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Tendão – associação entre musculo e osso (anabolizantes = tendão não
acompanha a hipertrofia do músculo);
Fáscia – conecta toda a musculatura esquelética;
Dentro do músculo: organização de fibras musculares = fascículos – envolvido
pelo perimísio (tec. conjuntivo) – e dentro dele as fibras musculares;
Fibra muscular = célula multinucleada = fundamental importância para um bom
reparo tecidual. Dentro da célula há miofibrilas.
Fibra muscular
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Célula muscular
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Retículo sarcoplasmático – liberação do cálcio o que permite a contração
muscular;
Miofibrila – possui filamentos finos e grossos que permitem a contração
muscular.
SAIBA MAIS
Retículo sacroplasmático
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Interação entre o sistema nervoso e a fibra muscular
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Junção neuromuscular
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A fibra muscular possui forma estriada, por isso a alternância de cor. Os filamentos
mais grossos apresentam cores escuras e os finos possuem cores mais claras.
O sarcômero é a menor unidade contrátil da fibra muscular, e são organizados ao
longo de toda a fibra muscular formando bandas.
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Sarcômeros
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1 Miosina p/ 6 Actinas
Processo contrátil
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Interação entre o filamento grosso (miosina) e o filamento fino (actina):
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Na molécula de actina existe uma região específica de ligação da cabeça de
miosina. A contração muscular se dá pela ligação da cabeça de miosina na actina por
um local específico chamado sítio de ligação actina-miosina.
As moléculas de tropomiosina e troponina estão localizadas neste local e não
permitem essa interação da miosina com a actina.
A molécula de troponina possui 3 subunidades (C, T e I). A subunidade T recebe
essa sigla, pois esta aderida na molécula de tropomiosina, a subunidade I está no local
de inibição da ligação da miosina coma a actina, e a subunidade C tem grande
afinidade com o cálcio.
Para existir contração muscular, tanto a tropomiosina quanto a troponina
precisam sair desse local. Para isso se faz necessária a presença do cálcio para que ele
se ligue na molécula de troponina C, provocando uma mudança no complexo
troponina-tropomiosina fazendo com que o sítio de ligação fique desinibido e a
consequente ligação da cabeça de miosina na actina.
Quando isso ocorre, há a ativação de uma enzima chamada de miosina ATPase
a qual quebra o ATP presente na cabeça de miosina ocorrendo a liberação de energia,
gerando a flexão da cabeça de miosina puxando a molécula de actina.
RESUMO
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1) A cabeça da miosina precisa se ligar com a actina, sendo necessário o cálcio.
2) A partir do momento que o cálcio se liga na subunidade C da molécula de
troponina ocorre uma desinibição do sítio de ligação actina-miosina.
3) Como consequência a cabeça da miosina é atraída para o sítio de ligação, a
enzima miosina ATPAse é ativada, ocorrendo a quebra do ATP liberando
energia e proporcionando a flexão da cabeça da miosina gerando o processo
contrátil.
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Despolarização
Estímulo do SNC:
Uma vez que o SNC estimula a fibra muscular ele estimula a despolarização da
fibra muscular.
O estímulo nervoso através da liberação de acetil colina (neurotransmissor da
contração muscular) provoca a abertura de canais de sódio na membrana da célula
muscular, promovendo um influxo de sódio para a célula muscular, pois as
concentrações de sódio são maiores no meio extracelular.
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Quando o sódio entra na célula ele provoca uma despolarização alterando o
potencial elétrico da célula. O interior da célula muscular tem um potencial negativo,
quando acontece o influxo de sódio que tem carga positiva altera o potencial da célula,
passando a ser positivo.
Essa despolarização é propagada ao longo da fibra muscular, pois ao longo da
fibra muscular existem canais iônicos para sódio que são dependentes de voltagem.
Quando há a alteração do potencial elétrico da célula muscular ocorre a ativação
desses canais que se propaga ao longo de toda a membrana. Essa propagação é
chamada de potencial de ação, o qual se propaga ao longo da membrana plasmática
até atingir o interior da célula muscular.
Como que ele atinge o interior da célula muscular?
Uma das características do sarcolema (membrana plasmática da célula
muscular) é a capacidade de entrar na célula (invaginações, túbulos transversos).
Através de um sistema de receptores, que se localizam no túbulo T e na
membrana do retículo sarcoplasmático, esse potencial de ação é passado para a
membrana do retículo sarcoplasmático.
O retículo sarcoplasmático é formado por uma membrana que possui canais de
cálcio que são sensíveis à voltagem. Quando a voltagem chega nessa membrana,
ocorre a ativação dos canais de cálcio, os quais se abrem e liberam o cálcio para o
citosol da célula muscular por gradiente de concentração (do mais concentrado para o
menos concentrado).
E o cálcio vai se ligar na troponina C e mudar a formação do complexo
troponina-tropomiosina e permitir a interação entre miosina e actina.
Durante o ganho de força muscular, não é a massa muscular que se torna mais
eficiente, não é o músculo que fica mais forte, mas todo o processo neural também
fica aprimorado.
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Resumo:
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Estruturas do músculo esquelético
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Glânulos de Glicogênio (reservatórios de energia).
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Há o sarcômero, onde a actina e miosina realizam o processo contrátil e
constantemente o ATP é quebrado em ADP como fonte de energia para contração
muscular.
A creatina fosfato (CP) doa fosfatos para a conversão de ADP em ATP,
ressintetizando o ATP utilizado na contração muscular.
A via glicolítica, predominante dos carboidratos (glicose), que através da
formação de metabólitos (lactato) também produz ATP para a contração muscular.
Metabolismo oxidativo utiliza tanto a proteína quanto os lipídios para
formar ATP através da oxidação dos substratos.
SAIBA MAIS
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Conceitos relacionados à hipertrofia muscular
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O jogador Ronaldo fenômeno no início de carreira era bem magro, e com o
passar dos anos pode-se observar um crescimento acentuado de massa muscular. O
grau de hipertrofia aumentou, pois o músculo foi capaz de se ajustar.
O Neymar quando começou a se destacar também possuía uma composição
corporal mais magra e atualmente já se observa um ganho muscular.
