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Disciplina: Biofísica

Prof.: Marcus Nery

Contração muscular
Aqui será demonstrada a teoria dos filamentos deslizantes, uma série de hipóteses é
admitida para explicar como os filamentos deslizantes desenvolvem tensão e encurta-se, uma
delas é a seguinte:

1) Com o sítio de ligação de ATP livre, a miosina se liga fortemente a actina;


2) Quando uma molécula de ATP se liga a miosina, a conformação da miosina e o sítio de
ligação se tornam instáveis liberando a actina;
3) Quando a miosina libera a actina, o ATP é parcialmente hidrolisado (transformando-se
em ADP) e a cabeça da miosina inclina-se para frente;
4) A religação com a actina provoca a liberação do ADP e a cabeça da miosina se altera
novamente voltando a posição de início, pronta para mais um ciclo.

Tipos de Contração Muscular

A maior e mais frequente fonte de força gerada dentro do corpo humano é pela contração
dos músculos. Forças passivas adicionais ocorrem pela tensão das fáscias, ligamentos e
estruturas não contráteis dos músculos.
Normalmente, os músculos nunca se contraem isoladamente, porque isto produziria um
movimento não funcional estereotipado. Por exemplo, a contração isolada do bíceps do braço
produziria flexão no cotovelo, supinação do antebraço e flexão do ombro. Em vez disso,
diversos músculos em uma refinada combinação de forças contribuem para produzir a força
desejada e o resultante movimento ou composição dos segmentos.

Fisiologia da contração muscular

A fisiologia explica os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem,


desenvolvimento e continuação de qualquer tipo de vida. Na fisiologia humana, é explicado as
características e mecanismos específicos do corpo humano, que o fazem ser um ser vivo. O
próprio fato de que permanecemos vivos está quase além do nosso controle, pois a fome nos
faz procurar alimento e o medo nos faz buscar refúgio. As sensações de frio nos fazem
procurar calor e outras forças nos impelem a procurar companhia e nos reproduzir. Assim, o
ser humano é, na verdade um autônomo e o fato de sermos organismos com sensações,
sentimentos e conhecimento é parte dessa sequência automática da vida; esses atributos
especiais nos permitem viver sob condições extremamente variadas que, de outra forma,
tornariam a vida impossível.
Agora será mostrada a fisiologia da contração muscular ocorre por várias etapas e, do
estímulo da contração muscular até a sua execução, as etapas são as seguintes:

1) Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas terminações nas
fibras musculares;
2) Em cada terminação, o nervo secreta uma pequena quantidade de substância
neurotransmissora, a acetilcolina;
3) Essa acetilcolina atua sobre uma área localizada na membrana da fibra muscular,
abrindo numerosos canais acetilcolina-dependentes dentro de moléculas proteicas na
membrana da fibra muscular;
4) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio flua para
dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural. Isso desencadeia potencial de
ação na fibra muscular;
5) O potencial de ação cursa ao longo da membrana da fibra muscular da mesma forma
como o potencial de ação cursa pelas membranas neurais;
6) O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também passa para
profundidade da fibra muscular, onde o faz com que o retículo sarcoplasmático libere para as
miofibrilas grande quantidade de íons cálcio, que estavam armazenados no interior do retículo
sarcoplasmático;
7) Os íons cálcio provocam grandes forças atrativas entre os filamentos de actina e
miosina, fazendo com que eles deslizem entre si, o que constitui o processo contrátil;
8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo
sarcoplasmático, onde permanecem armazenados até que um novo potencial de ação chegue;
essa remoção dos íons cálcio da vizinhança das miofibrilas põe fim à contração.

Eletroencefalograma
Eletroencefalograma... Nome estranho que mais parece um insulto. Mas na verdade
refere-se aquele exame dos fios que são colocados na superfície da cabeça enquanto você
permanece deitado. É um exame muito comum, e bastante solicitado nos consultórios
neurológicos. Mas você sabe para quê que ele serve?
Antes de começarmos, vamos falar um pouco sobre eletricidade cerebral. Suas células
nervosas, os neurônios, transmitem e recebem informações umas das outras através de
impulsos elétricos. Esses impulsos são produzidos pela movimentação de átomos de sódio,
potássio e cálcio para dentro e para fora da célula. E é essa eletricidade que é captada pelo
eletroencefalograma.
Eles possuem um núcleo, onde está o centro, o DNA propriamente dito, e extensões
chamadas de axônios e dendritos. Estes prolongamentos são revestidos por uma bainha de
mielina e pela membrana plasmática do neurônio. Nestas membranas estão canais, que são
passagens que ligam o ambiente fora da célula com o dentro da célula. É por esses canais que
passam os íons (sódio, potássio, cálcio, cloro) que produzem a energia elétrica. Veja uma
membrana com canais abaixo:

