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AULA 1 – TAQUIARRITMIAS
Revisão:
✔ Entre os átrios e os ventrículos, há o Nodo AV, que permite o atraso fisiológico da
condução elétrica, com que os átrios sejam acionados antes dos ventrículos.
✔ O intervalo PR normal é de 3-5 quadrados (t = 120-200 ms).
✔ QRS normal é de até 3 quadrados (t < 120 ms).
✔ O intervalo QT normal é de até 11 quadrados (t < 440 ms).
✔ Chama-se de extrassístole o batimento cardíaco “antes do tempo” esperado,
podendo ser atrial (onda P diferente + QRS estreito) ou ventricular (ausência
onda P + QRS alargado). As extrassístoles “especiais” ocorrem em pacientes com
doença cardíaca de base, e são o Bigeminismo, Trigeminismo, Extrasssitole
Ventricular Pareada, e Taquicardia ventricular. Elas não causam morte
diretamente, mas requer manejo da condição de base.
Significados Gerais:
⮚ 🡹 iQT = maior risco de morte súbita.
⮚ Ritmo sinusal + QRS alargado = Bloqueio de Ramo, deve-se olhar o V1, estando
o QRS mais para cima (Bloqueio D) ou para baixo (Bloqueio E) – “Regra da Seta”.
⮚ Onda P diferente + QRS estreito = extrassístole atrial.
⮚ Onda P ausente + QRS alargado = extrassístole ventricular.
⮚ 01 extrassístole ventricular + 01 sinusal = Bigeminismo.
⮚ 01 extrassístole ventricular + 02 sinusais = Trigeminismo.
⮚ 02 extrassístoles ventriculares juntas = EV Pareada.
⮚ ≥ 3 extrassístoles ventriculares juntas = Taquicardia Ventricular, que pode ser
Sustentada ou Não-Sustentada (duração < 30 seg + estabilidade hemodinâmica).
É monomórfica (QRS iguais) ou polimórfica (QRS diferentes – risco PCR!). Um
tipo especial de polimórfica é a Torsaide de Pointes (aspecto em “rosca”, com 🡹
iQT), tipicamente desencadeada por anti-arritmicos que alargam iQT.
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Obs.: Uma extrassístole em uma área de fibrose (IAM prévio), gera um circuito de
reentrada, que é o principal mecanismo das taquiarritmias (Flutter, Fibrilação atrial,
Taquisupra, etc.), desviando o estimulo elétrico para a área lesada que conduz melhor
o impulso elétrico. A vantagem é que, por esse mecanismo, o choque elétrico é
efetivo para reverter o quadro.
1. FIBRILAÇÃO ATRIAL
Definição ECG: é uma taquicardia sem onda P + QRS estreito + RR irregular,
indicando múltiplos circuitos de reentrada nos átrios. Logo, quem comanda a FC
ventricular é o Nodo AV. A linha de base costuma estar irregular e oscilando
(“feia”, diferente do flutter), devido a despolarização elevada dos átrios.
2. TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
Definição ECG: um diagnóstico diferencial relevante da FA, se apresenta com os
achados no ECG de sem onda P + QRS estreito + RR regular. Ocorre 70% das
vezes por reentrada nodal (quando há via alfa de condução nodal) e 30% por
reentrada via acessória (não pela via alfa e beta, mas por uma entrada diferente no
VE – com onda P negativa em DII). Costuma ser benigna e ocorrer em situações de
estresse/emoção, principalmente mulheres e crianças.
3. FLUTTER ATRIAL
Definição ECG: presença de ondas F (negativas) em DII, DIII e aVF, com aspecto de
serrilhado da linha de base.
Tratamento: é uma arritmia fácil de reverter com choque, mas difícil de reverter com
fármacos, logo, tanto para estável e instável é feito cardioversão elétrica. Para
quadros > 48h ou HMP de FA, deve ser feito ECO para descartar trombose. Nos
refratários, pode ser feita ablação curativa.
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RESUMO ECG:
RESUMO ECG
FA Ausência onda P + QRS estreito + RR irregular
TAQUI SUPRA Ausência onda P + QRS estreito + RR regular
S. WPW Onda delta + iPR curto
Flutter Atrial Ondas F (negativas) em DII, DIII e aVF
Bradicardia Onda P posit. D2 + QRS para cada P + iPR normal + FC < 60 bpm.
Sinusal
BAV 1 Onda P posit. D2 + QRS p/ cada P + iPR > 5 quadrados
BAV 2 Mobitz I Onda P + SEM QRS p/ P + iPR progressivamente maior
BAV 2 Mobitz II Onda P + SEM QRS p/ P + iPR normal
BAVT Disjunção do P – QRS (onda P entra e sai do QRS).
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