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Desenvolvimento e manutenção de massa muscular
Genética;
Atividade física;
Nutrição;
Fatores endócrinos;
Fatores ambientais;
Ativação do sistema nervoso.
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Fatores ambientes, como o estresse e sono e o ambiente onde o indivíduo está
inserido também pode gerar influência na sua capacidade de ganhar massa muscular.
A ativação do sistema nervoso central, onde o processo contrátil é dependente do
SNC. Uma boa ativação do SNC torna possível a expressão de mais força, o que está
relacionado com a capacidade de lesionar o tecido muscular, sendo o grau de lesão
muscular proporcional a capacidade que a célula tem de hipertrofiar. A regeneração
(hipertrofia) vai ser proporcional ao grau de lesão.
Atividade física e nutrição são dois fatores fundamentais no processo de hipertrofia
muscular. Não há como ter hipertrofia com qualidade se não unir nutrição e exercícios.
Todos os fatores são integrados. Todos devem estar em equilíbrio.
Tipos de Fibras
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Pessoas que possuem mais fibras do tipo II tem maior tendência de
hipertrofiar.
As classificações se dão pelos fatores: atividade da ATPase da miosina e
propriedades funcionais e metabólicas.
Os livros mais antigos trazem a classificação
baseada na coloração da fibra, mas o que deixa as fibras
de tonalidades diferentes é o pH da solução em que
aquela fibra foi colocada. Sendo a forma mais correta é
de acordo com os dois fatores citados acima.
Nos esportes, um dos critérios de seleção desses atletas é a tipagem celular.
Para esportes que exigem altos níveis de força e potência os atletas que possuem mais
fibras do tipo II se destacam.
A tipagem celular é feita através da biópsia muscular, onde o é coletado
pedaços de músculos do corpo do atleta que são analisados em laboratório para
identificar a predominância de fibras que o atleta possui e seu direcionamento
esportivo é baseado nessa genética do tipo de fibra muscular predominante.
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Hipertrofia Muscular
2 conceitos:
Processo de remodelamento onde ocorre um aumento da massa muscular
esquelética (FRY, 2004).
O músculo é remodelado e aumenta de tamanho.
Aumento na área de secção transversa do músculo que envolve biossíntese de
novas estruturas envolvidas na contração muscular (GLASS, 2003).
Todas as estruturas envolvidas na contração muscular são proteínas (actina,
miosina, tropomiosina), e possuem função estrutural.
A hipertrofia é o aumento da área de secção transversa do músculo que
envolve síntese de novas estruturas envolvidas com a contração muscular as quais são
proteínas, sendo assim hipertrofiar é aumentar a síntese proteica.
O aporte de proteína na dieta é ajustado pelo nutricionista, pois para ter a
síntese proteica é necessário aminoácidos, os quais são adquiridos através da dieta
servindo de matéria prima para essa síntese.
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Função X processo
Exemplo:
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Porque o tecido muscular hipertrofia?
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O gráfico representa o nível de desempenho de um indivíduo submetido a um
programa regular de exercícios físico. Como resposta aguda ao estímulo de
treinamento há uma queda no nível de desempenho. Após esse estresse vem a
recuperação, que se feita adequadamente o organismo que saiu da homeostase
retoma ao nível de desempenho que estava anteriormente. Porém, se isso acontece
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frequentemente, queda, recuperação e aumento do desempenho, o corpo entende
que precisa se proteger do estresse e ele te torna com um nível funcional mais
elevado, e como resposta crônica ao treinamento físico é a super compensação.
Porém, pessoas que deixam de treinar ocorre uma diminuição desse nível
funcional, pois o estímulo parou.
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Adaptação
Moran (1994) sugere a noção de ajustamento no caso de indivíduos que podem ter
seus fenótipos alterados pela exposição aos estímulos ambientais.
A literatura mais atual sugere o ajuste fisiológico. Onde o nosso corpo se ajusta,
só está no nível mais elevado, pois está sendo estimulado e a partir do momento em
que cessa o estímulo ele perde todo o ajuste.
A hipertrofia é um ajuste, é um mecanismo compensatório do organismo em
resposta a lesão tecidual, a qual desencadeia uma série de respostas celulares e gera o
reparo do tecido lesionado.
Esse ajuste nada mais é do que o aumento das estruturas envolvidas na
contração muscular (actina, miosina, entre outros) para tentar deixar o músculo mais
resistente ao estresse sofrido, gerando a hipertrofia muscular.
O treinamento ocorre para estressar o músculo e o mesmo buscar ser mais
forte, como consequência o músculo aumenta de tamanho. Por isso que ao longo do
treinamento o treino deve ser ajustado, pois a carga inicial já não é mais capaz de
lesionar o músculo.
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Toda resposta (ajuste) fisiológica é resultado de
atividades celulares reguladas e coordenadas.
A integração dos compartimentos fisiológicos é
necessária para a coordenação das respostas celulares.
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Lesão e reparo do tecido muscular esquelético
Lesão tecidual
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estruturas pro meio extra celular (enzima como a creatina quinase, lactato
desidrogenase, mioglobina, entre outras), o organismo então entende que as
substâncias que foram para o meio extra celular são estranhas, mobilizando assim o
sistema imunológico para o local e combater as substâncias extravasada, gerando uma
resposta inflamatória local. Essa resposta inflamatória é de fundamental importância
para a hipertrofia muscular, a qual sinaliza o tecido muscular a regenerar a sua
estrutura.
As células do sistema imunológico quando vão combater as “substâncias
estranhas”, produzem substâncias anti-inflamatórias as quais são capazes de sinalizar
o tecido muscular a iniciar o processo de restauração, e isso ocorre através de duas
vias.
Uma das vias é através da ativação de fatores de crescimento (IGF1), e também
atua ativando células satélites que tem função de manter a integridade da fibra
muscular.
O papel das células satélites tem função de manter a integridade da célula
muscular e sempre que ocorre uma perturbação são ativadas. Elas se multiplicam e
migram para o local da célula muscular lesionado, onde se funde com a fibra muscular
e doa seus núcleos para a fibra muscular que está em processo de restauração.
