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MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG.

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pelo Secretário Municipal de Fazenda, ob- buições legais, 11.020.26.125.0015.2.061 M a n u t e n ç ã o
servado o disposto no parágrafo 1o do ar- da sinalização horizontal, vertical,rede
tigo 231 da Lei Complementar Municipal DECRETA: semafórica e CTA
no 505/2003, com as alterações 4.4.90.52.00.00 Equipamentos e ma-
introduzidas pela Lei Complementar nº 593/ ART. 1º. Fica aberto um Crédito Adicional terial permanente
2005. Suplementar, no valor de R$ 250.000,00 03002 Fundo Municipal do Transporte -
(duzentos e cinqüenta mil reais), destina- Exercícios Anteriores............R$ 115.000,00
Art. 17.Este Decreto entra em vigor na data do ao reforço da seguinte dotação orça-
de sua publicação. mentária: ART. 2º. Para cobertura de que se trata o
art. 1°, fica o Poder Executivo autorizado a
Art. 18.Revogam-se as disposições em Suplementação utilizar os recursos definidos no art. 43, §
contrário, em especial o Decreto nº 34, de 1°, I da Lei n° 4.320/64, através do superá-
08 de janeiro de 2004. 07 Secretaria Municipal do Desenvol- vit financeiro de recursos vinculados pro-
vimento Urbano, Planejamento e Habita- venientes do saldo bancário líquido em 31/
Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, ção 12/05 do Fundo Municipal de Transportes
16 de junho de 2006. 07.010.15.451.0014.1.039 Construção de e Segurança no Trânsito - Banco do Brasil
passarelas S/A, Agência nº 2868-1, Conta Corrente nº
Silvio Magalhães Barros II - Prefeito Municipal 4.4.90.51.00.00 Obras e instalações 5142-X.
Benivaldo Ramos Ferreira - Chefe de Gabinete 31798 Convênio Construção de Passare-
Paulo Trisóglio do Nascimento la/ Avenida Colombo - Ex. ART. 3º. Este decreto entra em vigor na
Secretário Municipal da Fazenda Corrente..................................R$ 250.000,00 data de sua publicação.

ART. 2º. Para cobertura de que se trata o ART. 4º. Revogam-se as disposições em
DECRETO Nº 561/06 art. 1°, fica o Poder Executivo autorizado a contrário.
utilizar os recursos definidos no art. 43, §
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, 1°, II da Lei n° 4.320/64, através do exces- Paço Municipal, 21 de junho de 2006
ESTADO DO PARANÁ, no uso de suas atri- so de arrecadação de recursos vinculados,
buições legais e, de acordo com o contido proveniente do Convênio Construção de Silvio Magalhães Barros II - Prefeito Municipal
no Processo nº 069/04-Capsema, Passarela/ Avenida Colombo, Banco do Paulo Trisóglio do Nascimento - Secretário de Fazenda
Brasil S/A, Agência nº 2868-1, Conta Cor-
D E C R E T A: rente nº 11.362-X.
DECRETO N.º 573/2006
Art. 1º - Fica concedida, a partir de 30 de ART. 3º. Este decreto entra em vigor na
agosto de 2004, aposentadoria proporcio- data de sua publicação. Regulamenta a Lei Complementar n.º 567/
nal por invalidez à servidora JOVELINA 2005, que institui o Código de Saúde Mu-
XAVIER LALLI, Atendente de Creche, lotada ART. 4º. Revogam-se as disposições em nicipal.
no quadro efetivo da Secretaria Municipal contrário.
de Educação, com proventos mensais no O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ,
valor de R$=337,89 (trezentos e trinta e sete Paço Municipal, 20 de junho de 2006 ESTADO DO PARANÁ, no uso de suas atri-
reais e oitenta e nove centavos) e anual de buições legais e tendo em vista o disposto
R$=4.054,68 (quatro mil, cinqüenta e qua- Silvio Magalhães Barros II - Prefeito Municipal no Artigo 77, I, "g", da Lei Orgânica de
tro reais e sessenta e oito centavos), em Paulo Trisóglio do Nascimento - Secretário de Fazenda Maringá,
conformidade com o Art. 40, Parágrafo 1º,
Inciso I, da Constituição Federal, com a D E C R ETA: -
redação dada pela Emenda nº 41/2003. DECRETO Nº 572/2006.
Art. 1º. Fica aprovado o incluso Regulamen-
Parágrafo Único - Para perfeita consecu- Dispõe sobre a abertura de Crédito Adicio- to do Código de Saúde Municipal.
ção do contido neste Artigo, fica ressalva- nal Suplementar no Orçamento Programa
do o disposto no Artigo 75, Inciso III, Pará- de 2006, aprovado pela Lei Municipal n.º Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data
grafo 5º, da Constituição do Estado do 7.054, de 19 de dezembro de 2005. de sua publicação.
Paraná.
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, Art. 3º. Revogam-se as disposições em
Art. 2º - A revisão dos proventos dar-se-á ESTADO DO PARANÁ no uso de suas atri- contrário, em especial o Decreto n.º 614/
na forma da legislação específica. buições legais, 92.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data DECRETA: PAÇO MUNICIPAL SILVIO MAGALHÃES
de sua publicação. BARROS, aos 21 de junho de 2006.
ART. 1º. Fica aberto um Crédito Adicional
Art. 4º - Revogam-se as disposições em Suplementar, no valor de R$ 328.646,90 Silvio Magalhães Barros II
contrário, em especial, o Decreto nº 972/ (trezentos e vinte e oito mil, seiscentos e Prefeito Municipal
04 de 20 de setembro de 2004. quarenta e seis reais e noventa centavos),
destinado ao reforço das seguintes dota-
PAÇO MUNICIPAL, 16 de junho de 2006. ções orçamentárias: CÒDIGO DE SAÚDE

SILVIO MAGALHÃES BARROS II Suplementação REGULAMENTAÇÃO DA LEI COMPLEMEN-


PREFEITO MUNICIPAL TAR N.º 567 DE 21/10/2005
BENIVALDO RAMOS FERREIRA 11 Secretaria Municipal dos Transportes
CHEFE DE GABINETE 11.020.26.125.0015.2.060 Ampliação e CAPITULO I
JACIRA MARTINS manutenção do sistema de fiscalização DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SAÚDE
SUPERINTENDENTE/CAPSEMA eletrônica
3.3.90.30.00.00 Material de consumo Seção I
03002 Fundo Municipal do Transporte - Das Disposições Gerais
DECRETO Nº 569/2006. Exercícios Anteriores............R$ 149.141,90
3.3.90.39.00.00 Outros serviços de Art. 1º. O presente Decreto regulamenta a
Dispõe sobre a abertura de Crédito Adicio- terceiros - pessoa jurídica Lei Municipal n.º 567/2005 e atende aos
nal Suplementar no Orçamento Programa 03002 Fundo Municipal do Transporte - princípios expressos nas Constituições
de 2006, aprovado pela Lei Municipal n.º Exercícios Anteriores............R$ 10.700,00 Federal e Estadual, na Lei Orgânica de
7.054, de 19 de dezembro de 2005. 4.4.90.52.00.00 Equipamentos e ma- Saúde, nas Leis federais nºs. 8.080, de 19
terial permanente de setembro de 1990 e 8.142, de 28 de
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, 03002 Fundo Municipal do Transporte - dezembro de 1990, estabelecendo normas
ESTADO DO PARANÁ no uso de suas atri- Exercícios Anteriores............R$ 53.805,00 no Município, para a promoção, proteção e
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recuperação da saúde, e dispondo sobre ao seu aprimoramento e ao fortalecimen- cumprir nas instituições e empresas de
a organização, a regulamentação, a fisca- to das relações do Governo Federal e Es- caráter público ou privado, os dispositivos
lização e o controle das ações e dos servi- tadual com o Município; legais previstos neste regulamento.
ços de saúde na esfera municipal. h) incentivo ao trabalho integrado e
harmonioso dos profissionais que atuam Art. 9º. Além do previsto na Lei Orgânica da
Art. 2º. É dever do Município, através da na área da saúde, promovendo o reconhe- Saúde e na Lei Municipal n.º 567/05 e no
Política Municipal de Saúde, e dentro de cimento, em favor da qualidade e exercício de suas atribuições e competên-
sua competência, prover as condições in- resolubilidade das ações de saúde, da cia privada e suplementar, o município re-
dispensáveis ao exercício do direito à saú- experiência e da capacidade técnica e ci- gulará as ações para a promoção, prote-
de, garantido a todo cidadão. entífica demonstrada pelo profissional. ção e recuperação da saúde, dispondo
sobre a organização, a regulamentação, a
§ 1º. O dever do Município de prover as con- Parágrafo único. A gratuidade dos serviços fiscalização e o controle das ações e dos
dições e as garantias para o exercício do prestados através do SUS não inclui a co- serviços de saúde na esfera municipal.
direito à saúde, não exclui o das pessoas, brança das taxas e penalidades de vigi-
da família, das empresas e da sociedade. lância sanitária. Art. 10. A participação do município em con-
sórcios referida na Lei Municipal n.º 567/
§ 2º. À Secretaria da Saúde de Maringá, Art. 4º. No âmbito do SUS, a gratuidade é 05, deverá seguir os princípios e as carac-
gestora Municipal do Sistema Único de vinculada ao indivíduo, sendo vedada à terísticas estabelecidas nas legislações
Saúde - SUS, nos termos do artigo 7º, da cobrança de despesas a qualquer título. que regem a Administração Pública.
Lei Municipal n.º 567/05, incumbe
pesquisar, planejar, orientar, coordenar e Parágrafo único. A assistência gratuita ao Parágrafo único. Os consórcios referidos
executar as medidas que visem a promo- indivíduo beneficiário de seguro saúde ou no caput desse artigo estarão sujeitos às
ção, preservação e recuperação da saú- de outra modalidade assistencial de medi- diferentes instâncias de controle social.
de, bem como promover e incentivar na cina de grupo ou cooperativa médica, impli-
esfera pública ou privada, estudos e pro- ca o reembolso ao Poder Público, a ser efe- Art. 11. O município poderá adotar formas
gramas sobre problemas médico-sanitá- tuado pela empresa seguradora ou entida- de cooperação técnica com outros municí-
rios do município. de congênere, de despesas com o atendi- pios, visando estabelecer a execução des-
mento, na forma da legislação vigente. sas ações pelos mesmos, devendo estes
Seção II obedecer a critérios previamente estabe-
Da Caracterização do SUS Seção III lecidos.
Da Política Municipal de Saúde e do
Art. 3º. A organização, o funcionamento e o Plano Municipal de Saúde Parágrafo único. Os critérios deverão es-
desenvolvimento do SUS na esfera muni- tar vinculados a resolutividade da rede de
cipal obedecerão as seguintes diretrizes e Art. 5º. A Política Municipal de Saúde, atenção e melhoria dos indicadores de
bases: estabelecida pela Secretaria Municipal de saúde e as regras administrativas míni-
I - Diretrizes: Saúde, deverá basear-se nos princípios e mas possibilitando o planejamento do
a) universalidade de acesso do indiví- diretrizes da Constituição Federal, Consti- município de acordo com a sua realidade,
duo aos serviços do SUS em todos os ní- tuição Estadual e Lei Orgânica da Saúde. entre outros.
veis de atenção;
b) igualdade de atendimento; Art. 6º. A Política de Saúde, expressa no Art. 12. Todo estabelecimento prestador de
c) equidade, como forma de suprir as Plano Municipal de Saúde elaborado a serviços de saúde deve obrigatoriamente
deficiências do tratamento igualitário de partir das deliberações da Conferência de ser cadastrado no Cadastro Nacional de
casos e situações; Saúde, será orientada para: Estabelecimentos de Saúde - CNES.
d) integralidade da assistência à saú- I - a atuação articulada do Município com o
de; Estado, mediante o estabelecimento de Subseção I
e) resolubilidade das ações e servi- normas, ações, serviços e atividades so- Do Sistema Municipal de Auditoria,
ços de saúde em todos os níveis; bre fato, situação ou local que ofereça ris- Controle, Avaliação e Regulação
f) organização racional dos serviços; co à saúde individual e coletiva;
g) utilização de dados II - a articulação com autoridades e órgãos Art. 13. Fica regulamentado no âmbito do
epidemiológicos como critério para o es- de outras áreas municipais e estaduais e Sistema Único de Saúde - SUS, o Sistema
tabelecimento de prioridades, alocação de com a direção nacional do SUS, para a re- Municipal de Auditoria, Controle, Avaliação
recursos e orientação programática; alização e promoção de estudos e pesqui- e Regulação que compreende o conjunto
h) participação da comunidade na for- sas interdisciplinares, a identificação de de órgãos do SUS que exercem a fiscali-
mulação, fiscalização e acompanhamen- fatores potencialmente prejudiciais à qua- zação técnica - científica, contábil, financeira
to das ações e dos serviços executados lidade de vida e a avaliação de resultados e patrimonial das ações e dos serviços de
pelo SUS; de interesse para a saúde; saúde, além de avaliar o seu desempe-
II - Bases: III - a adoção do critério de reais necessi- nho, qualidade e resolubilidade e regular
a) gratuidade das ações e dos servi- dades de saúde da população, as ofertas dos serviços de saúde inclusive
ços assistenciais prestados; identificadas por estudos epidemiológicos definindo a rede de referência municipal.
b) descentralização da execução das municipais loco-regionais, refletidas na
ações e dos serviços; elaboração de planos e programas e na Art. 14. Para efeito deste regulamento, con-
c) regionalização e hierarquização oferta dos serviços de atenção à saúde; sidera-se como:
dos serviços; IV - a prioridade das ações preventivas em I - Controle: o monitoramento de proces-
d) conjugação dos recursos físicos, relação às ações e aos serviços sos, (normas e eventos), com o objetivo
materiais e humanos do governo Munici- assistenciais; de verificar a conformidade dos padrões
pal, Estadual e Federal na realização de V - a formulação, com ampla divulgação à so- estabelecidos e de detectar situações que
ações e prestação de serviços públicos de ciedade, de indicadores de avaliação de resul- requeiram uma ação avaliativa detalhada
assistência à saúde da população, e di- tados das ações e dos serviços de saúde. e profunda, além de fiscalizar ações e ser-
vulgação de informações quanto ao poten- viços de saúde através de indicadores es-
cial desses serviços e a sua utilização ade- Art. 7º. O Plano Municipal de Saúde será a tabelecidos em conformidade com a legis-
quada pelo cidadão; base das atividades do nível municipal e lação de saúde no âmbito federal e esta-
e) cooperação técnica e financeira do seu financiamento será previsto na respec- dual;
Governo Federal e Estadual com o Municí- tiva proposta orçamentária, de acordo com II - Avaliação: a análise de estrutura, pro-
pio na prestação dos serviços; as deliberações da Conferência de Saúde cessos e resultados das ações, serviços
f) planejamento estratégico que refli- e conforme o previsto no artigo 7º da Lei nº. e sistemas de saúde, com o objetivo de
ta as necessidades da população, com 8.080/90. verificar sua adequação aos critérios e
base em uma análise territorial definindo parâmetros exigidos;
problemas prioritários e áreas de maior Seção IV III - Auditoria: o exame sistemático e inde-
risco; Das Atribuições do Município pendente dos fatos obtidos através da ob-
g) intercâmbio de dados, informações servação, medição, ensaio, ou outras téc-
e experiências referentes ao SUS, visando Art. 8º. É dever do Município cumprir e fazer nicas apropriadas, de uma atividade, ele-
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mento ou sistema, para verificar a adequa- e) da capacidade gerencial e de Saúde será convocada pelo Poder Exe-
ção aos requisitos preconizados pelas leis operacional das estruturas destinadas às cutivo em conjunto com o Conselho Muni-
e normas vigentes e determinar se as ações e serviços de saúde; cipal de Saúde, a cada dois anos.
ações e serviços de saúde e seus resulta- III - A elaboração de relatórios educativos,
dos, estão de acordo com as disposições preventivos ou corretivos, entre outros que Art. 23. O Conselho Municipal de Saúde é
planejadas; o caso assim o exija, com os encaminha- um órgão colegiado, de caráter permanen-
IV - Regulação: entendida como uma das mentos devidos. te, deliberativo e fiscal de ações de saúde
funções de fortalecimento da capacidade praticadas no município de Maringá, cujas
de gestão que tem por objetivo promover a Art. 17. Para o desempenho da função de atribuições são reguladas pela Lei Munici-
equidade, a integralidade, a resolubilidade regulação, a Secretaria Municipal de Saú- pal n.º 5.510/01, de 16 de outubro de 2001.
e a organização racional dos serviços, com de poderá utilizar, entre outros:
vistas ao acesso do usuário às ações e I - Protocolos clínicos e operacionais; Art. 24. O gestor municipal do Sistema Único
serviços de saúde. II - Complexos regulatórios, tais como: de Saúde apresentará, trimestralmente ao
a) centrais de marcação de consultas; Conselho de Saúde e quadrimestralmente
Art. 15. O Sistema Municipal de Auditoria, b) central de leitos hospitalares; em audiência pública na Câmara de Vere-
Controle, Avaliação e Regulação tem por c) central de regulação da atenção às ur- adores, para análise e ampla divulgação,
atribuição controlar, avaliar e fiscalizar: gências; relatório detalhado contendo, dentre ou-
I - As ações e serviços de saúde no âmbito III - Critérios para alocação de recursos tros, dados sobre o montante e a fonte de
municipal; ofertados pelo SUS otimizando e raciona- recursos aplicados, as auditorias concluí-
II - A aplicação de recursos destinados às lizando a oferta; das ou iniciadas no período, bem como a
ações e serviços de saúde: IV - Mecanismos de acompanhamento da oferta e a produção de serviços na rede
a) a adequação, qualidade e resolubilidade programação e oferta de serviços de saú- assistencial própria, contratada ou
das ações e serviços disponibilizados aos de; conveniada.
usuários do Sistema Único de Saúde; V - Mecanismos de avaliação de qualida-
b) a eficiência, a eficácia e efetividade dos de assistencial e do grau de satisfação do Art. 25. O Relatório de Gestão Municipal de
métodos, práticas e procedimentos usuário; Saúde constitui-se em instrumento funda-
operativos e gerenciais em saúde no âm- VI - Sistema Municipal de Auditoria e Avali- mental para o acompanhamento e avalia-
bito municipal. ação; ção das ações e serviços de saúde do SUS
VII - Ouvidorias ou outro órgão asseme- no município de Maringá.
Art. 16. Para o cumprimento do disposto lhado. § 1º. No relatório de Gestão Municipal de
no artigo anterior, observadas a Constitui- Saúde deverá constar a prestação de con-
ção Federal, Estadual e demais legisla- Art. 18. As atividades de controle, avalia- tas de todos os recursos financeiros utili-
ções existentes, o Sistema Municipal de ção, auditoria e regulação serão exercidas zados no SUS no município, no período,
Auditoria, Controle, Avaliação e Regulação por servidores municipais ou de outras tanto os transferidos das fontes federal e
em seu âmbito de atuação e dentro da sua esferas da área de saúde, cedidos ou à estadual, quanto à contrapartida de recur-
competência, procederá: disposição do município e/ou por profissi- sos financeiros do Município, conforme
I - A análise: onais contratados. determina a legislação.
a) do contexto normativo referente ao § 2º. O Relatório de Gestão Municipal será
SUS; Parágrafo único. Para o desempenho des- elaborado anualmente.
b) de planos de saúde, de programa- sas atividades os profissionais serão de-
ções e relatórios de gestão municipal; signados por ato próprio do Prefeito do Art. 26. O Gestor Municipal deverá assegu-
c) de sistemas de informações Município de Maringá. rar recursos financeiros para a estrutura e
ambulatoriais e hospitalares; funcionamento do Conselho de Saúde,
d) de indicadores de morbi-mortalida- Art. 19. O profissional que exercerá ativida- garantindo espaço físico adequado para
de; des de auditoria deverá entre outros requi- atendimento ao usuário e a manutenção
e) de instrumentos e critérios de sitos, ter: das atividades regulares do Conselho,
acreditação, credenciamento e I - autonomia, imparcialidade, objetivida- bem como as respectivas Conferências.
cadastramento de serviços de saúde; de;
f) da conformidade dos procedimen- II - capacidade profissional, conhecimento Art. 27. O Conselho Municipal de Saúde
tos dos cadastros dos serviços de saúde; técnico e atualização periódica; deverá incentivar a implementação do con-
g) do desempenho da rede de servi- III - cautela e zelo profissional, comporta- trole social nas unidades prestadoras de
ços de saúde; mento ético, sigilo e discrição no desem- serviço de saúde do município, através da
h) dos mecanismos de penho de suas funções; criação de conselhos locais compostos por
hierarquização, referência e contra-referên- IV - atender as exigências técnico- usuários, trabalhadores de saúde,
cia da rede de serviços de saúde; cientificas necessárias ao desempenho de prestadores de serviço e administração
i) dos serviços de saúde prestados suas atividades. pública.
ao SUS, inclusive por instituições privadas,
conveniadas ou contratadas; Art. 20. Para o desempenho da função de Seção VI
j) de prontuários de atendimento in- regulação a Secretaria Municipal de Saú- Do Financiamento do SUS e do Fundo de
dividual e demais instrumentos produzidos de por meio de atos próprios, regulamen- Saúde
pelos sistemas de informações tará as diversas ações/atividades a serem
ambulatoriais e hospitalares; desenvolvidas. Art. 28. As ações e os serviços do SUS se-
II - A verificação: rão financiados com os seguintes recur-
a) da aplicação dos recursos destina- Seção V sos:
dos ao Sistema Único de Saúde e repas- Do Controle Social no SUS I - dotações ou créditos consignados nos
sados mediante transferências automáti- orçamentos fiscal e de investimento do
cas, ou em razão de convênios, ou acor- Art. 21. O Sistema Único de Saúde conta- município;
dos; rá, sem prejuízo das funções do Poder II - transferência da União e do Estado para
b) da observância dos instrumentos e Legislativo no município, com as seguin- o município;
mecanismos de controle da aplicação dos tes instâncias colegiadas: III - recursos de outras fontes.
recursos mencionados na alínea anterior I - Conferência de Saúde;
e dos resultados alcançados, bem como II - Conselho de Saúde. Parágrafo único. O financiamento dos ser-
a eficiência, a eficácia e a efetividade des- viços e ações de saúde far-se-á de acordo
ses instrumentos e mecanismos; Art. 22. A Conferência Municipal de Saúde com o estabelecido na Constituição Fede-
c) do cumprimento das diretrizes, dos terá poder deliberativo e dela participarão ral e legislação vigente.
objetivos e metas estabelecidas no Plano os vários seguimentos da sociedade, para
Municipal de Saúde; avaliar a situação da saúde no município, Art. 29. Os recursos financeiros repassa-
d) da execução das ações e serviços propor diretrizes e estratégias para a for- dos serão depositados junto ao Fundo
de saúde, pelos órgãos públicos e pelas mulação da Política Municipal de Saúde. Municipal de Saúde em conta específica e
entidades privadas, participantes do SUS movimentados pela direção do SUS, sob
ou não; Parágrafo único. A Conferência Municipal a fiscalização do Conselho Municipal de
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Saúde, sem prejuízo da atuação dos ór- declaração de nascidos vivos padroniza- tério da Saúde.
gãos de controle interno e externo. do pelo Ministério de Saúde.
§ 2 º. A Declaração de Óbito deverá ser pre-
Parágrafo único. Os recursos financeiros Art. 38. A Declaração de Nascido Vivo deve- enchida em três (três) vias:
serão discriminados como despesas de rá ser preenchida em três vias, firmada por I - as 03 (três) vias seguirão o fluxo preco-
custeio e de investimento. médico ou enfermeiro devidamente habili- nizado pelo Ministério da Saúde ou obede-
tados ao exercício da profissão, no caso cerão a fluxo próprio da Vigilância
Art. 30. A Secretaria Municipal de Saúde de parto hospitalar. Epidemiológica, atendendo as necessida-
apresentará à instância gestora de des dos Municípios.
pactuação e ao Conselho Municipal de Parágrafo único. As 03 (três) vias seguirão
Saúde, proposta de critérios e as condi- o fluxo preconizado pela Vigilância Art. 43. Compete ao médico preencher com
ções mínimas exigidas para a aprovação Epidemiológica do município. o máximo cuidado a declaração de óbito,
do Plano de Saúde e dos Relatórios de envidando esforços no sentido de obter
Gestão do Município. Art. 39. É de competência do Hospital: informações verdadeiras e exatas, procu-
I - preencher com o máximo de cuidado a rando responder a todos os quesitos e
§ 1º. É vedada a transferência de recursos Declaração de Nascido Vivo, envidando enunciando as respostas em termos cla-
para financiamento das ações e serviços esforços no sentido de obter informações ros e precisos.
não previstos nos Planos de Saúde, exceto verdadeiras e exatas, procurando respon-
em situações emergenciais na área da der a todos os quesitos com as minúcias Parágrafo único. O médico atestante, que
saúde. pedidas e enunciando as respostas em é o principal responsável pela fidedignida-
termos claros e precisos; de da declaração de óbito, poderá permitir
Seção VII II - no caso de Declaração de Nascido Vivo que outra pessoa escreva nesta, as res-
Dos Recursos Humanos incompleta, se as omissões não houve- postas aos quesitos, com exceção dos que
rem sido satisfatóriamente justificadas se referem às causas de morte, os quais
Art. 31. A política de recursos humanos na pelo profissional atestante, o oficial de serão respondidos com letra de próprio
área da saúde deve ter como fundamento Registro Civil ou a autoridade sanitária punho, sem utilização de siglas.
o respeito ao trabalhador e deve orientar- poderá devolver o documento ao estabe-
se no sentido a incentivar a formação pro- lecimento prestador de serviço de saúde Art. 44. No caso de declaração de óbito in-
fissional adequada, a reciclagem constan- para que sejam completadas as informa- completa, se as omissões não tiverem
te e a existência de planos de cargos, car- ções desejadas; sido satisfatoriamente justificadas pelo
reiras e salários. III - orientar corretamente a mãe ou res- médico atestante, o Oficial de Registro Ci-
ponsável, sobre a importância e necessi- vil ou a autoridade sanitária poderá devol-
Art. 32. Os cargos e funções de direção e dade dos cuidados sobre a posse da 2a ver o documento ao médico ou entrar em
chefia, no âmbito público do SUS, serão (segunda) via da Declaração de Nascido contato para que este complete as infor-
exercidos em tempo integral, e, preferen- Vivo e do pronto registro em cartório, no mações desejadas.
cialmente, por servidores integrantes do município de residência da mãe, ou de
quadro específico. ocorrência do parto; Art. 45. Nos casos de morte sem assistên-
IV - a instituição de saúde que preenche a cia médica, inclusive os de morte súbita,
Art. 33. É vedada a nomeação ou designa- Declaração de Nascido Vivo é responsá- bem como os de óbito fetal, caberá aos
ção, para cargo ou função de chefia, dire- vel pelo encaminhamento do mesmo à Vi- serviços oficiais destinados à verificação
ção, assessoramento ou fiscalização na gilância Epidemiológica, mesmo median- de óbitos, proceder ao exame cadavérico,
área pública de saúde, em qualquer nível, te casos de rasuras e anulação; depois do qual é preenchida a declaração
de proprietário, funcionário, sócio ou pes- V - em casos de perda ou falsificação do de óbito pelo médico que o realizou. Em
soa que exerça a função de direção, ge- documento, caberá a instituição de saúde, caso de morte suspeita de violência, deve-
rência ou administração de entidades pri- responder legalmente perante o fato à au- rá o cadáver ser encaminhado à perícia
vadas que mantenham contratos ou con- toridade sanitária e às instâncias judici- médico-legal.
vênios com o SUS. ais.
Art. 46. As declarações de óbito deverão
Art. 34. Os cargos e funções de direção e Art. 40. É vedado ao médico e/ou enfermei- ser apresentadas para registro, no prazo
chefia de unidades de saúde serão exerci- ro: de até 24 (vinte e quatro) horas e depois
dos por profissional de nível superior e I - declarar falsamente o nascimento; de aceitas pelo oficial de Registro Civil, não
preferencialmente da área da saúde. II - recusar-se a firmar declaração de nas- poderão ser alteradas ou modificadas, a
cido vivo a quem tenha prestado assistên- não ser nos casos previstos em lei.
