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Farmácia

Componentes:Ana Cláudia Chagas de Paula


Hugo Garcia Tonioli Defendi
Karolina Nascimbeni Silva
Janaína Campos de Freitas
Luís Fernando Gourgel e Souza

Trabalho II – Neurofisiologia

1- Descreva os mecanismos geradores dos potenciais de repouso, graduados e de ação;


falando sobre as estruturas responsáveis por cada fenômeno, força propulsora e de
onde eles ocorrem. Represente graficamente o potencial de ação destacando suas
diferentes fases.
TA FALTANDO

2- Diferencie a propagação do potencial de ação em neurônios mielínicos e


amielínicos.
Nos neurônios amielínicos a corrente flui da região ativada, ao longo do comprimento
da fibra nervosa e diminui durante este trajeto, devido ao vazamento da corrente entre a
célula e o exterior.Normalmente constituem as fibras motoras que se dirigem aos órgãos
internos, conduzindo o estímulo a velocidades muito baixas.
Nos neurônios mielínicos existe um isolamento contra esse vazamento de corrente,
dado pelas células de sustentação do sistema nervoso, células da glia, denominadas células
de Schwan ou oligodentrócitos dependendo de sua localização no sistema nervoso.Essas
células formam as bainhas de mielina, que é composta por muitas camadas celulares
fosfolipídicas. Essas bainhas são interrompidas periodicamente ao longo do axônio para
formar nodos de Ranvier e a membrana do axônio não possui canais voltagem
dependentes nos trechos revestidos por mielina, só existindo nos nódulos de
Ranvier.Devido ao isolamento a maior parte dessa corrente flui pelo axônio, com apenas
um vazamento mínimo pela mielina, sendo a corrente conservada. Como a corrente de
influxo passa de nodo a nodo, o potencial de ação é transmitido em uma só direção e
parece saltar de um nodo a outro, sendo denominada condução saltatória. As
conseqüências são uma maior velocidade e economia de espaço. A mielinização é usada
de modo seletivo, nas vias onde a velocidade é essencial, incluindo as vias sensoriais dos
receptores sensíveis a pressão na pele e as fibras nervosas motoras que vão para os
músculos esqueléticos de braços e pernas.

3- Descreva o mecanismo de transmissão sináptica elétrica e química, e explique o


que são PPSE e PPSI.
As sinapses elétricas são locais onde junções abertas formam conexões elétricas
diretas entre as células, de modo que a chegada de um potencial de ação à sinapse resulta
em fluxo de corrente despolarizante entre elas. Esse tipo de sinapse permite a
transferência de informação nas duas direções, através da sinapse.
Na sinapse química existe estreita fenda sináptica entre as duas células , que não
permite que a corrente flua, em vez disso, são liberados neurotransmissores pela célula
pré-sináptica e que modifica a atividade elétrica da célula pós-sináptica.
Os potenciais pós-sinápticos são divididos em duas classes de acordo com seus efeitos
sobre a atividade da célula pós sináptica. Os potenciais pós sinápticos excitatórios (PPSE)
são potenciais despolarizantes que aumentam a probabilidade de que a célula pós-
sináptica produza um potencial de ação e resultam no aumento da permeabilidade da
membrana da célula pós-sináptica ao Na+ e K+.
Os potenciais pós sinápticos inibitórios (PPSI) reduzem a probabilidade de que a
célula pós-sináptica produza um potencial de ação, pelo aumento da permeabilidade ao K+
ou ao Cl-, ou por ambos. O aumento da permeabilidade ao K+ resulta em potencial pós
sináptico hiperpolarizante, visto que o potencial de equilíbrio do K+ é sempre mais interior
negativo que o potencial de repouso. Se uma célula fica hiperpolarizada seu limiar
aumenta, inibindo potenciais de ação. Já como o Cl- geralmente está em equilíbrio
eletroquímico entre as duas faces da membrana da célula neuronal e que para impedir os
potenciais de ação, é necessário, apenas que seja bloqueada a despolarização do cone
axônico até seu valor limiar. O aumento da permeabilidade ao Cl- estabiliza o potencial de
membrana ao nível de potencial de equilíbrio do Cl-, que é também, o valor do potencial
de repouso, o que se opõe a despolarização (inibição silenciosa).

4- Fale sobre as divisões do sistema nervoso. Descreva pelo menos 3 diferenças entre
os sistemas simpático e parassimpático.