Lembrando que o processo de restauração está diretamente ligado com o
processo de síntese muscular. A síntese proteica de qualquer célula se inicia a partir de
uma atividade nuclear, onde o núcleo manda o sinal para sintetizar novas proteínas. A
partir do momento que a célula satélite doa os núcleos ela favorece a recuperação da
célula muscular, através da síntese proteica.
Um dos ajustes provocados pelo treinamento de força é o aumento da
quantidade de núcleos na célula muscular, e isso tem relação direta com o nível de
treino de determinado indivíduo.
Indivíduos que já treinam força há muitos anos ela passou anos tendo estímulo
da célula satélite acontecendo. Quando o indivíduo para de treinar e fica muito tempo
sem treinar (perda da força, diminuição do músculo) e resolve voltar, o tecido
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muscular já possui uma quantidade mais expressiva de núcleos e a velocidade que o
indivíduo volta ao nível ao qual ele parou de treinar é mais alta.
A célula satélite também estimula a transcrição de genes para o IGF-1 que
estimula o crescimento muscular, a hipertrofia.
Também estimula outros fatores de crescimento miogênicos (MGF) e são
capazes de se fundirem entre elas e formarem novas células musculares.
Autores consideram que o tecido muscular é capaz de sofrer hiperplasia. Se as
células satélites são capazes de se fundirem e originarem nova célula muscular há o
aumento da quantidade de células desse tecido, configurando uma hiperplasia. Já
outros autores consideram que esse processo não pode ser chamado de hiperplásico.
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As excêntricas são onde temos a fase negativa da contração, uma força com
peso que se opõe a força que estou aplicando. Devido a fatores mecânicos do musculo
há um alto grau de tensão, quanto maior a tensão maior o grau de lesão muscular.
Treinamento de força com maiores contrações excêntricas e concêntricas é o
melhor estímulo para hipertrofia. Treinar força não é simplesmente treinar
musculação, a qual é apenas um dos métodos de se treinar força, existem outros.
Célula satélite:
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Estágios de ativação da célula satélite:
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Vários fatores ativam as células satélites:
RESUMO:
• Proliferam-se e migram para o local lesado;
• Fusão com a fibra muscular e fornecem novos núcleos para células regeneradas
e hipertrofiadas;
• Estimulam a transcrição de genes para IGF-1;
• Ativam fatores de crescimento miogênico (MGF);
• Fusão entre elas e formação de novas células musculares (?).
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Dor Muscular
Danos estruturais
Sarcolema, Túbulos T, miofibrilas, estrutura citoesquelética.
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O ideal é estressar o músculo, sentir um incômodo, mas deve ser algo
suportável.
Sequência da resposta inflamatória:
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Difusão de componentes intracelulares para o interstício e para o plasma (CK,
LDH Mb);
Atração de monócitos e conversão em macrófagos nas áreas da lesão;
Inflamação;
Edema local;
Ativação de receptores da dor.
Relembrando:
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Ocorre a lesão tecidual a qual gera uma resposta inflamatória que ativa a célula
muscular a produzir o fator de crescimento IGF-1 que é peptídeo que é produzido pela
própria célula muscular em resposta à inflamação. Esse peptídeo age na própria célula
muscular para estimular o reparo e hipertrofia de forma crônica.
O IGF-1 estimula a transcrição de genes envolvidos com a síntese proteica,
ocorrendo o reparo tecidual.
O processo crônico de lesão e reparo gera um ajuste compensatório, onde o
sistema muscular fica desequilibrado e se ajusta para se proteger estimulando uma
maior síntese proteica.
O IGF-1 é formado por aminoácidos, não tendo afinidade pela membrana
plasmática da célula muscular necessitando de um receptor, localizado no sarcolema,
o qual se liga na molécula de IGF-1 e a partir dessa interação ocorre uma ativação em
cascata até ativar o núcleo, estimulando o processo de síntese proteica.
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subunidade β ativada ocorre a ativação de um substrato do receptor de insulina, pois o
receptor do IGF-1 é o mesmo receptor de insulina a qual provoca os mesmos efeitos na
síntese proteica.
Quando esse substrato é ativado ele ativa uma enzima chamada de PI3K que
fosforila o PIP2 (lipídio presente na membrana), lançando um fosfato e se
transformando em PIP3 o qual é capaz de ativar a Akt.
A partir da ativação da Akt é que algumas vias de sinalização celular vão
estimular e promover a síntese proteica e hipertrofia. Existem vias que inibem síntese
proteica, as quais estimulam a degradação proteica, as quais devem ser inibidas, pois o
foco é a síntese proteica.
A Akt inibe a atividade da FoxO1 a qual quando se encontra dentro do núcleo
da célula, estimula a transcrição de genes proteolíticos (degradam proteína). Sendo
assim a molécula de Akt atrai a FoxO1 para o citoplasma da célula, gerando menos
degradação proteica. A molécula de Akt também inibe a molécula de GSK-3β a qual
também estimula degradação proteica.
A Akt ativando a mTOR e P70 é a principal via da hipertrofia. A Akt estimula a
mTOR que estimula a P70 o qual é um fator transcricional que estimula o núcleo a
formar genes que promovem a síntese proteica e hipertrofia muscular.
A mTOR também bloqueia a 4E-BP1 que esta envolvida no bloqueio de síntese
proteica.
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Estudo:
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Mostra a ativação de P70 após um treinamento resistido (força). Cada coluna
é uma isoforma de P70. O gráfico relaciona o tempo após o exercício resistido e a taxa
de ativação da P70.
As 4 primeiras colunas mostram a administração de insulina foi capaz de
ativar P70, pois a insulina é um hormônio anabólico.
O gráfico mostra que de 3 a 6 horas é o momento em que ocorre a maior
ativação de P70 e é nesse momento onde a célula muscular está com a maior
sinalização de síntese proteica. E é nesse momento que é importante ter aminoácidos
disponíveis na musculatura, para favorecer a síntese proteica.
Imediatamente após o exercício de força é necessária a recuperação do
glicogênio muscular. Não adianta querer ofertar aminoácidos se não há recuperação
do glicogênio muscular, pois o organismo prioriza isso.
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E após 36 horas também há estímulo de P70. Por isso a hipertrofia é um
processo crônico, onde a oferta de aminoácidos não deve ser apenas no pós treino,
mas sim ao longo de todo o dia alimentar do indivíduo.
