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Questão 3b)
Como já explicado, a quantidade relativa de cada tipo de fibra em um músculo pode variar de
acordo com o tipo de exercício realizado por uma pessoa ao longo de sua vida. Maratonistas e
corredores de tiro são extremos opostos quanto ao tipo de fibra que deve ser empregada em
suas modalidades, como apresentarei a seguir.
Maratonas envolvem corridas longas (42,195km) que são realizadas em no mínimo 2 horas. Isso
significa que um mesmo grupo de músculos responsáveis pela corrida será utilizado repetida e
constantemente, apesar de não requerer contrações intensas, por quantidades grandes de
tempo. As fibras brancas não conseguiriam sustentar esse tipo de atividade, pois apresentam
baixa resistência a fadiga e seu subproduto (ácido láctico) não é rapidamente excretado. Por isso,
maratonistas necessitam de fibras resistentes, energeticamente eficientes e que não tenham
impedimentos de funcionar após tempo prolongado. As fibras vermelhas (I), portanto, cumprem
muito bem esse papel e são majoritárias em músculos de maratonistas. Vale ressaltar, porém,
que a maioria dos (das) maratonistas usa fibras brancas (IIb) no fim da prova, quando os poucos
metros restantes podem ser cobertos mais velozmente por essas fibras, que apresentam um
desempenho mais rápido e podem garantir um tempo total menor.
Corridas de tiro como os 100m rasos apresentam outro caráter: tempos de menos de 20
segundos o uso de toda a potência disponível, sem “economizar” energia. Como já foi descrito,
as fibras brancas (IIb) podem atingir tensões musculares muito maiores do que as fibras
vermelhas (I), além de possuírem um mecanismo de contração significativamente mais rápido.
Essas características as fazem muito adequadas para os 100m rasos e são de fato encontradas
em maior abundância nos músculos de atletas como Usain Bolt e Florence Gryffith-Joyner.
Questões sobre seminários – foram escolhidas as questões dos grupos 2, 3 e 5.