TA FALTANDO

5- Descreva o processo de acoplamento excitação-contração do músculo esquelético,


desde a liberação do neurotransmissor na placa motora até a liberação de cálcio
no retículo e, em seguida descreva o ciclo das pontes cruzadas.
Acoplamento excitação –contração: um impulso nervoso eferente, originário no
sistema nervoso central, chega as terminações nervosas nas fibras musculares, as junções
mioneurais ou placas motoras. A transmissão de estímulos da placa motoras para a fibra
muscular é efetuada por meio da liberação de um neurotransmissor, a chegada de um
potencial de ação na terminação nervosa, estimula a liberação do neurotransmissor na
fenda sináptica, ligando-se a receptores específicos na membrana da fibra muscular. O
complexo neurotransmissor-receptor ativa canais de sódio , potássio e cloreto, resultando
na despolarização da membrana da fibra. O potencial gerado na placa motora é
denominado potencial de placa motora, que difere do potencial de ação por não tratar de
uma resposta tudo ou nada, sua amplitude diminuir com a distância e apresenta somação.
Quando muitos potenciais de placa motora se somam para que possam atingir o limiar, o
potencial de ação é disparado e conduzido até o interior da fibra pelos túbulos T, onde
estão os receptores de diidropiridina sensíveis a voltagem que sofrem mudança
conformacional, e por estarem mecanicamente ligados aos receptores de rianodina,
situados no retículo sarcoplasmático, altera a conformação destes , permitindo que o
cálcio flua para fora do retículo por diferença de concentração . O cálcio livre no
sarcoplasma se liga a troponina, induzindo uma mudança de sua conformação, causando o
deslocamento da tropomiosina, eliminando o bloqueio estrutural da actina G .
Ciclo das pontes cruzadas ,quando o cálcio se liga a troponina , desbloqueando o sítio
de ligação da miosina na actina, o filamento de miosina pode então se ligar na actina, essa
ligação aumenta a velocidade de hidrólise do ATP em ADP e Pi com liberação de energia.
A cabeça de miosina combinada com o ATP provoca a angulação da cabeça de miosina
em direção a linha Z. Ao se ligar a actina, a hidrólise do ATP em ADP e Pi é favorecida
liberando energia, como já foi explicado,dessa forma o movimento da cabeça de miosina
arrasta o filamento de actina em direção ao centro do sarcômero eliminando o ADP e o Pi.
Enquanto outra molécula de ATP não se ligar com a cabeça de miosina, esta permanece
ligada à actina, sendo denominado o complexo do rigor.Quando a outra molécula de ATP
se ligar a cabeça de miosina, o ciclo reinicia.
6- O que são unidades motoras? Fale sobre o princípio do tamanho e como ele
influencia a intensidade da força produzida pelo músculo.
Unidade motora é o conjunto de fibras musculares inervadas por todos os ramos do
axônio de um só neurônio motor. Dessa forma toda vez que o neurônio motor produz um
potencial de ação, todas as fibras musculares se contraem juntas, sendo a unidade motora
o menor elemento funcional do músculo esquelético. A força de contração de um músculo
depende do número e tamanho das unidades motoras ativadas (recrutadas) por estímulos
sinápticos excitatórios; e pela freqüência de potencial de ação nos axônios que servem a
cada unidade motora ativa.
A força total exercida por um músculo esquelético pode ser regulada pela ativação
seletiva de suas unidades motoras. As unidades motoras ativadas a baixos níveis de
esforço são as que contêm menor número de fibras musculares, sendo os incrementos
iniciais a força total pequenos. Sendo necessária maior força muscular são recrutadas as
unidades motoras cada vez maiores. O recrutamento de unidades motoras por ordem
crescente de tamanho, leva a aumentos uniformes da força. O princípio do tamanho para
o recrutamento baseia-se no fato de que os neurônios motores espinhais têm corpos
celulares de tamanhos diferentes. As pequenas unidades motoras são inervadas por
neurônios motores medulares com corpo celular correspondente maior. Os estímulos
sinápticos despolarizam mais facilmente um neurônio pequeno até seu limiar que um
neurônio grande, porque devido à maior área de superfície existente na região integradora
das células maiores, um grau de despolarização proporcionado por evento excitatório
sináptico vai despolarizar mais efetivamente a região do axônio de neurônio pequeno que
grande. O recrutamento segundo o tamanho é observado nas contrações tanto reflexas
como voluntárias de um músculo. Exceção nos padrões motores aprendidos, que podem
recrutar mais precocemente as unidades motoras maiores, favorecendo um velocidade de
encurtamento mais elevada.