Hipertrofia:
Quem trabalha com hipertrofia, deve-se ater que é um processo crônico, onde
a alimentação é importante para a restauração muscular. O processo de recuperação é
longo, pois o estímulo é crônico.
Musculatura hipertrofiada
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Quando se visualiza a fibra por dentro, observa-se um aumento de sarcômeros.
Por aumentar as estruturas envolvidas na contração muscular, aumenta-se a
quantidade de sarcômeros, pois é nele que as estruturas estão alocadas.
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Como ocorre a síntese proteica
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O que diferencia uma proteína de outras proteínas é a combinação da ligação
de aminoácidos. Quando ocorre alguma patologia genética é em decorrência de uma
formação irregular de uma proteína.
Essa sequência de aminoácidos é essencial para a formação da proteína. O
núcleo é o sinalizador da síntese proteica, onde a informação que ele passa é a
sequência de aminoácidos que será obedecida.
O núcleo sinaliza o retículo endoplasmático rugoso qual é a sequência de
aminoácido que deverá ser executada através do envio de uma informação presente
em seu código genético. O núcleo faz uma cópia do DNA e envia para o ribossomo,
essa cópia é chamada de RNA mensageiro, a qual é uma sequência de códon a qual vai
atrair aminoácidos específicos.
Lá no ribossomo a fita de RNA é traduzida, o qual lê a sequência de códon e
atrai o RNA transportador que também possui uma sequência de códons específicas
para o RNA mensageiro. Quando a fita de RNA mensageiro passa pelo ribossomo, uma
sequência específica de códon do RNA transportador contendo aminoácidos.
A medida que a fita vai passando pelo ribossomo, novos RNA transportadores
contendo aminoácidos são atraídos e assim ocorre a formação da ligação peptídica.
RESUMO:
Para sintetizar proteína é necessário ter estímulo, que é a lesão a qual resulta
em uma sinalização para a hipertrofia, estimulada pelo núcleo o qual precisa do
aminoácido fornecido via alimentação.
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Fatores relacionados ao sistema muscular
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No gráfico de P70, somente o grupo de alta intensidade demonstrou aumento
na P70 imediatamente após e 3 horas após o estímulo.
Conclui-se que para estimular a P70 é necessário o estímulo com contrações de
alta intensidade. O que estimula uma boa sinalização para síntese proteica e
hipertrofia é a alta intensidade. Porém indivíduos que estão iniciando em um
programa de força necessitam de um período de adaptação ao treino, de ajustes
articulares e de tendões.
Intensidade e volume de treino são inversamente proporcionais. Se a
intensidade do treinamento é alta o volume de treino tem que ser baixo (tempo de
treino). O tempo de treino ideal é de 30 à 40 minutos para estimular a musculatura,
lesionar, provocar inflamação e sinalização das vias. Tempos superiores a 40 minutos
acaba gerando perda de intensidade, pois os indivíduos não conseguem sustentar a
intensidade alta por longos períodos de tempo.
Intensidade de treinamento de força não está somente relacionado com carga,
mas também com número de repetições, velocidade de execução, ângulo de
movimento, intervalo entre as séries, combinação de exercícios.
Alguns fatores são determinantes para a capacidade de expressar força:
Um dos fatores é a anatomia do músculo, pois os mesmos são classificados
anatomicamente de acordo com o arranjo das fibras musculares.
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O músculo fusiforme tem o arranjo as fibras musculares no mesmo sentido da
contração. O músculo penado possui as fibras organizadas na diagonal.
Os músculos fusiformes são adaptados a expressarem menos força do que os
músculos penados os quais são mais fortes, isso por que possui uma maior quantidade
de unidades contráteis por unidade de área, sendo mais adaptado à tensão, carga e
contração muscular.
Os fusiformes são mais adaptados a velocidades mais altas de contração, pois
as fibras estão no sentido da contração. Quando a contração acontece o membro é
movimentado.
Isso influencia diretamente na prescrição do treinamento para a hipertrofia.
Quando o bíceps é o alvo não há preocupação com a carga, mas com a execução mais
rápida ao exercício, pois a musculatura esta adaptada para isso.
Já o peitoral é um músculo que é penado, não sendo adaptado á velocidade de
contração, mas sim à cargas altas de esforço. Por isso que homens só conseguem
adquirir a hipertrofia do peitoral quando iniciar o treinamento com cargas altas.
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A importância do sistema nervoso no processo de hipertrofia
A expressão da força
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O ganho de força, durante o início de um programa
de treinamento de força, é devido a fatores
neurais ou hipertróficos?
Com base no gráfico pode-se concluir que o ganho de força se dá por fatores
neurais. Os fatores hipertróficos só aparecem após um determinado tempo. Quando
um sedentário inicia um programa de treinamento de força, ela não hipertrofia, pois
esse processo só acontece após um determinado tempo que é dependente de vários
fatores, como a genética, por exemplo.
A individualidade biológica do indivíduo, que determina depois de quanto
tempo após o inicio do treinamento de força ocorre o início da hipertrofia muscular.
Observando a continuação do gráfico, na metade do gráfico, quando o
indivíduo evolui para o nível avançado, as linhas se cruzam, e nesse ponto o
componente hipertrófico começa a se sobressair o componente neural no que diz
respeito à contribuição para o ganho de força.
É nesse momento que os ganhos neurais se estabilizaram, impactando
diretamente na escolha dos exercícios. Durante o início do treinamento de força o
objetivo é ganho de movimento, de estabilidade e mobilidade articular, pois esses
fatores neurais é que melhoram a força, porém a partir desse ponto quem determina o
ganho de força é a hipertrofia muscular. Quanto maior o músculo maior a capacidade
de expressar força, maior a lesão tecidual e maior a capacidade de hipertrofiar.
Quando o indivíduo entra na fase avançada do treinamento de força, a única
opção é treinar com alta intensidade, para que continuem otimizando a hipertrofia.