A membrana está em azul. Os canais em cinza. E os átomos de sódio em vermelho. Mas


esta eletricidade produzida pelos neurônios é muito pequena para ser captada na superfície da
cabeça, fora que há vários tecidos em cima do cérebro, como osso, gordura e pele, que servem
para diminuir ainda mais a capacidade de captar esta eletricidade superficialmente. Daí a
necessidade de um aparelho que, além de captar a eletricidade, amplifique esses sinais para
torná-los visíveis e poderem ser lidos. E o eletroencefalograma faz isso também.
Abaixo está uma página de um registro eletroencefalográfico, que você fica se
perguntando como o médico consegue ler, mas que não é difícil quando você é treinado para
isso. Um treinamento que dura 01 ano ou mais de estudos em eletroencefalograma. Por isso,
você tem que saber que um médico (geralmente neurologistas), para fazer e ler um
eletroencefalograma de forma correta tem de ter estudado pelo menos 01 ano integral em
algum serviço especializado em eletroencefalografia.
E para que serve o eletroencefalograma (que a partir de agora será chamado de EEG),
afinal de contas?
Basicamente, o EEG é usado nos diagnósticos de doenças que envolvem a eletricidade
cerebral, ou seja, doenças que alteram os impulsos elétricos cerebrais ou o modo como os
neurônios transmitem a informação entre eles. E algumas dessas doenças são:
1. Epilepsia e convulsões - É o motivo mais comum do uso do EEG. As convulsões e as
crises epilépticas alteram a eletricidade cerebral, por que uma crise epiléptica, envolve
desequilíbrio elétrico cerebral.
2. Doenças metabólicas - Confusão e alterações cerebrais causadas por doenças do
fígado e do rim, como insuficiência do rim e do fígado. O EEG pode auxiliar no diagnóstico
destas doenças.
3. Derrames - O EEG não é o exame de escolha no diagnóstico, mas pode mostrar
atividade cerebral mais lenta (lentificação dos ritmos de base, o que indica lesão cerebral) no
lado ou no local do derrame.
4. Encefalites - Infecções do cérebro, as encefalites podem ter seu diagnóstico facilitado
também pelo EEG, que podem inclusive auxiliar no diagnóstico da causa da encefalite (como
no caso das encefalites pelo vírus do herpes).
5. Coma - O EEG pode ser útil para diagnosticar o grau de um coma, por que comas mais
profundos demonstram alterações no EEG diferentes de comas mais superficiais.
6. Controle de sedação - Pacientes com doenças neurológicas severas como crises
epilépticas mais duradouras ou que não melhoram mesmo com vários tipos de tratamento
(status epilepticus) podem ser sedados com drogas mais fortes (pentobarbital, que é um
anestésico), e o diagnóstico da melhora ou não da doença pode ser feito com o EEG.
7. Tumores cerebrais e hematomas cerebrais subdurais (sangramentos cerebrais) podem
alterar o EEG. Não servem para o diagnóstico, por que hoje em dia temos a tomografia, e mais
recentemente a ressonância magnética que fazem o diagnóstico.
Eletrocardiograma
O coração deve se contrair a cada 0,8s em repouso e até três ou mais vezes por segundo
durante exercícios intensos. Mas como é feita a regulação para adaptar seu funcionamento às
necessidades do organismo?
O ritmo cardíaco é gerado pelo próprio coração, de forma que se pode manter um coração
isolado funcionando por horas in vitro, se lhe é fornecido um meio iônico com nutrientes e
oxigênio suficientes para seu metabolismo.
No coração de um mamífero, esse ritmo é gerado por células musculares modificadas de
uma região no átrio direito, chamada nodo sinusal. As células dessa região têm uma
particularidade: elas não possuem um potencial de repouso estável como as células da
musculatura ventricular. Após um PA, a repolarização leva o potencial transmembrana para
aproximadamente -60 mV (comparado com -90 mV das células ventriculares).
Ao contrário da célula ventricular, em que o potencial se mantém constante na diástole,
nas células do nodo sinusal ocorre uma lenta despolarização que, depois de algum tempo,
dispara um novo potencial de ação. Elas, portanto, são capazes de se auto-estimular, graças à
despolarização lenta que ocorre durante a diástole. Dizemos que o nodo sinusal é o marcapasso
do coração.
O trabalho cardíaco produz sinais elétricos que passam para os tecidos vizinhos e
chegam à pele. Assim, com a colocação de eletrodos no peito, podemos gravar as variações
de ondas elétricas emitidas pelas contrações do coração. O registro dessas ondas pode ser
feito numa tira de papel ou num monitor e é chamado de eletrocardiograma (ECG).
No coração normal, um ciclo completo é representado por ondas P, Q, R, S, T, com
duração total menor do que 0,8 segundos.

