 anos. Todos os pacientes escolhidos pela autora
eram portadores de lesão na articulação do joelho, sendo estas: lesão do
Ligamento Cruzado Anterior (LCA), associada à lesão do menisco medial;
hipotrofia do quadríceps; reconstrução do LCA e instabilidade fêmoropatelar
unilateral.
Após serem submetidos a uma avaliação , foram designados para os
grupos mencionados por meio de , sendo que quatro participantes
compuseram o grupo I que realizou os exercícios ativos resistidos (exercício de
flexão de joelho na cadeira extensora, afundo, agachamento com bola suíça,
flexão de quadril com caneleira, abdução de quadril na cadeira abdutora, e
adução de quadril, também, na cadeira adutora); e quatro voluntários foram
submetidos ao protocolo de aplicação da Eletroestimulação Funcional (FES).
Para realização da amostra foram realizadas as dez sessões de
tratamento sequencialmente, na frequência de duas vezes na semana. Para a
aplicação da corrente elétrica foram utilizados quatro eletrodos que foram
afixados de forma cruzada nos pontos de contratilidade do quadríceps, nas
regiões proximal e distal das coxas que apresentava redução das medidas,
comprovando a hipotrofia.
Os autores observaram que não ocorreu aumento do volume da massa
muscular do quadríceps (hipertrofia), porém foi observada a redução da
sintomatologia apresentada na avaliação inicial, levando assim ao
entendimento de que seja necessária uma rigorosidade ou um período maior
de aplicação do protocolo da FES para que se possam observar os efeitos
fisiológicos de hipertrofia.

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Vários autores têm afirmado que a estimulação elétrica funcional (FES)


tem como benefício a restauração da força muscular e preservação funcional
do músculo, em lesões com alterações da resposta motora, ou que tenham se
submetido à reconstrução do LCA do joelho (ABDALLA ET AL., 2009).
Justifica-se assim a indicação do FES para a hipertrofia do músculo
quadríceps, sendo que seu efeito pode auxiliar na restauração da força do
músculo pela facilitação neuromuscular com o recrutamento das unidades
motoras musculares (BOHÓRQUEZ; SOUZA; PINO, 2013).
Lima e colaboradores (2006) discordaram desta afirmação quando
mostraram em seu artigo de revisão bibliográfica, que a eletroterapia pode ser
utilizada no plano de treinamento de força, porém leva desvantagem quando
comparada aos exercícios resistidos, uma vez que este último oferece uma
maior vantagem, já que proporciona ao paciente um aprendizado psicomotor,
recrutamento assincrônico das unidades motoras, estimulando os órgãos
tendinosos de Golgi para proteger o músculo e diminuir o risco de lesões.

No estudo de Rossini Lucena de Medeiros, em 2015, onde pesquisou


sobre Biofeedback eletromiográfico assistido eletricamente pala corrente FES,
a autora demonstra em sua análise final a importância da corrente para ganho
de força. Diz também que “a FES provoca a contração de músculos
paralisados ou enfraquecidos decorrentes de lesão do neurônio motor superior”

Nota-se nesse caso uma divergência nos estudos realizados, o que nos
remete a pensar que uma das possíveis causas possa ter sido a falta de
comparecimento e comprometimento dos pacientes no estudo um, sendo
assim necessário o aumento do número de pacientes a fim de tentar obter uma
amostra mais fidedigna.

Vale ressaltar que “o FES tem por finalidade a ativação da musculatura


com fins funcionais, seu objetivo é a contração do musculo desprovido de
controle motor” (NOVICKI, 2011).
Sendo assim uma corrente que provoca contrações musculares utilizada
em terapias específicas, como por exemplo quando desejamos aumentar o
ganho de força do quadríceps, ao utilizar a corrente FES, essa auxiliará

