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Contração muscular
Aqui será demonstrada a teoria dos filamentos deslizantes, uma série de hipóteses é
admitida para explicar como os filamentos deslizantes desenvolvem tensão e encurta-se, uma
delas é a seguinte:
A maior e mais frequente fonte de força gerada dentro do corpo humano é pela contração
dos músculos. Forças passivas adicionais ocorrem pela tensão das fáscias, ligamentos e
estruturas não contráteis dos músculos.
Normalmente, os músculos nunca se contraem isoladamente, porque isto produziria um
movimento não funcional estereotipado. Por exemplo, a contração isolada do bíceps do braço
produziria flexão no cotovelo, supinação do antebraço e flexão do ombro. Em vez disso,
diversos músculos em uma refinada combinação de forças contribuem para produzir a força
desejada e o resultante movimento ou composição dos segmentos.
1) Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas terminações nas
fibras musculares;
2) Em cada terminação, o nervo secreta uma pequena quantidade de substância
neurotransmissora, a acetilcolina;
3) Essa acetilcolina atua sobre uma área localizada na membrana da fibra muscular,
abrindo numerosos canais acetilcolina-dependentes dentro de moléculas proteicas na
membrana da fibra muscular;
4) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio flua para
dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural. Isso desencadeia potencial de
ação na fibra muscular;
5) O potencial de ação cursa ao longo da membrana da fibra muscular da mesma forma
como o potencial de ação cursa pelas membranas neurais;
6) O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também passa para
profundidade da fibra muscular, onde o faz com que o retículo sarcoplasmático libere para as
miofibrilas grande quantidade de íons cálcio, que estavam armazenados no interior do retículo
sarcoplasmático;
7) Os íons cálcio provocam grandes forças atrativas entre os filamentos de actina e
miosina, fazendo com que eles deslizem entre si, o que constitui o processo contrátil;
8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo
sarcoplasmático, onde permanecem armazenados até que um novo potencial de ação chegue;
essa remoção dos íons cálcio da vizinhança das miofibrilas põe fim à contração.
Eletroencefalograma
Eletroencefalograma... Nome estranho que mais parece um insulto. Mas na verdade
refere-se aquele exame dos fios que são colocados na superfície da cabeça enquanto você
permanece deitado. É um exame muito comum, e bastante solicitado nos consultórios
neurológicos. Mas você sabe para quê que ele serve?
Antes de começarmos, vamos falar um pouco sobre eletricidade cerebral. Suas células
nervosas, os neurônios, transmitem e recebem informações umas das outras através de
impulsos elétricos. Esses impulsos são produzidos pela movimentação de átomos de sódio,
potássio e cálcio para dentro e para fora da célula. E é essa eletricidade que é captada pelo
eletroencefalograma.
Eles possuem um núcleo, onde está o centro, o DNA propriamente dito, e extensões
chamadas de axônios e dendritos. Estes prolongamentos são revestidos por uma bainha de
mielina e pela membrana plasmática do neurônio. Nestas membranas estão canais, que são
passagens que ligam o ambiente fora da célula com o dentro da célula. É por esses canais que
passam os íons (sódio, potássio, cálcio, cloro) que produzem a energia elétrica. Veja uma
membrana com canais abaixo:
Polarização Cardíaca
O músculo cardíaco em repouso conserva íons + do lado externo e íons - do lado interno
da membrana celular Õ Polarização
Despolarização Cardíaca
Inversão da distribuição de íons espontânea ou por estímulo elétrico externo
Despolarização
Começa no nódulo sinoatrial > nódulo atrioventricular > Feixe de His > Fibras de Purkinje
Eletrocardiografo
Galvanômetro que registra variações de voltagem, usualmente numa fita de papel. Foi
criado por Wilhelm Einthoven em 1906 (Prêmio Nobel)
Corrente de ação do coração – Representadsa por 1 vetor (direção sentido e intensidade)
Eletrocardiograma Normal
(Variação da voltagem/tempo).
O papel de registro é padronizado quadriculado em linhas de 1 mm
Onda P – Despolarização Atrial
Intervalo P-R – Intervalo de Tempo, começo da despolarização atrial até começo da
despolarização ventricular
Complexo Ventricular QRS – Despolarização dos Ventrículos
Onda Q – Despolarização Septal (Deflexão P/A Baixo)
Onda R – Despolarização Ventricular (Deflexão P/A Cima)
Onda S – 1ª Deflexão Negativa seguinte a onda R. Despolarização da região basal
posterior do ventrículo E.