CAPITULO II cia no parto ou sob sua responsabilidade;
DA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPE- III - firmar mais de uma declaração de nas- Art. 47. Quando da investigação
RAÇÃO DA SAÚDE cido vivo por recém-nascido. epidemiológica de casos fatais de doença
de notificação compulsória, tornar-se neces-
Seção I Seção II sária a execução de exames
Da Declaração de Nascidos Vivos Da Declaração de Óbito anatomopatológicos para elucidação do di-
agnóstico, podendo a autoridade sanitária,
Art. 35. É obrigatório o preenchimento da Art. 41. A Declaração de Óbito deverá ser independentemente de autópsia, mandar
Declaração de Nascido Vivo, ou equivalen- firmada por médico devidamente habilita- proceder, por seus auxiliares, a coleta do
te, para toda criança que, ao nascer, apre- do para o exercício da medicina, dos esta- material necessário aos referidos exames.
sentar qualquer sinal de vida, com posteri- belecimentos prestadores de saúde pú-
or envio ao serviço de saúde competente, blica e privados. Art. 48. É expressamente proibido aos agen-
pelos: tes funerários, proprietários e empregados
I - Estabelecimentos prestadores de servi- Parágrafo único. A Declaração de Óbito de estabelecimentos de artigos fúnebres
ço de saúde, onde ocorreu o nascimento; deverá ser remetida ao serviço de saúde e de serviços e empresas funerárias, par-
ou, competente pelo: ticulares ou contratados, ter em seu poder
II - Cartórios competentes de Registro Ci- I - médico que firmou a declaração; ou nos respectivos estabelecimentos, os
vil, no momento de registro da criança, em II - pelo Cartório de Registro Civil compe- impressos para declaração de óbito.
caso de nascimento domiciliar. tente.
Art. 49. A declaração de óbito ocorrido em
Art. 36. A Vigilância Epidemiológica esta- Art. 42. A Vigilância Epidemiológica esta- hospital, prisão ou outro qualquer estabe-
belecerá normas e instruções para distri- belecerá normas e instruções para distri- lecimento público, na ausência de paren-
buição, preenchimento das declarações de buição, preenchimento das declarações de tes ou responsável, será apresentada pela
nascidos vivos e coleta de dados de nata- óbitos e coleta de dados de mortalidade. respectiva administração, observado o dis-
lidade. posto no art. 77 e 87, ambos da Lei Fede-
§ 1º. Deve ser obrigatoriamente utilizado ral n.º 6.015/77.
Art. 37. Deve ser obrigatoriamente utiliza- nas Instituições de Saúde modelo de de-
do nas instituições de saúde, o modelo de claração de óbito, padronizado pelo Minis- Art. 50. A declaração de óbito relativa a pes-
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soa encontrada morta, ou vítima de aciden- cadáver sem a apresentação da certidão b) A autoridade municipal poderá exigir
te, suicídio, homicídio ou outras causas de óbito e guia de enterramento, expedidas notificação diária ou semanal de casos
externas, será emitida pelo médico legista, pelo cartório, ou autorização judicial. subseqüentes das fontes notificadoras,
após a competente necrópsia. conforme avaliação da situação
Art. 57. É vedado enterrar ou dispor de ou- epidemiológica.
Art. 51. É vedado ao médico: tra forma, consentir que alguém o faça, ou
I - atestar falsamente a causa de morte; remover cadáver do distrito onde ocorreu o Art. 62. As doenças e agravos de particular
II - recusar-se a firmar atestado de óbito de óbito, ou onde este foi encontrado para importância para a saúde pública, que re-
doente a quem vinha prestando assistên- outro, sem que tenha sido preenchida a queiram investigação epidemiológica e/ou
cia médica ou hospitalar mesmo que o respectiva declaração de óbito e lavrada a aplicação de medidas especiais de con-
óbito ocorra fora do hospital, salvo quando certidão de óbito no município de ocorrên- trole, serão sujeitas à notificação compul-
houver motivo justificado, (morte suspeita cia do falecimento. sória.
de causa externa, morte violenta ou ausên-
cia de nexo causal entre a doença Art. 58. O enterramento de pessoas vitimadas Art. 63. Para efeito de notificação as doen-
diagnosticada e a ocorrência do óbito), do por doenças transmissíveis somente poderá ças estão distribuídas em 03 (três) clas-
qual deverá dar ciência à autoridade sani- ser feito observadas as medidas e cautelas ses segundo os benefícios práticos de sua
tária competente; determinadas pela autoridade sanitária. notificação: urgência e possibilidade de
III - permitir ou realizar operações de intervenção, riscos de transmissão/poten-
embalsamamento antes de conhecida e Art. 59. Sempre que o falecimento tenha cial de espraiamento e gravidade do dano.
atestada a causa de morte. ocorrido em razão de doença transmissível,
o desenterramento só poderá ser realiza- Art. 64. Classe 1: doenças e outros agra-
Art. 52. Nenhum enterramento poderá ser do após avaliação e autorização da autori- vos em que a notificação individual e ime-
feito sem a apresentação da certidão de dade sanitária. diata deve ser feita à autoridade sanitária
óbito fornecida pelo oficial de registro civil, local e às instâncias superiores, pelo meio
que a expedirá à vista da declaração de Parágrafo único. Caso o desenterramento mais rápido disponível, após a suspeita
óbito, ressalvadas situações previstas em seja realizado por ordem judicial, os cemi- diagnóstica.
legislação federal. térios, através de seus responsáveis, de-
verão informar a autoridade sanitária. § 1º. A notificação pelos meios eletrônicos
Art. 53. Antes de fornecer a certidão de óbi- ou telefônicos não elimina a necessidade
to de menores de um ano de idade, o Ofici- Seção III da notificação escrita conforme os proce-
al de Registro Civil deverá verificar se há Da Notificação Compulsória de Doença ou dimentos vigentes.
registro de nascimento desta criança, pro- Outro Agravo
cedendo, em casos de falta, previamente, § 2º. As fontes notificadoras deverão man-
ao assentamento omitido. Art. 60. Notificação compulsória ou obriga- ter a notificação negativa semanal, mes-
tória é a comunicação oficial à autoridade mo sem a ocorrência de agravos.
Art. 54. Onde houver serviços de verifica- sanitária competente, da ocorrência de
ção de óbitos, não poderá o Oficial de Re- casos confirmados ou suspeitos de deter- Art. 65. Classe 2: Doenças sujeitas a acom-
gistro Civil expedir a certidão de óbito, sem minada doença ou agravo, transmissível panhamento intensivo pela SESA/ISEP e/
que lhes seja apresentada à declaração ou não, no homem ou nos animais. ou pelo Ministério da Saúde em que a no-
de óbito assinada pelo médico do serviço, tificação individual deve seguir semanal-
para os óbitos sem assistência médica. Parágrafo único. A notificação é necessá- mente às instâncias superiores:
ria quando se tratar de doença no homem I - Acidentes por Animais Peçonhentos;
Parágrafo único. Onde não houver serviço ou de doenças de animais passíveis de II - Acidentes Toxicológicos;
de verificação de óbito, mas existir médico transmissão ao homem, também chama- III - Acidentes por contato Lonômia;
designado pela autoridade competente das zoonoses, incluindo casos de infec- IV- Cisticercose/Neurocisticercose;
para verificar o óbito é este quem assinará ções assintomáticas quando se avaliar V - Carbúnculo/Antraz;
a declaração de óbito. procedente. VI - Cólera;
VII - Coqueluche;
Art. 55. Cabe ao serviço de verificação de Art. 61. São formas de notificação: VIII - Dengue;
óbito: I - individual; IX - Difteria;
I - verificar os óbitos dos indivíduos faleci- II - coletiva; e, X - Diarréia (Ubs);
dos sem assistência médica, firmando III - de epidemia. XI - Doença de Chagas (Casos Agudos);
seus respectivos atestados, obedecendo XII - Esquistossomose;
este Regulamento; § 1º. A notificação individual de doença ou XIII - Febre Amarela;
II - esclarecer a causa da morte, sempre agravo, destina-se a fornecer dados de XIV- Febre Reumática;
que lhes for possível, pelo exame cadavé- identificação mínimos sobre o paciente e XV - Febre Tifóide;
rico e pelas informações colhidas no local às vezes sobre os suspeitos, devendo con- XVI - Febre Maculosa;
do óbito ou entre os familiares ou paren- ter o nome, endereço, diagnóstico, idade, XVII - Hanseníase;
tes próximos do falecido; anotando no ates- sexo, data de notificação e outras informa- XVIII - Hantavirose;
tado médico do óbito "sic" (segundo infor- ções de interesse da autoridade sanitária. XIX - Hepatites Virais;
mações conseguidas); XX - Intoxicação Alimentar;
III - encaminhar para perícia de natureza § 2º. A notificação coletiva indica o número XXI - Infecção pelo vírus da
médico-legal, sempre que suspeitar de ter total de casos ocorridos em determinado Imunodeficiência Humana (HIV) em ges-
sido a morte resultado de acidente, suicí- período de tempo e local, agrupados por tantes e crianças expostas ao risco de
dio, homicídio ou outras causas externas; diagnóstico sem os dados de notificação transmissão vertical;
IV - notificar imediatamente o Serviço Munici- individual. XXII - Leishmaniose Tegumentar;
pal de Saúde, nos casos suspeitos de óbito XXIII - Leishmaniose Visceral;
por agravos de notificação compulsória. § 3º. A notificação de epidemia é a ocorrên- XXIV - Leptospirose;
cia inusitada de um grupo de casos de XXV - Malária;
Art. 56. Os cemitérios através de seus res- doença que possa constituir motivo de pre- XXVI - Meningite de Outra Etiologia;
ponsáveis, devem ter registro completo de ocupação pública, independentemente de XXVII - Meningite Meningocócica;
todos os corpos inumados e especifican- se tratar de doença sujeita à notificação XXVIII - Meningite Não Especificada;
do em cada caso, o nome, local de resi- sistemática compulsória e de ser entida- XXIX - Meningite Tuberculosa;
dência, lugar e data do óbito, número de de clínica bem conhecida, mal definida ou XXX - Meningite Viral;
registro da declaração de óbito no cartório desconhecida. XXXI - Meningococemia;
de registro civil, data de inumação e nú- XXXII - Paralisia Flácida Aguda;
mero de sepultura, catacumba ou carneira, a) A comunicação deverá ser feita pela au- XXXIII - Poliomielite;
ficando tal registro sujeito à fiscalização da toridade sanitária local à estadual, deven- XXXIV - Peste Bubônica;
Secretaria do Meio Ambiente. do conter as exigências de notificação dos XXXV - Raiva Humana;
casos individuais pelo meio mais rápido XXXVI - Rubéola;
Parágrafo único. É proibida a inumação de possível. XXXVII - Sarampo;
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XXXVIII - SARS (Pneumonia Asiática); gar necessários para o seu esclarecimento. contribuir para a melhoria da qualidade de
XXXIX - Sífilis Congênita; vida e saúde da população.
XL - Síndrome da Rubéola Congênita; Parágrafo único. A recusa do doente, ou
XLI - Síndrome da Imunodeficiência Adqui- seu responsável, à execução dos exames Art. 80. As ações de saúde ambiental, des-
rida; e pesquisas, importará na aplicação de critas no artigo 29 da Lei Complementar
XLII - Tétano Acidental e Neonatal; penalidades. Municipal n.° 567 de 31/10/05, serão de-
XLIII - Tuberculose; senvolvidas com ênfase:
XLIII - Tularemia. Art. 73. A autoridade sanitária poderá, sem- I - no aprimoramento dos indicadores de
pre que necessário, proceder ao exame dos saúde e ambientais com vistas a torná-los
Art. 66. Classe 3: Doenças e outros agra- registros em estabelecimentos de saúde aptos a identificar processos de agravo à
vos em que a notificação coletiva, pelo nú- em farmácias, em laboratórios e outros saúde e avaliar o potencial de risco resul-
mero de casos deve ser feita à autoridade serviços de apoio diagnóstico relativo às tante de fatores de deterioração ambiental,
sanitária local e às instâncias superiores: doenças de notificação compulsória. incluindo o do ambiente de trabalho;
a) Estreptococcias; II - na priorização da adoção de critérios
b) Gastroenterites e diarréias infecciosas; Art. 74. Quando a autoridade sanitária sus- epidemiológicos com parâmetros funda-
c) Infecção hospitalar; peitar que um determinado óbito tenha sido mentais na definição do planejamento,
d) Influenza; produzido por doença de notificação com- alocação de recursos, implementação e
e) Salmoneloses; pulsória, poderá solicitar o exame cadavé- avaliação dos programas que contemplem
f) Tracoma. rico, a necrópsia e ainda, a exumação, in- ações integradas em saúde e meio ambi-
vestigando qual a causa mortis. entes;
Art. 67. É obrigatória a notificação de epi- III - na identificação e criação de formas de
demias de qualquer agravo, pelo meio Art. 75. Compete à autoridade sanitária ações integradas entre o setor público e
mais rápido disponível, independentemen- municipal e/ou estadual, de acordo com o privado, para o desenvolvimento de planos,
te da natureza do agente etiológico. conhecimento científico atual e normas programas e projetos relacionados à saú-
técnicas específicas, definir, determinar, de ambiental.
Art. 68. Os médicos que prestem atendi- executar e/ou propor a execução, coorde-
mento a qualquer caso de agravo de notifi- nar, delegar, acompanhar e avaliar as me- Art. 81. A SAÚDE/VISA participará da defini-
cação compulsória, ficam obrigados a fa- didas de prevenção e controle das doen- ção de ações e de programas de governo
zer a notificação, mesmo que não assu- ças e/ou agravos à saúde. dirigidas à melhoria das condições de sa-
mam a direção do tratamento. neamento básico e ambiental através da
Art. 76. Conforme Resolução n.º 092196, geração de indicadores epidemiológicos
Art. 69. Na ausência de médico, qualquer da Secretaria de Estado de Saúde do de forma a privilegiar a melhoria da saúde
outro profissional de saúde é obrigado a Paraná, os hospitais, (públicos e privados), coletiva.
proceder a notificação, podendo esta ser e maternidades deverão disponibilizar aos
feita por qualquer cidadão que tenha co- serviços de epidemiologia das Secretari- Art. 82. As ações de saúde e meio ambien-
nhecimento da ocorrência de doença de as Municipais e/ou Estaduais de Saúde, te devem estar contempladas no plano
notificação compulsória. cópia dos prontuários de todas as pacien- municipal de saúde.
tes que forem a óbito no período da gravi-
Parágrafo único. Todos os casos incluídos dez, parto ou puerpério. Art. 83. Nos casos de projetos de obras e
nesse artigo serão considerados suspei- instalações de atividade potencialmente
tos até confirmação ou descarte por médi- Seção IV causadora de dano ou risco à vida ou à
co ou por investigação epidemiológica con- Da Saúde Ambiental saúde coletiva, a SAÚDE/VISA exigirá, dos
forme critérios diagnósticos previamente responsáveis, estudos prévios sobre o
determinados. Art. 77. Constitui finalidade das ações de impacto dos efeitos para a saúde da po-
saúde ambiental, o enfrentamento dos pulação.
Art. 70. Não constitui quebra do segredo problemas ambientais e ecológicos, de
médico a revelação dos casos de doen- modo a serem sanados ou minimizados a Art. 84. A SAÚDE/VISA estabelecerá a clas-
ças de notificação compulsória. fim de não representarem risco à vida, le- sificação das atividades por porte e poten-
vando em consideração aspectos da eco- cial do dano ou risco, em consonância com
§ 1º. Nas situações em que puderem re- nomia, da política, da cultura e da ciência e os órgãos do meio ambiente e saúde do
sultar problemas sociais, a notificação tecnologia, com vistas ao desenvolvimen- trabalhador.
deverá ser feita de forma confidencial à to sustentado, como forma de garantir a
autoridade sanitária, que tomará, em cada qualidade de vida e a proteção ao meio Art. 85. Os empreendedores das ativida-
caso particular, as providências necessá- ambiente. des referidas no artigo anterior deverão
rias. realizar e apresentar a SAÚDE/VISA, rela-
Art. 78. São fatores ambientais de risco à tório da avaliação dos danos ou riscos a
§ 2º. Todos os funcionários do sistema de saúde aqueles decorrentes de qualquer saúde coletiva, contendo as propostas para
saúde, em todos os níveis, que pela natu- situação ou atividade no meio ambiente, eliminação e ou redução dos mesmos.
reza de suas atividades, tenham contato principalmente os relacionados à organi-
com informações sobre as doenças de zação territorial, ao ambiente construído, ao § 1°. O licenciamento das atividades rela-
notificação compulsória, deverão guardar saneamento ambiental, as fontes de polui- cionadas no artigo seguinte, será precedi-
sigilo profissional. ção, a proliferação de artrópodes nocivos, a do da aprovação do relatório apresentado
vetores hospedeiros intermediários, as ati- conforme artigo anterior.
Art. 71. A ocorrência de zoonoses em ani- vidades produtivas e de consumo, as subs-
mais deverá ser notificada imediatamente tâncias perigosas, tóxicas, explosivas, in- § 2°. O conteúdo e critérios de aprovação
à autoridade sanitária, seja da área de flamáveis, corrosivas e radioativas e a quais- de relatório de avaliação dos danos ou ris-
saúde ou agricultura, por médico veteriná- quer outros fatores que ocasionem ou pos- cos à saúde coletiva serão definidos pela
rio ou qualquer outra pessoa que tenha sam vir a ocasionar risco ou dano à saúde, autoridade sanitária competente e/ou nor-
conhecimento da doença. à vida ou à qualidade de vida. ma técnica especial.

Parágrafo único. Os casos notificados por Parágrafo único. Os critérios, parâmetros, Art. 86. São consideradas atividades e
outra pessoa, que não o médico veteriná- padrões, metodologias de monitoramento empreendimentos potencialmente causa-
rio estarão sujeitos à confirmação por este ambiental e biológico e de avaliação dos dores de danos ou risco à vida ou à saúde
profissional ou por investigação fatores de risco citados neste artigo serão coletiva e ao meio ambiente, entre outros:
epidemiológica conforme critérios diag- definidos neste regulamento, em normas I - Rodovias primárias e auto-estrada;
nósticos previamente determinados. técnicas especiais e demais legislações. II - Linhas de transmissão de mais de 230
KW;
Art. 72. Quando a autoridade sanitária tiver Art. 79. A autoridade sanitária, III - Usinas termoelétricas e
conhecimento de um caso suspeito de motivadamente e com respaldo cientifico termonucleares;
doenças de notificação compulsória, de- e tecnológico, poderá determinar interven- IV - Estações de tratamento de esgoto sa-
terminará os exames e pesquisas que jul- ções em saneamento ambiental, visando nitário;
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V - Emissários de esgotos; saúde pública e privados, abrangendo to- apresente Certificado de Aprovação ou
VI - Aterros sanitários; dos os trabalhadores, obedecendo ao flu- Conformidade expedido pelo órgão com-
VII - Aterros de resíduos tóxicos e perigo- xo estabelecido pelo SUS. petente, segundo a legislação vigente.
sos;
VIII - Incineradores de: Subseção III Art. 99. Toda situação de trabalho que ofere-
a) produtos tóxicos e perigosos; Condições de Riscos Ambientais nos ça grave e eminente risco para a saúde do
b) resíduos de serviço de saúde; Locais e Processos de Trabalho trabalhador deve sofrer imediata interrupção
IX - Instalações de armazenagem de pro- e interdição pela autoridade sanitária.
dutos tóxicos e perigosos; Art. 91. Toda instituição e empresa, de ca-
X - Estações de transmissão de energia ráter público ou privado, de acordo com os Parágrafo único. Considera-se risco grave
elétrica; riscos ambientais de suas atividades, de- e eminente para a saúde do trabalhador
XI - Extração mineral, nela compreendido, vem elaborar e implementar programas de toda condição ambiental de trabalho que
pedreira de brita, pedreira de bloco, carvão prevenção de riscos ambientais e controle possa ocasionar risco à vida, lesão
mineral, chumbo, calcário, petróleo e gás médico de saúde ocupacional, atendendo irreversível, incapacidade ou morte.
natural, amianto, xisto, entre outros; ao disposto em legislação vigente.
XII - Usinas de compostagem e reciclagem Art. 100. Não é permitido o uso de máqui-
de lixo urbano; Parágrafo único. Estes documentos de- nas, ferramentas ou equipamentos danifi-
XIII - Urbanização: de pólos industriais e vem permanecer nos locais de trabalho à cados.
distritos industriais; disposição da autoridade sanitária, poden-
XIV - Empresas com atividades potencial- do ainda, quando necessário, ser solicita- Subseção IV
mente causadoras de danos ou risco à da cópia para análise/avaliação. Medidas de Prevenção aos Riscos de
vida ou à saúde coletiva e ao meio ambi- Acidentes nos Ambientes de Trabalho
ente; Art. 92. Entende-se por riscos ambientais
XV - Outros empreendimentos não relaci- aqueles decorrentes da exposição pelos Art. 101. Devem ser adotadas medidas de
onados e definidos em norma técnica es- trabalhadores aos agentes e processos prevenção de acidentes nos ambientes de
pecial. presentes no ambiente de trabalho, que em trabalho que levem em conta, entre outros:
função de sua natureza, concentração ou as máquinas e/ou equipamentos, seus
Seção V intensidade e tempo de exposição, possam acionamentos e dispositivos de parada, a
Da Saúde e Trabalho causar danos à saúde do trabalhador, clas- proteção de suas partes móveis, sua ma-
sificados em: Risco físico, Risco químico, nutenção, limpeza e reparos, a circulação
Art. 87. A atenção a saúde do trabalhador Risco biológico, Risco ergonômico, Risco de pessoas e movimentação, armazena-
no setor público ou privado, do mercado bio-psico-social, Risco de acidente, confor- gem e manuseio de materiais, conforme
formal e informal, compreende as ações me legislação vigente. legislação vigente.
individuais e coletivas desenvolvidas no
âmbito do SUS e abrangerão o disposto Art. 93. A autoridade sanitária poderá exigir Parágrafo único. A área de trabalho, enten-
nos artigos 31 e 32, da Lei Complementar da empresa a identificação dos agentes dida como as áreas de circulação e os
Municipal n.° 567 de 31/10/05, observadas de riscos ambientais presentes nos locais espaços entre máquinas e/ou equipamen-
as regras dispostas neste regulamento. de trabalho, assim como sua tos, devem estar dimensionadas de forma
quantificação. que os trabalhadores possam se movi-
Subseção I mentar com total segurança.
Vigilância Sanitária/Ambiental Relativa à Art. 94. A metodologia e os parâmetros téc-
Saúde do Trabalhador nicos a serem utilizados para a avaliação Art. 102. As máquinas e equipamentos
dos riscos ambientais serão adotados devem manter dispositivos de
Art. 88. A avaliação das fontes de risco à pelo SUS e/ou Ministérios do Trabalho e acionamento e parada de forma que:
saúde nos locais e processos de traba- Emprego e, na ausência destes, serão uti- I - não se localizem na zona perigosa da
lho, determinando a adoção das providên- lizadas normas e padrões nacionais e/ou máquina e/ou equipamento;
cias para a eliminação ou redução dos ris- internacionais recomendados pelo SUS. II - possam ser acionadas ou desligadas
cos, compreendem ações desenvolvidas em caso de emergência por outra pessoa
no âmbito da vigilância sanitária, pela au- Art. 95. A intervenção no ambiente de traba- que não seja o seu operador;
toridade sanitária, em todos os estabele- lho deve visar à eliminação ou a redução III - não possam ser acionadas ou desli-
cimentos e locais de trabalho, avaliando, dos riscos, priorizando sempre a implan- gados involuntariamente pelo operador ou
dentre outros: tação de medidas de proteção de caráter de forma acidental;
I - condições de riscos ambientais nos lo- coletivo, obedecendo a seguinte ordem de IV - não acarretem riscos adicionais.
cais e processos de trabalho; prioridade: eliminação da fonte de risco;
II - medida de prevenção aos riscos de controle dos riscos na fonte; controle dos Art. 103. As máquinas e/ou equipamentos
acidentes nos ambiente de trabalho; riscos no ambiente de trabalho; e como devem ter suas partes móveis devidamen-
III - condições de conforto e da adaptação última opção a adoção de medida de pro- te protegidas e/ou enclausuradas dentro
do ambiente de trabalho ao trabalhador; teção individual. de sua estrutura ou isoladas por antepa-
IV - o controle médico de saúde ros adequados.
ocupacional; Art. 96. Enquanto não se consegue viabilizar
V - a investigação de agravos à saúde do adoção de medidas de proteção de cará- Parágrafo único. Entende-se por partes
trabalhador. ter coletivo, ou enquanto estas não forem móveis as polias, correias, eixos de trans-
suficientes, ou se encontrarem em fase de missão de força, lâminas, serras, rolos,
Subseção II estudo, planejamento ou implantação, ou cilindros e outras partes que se movimen-
Sistema de Informação Epidemiológica ainda em caráter complementar ou tem e possam causar danos à integridade
em Saúde do Trabalhador emergencial, deverão ser adotadas outras física do trabalhador.
medidas, obedecendo-se a seguinte or-
Art. 89. Deverá ser implantado sistema de dem de prioridades: Art. 104. As manutenções somente devem
informação epidemiológica em saúde do a) medidas de caráter administrativo ser executadas por profissional devida-
trabalhador que subsidiará a elaboração ou de organização do trabalho que redu- mente habilitado e autorizado pela empre-
do perfil epidemiológico e o planejamento zam a exposição ao risco; sa, conforme legislação vigente.
da política e das ações de saúde do traba- b) utilização de equipamentos de pro-
lhador, que deverá conter: teção individual. Parágrafo único. Os reparos, limpeza e
I - informações de acidentes e doenças ajustes somente devem ser executados
relacionadas com o trabalho; Art. 97. O equipamento de proteção indivi- com as máquinas paradas, salvo se o
II - informações de empresas classificadas dual deverá ser adequado tecnicamente movimento for indispensável à realização
segundo ramo de atividade e grau de risco. ao risco, eficiente no controle da exposi- da manutenção.
ção e oferecer conforto ao usuário.
Art. 90. A notificação de acidentes e doen- Art. 105. Todas as aberturas existentes nos
ças relacionadas ao trabalho deverá ser Art. 98. Somente será permitido o uso de pisos e paredes que possam oferecer ris-
feita, compulsoriamente, pelos serviços de equipamento de proteção individual que co de acidente, deve ser protegida de for-
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ma a evitar a queda de pessoas e/ou ma- c) observar as instruções de seguran- inexistência de riscos provenientes da área
teriais. ça expedidas pelo empregador; de produção.
d) quando disponibilizados equipa-
Art. 106. O piso dos ambientes de trabalho mentos de proteção individual seguir cor- Art. 117. Todos os locais de trabalho, inclu-
não deve apresentar saliência ou depres- retamente as orientações recebidas em sive os acessos a eles, tais como: corre-
são que prejudique a segurança na circu- treinamento quanto ao uso adequado, dores, escadas e passagens devem pos-
lação de pessoas ou na movimentação de higienização, manutenção periódica, suir iluminação adequada, apropriada à
materiais, assim como deve ser mantido armazenamento em local adequado e natureza da atividade desenvolvida.
limpo e conservado, isento de substânci- substituição quando apresentar desgaste
as que o torne escorregadio tais como: ou dano; Art. 118. A ventilação será preferencialmente
graxa, óleo, água, areia, entre outras. e) utilizar corretamente, seguindo as natural, feita por aberturas superiores ou
orientações recebidas em treinamento, os laterais, sempre que a ventilação natural
Art. 107. Todas as portas devem proporci- equipamentos de segurança, sejam de não for possível ou for insuficiente, será
onar abertura sem dificuldades e ser de caráter coletivos ou individuais; obrigatória a instalação de ventiladores,
fácil acesso, bem como os corredores e f) comunicar ao pessoal responsável insufladores e exaustores e/ou condicio-
as passagens internas devem permane- pela saúde e segurança do trabalho ou nadores de ar, resguardada a qualidade
cer livres. chefia imediata sobre as situações de ris- do ar captado.
co identificados no desenvolvimento das
Parágrafo único. Em casos especiais, atividades que possam comprometer a sua Art. 119. As condições ambientais de tra-
como local público e/ou com aglomeração integridade física ou a sua saúde; balho, bem como todos os equipamentos
de pessoas, será exigida a identificação g) submeter-se aos exames médicos que compõem o posto de trabalho, devem
de saídas de emergência, sem prejuízo de previstos nas Normas Regulamentadoras estar adequados as características psico-
outras legislações. do Ministério do Trabalho e Emprego; fisiológicas dos trabalhadores e a nature-
h) ampliar a divulgação das medidas za do trabalho a ser executado.
