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O coração possui um sistema de condução que possuem células que se despolarizam sozinhas. O nodo
sinusal comanda os outros por ser mais rápido, com frequência de 60-90 por minuto. O atraso fisiológico na
condução é feito pelo nodo AV. O QRS é rápido e com grande amplitude por conta da condução rápida e da grande
massa ventricular. A onda T reflete a repolarização ventricular.
A frequência pode ser obtida através do intervalo R-R, sendo normal entre 60-100 bpm. Um quadrado é igual
a 300 bpm, dois quadrados é 150 bpm, três é 100 bpm, quatro são 75 bpm, e cinco 60 bpm.
Se R-R < 3 quadrados = taquicardia
O intervalo P-R vai do início da onda P até o início do QRS, medindo a condução atrioventricular. Seu normal
é entre 120 a 200 ms (3 a 5 quadradinhos).
O QRS normal é estreito, ou seja, até 120 ms (3 quadradinhos).
O intervalo QT vai do início do QRS até o final da onda T, medindo o tempo que o ventrículo leva para
despolarizar e repolarizar (período refratário ventricular), e varia até 440 ms.
Um ritmo sinusal com QRS alargado significa bloqueio de ramo! A partir de V1, observar se o QRS está mais
positivo ou negativo, sendo que quando positivo significa bloqueio de ramo direito. O complexo rSR’ é característico
de bloqueio de ramo direito, enquanto o complexo rS de bloqueio de ramo esquerdo.
Bloqueio de ramo direito = V1 (+) rSR’
Bloqueio de ramo esquerdo = V1 (-) rS
Flutter atrial: taquicardia com onda “F”. F(-) em DII, DIII e aVF (300x/min). É visto nas derivações que
enxergam a parede inferior. A FC é de 150bpm (2:1), pois o átrio bate a 300, mas o nodo AV impede que os
ventrículos batam na mesma frequência.
Bigeminismo: 1 EV / 1 sinusal
Trigeminismo: 1 EV / 2 sinusais
Pareada: 2 EV juntas
Fibrilação atrial: ausência de onda P e R-R irregular! É uma taquicardia sem P e QRS estreito!
Taquicardia supraventricular: sem onda P e R-R regular! 70% ocorre por reentrada no nodo AV. 30% ocorre
por reentrada em via acessória (P’).
Fibrilação Atrial:
Causas: HAS, IC, doença mitral, tireotoxicose, isolada
Tipos: paroxística x persistente (permanente)
o Permanente: > 1 ano
Consequências: ↓ débito, tromboembolismo (estase)
CHA2DS2VAS: Congestão, Hipertensão, Age > 75 (2), Diabetes, Stroke, TIA (2), Vasculopatia, Age > 65, Sexo
(F)
A frequência no ECG pode ser feita pelo cálculo (300 ÷ nº quadrados). Desta forma, se o intervalo R-R
compreende 3 quadrados, a frequência será de 100 bpm, por exemplo.
Nas arritmias, contar 15 quadradões e contar os QRS entre os 15. Multiplicar os QRS por 20 e assim obtém-
se a frequência cardíaca média.
Bradicardia define-se por uma frequência abaixo de 60 bpm, porém produz sintomas apenas abaixo de 50.
Bradicardia sinusal: ondas P(+) em D2 acompanhadas de QRS, com intervalo PR adequado (120-200 ms)
CONDUTA
Assintomático: observar
Sintomático: atropina 0,5mg 3-5min / máx. 3mg
o Sem resposta à atropina: marcapasso ou adrenalina ou dopamina
o Síncope por bradicardia: síndrome de Stoke-Adams
Bloqueios AV
Acima do Feixe de Hiss há receptores parassimpáticos. No Feixe de Hiss e abaixo não há tais receptores, logo,
não respondem à atropina. Assim, podemos separar os BAVs em altos e baixos.
Os BAVs benignos são supra-hissianos, e os malignos são intra/infra-hissianos.
BAV 1º grau: não há bloqueio, a onda P consegue chegar aos ventrículos, sendo então uma dificuldade do
estímulo para chegar.
BAV BENIGNOS
BAV 1º Grau BAV 2º Grau Mobitz I
NUNCA bloqueia ÀS VEZES bloqueia
Só diminui a velocidade Wenckebach: alargamento
progressivo do intervalo PR
PR > 200 ms
precedendo o bloqueio da onda P
Conduta → atropina
BAV MALIGNOS
BAV 2º Grau Mobitz II BAV 3º Grau
Bloqueio não sequencial da onda P SEMPRE bloqueia
Sem Wenckebach Ventrículo vira MP
Maligno (infra-hissiano) Onda P entra e sai do QRS
Conduta → marca-passo
Marca-Passo
MP transcutâneo: exige analgesia (fentanil)
MP transvenoso: pode ser necessário analgesia
MP definitivo: mais usado no Brasil, mantém a sincronia atrioventricular
o Fibrilação atrial: cabo apenas em ventrículos, pois o átrio não bate mais
Chamar ajuda!
Iniciar o BLS (Basic Life Support) após certificar-se da segurança da cena!
Após todo o BLS, se o paciente ainda está em PCR, o próximo passo é iniciar o ACLS! O primeiro choque termina
o BLS!!!
Capnografia de onda: se ETCO < 10 mmHg depois de 20 min de RCP, o prognóstico é ruim!
ADVANCED CARDIOVASCULAR LIFE SUPPORT (ACLS) Caso não consiga AV, é possível administrar
algumas drogas via TOT VANEL
VANEL (vasopressina, atropina, naloxone –
1) VA avançada: não respeitar 30:2
antídoto para opióides - epinefrina, lidocaína)
Compressão e ventilação independentes
Compressão: 100-120/min
Ventilação: 10/min Obs.: IOT + AV de preferência não interromper a RCP; caso
Troca: a cada 2 min necessário, parar por no máximo 10 segundos.
CHECAR RITMO - CHOQUE (*) Quando checar pulso novamente: quando presença de ritmo
organizado
VASOPRESSOR (adrenalina 1 mg) + RCP 2 min
RCP + DROGA -> CHECAR RITMO -> CHOQUE
Obs.: antiarrítmicos = utilizar apenas 2 doses (1ª. 300mg – 2
amp/ 2ª. 150 mg – 1 amp) – após, utilizar apenas adrenalina
4) Identificar e corrigir causas
5H 5T CUIDADOS PÓS-PARADA
Hipovolemia Tension Pneumothorax
Hipoxemia Trombose coronariana Otimizar ventilação e circulação
Hipotermia Toxicidade exógena Oxigenação (manter Sat ≥ 94%) com menor FiO 2
H+ (acidose) Tamponamento possível
Hipo/hiperK TEP Circulação: PAS > 90 / PAM ≥ 65 com:
o Reposição volêmica ±
o Vasopressores: Adrenalina ou NORA ou
Dopamina