Ainda observando o gráfico, pode-se perceber que tanto os fatores neurais
quanto os hipertróficos se estabilizam, e somente com a utilização dos recursos
ergogênicos (esteroides), é que há um aumento no componente hipertrófico e o
componente neural não é influencia. Quanto mais treinado o indivíduo menor a
capacidade de provocar os ajustes compensatórios.
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O gráfico mostra que o processo de hipertrofia deve ser muito bem elaborado e
fundamentado, pois há questões do movimento, aprendizagem motora e fatores
neurais envolvidos, e assim quando o indivíduo evolui a nível intermediário estará
preparado para trabalhar com altas intensidades.
Controle motor
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Quando essa estrutura elabora e pensa no movimento, as informações são
enviadas para outras áreas, ou seja, o córtex somático motor pensa/elabora o
movimento, envia informação para o córtex central o qual planeja como o movimento
será executado e envia a informação para os gânglios da base, e reproduzida para o
tronco encefálico e medula espinhal, de onde saem os nervos com a informação e são
levadas até o músculo que executa o movimento.
O sistema muscular é dotado de um feedback muito eficiente, a aprendizagem
motora está diretamente relacionada, com a capacidade do sistema muscular de
enviar esse feedback para o sistema nervoso central, do que que foi realizado à nível
de movimento.
As células sensoriais existentes no tecido muscular que são responsáveis por
enviar um feedback para o SNC sobre como foi o movimento. Esse feedback faz o
caminho contrário, sai da musculatura, volta para a medula espinhal chegando até o
tronco cefálico e é enviada para o cerebelo, o qual é responsável por receber o
feedback que vem da periferia através dos neurônios sensoriais.
Nessa fase o cerebelo cruza a informação original do movimento com a
informação de feedback vinda do musculo sobre a execução do movimento, e envia
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essa informação de volta para a área associativa motora, a qual da próxima vez que for
executar o movimento, já terá a informação armazenada no cerebelo para aperfeiçoar
o movimento.
Durante o início de um programa de treinamento de força, deve-se haver o
estímulo do SNC para aprender o movimento, pois o que dá força são ganhos neurais,
ou seja, o aperfeiçoamento do sistema neuromuscular. Se o indivíduo for encurtado,
há limitação de movimento e de feedback.
Nem sempre ação motora que pensamos é a realizada.
Ação motora
Idealizada
≠ Realizada
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A relação é a aprendizagem técnica de um determinado esporte. O treinamento
técnico é o treinamento onde se objetiva a automatização de um movimento
específico, de um determinado esporte.
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Pirâmide do desenvolvimento físico
Técnica/tática
Capacidades físicas
Movimento
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Habilidade Força e
funcional hipertrofia
Performance
funcional
Movimentos funcionais
Controle motor
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Os axônios motores são distribuídos para os músculos esqueléticos apropriados
pelos nervos periféricos, terminando em sinapses chamadas junções neuromusculares
ou placas motoras, nas fibras musculares esqueléticas.
A unidade motora é um neurônio motor enervando várias fibras musculares. Está
diretamente relacionada com a precisão do controle motor. Quanto mais complexo e
preciso for o movimento, menor a unidade motora.
O número de recrutamento de unidades motoras está diretamente relacionado
com a força expressada. Para levantar uma determinada carga, um número X de
unidades motoras são recrutadas, se a carga for aumentada mais unidades motoras
são necessárias.
Na estrutura do tecido muscular existem fibras musculares intrafusais: órgão
tendinoso de golgi – controle de expressão de força muscular; e fuso muscular –
monitorar grau de estiramento do tecido muscular.
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O órgão tendinoso de golgi (OTG) está relacionado com o controle de expressão
de força muscular. Quando o músculo expressa muita força ou tensão muscular, o
órgão tendinoso de golgi é ativado, ele inibe tensão e contração muscular,
promovendo um relaxamento, sendo assim é uma estrutura de defesa evitando
contratura ou lesões.
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A medula espinhal processa a informação vinda do fuso muscular, resultando
em uma contração muscular para a proteção contra o estiramento excessivo.
63
64
Estudo
Os autores verificaram que o grupo que apresentou melhor resultado foi o que
estava sob efeito hipnótico.
Relembrando:
O IGF-1 (pepetídeo) produzido pela célula muscular, através da interação com
receptor de membrana estimula a ativação da Akt, a qual inibe ou estimula algumas
vias.
A via Akt-mTOR-P70 é a principal via de estimulo para a síntese proteica e
hipertrofia.
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Fatores que estimulam ou inibem a síntese de hipertrofia:
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tecidos. A AMPK ativa o fator transcricional PGC1α, o qual estimula o núcleo da célula
muscular a produzir substâncias que transformam a célula em mais oxidativa, de
contração lenta. O PGC1α estimula a biogênese mitocondrial, enzimas do metabolismo
aeróbio, maior oxidação de ácidos graxos, maior oxidação dos triglicerídeos
intramusculares, maior captação de glicose para ser utilizada como fonte de energia.
Estudo:
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Os indivíduos foram divididos em dois grupos:
Resultados:
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Pode-se concluir que, pessoas que treinam força com o objetivo de hipertrofia
podem ter o ganho de força comprometido, se associam ao treinamento exercícios
aeróbios.
Leucina e Hipertrofia
Expressão de mTOR:
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Após 30 minutos da estimulação, o grupo que recebeu leucina teve uma boa
expressão de mTOR.
Após 3 horas, a leucina não foi capaz de estimular a mTOR quando comparada
ao grupo controle.
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Após 24h, o grupo que recebeu leucina também não foi capaz de estimular
mTOR quando comparado ao grupo controle.
Já a insulina, em todos os tempos (30 minutos, 3 horas e 24 hora) foi capaz de
manter o estímulo de mTOR.
O grupo que recebeu leucina com insulina também foi capaz de estimular a
mTOR, porém esse estímulo se deu por conta da insulina e não da leucina.
Expressão da P70:
73
O tratamento com leucina só foi capaz de estimular a P70 após 30 minutos.
A leucina é sim capaz de estimular síntese proteica, porém por um curto
período de tempo. A literatura não esclarece se a utilização de leucina é determinante
para um maior grau de hipertrofia.