Polarização Cardíaca
O músculo cardíaco em repouso conserva íons + do lado externo e íons - do lado interno
da membrana celular Õ Polarização

Despolarização Cardíaca
Inversão da distribuição de íons espontânea ou por estímulo elétrico externo

Despolarização
Começa no nódulo sinoatrial > nódulo atrioventricular > Feixe de His > Fibras de Purkinje
Eletrocardiografo
Galvanômetro que registra variações de voltagem, usualmente numa fita de papel. Foi
criado por Wilhelm Einthoven em 1906 (Prêmio Nobel)
Corrente de ação do coração – Representadsa por 1 vetor (direção sentido e intensidade)

Eletrocardiograma Normal
(Variação da voltagem/tempo).
O papel de registro é padronizado quadriculado em linhas de 1 mm
Onda P – Despolarização Atrial
Intervalo P-R – Intervalo de Tempo, começo da despolarização atrial até começo da
despolarização ventricular
Complexo Ventricular QRS – Despolarização dos Ventrículos
Onda Q – Despolarização Septal (Deflexão P/A Baixo)
Onda R – Despolarização Ventricular (Deflexão P/A Cima)
Onda S – 1ª Deflexão Negativa seguinte a onda R. Despolarização da região basal
posterior do ventrículo E.
Onda T – Repolarização dos Ventrículos.
Segmento S-T – Período de inatividade elétrica depois do miocardio estar despolarizado.
Onda U – Segue a onda T originada pelos potenciais tardios do início da diástole.
Intervalo Q-T – Tempo necessário para despolarização e repolarização dos ventrículos.

Grandes Deflexões – letras maiúsculas


Pequenas Deflexões – letras minúsculas

Derivações

Captação dos potenciais elétricos da superfície corporal por 2 eletrodos, um conectado ao


pólo - (negativo) e outro ao pólo + (positivo) do eletrocardiógrafo.

03 tipos de derivações
Derivações dos Membros (Bipolares)
Derivações dos Membros Aumentadas (Unipolares)
Derivações Pré Cordiais (Unipolares)
V1 – 4º espaço intercostal D (do esterno)
V2 – 4 º espaço intercostal E. (do esterno)
V4 – 5 º espaço intercostal E (linha média clavicular)
V3 – Linha Média entre V1 e V4
V5 – Linha Axilar Nível de V4
V6 – Linha Axilar Nível de V4
Biofísica da audição e da visão
As informações do mundo exterior são captadas e transmitidas ao cérebro através dos
órgãos dos sentidos. Nos primatas, os receptores e as vias nervosas permitem a detecção e
análise dos sinais sonoros, a audição; luminosos, a visão; e químicos, a gustação e olfação;
ambos situados na cabeça. Além dessas informações, os sensores situados nos canais
semicirculares do ouvido interno ajudam a manutenção da postura e participam na definição do
equilíbrio do corpo.
Grande parte das informações que o ser humano recebe são transmitidas por ondas
sonoras. Elas geralmente, provém do ambiente que nos cerca e são originadas em diversas
fontes sonoras. O sistema auditivo dos animais permite a captação dessas ondas e o
reconhecimento do conteúdo de informações que possuem.
Na antiguidade, alguns filósofos acreditavam que a luz era composta de minúsculas
partículas que se alinhavam em linha reta e que possuíam uma velocidade muito grande. A
primeira pessoa a contrariar essa idéia foi Leonardo da Vinci, em meados do ano 1500d.C.
Leonardo da Vinci comparou o fenômeno do eco, que é de característica ondulatória, com
fenômenos da reflexão da luz. Devido à grande semelhança entre esses fenômenos, ele
levantou a hipótese de que a luz seria uma onda e não um conjunto de partículas.
Esta pesquisa tem por objetivos, investigar, a partir da pesquisa bibliográfica, e informar
aos profissionais da área de saúde, sobre alguns aspectos da complexa biofísica da visão e
audição, a fim de mostrar a importância destas funções para o indivíduo.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratória, apresentando como método
de abordagem o dedutivo, e como técnica de pesquisa a documentação indireta.

MOVIMENTOS ONDULATÓRIOS
Os fenômenos ondulatórios transmitem energia através da matéria. As partículas
materiais apenas giram ou oscilam para frente e para trás, ou para cima e para baixo,
transmitindo energia de uma partícula a outra. Efetivamente, quando batemos numa mesa, as
ondas sonoras viajam através dela, mas a mesa propriamente dita não se movimenta.
Existem três tipos fundamentais de movimentos ondulatórios, longitudinais e transversais.
Nas ondas longitudinais, tal como nas ondas sonoras, as partículas movimentam-se para
frente e para trás na mesma direção da propagação da energia, tal como uma mola,
alternadamente distendida e comprimida. A energia pode ser transmitida em todos os estados
da matéria (sólido, líquido e gasoso) através do movimento longitudinal das partículas.
Nas ondas transversais a energia viaja na perpendicular na direção de vibração das
partículas. Este tipo de movimento transmite-se apenas nos sólidos.
Uma onda nada mais é do que uma perturbação que se propaga num meio. Por exemplo,
se duas pessoas segurarem as extremidades de uma corda e uma delas a sacudir, será
originada uma sinuosidade que se movimenta ao longo da corda no sentido da outra pessoa. A
pessoa provocou uma modificação na corda, e como esta tende a retornar à sua posição inicial,
a perturbação afasta do ponto onde foi originada. A esta perturbação dá-se o nome de pulso e
a este movimento de onda. Uma onda transfere energia de um ponto a outro sem o transporte
de matéria entre esses pontos. As ondas podem ser classificadas em unidimensionais (quando
elas se propagam em apenas uma direção, como no exemplo da corda), bidimensionais
(quando as ondas de propagam ao longo de um plano, como por exemplo uma pedra lançada
sobre a superfície de um lago) e tridimensionais (quando se propagam em todas as direções.
As ondas sonoras no ar atmosférico são exemplo disso).
As ondas apresentam duas classificações quanto à sua natureza, podem ser mecânicas
ou eletromagnéticas.

