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ELETROESTIMULAÇÃO

TECNOLOGIA EM ESTÉTICA
HISTÓRICO

A corrente farádica é a precursora das


correntes excitomotoras, tendo sido
utilizada desde os meados do século XIX. O
físico inglês Michael Faraday quem
desenvolveu em 1831 o primeiro
transformador utilizado por profissionais
médicos por faradismo.
DEFINIÇÃO

É uma corrente de baixa freqüência,


conhecida também como corrente
alternada, usada com fins terapêuticos e
de diagnóstico.
ELETROESTIMULAÇÃO

 Técnica que se utiliza de correntes que


promovam a contração muscular através da
excitação do conjunto neuromuscular que
determina a contração da musculatura estriada.
Exemplo: corrente farádica.
ELETROESTIMULAÇÃO

 O estímulo elétrico ativa as terminações nervosas


sensitivas (aferentes) que ativarão
posteriormente as terminações nervosas motoras
(eferentes), acionando a placa motora, que é o
local onde o nervo motor se encontra com o
músculo, transmitindo o comando de contração
muscular.
ELETROESTIMULAÇÃO

 Utiliza eletrodos para conduzir corrente elétrica


até a fibra muscular com o objetivo de estimular
seu enrijecimento. Trabalham contraindo e
relaxando o músculo dando mais resistência e
firmeza muscular, deixando a área menos flácida
e gordurosa.
ELETROESTIMULAÇÃO

 A contração muscular resultante da estimulação


elétrica induzida por um aparelho segue o
esquema da contração fisiológica do músculo.
CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS
MUSCULARES
 Como todo o organismo o músculo também
é formado de células que são chamadas de
fibras musculares e possuem a capacidade
de mudar de tamanho. As fibras musculares
podem ser divididas em vermelhas e
brancas.
COMPOSIÇÃO DO MÚSCULO

Miofibrila ou célula muscular: contem


proteínas actina e miosina.

Fibra: conjunto de miofibrilas.

Fascículo: conjunto de fibras.

Músculo – conjunto de fascículos.


Fibras vermelhas  Fibras brancas
apresentam: apresentam:
 Forma de contração  Forma de contração
lenta; rápida
 Maior tolerância à  Maior sujeição à
fadiga muscular, fadiga muscular
 Velocidade de  Velocidade de
condução do impulso condução do impulso
elétrico lenta elétrico rápida
 Freqüência tetânica  Freqüência tetânica
entre 20 e 30 Hz. entre 50 e 150 Hz.
FISIOLOGIA MUSCULAR

 A fibra muscular apresenta no interior de


sua membrana plasmática carga elétrica
negativa, ao contrário do meio externo que
apresenta carga elétrica positiva, a isto
chamamos de potencial de membrana.
FISIOLOGIA MUSCULAR

 Para que ocorra o processo de contração


muscular é necessário um estímulo que
provoque reações e trocas bioquímicas na
célula levando a um desequilíbrio elétrico
da membrana.
O PROCESSO DE CONTRAÇÃO
MUSCULAR É DIVIDIDO EM TRÊS
PERÍODOS:

 Período de latência
 Período ativo
 Período de repolarização
O PROCESSO DE CONTRAÇÃO
MUSCULAR É DIVIDIDO EM TRÊS
PERÍODOS:

 Período de latência: tempo que leva o impulso


aplicado para mobilizar os íons da célula
muscular até conseguir que a membrana se torne
permeável à passagem desses íons.
O PROCESSO DE CONTRAÇÃO
MUSCULAR É DIVIDIDO EM TRÊS
PERÍODOS:
 Período ativo: momento em que ocorre a
despolarização da membrana devido ao
intercâmbio de íons pela membrana,
desencadeando uma resposta contrátil da fibra
muscular.
O PROCESSO DE CONTRAÇÃO
MUSCULAR É DIVIDIDO EM TRÊS
PERÍODOS:
 Período de repolarização: é o momento da
repolarização da membrana com diminuição
progressiva da resposta contrátil. Neste momento
ocorre o trabalho da bomba de sódio e potássio para
restabelecer o potencial de membrana. Caso seja
aplicado um novo impulso antes de terminado este
processo, a fibra não terá resposta contrátil.
Efeitos sobre os nervos motores

