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Seminário de Fisiologia

Mecanismo de contração do músculo liso


Subturma A7
Ellen Paula Schetz Zawierucha- 25887777
Felippe Vinícius Ceolla Knoblauch- 27231151
Laura Scott Bigatá Scucato dos Santos- 25881221
Pedro Gabriel Venceslau Tosin- 25897632
Rafael Berger Simionato- 25877143
Excitação e contração do músculo liso

Em comparação às fibras do músculo estriado esquelético, o músculo liso é


composto por fibras bem menores, tanto no diâmetro quanto no comprimento.

A mesma força de atração dos filamentos de actina e miosina para gerar a contração
também existe no músculo liso, no entanto, o arranjo interno das fibras é diferente: não
existem estrias.
O músculo liso de cada órgão se distingue dos da maioria dos outros órgãos por vários
aspectos:
- dimensões físicas.
- organização em feixes ou folhetos.
- respostas a diferentes tipos de estímulos.
- características de inervação.
- função.
Tipos de músculos lisos
Existem dois grandes grupos de músculos lisos.
Músculo Liso Multiunitário
Fibras separadas e discretas.
Cada fibra se contrai independentemente.
Com frequência, cada fibra é inervada por uma só
terminação nervosa.
Músculo Liso Unitário (visceral)
Várias fibras que se contraem ao mesmo tempo como
uma só unidade.
Possuem junções comunicantes que permitem a
passagem de íons de uma célula para outra.
Mecanismo contrátil do Músculo Liso
BASE QUÍMICA
Contém filamentos de actina e miosina com características semelhantes ao músculo
estriado esquelético, no entanto não possui o complexo de troponina. Assim como no
músculo estriado esquelético, o processo contrátil no músculo liso também é ativado
através de íons cálcio e ATP.
Pouca energia (ATP) será gasta.
Mecanismo contrátil do Músculo Liso
BASE FÍSICA
O músculo liso não tem a mesma disposição estriada dos filamentos de actina e
miosina do músculo estriado esquelético.
Corpos densos – alguns ficam ligados à membrana celular, outros estão dispersos no
interior da célula, outros na membrana das células adjacentes conectados por pontes de
proteína intercelular. É por essas conexões que a força de contração é transmitida de
célula a célula. Os corpos densos desempenham a mesma função que o disco Z do
sarcômero do músculo estriado esquelético (união de um ao outro).
Comparação entre a contração do ML e a contração do MEE

Baixa frequência de ciclos das pontes cruzadas de miosina: a ligação com a actina
seguida por desligamento e religamento para o novo ciclo é baixa.

Baixa energia necessária para manter a contração, devido à contração prolongada.

Lentidão do início da contração e do relaxamento do tecido muscular liso total, sendo que
aumenta aos poucos e diminui aos poucos.
Comparação entre a contração do ML e a contração do MEE

A força máxima da contração geralmente é maior no músculo liso do que no músculo


estriado esquelético, pois as pontes cruzadas puxam em direções opostas.

O mecanismo de trava facilita a manutenção prolongada das contrações do músculo


liso, depois de ter atingido contração completa, a quantidade de excitação pode ser
reduzida e ainda assim o músculo mantém sua força de contração.

Estresse-relaxamento do músculo liso: a capacidade de restabelecer quase a mesma força


original de contração, segundos ou minutos depois de ter sido alongado ou encurtado.
Regulação da contração pelos íons cálcio
Em vez da troponina, as células musculares lisas contém
outra proteína reguladora, chamada calmodulina, que
tem a função de ativar as pontes cruzadas da miosina, e a
faz nessa sequência:
1 – Os íons cálcio se ligam a calmodulina de forma
reversível.

2- O complexo calmodulina-cálcio em seguida se une à


miosina e ativa a miosina-quinase, uma enzima
fosforilativa.
3 – Uma das cadeias leves de cada cabeça da miosina é
fosforilada em resposta a essa enzima. Sem a fosforilação
a conexão da cabeça com os pontos ativos não ocorre.
A contração só ocorre com a fosforilação da cadeia
leve, ou seja, sem a presença da miosina quinase não
ocorre.
O relaxamento só ocorre com a desfosforilação da
cadeia leve, ou seja, sem a presença da miosina
fosfatase não ocorre.
Controles nervoso e hormonal da
contração do Músculo Liso
O músculo liso pode ser estimulado a contrair-se por múltiplos tipos de sinais:

Sinais nervosos.
Estímulo hormonal.
Estiramento do músculo.

