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RESUMO DE HABILIDADES III 1

Gizelle Felinto

TAQUIARRITMIAS
 Arritmia: qualquer alteração elétrica que altera o ARRITMIA SINUSAL
ritmo dos batimentos  Começa do nó sinoatrial
 FC > 100 bpm  Variação da FC relacionada a algum outro fator
 QRS estreito (< 120 ms)  TAQUICARDIA fisiológico, como a respiração
SUPRAVENTRICULAR (supra-hisciana)  Preenche critérios para ritmo sinusal
 QRS largo (120 ms)  TAQUICARDIA
VENTRICULAR (infra-hisciana)

TAQUICARDIAS DE QRS ESTREITO

 Taquicardias paroxísticas supraventriculares


(TPSV):
 Taquicardia sinusal TAQUICARDIA SINUSAL
 Taquicardia atrial  Resposta fisiológica compensatória (ex: infecção)
 Taquicardia juncional  Habitualmente não cursa com FC muito elevada
(100 - 160)
 Taquicardia por reentrada átrio ventricular
 Tratar causa base, não o ritmo (pois essa elevação
 Taquicardia por reentrada nodal
da FC é uma resposta compensatória)
 Fibrilação atrial
 Flutter atrial
 QRS estreito  QRS < 120 ms
 Classificar se o QRS é (R-R):
 Regular: TRV / TRAV / Flutter / TA
 Irregular: FA (é a mais comum), Flutter e TA
(esses dois podem vir irregular, mas não é EXTRA SISTOLE ATRIAL
comum de acontecer)  Foco ectópico acima do nó AV
 Regular: TRN, TRAV  QRS estreito e com onda P normal
TAQUICARDIAS DE QRS LARGO  Tem um período de pausa compensatória
 Ver ausência de onda P ou onda P que vem
 Abaixo do nó AV (80%) “misturada” em outro canto com período de pausa
 Taquicardia supraventricular com aberrância compensatória
(20%)  paciente com bloqueio de ramo que faz
uma taquicardia supraventricular (o QRS vai
continuar largo)
 Critérios de Brugada  para taquiarritmias de
QRS largo

EXTRA SISTOLE VENTRICULAR


 Ativação ectópica ventricular antes da ativação
atrial
 QRS largo (>120ms) e prematuro
 Com período de pausa compensatória para depois
ter batimento normal
 Bigeminismo (1 ritmo normal e 1 alterado,
alternando), Trigeminismo e Salvas
 Exemplo de Bigeminismo:
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TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
 QRS estreito e ondas P não visualizadas
 R-R regular
 Geralmente a FC é bem elevada (>180 bpm)

FIBRILAÇÃO ATRIAL
 Microcircuito de reentrada
 Os átrios perdem a capacidade de contração 
apenas “tremem”/fibrilam
 Ritmo irregularmente irregular
 R-R não tem relações entre eles
 Se os átrios não contraem bem, o sangue passa a
ser acumulado, sofrendo os fatores de estase
sanguínea, coagulando (o coágulo pode se
desprender e formar um trombo, indo para a
circulação – risco de AVC, TEP, Trombose
mesentérica...)
 Grande morbimortalidade  trombo
 Nunca levar a FA diretamente de volta ao ritmo Wolf-Parkinson-White (WpW)
sinusal, devido ao risco da formação de trombos
 Se a FA for nova (< 48h)  pode-se reverter  Feixe anômalo  outro feixe de condução
 Se a FA tiver mais de 48h, deve-se certificar de que em outra região do coração, fazendo com
não há formação de trombo (ECO transesofágico) que o impulso elétrico chegue mais rápido
para depois buscar a reversão do ritmo sem sofrer o retardo do nó AV
 Frequência atrial de 300 – 600 bpm  Circuito anômalo + circuito normal
 QRS estreito  Impulso chega rapidamente ao ventrículo
 Sem onda P (ou não identificável) sem atraso do nós AV por via acessória
 O átrio só “treme”, mas não contrai  Presença da onda delta  QRS começa
 Todo paciente deve ser anticoagulado, devido ao largo
risco de trombos  PR curto (<120) e QRS com a onda delta
 A síndrome de WpW  a pessoa já teve uma
taquicardia paroxística supraventricular
antes
 Padrão eletrocardiográfico de WpW se
essa for a primeira vez que ele apresenta esse
padrão, se ele não tiver tido antes
 Feixe de KENT  o padrão ouro do tratamento
FLUTTER ATRIAL é a cauterização desse feixe anômalo
 Macrocircuito de reentrada  Geralmente é um feixe de kent, mas pode ter
 Frequência atrial de 250 - 350 mais de um
 QRS estreito  Padrão ouro  estudo eletrofisiológico +
 Ondas F em dente de serra cauterização
 Pode haver a formação de trombos
 Não pode ser revertido de cara, deve-se seguir um
protocolo tal qual a fibrilação atrial
 Geralmente o ritmo é regular, mas pode acontecer
certa irregulariadade