Art. 108. Visando a preservação da integri- de prevenção referente à saúde e segu-
dade física e da saúde do trabalhador com- rança do trabalho implementadas. Art. 120. Sempre que o trabalho puder ser
pete, entre outras, ao empregador: executado na posição sentada, sem acrés-
a) permitir e facilitar o acesso das au- Subseção V cimo de risco, a atividade, ou posto de tra-
toridades sanitárias aos locais de traba- Das Condições de Conforto e da Adapta- balho deve ser planejado para este
lho, a qualquer dia e horário e pelo tempo ção do Ambiente de Trabalho ao Traba- posicionamento, sendo que os assentos
que se fizer necessário, fornecendo-lhe lhador deverão atender o disposto na legislação
todas as condições necessárias e infor- vigente.
mações solicitadas; Art. 110. As empresas deverão manter os
b) implantar as medidas e procedi- ambientes de trabalho em condições ade- Art. 121. Nas atividades que exijam sobre-
mentos necessários à prevenção de aci- quadas de higiene, segurança e conforto, carga muscular estática ou dinâmica do
dentes e doenças do trabalho; de forma a garantir e preservar a saúde pescoço, ombros, dorso e membros su-
c) paralisar as atividades na ocorrên- dos trabalhadores, levando em conta fato- periores e inferiores, devem ser incluídas
cia de situação de risco grave ou eminente res como: ruído, iluminação, mobiliário, pausas programadas durante a jornada de
no local de trabalho, providenciando as máquinas e equipamentos, sanitários, re- trabalho, a fim de prevenir doenças
necessárias medidas corretivas, prevenin- feitórios e outros de interesse da saúde, ocupacionais.
do agravo à saúde dos demais trabalha- dentro de critérios estabelecidos em legis-
dores; lação específica. Subseção VI
d) desenvolver estudos e pesquisas Do Controle Médico de Saúde
em caso de risco ainda não conhecido, vi- Art. 111. Em todo local de trabalho deverá Ocupacional
sando esclarecê-lo e eliminá-lo; ser fornecido aos trabalhadores água po-
e) notificar ao SUS através de instru- tável e fresca, através de bebedouro de jato Art. 122. Toda instituição, empresa pública
mento definido por este, a ocorrência de inclinado ou outro dispositivo equivalente, ou privada deve elaborar e implementar o
acidente ou doença relacionada ao traba- sendo proibido o uso de copo coletivo. Programa de Controle Médico de Saúde
lho; Ocupacional, conforme legislação vigente.
f) manter treinamento contínuo aos Art. 112. As empresas cujos trabalhadores
trabalhadores quanto aos riscos a que realizem suas refeições em suas depen- Parágrafo único. Todos os exames reali-
estão expostos e respectivas medidas de dências, devem reservar local específico e zados, assim como todos os atestados de
controle; adequado para esse fim, dimensionado saúde Ocupacional, ficarão à disposição
g) informar, divulgar e dar conhecimen- de forma a atender a demanda, dotada de da autoridade sanitária, podendo ser soli-
to a todos os trabalhadores envolvidos iluminação e ventilação suficiente e prote- citado a qualquer momento que esta jul-
quanto aos riscos envolvidos no desen- gido das intempéries. gar necessário.
volvimento das atividades e das medidas
de segurança e de prevenção a serem Art. 113. Nos trabalhos com exposição a Subseção VII
adotados; substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, Da Investigação de Agravos à Saúde do
h) desenvolver ações educativas vi- alergizantes, poeiras ou substâncias que Trabalhador
sando a prevenção de acidentes e doen- provoquem sujidades ou em caso de ex-
ças relacionadas ao trabalho; posição a calor intenso, será exigido, lava- Art. 123. Visando a preservação da integri-
i) realizar todos os exames médicos tório e chuveiro dotado de água quente e dade física e da saúde dos trabalhadores,
de saúde ocupacional necessários, tais fria, separado por sexo na proporção de a autoridade sanitária deve desencadear
como avaliação clínica e exames comple- um para cada dez trabalhadores. a investigação nos ambientes e proces-
mentares, considerando os riscos da ati- sos de trabalho, previamente definidas em
vidade, condições de trabalho e os princí- Art. 114. O vestiário deve ser dotado de ar- seu planejamento, a fim de estabelecer as
pios da patologia ocupacional e suas cau- mários individuais e separados por sexo, medidas preventivas, corretivas e punitivas
sas, a fim de garantir, preservar e monitorar sempre que a atividade exigir troca de rou- previstas em lei.
a saúde dos trabalhadores. pas ou uso de uniforme ou guarda-pó.
§ 1º. Se durante a investigação for consta-
Art. 109. Tendo em vista a prevenção das Art. 115. Nos casos de trabalhos insalu- tado pela autoridade sanitária, situação de
possíveis repercussões negativas sobre bres ou que exponham os trabalhadores a risco grave e iminente ou dano à saúde
a saúde, potencializadas pelos riscos exis- sujidades, os armários devem dispor de dos trabalhadores, serão implementados,
tentes no ambiente de trabalho, compete dois compartimentos separados, para uso de imediato, ações preventivas, de corre-
ao trabalhador: de material limpo e material contaminado/ ção ou de interdição parcial ou total.
a) adotar as normas e procedimentos sujo.
de segurança implementadas pelo em- § 2º. Serão considerados para fins de in-
pregador; Art. 116. O local destinado à morada ou vestigação todos os óbitos, amputações,
b) colaborar com a empresa na im- dormitório para trabalhadores deve ser em doenças ocupacionais de caráter epidê-
plantação das medidas de segurança; local específico para este fim, observado a mico, bem como outros acidentes graves
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 23
relacionados com o trabalho e considera- II - Reservatórios e hospedeiros; apresentem capacidade administrativa, fí-
dos como eventos sentinela. III - Animais peçonhentos; sico-funcional e qualificação de pessoal,
IV - Água para consumo humano; adequada ao tipo de atividade e ao grau
Subseção VIII V - Ar; de risco que possa trazer à saúde.
Das Disposições Finais da Saúde do Tra- VI - Solo;
balhador VII - Contaminantes ambientais; Art. 137. A expedição ou renovação da li-
VIII - Desastres naturais; e, cença sanitária é condicionada à inspe-
Art. 124. Não poderão ser comercializados, IX - Acidentes com produtos perigosos. ção pela autoridade sanitária competente.
fabricados, importados, vendidos ou loca-
dos, máquinas e/ou equipamentos des- Art. 132. Cabe a SAÚDE/VISA executar Art. 138. A licença sanitária é o reconheci-
providos de dispositivo adequado de se- ações de regulação, normatização e con- mento da habilitação momentânea, poden-
gurança e de proteção contra acidentes. trole da instalação e do funcionamento de do, a qualquer tempo, ser suspensa ou
estabelecimentos prestadores de serviços cancelada no interesse da saúde pública,
Art. 125. Os trabalhadores e/ou suas enti- de saúde e de interesse a saúde, pública sendo assegurado ao proprietário do es-
dades representativas poderão encami- e privados. tabelecimento o direito de defesa em pro-
nhar denúncia à autoridade sanitária, nas cesso administrativo instaurado pela au-
questões que comprometam a saúde e a Parágrafo único. Essas ações poderão ser toridade sanitária.
segurança dos trabalhadores. formalizadas através de convênios de mú-
tua colaboração e/ou da formação de Co- Art. 139. A renovação da licença sanitária
Art. 126. Todas as questões relativas à missões Técnicas com a participação da deve ser feita a cada doze meses, poden-
saúde e segurança dos trabalhadores no Vigilância Sanitária e entidades represen- do ser renovada com periodicidade dife-
Município serão regidas pelas disposi- tativas de classes, universidades, órgãos rente, dependendo do grau de risco ofere-
ções contidas na Lei Municipal 567, neste de defesa do consumidor, Promotoria Pú- cido pelo estabelecimento, baseado em
regulamento, nas Normas Técnicas e atos blica e demais representações afins, da legislação específica.
administrativos, existentes ou a serem esfera federal, estadual ou municipal.
editados pela SAÚDE/VISA, podendo, ain- Art. 133. Na ausência de legislação espe- Art. 140. O documento da Licença Sanitá-
da, a autoridade sanitária fazer uso de Le- cífica para serviços de alta complexidade ria deve ser afixado em local visível ao pú-
gislação Federal vigente. ou situações emergenciais envolvendo blico.
radioatividade, uma vez detectado risco
Art. 127. Para subsidiar a avaliação e aná- potencial à saúde de pacientes, profissio- Art. 141. O estabelecimento, mesmo com
lise nas questões relativas à saúde e se- nais ou público em geral, bem como ao a Licença Sanitária devidamente regulari-
gurança dos trabalhadores, a autoridade meio ambiente, a SAÚDE/VISA, deve tomar zada, pode sofrer autuação ou intervenção
sanitária poderá exigir da empresa a có- medidas a fim de cessar o risco, basea- de outros órgãos das esferas federal, es-
pia dos documentos pertinentes. das em recomendações técnico-cientificas tadual e municipal, que têm interface com
nacionais ou internacionais. SUS e possuam atribuição específica para
Art. 128. A SAÚDE/VISA dentre as ações de interceder no estabelecimento.
prevenção de agravos à saúde dos traba- Seção II
lhadores realizará inspeções nos ambien- Do Licenciamento Art. 142. Nos estabelecimentos
tes de trabalho, de forma a identificar os prestadores de serviços de saúde, a reali-
riscos existentes e sua relação com a saú- Art. 134. Licença sanitária é o instrumento zação de reformas físicas ou alterações
de dos trabalhadores. pelo qual o estabelecimento público ou no número de leitos hospitalares, torna
privado torna-se habilitado para o funcio- obrigatória a renovação do cadastro junto
CAPITULO III namento. à Vigilância Sanitária e implica em nova
VIGILÂNCIA SANITÁRIA E AMBIENTAL vistoria.
Parágrafo único. A licença sanitária deve
Seção I ser expedida pela Secretaria Municipal de Parágrafo único. Quando houver mudança
Das Disposições Gerais Saúde ou pela SESA/ISEP, observadas as de responsável técnico, o estabelecimen-
competências. to deverá requerer a substituição de res-
Art. 129. As atividades de vigilância sanitá- ponsabilidade técnica junto à vigilância
ria, epidemiológica e ambiental, devem ser Art. 135. Os estabelecimentos de interes- sanitária.
desenvolvidas mediante a identificação de se à saúde, devem apresentar à autorida-
fatores de risco e dos diferentes agravos à de sanitária competente, previamente ao Art. 143. Para os procedimentos de baixa
saúde. funcionamento, sem prejuízo de outras de responsabilidade técnica deverá ser
exigências legais: apresentado à Vigilância Sanitária:
Parágrafo único. Entende-se como fator de I - relação dos serviços técnicos que com- a) cópia da rescisão do contrato soci-
risco, uma exposição ambiental, um atri- põem sua estrutura; al, quando o responsável técnico for sócio;
buto individual, ou qualquer evento que II - memorial descritivo de atividades, assi- b) cópia da rescisão de contrato em
determine maior probabilidade de ocorrên- nado e datado pelo representante legal e carteira profissional;
cia de danos à saúde da população e/ou responsável técnico; c) outros documentos de acordo com
ao meio. III - cópia do contrato social da empresa e atividade, observada a legislação.
alterações, devidamente registradas em
Art. 130. As atividades de vigilância sanitá- órgão competente; Art. 144. Todo estabelecimento ao encerrar
ria devem ser direcionadas IV - declaração de contratação de serviços suas atividades deve comunicar o fato ao ór-
prioritariamente para os fatores ambientais de terceiros, quando for o caso, devidamen- gão que emitiu a respectiva licença sanitária.
e de maior risco epidemiológico. te registrada no Cartório de Títulos e Do-
cumentos anexado a Licença Sanitária atu- Seção III
Art. 131. As atividades de Vigilância alizada; Do Abastecimento de Água
Ambiental em Saúde, compreendem o V - cópia dos documentos que comprovam
conjunto de ações e serviços prestados a habilitação legal e registro no respectivo Art. 145. Qualquer serviço de abastecimen-
por órgãos e entidades públicas relativos Conselho Regional do(s) responsável(eis) to de água, público ou privado, ficará sujei-
a vigilância ambiental em saúde, visando técnico(s); to à fiscalização da autoridade sanitária,
o conhecimento e a detecção ou preven- VI - cópia do contrato de trabalho da em- podendo ser instalado e operado somen-
ção de qualquer mudança nos fatores presa com o responsável técnico ou da te de acordo com a legislação vigente.
determinantes e condicionantes do meio carteira de trabalho.
ambiente que interferem na saúde huma- § 1º. Toda a água destinada ao consumo
na, com a finalidade de recomendar e ado- Art. 136. Serão fornecidas licenças sanitá- humano deve obedecer ao padrão de
tar medidas de prevenção e controle dos rias para estabelecimentos comerciais, potabilidade definido em legislação espe-
fatores de riscos relacionados às doen- industriais, prestadores de serviços de cífica e está sujeita à vigilância da qualida-
ças e outros agravos à saúde, em especi- saúde e de interesse à saúde, ou de qual- de da água.
al: quer natureza, que estejam de acordo com
I - Vetores; a normatização sanitária em vigor, e que § 2º. Cabe ao responsável técnico legal-
PÁG. 24 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006
mente habilitado pela operação de siste- redor do mesmo, com uma calçada de ci- os será equivalente ao consumo diário do
ma/serviço ou solução alternativa de abas- mento. edifício.
tecimento de água exercer o controle da
qualidade da água conforme legislação Art. 150. Nos projetos, obras e operação Art. 156. Os reservatórios terão a superfí-
específica. de sistemas do abastecimento de água e cie lisa, impermeável e resistente, não
soluções alternativas, sejam públicos ou podendo ser revestida de material que
Art. 146. Todas as edificações residenciais, privados, deverão ser obedecidos os se- possa contaminar a água e serão provi-
comerciais, industriais, ou instalações em guintes princípios gerais, independente de dos de:
logradouros públicos, localizados em áre- outras exigências técnicas eventualmente a) cobertura adequada, com tampa de ins-
as servidas por sistema público de abas- estabelecidas: peção constituída de material não corrosi-
tecimento de água, serão obrigados a fa- I - o aproveitamento deverá ser feito em vo, devidamente instalada sobre a borda,
zer a respectiva ligação ao sistema. manancial de superfície ou subterrâneo, de maneira que impeça a entrada de ma-
§ 1º. Ressalvam-se os casos de grandes devendo a água após o tratamento obede- teriais estranhos e infiltração, mantida so-
consumidores, que com prévia liberação cer aos padrões de potabilidade estabele- bre travamento;
do órgão ambiental, poderão suprir o abas- cidos para o tipo de consumo; b) acesso aos reservatórios deve ser faci-
tecimento por meio de outros sistemas, II - todos os materiais, equipamentos e litado, porém restrito ao pessoal da manu-
que deverão ser instalados, operados e produtos químicos utilizados em sistemas tenção;
monitorados de acordo com as normas de abastecimento de água e soluções al- c) extravasor com diâmetro superior ao da
técnicas da legislação vigente, consideran- ternativas, deverão atender às exigências canalização de alimentação, desaguando
do-se grande consumidor, o estabeleci- e especificações das normas técnicas em ponto perfeitamente adequado e visí-
mento que atingir consumo mensal de 100 estabelecidas pela autoridade sanitária vel, devendo a sua extremidade ser provi-
(cem) metros cúbicos de água. competente, a fim de não alterar o padrão da de tela milimétrica;
de potabilidade da água distribuída; d) canalização de limpeza, provida de re-
§ 2º. Nos casos previstos no parágrafo 1º III - toda água distribuída por sistema de gistro, funcionando por gravidade ou por
deste artigo, serão proibidas as ligações abastecimento e soluções alternativas, meio de elevação mecânica, com a toma-
cruzadas com a rede de abastecimento deverá ser submetida obrigatoriamente a da no fundo do reservatório, para drena-
público. um processo de desinfecção por cloro, de gem total do mesmo, visando sua limpeza
modo a assegurar sua qualidade do pon- e desinfecção;
§ 3º. Será exigido pela autoridade sanitá- to de vista microbiológico e manter con- e) no caso de reservatórios inferiores, com
ria, a potabilização da água através da de- centração residual do agente desinfetante funcionamento por meio de elevação me-
sinfecção com produtos e/ou processos na rede de distribuição, de acordo com le- cânica, deverá ser previsto rebaixo no fun-
que garantam a sua qualidade gislação específica; do para o escoamento total;
microbiológica, quando esta for destinada IV - admite-se a utilização de outro agente f) reservatórios de estabelecimento de in-
para consumo humano e fornecida coleti- desinfetante ou outra condição de opera- teresse à saúde, deverão possuir câmara
vamente. ção do processo de desinfecção, desde dupla, com tampa de inspeção e dispositi-
que fique demonstrada pelo responsável vos que proporcionem o seu funcionamen-
Art. 147. É terminantemente proibido nas técnico pelo sistema de tratamento uma to independente;
zonas dotadas de abastecimento de água, eficiência de inativação microbiológica equi- g) será obrigatória a limpeza periódica dos
o acúmulo da mesma, em barris, tinas, valente à obtida com a condição definida reservatórios de água por período não su-
latas ou recipientes similares que venham neste inciso; perior a 06 (seis) meses.
prejudicar a sua potabilidade ou servir de V - toda água natural ou tratada contida em
meio para a proliferação de vetores. reservatórios, casas de bombas, poços de Art. 157. É vedada a passagem de tubula-
sucção ou outras estruturas, deverá ficar ção de água dentro de fossas, ramais de
Art. 148. Todas as habitações, sejam de suficientemente protegida contra respin- esgoto, poços absorventes, poços de visi-
ordem pública, privada ou filantrópica que gos, infiltrações ou vazamentos, devendo ta e caixa de inspeção.
possuírem reservatórios de água de abas- tais partes serem construídas com mate-
tecimento deverão efetuar sua limpeza e riais à prova de percolação e as aberturas Parágrafo único. A proibição se estende às
desinfecção com periodicidade de 06 de inspeção dotadas de dispositivos que tubulações de esgoto, de qualquer nature-
(seis) em 06 (seis) meses ou quanto se impeçam a entrada de líquidos estranhos; za, que não poderão passar pelo interior
fizer necessário. VI - em todos os momentos e em toda sua de reservatórios ou caixas de água.
extensão, a rede de distribuição de água
Art. 149. Nos casos onde não houver sis- deve ser operada com pressão superior à Art. 158. A fiscalização da qualidade das
tema público de abastecimento de água, atmosférica. águas destinadas ao consumo humano é
será permitida abertura de poços ou apro- atribuição do Sistema Único de Saúde - SUS,
veitamento de fontes para fornecimento de Art. 151. Cabe à autoridade sanitária verifi- através de seus setores competentes.
água para consumo humano, devendo car a forma pela qual as habitações ou
estar em conformidade com os padrões edificações comerciais e industriais serão Subseção I
de potabilidade definidos em legislação supridas por água potável. Mananciais - Captação
específica.
Art. 152. Todos os edifícios devem ser abas- Art. 159. Na exploração de mananciais su-
§ 1º. Os poços freáticos devem ficar situa- tecidos com água potável, em quantidade perficiais ou subterrâneos, para qualquer
dos em nível superior ao do terreno. suficiente ao fim a que se destina. finalidade, deverá ser observada a legisla-
ção ambiental pertinente e precedida de
§ 2º. Não será permitida a abertura de po- Art. 153. Os sistemas de abastecimento licenciamento junto ao Órgão Ambiental
ços a uma distância inferior a 15 (quinze) domiciliar de água não podem afastar-se competente.
metros dos focos de contaminação. das condições mínimas estabelecidas por
este Regulamento, pelas normas da As- Art. 160. Toda água para consumo huma-
§ 3º. Na zona rural a abertura de poços sociação Brasileira de Normas Técnicas no suprido por manacial superficial e dis-
deverá obedecer a uma distância não infe- e pelos regulamentos dos órgãos compe- tribuído por meio de canalização deve in-
rior a 40 metros de pocilgas, currais e fos- tentes. cluir tratamento por filtração.
sas.
Art. 154. Os edifícios deverão ser abasteci- Seção IV
§ 4º. Todo poço escavado deve ser conve- dos diretamente da rede pública, quando Das Empresas de Limpeza de Reserva-
nientemente protegido a fim de impedir a houver, sendo obrigatória a existência de tórios
sua contaminação, sendo que para isso reservatórios, para atender a demanda dos
deverá possuir: paredes impermeabiliza- mesmos, quando o sistema de abasteci- Art. 161. As empresas prestadoras de ser-
das até 03 (três) metros de profundidade mento estiver em manutenção e não pu- viços de limpeza e desinfecção de reser-
no mínimo, tampa de concreto, com extra- der assegurar absoluta continuidade no vatórios, deverão ser licenciadas pela au-
ção de água por meio de bomba elétrica fornecimento de água. toridade sanitária.
ou manual, desvio das águas de chuva com
caimento adequado, após a proteção ao Art. 155. A capacidade total dos reservatóri- § 1º. É expressamente proibida a execu-
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 25
ção desta atividade sem o uso de Equipa- quidos para o sistema coletivo de esgoto e demais aparelhos destinados a receber
mento de Proteção Individual, específico ou de tratamento individual. despejos devem ser de material liso, im-
para este serviço. permeável, contínuo, resistente à corrosão,
Art. 168. É expressamente proibida a intro- de fácil limpeza e desinfecção, obedeci-
§ 2º. Os equipamentos empregados para dução direta ou indireta de águas pluviais das às normas a Associação Brasileira de
o serviço de limpeza e desinfecção, devem e de drenagem na rede coletora de esgo- Normas Técnicas.
ser de uso específico para este fim. tos sanitários, da mesma forma que é
taxativamente proibido o lançamento de Art. 176. Os receptáculos dos vasos sani-
Art. 162. Os produtos utilizados nesse pro- esgotos nas galerias de águas pluviais. tários devem fazer corpo com os respecti-
cesso devem possuir registro no Ministé- vos sifões, devendo permanecer no vaso
rio da Saúde e ter sua eficácia comprova- Art. 169. Os sifões, exceto os uma quantidade de água suficiente para
da, bem como a garantia da não existên- autoventilados, deverão ser protegidos impedir a aderência de dejetos e garantir
cia de odores e resíduos prejudiciais à contra dessifonamento e contrapressão, o fecho hídrico.
saúde. por meio de ventilação com dispositivos Parágrafo único. É expressamente proibi-
apropriados. da a instalação de aparelhos sanitários,
Seção V pias ou lavatórios construídos de material
Do Esgotamento Sanitário e das Águas § 1º. As instalações devem ser ventiladas poroso.
Pluviais através de:
a) tubos de quedas prolongados acima da Art. 177. Não serão permitidas peças das
Art. 163. Todo e qualquer sistema de es- cobertura do edifício; instalações sanitárias de qualquer natu-
gotamento sanitário, seja público ou priva- b) canalização independente e ascenden- reza, que apresentem defeitos ou solu-
do, individual ou coletivo, estará sujeito à te, constituindo tubos ventilados. ções de continuidade que possam acarre-
fiscalização da autoridade sanitária com- tar infiltrações ou acidentes.
petente, em todos os aspectos que pos- Art. 170. Ficam obrigados todos os proprie-
sam afetar a saúde pública. tários a procederem as obras necessárias Art. 178. As válvulas de descargas devem
ao pronto escoamento das águas pluviais ser instaladas sempre em nível superior
§ 1º. Todo sistema de esgotamento sani- caídas sobre a superfície livre do terreno. aos das bordas do receptáculo dos apare-
tário antes de entrar em operação deverá lhos e serão providas, obrigatoriamente,
ser precedido de licenciamento junto ao Art. 171. Os edifícios construídos nas divi- de dispositivos que impeçam a aspiração
órgão ambiental competente. sas dos lotes vizinhos ou dos alinhamen- de água contaminada do aparelho para
tos serão providos de calhas ou conduto- rede domiciliar de água.
§ 2º. Os projetos de construção, amplia- res para escoamento das águas pluviais.
ção e reforma de sistemas de esgotamen- Art. 179. Os mictórios serão providos de
tos sanitários, sejam públicos ou privados, Parágrafo único. Excluem-se edifícios, cuja dispositivos de lavagem ligada às caixas
individuais ou coletivos, deverão ser ela- disposição dos telhados orientam águas de descarga ou válvulas de descarga.
borados, executados e operados confor- pluviais para o próprio terreno da área
me normas técnicas estabelecidas. construída. Art. 180. É vedada a instalação de bidês e/
ou duchas higiênicas em instalações sa-
Art. 164. Todos os prédios residenciais, Art. 172. As águas pluviais provenientes das nitárias de uso público.
comerciais, industriais, ou instalações em calhas e condutores dos edifícios, ou mes-
logradouros públicos, em áreas servidas mo nas áreas descobertas deverão ser Art. 181. Outras exigências relacionadas
por rede coletora de esgoto serão obriga- canalizadas até as sarjetas ou galerias das com os aparelhos sanitários serão regu-
dos a fazer as respectivas ligações ao sis- imediações, passando por baixo das cal- lamentadas através da ABNT e de acordo
tema. çadas. com o parecer da autoridade sanitária.

§ 1º. Toda ligação clandestina de esgoto Art. 173. Todo lançamento de efluentes lí- Seção VII
sanitário ou de outras procedências, feita quidos industriais no sistema coletor de Dos Resíduos Sólidos
à galeria de águas pluviais, deverá ser esgotos sanitários deverão ser autoriza-
desconectada e ligada à rede coletora de dos pelo órgão ambiental competente. Art. 182. Todo e qualquer sistema individu-
esgoto. al ou coletivo, público ou privado, de gera-
Parágrafo único. É terminantemente proi- ção, armazenamento, coleta, transporte,
§ 2º. Desde que não haja rede coletora de bido o lançamento de: tratamento, reciclagem e destinação final
esgoto, as edificações de qualquer espé- I - substâncias que possam causar incên- de resíduos sólidos de qualquer natureza,
cie ficam obrigadas a fazer uso de trata- dio ou explosão, ou que comprometam a gerados ou introduzidos no Município, es-
mento individual de esgoto, com adequa- operação e manutenção dos sistemas de tará sujeito à fiscalização da autoridade
do destino final de efluentes. esgoto, tais como: gasolina, álcool, sanitária competente, em todos os aspec-
solventes, tintas e similares; tos que possa afetar a saúde pública.
§ 3º. Toda edificação que utiliza sistema II - substâncias que por si ou por interação
individual de tratamento de esgoto é obri- com outros despejos causem prejuízo públi- § 1º. Toda unidade geradora de resíduos
gada, através de seus responsáveis, a co, risco à saúde ou que prejudiquem a opera- nos estados sólidos ou semi-sólido que
manter o mesmo em perfeito funcionamen- ção e manutenção dos sistemas de esgoto; resultam de atividades da comunidade de
to, providenciando a sua limpeza e manu- III - substâncias tóxicas, em quantidade origem industrial, doméstica, atendimento
tenção periodicamente. que interfiram em processos biológicos de à saúde, comercial, agropecuária, de servi-
tratamento de esgotos, quando existirem, ços e de varrição que representam potenci-
Art. 165. É vedada a utilização de poços ou que causem danos ao corpo receptor; al risco à saúde ou de poluição, deverá pos-
rasos escavados, para disposição de IV - materiais que causem obstrução na rede suir autorização prévia junto ao órgão
efluentes de esgotos domésticos ou in- coletora ou outra interferência para a ope- ambiental quanto à forma adequada de
dustriais. ração do sistema de tratamento de esgoto. acondicionamento, coleta, armazenamento,
tratamento e/ou destino final.
Art. 166. Os conjuntos habitacionais, indus- Art. 174. Todas as residências ou ativida-
triais e comerciais deverão possuir siste- des industriais e comerciais devem privi- § 2º. Caberá a Secretaria Municipal de Saú-
ma próprio de esgotamento sanitário, de- legiar as formas de tratamento de esgoto de através do setor competente na organi-
vidamente autorizado pelo órgão ambiental e resíduos sólidos, que permitam o zação, a fiscalização quanto as condições
competente, sempre que o serviço local reaproveitamento dos resíduos, sem da- de acondicionamento, coleta interna, trans-
não tiver condições para proporcionar o nos à saúde pública, e minimizem os da- porte interno e armazenamento dos resí-
devido atendimento através de suas redes nos ao meio ambiente. duos gerados em estabelecimentos de
coletoras. interesse à saúde.
Seção VI
Art. 167. Toda edificação deve ser equipa- Dos Aparelhos Sanitários Art. 183. O município deve estabelecer po-
da com dispositivo adequado, destinado a lítica que vise minimizar o volume de resí-
receber e conduzir resíduos sólidos e lí- Art. 175. Os vasos sanitários, os mictórios duos sólidos gerados, a fim de otimizar o
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processo de coleta seletiva, transporte, tra- de Saúde-PGRSS; córregos, deverão mantê-los limpos, sem
tamento e/ou destino final. III - segregar, acondicionar e identificar os entulhos, desobstruídos, com as margens
resíduos adequadamente; regulares, respeitadas à área de preser-
Art. 184. Os projetos de implantação, cons- IV - assegurar o adequado armazenamento vação permanente, a fim de que se evite o
trução, ampliação e reforma de sistemas temporário e externo dos resíduos, em desenvolvimento de hospedeiros ou trans-
de coleta, transporte, tratamento, conformidade com a legislação sanitária missores de doenças e, sempre que ne-
reciclagem e destinação final de resíduos e ambiental. cessário, providos de obras de proteção e
sólidos deverão ser elaborados, executa- sustentação, ficando proibido o
dos e operados conforme normas técni- Art. 190. Os resíduos comuns devem ser represamento das águas e o desvio de
cas específicas. apresentados devidamente acondiciona- seus cursos.
dos para coleta pública, de forma que im-
§ 1º. Qualquer forma de disposição de re- peça o acesso de vetores e animais, res- Parágrafo único. Os terrenos pantanosos
síduos sólidos deverá ter projeto previa- peitando a postura do gestor do serviço de e alagadiços terão sua ocupação definida
mente aprovado pelo órgão ambiental coleta e obedecendo a legislação vigente. por regulamento de posturas municipais
competente. e observado o disposto em legislação
Art. 191. Os resíduos sólidos devem ser ambiental.