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aproximação das fibras musculares, a fim de provocar uma contração na


musculatura. Figura 3 – ANEXO

2.1 - O Exercício Ativo


Já que o artigo de revisão de literatura informa sobre a relevância dos
exercícios ativos, é de suma importância explica-los.
Na cinesioterapia ativa, é caracterizada pela participação ativa e
consciente do paciente, que executa voluntariamente.
O exercício ativo se divide em três tipos:
Ativo-assistido: este é realizado pelo paciente que recebe ajuda parcial
do terapeuta;
Ativo livre, realizado pelo paciente com ou sem a ação da força da
gravidade.
Ativo-resistido, quando o movimento é realizado contra a resistência
manual, mecânica ou fluida. Figura 4 –ANEXO
Os exercícios resistidos, ou contra resistência (de força), são utilizados
com o objetivo terapêutico de reabilitação, na recuperação e ganho de força,
aumento da massa muscular e das aptidões físicas, e os resultados são
adquiridos tanto por estímulos mecânicos como metabólicos (LIMA ET AL.,
2006).
Os exercícios resistidos são habitualmente realizados com
movimentação articular, classificados como “isotônicos”, alternando contrações
musculares concêntricas e excêntricas.

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2.2 – Fontes de Eletroterapia

Por ser utilizado como fonte de ganho de massa muscular, é necessário


compreender que muitas vezes a correte FES pode não ser o primeiro
equipamento de eletroterapia a ser utilizado no paciente.
Nesse caso, é de grande relevância a demonstração e explicação de
outros equipamentos que podem ser utilizados com o propósito de analgesia,
ou anti-inflamatório e até mesmo no combate a edemas.

TENS:
É um dos recursos fisioterapêuticos mais utilizados em clinicas,
hospitais, clubes, etc. Embora a maioria dos estimuladores elétricos usados
hoje seja essencialmente unidades TENS, esses equipamentos têm
características de corrente muito parecidas com outras formas de estimulação
neuromuscular.
O equipamento é constituído de geradores de correntes pulsáteis,
bifásicas simétricas ou assimétricas de forma retangular.
Como uma das utilizações do TENS, a Teoria da Comporta, apresenta
interação das fibras grossas mielinizadas com a substância gelatinosa do corno
posterior da medula espinhal; esse mecanismo constitui uma das bases para a
alteração da percepção da dor. Figura 5 – ANEXO

ULTRASSOM:
Assim como o TENS ,o ultrassom terapêutico (UST) é um dos recursos da
eletroterapia mais utilizados na prática clinica do fisioterapeuta com os
objetivos de diminuir a dor. Ele combate a inflamação e auxiliar na regeneração
dos tecidos afetados na lesão.

É definido como uma onda sonora inaudível


de alta frequência, com o potencial de
provocar efeitos fisiológicos térmicos
(exposição contínua à onda) e não térmicos

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(exposição à onda pulsada) nos tecidos,


por meio de parâmetros que variam
entre 1 e 3 MHZ de frequência.
Preconiza-se o uso de frequências mais
altas (3 MHZ) para o tratamento do tecido
superficial devido a maior capacidade de absorção,
e as frequências mais baixas (1 MHZ)
para o tratamento de tecidos profundos.
(LEITE,Ana Paula Bezerra-2013)

O ultrassom terapêutico possui dois modos de aplicação, eles podem


ser de forma contínua ou intermitente (pulsátil).
A forma contínua tem a capacidade de produzir uma maior quantidade
de calor devido a grande vibração de partículas celulares, que através do atrito
entre si produzem o efeito térmico. Um efeito térmico fisiológico pode ser
alcançado promovendo alívio da dor, diminuição da rigidez articular e aumento
do fluxo sanguíneo local.
No modo pulsátil o equipamento tem como finalidade a ação fisiológica
no tecido sem produzir calor (atérmico), decorrente do intervalo entre a
transmissão das ondas que permite ao tecido dissipar o calor recebido, sendo
que o tempo de aplicação pode ser calculado dividindo-se a área a ser tratada
pela Area de Radiação Efetiva (ERA) do cabeçote transdutor do UST. Figura 6
-ANEXO

LASERTERAPIA:
“A palavra laser é consagrada pelo uso e define fonte de luz
monocromática, intensa, coerente e colimada, cuja emissão de radiação se faz
pelo estímulo de campo externo, com aplicações variadas e crescentes na
indústria, na engenharia, na medicina humana e mais recentemente, na
medicina veterinária.”(FABIANA ANDRADE,2014)
Os lasers podem ser são classificados em de dois tipos, os de alta
potência e baixa potência.