ONDAS MECÂNICAS – SOM


Ondas mecânicas são aquelas originadas pela deformação de uma região de um meio
elástico e que, para se propagarem, necessitam de um meio material. Daí decorre que as
ondas mecânicas não se propagam no vácuo. As ondas sonoras propagam-se nos sólidos,
líquidos e gases.
As ondas sonoras também são ondas mecânicas, já que necessitam do ar (ou outros
gases) ou de algum meio líquido ou sólido para serem propagadas. Quando transmitidas ao
nosso sentido da audição, são por ele captados como uma impressão fisiológica denominada
som.
"Som" é o fenômeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras produzidas
por um corpo que vibra em um meio material elástico".
As ondas sonoras são ondas periódicas; classificadas em audíveis e inaudíveis,
dependendo do número de períodos que ocorram na unidade de tempo (freqüência).
O comprimento da onda ( l ), é a distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos
ou duas zonas de compressão e diluição. Sempre dependerá da freqüência e da velocidade. O
período (T),é o menor intervalo de tempo de repetição do fenômeno periódico. Pode ser
definido também, como o tempo que uma onda completa gasta para percorrer a distância " l ".
E a frequência (F),é o número de períodos por segundo; é, portanto, o inverso do período: F =
1/T
A unidade de frequência é o Hertz (Hz) que significa "um ciclo por segundo". Utilizaremos
MHz, em caso de milhões de ciclos por segundo.
A frequência depende somente do período e não varia ao passar por meios diferentes.
Quanto maior a frequência, maior será o número de oscilações (ciclos) por segundo, menor
será a distância entre as cristas ou vales, ou zonas de compressão e diluição.
Um transdutor utilizado neste método de ensaio, tem a sua frequência fixa, ou seja, ele é
adquirido para ser utilizado em uma determinada frequência. Este transdutor terá sempre a
mesma frequência, mesmo que seja utilizado em materiais diferentes. Para ensaiar materiais
com características muito diferentes, teremos que utilizar transdutores de frequências
diferentes.
A amplitude (A) que é a elongação máxima, isto é, um ponto de máximo no eixo "Y".

Ondas longitudinais (ondas de compressão)


Uma onda é longitudinal quando as partículas do meio em que ela se propaga vibram na
mesma direção de propagação da onda nesse meio.
À distância entre duas zonas de compressão e duas de diluição temos o comprimento de
onda (l ). Este tipo de onda propaga-se nos sólidos, líquidos e gases. É a onda de maior
velocidade de propagação.

Ondas transversais (ondas de corte ou cisalhamento)


A onda é transversal quando as partículas do meio em que ela se propaga, vibram
perpendicularmente à direção de propagação da onda nesse meio. Nesse caso, os planos de
partículas no meio de propagação mantêm à mesma distância uns dos outros. Não se
propagam nos líquidos e nos gases, pois nesses meios não existe ligações mecânicas.
Sua velocidade de propagação é aproximadamente a metade da velocidade da onda
longitudinal.