Não há esclarecimentos na literatura, sobre a utilização de um determinado
aminoácido, seja ele qual for, e sua influência direta com o ganho de hipertrofia. A
74
função do aminoácido, ingerido via alimentação ou suplementado, é fornecer matéria
prima para o processo de síntese proteica.
Testosterona e hipertrofia
Outro fator que influencia essa via são os hormônios androgênicos, como a
testosterona que está relacionada com a capacidade de hipertrofiar.
Como citado anteriormente, a insulina também é um hormônio anabólico, e os
fisiculturistas se beneficiam do uso da insulina para a melhora da massa muscular. Se
houver uma comparação entre os fisiculturistas atuais com os de anos passados, pode-
se perceber que são maiores, por utilização de insulina.
75
O receptor para andrógeno está dentro da célula, ou no citosol ou no núcleo,
quando a testosterona se liga nesse receptor ocorre uma estimulação do núcleo da
célula a produzir genes relacionado a síntese proteica, IGF-1, Akt, mTOR, P70, também
está relacionada com expressão gênica de elementos relacionados com o perfil
oxidativo, também estimula diretamente a síntese proteica pelo núcleo.
ATENÇÃO!
O uso indevido de testosterona, de forma irresponsável e sem
acompanhamento adequado, acarreta danos à saúde como: calvície, atrofia de
testículo, impotência sexual, resistência á insulina, características sexuais
femininas pelo excesso de estradiol (testosterona tem capacidade de ser
aromatizada em estradiol), crescimento de pelos, acne e aumento da pressão
arterial.
Estudo
76
IGF-1 mRNA;
Receptores para andrógenos;
mTOR;
P70;
Akt;
GSK3β;
AMPK;
PGC-1α.
77
O gráfico MPS mostra a síntese proteica miofibrilar, os animais castrados
reduziram a síntese proteica e consequentemente a área de secção transversa
diminuiu nos animais castrados, como mostra o gráfico abaixo:
78
Os gráficos acima mostram a expressão do gene para o IGF-1 e de receptores
para andrógenos. Pode-se perceber que os animais castrados apresentaram redução
desses genes. E quando os animais foram tratados com a nandrolona apresentaram
melhor expressão quando comparados ao controle.
79
Os três gráficos mostram que os animais castrados apresentaram redução da
ativação dessas três moléculas e os animais que receberam a nandrolona
recuperaram, conclui-se então que a testosterona é importante para a ativação dessas
três moléculas.
80
A AMPK não é alterada, sem ser influenciada pela testosterona.
81
Miostatina e hipertrofia
Esses animais sofreram uma modificação genética para não expressarem uma
grande quantidade de miostatina. Como essa substância tem a capacidade de frear o
crescimento muscular desses animais foi mais acentuado.
82
A miostatina é enviada para o exterior da célula na forma inativa. No meio
extra celular a miostatina sofre uma clivagem e a miostatina ativa é liberada.
A miostatina ativa se liga à um receptor específico, chamado de receptor de
activina e essa ligação ativa cascatas intra celulares que terão como resposta final a
redução da síntese proteica e hipertrofia.
83
Estudo
Mstn-/-
Mstn+/+ Mstn-/-
84
Dois animais da mesma espécie onde o da direita foi modificado geneticamente
para não expressar o gene da miostatina.
85
Principais fatores que modulam as principais vias de sinalização de síntese proteica:
86
proteica, tendo como função a modulação da célula para favorecer a hipertrofia
muscular. Sendo a principal via de sinalização celular é a via Akt-mTOR-P70.
O estresse metabólico alto há o aumento da razão AMP: ATP ocasionando a
ativação da AMPK, a qual bloqueia mTOR desviando o metabolismo para um perfil
oxidativo, alterando o perfil metabólico da célula muscular.
A insulina tem um grande poder anabólico. Age através da ativação da mesma
via do IGF-1, porém mais potente. A insulina causa um aumento do tecido adiposo e
quando utilizada de forma exagerada pode causar uma resistência fisiológica à
insulina.
A leucina é importante para uma ativação aguda de mTOR e P70, porém a
administração exógena e isolada de aminoácidos não é eficiente. O mais importante é
manter o indivíduo sempre preparado para sintetizar proteína, pois os efeitos do
treinamento perduram por mais de um dia, sendo necessário a oferta de aminoácidos
ao longo de todo o dia.
A testosterona é capaz de entrar na célula muscular, se ligar à um receptor
específico e estimular vias relacionadas ao crescimento tecidual, estimulando Akt,
mTOr e P70, estimula a transcrição e genes proteicos como da actina e miosina,
favorece um perfil mais oxidativo.
A miostatina é uma substância que freia o crescimento tecidual. Através do
complexo das SMAD 2, 3 e 4 ocorre a ativação da FOXO1 que estimula degradação
proteica, a transcrição e genes de proteases (degradação proteica), bloqueia a
transcrição de genes relacionados a formação de proteína e bloqueia Akt e mTOR. A
folistatina é a inibidora da miostatina.
A hipertrofia é complexa, que as vias são capazes de se comunicar. Quando o
objetivo é modular apenas uma via, às vezes a fisiologia trabalha com sistema de
compensações, onde uma via sendo muito estimulada pode acabar inibindo ou
tentando compensar a via mais ativada.
À medida que envelhecemos, a produção de GH é reduzida, o qual tem
importante papel no crescimento do músculo e na prevenção do catabolismo
muscular. Se as taxas de GH estão reduzidas o indivíduo tem dificuldades para
87
hipertrofiar, por estar relacionado com receptores para andrógenos (receptores de
testosterona e miostatina), sendo assim, a deficiência de GH está relacionado com
redução de atividade de receptores para testosterona e aumento na produção de
miostatina.
Dos 20 aos 30 anos ocorre o pico de força, a partir disso a força tende a cair.
Pois os mecanismos compensatórios passam a ter menor eficiência. Aos 65 anos de
idade só somos capazes de manter 80% da força.
As mulheres expressam de 20 – 30 vezes menos testosterona que o homem. A
via da testosterona não é tão significativa na mulher, por essa baixa expressão.
Quanto mais treinado o indivíduo, mais ajustadas são as vias e
consequentemente as respostas celulares serão mais ajustadas.
1 RM = 1 repetição máxima
88
A coluna branca é o valor de 1 RM antes da intervenção e a coluna preta os
valores de 1 RM após a intervenção.