 A ação da corrente farádica sobre os


nervos motores normais provoca uma
contração muscular que será ainda mais
potente se a estimulação for feita no ponto
motor. Este ponto é o local de maior
excitabilidade e é onde o nervo se insere ao
músculo. Obteremos uma contração
muscular mais eficiente.
Efeitos sobre os nervos
sensitivos

 Produz uma sensação de leve ardência


(sensação faradocutânea).
EFEITO NA CONTRAÇÃO
MUSCULAR

 Provoca trocas em nível muscular (celular),


como acontece na contração muscular
voluntária. Produz trabalho muscular.
EFEITO SOBRE O MÚSCULO
(FIBRAS MUSCULARES)
 A contração muscular produzida pela
corrente farádica leva ao aumento do
número de fibras musculares atuantes,
elevando o volume do músculo,
melhorando a força e a resistência.
EFEITO SOBRE O RETORNO
VENOSO E LINFÁTICO
 A contração e o relaxamento muscular
produzem sobre os vasos linfáticos e veias,
situados junto e no interior do músculo,
uma ação de bombeamento, facilitando
assim o retorno venoso linfático.
AÇÃO SOBRE A CIRCULAÇÃO

 Com o trabalho muscular aumentaremos o


aporte de oxigênio, consequentemente
haverá um maior metabolismo, que
acarretará um maior fluxo circulatório.
EFEITOS FISIOLÓGICOS

- Efeito sensitivo: atua sobre a pele


promovendo uma diminuição à passagem
da corrente elétrica e ativação dos pontos
motores dos músculos
EFEITOS FISIOLÓGICOS

- Efeito térmico: no local da aplicação pode


promover um aquecimento levando a uma
vasodilatação das arteríolas e capilares
sangüíneos.
- Efeito eletrolítico: a energia captada no
corpo irá promover alterações no meio
celular pela ativação do intercâmbio iônico
nas células.
EFEITOS FISIOLÓGICOS

- Efeito motor: promove a contração


muscular e a mobilidade articular ao
tracionar tendões, pela ativação das fibras
musculares estriadas.
FREQÜÊNCIA E CONTRAÇÃO
MUSCULAR
Segundo a forma de contração
 De 0 a 10 Hz - ocorre contrações seguidas de
relaxamento de forma rítmica e vibratória
utilizadas para aliviar contraturas musculares.
Freqüência e contração muscular

Segundo a forma de contração

- A partir de 20 Hz – ocorre à melhora no


trabalho de contração muscular
Freqüência e contração muscular

- De 40 a 50 Hz - melhor resposta contrátil da


fibra muscular estriada. Importante
observar o limite motor para impedir
fadigas musculares, tetanias ou cãibras.
Segundo a fibra muscular

- De 20 a 30 Hz recrutam fibras tipo I


(vermelhas).
- a partir de 50 Hz recrutam fibras tipo II
(brancas).
Comparação da contração
elétrica e voluntária

 O principal efeito da corrente farádica é a


estimulação dos nervos motores, com a
conseqüente produção de contrações
musculares.
Comparação da contração
elétrica e voluntária

 A estimulação deve ser realizada de forma


modulada, alternando-se tempos de
passagem do trem de pulso com o repouso,
isto para que o aparecimento da fadiga
muscular seja retardada. Recomenda-se
que o período de repouso seja igual ou
superior ao da contração.
Comparação da contração
elétrica e voluntária
 De modo geral, pode-se dizer que as
mudanças produzidas no músculo pela
estimulação farádica são semelhantes
àquelas produzidas pelas contrações
voluntárias: há aumento do metabolismo
muscular, uma maior oxigenação,
liberação de metabólitos, dilatação de
arteríolas e um conseqüente aumento da
irrigação sangüínea no músculo.
Comparação da contração
elétrica e voluntária

 A contração muscular eletricamente


provocada é metabolicamente mais
desgastante e fatigante do que a contração
muscular gerada pela atividade fisiológica
voluntária.
Comparação da contração
elétrica e voluntária

 A estimulação elétrica provoca uma contração


sincrônica de algumas poucas unidades motoras,
que são ativadas pela amplitude do pulso em
questão, enquanto que a contração voluntária
mobiliza uma população maior de unidades
motoras ativas. Fazendo com que a resposta das
fibras musculares individuais se unam em
contração uniforme de todo o músculo.
Comparação da contração
elétrica e voluntária

 Em termos de eletroterapia, quanto maior a


intensidade da corrente, maior o número de
unidades motoras em atividade.
CORRENTE DESPOLARIZADA