§ 2º. O projeto deve prever, no mínimo, con- acondicionados em recipientes de materi-
dições de infra-estrutura adequada quanto al resistente e não corrosível ou outro apro- Art. 200. Todo e qualquer movimento de
ao acesso e restrição da área, drenagem e vado por normas técnicas e providos de terra somente poderá ser executado se for
tratamento do percolado, controle de tampa. evitada a formação de coleção de água,
vetores, drenagem de gases, proteção de bem como permitido o livre escoamento
mananciais superficiais e subterrâneos. Art. 192. O serviço responsável pela cole- de rios, riachos e valas.
ta, transporte, destino final e/ou tratamen-
§ 3º. O projeto deve prever manutenção to, deve estabelecer e respeitar as condi- Art. 201. Toda drenagem a ser executada à
adequada. ções necessárias de manutenção em to- montante da captação de um sistema co-
das as etapas do processo e freqüência letivo de abastecimento de água não po-
Art. 185. Os resíduos sólidos infectantes e da coleta. derá ser feita sem a prévia autorização do
especiais, tais como, químicos perigosos, órgão ambiental.
farmacêuticos e radioativos, devem ser Art. 193. A coleta e o transporte dos resídu-
avaliados pelos órgãos de saúde e/ou de os serão efetuados através de veículos Art. 202. Ficam todos os proprietários de
meio ambiente competente, de forma dife- equipados de retentor de líquidos e dispo- imóveis urbanos, obrigados a executar as
renciada dos resíduos comuns quanto as sitivos que impeçam, durante o trajeto, a obras necessárias ao pronto escoamento
suas características, desde a fonte gera- queda de partículas nas vias públicas. das águas pluviais que possam se acu-
dora, segregação, acondicionamento, co- mular no terreno, evitando o seu
leta interna, transporte interno e externo, Art. 194. Nos locais de difícil acesso para o empoçamento, não sendo permitida, em
armazenamento, coleta externa, destino fi- veículo coletor devem ser instalados dis- hipótese alguma, a sua drenagem à rede
nal e/ou tratamento. positivos de armazenamento provisório coletora de esgotos.
para atender esses imóveis.
Parágrafo único. Os estabelecimentos ge- § 1º. Quando as condições topográficas
radores de resíduos farmacêuticos e radi- Art. 195. Na zona rural ou em localidades exigem o escoamento de água de chuva
oativos, inflamáveis, explosivos, que não haja coleta pública para resíduos para terrenos vizinhos, será para isso, a cri-
infectantes, será totalmente responsável comuns, o destino final recomendado é o tério da autoridade sanitária, exigida dos
pelo destino final de seus resíduos líqui- enterramento no terreno pertencente ao proprietários do terreno à jusante permis-
dos, sólidos ou gasosos, tomando as de- domicílio gerador ou outra tecnologia ade- são para o total escoamento das águas plu-
vidas providências sem ocasionar danos quada. viais provindas dos terrenos à montante.
ou riscos ao meio ambiente.
Art. 196. As instalações destinadas ao § 2º. As canalizações para águas pluviais
Art. 186. As edificações de uso coletivo e manuseio de resíduos com vistas à sua deverão ter diâmetro e declividade conve-
estabelecimentos de interesse à saúde, reciclagem, deverão ser projetadas, ope- niente ao seu escoamento.
devem dispor de local específico para o radas e mantidas de forma tecnicamente
armazenamento provisório de resíduos, adequada, a fim de não vir a comprometer Art. 203. Ficam todos os proprietários de
dotado de cobertura, acesso restrito, dis- a saúde humana e o meio ambiente. imóveis obrigados a executar as obras
positivos que impeçam a entrada de necessárias ao pronto escoamento das
vetores, piso revestido de material imper- Parágrafo único. As instalações que arma- águas pluviais caídas sobre superfície li-
meável e lavável. zenem temporariamente resíduos sólidos, vre do terreno, não sendo permitida, em
para fins de reciclagem, devem possuir hipótese alguma, a sua drenagem à rede
Parágrafo único. Poderá ainda ser exigida infra-estrutura mínima adequada preven- coletora de esgotos.
iluminação artificial, ponto de água, ralo do proteção contra chuva, organização in-
sifonado e área para higienização de equi- terna, restrição de acesso, dispositivo que Art. 204. O piso das áreas, passeios e po-
pamentos auxiliares. impeça a entrada e proliferação de vetores, rões deverão ser uniformes sem depres-
animais reservatórios e animais sões e com a declividade necessária ao
Art. 187. Os estabelecimentos prestadores peçonhentos, mantendo o ambiente orga- escoamento das águas, sendo as sarje-
de serviços de saúde devem atender a le- nizado e em condições adequadas para tas dispostas de modo a não reterem água
gislação específica vigente quanto aos re- higiene e limpeza. em seu percurso.
síduos sólidos gerados, atendendo aos
requisitos do órgão ambiental e de saúde. Art. 197. Fica expressamente proibido o Seção IX
despejo de resíduos sólidos e de varrição Das Piscinas
Art. 188. É vedada a reciclagem de resídu- de ruas em bocas de lobo, ficando o res-
os sólidos infectantes gerados por esta- ponsável pelo despejo sujeito a penalida- Art. 205. Para efeito de aplicação do pre-
belecimentos prestadores de serviços de de prevista em legislação. sente regulamento, as piscinas são clas-
saúde. sificadas nas seguintes categorias:
Art. 198. Todo terreno ou data, baldio ou I - Quanto ao uso:
Art. 189. Caberá aos estabelecimentos não, deverá ser livre de resíduos sólidos e a) piscinas públicas: utilizadas pelo públi-
geradores de resíduos de serviços de saú- entulhos, que possam servir para a proli- co em geral;
de: feração de vetores. b) piscinas privativas: utilizadas somente
I - gerenciar os seus resíduos, desde a por membros de uma instituição, por gru-
geração até a disposição final, de forma a Seção VIII pos restritos, tais como: academias, clu-
atender os requisitos ambientais e de saú- Da Drenagem no Solo bes, condomínios, escolas, entidades,
de pública; associações, estabelecimentos de hospe-
II - elaborar e implementar o Plano de Art. 199. Os responsáveis pelos terrenos dagem, (hotéis, motéis e congêneres), bem
Gerenciamento de Resíduos de Serviços atravessados por valas, riachos e como as destinadas a outros fins, que não
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 27
o esporte ou a recreação, tais como as te- III - Qualidade microbiológica: to, atinentes aos banhistas, devem ser afi-
rapêuticas e outras; a) ausência em 100 mililitros de bac- xados em local visível aos mesmos.
c) piscinas residenciais: utilizadas por térias Escherichia coli ou Coliformes
seus proprietários, ou seja, as de residên- termotolerantes, quando se fizer necessá- Art. 222. As piscinas podem ser interdita-
cias unifamiliares. rio, recomenda-se a verificação através de das pelo não cumprimento das prescri-
II - Quanto ao suprimento de água no tan- análises; ções deste Regulamento e das Normas
que: b) a amostragem será feita, nos dias Técnicas Especiais.
a) piscinas de recirculação com tratamen- de maior afluência do público, a critério da
to contínuo e obrigatório; autoridade sanitária. Art. 223. O responsável por piscina de qual-
b) piscinas de renovação contínua, com ou quer natureza, fica obrigado a manter e
sem tratamento; Art. 213. O uso de produtos e/ou equipa- adotar mecanismos que evitem a procria-
c) piscinas de "encher e esvaziar". mentos para a desinfecção de água das ção de vetores e qualquer tipo de acidente.
piscinas, deve ser feito de forma que as-
Art. 206. Nenhuma piscina poderá ser segurem a qualidade da água, de manei- Art. 224. Quanto ao paisagismo deverá se
construída, ou funcionar, sem ter a aprova- ra continua, durante todo o tempo que a tomar cuidado para que não haja proximi-
ção de seu projeto pela autoridade sanitária. piscina permanecer em uso. dade aos tanques, devido à poluição que
a vegetação pode provocar na água.
Art. 207. As piscinas residenciais particu- § 1º. Os produtos e/ou equipamentos utili-
lares ficam dispensadas das exigências zados para desinfecção devem ter sua efi- Art. 225. Fica vedado o uso de estrados de ma-
deste regulamento, podendo sofrer inspe- cácia comprovada tecnicamente. deira nos vestiários e instalações sanitárias.
ção da autoridade sanitária quando neces-
sário. § 2º. A identificação quantitativa na água da Art. 226. Não se aplicam às piscinas do-
piscina, dos produtos de desinfecção, deve miciliares os seguintes dispositivos: inciso
Art. 208. O projeto será constituído por plan- ser realizada através de métodos simples III e V do artigo 209, artigo 216 e artigo 219.
tas, cortes, localização de equipamentos in loco.
e canalizações, diagrama de fluxo, Art. 227. Os casos omissos neste Código
memorial descritivo de construção e rela- Art. 214. Toda piscina pública e privativa e em Normas Técnicas serão resolvidos
tório técnico. deverá ter um técnico responsável pelo tra- pela autoridade sanitária.
tamento da água e manutenção das suas
Art. 209. As piscinas deverão satisfazer as condições higiênicas, ficando obrigado a Seção X
seguintes condições: verificar, de modo rotineiro, o PH e a efici- Das Hospedagens, Colônias de Férias,
I - revestimento interno de material imper- ência do processo de desinfecção. Acampamentos e Estações de Águas
meável, de superfície lisa e de cor clara,
que possibilite a visualização total do fun- Parágrafo único. O técnico responsável Art. 228. Nenhum estabelecimento de hos-
do do tanque; deverá ser cadastrado junto a vigilância pedagem, colônia de férias, acampamen-
II - fundo com declividade adequada, sem sanitária e comunicar imediatamente por to ou estação de águas, será instalado,
reentrâncias, saliências ou degraus, para escrito quando houver o encerramento do sem prévia autorização da autoridade sa-
se evitar acidentes; contrato. nitária competente.
III - lava-pés, com solução desinfetante, e
chuveiros em todos os acessos dos usu- Art. 215. Os freqüentadores das piscinas Art. 229. O responsável por colônia de féri-
ários à área do tanque; públicas e privativas deverão ser submeti- as ou acampamento de qualquer nature-
IV - dispositivos que produzam circulação dos a exames médicos, de acordo com za, que faça uso de fonte própria para abas-
uniforme da água; Norma Técnica Específica. tecimento, deve efetuar controle de quali-
V - vestiários, instalações sanitárias e chu- dade da água.
veiros separados para cada sexo; Art. 216. As piscinas devem ter o suprimen-
VI - dispositivo que impeça o refluxo das to de água pelo processo de recirculação. § 1º. As provenientes de fontes naturais
águas da piscina para a rede de abasteci- devem ser devidamente protegidas contra
mento. § 1º. A máquina e os equipamentos das contaminação.
piscinas devem permitir a recirculação de
Art. 210. No caso de piscinas públicas e um volume de água igual ao de suas res- § 2º. As provenientes de poço perfurado
privativas, a parte destinada a espectado- pectivas capacidades, num período máxi- devem preencher as exigências previstas
res deve ser absolutamente separada da mo de oito horas. no presente Regulamento e nas respecti-
piscina e demais dependências. vas Normas Técnicas.
§ 2º. O presente dispositivo não se aplica
Art. 211. A água das piscinas deve sofrer as piscinas de encher e esvaziar. Art. 230. Os acampamentos de trabalho ou
controle físico-químico e bacteriológico. recreação e as colônias de férias só pode-
Art. 217. As instalações de esgotamento rão ser instaladas em terrenos secos e
Art. 212. A qualidade da água do tanque das piscinas não deverão permitir cone- com declividade suficiente ao escoamen-
em uso deverá obedecer aos seguintes xão direta com a rede pública de esgotos to das águas pluviais.
requisitos: sanitários.
I - Qualidade biológica: Art. 231. Os acampamentos de trabalho ou
a) de cada tanque deverá ser exami- Parágrafo único. As instalações sanitárias recreação, quando constituídos unidades
nado um número representativo de amos- ligadas à rede pública de esgotos sanitá- de alojamento, deverão preencher as exi-
tras; rios não devem permitir a interconexão com gências mínimas deste regulamento, no
b) não deverá conter bactérias do gru- quaisquer outros sistemas de esgota- que se refere a instalações sanitárias ade-
po coliforme fecais e/ou Staphilococus Áu- mento de piscinas. quadas, iluminação e ventilação,
reos; entelamento das aberturas, precauções
c) deverá ser evitada a proliferação Art. 218. O número máximo de banhistas, quanto a vetores e roedores e adequado
de algas; utilizando a piscina ao mesmo tempo, não destino dos resíduos sólidos e líquidos.
II - Qualidade física, química e físico-quí- deve exceder de um para cada metro qua-
mica: drado de superfície líquida. Seção XI
a) a visibilidade da água deve ser tal Das Casas de Diversões e Lazer em
que permita a visualização total do fundo Art. 219. Toda piscina deve dispor de equi- Geral
do tanque; pamento de salvamento.
b) o ph da água deverá ficar entre 7,2 (sete Art. 232. Só serão permitidas salas de es-
vírgula dois) e 7,8 (sete vírgula oito); Art. 220. A instalação, funcionamento e ope- petáculos no pavimento térreo e no imedi-
c) a superfície da água deverá estar ração de piscinas térmicas e de uso atamente superior ou inferior, devendo em
livre de matéria flutuante e espuma; terapêutico medicinal serão estabelecidas qualquer caso, ser assegurada rápida eva-
d) a concentração de NO2 (nitrito) não de- através de Norma Técnica Específica. cuação dos espectadores.
verá ser superior a 0,1 ppm, ou seja, (um
décimo de parte por milhão); Art. 221. Os dispositivos deste Regulamen- Art. 233. As portas de saída das salas de
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espetáculos deverão obrigatoriamente ção e avaliação de impacto à saúde quan- órgão ambiental, observando o necessá-
abrir para o lado de fora. to aos aspectos de salubridade, drena- rio isolamento de áreas edificáveis, atra-
gem, infra-estrutura sanitária, manutenção vés de logradouros públicos.
Art. 234. As salas de espetáculos, diver- de áreas livres e institucionais, sistemas
sões, lazer em geral, deverão ser dotadas de lazer, índices de ocupação e de densi- § 1º. Nas zonas abastecidas por rede pú-
de dispositivos para renovação de ar de dade demográfica e outros fatores que blica de água a distância mínima de 14
acordo com Normas Técnicas. possam ocasionar danos ao ambiente e metros.
que impliquem em risco a saúde, sob o
§ 1º. A instalação de sistema de ar condici- ponto de vista de sua ocupação e § 2º. Nas zonas não providas de rede pú-
onado, deverá obedecer à Normas Técni- destinação para fins residenciais, comer- blica de água, a distância mínima de 30 m
cas Específicas. ciais e industriais. (trinta metros).

Art. 235. Em estabelecimentos de diversão Art. 241. Todos os loteamentos devem ter Art. 252. Nos projetos de implantação de ce-
e lazer em geral, com ambientes fecha- condições mínimas de saneamento, com- mitérios, deve ser previsto, sistema de dre-
dos, deverá ser proibido que os especta- postas de sistemas de drenagem, escoa- nagem das covas, tratamento de efluentes,
dores fumem no local o qual deverá ter pla- mento de águas pluviais, abastecimento drenagem das águas pluviais independen-
cas indicativas da proibição. de água e rede coletora de esgoto. tes e construção de poços de monitoramento
do lençol freático e subterrâneo.
Art. 236. As instalações sanitárias destina- Art. 242. Os loteamentos devem ser libera-
das ao público, nos locais de diversão e dos para construção após a aprovação, vis- Art. 253. O lençol de água, sob os cemitéri-
lazer em geral, deverão ser separados por toria e liberação dos órgãos competentes os horizontais, deve ficar no mínimo a 5
sexo e atender as exigências mínimas para da saúde e meio ambiente. metros de profundidade.
instalações sanitárias contidas neste Re-
gulamento. Art. 243. Os loteamentos para fins industri- Art. 254. O nível dos cemitérios em relação
ais devem ser localizados levando em con- aos cursos de água vizinhos deverá ser
§ 1º. Conterão, no mínimo, a proporção de sideração a possibilidade de poluição suficientemente elevado, de modo que as
01 (um) vaso sanitário para cada 60 (ses- ambiental em todas as suas formas e ser águas das enchentes não atinjam o fundo
senta) pessoas e 01 (um) lavatório para cada previamente autorizado pelo órgão das sepulturas.
120 (cento e vinte) pessoas, separados por ambiental competente.
sexo, admitindo igualdade entre o número Art. 255. Todo cemitério em funcionamen-
de homens e mulheres, prevendo um sani- Art. 244. Todos os terrenos baldios das to fica sujeito à fiscalização da autoridade
tário adaptado para deficiente físico. áreas urbanas devem ser fechados, dre- sanitária, devendo o mesmo atender as
nados quando necessário, mantidos lim- legislações pertinentes.
§ 2º. Nos sanitários e vestiários de uso pos e capinados, pelos proprietários.
público, no mínimo 5% do total de cada Art. 256. Os vasos ornamentais devem ser
peça, devem ser adequados ao uso de Seção XIII preparados de modo a não conservarem
pessoa portadora de deficiência Das Garagens e Oficinas água que permita a proliferação de vetores.
ambulatória, obedecendo ao mínimo de
uma peça de cada. Para efeito de cálculo, Art. 245. Os serviços de pintura nas gara- Art. 257. As capelas mortuárias devem ser
sempre que houver divisões por sexo, os gens, oficinas de veículos e postos de ser- ventiladas, iluminadas e disporem, no míni-
sanitários e vestiários masculinos e femi- viços, devem ser feitos em compartimen- mo de sala de vigília e instalações sanitári-
ninos devem ser considerados separada- tos próprios, de modo a evitar a dispersão as independentes para ambos os sexos.
mente. de tintas e derivados nas demais seções
de trabalho, observados o prévio Art. 258. As câmaras de sepultamento de
Art. 237. Em todos os estabelecimentos licenciamento pelo órgão ambiental com- cemitério vertical, a nível superior do solo,
de diversão deverão ser instalados bebe- petente. deverão ser construídos de material im-
douros, com jato inclinado, fora das insta- permeável, de modo que garanta a não
lações sanitárias, na proporção de 01 (um) Art. 246. Os efluentes das garagens co- exalação de odores e vazamento de líqui-
bebedouro para cada 200 (duzentas) pes- merciais e postos de serviços ou de abas- dos derivados da decomposição.
soas. tecimento de veículo devem ser tratados
conforme Normas Técnicas Específicas e Parágrafo único. Os gases e líquidos po-
Art. 238. Os circos, parques de diversão e licenciamento do órgão ambiental. derão ser removidos das câmaras de se-
estabelecimentos congêneres, deverão pultamento por sistemas de drenos com
possuir, como também observar: Art. 247. É vedado o funcionamento de ofi- disposição final adequada e que atendam
I - instalações sanitárias provisórias, inde- cina, garagens e postos de serviços com as legislações específicas.
pendentes para cada sexo e com uma ins- piso de chão batido.
talação coletora de esgoto aprovada pela Art. 259. Os crematórios deverão ter seu
autoridade sanitária, com a proporção de Art. 248. As garagens, oficinas, postos de projeto aprovado pela autoridade sanitária
01 (um) vaso sanitário para cada 200 (du- serviços ou de abastecimento de veículos e órgão ambiental competente, sendo lo-
zentas) pessoas; estão sujeitos às prescrições referentes calizados em áreas definidas pelo
II - não será permitida a construção destas às edificações comerciais em geral, onde zoneamento municipal.
instalações sanitárias em madeira ou se aplicarem.
materiais pré-moldados; § 1º. Devem dispor das seguintes instala-
III - quando as atividades cessarem nes- Art. 249. Deverão as garagens e oficinas ções mínimas:
tes estabelecimentos os mesmos serão se situar em terrenos complemente mura- a) sala de espera;
responsáveis pela remoção das instala- dos para isolar as áreas vizinhas. b) sala de vigília com iluminação e ventila-
ções sanitárias. ção adequadas;
Art. 250. Os pneus, novos e usados, ou c) sanitários completos para ambos os
Art. 239. Todos os estabelecimentos e even- outros objetos que possam acumular sexos;
tos de fins religiosos e lazer em geral de- água, devem ser mantidos cobertos de
verão seguir este Regulamento e Normas modo a não permitir a proliferação de § 2º. Devem dispor de câmara crematória
Técnicas. vetores. que assegure a completa incineração, em
conformidade com as legislações especí-
Seção XII Seção XIV ficas.
Dos Loteamentos de Terrenos Dos Cemitérios, Funerárias, Capelas
Mortuárias, Necrotérios, Instituições de Art. 260. Os necrotérios devem atender a
Art. 240. Todos os loteamentos deverão ser Medicina Legal, Crematórios e legislação vigente e as Normas Técnicas
aprovados pelo Poder Público Municipal, Congêneres Específicas.
que deverá observar a avaliação da autori-
dade sanitária e do órgão ambiental, os Art. 251. Os projetos de cemitérios devem Art. 261. O transporte de cadáveres só po-
princípios de proteção à saúde da popula- ser aprovados pela autoridade sanitária e derá ser feito em veículo especialmente
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destinado a este fim. edificações devem ser protegidas por meio orientadas e protegidas por coberturas de
de revestimento impermeável, capaz de beiral com saliência capaz de evitar que
Parágrafo único. Os veículos deverão ter impedir que, no interior das mesmas ou incidam sobre as paredes do edifício, as
condições de lavagem e desinfecção após dos compartimentos da construção, se águas pluviais provenientes dos telhados,
o uso. faça sentir a ação da unidade. as quais terão assegurado o seu fácil es-
coamento.
Seção XV Parágrafo único. Quando uma das faces
Da Higiene das Habitações, das Cons- da construção estiver em contato com o I - Quando não for possível atender exigên-
truções e Instalações terreno, a mesma deve ser protegida por cias deste artigo, o escoamento das águas
processos de drenagens e deve ser feito por meio de calhas ligadas a
Art. 262. As edificações habitacionais em impermeabilizações com revestimento coletores, uma vez preenchidos os seguin-
geral devem obedecer aos requisitos de adequados. tes requisitos:
higiene indispensáveis para a proteção da a) adoção de dispositivos nas construções
saúde dos moradores, usuários e traba- Art. 269. Nos revestimentos das paredes, para a fixação e que facilitem o acesso e a
lhadores. tetos e pisos das edificações, não podem inspeção das calhas em toda a sua exten-
ser utilizados materiais que liberem ema- são;
Parágrafo único. As edificações nações tóxicas. b) que as calhas sejam sempre proporci-
habitacionais, os estabelecimentos comer- onais em dimensões, à capacidade de
ciais ou industriais, públicos e privados e Art. 270. Todos os elementos construtivos captação da área de cobertura que vão
as entidades e instituições de qualquer ou decorativos externos das edificações, servir, evitando extravasamento, de acordo
natureza são obrigados a atender aos pre- não devem permitir o abrigo de animais com a Associação Brasileira de Normas
ceitos de higiene e segurança do trabalho, ou a estagnação de água. Técnicas;
estabelecidas em normas técnicas. c) as calhas devem ser desobstruídas pe-
Art. 271. Os pés direito para edificações riodicamente e mantidas com inclinação
Art. 263. Toda e qualquer edificação, quer deverão ser no mínimo de 2,4 metros para adequadas para o total escoamento da
seja urbana ou rural, deverá ser construída os compartimentos destinados as água.
e mantida, observando-se: edificações residenciais, 2,8 metros para
I - a proteção contra as enfermidades os compartimentos de edificações comer- Art. 280. As áreas descobertas dos perí-
transmissíveis e as enfermidades crôni- ciais e 3,5 metros para todos os comparti- metros fechados das edificações devem
cas; mentos destinados as indústrias. Serão ter piso revestido por material impermeá-
II - a prevenção de acidentes e intoxica- aceitos para as edificações em geral os vel e dotados de ralos receptores de águas
ções; pés direito mínimo de 2,2 metros para áre- pluviais, ligados à canalização de escoa-
III - a redução dos fatores de estresse psi- as destinadas aos sanitários e 2,4 metros mento que devem ser tubuladas ao atra-
cológico e social; para corredores e cozinhas. vessar o interior das edificações.
IV - a preservação do ambiente do entorno;
V - o uso adequado da edificação em fun- Art. 272. As instalações sanitárias não de- Art. 281. Todos os compartimentos das
ção de sua finalidade. vem possuir comunicação direta com a construções devem ter iluminação e venti-
cozinha. lação convenientes, aberturas naturais ou
Parágrafo único. Os projetos de constru- sistemas artificiais, cujo número e dimen-
ção de imóveis, destinados a qualquer fim, Art. 273. A largura mínima dos corredores sões serão determinados através de Nor-
devem prever os requisitos de que trata o internos das edificações residenciais é de mas Técnicas.
presente artigo. 0,80 m e nos edifícios de habitação coleti-
va ou para fins comerciais, a largura míni- § 1º. Para quartos e salas são exigidas
Art. 264. O usuário do imóvel é o respon- ma é de 1,20 metros, quando de uso co- aberturas mínimas equivalentes à 1/16 da
sável pela sua manutenção higiênica. mum. área total do ambiente, para iluminação e
ventilação natural.
Parágrafo único. Sempre que as deficiênci- Art. 274. As vergas máximas permitidas em
as das condições higiênicas, pela sua natu- todas as dependências das edificações, § 2º. Para banheiros e cozinhas deve ser
reza, não forem da responsabilidade do usu- para quaisquer fins, não poderão ser su- prevista ventilação com tomada de ar ex-
ário ou do poder público, são do proprietário. perior a 1/8 da altura do pé direito, para terna.
facilitar a renovação de ar do ambiente.
Art. 265. Todas as edificações devem ser § 3º. A profundidade dos quartos, salas e
assentadas sobre o terreno preparado e Art. 275. As mansardas e sótãos só po- cozinhas, não pode exceder em três vezes
nivelado, evitando a estagnação de água dem ser utilizados como habitação quan- o pé direito existente.
de qualquer natureza. do satisfizerem as exigências impostas
aos dormitórios e as condições do neces- Art. 282. Clarabóias são permitidas sobre
Art. 266. Todas as edificações devem ser sário isolamento térmico. escadas, corredores ou locais que não se
isoladas do solo por camada impermeá- destinem à habitação ou permanências
vel e resistente, que as proteja contra a Art. 276. Para utilização de cobertura metá- prolongada de pessoas.
ação da umidade e dos vetores, cobrindo lica em edificações residenciais e comer-
toda superfície da construção e atraves- ciais, deve-se adotar medidas especiais Parágrafo único. As clarabóias devem ser
sando as alvenarias, até o paramento ex- que atenuem os efeitos da ação dos raios superelevadas de modo que, lateralmen-
terior, com materiais que satisfaçam as solares e seja garantida a ventilação e a te, haja aberturas de ventilação.
exigências das Normas Técnicas vigentes. renovação de ar.
Art. 283. Salvo para efeitos decorativos, os
Parágrafo único. Quando as condições de Art. 277. Nas edificações residenciais, co- pavimentos translúcidos só serão admiti-
terreno exigirem, para afastar a umidade merciais, estabelecimentos prestadores dos nos locais de estadia passageira, ou
das construções, deve ser realizada a dre- de serviço de à saúde e hospedagem, não quando não for possível ter aberturas late-
nagem por processo eficaz. é permitido o uso de forro gradeado. rais para iluminação natural, devendo ser
assegurada, entretanto, a necessária ven-
Art. 267. Todas as edificações residenciais Art. 278. Os terraços de cobertura devem tilação nos locais.
devem ter o piso térreo a 0,10 m, pelo me- ter o revestimento externo impermeável.
nos, acima do nível exterior do terreno. Art. 284. A iluminação artificial deve ser,
Parágrafo único. Devem ainda, ter a sempre que possível, pela eletricidade e
Parágrafo único. Os subsolos podem ter declividade necessária ao pronto escoa- feitas por unidades de conveniente poder
utilização para fins não residenciais, des- mento das águas, que deverão ser iluminante, adequadamente dispostos, de
de que tenham previsto isolamentos con- conduzidas ao exterior através de ralos e modo a evitar o ofuscamento e as grandes
tra umidade e sistemas de iluminação e condutores. sombras e contrastes.
ventilação artificial adequados.
Art. 279. Podem ser dispensadas as ca- Art. 285. As edificações comerciais e in-
Art. 268. As paredes externas das lhas nas construções convenientemente dustriais devem ter instalações sanitárias
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independentes para ambos os sexos, com Vetores e Zoonoses, da Secretaria Munici- mais).
acesso independente. pal da Saúde, no âmbito municipal, res- XXI - RESGATE: reaquisição de animal re-
ponsável pela execução das ações de colhido pelo Centro de Controle de Vetores
§ 1º. As instalações sanitárias para ho- controle de populações de animais, pre- e Zoonoses, pelo seu legítimo proprietário
mens devem ser providas de um vaso sa- venção e controle de vetores e zoonoses. ou por pessoa que cuidava dele normal-
nitário, um mictório e um lavatório para mente, antes do recolhimento.
cada 100,0m² (metros quadrados) de área Art. 293. Para efeito deste regulamento, XXII - ADOÇÃO: aquisição de animal por
útil das salas. entende-se por: pessoas fisicas, para mantê-los bem cui-
I - ZOONOSES: infecção ou doença infec- dados.