TAQUICARDIA VENTRICULAR
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 QRS alargado  P positiva em DI, DII e aVF


 FC em torno de 120 – 150 bpm  Complexo QRS:
 Definição: Mais de três impulsos ventriculares  Duração:
consecutivos alargados  < 120 ms
 > 120 ms
 Distúrbio de condução em um
dos ramos (Direito ou
esquerdo)
 Arritmia ventricular ou
supraventricular com
abrerrância
TV polimórfica – Torção das pontas (Torsades de  Estável ou instável:
Pointes)
 Dor torácica
 TV multiforme  Dispneia (eminencia de Edema Agudo de
 Alterações progressivas na amplitude dos Pulmão)
complexos QRS  Hipotensão (sintomas de baixo debito)
 Complexos QRS tem tamanhos diferentes  Alterações do estado mental
 Progressão para FV  Se sim em pelo menos um =
 Síndrome do QT longo (canalopatia)  síndrome INSTABILIDADE (deve-se cardioverter o
genética onde os canais de sódio, potássio e cálcio paciente: trazê-lo para um ritmo mais
tem alguma alteração que faz com que o intervalo controlado)
QT fique longo  Cardioversão (≠desfibrilação) 
 Desfibrilação + Sulfato de Mg choque sincronizado no qual o
aparelho identifica as espicular do
complexo QRS e joga o choque
exatamente onde é necessário
 Instabilidade:
 ABC
 Tratar ritmo
 Tratar causa
 Cardioversão  se necessário (nada deve
atrasar a cardioversão!)
 Estabilidade:
 ABC primário:
O QUE SABER NO ECG  O2 suplementar
 Monitorização dos sinais vitais
 Avaliação de forma rápida e objetiva  acesso venoso
 Traçado do monitor nem sempre é confiável apara  ECG
o diagnóstico
 Tratar o paciente, não apenas o traçado PROTOCOLO
 O que avaliar?
 FC 1. Taquicardia com pulsos
 Ritmo  sinusal ou não sinusal, R-R 2. Deve-se:
regular ou não  Avaliar e controlar os ABC’s
 QRS  estreito ou largo  O2 suplementar para aqueles que precisam
 Ritmo:  Monitorização  ECG (identificar ritmo), PA
 Regular ou irregular – distancia R-R SpO2
 Sinusal ou não  Identificar e tratar as causas
 P positiva na maior parte das 3. Paciente estável:
derivações  Sinais de instabilidade incluem:
 P precede cada complexo QRS  Confusão mental
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 Dor precordial MANOBRAS VAGAIS