Onda T – Repolarização dos Ventrículos.
Segmento S-T – Período de inatividade elétrica depois do miocardio estar despolarizado.
Onda U – Segue a onda T originada pelos potenciais tardios do início da diástole.
Intervalo Q-T – Tempo necessário para despolarização e repolarização dos ventrículos.
Derivações
03 tipos de derivações
Derivações dos Membros (Bipolares)
Derivações dos Membros Aumentadas (Unipolares)
Derivações Pré Cordiais (Unipolares)
V1 – 4º espaço intercostal D (do esterno)
V2 – 4 º espaço intercostal E. (do esterno)
V4 – 5 º espaço intercostal E (linha média clavicular)
V3 – Linha Média entre V1 e V4
V5 – Linha Axilar Nível de V4
V6 – Linha Axilar Nível de V4
Biofísica da audição e da visão
As informações do mundo exterior são captadas e transmitidas ao cérebro através dos
órgãos dos sentidos. Nos primatas, os receptores e as vias nervosas permitem a detecção e
análise dos sinais sonoros, a audição; luminosos, a visão; e químicos, a gustação e olfação;
ambos situados na cabeça. Além dessas informações, os sensores situados nos canais
semicirculares do ouvido interno ajudam a manutenção da postura e participam na definição do
equilíbrio do corpo.
Grande parte das informações que o ser humano recebe são transmitidas por ondas
sonoras. Elas geralmente, provém do ambiente que nos cerca e são originadas em diversas
fontes sonoras. O sistema auditivo dos animais permite a captação dessas ondas e o
reconhecimento do conteúdo de informações que possuem.
Na antiguidade, alguns filósofos acreditavam que a luz era composta de minúsculas
partículas que se alinhavam em linha reta e que possuíam uma velocidade muito grande. A
primeira pessoa a contrariar essa idéia foi Leonardo da Vinci, em meados do ano 1500d.C.
Leonardo da Vinci comparou o fenômeno do eco, que é de característica ondulatória, com
fenômenos da reflexão da luz. Devido à grande semelhança entre esses fenômenos, ele
levantou a hipótese de que a luz seria uma onda e não um conjunto de partículas.
Esta pesquisa tem por objetivos, investigar, a partir da pesquisa bibliográfica, e informar
aos profissionais da área de saúde, sobre alguns aspectos da complexa biofísica da visão e
audição, a fim de mostrar a importância destas funções para o indivíduo.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratória, apresentando como método
de abordagem o dedutivo, e como técnica de pesquisa a documentação indireta.
MOVIMENTOS ONDULATÓRIOS
Os fenômenos ondulatórios transmitem energia através da matéria. As partículas
materiais apenas giram ou oscilam para frente e para trás, ou para cima e para baixo,
transmitindo energia de uma partícula a outra. Efetivamente, quando batemos numa mesa, as
ondas sonoras viajam através dela, mas a mesa propriamente dita não se movimenta.
Existem três tipos fundamentais de movimentos ondulatórios, longitudinais e transversais.
Nas ondas longitudinais, tal como nas ondas sonoras, as partículas movimentam-se para
frente e para trás na mesma direção da propagação da energia, tal como uma mola,
alternadamente distendida e comprimida. A energia pode ser transmitida em todos os estados
da matéria (sólido, líquido e gasoso) através do movimento longitudinal das partículas.
Nas ondas transversais a energia viaja na perpendicular na direção de vibração das
partículas. Este tipo de movimento transmite-se apenas nos sólidos.
Uma onda nada mais é do que uma perturbação que se propaga num meio. Por exemplo,
se duas pessoas segurarem as extremidades de uma corda e uma delas a sacudir, será
originada uma sinuosidade que se movimenta ao longo da corda no sentido da outra pessoa. A
pessoa provocou uma modificação na corda, e como esta tende a retornar à sua posição inicial,
a perturbação afasta do ponto onde foi originada. A esta perturbação dá-se o nome de pulso e
a este movimento de onda. Uma onda transfere energia de um ponto a outro sem o transporte
de matéria entre esses pontos. As ondas podem ser classificadas em unidimensionais (quando
elas se propagam em apenas uma direção, como no exemplo da corda), bidimensionais
(quando as ondas de propagam ao longo de um plano, como por exemplo uma pedra lançada
sobre a superfície de um lago) e tridimensionais (quando se propagam em todas as direções.