§ 2º. As instalações sanitárias para mu- ciosa transmissível de forma natural entre XXIII - DOAÇÃO: ato de ceder animal per-
lheres devem ser providas de dois vasos animais vertebrados e o homem. tencente ao Centro de Controle de Vetores
sanitários e um lavatório para cada 100,0m² II - AGENTE SANITÁRIO: Médico Veteriná- e Zoonoses à pessoas físicas ou jurídi-
(metro quadrado) de área útil das salas. rio, Biólogo, Agente fiscal de nível médio e cas, a fim de que seja mantido vivo e bem
outros devidamente credenciados, para a cuidado.
Art. 286. É vedado o tubo de quedas para função de fiscalização, lotados no Centro XXIV - LEILÕES: processo de transferên-
resíduos sólidos, em edificações de Controle de Vetores e Zoonoses da cia em hasta pública, da propriedade de
residenciais, comerciais e estabelecimen- Secretaria Municipal de Saúde. animais pertencentes ao Centro de Con-
tos de interesse à saúde. III - ORGÃO SANITÁRIO RESPONSÁVEL: trole de Vetores e Zoonoses à pessoas fí-
Centro de Controle de Vetores e Zoonoses sicas ou jurídicas.
Parágrafo único. Os tubos de queda exis- da Secretaria Municipal de Saúde. XXV - COLEÇÕES LÍQUIDAS: qualquer
tentes nas edificações relacionadas devem IV - ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: os de valor quantidade de água parada.
ser higienizados, desinfetados e lacrados. afetivo, passíveis de coabitar com o ho-
mem. Art. 294. Constituem objetivos básicos das
Art. 287. Toda edificação situada em zona V - ANIMAIS DE USO ECONÔMICO: as es- ações de prevenção e controle de vetores
rural deve ser construída e mantida de for- pécies domésticas criadas, utilizadas ou e zoonoses:
ma a evitar as condições favoráveis à cria- destinadas à produção econômica e/ou tra- I - prevenir, reduzir e eliminar a morbidade
ção e proliferação de vetores, obedecendo balho. e a mortalidade humana, decorrentes dos
às prescrições referentes à higiene das VI - ANIMAIS SINANTRÓPICOS: as espéci- agravos relacionados as doenças trans-
edificações, suprimento de água potável, es que, indesejavelmente, coabitam com mitidas por vetores e as zoonoses
tratamento e disposição final adequados o homem, possibilitando incômodos, ris- prevalentes e incidentes, mediante o em-
de esgotos sanitários e resíduos sólidos. cos à saúde pública e/ou prejuízos econô- prego dos conhecimentos técnicos e cien-
micos. tíficos especializados e experiências da
Art. 288. A estrutura física dos estabeleci- VII - ANIMAIS ERRANTES: todo e qualquer Saúde Pública Veterinária;
mentos de interesse à saúde serão defini- animal solto encontrado nas vias e II - prevenir, promover e preservar a saúde
das por Normas Técnicas Especiais, logradouros públicos ou em locais de livre da população humana de danos ou agra-
quando não houver legislação específica acesso ao público. vos causados ou transmitidos por animais
federal, estadual ou municipal. VIII - ANIMAIS APREENDIDOS: todo e qual- direta ou indiretamente;
quer animal capturado pelo Serviço Médi- III - normatizar, coordenar e executar su-
Art. 289. Os estabelecimentos de interes- co Veterinário e do Centro de Controle de plementarmente as ações de vigilância
se à saúde devem ter acesso independen- Vetores e Zoonoses, compreendendo o epidemiológica das doenças transmitidas
te das demais áreas da edificação, na hi- instante da captura, seu transporte e res- por vetores e zoonoses;
pótese de uso conjugado. pectivo alojamento nas dependências do IV - estimular a prática de posse respon-
referido Centro. sável de animais de companhia, de forma
Art. 290. Compete à Secretaria de Saúde IX - ANIMAIS SILVESTRES: os pertencen- a evitar a proliferação de animais errantes.
do Município, através do setor competen- tes às espécies não domésticas.
te, interditar ou determinar a demolição de X - ANIMAIS UNGULADOS: os mamíferos Seção II
toda edificação que, por sua insalubrida- com dedos revestidos de cascos. Da Apreensão e Recolhimento de
de, não ofereça as indispensáveis condi- XI - CÃES MORDEDORES VICIOSOS: todo Animais
ções de higiene. animal causador de mordeduras repetida-
mente em pessoas ou outros animais, Art. 295. Serão apreendidos e recolhidos
Art. 291. Nas chácaras, jardins, hortas, terre- sem provocação. às dependências do Centro de Controle
nos cultivados ou incultos e logradouros pú- XII - FAUNA EXÓTICA: animais de espéci- de Vetores e Zoonoses os animais que:
blico, a autoridade sanitária, verificará se são es estrangeiras e que naturalmente não I - estejam soltos nas vias e logradouros
cumpridos e observados os preceitos higiê- ocorrem em solo brasileiro. públicos ou locais de livre acesso ao pú-
nicos, de acordo com este regulamento. XIII - PEQUENOS ANIMAIS: caninos, felinos blico, de qualquer espécie;
e aves. II - estejam submetidos a maus tratos por
§ 1º. Quando as exigências sanitárias vi- XIV - MÉDIOS ANIMAIS: suínos, caprinos e seus proprietários ou preposto deste;
sarem beneficiamento dos terrenos ou de ovinos. III - sejam suspeitos de raiva ou outras
construções neles localizados e quando XV - GRANDES ANIMAIS: bovinos, eqüinos, zoonoses;
as construções não pertencerem ao pro- muares, asininos e bubalinos. IV - cuja criação ou uso sejam vedadas por
prietário do terreno, caberá a este último o XVI - CÃES DE PORTE PEQUENO: até 10 legislações pertinentes e, inclusive, a pre-
compromisso de tais exigências, salvo no kilos. sente lei;
caso em que o arrendatário ou locatário XVII - CÃES DE PORTE MÉDIO: até 20 kilos. V - estejam mantidos em condições ina-
tenha assumido, por contrato legal, a res- XVIII - CÃES DE PORTE GRANDE: acima dequadas de vida ou alojamento;
ponsabilidade das referidas exigências. de 20 kilos. VI - sejam mordedores viciosos, condição
XIX - CONDIÇÕES INADEQUADAS: a manu- essa constatada por autoridade sanitária
§ 2º. Quando a autoridade não puder cons- tenção de animais em contato direto ou indi- ou comprovada mediante dois ou mais
tatar quem seja o proprietário do terreno, reto com outros animais portadores de do- boletins de ocorrência policial.
ou tenha dificuldades em encontrar o mes- enças infecciosas ou zoonoses ou, ainda,
mo, ficará o ocupante responsável pelas em alojamentos de dimensões e instala- Art. 296. Os animais recolhidos às depen-
exigências deste Regulamento. ções inapropriadas à sua espécie e porte. dências do Centro de Controle de Vetores
e Zoonoses serão registrados com men-
CAPÍTULO IV XX - MAUS TRATOS: toda e qualquer ação ção da espécie, do dia, local e período da
DO CONTROLE DE POPULAÇÕES DE voltada contra os animais que implica em apreensão, raça, sexo, pelagem, sinais
ANIMAIS, PREVENÇÃO E CONTROLE DE crueldade, especialmente, ausência de característicos e outros elementos que
VETORES E ZOONOSES alimentação mínima necessária, excesso porventura se apresentem.
de peso de carga, tortura, uso de animais
Seção I feridos, submissão a experiências Art. 297. O animal recolhido às dependên-
Disposições Gerais pseudo-cientíticas e o que mais dispõe o cias do Centro de Controle de Vetores e
Decreto Federal n.0 24.645, de 10 de julho Zoonoses, ficarão a disposição de seus
Art. 292. Fica o Centro de Controle de de 1984, (Decreto de Proteção dos Ani- proprietários ou de seus representantes
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 31
legais, nos casos previstos no parágrafo serão cobradas do proprietário taxas que § 2º. Cada animal a ser leiloado será ava-
seguinte, sendo devidamente alimentado, destinam-se a cobrir as despesas com o liado para fins de arbitramento de lance
assistido por médico veterinário e pessoal transporte e a hospedagem dos animais. mínimo inicial, consideradas as despesas
preparado para tal função, mantidos em de transporte e hospedagem.
recintos higienizados, com proteção contra § 3º. No resgate será exigido o documento
intempéries naturais, separados por sexo de identidade do proprietário e o compro- § 3º. Nos leilões de animais ungulados,
e espécie, aguardando eventual resgate. vante de residência. os interessados deverão habilitar-se apre-
sentando documento que comprove o do-
Parágrafo único. Os animais não resgata- § 4º. Os prazos estabelecidos para o res- mínio de propriedade rural, para onde en-
dos nos prazos estabelecidos no "caput" gate, excluído o dia da apreensão do ani- caminhará eventuais animais arremata-
deste artigo, passam a ser propriedade da mal são de: dos, seja no Município ou não.
Prefeitura Municipal de Maringá. I - 03 (três) dias úteis, no caso de peque-
nos animais; § 4º. O arrematante receberá jogo de guias
Art. 298. Os animais da fauna brasileira ou II - 05 (cinco) dias úteis, no caso de médi- para o recolhimento do lance ofertado e re-
da fauna exótica, apreendidos, serão en- os e grandes animais. tirará o animal no prazo de 24 (vinte e qua-
caminhados aos órgãos competentes do tro) horas, das dependências do Centro de
Estado e da União. § 5º. O animal apreendido somente pode- Controle de Vetores e Zoonoses, após en-
rá ser resgatado pelo seu proprietário ou tregar a via destinada ao mesmo devida-
Parágrafo único. Ficam adotadas as dis- seu representante legal, após preenchi- mente autenticada, ocasião que lhe será
posições pertinentes contidas na Lei Fe- mento de expediente e pagamento da taxa fornecido certificado de propriedade extraí-
deral n.0 5.197, de 03 de janeiro de 1.967, respectiva. do de registro em livro próprio, onde cons-
no que se refere à fauna brasileira, ficando tem todas as características do animal.
proibida a criação, alojamento e manuten- a) R$ 6,00 (seis reais), por dia de perma-
ção de animais silvestres em cativeiro no nência, no caso de pequenos animais. § 5º. Não retirando o animal arrematado
Município, salvo as exceções b) R$ 10,00 (dez reais), por dia de perma- no prazo previsto no parágrafo anterior, ini-
estabelecidas na lei citada. nência nos demais casos. ciar-se-á nova contagem de tempo, para
c) R$ 10,00 (dez reais), por captura e trans- fins de cobrança de despesas de hospe-
Art. 299. A Prefeitura Municipal de Maringá porte, independente do tamanho do ani- dagem, inclusive para novo leilão, em sen-
somente se responsabilizará por eventu- mal. do o caso.
ais danos materiais ou pessoais causa-
dos ao animal no ato da apreensão, do § 6º. Em caso de reincidência no resgate, IV - ABATE PARA CONSUMO: no caso de
transporte e do alojamento nas dependên- juntamente com a respectiva taxa, será animais de consumo, como bovinos, suí-
cias do Centro de Controle de Vetores de aplicada multa, no valor de R$ 30,00 (trinta nos, equídeos, caprinos, ovinos e aves.
Zoonoses, quando de sua atuação resul- reais), ao proprietário do animal.
tarem falhas. § 1º. Após avaliação favorável do estado
II - DOAÇÃO: quando o animal não houver clínico e zoosanitário realizado por médico
Art. 300. São considerados maus tratos sido resgatado, após avaliação clínica do veterinário do Centro de Controle de
aos animais: serviço e das seguintes formas: Vetores e Zoonoses, os animais poderão
a) submetê-los a qualquer prática que cau- a) para pessoas físicas; ser encaminhados para estabelecimentos
se ferimentos ou morte; b) para entidades de proteção aos animais; de abate devidamente licenciados pelos
c) para pessoas jurídicas que os mante- orgãos competentes de fiscalização, se
b) mantê-los sem abrigo, em lugares im- nham vivos e bem cuidados; não forem resgatados dentro do prazo re-
próprios ou que lhes impeçam movimen- d) para instituições filantrópicas em condi- gulamentar.
tação e/ou descanso, ou, ainda, onde fi- ções de atender as necessidades desses
quem privados de ar ou luz solar, bem como animais, quando justificados a finalidade V - EUTANÁSIA: quando indicado por mé-
alimentação adequada e água; e utilidade de animais de uso econômico; dico veterinário.
c) obrigá-los a trabalhos excessivos ou e) para entidades de ensino e pesquisa,
superiores às suas forças ou castigá-los, desde que sejam obedecidas as legisla- § 1º. A eutanásia será indicada quando o
ainda que para aprendizagem e/ou ades- ções vigentes pertinentes. bem estar animal estiver ameaçado, sen-
tramento; do um meio de eliminar a dor, o distresse
d) transportá-los em veículos ou gaiolas § 1º. Os animais passíveis de doação se- ou o sofrimento dos animais, quando o
inadequados ao seu bem estar; rão cadastrados, castrados, vacinados no animal constituir ameaça à saúde pública
e) utilizá-los em rituais religiosos e em lu- Centro de Controle de Vetores e Zoonoses. ou animal, for objeto de ensino ou pesqui-
tas entre animais da mesma espécie ou sa, ou ainda, quando for animal desconhe-
de espécies diferentes; § 2º. O Centro de Controle de Vetores e cido e não passível de doação, leiões ou
f) eutanasiá-los com métodos não huma- Zoonoses, conjuntamente com o Conse- abate para consumo.
nitários; lho das Entidades Protetoras dos Animais,
g) soltá-los ou abandoná-los em vias ou promoverá campanhas de conscientização § 2º. Os procedimentos de eutanásia são
logradouros públicos. de doação de animais para os munícipes. de exclusiva responsabilidade do médico
veterinário.
Seção III § 3º. As entidades de proteção aos animais
Da Destinação dos Animais Apreendi- legalmente constituídas poderão participar § 3º. A eutanásia deverá ser realizada se-
dos e Recolhidos dos procedimentos de doações de ani- gundo a legislação vigente, no que se re-
mais, avaliando as condições de tratamen- fere a compra e armazenamento de dro-
Art. 301. Os animais apreendidos e reco- to dispensados aos animais e a idonei- gas, saúde ocupacional e a eliminação de
lhidos poderão sofrer as seguintes dade das instituições. cadáveres e carcaças, com o intuito de
destinações e obedecerão as seguintes atender o disposto na Resolução n.º 714
prioridades: § 4º. Para a adoção não serão cobradas de 20/06/02, do Conselho Regional de
I - RESGATE: conforme os prazos estabe- quaisquer taxas. Medicina Veterinária.
lecidos no presente regulamento, após
avaliação favorável do estado clínico e III - LEILÃO: quando o animal não houver § 4º. Nos casos de necessidade de euta-
zoosanitário realizado por médico veteri- sido resgatado, possuindo valor econômi- násia de qualquer animal, o médico veteri-
nário do Centro de Controle de Vetores e co, que justifique colocá-lo em hasta pú- nário executor do ato, deverá assinar lau-
Zoonoses. blica, em especial, aqueles de uso econô- do médico, atestando as características
mico. dos animais, o seu estado de saúde e a
§ 1º. Os animais somente poderão ser res- causa da indicação da morte.
gatados, se constatado por agente sani- § 1º. Para a realização de leilões, o Centro
tário, não mais subsistirem as causas de Controle de Vetores e Zoonoses convo- § 5º. Será realizada por métodos que não
ensejadoras da apreensão. cará a hasta pública com 03 (três) dias de causem sofrimento ao animal.
antecedência, através de Edital publicado
§ 2º. Para o resgate de qualquer animal, no Diário Oficial do Município. § 6º. No caso de animais portadores de
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doenças infecciosas e/ou ferimentos con- Art. 306. É de responsabilidade dos pro- Art. 314. O condutor do animal fica obriga-
siderados graves e/ou clinicamente com- prietários a manutenção dos animais em do a recolher os dejetos fecais por ele eli-
prometidos, caberá ao médico veterinário perfeitas condições de alojamento, ali- minados em vias e logradouros públicos.
do órgão municipal responsável pelo con- mentação, saúde e bem estar, seja em
trole de vetores e zoonoses, após avalia- perímetro urbano ou rural, bem como quan- Parágrafo único. Em caso de
ção e emissão de parecer técnico, decidir to às providências pertinentes à remoção descumprimento ao disposto no caput
o seu destino, mesmo sem esperar o pra- e destino adequado dos dejetos nos lo- deste artigo, o proprietário estará sujeito a
zo estipulado neste artigo. cais de alojamento, manutenção e criação. multa de R$ 20,00 (vinte reais).

Seção IV § 1º. Por condições adequadas de aloja- Art. 315. Eqüídeos usados para tração de-
Do Controle de Populacões de Animais mento dos animais considera-se o local verão estar providos dos equipamentos e
Domésticos de permanência iluminado, ventilado, de meios de contenção necessários e con-
dimensão compatível com seu porte, que duzidos por pessoas com idade, força físi-
Art. 302. O Centro de Controle de Vetores e lhe possibilite caminhar e abrigar-se de ca e habilidade para controlar os movimen-
Zoonoses deverá criar condições para o intempéries climáticas. tos do animal.
controle populacional de animais da es-
pécie canina e felina, através da implanta- Art. 307. Os animais devem ficar alojados § 1º. É proibido o uso de animais feridos,
ção de um Programa Permanente de Con- em local onde fiquem impedidos de fugirem enfraquecidos ou doentes, em veículos de
trole Reprodutivo de Cães e Gatos, visan- e agredirem a terceiros ou outros animais. tração.
do a castração cirúrgica dos animais, em
parcerias com universidades, estabeleci- Parágrafo único. Em caso de § 2º. É obrigatório o uso de sistema de
mentos veterinários, organizações não descumprimento ao disposto no caput frenagem, acionado, especialmente, quan-
governamentais de proteção animal e com deste artigo, o proprietário ou responsá- do da descida de ladeiras, nos veículos de
a iniciativa privada. vel, estão sujeitos a multas no valor de R$ que trata este artigo.
100,00 (cem reais), e apreensão dos ani-
§ 1º. O programa atenderá cães e gatos mais na reincidência, estando sujeitos as Seção VII
domiciliados e animais de origem desco- destinações previstas neste regulamento. Dos Estabelecimentos Veterinários, da
nhecida, passíveis de doação, sendo Localização, das Instalações e da
normatizado por regulamento específico. Art. 308. Os proprietários deverão mantê-los Capacidade dos Criadouros de Animais
afastados de portões, campainhas, medi-
Seção V dores de luz e água, caixas de correspon- Art. 316. São considerados estabelecimen-
Da Educação em Saúde dência, a fim de que os funcionários das res- tos veterinários, para os fins do que dis-
pectivas empresas prestadoras desses ser- põe este Regulamento: consultórios, clíni-
Art. 303. O Centro de Controle de Vetores e viços possam ter acesso sem sofrer amea- cas, hospitais, ambulatórios e serviços
Zoonoses deverá promover programas de ça ou agressão real por parte dos animais, veterinários, laboratórios de análises clí-
educação continuada para população, em protegendo ainda os transeuntes. nicas veterinárias, parques zoológicos,
parcerias com outras secretarias munici- aquários, carrosséis vivos, rodeios, circos
pais, universidades, organizações gover- Art. 309. Em qualquer lugar onde perma- de animais, cinódromos, jockeys clubes,
namentais e não governamentais de pro- necer animal bravio, deverá ser afixada pla- hípicas, haras, granjas de criação,
teção animal, empresas públicas e/ou pri- ca comunicando o fato, com tamanho com- ranários, cocheiras estábulos, pocilgas,
vadas, estabelecimentos veterinários e patível à leitura, à distância, e em local visí- biotérios, fazendas-hotéis, pensões de
entidades de classe ligadas aos médicos vel ao público. animais, canis para adestramento de cães,
veterinários, tendo em vista: lojas de comércio de animais e de produ-
I - a posse responsável de animais do- Art. 310. Todo proprietário de animal é obri- tos veterinários, drogarias veterinárias,
mésticos; gado a manter seus cães, gatos ou qual- canis de criação de animais, abrigo de
II - problemas gerados pelo excesso quer outro mamífero adequadamente imu- animais abandonados e qualquer outro
populacional de animais domésticos e nizado contra a raiva e domiciliado. estabelecimento onde haja animais vivos
importância do controle de natalidade e destinados ao consumo, ao lazer, à pes-
castração; Art. 311. Os atos danosos cometidos pe- quisa, ao ensino ou qualquer outra utiliza-
III - zoonoses e doenças transmitidas ao los animais são de inteira responsabilida- ção pelo homem não especificada nesta
homem por animais domésticos e de de seus proprietários. relação, mas que por suas atividades, di-
sinantrópicos; reta ou indiretamente, possa concorrer
IV - cuidados de manejo de animais do- Parágrafo único. Quando o ato danoso for para riscos à saúde pública.
mésticos; cometido sob a guarda de preposto, es-
V - legislação e responsabilidades; tender-se-á a este a responsabilidade a § 1º. Os estabelecimentos veterinários são
VI - ilegalidade e/ou inadequação da ma- que alude o presente artigo. obrigados, na forma da legislação vigen-
nutenção de animais silvestres como ani- te, a manter um médico veterinário respon-
mais de estimação; Art. 312. Em caso de morte do animal, cabe sável técnico, pelo seu funcionamento e
VII - controle de animais sinantrópicos. ao proprietário a disposição adequada do somente poderão funcionar após vistoria
cadáver, de forma a não oferecer incômo- técnica e concessão de licença sanitária
§ 1º. O órgão municipal responsável pelo do e/ou riscos à saúde pública. de funcionamento e demais exigências
controle de zoonoses deverá prover o impostas na legislação municipal, estadu-
material educativo necessário para manu- Parágrafo único. Eventuais despesas para al e federal.
tenção do programa em parceria com pa- atender ao disposto no "caput' deste artigo
trocinadores. são de responsabilidade do proprietário § 2º. Estabelecimentos veterinários, com
do animal. fins comprovadamente filantrópicos, sem
Seção VI fins lucrativos e reconhecidos como de uti-
Da Responsabilidade dos Proprietarios Art. 313. Todo cão ao ser conduzido em lidade pública, estão isentos das respecti-
de Animais vias e logradouros públicos, deverá usar, vas taxas para liberação de funcionamento.
obrigatoriamente, coleira e guia adequa-
Art. 304. É proibido abandonar animais em do a seu porte, focinheira, quando neces- § 3º. A instalação, equipamentos e o funci-
qualquer área pública ou privada, sob pena sário, devendo ser conduzido por pesso- onamento de clínicas, consultórios, hos-
de multa de R$ 100,00 (cem reais). as com idade e força suficientes para con- pitais, ambulatórios ficam subordinados
trolar seus movimentos e estar em dia com às condições e especificações da Reso-
Art. 305. Os proprietários só poderão en- vacinas recomendadas por médico veteri- lução n.º 670, de 11 de agosto de 2000, do
caminhar seus animais ao Centro de Con- nário. Conselho Federal de Medicina Veterinária.
trole de Vetores e Zoonoses, em casos de
enfermidades, agressões comprovadas Parágrafo único. Em caso de Art. 317. Fica proibido, a critério da autori-
ou aqueles que comprovadamente não descumprimento ao disposto no caput dade sanitária competente, a criação, alo-
possam mantê-los, para destinação pre- deste artigo, o proprietário estará sujeito a jamento e a manutenção de animais, na
vista neste regulamento. multa de R$ 100,00 (cem reais). zona urbana, que por sua natureza e quan-
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 33
tidade, sejam causa de insalubridade e sa à perturbação do sossego público, de- eventualmente, sejam necessárias.
incômodos à população. vendo limitar o número de cabeças à dis-
ponibilidade de espaço e instalações ade- Art. 327. As lojas que comercializam ani-
Art. 318. Os estábulos, pocilgas, granjas quadas, a critério do agente sanitário, nos mais vivos, somente poderão funcionar
avícolas e cocheiras serão localizados em casos em seja necessário intervir; após avaliação técnica das condições,
zona rural a 50 m (cinqüenta metros), no VI - o escoamento de águas servidas e apresentação do médico-veterinário res-
mínimo, de divisas de outras proprieda- dejetos de uma instalação ou dependên- ponsável técnico e liberação da Secretaria
des, estradas e construções destinadas a cia não poderá comunicar-se diretamente de Saúde.
outros fins. com outra.
§ 1º. As instalações para animais expos-
Art. 319. Os dejetos de estábulos, pocil- Art. 323. Os canis individuais para os fins tos à venda deverão ser separadas das
gas, granjas avícolas e cocheiras serão previstos no artigo anterior deverão ter as demais dependências.
destinados de forma a não comprometer dimensões mínimas, segundo o tempo de
as condições sanitárias e ambientais das permanência: § 2º. Quando a loja mantiver atendimento
demais espécies animais, incluindo o ho- a) Máximo de 30 (trinta) dias: clínico, para animais ou salão de beleza,
mem, do solo e dos corpos de água, se- I - cães de pequeno porte: 1 m2 /animal; as instalações para este fim deverão ser
jam naturais ou artificiais. II - cães de porte médio: 2 m2 /animal; isoladas e com acesso independente.
III - cães de grande porte: 2,5 m2/ animal;
Art. 320. As normas construtivas para está- b) Mais de 30 (trinta) dias: Art. 328. Os salões de beleza, para tosa e
bulos, pocilgas, granjas avícolas, I - além da área mínima animal/porte para banho de cães e gatos, deverão ter as con-
cocheiras, hípicas e similares deverão aten- 30 (trinta) dias, deve contar com uma área dições mínimas para funcionamento:
der as seguintes exigências: equivalente destinada a solarium, que deve I - sala de espera com canis individuais ou
a) o piso deve ser mais elevado que o solo ser contígua ao canil, com mecanismo que gaiolas;
exterior, resistente ao pisoteio, impermeá- permita abrir ou fechar o acesso do interi- II - sala para banhos;
vel, com declividade mínima de 2% para a or para o exterior; III - sala para tosa.
canaleta que receba e conduza os dejetos II - em caso de utilização de canis já exis-
para o esgoto; tentes, que não possuam solarium indivi- Parágrafo único. Todas as instalações de-
b) quando não houver rede de esgoto, as dual, será permitido o uso de solarium verão ter piso e paredes impermeabiliza-
águas servidas deverão ser canalizadas coletivo, desde que contíguo aos canis já das.
para uma fossa séptica com poço absor- existentes ao exigido por animal/porte.
vente para o efluente da fossa; Art. 329. Fica proibida a utilização ou expo-
c) devem dispor de água corrente em abun- Art. 324. Os canis destinados à criação, sição de animais vivos, em vitrines ou para
dância para a lavagem e desinfecção dos comércio, abrigo de animais abandona- qualquer fim comercial ou publicitário, nas
pisos, paredes e demais instalações; dos, pensão e adestramento, somente vias e logradouros públicos ou locais de
d) haverá depósito para estrume e descar- poderão funcionar após vistoria técnica, livre acesso ao público.
te de camas capaz de conter o volume pro- apresentação do médico veterinário, res-
duzido em 24 (vinte e quatro) horas, sendo ponsável técnico, e concessão de licença, Art. 330. Fica proibida a exibição de toda e
que os depósitos devem ser construídos para funcionamento e demais exigências qualquer espécie de animal bravio ou sel-
em alvenaria, totalmente vedado, provido impostas na legislação municipal, estadu- vagem, mesmo que domesticado, em vias
de portas de carga e descarga hermetica- al e federal. e logradouros públicos ou locais de livre
mente fechadas de modo a evitar a prolife- acesso ao público.
ração de artrópodes nocivos e alicerce § 1º. Toda criação de gatos e cães, com fina-
suficiente profundo para evitar a penetra- lidade comercial, para venda ou aluguel, ca- Parágrafo único. Excetuam-se da proibição
ção de roedores; racteriza a existência de criadouro, indepen- deste artigo, os locais, recintos e estabe-
e) os depósitos de estrumes serão lava- dente do total de animais existentes. lecimentos legais, adequadamente insta-
dos diariamente, após a remoção do es- lados e destinados ao alojamento, trata-
trume cru, que não poderá ser utilizado para § 2º. Estendem-se as exigências de visto- mento, criação, exposição e reprodução de
adubo, sem o devido tratamento; ria prévia, para o funcionamento de even- animais, tais como zoológicos e similares.
f) devem possuir lixeira para o acúmulo de tos, que envolvam a exibição ou apresenta-
lixo por período restrito de tempo, enquan- ção de animais a quaisquer títulos, estan- Art. 331. Todos os cães, gatos e eqüídeos,
to aguardam remoção para local definido; do vedada sua realização, caso as condi- residentes no município de Maringá, deve-
g) as forragens devem ser armazenadas ções não atendam à legislação em vigor. rão ser obrigatoriamente registrados no
em local protegido contra os ratos e isola- Centro de Controle de Vetores e Zoonoses
das das baias. Art. 325. Nas residências particulares a da Secretaria Municipal de Saúde.
criação, alojamento e manutenção das
Art. 321. Os estabelecimentos referidos no espécies canina e felina, como animais Parágrafo único. O Centro de Controle de
artigo anterior, já existentes dentro do perí- de estimação, poderá ter sua capacidade Vetores e Zoonoses, providenciará o
metro urbano, que não satisfazem, as exi- determinada por autoridade sanitária, que cadastramento e identificação dos animais
gências do artigo, serão fechados ou re- levará em conta as condições locais quan- de acordo com regulamento específico.
movidos dentro do prazo máximo de um to à higiene, espaço disponível para os
ano, a critério da autoridade sanitária. animais, tratamento dispensado aos mes- Art. 332. No perímetro urbano poderá ser
mos e incômodos gerados à vizinhança. permitido a instalação de local para a ma-
Art. 322. Os canis destinados a criação, nutenção de eqüídeos desde que:
comércio, abrigo de animais abandona- Art. 326. Nas residências particulares a I - não haja discordância de vizinho a qual-
dos, pesquisa, pensão e adestramento criação, alojamento e manutenção de aves, quer incomodo decorrente dessa ativida-
obedecerão as normas construtivas: para fins de consumo próprio, de ovos ou de;
I - não haver discordância de vizinho a qual- carne, também terá sua capacidade deter- II - a licença seja renovada anualmente;
quer incômodo decorrente dessas ativida- minada por autoridade sanitária, que con- III - esteja afastado, no mínimo, 5 m (cinco
des; siderará as condições locais quanto à hi- metros) de quaisquer divisas do terreno,
II - ter instalações dotadas de pisos e pa- giene, a adequação das instalações, o arruamentos ou residências, mesmo
redes revestidas de material liso, resisten- espaço disponível para as aves e o trata- aquela de uso do proprietário do animal;
te e impermeável que permita a limpeza e mento dispensado às mesmas. IV - seja obedecido limite de animais
desinfecção freqüente; encocheirados, estabelecido por agente
III - dispor de água corrente de fácil acesso Parágrafo único. Constatada a criação, sanitário, na dependência de avaliação téc-
para limpeza das instalações; alojamento e manutenção de aves, desti- nica, quanto a localização e condição da
IV - dispor de drenagem adequada ligada nadas a competição, que caracterizam instalação;
a sistema eficiente de destinação de maus tratos aos animais, em zona urbana V - tenha os boxes construídos com área
dejetos de forma a não comprometer as ou rural, será o responsável notificado a mínima de 4,50 m (quatro metros e cin-
condições sanitárias e ambientais do lo- encerrar tais criações, independentemen- qüenta centímetros quadrados) por ani-
cal e sua imediações; te de quaisquer outras condições favorá- mal, dotados de cocho para alimentos, bem
V - dispor de condições que não dêem cau- veis e sem prejuízo de outras medidas que, como para água e drenagem adequada,
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ligada a sistema eficiente de destinação II - intimar, sendo que o prazo para regula- que não atenderem o disposto no caput,
de dejetos, de forma a não comprometer rização poderá ser de 07 - 15 - 30 dias, a poderão ter estes objetos aprendidos e
as condições sanitárias e ambientais do critério do agente sanitário; destinados adequadamente, além das
local e suas imediações; III - infracionar e instalar processo admi- demais medidas legais previstas.