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Os primeiros geralmente aplicados para a remoção, corte e coagulação


de tecidos.
Os lasers de baixa potência são frequentemente utilizados em processos
de reparação tecidual, bem como traumatismos musculares, articulares,
nervosos, ósseos e cutâneos.
Os efeitos fotobiológicos da radiação laser, convencionalmente, podem
ser divididos em curto e longo prazo.
Curto prazo são aquelas em que o efeito pode ser observado poucos
segundos ou minutos após a irradiação. Já os efeitos observados em longo
prazo são aqueles que ocorrem horas ou ainda dias após o final da irradiação
e, usualmente, envolvem nova biossíntese celular, especialmente na fase
proliferativa da inflamação. Figura 7 - ANEXO

2.3- Tipos de contração muscular que podem auxiliar em tratamentos:

Contração Isométrica

As contrações isométricas são muitas vezes chamadas de contrações


estáticas ou de sustentação, normalmente é usada para manutenção da
postura.
Quando um músculo se contrai, ele produz força sem alteração
macroscópica no ângulo da articulação, a contração é dita isométrica.
Funcionalmente estas contrações estabilizam articulações.

Contração Concêntrica

É chamada de contração concêntrica (dinâmica positiva) ou contração


de encurtamento. Exemplos seriam os músculos quadríceps quando um
indivíduo está se levantando de uma cadeira, ou os flexores do cotovelo
quando um indivíduo está levando um copo até a boca.
Nas contrações concêntricas a origem e a inserção se aproximam,
produzindo a aceleração de segmentos do corpo, ou seja, acelera o
movimento.

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Contração Excêntrica

É chamada de excêntrica quando o musculo se alonga (dinâmica


negativa).
Por exemplo, o quadríceps quando o corpo está sendo abaixado para
sentar-se e os flexores do cotovelo quando o copo é abaixado até a mesa.
Nas contrações excêntricas a origem e inserção se afastam
produzindo a desaceleração dos segmentos do corpo e fornecem absorção de
choque (amortecimento) quando aterrissando de um salto, ou ao andar, ou
seja, freia o movimento.

2.4- Tipos de fibras musculares


No artigo escrito por Gilceia et all, no que esse estudo faz referência,
deixa-se bem claro que o músculo utilizado foi o “quadríceps”.
Portanto, além das formas de contração muscular e tipos de trabamento,
é de suma importância que se conheça um pouco sobre as fibras musculares
presentes nessa musculatura; e também quais as fibras existentes no corpo
humano.
2.4.1- Fibras Musculares
Fibra muscular é uma célula muscular, especialmente uma das células
cilíndricas e multinucleadas que compõem os músculos esqueléticos e é
composta de numerosas miofibrilas que se contraem quando estimuladas.
As fibras individuais são organizadas em feixes – denominados fascículos –
que são então organizados em grupos de fascículos, que formam o ventre
muscular.

O primeiro tipo de fibra muscular é o de contração lenta. Geralmente


está associada a atividades de longa duração e baixa intensidade. Este tipo é
usado tanto para esportes de resistência, como a maratona, mas também nas
atividades de estabilidade diárias dos músculos centrais e grupos similares de
fibras.
Esse tipo de fibra produz energia utilizável por meio de um método
conhecido como fosforilação oxidativa. Como resultado, eles são bem servidos
pelos vasos sanguíneos e ricos em mitocôndrias e mioglobina, uma proteína de
ligação ao oxigênio semelhante à hemoglobina.
A alta concentração das proteínas da mioglobina de cor vermelha é
responsável pelo termo genérico das fibras vermelhas usadas para descrevê-
las.

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A fibra de contração rápida é associada a curtos e poderosos surtos de


energia e rápida fadiga. Os levantadores de peso, velocistas e atletas similares
tendem a desenvolver altas proporções de fibras musculares de contração
rápida.

Este tipo de fibra pode utilizar tanto a fosforilação oxidativa, quanto a


glicólise menos eficiente, porém mais rápida, para liberar energia das
moléculas de nutrientes.

A maioria contém altos níveis de glicogênio armazenado para alimentar


a glicólise, mas tem um nível mais baixo de mitocôndrias e mioglobina, além de
um menor suprimento capilar. Isso muitas vezes leva as células a terem uma
cor mais clara do que as fibras de contração lenta, o que lhes dá o nome de
fibras brancas.

Cada fibra muscular é uma única célula. Cada célula consiste de uma
estrutura que inclui o sarcolema, núcleos, sarcoplasma, terminações nervosas
motoras, miofibrilas, sarcômeros, mitocôndrias, lisossomas e complexo de
golgi.

