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Reformatando nosso
cérebro sobre
resposta e adaptação
TOM PURVIS
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www.rtsbrazil.com.br
Copyright © 2017, by Tom Purvis; RTS, LLC
Edited for the Science 1 manual, copyright © 1997, by Tom Purvis; RTS, LLC
Revised 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012,
2013, 2014, 2015, 2016
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Sobre este manual
Este manual foi criado exclusivamente para ser parte do curso RTS Mecânica do Exercício.
Ele não tem a intenção de ser uma ferramenta educacional para ser usada separada do
curso porque muitas das seções incluem conceitos equivocados baseados na maneira
tradicional ensinada pela indústria do exercício. A correção destes conceitos faz parte das
muitas discussões que acontecem durante as aulas.
Sem a apresentação correspondente, este manual não está completo e, mesmo assim, ele
está sempre em trabalho de evolução.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
10 Infelizmente, a ciência ensinada dessa forma não consegue nos dizer como um exercício
deve ser realizado.
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A verdade é que, para a grande maioria das pessoas que precisam de exercício (as
14 pessoas “comuns”, que não são excepcionais em sua tolerância física e que visam
qualidade de vida e saúde a longo prazo), estas preocupações a níveis celulares e
16 hormonais ou preocupação com o número de séries e repetições não devem ser
parâmetros para aferir a qualidade do exercício. Precisamos nos concentrar na
18 tolerância antes do objetivo, no controle antes da contagem de repetições,
no ”como” antes de “quantas vezes” e no “quão bem” antes do volume.
20
Além disso, é preciso saber definir os limites do exercício para diferentes indivíduos
22 com diferentes tolerâncias e objetivos. Se o cliente-paciente não consegue fazer esta
repetição de maneira adequada e com controle, por que aumentar a carga, velocidade,
24 ou até mesmo continuar com a mesma carga? O aprendizado da habilidade de controlar
o corpo vem sempre em primeiro lugar. Todo o objetivo de adicionar um desafio deve
26 vir para desafiar o que o indivíduo consegue fazer e não o que ele não consegue.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
“Respostas Percebidas”
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
6 “Risco” X Benefício
Benefício é determinado por:
8 • Eficiência e eficácia relativa ao objetivo e ao O.D.E. (objetivo deste exercício)
Custo
10 • Risco
• Desgaste (quer dizer, desgaste articular, como um caminho na grama)
12 • Inflamação
• Inibição/proteção?
22 Progresso?
O que é necessário para causar mudança? O que é necessário para progredir?
24 O quanto é necessário para mudar ou para manter o nível que temos?
• É necessário correr uma maratona todo dia para treinar para uma maratona?
26 • É necessário treinar 1RM para melhorar 1RM?
• Você precisa sempre se mover rápido para se tornar rápido?
28 • E se você se mover lentamente você se torna lento?
• O que você tem treinado mais consistentemente durante toda sua vida de
30 exercícios? Você vai se surpreender…
32 O que você deseja que se adapte, que mude com o exercício? Vamos explorar
quais são nossas opções para, a partir deste ponto, podermos escolher a melhor
34 intervenção.
1. Adaptação (melhora/otimização) dentro da Performance Interna
36 • Função: Articular (ADAAD) e Muscular (ADCCD)
▪ Reduzir a inflamação?
38 ▪ Melhorar a contração?
◊ Reduzir a necessidade de respostas protetoras?
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
▪ Em quem?
2 ▪ “Sobrecarga”
◊ Excessiva X “carga apropriado para gerar mudança”
4 ◊ Carga X esforço X volume?
• “Mover o ponteiro”!!!
6 ▪ Como seria um treino se fosse baseado no
mínimo necessário para causar mudança?
8 Quão diferente seria se fosse o máximo
tolerado?
10 ◊ E se o indivíduo não consegue tolerar
nem uma mudança pequena do
12 ponteiro?
◊ E se um indivíduo tolera bem mais do
14 que é necessário?
▪ Quando o mínimo necessário e o máximo
16 tolerado se tornam o mesmo?
◊ Porque a tolerância e a habilidade são
18 extremamente altas… ou extremamente
baixas!
20 ◊ Aplicar mais volume e esforço porque toleramos e porque gostamos... ou
porque é realmente necessário para causar mudança?
22 ◊ Sabedoria = quando aplicamos um estímulo maior do que é necessário, a
recuperação se torna mais difícil e lenta e com maior custo!
24 • “Queimadura de sol X Bronzeado”!
• Dor e vômito são sinais de que você progrediu errado!
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O objetivo do exercício é estimular o “ponteiro” da homeostase para mover ou manter.
30 Alguns erradamente pensam que a homeostase é o inimigo porque é um impedimento
para o progresso, mas na verdade este é o processo que move o corpo para frente em
32 uma tentativa de recuperar a “relativa facilidade” em lidar com as novas exigências
(anabolismo). Também é o processo pelo qual os nossos corpos eliminam qualquer
34 tecido que não seja mais necessário (catabolismo).
Esses processos pelos quais a homeostase é alcançada ocorrem em um nível
36 microscópico e cada tipo de tecido tem uma taxa de resposta de adaptabilidade.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
A “Terra Plana”:
2 Influências das percepções da indústria do fitness sobre respostas
• Marketing
4 • Tradição (continuidade histórica)
• Observação Superficial – aparência (a decepção do movimento)
6 ▪ Assim como na “terra plana” … tem muito mais do que aquilo que
enxergamos!