VI - seja utilizado material que permita a nistrativo, estando o infrator sujeito a mul-
higienização freqüente das instalações; tas e apreensão dos animais. § 2º. A destinação adequada, quando cou-
VII - seja renovada diariamente a cama ber, poderá ser: inutilização ou doação para
sobre o piso. Parágrafo único. Os procedimentos cita- entidades assistenciais ou filantrópicas ou
dos no artigo anterior poderão ser cooperativas de reciclagem de materias.
Parágrafo único. O fornecimento do alvará efetuados pessoalmente ou na impossi-
de que trata o presente artigo, dar-se-á em bilidade deste, através de via postal com Art. 343. Nos terrenos particulares e nas
caráter precário, revogável a qualquer tem- aviso de recebimento. obras de construção civil é obrigatória a
po, caso se alterem condições aqui drenagem permanente de eventuais cole-
estabelecidas ou outra que possa apre- Art. 339. É proibido pertubar o sossego ou ções líquidas, originadas ou não pelas
sentar-se, que seja de relevância publica. o trabalho de alguém, provocando ou não, chuvas, de forma a impedir a proliferação
procurando impedir barulho produzido por de mosquitos.
Art. 333. Os proprietários dos animais de- animal de quem tem a guarda, a qualquer
verão mantê-los em boas condições de hora do dia ou da noite. Art. 344. Os responsáveis por piscinas são
saúde, devendo os animais serem vaci- obrigados a manter tratamento adequado da
nados, vermifugados e mantidos livres de § 1º. Os incômodos gerados com o barulho água, de forma a não permitir seu abandono
ectoparasitas. decorrente da criação de cães, ocasionados e, consequentemente, a transmissão de
por latidos, serão avaliados pelos agentes doenças e/ou proliferação de mosquitos.
Art. 334. Os proprietários de animais deve- sanitários, após investigação no domicilio
rão participar de atividades educativas, com do reclamado, do reclamante e na vizinhan- Art. 345. O órgão municipal responsável
relação a criação de animais, sempre que ça, independentemente do número de ani- pelo controle de zoonoses é responsável
convocados. mais e das condições de higiene. pelo controle de roedores em logradouros
públicos e deverá implantar um Programa
Art. 335. Fica proibida a exploração de col- § 2º. Dependendo do teor da reclamação, Permanente de Controle de Roedores no
méias de abelhas Apis Mellífera, em área não serão atendidas reclamações anôni- município.
urbana, independente do número, do ta- mas, se a inspeção no domicilio do recla-
manho e da finalidade. mante for considerada imprescindível para Art. 346. Cabe aos proprietários de terre-
a avaliação e tomada de providências ade- nos e edificações particulares o controle
§ 1º. A atividade de apicultura somente será quadas. de populações animais sinantrópicos in-
permitida em área rural, em local adequado, desejáveis no local.
afastada de moradias e de criações de ani- § 3º. Dependendo da gravidade da situa-
mais, no mínimo 500m, de maneira a não ção, será instalada uma equipe Art. 347. Cabe ao Centro de Controle de
colocar em risco a saúde da população. multiprofissional, composta por Médico Vetores e Zoonoses, a execução de ações
Veterinário, Assistente Social e Psicólogo, emergenciais de controle de populações
§ 2º. As colméias instaladas naturalmente para atuar de forma complementar, no en- de animais sinantrópicos, em logradouros
na área urbana, serão retiradas por pes- caminhamento e resolução de conflitos, públicos e domicílios, envolvidos na trans-
soal treinado e levadas para local adequa- gerados por criação de animais. missão de enfermidades ou zoonoses,
do, atendendo a legislação em vigor, de que por sua natureza e quantidade, colo-
preservação da fauna silvestre. Art. 340. O proprietário fica obrigado a per- quem em risco à saúde da população.
mitir o acesso de autoridade sanitária,
§ 3º. Quando não for possível a retirada, quando no exercício de suas funções, às Parágrafo único. Eventuais despesas para
em função do local de instalação e houver dependências dos alojamentos dos ani- atender o disposto no caput deste artigo, são
riscos de acidentes à população, as col- mais, sempre que necessário, à observa- de responsabilidade do proprietário, no caso
méias serão destruídas por pessoal ca- ção dos princípios da presente lei, bem de domicílios ou terrenos particulares.
pacitado, do Centro de Controle de Vetores como acatar as decisões dela exaradas.
e Zoonoses. Seção X
Seção IX Da Observação Clinica de Animais
Art. 336. A criação, alojamento e manuten- Dos Animais Sinantrópicos Agressores e/ou Suspeitos de Raiva
ção de outras espécies animais, dependerá
de avaliação do agente sanitário, que consi- Art. 341. Aos munícipes, ao Poder Público Art. 348. Todo cão ou animal agressor de-
derará as particularidades de cada caso, e aos proprietários em geral compete, sem verá ser mantido sob observação clínica por,
para determinação da adequação de insta- prejuízo da natureza, adotar medidas ne- pelo menos, 10 (dez dias) em canil de iso-
lações, espaço disponível e tratamento es- cessárias para a manutenção de suas pro- lamento nas dependências do Centro de
pecífico, ou da inviabilidade da criação. priedades limpas e isentas de animais da Controle de Vetores e Zoonoses ou, obser-
fauna sinantrópica. vação domiciliar, sob indicação e respon-
Seção VIII sabilidade técnica de Médico Veterinário.
Do Atendimento às Reclamações Parágrafo único. É responsabilidade dos
proprietários evitar acúmulo de lixo, restos § 1º. O mesmo tratamento previsto neste
Art. 337. Cabe ao Centro de Controle de de alimentos, objetos inservíveis ou quais- artigo será dado ao cão ou animal suspei-
Vetores e Zoonoses, executar o Serviço de quer outros que propiciem a instalação da to de raiva.
Vistoria Zoosanitária, para equacionar pro- fauna sinantrópica, conforme legislação
blemas decorrentes da presença das di- em vigor. § 2º. Simultaneamente à observação, se-
versas espécies animais, dentro do muni- rão adotadas as medidas adequadas para
cípio e evitar que a convivência homem- Art. 342. Os estabelecimentos ou domicíli- a proteção dos eventuais contatos huma-
animal resulte em riscos à saúde huma- os que estoquem ou comercializem suca- nos ou outros animais, bem como enca-
na, assim como que os animais sejam tas, materiais recicláveis, objetos minhamento de notificação às demais au-
submetidos a maus tratos. inservíveis, os ferros velhos, as toridades sanitárias.
borracharias e similares, são obrigados a
Parágrafo único. As atividades serão pro- fazer acondicionamento adequado des- Art. 349. É atribuição do Centro de Contro-
gramadas com base no recebimento de tes materiais e a manter os locais limpos, le de Vetores e Zoonoses, o encaminha-
reclamações encaminhadas pela popula- organizados e permanentemente isentos mento de material coletado de animais que
ção em geral, órgãos públicos e outros. de coleções líquidas, de forma a evitar a vierem a óbito, para laboratório oficial e
proliferação de insetos e de animais da competente diagnóstico.
Art. 338. O agente sanitário realizará vistoria fauna sinantrópica, atendida a legislação
no local da denúncia e de acordo com a em vigor. § 1º. Outros casos suspeitos, a critério do
gravidade do problema encontrado poderá: médico veterinário ou de autoridade sani-
I - orientar; § 1º. Os estabelecimentos ou domicilios tária poderão ser encaminhados.
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Art. 350. Aos animais sob observação clí- neste artigo acarretará a imposição das registro prévio, alimentos elaborados em
nica, que vierem a óbito, não caberá inde- seguintes penalidades: caráter experimental e destinados à pes-
nização por parte da Prefeitura Municipal I - Multa no valor de R$ 100,00 (cem reais), quisa de mercado.
de Maringá. ao adestrador não cadastrado, dobrada na
reincidência. § 1º. A permissão a que se refere este arti-
Parágrafo único. A condição estabelecida II - Multa no valor de R$ 100,00 (cem reais), go deverá ser solicitada pelo interessado,
no "caput" deste artigo se estende aos ao adestrador que estiver adestrando em que submeterá à autoridade competente
animais sob guarda do Centro de Contro- vias públicas, dobrada na reincidência. a fórmula do produto, indicará o local e o
le de Vetores e Zoonoses. tempo de duração da pesquisa.
Art. 357. Os cães guias para deficientes
Art. 351. A vacinação anti-rábica rotineira visuais devem ter livre acesso a qualquer § 2º. O rótulo do alimento nas condições
das populações animais urbanas do Mu- estabelecimento comercial, bem como aos deste artigo deverá satisfazer as exigênci-
nicípio de Maringá é obrigatória e compete meios de transporte coletivo. as da legislação vigente.
aos proprietários sua viabilização.
Parágrafo único. O deficiente deve sempre Art. 364. A permissão excepcional de que
Art. 352. A vacinação anti-rábica animal é portar documento, fornecido por entidade trata o artigo anterior será dada mediante
anual, devendo iniciar-se aos 03 (três) especializada no adestramento de cães a satisfação prévia dos requisitos que vie-
meses de idade dos cães, sendo obriga- condutores, habilitando o animal a seu rem a ser fixados pelo órgão competente.
tória a revacinação a qualquer tempo, sem- usuário.
pre que a situação clínica ou Art. 365. A importação de alimentos, de
epidemiológica o indicar. Art. 358. Em estabelecimentos comerciais aditivos para alimentos e de substâncias
de quaisquer natureza, a proibição ou libe- destinadas a serem empregadas no fabri-
Art. 353. Compete ao Executivo Municipal a ração da entrada de animais fica a critério co de artigos, utensílios e equipamentos
responsabilidade pela realização de Cam- dos proprietários ou gerentes dos locais, destinados a entrar em contato com ali-
panhas de Vacinação Anti-rábíca animal, obedecidas as leis e normas de higiene e mentos fica sujeita ao disposto na legisla-
bem como as demais atividades de con- saúde. ção federal pertinente.
trole zoosanitárias e epidemiológico com
vistas à proteção da saúde coletiva. Art. 359. A manutenção de animais em edi- Art. 366. Os requisitos para permissão de
fícios condominiais será regulamentada emprego de aditivos, os requisitos de re-
Parágrafo único. Serão realizadas de acor- pelas respectivas convenções, observado gistro, as condições de uso e tolerância
do com normas e diretrizes da Secretaria o estabelecido na legislação vigente. máxima em alimentos obedecerão ao dis-
Estadual de Saúde. posto na legislação federal pertinente.
Art. 360. Cabe a autoridade sanitária pres-
Seção XI tar todas as informações e orientações Art. 367. A maquinaria, os aparelhos, utensí-
Do Adestramento de Animais adequadas, às pessoas que tenham so- lios, recipientes, vasilhames, estrados e
frido acidente com animal de qualquer outros materiais que entrem em contato com
Art. 354. É proibida a prática de adestra- espécie ou tenha tido contato com animais alimentos, empregados no seu fabrico, ma-
mento em locais públicos. doentes ou suspeitos de serem portado- nipulação, acondicionamento,
res de zoonoses, para prevenir a ocorrên- armazenamento, transporte, conservação e
Parágrafo único. O adestramento de cães cia de riscos, danos e agravos à saúde. venda, deverão ser de material adequado,
deve ser realizado em locais particulares não poroso, que assegure perfeita
e com devida contenção, entendida esta CAPÍTULO V higienização de modo a não contaminar, al-
como o ato de restringir o animal sem so- DOS ALIMENTOS terar e diminuir o valor nutritivo dos alimen-
frimento e sem risco de agressão a qual- tos e que atendam à legislação vigente.
quer pessoa. Seção I
Das Disposições Gerais Art. 368. As condições de conservação do
Art. 355. Se a prática de adestramento fizer alimento, assim como prazo de validade,
parte de exibição cultural e/ou educativa, o Art. 361. Os estabelecimentos comerciais serão definidas pelas empresas produto-
evento deverá contar com previa autorização de gêneros alimentícios deverão obedecer ras, em consonância com as técnicas do
do Centro de Controle de Vetores e Zoonoses. as normas previstas na legislação edílica e processo industrial que adotarem.
de zoneamento urbano do município.
§ 1º. Ao solicitar a autorização que trata o Art. 369. É vedado distribuir, comercializar,
parágrafo anterior, o responsável pelo Art. 362. Somente poderão ser expostos à expor ao consumo, alimento com prazo de
evento, seja pessoa física ou jurídica, de- venda alimentos, matérias-primas alimen- validade vencido, sem prazo de validade
verá comprovar as condições de seguran- tares, alimentos "in-natura", aditivos para ou com validade adulterada.
ça para os freqüentadores do local, bem alimentos, materiais, artigos e utensílios
como de bem estar e segurança para os destinados a entrar em contato com ali- Art. 370. Nos casos de fracionamento e
animais e apresentar documento com pré- mentos que: reembalagem, o responsável pelo estabe-
via anuência do órgão ou pessoa jurídica I - tenham sido previamente registrados, lecimento será responsável pela definição
responsável pela área escolhida para dispensados ou isentos do registro, no do novo prazo de validade, levando em con-
apresentação. órgão competente, conforme legislação sideração o processo tecnológico adequa-
específica em vigor; do, a vida de prateleira e a segurança do
§ 2º. A infração ao disposto neste artigo II - tenham sido elaborados, embalados, consumidor, não devendo ultrapassar o
acarretará a imposição das seguintes san- reembalados, armazenados, transporta- prazo de validade máximo estabelecido
ções: dos, importados ou vendidos por estabe- pelo fabricante original do produto.
I - Multa no valor de R$ 500,00 (quinhentos lecimentos devidamente licenciados;
reais), para pessoas física ou jurídica res- III - obedeçam na sua rotulagem e compo- Art. 371. O emprego de produtos destina-
ponsável pelo evento, caso não exista a sição, as especificações do respectivo re- dos à higienização de alimentos, matéri-
autorização para a realização do mesmo. gistro e do padrão de identidade e quali- as-primas alimentares e alimentos "in
II - Multa no valor de R$ 500,00 (quinhen- dade de cada tipo ou espécie. natura", ou de recipientes ou utensílios,
tos reais), para pessoas física ou jurídica destinados a entrar em contato com os
responsável pelo evento, se qualquer de- Parágrafo único. Os alimentos caseiros de mesmos, dependerá de prévia autorização
terminação do Centro de Controle de origem vegetal, animal e/ou mista elabora- do órgão competente.
Vetores e Zoonoses for descumprida, dos e comercializados dentro do município
mesmo que exista a autorização. de Maringá, deverão ser registrados no Seção II
Cadastro Municipal de Alimentos Caseiros Das Boas Práticas e dos Padrões de
Art. 356. Os adestradores de cães deverão da Secretaria Municipal de Saúde e atender Identidade e Qualidade
estar cadastrados no Centro de Controle o disposto na legislação municipal vigente.
de Vetores e Zoonoses. Art. 372. Sempre que a legislação especí-
Art. 363. Será permitido, excepcionalmen- fica exigir, os estabelecimentos que pro-
Parágrafo único. A infração ao disposto te, expor à venda, sem necessidade de duzam, transformam, industrializam e ma-
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nipulam alimentos, deverão ter um Res- lante, para melhorar a saúde, para evitar toria, de acordo com o Código Sanitário
ponsável Técnico. doenças ou como ação curativa. vigente.

Parágrafo único. Para responsabilidade Art. 379. Os alimentos industrializados, Art. 388. O Certificado de Vistoria é conce-
técnica é considerada a regulamentação quando vendidos a granel ou a varejo, sem dido após inspeção da autoridade sanitá-
profissional de cada categoria. embalagens, deverão ser acompanhados ria competente, obedecidas as
de indicação ao consumidor da qualida- especificações deste regulamento.
Art. 373. Todos os estabelecimentos relaci- de, natureza e tipo de alimento, bem como
onados a área de alimentos deverão ela- dos aditivos empregados. Art. 389. Os veículos de transporte devem
borar e implantar as boas práticas de fabri- realizar as operações de carga e descar-
cação, de acordo com as normas vigentes. Parágrafo único. À critério da autoridade ga fora dos locais de fabricação dos ali-
sanitária, poderá ser proibida a mentos, devendo ser evitada a contamina-
Parágrafo único. Sempre que solicitado, o comercialização de produtos alimentícios ção dos mesmos e do ar por gases de
estabelecimento deverá fornecer cópia das à granel, quando a retirada da embalagem combustão.
normas e/ou procedimentos de boas prá- colocar em risco o padrão de qualidade e
ticas de fabricação à autoridade sanitária identidade do produto. Art. 390. Os critérios de higiene no trans-
competente. porte de alimentos devem obedecer aos
Seção IV seguintes requisitos:
Art. 374. Compete aos proprietários das Da Propaganda dos Alimentos I - O veículo de transporte de alimento deve
empresas ou seus responsáveis, garantir ser mantido em perfeito estado de conser-
a capacitação e aperfeiçoamento em boas Art. 380. Toda propaganda ou informação vação e higiene.
práticas, para o controle dos padrões de ao consumidor, relativa à qualidade sani- II - Os métodos de higiene e desinfecção
identidade e qualidade dos produtos, aos tária e nutricional, seja no rótulo, prospec- devem ser adequados às características
trabalhadores do estabelecimento, inclu- to ou outro meio de comunicação não de- dos produtos e meios de transportes, apro-
sive os manipuladores de alimentos. verá: vados pela autoridade sanitária competen-
a) induzir o consumidor a equívoco, erro, te.
Seção III confusão ou engano, em relação à verda- III - A limpeza deve ser efetuada com água
Da Rotulagem dos Alimentos deira natureza, composição, procedência, potável da rede pública ou tratada com
tipo, qualidade e finalidade do alimento; hipoclorito de sódio a 2,5%, (na proporção
Art. 375. Os dizeres de rotulagem dos ali- b) destacar a presença ou ausência de de 2 gotas/litro e permanecer em repouso
mentos deverão atender a legislação vi- componente que seja intrínseco ou pró- por 30 minutos antes de ser utilizada), até
gente. prio de alimentos de igual natureza; remoção de todos os resíduos, sendo que
c) explorar credulidade natural ou falta de no caso de resíduos gordurosos devem
Art. 376. Os rótulos impressos ou informação do consumidor ou influenciá- ser utilizados detergentes neutros para a
litografados, bem como os dizeres pinta- lo com uma informação ou imagem que sua completa remoção.
dos ou gravados a fogo, por pressão ou possa resultar em prejuízo moral, mental IV - A desinfecção deve ser realizada após
decalcação, aplicados sobre o recipiente, ou físico; a limpeza e pode ser efetuada de uma das
vasilhame, invólucro, cartucho ou qualquer d) induzir, por qualquer meio, que o consu- seguintes formas, segundo a necessida-
outro tipo de embalagem do alimento, de- mo de determinado alimento dará vanta- de:
verão estar de acordo com a legislação vi- gem física, social ou psíquica; a) desinfecção em água quente: através
gente. e) indicar ou induzir que o alimento possui do contato ou imersão dos utensílios em
propriedades medicinais ou terapêuticas. água quente a uma temperatura não infe-
Art. 377. As informações obrigatórias ex- rior a 80ºC, durante 2 minutos no mínimo;
pressas nos rótulos dos alimentos não Seção V b) desinfecção com vapor: através de man-
deverão ficar encobertas por quaisquer dis- Do Transporte de Alimentos gueiras, à temperatura não inferior a 96ºC
positivo escrito, impresso ou gravado. e o mais próximo da superfície de contato,
Art. 381. Os meios de transporte de alimen- durante 2 a 3 minutos;
Art. 378. Os alimentos embalados não de- tos destinados ao consumo humano, re- c) desinfecção com substâncias químicas,
vem ser descritos ou apresentar rótulo frigerados ou não, devem garantir a inte- sendo que estes produtos devem ser
que: gridade e a qualidade, a fim de impedir a registrados no Ministério da Saúde e usa-
a) utilize vocábulos, sinais, denominações, contaminação e deterioração do produto. dos conforme instruções do fabricante,
símbolos, emblemas, ilustrações ou ou- não deixando resíduos e/ou odores que
tras representações gráficas que possam Art. 382. É proibido manter no mesmo con- possam ser transmitidos aos alimentos.
tornar a informação falsa, incorreta, insufi- tinente ou transportar no mesmo compar-
ciente, ilegível ou que possa induzir o con- timento de um veículo, alimentos e subs- Art. 391. O transporte de produtos perecí-
sumidor a equívoco, erro, confusão ou en- tâncias estranhas, que possam veis deve ser de material liso, resistente,
gano, em relação à verdadeira natureza, contaminá-los ou corrompê-los. impermeável e atóxico, lavável, aprovado
composição, procedência, tipo, qualidade, pela autoridade sanitária.
validade, rendimento ou forma de uso do Art. 383. Excetuam-se da exigência do item
alimento; anterior, os alimentos embalados em reci- Art. 392. O veículo deve possuir dispositi-
b) atribua efeitos ou propriedades que não pientes hermeticamente fechados, imper- vos de segurança, que impeçam o derra-
possam ser demonstradas; meáveis e resistentes, salvo com produ- me em via pública de alimentos e/ou resí-
c) destaque a presença ou ausência de tos tóxicos. duos sólidos e líquidos, durante o trans-
componentes que sejam intrínsecos ou porte.
próprios de alimentos de igual natureza; Art. 384. Não é permitido transportar, con-
d) ressalte, em certos tipos de alimentos juntamente com os alimentos, pessoas e Art. 393. Quando a natureza do alimento
elaborados, a presença de substâncias animais. assim o exigir, deve ser colocado sobre
que sejam adicionadas como ingredien- prateleiras e estrados removíveis, de for-
tes em todos os alimentos com tecnologia Art. 385. A cabine do condutor deve ser iso- ma a evitar danos e contaminação.
de fabricação semelhante; lada da parte que contém os alimentos.
e) realce qualidades que possam induzir Art. 394. Os materiais utilizados para pro-
a engano com relação a propriedades te- Art. 386. No transporte de alimentos, deve teção e fixação da carga, (cordas, encera-
rapêuticas, verdadeiras ou supostas, que constar nos lados direito e esquerdo, de dos, plásticos e outros), não devem cons-
alguns ingredientes tenham ou possam forma visível, dentro de um retângulo de tituir fonte de contaminação ou dano para
ter quando consumidos em quantidades 30 cm de altura por 60 cm de comprimen- o produto, devendo ser desinfetados jun-
diferentes daquelas que se encontram no to, os dizeres: transporte de alimentos, tamente com o veículo de transporte.
alimento ou quando consumidos sob for- nome, endereço e telefone da empresa, e
ma farmacêutica; produto perecível, quando for o caso. Art. 395. A carga e/ou descarga não devem
f) indique que o alimento possui proprie- apresentar risco de contaminação, dano
dades medicinais ou terapêuticas; Art. 387. Os veículos de transporte de ali- ou deterioração do produto e/ou matéria-
g) aconselhe seu consumo como estimu- mentos devem possuir Certificado de Vis- prima alimentar.
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Art. 396. Não é permitido o transporte trapassando 10º ou conforme e contínua, e possuir, em letras maiúscu-
concomitante de matéria-prima ou produ- especificação do fabricante expressa na las, a inscrição "TRANSPORTE DE ÓLEO
tos alimentícios crus com alimentos pron- rotulagem. VEGETAL" nas laterais do tanque.
tos para o consumo, se os primeiros apre- III - Aquecimento: acima de 65ºC.
sentarem risco de contaminação para es- IV - Congelamento: ao redor de (-18º) e Art. 403. Aos veículos licenciados para o
ses últimos. nunca superior a (-15ºC). transporte de óleo vegetal é vedado o trans-
porte de qualquer outro produto conside-
Art. 397. Não é permitido o transporte Art. 400. O transporte de refeições prontas rado impróprio ou contaminante para o tan-
concomitante de dois ou mais produtos para consumo imediato, deve ser realiza- que de armazenagem, como combustíveis,
alimentícios, se um deles apresentar ris- do em veículo fechado, logo após o seu produtos tóxicos e outros.
co de contaminação para os demais. acondicionamento, em recipiente herme-
ticamente fechado, de material adequado, Art. 404. Os veículos de transporte de gê-
Art. 398. Os equipamentos de refrigeração conservada a temperatura do produto ao neros alimentícios deverão portar compro-
não devem apresentar riscos de contami- redor de 4ºC, não ultrapassando 6ºC ou vante de procedência do produto transpor-
nação para o produto e devem garantir, acima de 65ºC. tado e possuir certificado de vistoria, o qual
durante o transporte, temperatura adequa- será concedido pela autoridade sanitária
da para o mesmo. Art. 401. Os veículos de transporte de pro- competente, após a devida inspeção, que
dutos sob controle de temperatura, devem terá validade de 01(um) ano.