2.4.2 – Fibra Muscular do Quadríceps


Segundo Ericksson (1982) as fibras do tipo I e II tem praticamente a
mesma proporção e diâmetro em alguns músculos, entre eles o quadríceps.
Hoje em dia, percebemos que cada individuo tem uma estrutura
diferente, um bom exemplo para essa afirmativa são os corredores. Em geral
os maratonistas, que fazem provas longas e de resistência tem mais fibras
vermelhas. Já os velocistas, que precisam da explosão muscular e contrações
rápidas tem mais fibras brancas.

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3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A revisão de literatura se faz necessária a fim de adquirir novos


conhecimentos e comprovações sobre a eficácia dos equipamentos utilizados
por fisioterapeutas no decorrer de sua profissão.
Alguns artigos divergem de opinião, sendo uns favoráveis a utilização do
equipamento e uns ressaltando que sozinho ele não tem eficácia.
No entanto cabe ao fisioterapeuta avaliar durante seu tratamento se sua
conduta tem sido eficaz ou não, levando-se sempre em consideração a
individualidade biológica de cada paciente.
Para se fazer uma análise sobre a utilização de equipamentos ou
exercícios para determinado grupamento muscular é preciso conhecer a fundo
sobre esse. Sendo assim, os tipos de exercícios possíveis , quais
equipamentos podem auxiliar o fisioterapeuta em sua conduta e até mesmo
conhecer um pouco mais sobre a anatomia humana, ou seja, os tipos de fibras
muscular, as formas de contração e a biomecânica dos movimentos.
Como conclusão, é necessário um estudo ainda maior sobre a utilização
da corrente FES, seja isolada, seja como auxiliar de algum outro método de
recuperação muscular. O estudo tomado como base tornou-se inapropriado na
medida em que os pacientes não contribuíram com a fisioterapeuta para
construção de uma metodologia eficaz, isso porque teve um alto índice de
faltosos no estudo.
Os resultados obtidos não são suficientes para diagnosticar sua eficácia
e contribuição efetiva no tratamento dos pacientes.

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4- ANEXOS

Todas as imagens são meramente ilustrativas, e tem como objetivo


apenas a visualização dos recursos eletroterapeuticos/cinesiológicos citados no
decorrer desse estudo.
Foram pesquisas no site google.com ( fotos gratuitas ) , e com suas
fontes citadas abaixo de cada ilustração.

Figura 1: Modelo nacional de corrente FES

Figura 2: exemplo de exercício proprioceptivo


Fonte: sportsinjuries.com

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Figura 3: exemplo de exercício ativo com corrente FES em quadríceps


Fonte: docplayer.com.br / Thiago Fukuda

Figura 4 –Exemplo de exercício ativo


Fonte: segredodedefiniçãomuscular.com

Figura 5: exemplo de TENS


Fonte: shopfisio.com.br

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Figura 6-Ultrassom ( aparelho de eletroterapia)


Fonte: shopformulas.com.br

Figura 7 – Laserterapia
Fonte: fisiosport.blogspot.com

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5- REFERÊNCIAS

ANDRADE,Fabiana do Socorro da Silva ;Efeitos da laserterapia de baixa


potência na cicatrização de feridas cutâneas ;Rev. Col. Bras. Cir. 2014

LEITE,Ana Paula Bezerra et all;Efetividade e segurança do ultrassom


terapêutico nas afecções musculoesqueléticas; Instituto de medica física e
reabilitação,2013

MORGAN, Charles et all; Estudo da estimulação elétrica nervosa


transcutânea (TENS) nível sensório para efeito de analgesia em pacientes com
osteoartrose de joelho; Fisioter. Mov. Vol 24 , 2011

NOVICKI, Alexandre; A física dos equipamentos utilizados em


eletroterapia; Porto Alegre, 2011

PERNAMBUCO, Andrei Pereira ; A eletroestimulação pode ser


considerada uma ferramenta válida para desenvolver hipertrofia muscular?;
Coritiba, 2013

ROSSINI, Lucena Medeiros de; Biofeedback eletromiográfico assistido


eletricamente por corrente FES; Paraíba, 2015

SANTOS, Gilsélia Cícera et all; Análise comparativa da hipertrofia e


fortalecimento do musculo quadríceps a partir do exercício resistido x
eletroestimulação FES; Maceió, 2015

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