A acústica é o ramo da física que estuda todos os fenômenos físicos que estão ligados à
geração, propagação e detecção de ondas mecânicas que se encontram em uma determinada
faixa audível de frequência, denominando-se ondas sonoras. Geralmente encontramos as
ondas sonoras se propagando em meios gasosos e líquidos sob a forma longitudinal, no
entanto ela pode se propagar transversalmente em meios onde seja alta a coesão molecular,
como ocorre em sólidos. As ondas mecânicas não se propagam no vácuo. A faixa de
frequência citada anteriormente está localizada entre 20Hz e 20000Hz, e é apenas dentro
desta faixa de frequência que as terminações nervosas no interior de nossos ouvidos entram
em ressonância e transmitem através de pequenos pulsos elétricos a sensação sonora ao
nosso cérebro.
Existem, no entanto outros animais cuja percepção sonora é mais aguçada do que no ser
humano, como por exemplo gatos, animais que conseguem perceber sons de até 50000Hz, ou
então os morcegos, cuja capacidade auditiva se estende até cerca de 120000Hz. O som é uma
sensação que pode nos proporcionar prazer ou então dor e outros sentimentos. No caso da
música, dependendo da forma em que ela é apresentada, ela pode causar no ouvinte uma
sensação relaxante, tensão, ou então dor. Estes fenômenos associados à música têm sido
estudados por grandes compositores de nossa sociedade, os quais conseguiram resultados
impressionantes ao tentar passar aos ouvintes um determinado sentimento.
No oriente o estudo relacionado à música é ainda mais aprofundado, e principalmente na
Índia, a utilização de microtons, que são tons musicais intermediários entre os tons normais de
uma escala musical ocidental, proporcionam ao ouvinte sensações variadas, sendo inclusive
utilizadas com fins terapêuticos. Sons como o heavy metal e outros estilos musicais de rock
pesado, por serem geralmente tocados em volumes elevados, proporcionam a dilatação das
pupilas e a contínua injeção de adrenalina no corpo do ouvinte. A acústica estuda também os
níveis de intensidade sonora, que estão relacionados à energia transmitida pelas ondas
sonoras. Aparece aqui a noção de Decibel, que é a unidade de intensidade sonora. Os físicos
que estudam acústica, também têm muito trabalho no desenvolvimento de salas para concertos
musicais, salas as quais requerem determinadas matérias e uma geometria de proporções
exatas para permitir o alcance sonoro em todos os pontos do teatro e permitir também o
mínimo de reverberação na sala. Existem também projetos destinados a diminuir ruídos de
grandes máquinas, permitindo então a aproximação dos trabalhadores sem riscos de danos à
audição. A acústica também estuda os infra-sons, que são ondas cujas frequências são
inferiores a 20Hz, e os ultra-sons, de frequência superior a 20000Hz. Os infra-sons estão
geralmente ligados a maremotos, terremotos e avalanches assim como estão ligados a enjôos
provocados de veículos automotores. Os ultra-sons são também largamente utilizados pelos
humanos hoje em dia, seja através de aplicações médicas (ultra-sonografia e
terapeuticamente), aplicações na indústria (limpeza de peças e localização de cardumes), ou
mesmo apitos para cães.

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS – LUZ

Esse tipo de onda é originado através de cargas elétricas oscilantes e não precisam de
um meio material para serem propagadas. As ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo,
o exemplo mais claro disso é a luz do Sol, que percorre quilômetros de vácuo até atingir a
superfície da Terra.
Quando uma corda segurada por duas pessoas nas extremidades. A pessoa na
extremidade da esquerda levanta e abaixa a corda rapidamente. Forma-se, então, um pulso de
onda. Outros exemplos que podem ser citados é qualquer outro tipo de luz, os raios x e as
ondas para comunicação entre avião e torre de comando, ou então transmissões de rádio e TV.
A interferência é o fenômeno resultante da superposição de duas ou mais ondas.

ANATOMIA MORFOFUNCIONAL

As funções do aparelho auditivo estão relacionadas à conversão de uma onda sonora em


impulsos elétricos, além de perceber a posição e o movimento de uma pessoa. O aparelho
auditivo é dividido em três partes: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. Onde o
ouvido externo é constituído em: pavilhão auricular (orelha) e canal auditivo; o ouvido médio é
constituído por três ossos (martelo, bigorna e estribo) e o ouvido interno é constituído pela
cóclea.
No olho temos um sistema de lentes, que são como um artefato capaz de desviar a
trajetória dos raios luminosos, formado principalmente pela córnea e pelo cristalino. A imagem
formada pelas lentes pode ser real ou virtual. Ela é real quando produzida pelos cruzamentos
dos raios emergentes da lente e é virtual quando produzidas pelos prolongamentos dos raios
luminosos. Uma imagem pode ser direta ou invertida. Ela é direta quando tem o mesmo sentido
do objeto, e invertida quando tem sentido oposto ao do objeto.

APARELHO AUDITIVO
O ouvido consiste em 3 partes básicas - o ouvido externo, o ouvido médio, e o ouvido
interno. Cada parte serve para uma função específica para interpretar o som. O ouvido externo
serve para coletar o som e o levar por um canal ao ouvido médio. O ouvido médio serve para
transformar a energia de uma onda sonora em vibrações internas da estrutura óssea do ouvido
médio e finalmente transformar estas vibrações em uma onda de compressão ao ouvido
interno. O ouvido interno serve para transformar a energia da onda de compressão dentro de
um fluido em impulsos nervosos que podem ser transmitidos ao cérebro. As três partes do
ouvido podem ser vistas abaixo.

O ouvido externo consiste da orelha e um canal de aproximadamente 2 cm. A orelha


serve para proteger o ouvido médio e prevenir danos ao tímpano. A orelha também canaliza as
ondas que alcançam o ouvido para o canal e o tímpano no meio do ouvido. Devido ao
comprimento do canal, ele é capaz de amplificar os sons com frequências de aproximadamente
3000 Hz. À medida que o som propaga através do ouvido externo, o som ainda está na forma
de uma onda de pressão, que é uma sequência alternada de regiões de pressões mais baixas
e mais altas. Somente quando o som alcança o tímpano, na separação do ouvido externo e
médio, a energia da onda é convertida em vibrações na estrutura óssea do ouvido.
O ouvido médio é uma cavidade cheia de ar, consistindo no tímpano e 3 pequenos ossos
interconectados - o martelo, a bigorna e o estribo. O tímpano é uma membrana muito durável e
bem esticada que vibra quando a onda a alcança. Como mostrado acima, uma compressão
força o tímpano para dentro e a rarefação o força para fora. Logo, o tímpano vibra com a
mesma frequência da onda. Como ela está conectada ao martelo, os movimento do tímpano
colocam o martelo, a bigorna, o estribo em movimento com a mesma frequência da onda. O
estribo é conectado ao ouvido interno. Assim, as vibrações do estribo são transmitidas ao fluido
do ouvido médio e criam uma onda de compressão dentro do fluido. Os três pequenos ossos
do ouvido médio agem como amplificadores das vibrações da onda sonora.