 A corrente bifásica (despolarizada) apresenta um


grande espectro de aplicação. Seu uso vai desde o
controle de espasticidade até os programas de
fortalecimento muscular.
CORRENTE DESPOLARIZADA

 A corrente despolarizada é a forma mais atual e


indicada não permitindo a ionização pelos
eletrodos pois o componente contínuo é zero.
Além do estímulo sensório motor ser mais
agradável em função da largura dos pulsos, de
três a dez vezes menores que a corrente farádica.
CORRENTE DESPOLARIZADA

 A corrente despolarizada é a forma mais atual e


indicada não permitindo a ionização pelos
eletrodos pois o componente contínuo é zero.
Além do estímulo sensório motor ser mais
agradável em função da largura dos pulsos, de
três a dez vezes menores que a corrente farádica.
Características do pulso

 Duração do pulso com fase de 200 a 500us


são efetivos na ativação do nervo motor.
 Tempo de subida lento permite que a
corrente interaja com o cliente de forma
mais suave sendo um estímulo mais
natural, com as fibras sendo recrutadas
proporcionalmente.
Características do pulso

 Nas primeiras sessões de um programa de


estimulação elétrica neuromuscular, um
período relativamente longo de repouso(1:2)
entre as estimulações de ser usado para
assegurar a capacidade do músculo de
continuar a responder, evitando assim a
fadiga precoce. Com o passar das sessões o
tempo de repouso deve diminuir (1:1), e o
tempo de estimulação deve ser aumentado.
Características do pulso

 Outro fator que deve ser alterado é a


intensidade da corrente, a qual deve ser
constantemente elevada tanto intra como
inter-sessões. Esta necessidade é
justificada pela acomodação ao estímulo
elétrico, bem como pelas alterações
desencadeadas no decorrer das sessões.
Características do pulso

 Acomodação: é a capacidade que o


músculo tem de adaptar-se a ação da
corrente estimulante. A acomodação é
resultante da repetição, continuidade e
uniformidade das contrações. Para que isso
não ocorra é necessário aumentar
intensidade inter e intra-sessões.
Técnicas de aplicação

 Despir a área a ser tratada


 Colocar o paciente em posição cômoda e
adequada
 Examinar a área
 Testar a sensibilidade
 Ligar o aparelho a rede urbana
 Zerar o aparelho
Técnicas de aplicação
 Ligar o aparelho
 Explicar ao cliente o tipo de sensação dera
sentir
 Moldar os eletrodos a pele
 Fixar uniformemente os eletrodos
 eletrodo fixado ao pólo + é colocado no
início do ventre muscular ou origem
muscular.
Técnicas de aplicação

 E o eletrodo fixado ao pólo – será colocado


distalmente na inserção muscular (ventre).
 Eleger o tipo de corrente.
 Aumentar a intensidade até promover
contração satisfatória, sem que o paciente
acuse uma sensação desagradável. Limiar
sensitivo, após motor, não se deseja chegar
ao doloroso.
Técnicas de aplicação

 Marcar o tempo.
 Ao finalizar o tempo, diminuímos a
intensidade até zero
 Desligamos o aparelho.
 Desconectamos os cabos
 Desligamos da rede urbana.
 Examinamos a área.
Indicações:

 Fortalecimento muscular
 Relaxamento muscular
 Alongamento muscular
 Melhora da circulação local
 Auxiliar na eliminação de toxinas
 Aumento e melhora do trofismo
muscular
PRECAUÇÕES:

 Avaliar o tempo de aplicação e número


de sessões semanais
 Observar a intensidade adequada e
colocação dos eletrodos em toda a
terapia
 Tomar cuidado com glândulas e suas
secreções hormonais
Contra-indicações:
 Neoplasias
 Sobre área cardíaca
 Cardíacos portadores de
marcapasso
 Portadores de pinos ou placas
metálicas na área de aplicação
 Gestantes
 Hipertensos descompensados
 Epiléticos
 Qualquer tipo de lesão muscular
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
 Fixa: fixam-se eletrodos em pontos
determinados da anatomia muscular,
preferencialmente nos pontos motores da
musculatura corporal. Cada saída se conecta a
um par de eletrodos, de forma que podem
trabalhar simultaneamente vários grupos
musculares.
 Móvel: serão aplicados eletrodos móveis em um
músculo de cada vez.

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