7- O que mecanismos reflexos? O que são e para que servem os fusos musculares e
os órgãos tendinosos de golgi? Descreva o reflexo extensor e o reflexo de retirada.
Mecanismos reflexos são tipos particulares de estímulos somatossensoriais que podem
elucidar respostas rápidas através de conexões neurais localizadas dentro da medula
espinhal, consistindo o nível mais simples de integração motora.Os reflexos medulares
são sistemas de feedback negativo.
Os fusos musculares são receptores de estiramento, espalhados por todos os músculos,
constituídos de feixe de fibras musculares modificadas, as fibras intrafusais , a que estão
presas várias terminações nervosas sensoriais. As terminações nervosas e as fibras
intrafusais estão envolvidas por uma cápsula. As fibras musculares que constituem, de
longe, a maior parte da massa de músculo e são responsáveis pela geração de toda a força
são denominadas fibras extrafusais. As fibras intrafusais do músculo são demasiadas
fracas para desenvolver força suficiente para mover as partes do corpo, suas contrações
regulam a sensibilidade dos fusos musculares. A parte receptora do fuso muscular fica em
sua região central, onde não existem elementos contráteis. São estimuladas pela distensão
dessa parte média do fuso, podendo este estímulo ocorrer pelo alongamento de todo o
músculo, que distenderá a parte média do fuso, e portanto, excitando o receptor, e mesmo
que toda a extensão do músculo não se altere, a contração das partes terminais das fibras
intrafusais também podem distender as partes médias das fibras, excitando o receptor.Os
fusos musculares são receptores de estiramento e fornecem ao sistema nervoso central
informações a respeito do comprimento (e variação do comprimento) dos músculos.
Os órgãos tendinosos de golgi são receptores sensoriais encapsulados pelo qual passa
um pequeno feixe de fibras do tendão do músculo.Esses órgãos tendinosos de golgi são
sensíveis a pequenas alterações da tensão e ficam ativos durante as contrações
musculares , bem como durante um estiramento imposto. Os órgãos tendinosos de golgi
detectam as alterações da tensão de um tendão,monitorando, portanto, a força exercida por
seu músculo.Esses receptores são inibidores por natureza, quando estimulados inibem os
músculos agonistas e excitam os antagonistas; podendo proporcionar proteção contra
sobrecargas, relaxando os músculos que apresentam nível perigoso de tensão.
Reflexo extensor também conhecido como reflexo patelar ou miotático, é provocado
pelo estiramento dos fusos musculares que estimulam a deflagração de potenciais de ação
em seu neurônio sensitivo aferente, cujos impulsos são conduzidos até o corno posterior
da medula espinha, onde os botões terminais fazem sinapse com o neurônio motor que
inerva as fibras musculares extrafusais do mesmo músculo, com seus impulsos eferentes
partindo do corno anterior da medula, chegando até a junção neuromuscular, provocando
a contração do músculo que foi estirado.
Reflexo de retirada , neste reflexo, os aferentes nociceptivos cutâneos fazem sinapse
com interneurônios medulares, alguns dos quais retransmitem informações que são
interpretadas pelo cérebro como dor. Na região ipsilateral na medula espinhal eles excitam
imediatamente os músculos flexores do membro estimulado e inibem os
extensores.Ramos aferentes nociceptivos cutâneos também cruzam a medula espinhal,
para excitar os músculos extensores e inibir os flexores, o efeito é a extensão cruzada, ou
seja, retezamento ou extensão do membro oposto. A significação da extensão cruzada
baseia-se no fato de que quando um membro que está sustentando o corpo tem que ser
subitamente fletido, o peso anteriormente suportado pelo membro fletido é transferido
para o membro oposto. As conexões medulares promovem, assim, simultaneamente, a
flexão do membro lesado e a preparação dos músculos do membro oposto para sustentar
mais peso, tudo isso sem a participação do cérebro.

Referências bibliográficas
GONÇALVES, ALLAN C.Bases Anatomo-Fisiológicas do Controle Neural Sobre a
Musculatura Estriada Esquelética: Coordenação Motora, Engramas e Respostas do
Mecanismo ao treinamento. Monografia. Universidade Federal de Viçosa – 2003.
SCHAUF, CHARLES L. MOFFET,DAVID F. MOFET, STACIA B. Fisiologia
Humana. 1º ed Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 1993

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