 Hipotensão
 Sinais de choque  Manobras de ativação parassimpática
 Nota: incomuns com FC < 150 bpm  Deseja-se fazer uma descarga parassimpática
 O que fazer: onde aquela taquiarritmia está acontecendo
 Acesso venoso  São suficientes para reverter a arritmia, nos casos
 ECG de 12 derivações ou strip de em que são indicadas
ritmo (para avaliar melhor o ritmo)  MANOBRA DE VALSALVA
 Determinar se o ritmo realmente é  Pede para o paciente soprar contra uma
estreito resistência, tapando o nariz o colocando a
 Se QRS estreito: mão na boca
 Regular  MANOBRA DE VALSALVA MODIFICADA
 Primeira coisa  Manobra  Paciente sentado, pega uma seringa e pede
Vagal para ele assoprar para empurrar o êmbolo
 Segunda coisa  Adenosina durante cerca de 10 a 15 segundos. Depois
 Irregular  ou é FA ou é Flutter deita o paciente de dorso e eleva as pernas
Atrial (não desfibrila, controla o dele de forma rápida
ritmo)  IMERSÃO EM ÁGUA GELADA
 Controle do Ritmo:  Bacia com água gelada ou gelo e coloca o
 BETABLOQUEADOR IV  paciente com o rosto imerso por algum tempo
inicialmente, se o paciente não  COMPRESSÃO/MASSAGEM DO SEIO CAROTÍDEO
apresenta sinais de baixo débito  Na bifurcação das artérias há muitas
 ANTIARRITMICO  o grande terminações parassimpáticas
problema da Amiodarona é que ela  2 dedos abaixo da mandíbula  seio
pode reverter a arritmia, assim, carotídeo
geralmente, deixa pra usar  Fazer uma compressão durante cerca de 1 min
amiodarona somente em último  O grande problema é que a pessoa já pode ter
caso alguma doença aterosclerótica instalada, e
 BLOQUEADORES DOS CANAIS DE se eles tiverem placas ateroscleróticas com
CÁLCIO não diidropiridínicos essa mobilização pode-se acabar
(Verapamil e Diltiazem) desprendendo essas placas, que podem
4. Paciente instável  IMEDIATA CARDIOVERSÃO migrar para a cabeça e fazer um AVC
SINCRONIZADA:  Auscultar as carótidas para avaliar a
 Acesso venoso e sedação (NÃO RETARDE A presença de sopros
CARDIOVERSÃO)  Geralmente não se faz, pois a manobra de
 Considere especialistas valsalva modificada é a melhor
 Se PCR ocorrer, siga o algoritmo de PCR
 CARDIOVERSÃO SINCRONIZADA: MEDICAÇÕES
 QRS regular  50 – 100J  Se as manobras vagais falharem
 QRS irregular  120 – 200J  ADENOSINA:
(bifásico) ou 200J (monofásico)  Age no nó AV
 Largo e regular  100J  É ultrarrápida (ocorre em segundos)
 Largo e irregular (ex: torção das  Efeito também passa rápido
pontas) Desfibrilação  Não usar em asma e DPOC  broncoespasmo
grande
LEMBRETE!  Ampola: 6 mg
 Desfibrilação:  Pode-se fazer 3 vezes: em flush (com água
destilada – 10 a 20ml)
 Monofásico  360J
1. Dose de 6mg
 Bifásico  200J
2. Dose de 12mg
3. Dose de 12 mg
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4. Não faz uma 4ª vez  Taquicardia Paroxística Supraventricular


 Administração de adenosina: esquema  FC alta
TRIWAY  Não defino onda P
 Via que tenha 3 locais: paciente, flush (10  QRS estreito e regular  protocolo de
a 20ml de água destilada) e adenosina manobra vasovagal, adenosina, verapamil,
 Faz a medicação com a parte da água amiodarona, cardioversão
fechada, depois abre o da água de forma
rápida, fechar e logo depois elevar o
braço do paciente, pois ela é ultrarrápida
e preciso garantir que ela chegue ao
coração. Se não fizer esse procedimento
ela pode se perder no meio do caminho
ou não ser tão efetiva
 Tranquilizar a paciente, pois sentirá uma forte
dor no peito ("sensação de morte iminente”)
 Se a adenosina não der certo:
 BCC (Verapamil ou Diltiazem) ou BB
(Metoprolol) intravenosos  muito difícil de
encontrar IV, então usa outra coisa:
 AMIODARONA:
 Taquicardia Ventricular
 Não pode fazer em Bolus, pois tem efeito
 Complexos regulares e semelhantes
de hipotensor  então o paciente que
 A semelhança é vista na mesma derivação
estava com FC alta pode fazer
rapidamente uma hipotensão e chocar,  Sempre que estiver frente a uma TV, fazer os
sendo necessário cardiovertê-lo de critérios de Brugada ou outro
forma mais rápida  QRS largo
 Dose: 150mg em 10 minutos ou 300mg
em 20-30 min
 Diluir 2 ampolas em 250ml de soro
glicosado (A diluição tem que ser em
soro glicosado!) para correr em 20-
30min
 Dessa forma, de forma lenta, vai
tentando reverter (lembrar que vai
depender muito da estabilidade do
paciente)

ECG’s
 Flutter Atrial  ondas F em dente de serra
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Gizelle Felinto

 Taquicardia Supraventricular
 QRS estreito
 Se fizesse amiodarona ou manobra vasovagal
não estaria errado

Protocolos

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