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Que tal aplicarmos o conhecimento adquirido até aqui com um exemplo bem prático de como
ocorre a integração do sistema nervoso com o sistema músculo esquelético?
Sabemos que os nossos movimentos podem ser tanto voluntários, quanto consequentes,
inclusive às nossa emoções, não é mesmo? Então, vamos entender alguns conceitos básicos:
Se ainda não ficou claro, na VÍDEOAULA de hoje vou explicar o passo a passo de como
esta sinapse que acontece na junção neuromuscular culmina com a contração dos nossos
músculos esqueléticos! Vamos lá?
VIDEO AULA
PERGUNTINHA BÁSICA
VESÍCULAS SINÁPTICAS
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
• Há uma forte carga negativa normal no lado interno da membrana celular e isso faz
com que as comportas externas dos canais rápidos de sódio (Na+) permaneçam
normalmente fechadas até que o influxo de Na+ através dos canais lentos ultrapasse
um limiar.
Quando ultrapassa o limiar, as comportas dos canais rápidos de Na+ se abrem deixando que
íons Na+ passem rapidamente para o lado interno fazendo com que ocorra a inversão das
cargas elétricas (o potencial de ação acontece quando despolariza, ou seja, quando
as cargas se invertem).
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
• A abertura das comportas do canal de Na+ dá início a potenciais de ação nas fibras
musculares, o que vai culminar com a contração muscular.
• É bem mais lenta do que de Na+ e só acontece no momento em que os canais de Na+
estão começando a se fechar. Isso acelera a repolarização.
Além das células pré-sinápticas se comunicarem com as pós sinápticas através da liberação
de neurotransmissores, muitas células pós-sinápticas se comunicam com seus neurônios pré-
sinápticos enviando neuromoduladores que se ligam a receptores pré- sinápticos!
Tudo vai depender da função que cada neurônio exerce dentro da enorme rede do sistema
nervoso!
Olha que interessante: a plasticidade sináptica é a habilidade do sistema nervoso de mudar a
atividade nas sinapses. A plasticidade de curta duração pode aumentar a atividade na sinapse
(facilitação) ou reduzi-la (depressão). Entretanto, tanto a facilitação, quanto a
inibição são de duração limitada. Mas... se a atividade sináptica persistir por períodos
maiores, os neurônios podem se adaptar por meio da Potenciação de longa duração (LTP) ou
da Depressão de longa duração (LTD). Estes são processos nos quais a atividade em uma
sinapse ocasiona mudanças permanentes na qualidade ou na quantidade de conexões
sinápticas.
• Os neurônios de Purkinje possuem dendritos altamente ramificados para que eles possam
receber informação de vários neurônios.
• Desta forma, os impulsos nervosos são reduzidos para poder regular e coordenar os
movimentos motores.
PLASTICIDADE SINÁPTICA E RESPOSTAS PÓS
• No encéfalo, existem algumas sinapses em que as células de ambos os lados da fenda
sináptica liberam neurotransmissores que agem na célula oposta. Vamos pensar na situação
um para um. Eu tenho um neurônio pré sináptico e um neurônio pós sináptico e entre eles
eu tenho a fenda sináptica, há situações em que ambos os lados da fenda sináptica liberam
os neurotransmissores que agem na célula oposta, ou seja, tanto os neurônios pré sinápticos
pode liberar neurotransmissor quanto o que está no pós sináptico.
• Muitas células pós-sinápticas se comunicam com seus neurônios pré-sinápticos enviando
neuromoduladores que se ligam a receptores pré-sinápticos.
• Plasticidade sináptica: é habilidade do SN de mudar a atividade nas sinapses. A plasticidade
de curta duração pode aumentar a atividade na sinapse (facilitação) ou reduzi-la (depressão).
As repostas pós-sinápticas podem ser tanto rápidas como também podem ser lentas.
Então eu tenho situações que os neurotransmissores geram potenciais sinápticos rápidos e
curta duração quanto tenho também situações que os neuromoduladores geram potenciais
sinápticos que vão ser lentos e vão atuar ao longo prazo.
INTEGRAÇÃO SINÁPTICA – SOMAÇÃO TEMPORAL
Somação temporal: quando eu tenho potenciais de ação que são aquelas despolarizações que
vem no decorrer do axônio, quando duas acontecem em intervalo curto de tempo eu posso
ter duas situações diferentes:
1 – Sem somação – é quando os potenciais graduados, estímulos vieram (x1 e x2) se tornaram
um estímulo graduado que chegaram aqui com uma diferença no tempo, houve uma
diferença entre os dois, não chegaram com uma proximidade, um aconteceu, veio o estímulo
elétrico e foi pequeno, não alcançou o limiar para desencadear uma ação no neurônio
(potencial de ação) e depois de um tempo aconteceu o outro.
2 – Somação causando um potencial de ação: Quando esses estímulos (x1 e x2) chegam aqui
(figura acima onde os dois x estão) eles têm um intervalo de tempo menor entre eles, eles
conseguem fazer o que chamamos de somação e vão causar o potencial de ação, são capazes
de atingir o limiar e desencadear o meu potencial de ação.
POTENCIAL DE AÇÃO: é aquele estímulo elétrico que já atingiu os axônios e está passando
para atingir a célula alvo.
INTEGRAÇÃO SINÁPTICA – SOMAÇÃO ESPACIAL
PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabia que em determinadas situações os nossos axônios podem se regenerar
semelhantemente à regeneração que ocorre com rabos de lagartixas?
As respostas dos neurônios maduros às lesões são similares em muitos aspectos ao
crescimento dos neurônios durante o desenvolvimento. Ambos dependem da combinação
de sinais químicos e elétricos.
• Se todo o corpo celular morrer, todo o neurônio morre.
• Se o corpo celular estiver intacto e apenas o axônio foi rompido, tanto o corpo celular
quanto o segmento axonal ligado a ele sobrevivem (o restante se degenera mas aquela
parte vai conseguir sobreviver).
O coto proximal pode voltar a crescer através da bainha existente de células de schwann e
reformar a sinapse com seu alvo adequado.
CONSEQUÊNCIAS DE LESÕES NEURONAIS
• A perda da mielina pode ter efeitos devastadores na sinalização neural, pois, retarda a
condução dos potenciais de ação, porque a bainha de mielina tem a função saltatória, que é
muito mais veloz. Com a perda dela, retarda os potenciais de ação.
• Além disso, quando a corrente extravasa pelas regiões da membrana que agora estão sem
isolamento, entre os nódulos de Ranvier repletos de canais de Na, a despolarização que
chega ao nódulo talvez não esteja mais acima do limiar, e a condução pode falhar.
• Algumas drogas que utilizamos para tratar distúrbios, como esquizofrenia, depressão,
ansiedade e epilepsia, agem influenciando eventos na sinapse.