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FISIOLOGIA I

Contração e excitação do musculo


esquelético
(Fisiologia I)

1
Bibliografia sugerida
- MARIEB – Anatomia e Fisiologia – cap.:
- Princípios Fundamentais do Sistema Nervoso e do Tecido Nervoso

- GUYTON – Tratado de Fisiologia Médica – cap.:


- Transporte de Substâncias Através da Membrana Celular
- Potenciais de Membrana e Potenciais de Ação

- TORTORA – Princípios de Anatomia e Fisiologia –


cap.:
- O Nível Celular de Organização
- Tecido Nervoso

2
Disco intercalado Células
Núcleos
Fibra Tecido Ramificação Estriações musculares
Núcleo
Núcleos Estriações muscularconjuntivo

Músculoesquelético Músculocardíaco Músculoliso


TIPOS DE MÚSCULOS
QUADRO COMPARATIVO
MUSCULATURA MUSCULATURA MUSCULATURA LISA
CARACTERÍSTICAS ESTRIADA ESTRIADA
ESQUELÉTICA CARDÍACA

Estrias transversais Presentes Presentes Ausentes

Núcleo Muitos periféricos Um central Um central

Discos intercalares Não há Presentes Não há

Contração Rápida e voluntária Rápida, rítmica e Lenta e involuntária


involuntária
Apresentação Formam pacotes Formam as paredes Formam camadas
bem definidos do coração envolvendo órgãos.
(ventres) (miocárdio)
TIPOS DE CONTRAÇÃO
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS

Digástrico.

Longo Biceps.
Largo

Pol. Unipenado Bi
B.T

Bur.

Apo.
MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS
Organização do músculo esquelético
⚫ Organização do músculo esquelético
Organização das fibras esqueléticas
o Quando observadas ao microscópio óptico,
as fibras musculares esqueléticas mostram
estriações transversais, pela alternância de
faixas claras e escuras.
o Em virtude de sua forma alongada e da
presença de múltiplos núcleos, a célula
muscular esquelética é também conhecida
como fibra muscular.
Organização das fibras esqueléticas
A estriação da miofibrila se deve à repetição de unidades
iguais = sarcomeros Miosina
Actina
Proteínas
musculares

Sarcômeros
actina/
miosina
(miofibrilas)

-Banda I: filamentos finos actina


(isotrópica)
-BandaA: filamentos finos (actina)
e grossos (miosina) (anisotrópica)
- Banda H: filamentos grossos
(miosina)
Proteínas musculares
Observação:

Os receptores nicotínicos são canais


iónicos na membrana plasmática de
algumas células, cuja abertura é disparada pelo
neurotransmissor acetilcolina, fazendo parte do
sistema colinérgico.[1]

O seu nome deriva do primeiro agonista selectivo


encontrado para estes receptores, a nicotina,
extraída da planta Nicotiana tabacum. O primeiro
antagonista selectivo descrito é o curare (d-
tubocurarina).

Os receptores nicotínicos são divididos em três


classes principais: os tipos musculares, ganglionar e
do SNC.

São exemplos típicos de canais iônicos regulados


por ligantes. Os receptores musculares são
confinados à junção neuromuscular esquelética. Os
receptores ganglionares são responsáveis pela
transmissão nos ganglios simpáticos e
parassimpáticos. Por fim, os receptores de tipo SNC
encontram-se disseminados no cérebro e são
heterogêneos quanto a sua composição

(RANG & DALE 5ed).


Contração: ocorre pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de
miosina. O sarcômero diminui devido à aproximação das duas linhas Z, e a
zona H chega a desaparecer.
Contração muscular
o A contração muscular depende da disponibilidade
de íons Ca2+, e o músculo relaxa quando o teor
desse íon se reduz no sarcoplasma

o Armazena e regula o fluxo de íons Ca2+.

o Rede de cisternas do retículo endoplasmático


liso, que envolve feixes de miofilamentos.

o Quando a membrana do retículo é despolarizada


pelo estímulo nervoso, os canais de Ca2+ se
abrem liberando esses íons que difundem-se
atuando sobre a troponina, possibilitando a
formação de pontes entre a actina e a miosina.

o Quando cessa a despolarização, a membrana do


retículo, por processo ativo, transfere Ca2+ para
dentro das cisternas, o que interrompe a
contração.
Mecanismo da Contração
Metabolismo muscular
Sarcômero: a unidade funcional do músculo
Músculo cardíaco de rato