OLHO

A luz como partícula (fóton) uma película fotossensível transforma a energia


eletromagnética do pulso luminoso em pulso elétrico. Os pulsos elétricos são levados ao
cérebro, onde provocam sensações psicofísicas conhecidas como visão.
Luz como onda para efeitos comuns, não relativísticos, a luz se propaga simplesmente
em linha reta. No vácuo, sua velocidade é uma das mais importantes constantes universais, e é
a velocidade máxima que a matéria pode atingir: v=3.108m/s. No ar, água, outros líquidos,
corpos transparentes, a velocidade da luz diminui, a velocidade é tanto menor quanto maior é o
índice de refração do meio.
A refração da luz é uma mudança na direção de propagação de um feixe luminoso, ao
passar de um meio para outro.
A luz é composta por comprimentos de onda visível que varia para os humanos na faixa
dos 400 aos 750nm. A luz, composta pelo somatório destes comprimentos de onda, nos dá a
sensação visual do branco. Um objeto será percebido como branco se todos os raios do
espectro baterem nele e forem refletidos. Caso contrário, isso é, se objeto absorver todos os
comprimentos de onda não havendo reflexão de qualquer comprimento de onda na faixa do
visível, objeto será percebido como preto (o preto é o grau máximo de redução da intensidade
luminosa do branco). Portanto, a cor é uma sensação psicofisiológica que está associada ao
comprimento de onda e à maneira de percebê-los.
Cor monocromática como o próprio nome diz é composta de um único comprimento de
onda e é específico para cada cor. Um exemplo é o arco-íris que é decorrente do fenômeno da
difração da luz exercido pelas gotículas de água dispersas na atmosfera. O vermelho, laranja,
azul, verde, amarelo, azul e violeta, são cores monocromáticas com comprimentos de ondas
específicos.
O olho tem a função de transformar a energia eletromagnética em energia elétrica, e
esses pulsos são direcionados ao cérebro. O globo ocular tem cerca de 24 mm de diâmetro e
encontra-se encapsulado, em uma membrana rígida denominada esclerótica que, em sua parte
anterior, apresenta uma janela transparente chamada córnea. Atrás da córnea está a câmara
anterior do olho, preenchida pelo humor aquoso, uma solução pouco concentrada, e a íris, que
é um diafragma variável. Esta câmara é fechada pelo cristalino e pela lente de poder refrativo
ajustável através da contração do músculo ciliar. A câmara posterior, atrás do cristalino, é
preenchida por um fluido gelatinoso conhecido como humor vítreo. O fundo do globo ocular,
denominado retina, contém as células nervosas fotossensíveis: os cones e os bastonetes. Os
cones concentram-se na mácula lútea (mancha amarela) e mais ainda, na fóvea centralis
(fossa central), compreendida no interior da macula lútea. Os filetes nervosos que se unem
para formar o nervo óptico, o fazem num ponto da retina que não possui células fotossensíveis:
o ponto cego. A nutrição das estruturas é feita pela corióide (ou coróide) que é a camada que
contém os vasos sanguíneos. O eixo óptico não coincide com o eixo visual, como visualizado
na figura abaixo.

Meios transparentes:
Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no seu contorno e
de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas glândulas
lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no canto interno do
olho.
Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino, preenchendo a
câmara anterior do olho.
Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente. Situa-se atrás da
pupila e é orienta a passagem da luz até a retina. Também divide o interior do olho em dois
compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes: a câmara anterior, preenchida pelo
humor aquoso e a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo. Pode ficar mais delgado ou
mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode torná-lo mais delgado ou mais curvo.
Essas mudanças de forma ocorrem para desviar os raios luminosos na direção da mancha
amarela. O cristalino fica mais espesso para a visão de objetos próximos e, mais delgado para
a visão de objetos mais distantes, permitindo que nossos olhos ajustem o foco para diferentes
distâncias visuais. A essa propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação visual. Com
o envelhecimento, o cristalino pode perder as transparências normais, tornando-se opaco, ao
que chamamos catarata.
Humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a retina,
preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular esférico.
O globo ocular apresenta, ainda, anexos: as pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou
supercílios, as glândulas lacrimais e os músculos oculares. As pálpebras são duas dobras de
pele revestidas internamente por uma membrana chamada conjuntiva. Servem para proteger
os olhos e espalhar sobre eles o líquido que conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas
impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que
o suor da testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse
líquido, espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando choramos,
o excesso de líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao
exterior do nariz.