As ondas sonoras no ar atmosférico são exemplo disso).
As ondas apresentam duas classificações quanto à sua natureza, podem ser mecânicas
ou eletromagnéticas.
A acústica é o ramo da física que estuda todos os fenômenos físicos que estão ligados à
geração, propagação e detecção de ondas mecânicas que se encontram em uma determinada
faixa audível de frequência, denominando-se ondas sonoras. Geralmente encontramos as
ondas sonoras se propagando em meios gasosos e líquidos sob a forma longitudinal, no
entanto ela pode se propagar transversalmente em meios onde seja alta a coesão molecular,
como ocorre em sólidos. As ondas mecânicas não se propagam no vácuo. A faixa de
frequência citada anteriormente está localizada entre 20Hz e 20000Hz, e é apenas dentro
desta faixa de frequência que as terminações nervosas no interior de nossos ouvidos entram
em ressonância e transmitem através de pequenos pulsos elétricos a sensação sonora ao
nosso cérebro.
Existem, no entanto outros animais cuja percepção sonora é mais aguçada do que no ser
humano, como por exemplo gatos, animais que conseguem perceber sons de até 50000Hz, ou
então os morcegos, cuja capacidade auditiva se estende até cerca de 120000Hz. O som é uma
sensação que pode nos proporcionar prazer ou então dor e outros sentimentos. No caso da
música, dependendo da forma em que ela é apresentada, ela pode causar no ouvinte uma
sensação relaxante, tensão, ou então dor. Estes fenômenos associados à música têm sido
estudados por grandes compositores de nossa sociedade, os quais conseguiram resultados
impressionantes ao tentar passar aos ouvintes um determinado sentimento.
No oriente o estudo relacionado à música é ainda mais aprofundado, e principalmente na
Índia, a utilização de microtons, que são tons musicais intermediários entre os tons normais de
uma escala musical ocidental, proporcionam ao ouvinte sensações variadas, sendo inclusive
utilizadas com fins terapêuticos. Sons como o heavy metal e outros estilos musicais de rock
pesado, por serem geralmente tocados em volumes elevados, proporcionam a dilatação das
pupilas e a contínua injeção de adrenalina no corpo do ouvinte. A acústica estuda também os
níveis de intensidade sonora, que estão relacionados à energia transmitida pelas ondas
sonoras. Aparece aqui a noção de Decibel, que é a unidade de intensidade sonora. Os físicos
que estudam acústica, também têm muito trabalho no desenvolvimento de salas para concertos
musicais, salas as quais requerem determinadas matérias e uma geometria de proporções
exatas para permitir o alcance sonoro em todos os pontos do teatro e permitir também o
mínimo de reverberação na sala. Existem também projetos destinados a diminuir ruídos de
grandes máquinas, permitindo então a aproximação dos trabalhadores sem riscos de danos à
audição. A acústica também estuda os infra-sons, que são ondas cujas frequências são
inferiores a 20Hz, e os ultra-sons, de frequência superior a 20000Hz. Os infra-sons estão
geralmente ligados a maremotos, terremotos e avalanches assim como estão ligados a enjôos
provocados de veículos automotores. Os ultra-sons são também largamente utilizados pelos
humanos hoje em dia, seja através de aplicações médicas (ultra-sonografia e
terapeuticamente), aplicações na indústria (limpeza de peças e localização de cardumes), ou
mesmo apitos para cães.
Esse tipo de onda é originado através de cargas elétricas oscilantes e não precisam de
um meio material para serem propagadas. As ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo,
o exemplo mais claro disso é a luz do Sol, que percorre quilômetros de vácuo até atingir a
superfície da Terra.
Quando uma corda segurada por duas pessoas nas extremidades. A pessoa na
extremidade da esquerda levanta e abaixa a corda rapidamente. Forma-se, então, um pulso de
onda. Outros exemplos que podem ser citados é qualquer outro tipo de luz, os raios x e as
ondas para comunicação entre avião e torre de comando, ou então transmissões de rádio e TV.
A interferência é o fenômeno resultante da superposição de duas ou mais ondas.