O grupo controle não treinou e não houve alteração. Observa-se que o grupo
de baixa repetição e alta carga teve uma maior diferença em termos de ganho de
força.
89
E o resultado foi igual nos outros exercícios (agachamento e extensão de
perna). O grupo que treino com alta carga e pouca repetição apresentou uma resposta
mais satisfatória de ganho de força.
Se o ganho de força está aumentando isso significa que a hipertrofia está
favorecida. Para que a hipertrofia aconteça, deve-se treinar com mais carga e poucas
repetições, indo de encontro com que já foi comentando onde o processo de
hipertrofia acontece a partir da lesão muscular que necessita de maiores intensidades
para acontecer. Quanto maior a carga e menor o número de repetições, mais intenso o
estímulo para hipertrofia.
90
O estudo avaliou três tipos de intervenções e verificou as respostas nas vias
celulares: síntese proteica miofibrilar, ativação de P70 e ativação de mTOR, a partir de
três intervenções metodológicas.
A primeira foi um treinamento com uma carga correspondente a 90% da carga
máxima até a falha (só parar quando não conseguir mais movimentar o membro), a
segunda foi o treinamento com a carga leve (30%) com várias repetições, e o terceiro
grupo treinou com a carga leve (30% da carga máxima) até a falha (muitas repetições).
91
Apenas 4h após o exercício e apenas o grupo que treinou com carga 30% até
a falha foi capaz de ativar P70.
92
Hipóteses:
1. O trabalho com baixas cargas e muitas repetições (citados pelo ACMS) não
causava no músculo um estresse metabólico capaz de estimular a síntese de
proteína.
2. O estresse necessário para estimular a síntese proteica é alcançado durante o
treinamento até a falha.
3. Esse estresse parece ser mais importante que a carga de trabalho e número de
repetições.
4. Uma sessão completa de treinamento realizada com baixas cargas de
treinamento e com grande volume de repetições até a falha, talvez provoque
um estresse metabólico não tão favorável para a síntese proteica.
5. O treinamento até a falha dentro de uma sessão de treinamento com altas
cargas de trabalho parece ser interessante quando se objetiva os ganhos
máximos de hipertrofia.
Observações:
Deve ser observada a frequência em que o treinamento até a falha é aplicada.
Não deve ser realizado repetidas vezes durante longos períodos devido ao
potencial de instalação de overtraining e lesões articulares.
Sensibilidade do treinador.
93
Estudo
94
Observando o gráfico, o treinamento com oclusão vascular (coluna preta)
aumentou os níveis de cortisol e GH.
95
O gráfico acima representa o tamanho do músculo. A linha crescente
representa que o grupo que treinou com oclusão vascular tiveram músculos maiores.
96
97
O exercício físico pode ser do tipo aeróbio e anaeróbio, dependendo da
concentração de oxigênio disponível na musculatura para produzir energia.
Os exercícios anaeróbios (força) são exercícios que predominam a intensidade
alta, e não sobra tempo para eliminar resíduos metabólicos e ofertar oxigênio para o
tecido específico.
O treinamento resistido de alta intensidade causa hipertrofia. O dano estrutural
causa hipertrofia: respostas inflamatórias, células satélites, via de sinalização.
O aumento da demanda energética estimula hipertrofia, pois se houver o
aumento da intensidade do exercício é necessária mais energia, sendo assim o
organismo passa a produzir essa energia de forma anaeróbica, sendo a glicólise
anaeróbica predominante no treinamento de força, tendo com intermediários: ATP,
H+, NADH, ↓pH, lactato, entre outros os quais são capazes de sinalizar as vias celulares
da hipertrofia.
Se o treino tem intensidade alta há o aumento da demanda energética, e essa
quando suprida, provoca uma maior taxa de hipertrofia. O treinamento resistido de
alta intensidade, através do dano estrutural e da demanda energética, favorece uma
maior sinalização para hipertrofia.
Quanto ocorre oclusão vascular, aumenta-se a demanda energética, pois a
oclusão impede o fluxo sanguíneo diminuindo a oferta de oxigênio, acabando sendo
estressante e lesivo o movimento.
98
E para a hipertrofia, isso funciona?
99
A hipertrofia é resultado de síntese proteica maior do que degradação proteica,
assim entende-se que é necessária uma quantidade calórica maior do que o gasto
calórico para se realizar a síntese.
Os cálculos calóricos estão suscetíveis á erro devido a outras rotas metabólicas
que os substratos energéticos são desviados, onde não serão usados como energia,
como é o caso da proteína que tem função estrutural.
% Gordura
% Gordura
100
possui um treinamento que não se caracteriza em treinamentos de alta intensidade,
mas sim em treinamentos de intensidade alta, porém mais prolongados.
Para o emagrecimento o treinamento de força pode ser eficaz. O treinamento
de força com o objetivo de hipertrofia pode ser favorável para o emagrecimento. O
que determina o emagrecimento é a dieta.
Se o indivíduo treina para hipertrofia e está submetido a uma dieta de
emagrecimento, o indivíduo não conseguirá necessariamente alcançar a hipertrofia,
mas a perda de massa muscular será minimizada.
O treinamento de força durante o emagrecimento favorece a ativação das vias
metabólicas para a síntese proteica minimizando a perda da massa muscular. E quando
a dieta associada ao emagrecimento tenta minimizar a perda muscular, fornecendo os
substratos adequados.
101
Durante o estímulo, exercício específico, temos o sistema ATP – CP que produz
energia. Temos o sistema ATP-CP e a via glicolítica anaeróbia.
VAMOS RELEMBRAR?
Sistema ATP-CP
102
Na exaustão, os níveis de ATP e CP são muito baixos, tornando-os incapazes de
fornecer energia para assegurar posteriores contrações e relaxamentos das fibras
esqueléticas ativas. Por este motivo, é limitada no tempo a capacidade de se manter
os níveis de ATP ao longo do exercício de alta intensidade à custa da energia obtida da
CP. Vários autores, afirmam que as reservas de ATP e CP apenas suprem as
necessidades energéticas musculares durante sprints de intensidade máxima até 15s.