Tudo isso é possível, pois o músculo liso possui muitos tipos de receptores que podem
iniciar o processo contrátil e outros que inibem a sua contração.
Junções neuromusculares do Músculo
Liso

Anatomia fisiológica das junções neuromusculares:

Presença de varicosidades (fibra nervosa com bifurcações e união das bifurcações).

Através das extremidades e varicosidades tem a liberação dos neurotransmissores


acetilcolina e norepinefrina.
Potenciais de membrana e potenciais de
ação do Músculo Liso
POTENCIAIS DE MEMBRANA: no estado normal de repouso, o potencial intracelular é cerca
de 50 a -60 milivolts, que é cerca de 30 milivolts menos negativo que no músculo esquelético.

POTENCIAIS DE AÇÃO NO ML UNITÁRIO: pode acontecer de duas formas:


1) Potenciais em ponta.

2) Potenciais de ação com platôs.

POTENCIAIS DE ONDA LENTA: também chamadas de ondas marca-passo (intestino).


Canais de cálcio e geração do potencial de
ação do Músculo Liso
A membrana celular do ML apresenta muito mais canais de cálcio controlados por
voltagem que o MEE, porém poucos canais de sódio controlados por voltagem.

Lembrete: os canais de cálcio se abrem muito mais lentamente que os canais de sódio e
permanecem abertos por tempo muito maior.

Outro aspecto importante é que a entrada de cálcio nas células durante o potencial de ação
é que esse íon age diretamente sobre o mecanismo contrátil. Assim, o cálcio realiza 2 tarefas
de uma só vez.

Excitação do Músculo Liso Visceral pelo


estiramento muscular
Quando o ML visceral é estirado o suficiente, usualmente são gerados potenciais de ação
espontâneos. Eles resultam da combinação de:
1) Potenciais de onda lenta normais.

2) Diminuição da negatividade do potencial de membrana, causada pelo próprio estiramento.

Essa resposta faz com que a parede muscular estirada se contraia como resposta.
Despolarização do ML multiunitário sem
potenciais de ação

As fibras musculares do músculo multiunitário se contraem principalmente em resposta


aos estímulos nervosos das terminações nervosas que liberam os neurotransmissores
para realizar dita contração muscular.

No entanto, potenciais de ação não se desenvolvem, pois é necessário a união de mais fibras
para que se forme um potencial de ação.
Efeito dos fatores teciduais locais e dos hormônios na
contração do músculo liso, sem potenciais de ação

1) Fatores químicos teciduais locais – controle por feedback


Falta de oxigênio nos tecidos
Excesso de CO2
Aumento da concentração de íons hidrogênio, potássio, adenosina, ácido lático,
temperatura corporal, e diminuição de cálcio.
2) Hormônios
-receptores excitatórios controlados por hormônio
-receptores inibitórios

ex: norepinefrina- inibe contração do músculo liso do intestestino e estimula dos vasos
sanguíneos

Papel do retículo sarcoplasmático


Papel do retículo sarcoplasmático
-Retículo sarcoplasmático no músculo liso x esquelético

-Cavéolas

-Túbulos sarcoplasmáticos

-Íons cálcio

-Força de contração x íon cálcio extracelular


cai de 1/3 a 1/10 do normal - contração cessa

- Bomba de cálcio- relaxamento do músculo liso


Referências Bibliográficas
Atlas de histologia em cores da Escola de Ciências da PUCRS
[recurso eletrônico] / Ana Paula Franco Lambert, Márcia
Rodrigues Payeras organizadoras. – Dados eletrônicos. –
Porto Alegre : EDIPUCRS, 2019.
1 Recurso on-line
Modo de acesso: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/
ISBN 978-85-397-1263-2
1. Histologia - Atlas. 2. Histologia. I. Lambert, Ana Paula
Franco. II. Payeras, Márcia Rodrigues.

GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017.

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