ANATOMIA MORFOFUNCIONAL
APARELHO AUDITIVO
O ouvido consiste em 3 partes básicas - o ouvido externo, o ouvido médio, e o ouvido
interno. Cada parte serve para uma função específica para interpretar o som. O ouvido externo
serve para coletar o som e o levar por um canal ao ouvido médio. O ouvido médio serve para
transformar a energia de uma onda sonora em vibrações internas da estrutura óssea do ouvido
médio e finalmente transformar estas vibrações em uma onda de compressão ao ouvido
interno. O ouvido interno serve para transformar a energia da onda de compressão dentro de
um fluido em impulsos nervosos que podem ser transmitidos ao cérebro. As três partes do
ouvido podem ser vistas abaixo.
OLHO
Meios transparentes:
Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no seu contorno e
de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas glândulas
lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no canto interno do
olho.
Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino, preenchendo a
câmara anterior do olho.
Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente. Situa-se atrás da
pupila e é orienta a passagem da luz até a retina. Também divide o interior do olho em dois
compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes: a câmara anterior, preenchida pelo
humor aquoso e a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo. Pode ficar mais delgado ou
mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode torná-lo mais delgado ou mais curvo.
Essas mudanças de forma ocorrem para desviar os raios luminosos na direção da mancha
amarela. O cristalino fica mais espesso para a visão de objetos próximos e, mais delgado para
a visão de objetos mais distantes, permitindo que nossos olhos ajustem o foco para diferentes
distâncias visuais. A essa propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação visual. Com
o envelhecimento, o cristalino pode perder as transparências normais, tornando-se opaco, ao
que chamamos catarata.
Humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a retina,
preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular esférico.
O globo ocular apresenta, ainda, anexos: as pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou
supercílios, as glândulas lacrimais e os músculos oculares. As pálpebras são duas dobras de
pele revestidas internamente por uma membrana chamada conjuntiva. Servem para proteger
os olhos e espalhar sobre eles o líquido que conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas
impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que
o suor da testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse
líquido, espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando choramos,
o excesso de líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao
exterior do nariz.
VISÃO
O globo ocular tem como receptor a íris e a pupila, que é uma estrutura contráctil no seu
diâmetro pupilar. A camada posterior da íris é responsável pela cor de cada olho humano. A íris
tem um papel especial nas seguintes funções: de controle da quantidade de luz; de diminuição
da aberração esférica e aberração cromática, quando a pupila é menor; do aumento da
profundidade de foco, com fechamento da pupila. A contração da pupila é conhecida como
miose e a dilatação como midríase.
A retina é a película fotossensível, onde os fótons que chegam interagem com os
receptores especiais, gerando impulso elétrico. A retina tem dois tipos de células
fotossensíveis: os cones destinados à visão fotópica (fóton e luz), isto é, de cores e detalhes; e
os bastonetes destinados à visão escotópica (scotos e mancha), isto é, a visão de claro e
escuro associada a pequenas quantidades de luz. Os cones e bastonetes podem ser vistos na
figura seguinte, onde são apresentados quatro bastonetes e um cone. A ponta das estruturas
que é a parte sensível à luz está mergulhada num epitélio de pigmento escuro, cuja função é
absorver o excesso de luz dentro da câmara preenchida pelo humor vítreo.
É interessante que os cones e bastonetes apontam para a direção oposta aos raios de
luz.
Existem cerca de 130 milhões de bastonetes e 7 milhões de cones, distribuídos em um
arco de aproximadamente 180 graus, no fundo do olho. Na fossa central não há bastonetes, e
nela se concentram de 30 mil a 40 mil cones mais delgados, e que são ligados diretamente ao
nervo óptico. Não se encontram cones e bastonetes, no local de saída do nervo óptico e vasos
sanguíneos, pois esse local corresponde ao ponto cego.
A retina é uma das estruturas mais aperfeiçoadas como transformador de energia, e sua
sensibilidade podem ser avaliados por duas situações:
1ª- medidas experimentais cuidadosas mostram que: quando 50 a 60 fótons incidem na
córnea, cerca de 80 a 90% são absorvidos, refletidos ou refratados, e apenas cerca de 10
fótons chegam à retina.
2ª- a energia de um fóton de luz verde azulada de 510 nm é 3,9 x 10 Joules e 5 fótons
representam 2 x 10 Joules.