BASES FÍSICAS PARA A FISIOLOGIA

O olho tem a função de transformar a energia eletromagnética em energia elétrica, e


esses pulsos são direcionados ao cérebro. A luz é a porção do espectro de radiação
eletromagnética que conseguimos perceber através do sentido da visão. A amplitude de onda
visível é aferida em nanômetros (nm) sendo variável, dependendo das condições de
observação e do próprio observador, entre 380-400 nm e 700-780nm.
O ser humano capta a luz através do olho, um órgão esférico extremamente complexo
que em pessoas adultas atinge cerca de 24mm. O olho é composto por três camadas, ou
túnicas: a esclerótica, que o reveste e protege externamente, a coróide, constituída por vasos
sanguíneos que alimentam o olho, e a retina, um tecido resistente, transparente e
fotossensível. Na retina há dois tipos de células que são responsáveis pelo sentido da visão, os
cones e os bastonetes.
As ondas sonoras entram pela orelha e chegam ao canal auditivo, onde se encontra a
membrana timpânica, que por sua vez, movimenta-se como uma cortina quando as ondas
sonoras passam, e então ocorre a vibração.
O tímpano transmite essas ondulações aos três ossos bem pequenos que existem em
uma parte do ouvido. Primeiro, as vibrações chegam ao martelo. Ele bate na bigorna, que
passa sua vibração ao estribo.
Passando-se para a orelha interna, formada pela cóclea e pelos canais semicirculares.
Um caracol vibrante, a cóclea pega as vibrações do estribo e as transforma em impulsos
nervosos, que são então enviados para o cérebro, que distingue os sons.
Os canais semicirculares são responsáveis pelo nosso equilíbrio. Em seu interior há um
líquido cujo movimento informa ao cérebro a posição da cabeça e mudanças súbitas de
velocidade. Isso permite ao corpo perceber que está caindo. Percebemos que estamos em
movimento dentro de um elevador, por exemplo, mesmo sem ver as coisas passando lá fora. É
por causa dos canais semicirculares.
AUDIÇÃO E FONAÇÃO

Devido à vantagem mecânica, os deslocamentos da bigorna são maiores do que a do


martelo. Além disso, como a onda de pressão que atinge uma grande área do tímpano é
concentrada em uma área menor na bigorna, a força da bigorna vibrante é aproximadamente
15 vezes maior do que aquela do tímpano. Esta característica aumenta nossa possibilidade de
ouvir o mais fraco dos sons. O ouvido médio é uma cavidade cheia de ar que é conectada ao
tubo de Eustáquio e à boca. Esta conexão permite a equalização da pressão das cavidades
cheias de ar do ouvido. Quando esta passagem fica congestionada devido a um resfriado, a
cavidade do ouvido é impossibilitada de equalizar sua pressão; isto frequentemente leva a
dores de ouvido e outras.
O ouvido interno consiste de uma cóclea, canais semicirculares, e do nervo auditivo. A
cóclea e os canais semicirculares são cheios de um líquido. O líquido e as células nervosas
dos canais semicirculares não têm função na audição; eles simplesmente servem como
acelerômetros para detectar movimentos acelerados e na manutenção do equilíbrio do
corpo. A cóclea é um órgão em forma de um caramujo que pode esticar até 3 cm. Além de
estar cheio de um fluido, a superfície interna da cóclea está alinhada com cerca de 20.000
células nervosas que são responsáveis pelas funções mais críticas na nossa capacidade de
ouvir. Estas células nervosas possuem comprimentos diferentes, por diferenças discretas; eles
também possuem diferentes graus de elasticidade no fluido que passa sobre eles. À medida
que uma onda de compressão se move da interface entre o martelo do ouvido médio para a
janela oval do ouvido interno através da cóclea, as células nervosas na forma de cabelos
entram em movimento. Cada célula capilar possui uma sensibilidade natural a uma frequência
de vibração particular. Quando a frequência da onda de compressão casa com a frequência
natural da célula nervosa, a célula irá ressoar com uma grande amplitude de vibração. Esta
vibração ressonante induz a célula a liberar um impulso elétrico que passa ao longo do nervo
auditivo para o cérebro. Em um processo que ainda não é compreendido inteiramente, o
cérebro é capaz de interpretar as qualidades do som pela reação dos impulsos nervosos.
A fala e o canto são meios de comunicação mais evoluídos de que dispõem o homem.
Através dessa habilidade, as ideias, as informações e as sensações podem ser expressas. A
voz humana desempenha um papel fundamental na integração do homem como ser social. O
aparelho fonador do homem: o cérebro, fossas nasais, boca e anexo palato úvula faringe,
laringe e cordas vocais, resume os principais componentes anatômicos do aparelho fonador do
homem. Ao contrário do som produzido pelas cordas de um instrumento musical, ou mesmo
por membranas elásticas vibrantes, o som gerado nas cordas vocais é produzido pela
fragmentação da corrente aérea expiratória.
Nos instrumentos de corda e nas membranas vibrantes o som é produzido pelas
variações de pressão que eles produzem sobre meio elástico circundante. Os sons vocálicos,
contudo, devem-se às sucessivas interrupções da coluna de ar que se movimenta nos tubos
respiratórios. Essa maneira de gerar sons assemelha-se àquela encontrada nos instrumentos
musicais de sopro (Saxofone, clarinete, trompete). Nesses instrumentos, a palheta ou mesmo
os lábios do músico se encarregam de fragmentar a coluna aérea que percorre o instrumento.
A relação temporal dos ciclos respiratórios é muito alternada. Durante a expiração, os
pulmões são comprimidos pelos músculos respiratórios e o ar dos alvéolos e das vias aéreas e
forçando contra as cordas vocais fechadas, elevando a pressão em todo o sistema respiratório
que se encontra abaixo da laringe. Fatores que alternam a voz, os elementos móveis do
aparelho fonador influem decisivamente na qualidade dos sons produzidos.
Os sons gerados na laringe são modificados na faringe, na boca, e nas fossas nasais.
Devido a dessas estruturas possuírem geometria complexa e variável elas podem reforçar, por
ressonância, um amplo espectro de frequências.
Funções da laringe, além da fonação, a laringe possui funções que se relacionam com a
respiração, circulação, fixação, proteção, deglutição, tosse expectoração. Desta, destacaremos
as que são relativas à respiração e deglutição. Durante a respiração a laringe funciona como
via de passagem para corrente de ar. Quando nas externas a laringe, a respiração fica
dificultada e geralmente produz estridor de predomínio inspiratório, a resistência de um tubo da
passagem de uma corrente aérea é inversamente proporcional quanto à potência do seu raio.
O estridor que se forma nos estreitamentos da laringe é devido à acentuada turbulência do ar
causada por uma velocidade de fluxo aumentado.