Art. 399. Os alimentos perecíveis devem ser providos permanentemente de termô-
ser transportados em veículo fechado, de- metros adequados e de fácil leitura. Art. 405. Os meios de transporte de alimen-
pendendo da natureza sob: tos não especificados neste regulamento,
I - Refrigeração: ao redor de 4º, não ultra- Art. 402. Os veículos para transporte de óleo devem cumprir as exigências
passando 6ºC. e gordura vegetal deverão dispor de reves- estabelecidas pela autoridade sanitária
II - Resfriamento: ao redor de 6ºC, não ul- timento não corrosível, com superfície lisa competente:
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Seção VI alimentos destinados ao consumo imedi- modo a assegurar suas características
Da Vigilância de Alimentos ato ou mediato, que tenham ou não sofri- originais.
do processo de cocção, só poderão ser
Art. 406. A ação fiscalizadora será exercida expostos à venda em locais de comércio § 1º. Das amostras colhidas, uma será
pela autoridade sanitária Municipal, no de gêneros alimentícios, em feiras e por enviada ao laboratório oficial para a análi-
âmbito de suas atribuições. ambulantes, devidamente protegidos e em se fiscal, outra ficará em poder do detentor
temperatura adequada a cada tipo de ali- ou responsável pelo alimento e a terceira
Art. 407. O policiamento da autoridade sa- mento. permanecerá no laboratório oficial, servin-
nitária será exercido sobre os alimentos, o do estas duas últimas para eventual perí-
pessoal que os manipula e sobre os lo- Parágrafo único. Excluem-se da exigência cia de contraprova.
cais e instalações onde se fabrique, pro- deste artigo os alimentos "in natura" e
duza, beneficie, manipule, acondicione, aqueles que por qualquer forma, possam § 2º. Se a quantidade ou natureza do ali-
conserve, deposite, armazene, transporte, ser higienizados antes de serem consu- mento não permitir a colheita de amostra
distribua, venda ou consuma alimento. midos. na forma prevista neste Regulamento e em
suas Normas Técnicas Especiais, será o
Art. 408. No fabrico, produção, Art. 418. A critério da autoridade sanitária, mesmo apreendido, mediante lavratura do
beneficiamento, manipulação, acondicio- levando-se em conta as características termo respectivo e levado ao laboratório ofi-
namento, conservação, armazenamento, locais e de fiscalização, poderá a título pre- cial, onde na presença do possuidor ou res-
transporte, distribuição, compra, venda e cário, ser autorizada a venda de determi- ponsável e do perito por ele indicado, ou,
consumo de alimentos, deverão ser ob- nados tipos de alimentos em equipamen- na sua falta, de 02 (duas) testemunhas,
servados os rigorosos preceitos de limpe- tos especiais, devidamente vistoriados será efetuada, de imediato, a análise fiscal.
za e higiene. pela autoridade competente e obedecida
a legislação vigente. Art. 425. A análise fiscal será realizada no
Art. 409. É proibido sobrepor bandejas, pra- laboratório oficial e os laudos analíticos re-
tos e outros recipientes contendo alimen- Art. 419. É proibida a venda ambulante e sultantes deverão ser fornecidos à autori-
tos, desprovidos de cobertura adequada. em feiras, de carnes "in natura" em geral. dade fiscalizadora, no prazo máximo de 30
(trinta) dias e, no caso de alimentos perecí-
Art. 410. No acondicionamento dos gêne- § 1º. As mercadorias encontradas em de- veis, de 24 (vinte e quatro) horas, a contar
ros alimentícios, é vedado o uso de pa- sacordo com o disposto neste artigo, por- da data do recebimento da amostra.
péis e embalagens servidas, ou que con- tanto consideradas clandestinas, serão
tenham corantes, tintas de impressão ou apreendidas e devidamente destinadas. Art. 426. Da análise fiscal condenatória, o
outras substâncias químicas prejudiciais laboratório oficial deverá lavrar laudo mi-
à saúde. § 2º. Excetuam-se do disposto, os produ- nucioso e conclusivo, contendo a discrimi-
tores de carnes e derivados devidamente nação expressa, de modo claro e inequí-
Art. 411. É proibida a reutilização de recipi- cadastrados e liberados pelo órgão sani- voco, das características da infração co-
entes descartáveis de qualquer espécie no tário municipal competente, para metida, além da indicação dos dispositi-
acondicionamento de alimentos. comercialização em feiras e obedecidas a vos legais ou regulamentares infringidos.
legislação vigente.
Art. 412. No interesse da Saúde Pública, Art. 427. O laudo analítico será lavrado em
poderá a autoridade sanitária proibir, nos Art. 420. Os gêneros alimentícios e bebi- 04 (quatro) vias, no mínimo, que serão
locais que determinar, o ingresso e a ven- das depositados ou em trânsito, ficarão destinados, respectivamente, ao detentor
da de gêneros alimentícios de determina- sujeitos à fiscalização da autoridade sani- do produto, ao fabricante do produto, à ins-
das procedências, quando plenamente tária, que a seu critério poderá exigir quais- trução do processo e ao arquivo do labora-
justificados os motivos. quer documentos relativos às mercadori- tório oficial.
as, bem como proceder à inspeção, apre-
Art. 413. Os equipamentos, utensílios e ensão e colheita de amostras. Art. 428. Quando a análise fiscal concluir
recipientes dos estabelecimentos, onde se pela condenação de alimento, a autorida-
consomem alimentos, deverão ser lava- Art. 421. Toda e qualquer ação fiscalizadora de fiscalizadora notificará o responsável
dos e higienizados, na forma estabelecida deverá ser facilitada pelo proprietário ou para apresentar defesa escrita e/ou reque-
pelas Normas Técnicas Especiais. responsável pelo estabelecimento onde se rer perícia de contraprova, no prazo de 10
encontrem os gêneros alimentícios. (dez) dias ou, no caso de produtos perecí-
Art. 414. Deve-se evitar a utilização de ma- veis, de 24 (vinte e quatro) horas.
teriais que não possam ser higienizados Seção VII
ou desinfetados adequadamente, como Da Colheita de Amostras e Análise § 1º. A notificação de que trata este artigo
por exemplo, a madeira. Fiscal será acompanhada de 01 (uma) via de lau-
do analítico e deverá ser feita dentro do
Art. 415. Os gêneros alimentícios expos- Art. 422. Compete à autoridade fiscalizadora prazo de 10 (dez) dias ou, no caso de pro-
tos à venda deverão estar protegidos con- realizar, periodicamente ou quando neces- dutos perecíveis, de 24 (vinte e quatro) ho-
tra poeira, insetos e outros contaminantes, sário, colheita de amostra de alimentos, ras, a contar da data do recebimento do
mediante dispositivos ou invólucros ade- matérias primas para alimentos, aditivos, resultado da análise condenatória.
quados a cada produto. coadjuvantes e recipientes para efeito de
análise fiscal. § 2º. Decorrido o prazo referido no "caput"
§ 1º. Os produtos alimentícios que pela sua deste artigo, sem que o responsável te-
natureza ou composição necessitem de Art. 423. A colheita de amostra será feita nha apresentado defesa ou requerido pe-
condições especiais de temperatura, para sem interdições da mercadoria, quando se rícia da contraprova, o laudo analítico da
sua conservação, deverão permanecer em tratar de análise fiscal de rotina. análise fiscal será considerado definitivo.
unidades ou equipamentos próprios e em
temperatura adequada. Parágrafo único. Se a análise fiscal de Seção VIII
amostra colhida em fiscalização de rotina Da Interdição de Alimentos
§ 2º. As mercadorias encontradas em de- for condenatória, a autoridade sanitária
sacordo com o disposto neste artigo se- poderá efetuar nova colheita de amostra, Art. 429. Quando resultar provado em aná-
rão apreendidas e devidamente destina- com interdição de mercadoria, lavrando o lise fiscal ser o alimento impróprio para o
das. termo de interdição. consumo, será obrigatória a sua interdi-
ção e, se for o caso, a do estabelecimento,
Art. 416. Não será permitida a venda ambu- Art. 424. A colheita de amostra para fins de lavrando-se os temos respectivos.
lante e em feiras de produtos alimentícios análise fiscal será feita mediante a
que não puderem ser objeto deste tipo de lavratura do termo de colheita de amostra, Art. 430. Na interdição de alimentos para
comércio, a critério da autoridade sanitária. em quantidade representativa do estoque, fins de análise laboratorial será lavrado o
dividida em 03 (três) invólucros, tornados termo respectivo, assinado pela autorida-
Art. 417. A critério da autoridade sanitária e invioláveis, para assegurar sua autentici- de fiscalizadora e pelo possuidor ou de-
sob pena de apreensão e inutilização, os dade e conservadas adequadamente de tentor da mercadoria ou seu representan-
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 39
te legal e, na ausência ou recusa deste, tará o termo respectivo, devendo, neste ta de amostra, aplicando-se neste caso,
por 02 (duas) testemunhas. caso, ser feita a colheita de amostra do adequada técnica de amostragem estatís-
produto para análise fiscal. tica.
Parágrafo único. O termo de interdição es-
pecificará a natureza, o tipo, a marca, a pro- § 3º. Quando o produto for passível de uti- Art. 441. Não sendo comprovada através dos
cedência e a quantidade da mercadoria, o lização para fins industriais ou exames periciais a infração, objeto da apu-
nome e o endereço do detentor e do fabri- agropecuários, sem prejuízo para a saúde ração, e sendo o produto considerado pró-
cante e será lavrado em 03 (três) vias, no pública, poderá ser transportado por conta prio para o consumo, a autoridade compe-
mínimo, destinando-se a segunda ao in- e risco do infrator para o local designado, tente lavrará despacho liberando-o e deter-
frator. acompanhada por autoridade sanitária minando o arquivamento do processo.
que verificará sua destinação, até o mo-
Art. 431. Os alimentos suspeitos ou com mento de não mais ser possível colocá-lo Seção XI
indícios de alteração, adulteração, falsifi- para o consumo humano. Das Disposições Finais
cação ou fraude, serão interditados pela
autoridade sanitária, como medida de cau- Art. 434. Não serão apreendidos, mesmo Art. 442. Não caberá recurso na hipótese
tela, e deles serão colhidas amostras para nos estabelecimentos de gêneros alimen- de condenação definitiva do alimento, em
análise fiscal. tícios, os tubérculos, bulbos, rizomas, se- razão do laudo laboratorial condenatório
mentes em grãos em estado de germina- confirmado em perícia de contraprova, ou
§ 1º. A interdição do produto e/ou do esta- ção, quando destinados ao plantio ou a nos casos de constatação, em flagrante,
belecimento, como medida de cautela, fim industrial, desde que essa circunstân- de atos de fraude, falsificação ou adultera-
durará o tempo necessário à realização de cia esteja declarada no envoltório de modo ção do produto.
testes, provas, análises e outras providên- inequívoco e facilmente legível.
cias requeridas, não podendo em qualquer Art. 443. Os alimentos de origem clandes-
caso exceder o prazo de 90 (noventa) dias, Seção X tina serão interditados pela autoridade
e de 48 (quarenta e oito) horas para os Da Perícia e Contraprova sanitária e deles serão colhidas amostras
produtos perecíveis, findo do prazo, o pro- para análise fiscal.
duto ou o estabelecimento ficará automa- Art. 435. A perícia de contraprova a que se
ticamente liberado. refere o artigo 424 deste Regulamento será § 1º. Se a análise fiscal revelar que o pro-
efetuada sobre a amostra em poder do de- duto é impróprio para consumo, o mesmo
§ 2º. Toda interdição de estabelecimento tentor ou responsável, no laboratório oficial será imediatamente inutilizado pela auto-
será acompanhada de uma intimação ao que tenha realizado a análise fiscal, com a ridade sanitária.
proprietário, na qual constarão as provi- presença do perito do laboratório oficial e
dências necessárias para a conseqüente do perito indicado pelo interessado. § 2º. Se a análise fiscal concluir tratar-se
desinterdição pela autoridade, no prazo de produto próprio para o consumo, o mes-
máximo previsto no termo. § 1º. Ao perito indicado pelo interessado, mo será apreendido pela autoridade sani-
que deve ter habilitação legal, serão tária e distribuído a instituições
§ 3º. Se a análise final não comprovar in- fornecidas todas as informações que soli- assistenciais públicas ou privadas benefi-
fração a qualquer norma legal vigente, a citar sobre a perícia, dando-se-lhe vista da centes.
autoridade comunicará a liberação da análise condenatória, métodos utilizados
mercadoria ao interessado, dentro de 05 e demais elementos por ele julgados in- Art. 444. No caso de condenação definitiva
(cinco) dias úteis, a contar do recebimento dispensáveis. do produto, cuja alteração, adulteração ou
do laudo respectivo. falsificação não impliquem em torná-lo
§ 2º. O não comparecimento do perito indi- impróprio para o uso ou consumo, o mes-
§ 4º. Se a análise final concluir pela conde- cado pela parte interessada, no dia e hora mo será apreendido pela autoridade sani-
nação do alimento, a autoridade solicitará fixados, sem causa previamente tária e distribuído a estabelecimentos
o responsável na forma do artigo 428 des- justificada, acarretará o encerramento au- assistenciais, de preferência oficiais, quan-
te Regulamento, mantendo a interdição até tomático da perícia. do esse aproveitamento for viável em pro-
decisão final, observando o prazo máximo gramas de saúde.
estipulado no "caput" deste artigo. Art. 436. Aplicar-se-á na perícia de
contraprova o mesmo método de análise Art. 445. O resultado definitivo da análise
Art. 432. O possuidor ou responsável pelo empregado na análise fiscal condenatória, condenatória de alimentos oriundos de
alimento interditado fica proibido de salvo se houver concordância dos peritos Unidade Federativa diversa, será, obriga-
entregá-lo ao consumidor, desviá-lo ou quanto à adoção de outro. toriamente, comunicado ao órgão de vigi-
substituí-lo, no todo ou em parte, até que lância sanitária Federal e ao da Unidade
ocorra a liberação da mercadoria pela au- Art. 437. Na perícia de contraprova não será Federativa interessada.
toridade sanitária, na forma prevista no ar- efetuada a análise de amostra que, em
tigo anterior. poder do infrator, apresentar indícios de Seção XII
alteração ou violação dos envoltórios au- Das Normas Gerais para Alimentos
Seção IX tenticados pela autoridade fiscalizadora,
Da Apreensão e Inutilização de Alimen- prevalecendo, nesta hipótese, como defi- Art. 446. É proibido:
tos nitivo o laudo condenatório. I - fornecer ao consumidor sobras ou res-
tos de alimentos que já tenham sido servi-
Art. 433. Os alimentos manifestamente Art. 438. Da perícia da contraprova, será dos, bem como efetuar o aproveitamento
deteriorados e os alterados, de tal forma lavrada ata circunstanciada, contendo to- das referidas sobras ou restos para a ela-
que a alteração constatada justifique dos os quesitos formalizados pelos peri- boração ou preparação de outros produ-
considerá-los, de pronto, impróprios para tos, datada e assinada por todos os parti- tos alimentícios;
o consumo, serão apreendidos e inutiliza- cipantes, cuja primeira via integrará o pro- II - a utilização de óleos que serviram previ-
dos sumariamente pela autoridade sani- cesso. amente em frituras na elaboração de mas-
tária, sem prejuízo das demais penalida- sas e recheio para pastéis, empadas e
des cabíveis. Art. 439. A divergência entre o resultado da produtos afins;
análise fiscal condenatória e da perícia de III - a utilização de gordura ou de óleo de
§ 1º. A autoridade sanitária lavrará o auto contraprova ensejará recurso à autorida- frituras em geral, assim que apresentarem
de infração e o respectivo termo de apre- de superior, no prazo de 10 (dez) dias, a sinais de saturação, modificações na sua
ensão para inutilização, que especificará qual determinará, dentro de igual prazo, coloração ou presença de resíduos quei-
a natureza, a marca, a quantidade do pro- novo exame pericial a ser realizado sobre mados;
duto, os quais serão assinados pelo infra- a amostra em poder do laboratório oficial. IV - armazenar produtos alimentícios fora
tor ou, na recusa deste, por 02 (duas) tes- da temperatura indicada pelo fabricante;
temunhas, devidamente qualificadas. Art. 440. No caso de perícia de grande va- V - a venda de leite sem pasteurização.
lor econômico, confirmada a condenação
§ 2º. Se o interessado não se conformar do alimento em perícia de contraprova, Art. 447. Além do disposto em normas téc-
com a inutilização da mercadoria, protes- poderá o interessado solicitar nova colhei- nicas específicas do órgão fiscalizador da
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saúde pública, as chamadas "vitaminas destinado à produção, fabrico, preparo, jam funcionários internos da empresa, forne-
vivas", compreendendo igualmente quais- beneficiamento, manipulação, acondicio- cedores, supervisores, proprietários, audito-
quer sucos de frutas naturais, obedecerão namento, armazenamento, depósito ou res, fiscais e todos que necessitem conhe-
às seguintes exigências no seu preparo: venda de alimentos deverá possuir licen- cer o funcionamento do estabelecimento.
I - serão elaborados no momento de se- ça sanitária.
rem servidos ao consumidor, com todo ri- Art. 462. Nos locais e estabelecimentos
gor de higiene; § 1º. A licença sanitária será concedida, onde se manipulam, beneficiam, prepa-
II - serão usadas em sua elaboração fru- após inspeção das instalações pela auto- ram, vendem ou fabricam produtos alimen-
tas frescas, em perfeito estado de conser- ridade sanitária competente, obedecidas tícios, é proibido:
vação; às especificações deste regulamento e I - varrer a seco ou usar areia, serragem ou
III - quando em sua feitura entrar leite, que demais legislações vigentes, notadamente outros afins;
este seja pasteurizado ou equivalente. as de ordem higiênico-sanitária. II - usar papel picado no piso, para qual-
quer finalidade;
Art. 448. Na preparação de caldo de cana- § 2º. Para cada supermercado ou III - destinar água servida para via pública;
de-açúcar devem ser obedecidas as se- congênere, a Secretaria de Saúde do Mu- IV - permitir a entrada ou permanência de
guintes exigências: nicípio fornecerá uma única licença sani- quaisquer animais;
I - serão elaborados no momento de se- tária e para os mercados uma licença para V - manter móveis, semoventes, veículos,
rem servidos ao consumidor com todo ri- cada box. equipamentos ou objetos alheios às ativi-
gor de higiene; dades;
II - a cana-de-açúcar, destinada à moagem, Art. 454. Os proprietários ou responsáveis VI - manter fogareiro, fogão ou outro equi-
deverá sofrer seleção e lavagem em água por estabelecimentos de gêneros alimen- pamento, com a finalidade de cozinhar no
corrente, a fim de ser separada qualquer tícios, sempre que solicitados, deverão seu interior, quando não estiver licenciado
substância estranha; exibir ao agente fiscalizador a documenta- para esse fim;
III - o caldo, obtido em instalações apropri- ção do estabelecimento, referente a licen- VII - proceder à lavagem e higienização de
adas, deverá passar em coadores rigoro- ça sanitária, bem como os comprovantes maquinários, equipamentos e estrados
samente limpos; de procedência das mercadorias em via pública;
IV - só será permitida a utilização de cana- comercializadas. VIII - utilizar substâncias ou produtos não
de-açúcar raspada em condições aprovados pelo órgão competente, para
satisfatórias para consumo; § 1º. A documentação a que se refere este fins de higienização, exceto aqueles devi-
V - a estocagem e a raspagem da cana artigo deverá permanecer visível no local a damente aprovados pelo órgão oficial com-
deverão ser realizadas, obrigatoriamente, disposição dos órgãos fiscalizadores. petente;
em local previamente autorizado pela au- IX - adaptar jiraus, sótãos ou mezaninos,
toridade sanitária e mantido em perfeitas Art. 455. Os edifícios e instalações devem exceto os submetidos à apreciação da
condições de higiene; ser projetados de forma a permitir a separa- Secretaria de Saúde do Município;
VI - os resíduos de cana devem ser manti- ção, por áreas, setores e outros meios efica- X - utilizar estrados de madeira nos pisos
dos em depósitos fechados até a sua re- zes, como definição de um fluxo de pessoas de banheiros, cozinhas, salas de manipu-
moção, após o encerramento das ativida- e alimentos, de forma a evitar as operações lação, câmaras frias e atrás dos balcões
des comerciais ou industriais diárias ou suscetíveis de causar contaminação cruza- de salão de venda;
sempre que se fizer necessário; da e que possa ser realizado nas condi- XI - usar copos, pratos, talheres e demais
VII - os engenhos deverão ter calha de ções higiênicas, desde a chegada da maté- utensílios quebrados, rachados, lascados
material inoxidável; ria-prima, durante o processo de produção, ou defeituosos;
VIII - uso de copo descartável; até a obtenção do produto final. XII - manter, guardar ou depositar merca-
IX - destinação adequada das águas ser- dorias pertencentes a terceiros;
vidas, sendo proibido o despejo nos Art. 456. Deve ser levado em conta a exis- XIII - manipular, comercializar gêneros ali-
bueiros e calçadas. tência de espaço suficiente para atender, mentícios, durante o período de reformas
de maneira adequada, a toda as operações. ou reparos necessários à conservação do
Art. 449. O gelo usado na composição ou prédio ou instalações;
resfriamento de produtos alimentícios de- Art. 457. Os locais de recebimentos ou XIV - usar enfeites junto aos alimentos ex-
verá ser liberado como gelo comestível pelo armazenamento das matérias-primas deve- postos, em bandejas e vitrines, incluindo
órgão competente, respeitar os padrões rão ser separados dos destinados à prepa- vegetais;
de qualidade exigidos pelas normas de ração ou acondicionamento do produto de XV - manter, sem identificação e sem o
saúde pública, bem como seu transporte modo a impedir a sua contaminação. devido isolamento, alimentos vencidos e/
e acondicionamento. ou deteriorados destinados para troca, no
Art. 458. Os recintos e compartimentos de mesmo compartimento;
Art. 450. Os estabelecimentos que armazenamento, fabricação ou manipula- XVI - manter plantas, excetuando-se nos
comercializam alimentos cozidos ou pre- ção de produtos comestíveis deverão es- salões de venda ou de consumação, quan-
parados para serem servidos quentes de- tar separados e diferenciados dos reser- do forem utilizados como elemento de de-
verão possuir estufas para exposição ou vados aos materiais não comestíveis. coração e/ou ornamentação, desde que
guarda de produtos que devem ser manti- distantes dos alimentos expostos à venda.
dos em temperatura acima de 60ºC (ses- Art. 459. Aos comerciantes e às distribui-
senta graus Celsius). doras de gêneros alimentícios é proibido Art. 463. Nos estabelecimentos onde se
proceder a sua triagem, transferência ou fabricam, preparam, vendem ou deposi-
Art. 451. Deverá ser mantido rigoroso con- venda nas vias e logradouros públicos ou tam gêneros alimentícios, deverão ser uti-
trole do período de validade dos alimentos em locais não autorizados. lizados recipientes adequados, de fácil lim-
e conservação dos mesmos. peza e providos de tampo ou recipientes
Art. 460. Nos estabelecimentos comerci- descartáveis para coleta de resíduos.
Art. 452. Para o preparo de ais, somente será permitida a venda de
hortifrutigranjeiros deve ser efetuada a gêneros alimentícios da espécie para a Art. 464. O lixo deve ser retirado das áreas
higienização completa (lavagem, desinfec- qual foram licenciados, sendo proibido o de trabalho, todas as vezes que seja ne-
ção e enxágüe) em todos aqueles que se- exercício de atividades não inerentes ao cessário, no mínimo uma vez por dia. Ime-
rão consumidos crus. seu ramo de comércio. diatamente depois da remoção do lixo, os
recipientes utilizados para o seu
Parágrafo único. Os procedimentos de Art. 461. Os visitantes deverão estar devi- armazenamento e todos os equipamen-
desinfecção deverão estar de acordo com damente paramentados com uniforme for- tos que tenham entrado em contato com o
as normas vigentes. necido pela empresa, (avental, rede ou lixo devem ser limpos e desinfetados, sen-
gorro para proteção dos cabelos e, se ne- do que a área de armazenamento do lixo
Seção XIII cessário, em alguns estabelecimentos deve também ser limpa e desinfetada.
Das Normas Gerais para Estabeleci- protetores para os pés).
mentos Art. 465. Os balcões e mesas dos estabe-
Parágrafo único. São considerados visitan- lecimentos de manipulação de alimentos
Art. 453. Todo estabelecimento ou local tes todas as pessoas alheias à área, se- serão de tampo de material impermeável
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 41
e construídos de modo a não proporcionar manter um encarregado para supervisio- signadas a propósito de estabelecimentos
esconderijos a insetos, roedores e outros nar a higiene do estabelecimento que de- comerciais, obedecerão mais as seguintes:
animais. verá ter, sob sua ordem, pessoal habilita- I - as cozinhas não poderão ser ilumina-
do para o manuseio do material especial das por meio de aberturas que dêem para
Art. 466. Imediatamente após o término do de limpeza e estar conscientizado dos pe- áreas fechadas e os fogões serão provi-
trabalho ou quantas vezes for conveniente, rigos da contaminação e riscos que este dos de sistema de exaustores, para impe-
devem ser limpos cuidadosamente o acarreta. dir o superaquecimento da atmosfera por
chão, incluindo o deságüe, as estruturas gases de combustão e vapores oriundos
auxiliares, paredes, equipamentos e uten- Art. 476. É proibido, nos estabelecimentos da cocção dos alimentos;
sílios. de gêneros alimentícios, o preparo ou II - as cozinhas e copas deverão ficar isola-
comercialização de alimentos destinados das das salas de refeições;
Art. 467. As portas que dão acesso às sa- à alimentação animal, à exceção dos devi- III - deverão ter instalações sanitárias devi-
las de manipulação e industrialização de- damente embalados, rotulados e proce- damente separadas para cada sexo, para
verão ser providas de molas para o seu dentes de estabelecimentos devidamente uso dos consumidores e, além destas,
fechamento automático. autorizados. para uso dos funcionários também sepa-
radas por sexo, sempre que a autoridade
Art. 468. Os estabelecimentos de gêneros Art. 477. As salas de acondicionamento sanitária julgar necessário;
alimentícios deverão estar equipados com terão paredes revestidas com material liso, IV - as portas das instalações sanitárias
armários adequados, instrumentos de tra- resistente e impermeável com 2,00 m (dois terão molas para seu fechamento automá-
balho e materiais de higienização, especí- metros) de altura mínima, cor branca e pi- tico e não poderão abrir-se diretamente
ficos para cada fim. sos revestidos de material liso, resistente para as salas de manipulação ou de con-
e impermeável. sumo de alimentos;
Art. 469. Serão teladas as aberturas para o V - terão instalações especiais para lava-
exterior das cozinhas, copas, depósitos, Art. 478. Os estabelecimentos que utilizem gem de louças e talheres, sendo obrigató-
sala de manipulação, preparo ou fabrico fornos de carvão e lenha deverão ter depó- rio o uso de água corrente fervente ou de
de alimentos. sito de combustível mantidos limpos e or- outros processos de desinfecção aprova-
ganizados de forma a evitar abrigo para dos pela autoridade sanitária;
Art. 470. O local de manipulação de alimen- pragas e não terá comunicação direta ao VI - serão dotadas de dispositivos especi-
tos não poderá ter comunicação direta com local de manipulação. ais para a proteção das louças, talheres e
aquele destinado à moradia. demais utensílios, contra poeiras e mos-
Art. 479. É proibido nos estabelecimentos cas, os quais serão mantidos em perfei-
Art. 471. Deve ser assegurado amplo supri- que fabricam, preparam, beneficiam, acon- tas condições de higiene.
mento de água fria e, quando necessário, de dicionam e comercializam gêneros alimen-
água quente, sendo que a água, utilizada na tícios, manter equipamentos, maquinários, Art. 484. Nos locais onde é servido café
elaboração de alimentos ou na higienização instalações, objetos, substâncias quími- será obrigatório o uso de esterilizadores
dos utensílios e equipamentos, deve ser po- cas, aditivos, condimentos ou invólucros, para xícaras e colheres ou uso de utensíli-
tável, obedecendo aos padrões fixados pelo com objetivo de fraudar ou adulterar ali- os descartáveis.
órgão sanitário competente. mentos.
Art. 485. Serão teladas as aberturas para o
Art. 472. Toda superfície dos equipamen- Parágrafo único. O material encontrado exterior das cozinhas, copas, depósitos,
tos e utensílios que devem entrar em con- nas condições referidas neste artigo será salas de manipulação, preparo ou fabrico
tato com os alimentos deve ser lisa, isenta apreendido e destinado à critério da auto- de alimentos.
de cavidades, fendas e crostas, não tóxi- ridade sanitária.
cas, inatacável pelos produtos alimentíci- Art. 486. As pastelarias e estabelecimen-
os, capaz de resistir a processo de limpe- Art. 480. Só será permitido o comércio de tos congêneres deverão ter:
za, não absorvente, com exceção de ca- saneantes, desinfetantes e produtos simi- I - local de manipulação isolado;
sos especiais, em que seja necessário lares, em estabelecimentos de venda ou II - depósitos de matéria prima, vestiário
empregar determinado material, devida- consumo de alimentos, quando nele exis- adequado e instalações sanitárias;
mente autorizado pela autoridade sanitá- tir local apropriado separado, devidamen- III - equipamentos adequados para reten-
ria competente. te aprovado pela autoridade sanitária. ção de gordura, oriundas do processo de
fritura, a fim de evitar incômodo aos vizi-
§ 1º. O equipamento e os utensílios auxili- Art. 481. É obrigatória a existência de equi- nhos;
ares para produtos não comestíveis ou pamentos de refrigeração e/ou de conge- IV - monitoramento de óleos e gorduras;
contaminantes deverá ser, obrigatoriamen- lamento nos estabelecimentos que produ- V - os pastéis deverão ser fritos na hora do
te, identificado na forma indicada pela au- zam, fabricam, preparam, beneficiam, ma- consumo ou mantidos em estufas acima
toridade competente. nipulam, acondicionam, armazenam, de- de 65ºC.
positam ou vendem produtos perecíveis ou
§ 2º. Os equipamentos e utensílios referi- alteráveis. Art. 487. As estufas utilizadas para conser-
dos no parágrafo anterior não devem ser vação a quente devem ser mantidas em
usados em qualquer fase do fabrico, acon- § 1º. As mercadorias deverão ser distribu- temperatura adequada (acima de 65ºC),
dicionamento ou transporte de alimentos ídas em unidades frigoríficas apropriadas observadas ainda as condições de volu-
e das matérias-primas empregadas na e dispostas de maneira a permitir a perfei- me armazenado, sem provocar
sua elaboração. ta circulação de ar, ficando, portanto, proi- superlotação.
bida a superlotação dessas unidades.