8 • Sensação mal interpretada
▪ Sensação é muito útil, mas pode ser muito enganosa! Normalmente
10 devemos usar a sensação como um indicador genérico e não específico.
▪ Lembre-se: “a sensação e a realidade nem sempre são as mesmas coisas”
12 – Greg Rose, cofundador do Titlist Performance Institute
• Nossa tendência nata de apoiar aquilo que já acreditamos, continuidade
14 histórica e generalização que os outros são como nós (em termos de tolerância
e habilidade).
16 ▪ Muitas vezes, por nossa falta de raciocínio crítico, razão e exame honesto
sobre a nossa própria experiência pessoal.
18 Estes fatores normalmente levam a percepções erradas sobre exercício, que incluem:
• “Adaptação Percebida” (suposta) = a “mágica” que se torna a “expectativa
20 condicionada”.
• Alguns exercícios são exageradamente valorizados – glorificados sem
22 merecimento e este fato é potencializado por:
▪ Estimativa imprecisa e errada da habilidade do cliente.
24 ▪ Enganosamente entendido como algo “necessário”, como potência para um
idoso.
26 • Condenação injusta
▪ Vai diminuir a velocidade.
28 ▪ Vai causar tendinite.
▪ Vai destruir sua articulação.
30 Perspectivas: Não é um equipamento/ferramenta que fornece o resultado. Não é uma
prancha de equilíbrio que faz melhorar o equilíbrio. Um trabalho em um equipamento
32 elíptico não faz um trabalho melhor para o coração do que um leg press. Um haltere não
melhora a força (se apenas segurá-lo na mão enquanto caminha).
34 Não é o equipamento que faz alguma coisa. É o que você vai fazer com ele e como vai
utilizá-lo que tem o potencial de trazer resultado. O equipamento oferece a
36 oportunidade de experimentar um estímulo para o sistema NM (neuromuscular) e
sistema esquelético, baseado na física. O estímulo adequado aplicado às posições
38 apropriadamente controladas e movimentos por um período de tempo apropriado e
com um esforço adequado pode mover o ponteiro homeostático na direção desejada.
40 O esforço aleatório irá gerar resultados questionáveis!
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
3. Química
2 a. Conforme necessário para iniciar as mudanças no hardware.
b. Hormônios.
4 c. Dopamina.
6 4. Inflamação
O estresse influencia diretamente a regulação hormonal e certamente a resposta e
8 adaptação. É certo que existem respostas químicas causadas pelo exercício e é
interessante pensarmos que quando um médico diz que exercício é bom para ele,
10 não está olhando para o aprendizado motor, porque nenhuma melhora em uma
habilidade específica te deixa mais saudável.
12 Discussão:
• A distinção entre os fatores acima.
14 • "Adaptação Neural" = tecido nervoso vs. o que está sendo transmitido pelo
tecido nervoso.
16 • "Alterações iniciais são neurológicas"?
• Não! Elas são químicas… são as alterações químicas que iniciam as mudanças
18 microscópicas no tecido!
26 Considere agora que um indivíduo em um determinado dia, mês, ano ou estágio da vida
pode apresentar tolerâncias diferentes, flutuantes, melhores ou diminuídas para tal
28 estresse, então este é um limiar maleável, que é modificado constantemente.
Enquanto os estresses (aqueles que aplicamos sobre o corpo com a prescrição do
30 exercício) que esperamos nos adaptar positivamente estiverem abaixo do limiar, as
respostas podem/devem ser aquelas que foram desejadas/esperadas. Se um estresse
32 químico ou emocional (ou até o excesso de estresse físico considerado "bom") reduz o
limiar de tolerância, então o que pode ter sido positivo antes pode ter um impacto
34 negativo no progresso de hoje. Precisamos estar atentos aos sinais do limiar da
tolerância em cada sessão, exercício e repetição.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
8 Jamais poderemos deixar o conceito de exercício funcional ser licença para fazermos
qualquer coisa com o cliente-paciente e atualmente muitos exercícios estão parecendo
10 mais com malabarismo do que com exercício para otimização da função.
A classificação e nomenclatura do exercício funcional jamais deve desrespeitar as
12 regras da estrutura/corpo e as regras da força e da progressão. Na verdade, as regras
do corpo/estrutura e as regras da progressão e das forças é que devem
14 determinar o que é funcional.
Talvez uma melhor definição do exercício funcional, em vez de “exercícios que imitam”,
16 seja “todo exercício que melhora a tolerância ou o desempenho no trabalho, nas
atividades da vida diária ou no esporte”. Em primeiro lugar, este é o objetivo/finalidade
18 de um exercício funcional e permite tudo o que melhora de forma adequada a função
do “corpo” de um indivíduo.
20 Na verdade, se realmente desejarmos imitar o gesto esportivo, precisaremos ser
precisos na imitação de todo o cenário mecânico, envolvendo as forças e não somente
22 o movimento. E quando chegarmos à perfeição o chamaremos de “treino prático”,
porque estaremos no campo usando o mesmo aparelho usado no esporte!
24
A versão médica da definição de funcional no dicionário Webster College 4ª edição,
26 descreve a palavra funcional como aquilo que “afeta uma função de um órgão sem
alterações orgânicas ou estruturais aparentes”.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Resposta e Adaptação •
Somos ensinados que “exercício funcional” é importante por causa do padrão motor e
2 por causa do padrão de recrutamento, porém precisamos saber a diferença entre eles.
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