VISÃO

O mecanismo de formação da imagem é por refração da luz. O principal meio refrativo


do olho é a interface ar-córneo, devido à grande diferença de índice de refração entre a córnea
e o ar.
No olho com a visão normal, a imagem se forma sempre na retina. Para que isso
aconteça, é necessário que o olho mude o seu poder diôptrico, conforme a distancia do objeto,
e esse mecanismo denomina-se acomodação.
Nos humanos, esse mecanismo de acomodação se faz por mudanças da espessura do
cristalino. Na visão para longe, o músculo ciliar tem suas fibras radiais contraídas, e as
circulares, relaxadas, diminuindo a convergência da lente do olho. Na visão para perto, o
fenômeno principal é o relaxamento das fibras radiais do músculo ciliar, e como causa
coadjuvante, uma contração das fibras circulares, provocando um espaçamento do cristalino.

O globo ocular tem como receptor a íris e a pupila, que é uma estrutura contráctil no seu
diâmetro pupilar. A camada posterior da íris é responsável pela cor de cada olho humano. A íris
tem um papel especial nas seguintes funções: de controle da quantidade de luz; de diminuição
da aberração esférica e aberração cromática, quando a pupila é menor; do aumento da
profundidade de foco, com fechamento da pupila. A contração da pupila é conhecida como
miose e a dilatação como midríase.
A retina é a película fotossensível, onde os fótons que chegam interagem com os
receptores especiais, gerando impulso elétrico. A retina tem dois tipos de células
fotossensíveis: os cones destinados à visão fotópica (fóton e luz), isto é, de cores e detalhes; e
os bastonetes destinados à visão escotópica (scotos e mancha), isto é, a visão de claro e
escuro associada a pequenas quantidades de luz. Os cones e bastonetes podem ser vistos na
figura seguinte, onde são apresentados quatro bastonetes e um cone. A ponta das estruturas
que é a parte sensível à luz está mergulhada num epitélio de pigmento escuro, cuja função é
absorver o excesso de luz dentro da câmara preenchida pelo humor vítreo.

É interessante que os cones e bastonetes apontam para a direção oposta aos raios de
luz.
Existem cerca de 130 milhões de bastonetes e 7 milhões de cones, distribuídos em um
arco de aproximadamente 180 graus, no fundo do olho. Na fossa central não há bastonetes, e
nela se concentram de 30 mil a 40 mil cones mais delgados, e que são ligados diretamente ao
nervo óptico. Não se encontram cones e bastonetes, no local de saída do nervo óptico e vasos
sanguíneos, pois esse local corresponde ao ponto cego.
A retina é uma das estruturas mais aperfeiçoadas como transformador de energia, e sua
sensibilidade podem ser avaliados por duas situações:
1ª- medidas experimentais cuidadosas mostram que: quando 50 a 60 fótons incidem na
córnea, cerca de 80 a 90% são absorvidos, refletidos ou refratados, e apenas cerca de 10
fótons chegam à retina.
2ª- a energia de um fóton de luz verde azulada de 510 nm é 3,9 x 10 Joules e 5 fótons
representam 2 x 10 Joules.

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