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MAPA MENTAL

ARRITMIAS CARDÍACAS

• Despolarização caótica dos ventrículos


• Frequência é muito elevada e caótica
Fibrilação ventricular • Ritmo desorganizado
• Não se identificam ondas P, complexo QRS, segmento ST ou onda T
• Tratamento: desfibrilação elétrica imediata
114 • CLÍniCA mÉdiCA | CArdiOLOgiA

• Ausência completa de atividade elétrica ventricular


• Confirmar pelo protocolo da linha plana (cabos, ganhos e derivações)
Assistolia • Possível ocorrência de ondas P ou de batimentos de escape ventricular
agônicos
• Tratamento: segue protocolo de PCR

• Definição: partir de três batimentos sucessivos de origem ventricular com frequência


acima de 120 bpm, sendo que o QRS tem duração maior que 0,12 segundo
Taquicardia • ECG: frequência acima 100 bpm
• Ritmo: geralmente regular
ventricular • Ondas P normalmente não visíveis nas TVs com alta frequência, mas possivelmente
presentes e dissociadas do QRS
• Complexo QRS, segmento ST e onda T: morfologia do QRS serrilhada e bizarra, com
duração maior que 0,12 segundo; segmento ST e onda T geralmente opostos em
polaridade com o QRS

• TV polimórfica: intervalo e a morfologia do QRS variam


• TV monomórfica: QRS é constante

• Torsades de pointes (uma forma de TV polimórfica)*


• Tratamento

• Repercussão hemodinâmica (hipotensão, alteração de consciência,


dor precordial e congestão pulmonar importante): cardioversão
elétrica imediata
• Estabilidade hemodinâmica: antiarrítmicos
• Gerados por reentrada ou a partir de um foco automático ventricular
• Surgem a partir de qualquer um dos ventrículos antes do próximo batimento
Extrassístole sinusal, de forma prematura
• ECG: QRS com aparência aberrante (maior ou igual a 0,12 ms)
ventricular • Ritmo: irregular
• Onda P: geralmente oculta pela ESV, podendo determinar a pausa compensatória

• Arritmia cardíaca mais frequente


• Sintomas: assintomática, palpitação, tontura, dor torácica, fadiga, síncope e períodos
de escurecimento visual
• ECG: frequência atrial não pode ser contada, enquanto a frequência ventricular
pode chegar a 160 a 180 bpm
• Ritmo: o ritmo ventricular é irregularmente irregular
Fibrilação atrial • Ondas P: diferentes umas das outras, na amplitude, na duração ou no formato.
Ocorre substituição da linha de base isoelétrica por ondulações ou serrilhado
polimórfico ou até mesmo ausência de onda P
• Intervalo QRS: a condução ventricular é normal, exceto se houver condução
aberrante intraventricular
• Classificação: inicial ou aguda, crônica, paroxística, persistente, permanente,
recorrente
• Tratamento

• FA estável: controle do ritmo (reversão para ritmo sinusal com


antiarrítmicos ou cardioversão elétrica)
• Controle de resposta ventricular da FC (com betabloqueadores,
bloqueadores de canal de cálcio não diidropiridínicos ou digitálicos)
• FA instável: cardioversão elétrica imediata
• Anticoagulação se necessário

• Desencadeada por um circuito de macrorreentrada intra-atrial


• ECG: frequência atrial de aproximadamente 300 bpm
Flutter atrial • Ritmo: regular, mas possivelmente irregular em caso de bloqueio AV variável
• Onda P: as ondas atriais lembram os dentes de uma serra e são mais bem
identificadas nas derivações inferiores; em graus de bloqueio 1:1 ou 2:1, pode ser
difícil identificar as ondas do flutter, mas o uso de manobra vagal ou de adenosina
resolve o problema. Há, ainda, a substituição das ondas P por outras denominadas
de ondas F (Flutter), de aspecto pontiagudo, largas, interligadas umas às outras e de
aparência semelhante
• Intervalo PR: geralmente regular, mas pode variar
• Intervalo QRS: geralmente, normal
• Tratamento

• Preferencial: cardioversão elétrica


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• Anticoagulação se necessário
Bloqueios
atrioventriculares
• Retardo na passagem do impulso do átrio aos ventrículos, geralmente no nó AV, mas
pode também ser infranodal
• ECG: QRS normal
• Primeiro grau • Ritmo: regular
• Onda P: onda normal, seguida de QRS
• Intervalo PR: maior do que 0,2 segundo (geralmente, permanece constante)
• Tratamento: desnecessário quando não há sintomas
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• ECG: QRS normal


• Frequência: a atrial não é afetada, mas a ventricular se altera devido às ondas P
bloqueadas. O intervalo da pausa elétrica é menor do que o dobro do intervalo diastólico
• Mobitz I
do ciclo sinusal precedente
• Ritmo: o ritmo atrial é regular, ao contrário do ventricular
• Onda P: o aspecto é normal; é sucedida por QRS, exceto aquela bloqueada; intervalos PR:
são progressivamente mais longos, até a ocorrência da pausa

• Segundo grau

• ECG: QRS normal quando o bloqueio ocorre no feixe de His; quando abaixo desse nível, é
alargado
• Frequência: a frequência atrial não é afetada e a ventricular é menor que a atrial. Ausência
de um ou mais ciclos elétricos completos P-QRS-T, traduzidos por uma pausa elétrica
• Mobitz II • Ritmo: o ritmo atrial é regular, enquanto o bloqueio intermitente da onda P determina
resposta ventricular irregular
• Ondas P: morfologia normal. Intervalos P-P são constantes nos ciclos de base
• Intervalo da pausa elétrica: o dobro do intervalo diastólico do ciclo sinusal
• Intervalo PR: pode ser normal ou alargado, porém é constante nas ondas P que são
conduzidas; pode haverdiminuição do PR após uma onda P bloqueada

• Desconexão total entre átrios e ventrículos; ECG: QRS geralmente normal;


pode ser alargado, dependendo da origem do ritmo de escape
• Ondas P: normais
• Terceiro grau • Frequência: a atrial é normal e a ventricular é menor que a atrial
• Ritmo: o ritmo atrial é regular, mas pode ser irregular; o ritmo ventricular é
sempre regular
• Intervalo PR: é variável pelas independências atrial e ventricular
• Extrassístoles juncionais
Complexos • Escape juncional
juncionais
• Aumento da frequência de despolarizações atriais
• Resposta fisiológica à necessidade de aumento do débito cardíaco
Taquicardia • Frequência: acima de 100 bpm
• Tratar a causa
sinusal
• Lentidão do nó sinusal em se despolarizar
Bradicardia • Pode acontecer devido a efeito de drogas, doença do nó sinusal ou aumento do
tônus parassimpático
sinusal • Frequência: abaixo de 60 bpm

Taquicardias
supraventriculares • Taquicardia paroxística supraventricular

• Episódios paroxísticos de taquicardia com início abrupto e duração breve


(segundos) ou prolongada (horas)
• Mecanismo de reentrada, geralmente do nó AV ou juntamente com uma
via anômala acessória
• Tratamento: manobra vagal, adenosina, verapamil ou betabloqueador

• Flutter
Flutter atrial • FA
• Taquicardia atrial
não paroxística

• Secundária a eventos, como a intoxicação digitálica


• Surgimento de um foco atrial ectópico com automatismo aumentado
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