Porém, estudos mais recentes sugerem que a importância do sistema alático continua
sendo o principal sistema energético mesmo para esforços máximos que durarem até
30s.
Quando ocorre grande depleção energética, pode haver ressíntese de ATP
muscular, exclusivamente a partir de moléculas de ADP, por meio de uma reação
catalisada pela enzima mioquinase (MK). Mas, em grande parte das reações
energéticas celulares ocorre somente a hidrólise do último fosfato do ATP, sendo bem
mais raras as situações em que aconteça a degradação do segundo fosfato.
Fonte: Portal Educação. Acesos em: 23/09/2016
Estudo
103
O gráfico mostra que o músculo sofreu queda na capacidade e expressar força.
Sendo assim, a força aplicada no primeiro estímulo foi maior que a força aplicada no
décimo estímulo, conclui-se que o estresse muscular ocorreu.
104
Quais os fatores que explicariam a queda da potência?
105
Se há o aumento da produção de lactato é por que há aumento da intensidade
das vias metabólicas, principalmente a via glicolítica e aumento da produção de íons H+
e consequentemente o pH da célula cai, deixando o meio mais ácido, como mostra o
gráfico acima.
106
O sistema capaz de suprir demanda energética de um treinamento de força é o
sistema ATP-CP.
107
Para que ocorra uma eficiência no programa de treinamento, há a necessidade
de ressíntese de creatina fosfato, sendo que o sistema responsável pela ressíntese é o
sistema oxidativo. Se o sistema oxidativo é mais atuante durante a recuperação,
ocorre uma maior formação de ATP, e consequentemente um desvio para a formação
da creatina fosfato.
Se há aumento, durante a recuperação, da necessidade de creatina fosfato, o
sistema oxidativo aumenta sua atividade, o qual aumenta as concentrações de ATP.
108
O sistema oxidativo utiliza os ácidos graxos livres ou glicose, para produzir por
reações bioquímicas o ATP, para que o mesmo fique disponível para ressintetizar a
creatina fosfato, pois o estímulo que será feito é de alta intensidade.
Qual dos dois substratos, carboidrato ou gordura, será mais utilizado durante
os intervalos de um treinamento de força?
109
Um dos produtos metabólicos é o citrato, proveniente do ciclo de Krebs, o qual
inibe a PFK. Quanto mais atividade oxidativa ocorre na célula muscular, mais
bloqueada a PFK estará. A PFK atua no metabolismo dos carboidratos, quanto mais
oxidação acontece mais inibição do metabolismo dos carboidratos ocorre.
Durante a recuperação de um exercício de força, entra em ação o sistema
oxidativo o qual é mais determinante, tendo mais formação de citrato o qual bloqueia
PFK, consequentemente o substrato energético, durante a recuperação, é a gordura,
para que assim ocorra ressíntese de ATP.
Conclui-se assim que o exercício de força favorece o emagrecimento, não por
que há aumento da massa muscular, mas por que o músculo sofrerá um estresse
maior que determinará mais o estresse oxidativo através da utilização da gordura
como substrato energético.
Estudo
110
Revisão da literatura que mostra a relação entre o treinamento de força e
emagrecimento.
111
↑ Estilo de ↑ Atividade
↓ Apetite vida ativo termogênica
↑ Demanda
↓ Produção de Treinamento energética
insulina resistido proveniente
das gorduras
Ativação de vias
↑ atividade de células
hormônios relacionadas com
↑ EPOC
lipolíticos (GH, a função
Cortisol) mitocondrial
(PGC1-α, AMPK)
112
Estudo
113
pode-se perceber um valor aumentado quando se compara o valor pré e pós do grupo
que fez um treinamento de força com intensidade alta, com intervalo controlado e
altas cargas.
114
Observando o gráfico acima, pode-se perceber que houve um aumento da
atividade da citrato sintase no pós-treino.
115
Esse gráfico mostra a quantidade de PGC-1α, no núcleo da célula muscular em
resposta ao treinamento de força de alta intensidade, sendo assim a célula muscular
tem expressão de um maior perfil oxidativo.
116
O artigo acima mostra o aumento das concentrações de fosfocreatina no
músculo, em resposta ao treinamento de força de alta intensidade.
Observando o gráfico, pode-se perceber que duas semanas após o
treinamento de força houve um aumento das concentrações da creatina fosfato,
representando um aumento no sistema oxidativo na formação de ATP, o qual é
utilizado para ressíntese creatina fosfato.
Esse aumento de creatina fosfato sugere melhora do sistema oxidativo em
resposta ao treinamento está relacionado com a melhor utilização da gordura como
substrato energético.
117
O gráfico acima mostra taxa de oxidação. Na coluna esquerda é o resultado de
oxidação total pré-treinamento, duas e seis semanas após o treinamento de alta
intensidade. Pode-se perceber que não houve alteração na taxa de oxidação.
Analisando a oxidação dos carboidratos ao longo das semanas se treinamento
de força de alta intensidade pode-se perceber uma redução, sugerindo que a célula
muscular passa a utilizar menos carboidratos.
Já observando a taxa de oxidação de gordura, houve um aumento da oxidação
ao longo das semanas de treinamento.
Resumo:
A oxidação total não se altera, mas a oxidação de carboidrato diminui e a de
gordura aumenta, tornando-se interessante para o processo de emagrecimento.
Treinamento de força:
1. O sistema aeróbio parece ter um papel fundamental na manutenção do
desempenho em treinamentos de força;
2. Treinamento de foça estimula um aumento no EPOC (significante para o
emagrecimento?);
3. Treinamento de foça favorece um menor QR de repouso;
4. Treinamento de foça favorece uma maior biogênese mitocondrial;
118
5. Treinamento de foça estimula uma maior capacidade oxidativa da célula
muscular;
6. A maior capacidade oxidativa está relacionada com maior oxidação de gordura.
Conclusão
Vamos relembrar:
119
A hipertrofia e a manutenção da massa muscular, é determinada por:
Genética;
Ativação do sistema nervoso;
Fatores ambientais;
Fatores endócrinos;
Estado nutricional;
Atividade física.
REFERÊNCIAS
GUYTON & HALL. Tratado de fisiologia médica. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
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