Músculo esquelético de camundongo


Tipos de fibras musculares:
Músculo liso: este tipo contrai em resposta a impulsos nervosos de uma parte do sistema nervoso não controlado pela vontade. Como
exemplo podemos citar o funcionamento do aparelho circulatório, cujo funcionamento não causa percepção consciente.
Músculo cardíaco: o tecido muscular cardíaco se assemelha ao músculo liso por serem as suas contrações influenciadas pela parte do sistema
nervoso relacionada com funções mais automáticas e involuntárias. Mas o músculo cardíaco tem a capacidade inerente de iniciar seu próprio
impulso de contração, independentemente do sistema nervoso.

Músculo esquelético: os órgãos anatômicos chamados músculos estão sob controle da vontade, embora sua função possa tornar-se semi-
automática com a repetição e com o treino. São estes músculos que realizam os movimentos voluntários do corpohumano.

Fibras de Contração Lenta: as fibras CL possuem características contráteis de caráter lento, ou seja, se encurtam mais lentamente.
Metabolicamente, são dotadas de muitas mitocôndrias (organelas responsáveis pelo metabolismo aeróbio), enzimas aeróbias e capilares
sanguíneos (micro-vasos sanguíneos que facilitam a perfusão de oxigênio pelos músculos). Por isto, são dotadas de uma alta capacidade para
metabolismo oxidativo.

Fibras de Contração Rápida: as fibras CR podem ser subdivididas em dois subtipos: fibras CR tipo A (IIA) e fibras CR tipo B (IIB). Fibras IIA
possuem características contráteis rápidas, ou seja, se contraem rapidamente (40-90 milisegundos) mas são dotadas de características
metabólicas semelhantes às fibras CL. Possuem uma capacidade oxidativa razoável, inferior à CL mas que pode aumentar consideravelmente. No
entanto, seu verdadeiro potencial está no metabolismo anaeróbio de média duração (1-3 minutos). As fibras IIA são capazes de gerar energia
independentemente da presença de oxigênio, produzindo como subproduto de seu trabalho o ácido láctico. Fibras IIB são chamadas de
verdadeiras fibras de contração rápida pois sua velocidade de contração é bastante rápida (40-90 milisegundos) e suas propriedades metabólicas
possuem um baixo caráter oxidativo e um alto potencial para o fornecimento de energia de curta (1-50 segundos) e média (1-3 minutos)
duração.
Metabolismo energético no músculo:

•O músculo esquelético tem grandes reservas energéticas nas formas de glicogênio e proteínas. Entretanto, as ultimas
não são comumente mobilizadas, exceto em situações de jejum prolongado
O sistema creatina-fosfato provem grupamentos fosfato de rápida acessibilidade
Em repouso: oxidação de ácidos graxos e corposcetônicos
Arrancada rápida: reservas de ATP, creatina-Pi, glicólise anaeróbica do glicogêniomuscular
Corrida de média distância: glicogênio muscular, metabolizadoaerobicamente
Maratona: glicogênio hepático e muscular, ácidos graxos, todos metabolizadosaerobicamente
Em repouso, os filamentos de troponina e tropomiosina “bloqueiam” a ligação das cabeças de miosinaao filamento
de actina
A ligação de Ca2+ troponina-C libera o complexo troponina/tropomiosina e permite a interação da cabeça de
miosina com o filamento de actina
A contração muscular é iniciada por um impulso nervoso transmitido pela junçãoneuromuscular

1. O potencial de ação nervoso atinge a junção


neuromuscular, aonde a despolarização da membrana
libera Ca2+
2. A liberação de Ca2+ resulta na liberação de
Acetilcolina na fenda da junção
3. Acetilcolina se liga a seus receptores no sarcolema e leva a
entrada de Na+, criando uma despolarização regional na
membra

4. Essa despolarização regional se espalha


5. A despolarização causa a liberação de Ca2+ do
retículo sarcoplasmatico para o citosol
6. Após a passagem do potencial de ação, canais de K+ se
abrem e a célula repolariza.
7. O Ca2+ se liga a troponina e inicia a contração
Liberação e captação de Ca2+ são necessárias para o ciclo contração-relaxamento

Note que o relaxamento muscular requer ATP para a


recaptação de Ca2+ para o retículo sarcoplasmático

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