Art. 473. Os materiais de embalagens de- Art. 488. Não será permitido o abate de
vem ser armazenados e utilizados em con- § 2º. A critério da autoridade sanitária com- animais de quaisquer espécies em locais
dições higiênicas satisfatórias, não poden- petente, a exigência de que trata este arti- não autorizados pelos órgãos competen-
do em nenhum caso interferir nas caracte- go, poderá estender-se aos veículos de tes.
rísticas próprias do alimento ou torná-lo transportes.
inadequado para alimentação humana. Parágrafo único. Excepcionalmente à crité-
Art. 482. Os estabelecimentos destinados rio da autoridade sanitária poderá ser auto-
Art. 474. Nos locais onde se fabricam, ao fabrico, manipulação e comércio de rizado a manutenção de peixes vivos comes-
manipulam ou vendem gêneros alimentí- gêneros alimentícios ficam sujeitos às dis- tíveis para comercialização direta ao consu-
cios, haverá pias com água corrente. posições relativas às construções em ge- midor atendendo a legislação vigente.
ral e à higiene ocupacional, além das de-
Art. 475. Será obrigatório rigoroso asseio mais medidas previstas na legislação vi- Art. 489. A fiscalização das indústrias de
em todos os compartimentos dos estabe- gente. produtos de origem animal obedecerá as
lecimentos industriais e comerciais de normas estabelecidas pelos órgãos com-
gêneros alimentícios. Art. 483. Hotéis, restaurantes, lanchonetes, petentes.
bares, cafés e estabelecimentos
Parágrafo único. Cada indústria deverá congêneres, além das disposições con- Art. 490. É vedado aos comerciantes man-
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ter alimentos em depósitos domiciliares. constantes e aplicáveis deste regulamen- ria, de natureza tal, que não altere as ca-
to, as cozinhas e/ou salas de manipula- racterísticas sensoriais visuais dos produ-
Art. 491. É proibido nos estabelecimentos ção deverão seguir as seguintes normas: tos;
de gêneros alimentícios, comercializar I - piso de material liso, impermeável e re- V - pias com água corrente;
quelônios, anfíbios, répteis, aves, algas, sistente, com inclinação suficiente para o VI - instalação frigorífica com capacidade
plantas marítimas, animais aquáticos, escoamento de águas de lavagem, com proporcional ao volume de carne a ser con-
mamíferos de água doce e salgada, bem destino adequado das águas servidas; servada;
como animais exóticos, abatidos ou vivos, II - paredes impermeabilizadas com mate- VII - tampos dos balcões impermeabiliza-
exceto aqueles previstos em legislação rial liso e resistente a freqüentes lavagens, dos com material liso e resistente e provi-
própria, desde que procedentes de esta- na cor branca, até altura mínima de 2,00 m dos de anteparo para evitar contato do con-
belecimentos legalmente autorizados para (dois metros) e o restante das paredes pin- sumidor com as carnes;
este tipo de comércio. tado na cor branca; VIII - câmaras ou armários frigoríficos es-
III - teto liso, de material adequado, pinta- peciais para depósitos de artigos outros
Art. 492. Fica permitido aos estabelecimen- do na cor clara, que permita uma perfeita que não as carnes.
tos que comercializam alimentos, utilizar limpeza e higienização;
equipamentos com peculiaridades IV - aberturas com tela à prova de insetos; Art. 499. O auto-serviço ou bandejamento
cognominadas de "equipamentos de so- V - água corrente quente e fria; de carnes, bem como a venda atacadista,
leira de portas", tais como "churros", "fran- VI - fogão apropriado com coifa e/ou exaus- somente será permitido em locais autori-
go assado", "doces e guloseimas", "chur- tor; zados pelo órgão competente, atendendo
rasco grego", "espetinhos" e outras ativi- VII - mesas de manipulação constituídas a legislação vigente.
dades análogas e afins, desde que satis- de pés e tampos, feitos ou revestidos de
façam às seguintes exigências: material impermeável; Art. 500. É proibido a fabricação de embu-
I - a abertura dos dispositivos apropriados VIII - é proibida a utilização de divisões de tidos, salgados, espetinhos e outros afins
para acondicionamento dos alimentos madeira e revestimentos de madeira nas em açougues.
esteja sempre voltada em sentido oposto paredes e piso;
ao da via ou logradouro público; IX - portas providas com sistema de fecha- Parágrafo único. Excetuam-se do dispos-
II - os equipamentos utilizados para o acon- mento automático; to, os estabelecimentos registrados e au-
dicionamento dos alimentos deverão man- X - pias, cujos despejos, passarão obriga- torizados pelos órgãos competentes.
ter a temperatura adequada à sua boa con- toriamente por equipamento de retenção
servação; de gorduras; Art. 501. Nos açougues é proibido:
III - quando, para o exercício dessa ativida- XI - é proibida instalação de ventiladores I - usar o cepo;
de, for instalado qualquer dispositivo para dentro de áreas de manipulação. II - manter a carne em contato direto com o
assar, cozer ou fritar alimentos que exijam gelo ou nos compartimentos onde houver
manipulação prévia, desde que atendam Seção XVI o gelo;
as condições adequadas para manipula- Dos Depósitos de Alimentos III - manter no mesmo compartimento dos
ção ou preparo. balcões ou câmaras frigoríficas, duas ou
Art. 497. Além das demais disposições mais espécies de carnes ou outros produ-
Art. 493. Não será permitido expor à venda constantes e aplicáveis deste regulamen- tos, a não ser que estejam devidamente
nem ter em depósito substâncias tóxicas to os depósitos de alimentos deverão pos- acondicionados em invólucros, proporcio-
ou cáusticas para qualquer uso que se suir: nando perfeito isolamento;
prestem à confusão com gêneros alimen- I - Piso de material liso, impermeável e re- IV - manter as carnes fora de refrigeração;
tícios ou gêneros impróprios para o con- sistente, com inclinação suficiente para o V - possuir aparelhamento para preparo
sumo sob qualquer pretexto. escoamento das águas de lavagem. de carnes conservadas;
II - Estrados que obedecerão às seguintes VI - depósitos de carnes moídas e bifes
Art. 494. Deve-se evitar a utilização de ma- normas: batidos.
teriais que não possam ser higienizados a) distância entre um estrado e o piso de
ou desinfetados adequadamente, por 30 cm, no mínimo; Art. 502. Todos os açougues devem ter sala
exemplo, a madeira. b) distância entre um estrado e uma pare- de desossa, dotada de equipamentos ne-
de de 30 cm, no mínimo; cessários e devem manter os ossos em
Seção XIV c) quando houver mais de um estrado, a caixas apropriadas sob refrigeração.
Dos Salões de Venda distância entre o estrado e outro de 50 cm,
no mínimo; Parágrafo único. É proibido o recolhimen-
Art. 495. Além das demais disposições d) em ambientes úmidos, como freezeres, to, nas unidades frigoríficas, de ossos,
constantes e aplicáveis deste Regulamen- geladeiras e câmaras frigoríficas, deverão sebos, detritos ou outras mercadorias im-
to, os salões de vendas deverão seguir as ser de material liso e impermeável; próprias para o consumo, exceto quando
seguintes normas: III - As paredes impermeabilizadas com acondicionados em recipientes resisten-
I - piso de material liso, impermeável e re- material liso, impermeável na cor clara, até tes, laváveis, proporcionando isolamento.
sistente, com inclinação suficiente para o a altura mínima de 2,00 m e o restante das
escoamento das águas de lavagem, com paredes pintado na cor clara; Art. 503. Nenhum açougue pode expor à
destino adequado das águas servidas; IV - Teto liso, de material adequado, pinta- venda carnes de animais que não tenham
II - paredes revestidas com material ade- do na cor clara que permita uma perfeita sido inspecionados pelo órgão competen-
quado de modo a permitir fácil limpeza e limpeza e higienização. te, sob pena de apreensão.
higienização;
III - teto de material adequado que permita Seção XVII Parágrafo único. O contido neste artigo é
uma perfeita limpeza e higienização; Dos Açougues, Peixarias e Congêneres comprovado pelo órgão fiscalizador do
IV - balcões e mesas com tampos revesti- abate através de carimbagem e rotulagem.
dos de material liso, impermeável e resis- Art. 498. Os estabelecimentos, regulados
tente; por esta seção, além de cumprirem as Art. 504. Os açougues são destinados à
V - pia com água corrente. demais disposições constantes e aplicá- venda de carnes, vísceras e miúdos fres-
veis deste regulamento, deverão possuir: cos, resfriados ou congelados, não sendo
Parágrafo único. Materiais não previstos I - sala isolada à prova de insetos, para permitido seu preparo ou manipulação
nesta regulamentação deverão ter prévia manipulação de carnes com capacidade para qualquer fim.
aprovação da autoridade sanitária compe- proporcional ao volume de produção;
tente, seguindo as normas técnicas espe- II - piso de material resistente, impermeá- Parágrafo único. Será, entretanto, faculta-
cíficas. vel provido de ralos para escoamento das do aos açougues:
águas de limpeza; I - a venda de subprodutos de origem ani-
Seção XV III - paredes, pilares, colunas, até a altura mal conservados, preparados ou enlata-
Das Cozinhas e/ou Salas de Manipula- de 2, 00 m, no mínimo, revestidos de ma- dos, desde que convenientemente identi-
ção terial liso, impermeável e resistente de cor ficados como procedentes de fábricas li-
branca; cenciadas e registradas;
Art. 496. Além das demais disposições IV - iluminação artificial, quando necessá- II - a venda de carne fresca moída, desde
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 43
que a moagem seja, obrigatoriamente, fei- mínimo, 30% (trinta por cento) do peso to- gêneros alimentícios perecíveis, compatí-
ta na presença do comprador e a seu ex- tal da mercadoria. veis com o volume de comercialização.
clusivo pedido, por meio de máquinas elé-
tricas; § 2º. O pescado será acondicionado por § 1º. Os estabelecimentos comerciais, ins-
III - a venda de pescado, industrializado e espécie e em caixas de material não talados nos mercados ou que objetivarem
congelado, procedente de fábricas licenci- corrosível e liso, mantidas em bom estado a licença para neles funcionar, ficarão su-
adas, desde que disponham de unidade de conservação e limpeza. jeitos às disposições que lhes forem
frigorífica própria e exclusiva para sua boa concernentes.
conservação. § 3º. O peixe filetado deve estar acondicio-
nado em recipiente de material não § 2º. A iguais exigências estão sujeitas as
Art. 505. Os estabelecimentos que corrosível e liso, em unidades de peso, em empresas e companhias exploradoras ou
comercializam carnes deverão dispor de invólucros, pacotes e vasilhames dos es- arrendatárias dos mercados, nos compar-
gancheiras no compartimento destinado tabelecimentos industriais e devidamente timentos e locais destinados a locações
à desossa. rotulados. precárias, depósito e leilões de produtos.

§ 1º. As gancheiras deverão ser mantidas § 4º. A autoridade sanitária competente, Art. 515. Os mercados e supermercados
em perfeito estado de conservação e lim- considerando o tempo de duração da via- deverão satisfazer ainda as seguintes exi-
peza. gem, a temperatura inicial da mercadoria gências:
e a temperatura de seu carregamento, po- I - portas e janelas em número suficiente,
§ 2º. Após a operação da desossa, a mer- derá exigir a instalação de dispositivos de capazes de assegurar franca ventilação e
cadoria deverá ser armazenada nas uni- produção automática do frio. impedir a entrada de insetos e roedores;
dades frigoríficas. II - pé direito mínimo de 3,50 m contados
Seção XVIII do ponto mais baixo da cobertura;
Art. 506. Nos estabelecimentos de gêne- Das Padarias, Confeitarias e III - piso impermeável e com declive de 2 %
ros alimentícios é proibida a Congêneres para facilitar o escoamento das águas.
comercialização de carnes destinadas à
indústria para aproveitamento condicional. Art. 511. Além das demais disposições Seção XX
constantes e aplicáveis deste regulamen- Das Quitandas, Depósitos, Casa de
Art. 507. Nos estabelecimentos de comér- to os estabelecimentos regulados por esta Frutas e Congêneres
cio de aves abatidas não é permitida a exis- seção deverão possuir:
tência de aves vivas. I - recebimento e depósitos de farinha; Art. 516. Além das demais disposições
II - recebimento e depósitos de matéria- constantes e aplicáveis deste regulamen-
Art. 508. Nas peixarias é vedado o preparo prima; to os estabelecimentos a que se refere esta
ou fabrico de conservas de peixes e para a III - panificação, compreendendo manipu- seção deverão possuir:
venda de pescados em filé ou em pedaços, lação, área de forno e de fermentação, área I - estantes impermeabilizadas, com ma-
a manipulação deverá ser efetuado na pre- de resfriamento e acondicionamento; terial liso e resistente, para conter os pro-
sença do comprador e a seu pedido. IV - área exclusiva para manipulação de dutos hortifrutigranjeiros, afastados 1,0 m,
produtos de confeitaria; no mínimo, das portas exteriores;
Parágrafo único. A proibição referida neste V - área para acondicionamento de emba- II - paredes revestidas, até 2,00 m com
artigo não se aplica quando se tratar de lagens; material liso, resistente e impermeável de
estabelecimentos registrados e autoriza- VI - depósito de produtos acabados, expe- cor clara;
dos pelos órgãos sanitários competentes. dição e/ou venda; III - depósitos das verduras, recipientes ou
VII - vestiários e instalações sanitárias; dispositivos de superfície impermeável, à pro-
Art. 509. Aos estabelecimentos de gêne- VIII - depósito de material de limpeza e va de moscas e de qualquer contaminação.
ros alimentícios é proibido substituir uma outros afins;
espécie por outra, com a finalidade de frau- IX - administração e serviços; Art. 517. As informações obrigatórias de
dar o público consumidor, bem como ven- X - cozinha para funcionários. marcação ou rotulagem de produtos
der congelados, por resfriados ou frescos, hortícolas, referentes às indicações quan-
ou utilizar quaisquer meios com tal finali- Parágrafo único. As salas de embalagens, titativas, qualitativas e outras exigidas para
dade. depósito e cozinha serão exigidos a crité- o produto devem estar de acordo com as
rio da autoridade sanitária, levando em legislações específicas estabelecidas pe-
Art. 510. Os veículos para transporte, en- conta o volume de produção e a natureza los órgãos oficiais envolvidos.
trega e distribuição de carnes, pescados, do estabelecimento.
frangos e derivados deverão ser licencia- Art. 518. As embalagens destinadas ao
dos pela autoridade competente e preen- Art. 512. O transporte e a entrega de pães, acondicionamento de produtos hortícolas
cher os seguintes requisitos: biscoitos e similares deverá ser feito em "in natura" devem atender as exigências
I - dispor de compartimento de carga com- recipiente adequado e protegido e os veí- dispostas nas legislações específicas vi-
pletamente fechado e dotado de termo-iso- culos deverão ser de uso exclusivo para gentes.
lante; tal fim, bem como licenciados pela autori-
II - dispor de revestimento metálico não dade sanitária, renovável anualmente. Art. 519. É proibido aos estabelecimentos re-
corrosível, de superfície lisa e contínua; gulamentados nesta seção:
III - possuir vedação para evitar o derrame Seção XIX I - expor à venda frutas ou verduras em caixas
de líquidos; Dos Supermercados e Mercados fora das estantes;
IV - possuir, para o transporte de carcaças II - expor à venda frutas e verduras murchas e/
inteiras, metades e quartos, equipamen- Art. 513. Os supermercados, mercados e ou em estado de deterioração;
tos de suspensão, feitos de material não congêneres, além de observar o disposto III - expor à venda hortaliças procedentes de
corrosível e colocado de tal maneira, que a no artigo 371, deverão, quanto aos seus hortas irrigadas com águas poluídas ou adu-
carne não possa tocar o piso, facilitando a locais de venda, obedecer às exigências badas com dejetos humanos;
sua retirada, e que o veículo transporte técnicas previstas neste regulamento, se- IV - fracionar e embalar hortícolas para venda,
apenas alimentos citados neste artigo; gundo o gênero de comércio, no que lhes sem autorização dos órgãos competentes.
V - deverão os veículos destinados ao forem aplicáveis.
transporte de restos de abatedouros e si- Seção XXI
milares possuir carrocerias fechadas e Art. 514. Além das exigências que lhes fo- Das Fábricas em Geral
vedadas; rem aplicáveis relativas aos estabeleci-
VI - deverão atender ao disposto na legis- mentos comerciais, ficam os mercados Art. 520. Além das demais disposições
lação vigente quanto a embalagem e tem- sujeitos a cumprirem também as seguin- constantes e aplicáveis desta regulamen-
peratura. tes: tação, os estabelecimentos a que se refe-
I - ter pias ligadas à canalização de abas- re esta seção deverão possuir:
§ 1º. No transporte de pescado será tole- tecimento, com água abundante para to- I - vasilhame de material inócuo e
rado o emprego de gelo picado ou em es- dos os fins; inatacável, sem ranhuras ou fragmentação,
camas, sob a condição de representar, no II - possuir câmaras frigoríficas para os devidamente limpo, para o preparo, uso e
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transporte de alimentos; Art. 523. Além das normas da legislação de serem servidos quentes, serem manti-
II - fogão apropriado com sistema de vigente e das disposições constantes e dos em temperatura acima de 60ºC, fazen-
exaustão, quando necessário, composto aplicáveis desta regulamentação, os es- do-se uso de estufas, caso seja necessá-
de coifa, dutos, chapéus e exaustor; tabelecimentos regulados por esta seção rio;
III - isolamento térmico nos fornos, máquinas, deverão observar o que segue: VI - os utensílios, recipientes e instrumentos
caldeiras, estufas, forjas ou quaisquer outros I - a critério da autoridade sanitária, poderá de trabalho devem ser mantidos em perfei-
onde se produza ou se concentre calor; ser exigida, também, a sala de embala- tas condições de higiene, mediante freqüen-
IV - aparelhos ou equipamentos que pro- gens de produtos nos mesmos moldes tes lavagens e desinfecção, com água fer-
duzam calor instalados em locais ou com- da sala de manipulação; vente ou solução desinfetante aprovada.
partimentos próprios e afastados, no mí- II - vasilhame de material inócuo e
nimo, 50 cm do teto e das paredes; inatacável, sem ranhura ou fragmentação, Art. 527. Os traileres, quando funcionarem
V - chaminés com dimensionamento ade- para o preparo, uso e transporte de alimen- com anexos, tipo bar, restaurante, cozinha
quado à perfeita tiragem e dotadas de dis- tos; industrial, deverão obedecer às disposi-
positivos eficientes para a remoção ou con- III - fogão apropriado com sistema de ções relativas a esses estabelecimentos,
trole dos inconvenientes que possam advir exaustão, composto de coifa, dutos, cha- contidas neste regulamento.
da emissão da fumaça, gases, fuligem, péu e exaustor;
odores ou quaisquer outros resíduos que IV - triturador industrial para resíduos, com Seção XXV
possam ser nocivos ou incômodos aos capacidade suficiente, a critério da autori- Das Feiras Livres
locais de trabalho à vizinhança; dade sanitária;
VI - dispositivos destinados a evitar incô- V - equipamentos que produzam calor, ins- Art. 528. Além das demais disposições da
modos e riscos provenientes de aparelhos talados em locais próprios e afastados, no legislação vigente e das constantes e apli-
e equipamentos que produzam ruídos, mínimo, 0,50 m do teto e das paredes; cáveis desta regulamentação, as feiras li-
choques mecânicos ou elétricos e vibra- VI - responsável técnico, em função do vo- vres, deverão observar as seguintes exi-
ções; lume de manipulação, a critério da autori- gências:
VII - dispositivos apropriados para impedir dade sanitária. I - as bancas somente poderão funcionar
que se formem ou se espalhem, nas de- após vistoria e concessão da respectiva
pendências de trabalho, suspensóides Seção XXIV licença sanitária;
como poeiras, fumaças, gases ou vapo- Dos Trailers, Comércio Ambulante e II - todas as bancas deverão ser imperme-
res tóxicos, irritantes ou corrosivos. Congêneres abilizadas com material adequado que fa-
cilite a limpeza;
Art. 521. Nas fábricas de massas ou esta- Art. 524. Os traileres, comércio ambulante III - as bancas deverão ser providas de co-
belecimentos congêneres, a secagem dos e congêneres estão sujeitos à legislação bertura para proteção dos gêneros alimen-
produtos deve ser feita por meio de equi- vigente e às disposições desta regulamen- tícios contra os raios solares, chuvas e
pamentos ou câmaras de secagem. tação, no que couber, e especificamente outras intempéries;
ao disposto nos artigos constantes desta IV - nenhum produto poderá ser exposto à
Parágrafo único. A câmara de secagem terá: seção. venda colocado diretamente sobre o solo;
a) paredes impermeabilizadas até a altura V - todas as bancas ficam obrigadas ao
de 2,00 m, na cor branca, pisos revestidos Art. 525. No comércio ambulante somente uso de coletores de lixo com tampa à pro-
de material liso impermeável e teto de é tolerada a comercialização de alimentos va de moscas;
material impermeável, de cor branca; que não ofereçam riscos ou inconvenien- VI - devem ser mantidos resfriados em ve-
b) abertura para o exterior envidraçada e tes de caráter sanitário, à critério do órgão ículos frigoríficos, balcões frigoríficos ou
telada. competente, não sendo permitido prepa- caixas isotérmicas revestidas com materi-
ro de bebidas e alimentos, exceto pipocas. al adequado, nas temperaturas exigidas
Seção XXII aos alimentos obrigados a este tipo de
Das Sorveterias e Congêneres Parágrafo único. "Churros", "algodão conservação;
doce", "raspadinha", "milho verde", VII - os equipamentos e utensílios utiliza-
Art. 522. Além das demais disposições da "acarajé", "tapioca", "churrasquinho", "cre- dos devem ser mantidos em perfeitas con-
legislação vigente e das constantes desta pes", "cachorro quente" e "sucos naturais" dições de conservação e higiene;
regulamentação, os estabelecimentos a serão permitidos, desde que em equipa- VIII - é proibida a comercialização de aves
que se refere esta seção deverão possuir mentos e condições aprovadas pelo ór- e outros animais vivos;
e observar o que segue: gão sanitário do município. IX - é proibido a limpeza ou fracionamento
I - vasilhame de material inócuo e de pescados;
inatacável, sem ranhuras ou fragmentação, Art. 526. A preparação, beneficiamento, IX - é proibido o fabrico de alimentos.
devidamente limpo, para o preparo, uso e fracionamento ambulante de alimentos,
transporte de alimentos; para a venda imediata e os serviços de Parágrafo único. É expressamente proibi-
II - os sorvetes fabricados e não vendidos lanches rápidos são tolerados, desde que do que as bancas de feiras livres deposi-
no próprio local, estão sujeitos ao registro observadas, em especial, as seguintes tem seus lixos sobre solos, calçadas ou
do órgão competente, antes de serem en- condições: asfalto.
tregues ao consumo; I - realizar-se em veículos, motorizados ou
III - os gelados comestíveis, elaborados não, com espaço interno suficiente para a Seção XXVI
com produtos de laticínios ou ovos, serão permanência do manipulador, providos de Do Pessoal
obrigatoriamente pasteurizados; reservatório para adequado suprimento de
IV - no caso de venda ambulante em carri- água corrente, instalações de copa-cozi- Art. 529. As pessoas que manipulam ali-
nhos, estão sujeitos a registro no órgão nha e balcão para servir ao publico; mentos, bem como as que trabalham nos
competente e deverão possuir área ade- II - o compartimento do condutor, quando estabelecimentos de interesse da saúde
quada para guarda e higienização; for o caso, deve ser isolado dos comparti- pública não podem praticar ou possuir
V - durante o armazenamento, antes da mentos de trabalho, sendo proibida a utili- hábitos ou condições capazes de prejudi-
distribuição aos postos de venda, os gela- zação do veículo como dormitório; car a limpeza e sanidade dos alimentos, a
dos comestíveis deverão ser mantidos a III - os utensílios e recipientes para utiliza- higiene dos estabelecimentos e a saúde
uma temperatura máxima de - 18ºC, sen- ção pelo consumidor devem ser dos consumidores e, em especial, devem
do que quando da exposição à venda, é descartáveis e descartados após uma úni- cumprir as seguintes exigências:
permitido que a temperatura do produto fi- ca serventia; I - manter o mais rigoroso asseio corporal
nal seja igual ou inferior a -12ºC e nos equi- IV - os alimentos, substâncias, insumos e e do vestuário;
pamentos para venda ambulante, sem outros devem ser depositados, manipula- II - a barba deve ser feita diariamente e
unidade de refrigeração própria, é permiti- dos, e, eventualmente, aquecidos ou cozi- recomenda-se não usar bigodes e coste-
do que a temperatura seja igual ou inferior dos no interior do veículo; letas;
a -5ºC no produto final. V - os alimentos perecíveis deverão ser III - fazer uso de vestuário adequado, de
guardados em dispositivos frigoríficos pro- cor clara, com troca diária e utilização so-
Seção XXIII vidos de aparelhagem automática de pro- mente nas dependências internas dos
Das Cozinhas Industriais, Bifês e dução de frio suficiente para utilizá-los nas serviços;
Estabelecimentos Congêneres temperaturas exigidas, devendo, no caso IV - uso de calçados fechados, em boas
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condições de limpeza e conservação; Art. 533. Entende-se por produtos e subs- Art. 539. Os produtos de interesse à saúde
V - não guardar roupas nem objetos pes- tâncias de interesse à saúde, os alimen- somente podem ser comercializados, ex-
soais na área de manipulação de alimen- tos, águas minerais e de fontes, bebidas, postos à venda, utilizados e entregues para
tos; aditivos, medicamentos, drogas, insumos o uso e/ou consumo, quando estiverem:
VI - quando envolvidas na elaboração, pre- farmacêuticos, correlatos de produtos para I - em bom estado de conservação;
paração ou fracionamento de alimentos, a saúde, cosméticos, perfumes, produtos II - dentro do prazo de validade;
fazer uso de gorro ou outro dispositivo de de higiene, saneantes domissanitários, III - sem adulteração;
cor clara que cubra os cabelos; agrotóxicos e afins, bem como embala- IV - com identificação do nome e composi-
VII - ter as mãos e unhas limpas, obrigatori- gens ou outros produtos que possam tra- ção do produto;
amente lavadas com água e sabão, antes zer riscos à saúde. V - com data de validade;
do início das atividades, quando tiverem to- VI - com número de lote e número de re-
cado material contaminado ou dinheiro, fei- Art. 534. O controle da produção, importa- gistro no órgão competente;
to o uso de lenço e, principalmente, após a ção, distribuição e comércio de produtos e VII - com os demais dados necessários,
utilização da instalação sanitária; substâncias de interesse à saúde é reali- conforme legislação vigente.
VIII - quando estiverem em contato direto zado através de licenciamento das empre-
com os alimentos, devem ter as unhas sas na forma da lei, inspeções periódicas Art. 540. Os estabelecimentos devem exe-
curtas e sem pintura, cabelos e barbas e/ou eventuais dos estabelecimentos e cutar controle de qualidade das matérias-
aparados ou protegidos; programas de verificação de conformida- primas, produtos intermediários, granéis,
IX - não devem tocar diretamente com as de dos produtos, como por exemplo, aná- produtos acabados, material de envase,
mãos nos alimentos mais do que o abso- lise fiscal, prévia e de controle. rotulagem e embalagem, bem como man-
lutamente necessário e somente quando ter os registros atualizados.
não possam fazê-lo indiretamente, através Art. 535. Cabe à autoridade sanitária a ava-
de utensílios apropriados; liação e controle do risco, a normatização, Art. 541. Os materiais de embalagem de-
X - o emprego de luvas na manipulação de fiscalização e controle das condições sani- vem proteger totalmente os produtos nas
alimentos deve obedecer as perfeitas con- tárias e técnicas da importação, exportação, condições adequadas de transporte, ma-
dições de higiene e limpeza destas, sen- extração, produção, manipulação, distribui- nuseio e estocagem, proporcionando se-
do que o uso de luvas não exime o ção, dispensa, esterilização, fracionamento, gurança ao consumidor.
manipulador da obrigação de lavar as montagem, embalagem, reembalagem,
mãos cuidadosamente; aplicação, comercialização e uso dos pro- Art. 542. A distribuição de amostras grátis
XI - a utilização de máscaras na manipula- dutos ou substâncias de interesse à saúde de medicamentos de qualquer natureza,
ção de alimentos, quando necessária, de- em qualquer fase em que se encontre. pelos estabelecimentos industriais e/ou
vem ser descartáveis e trocadas no máxi- representantes, é permitida exclusivamen-
mo a cada 30 (trinta) minutos; § 1º. O controle a que se refere este artigo te a médicos, cirurgiões dentistas e médi-
XII - os cortes, queimaduras, erosões de abrange a manipulação, a produção, a cos veterinários, devendo a propaganda
pele supervenientes durante o serviço, embalagem ou acondicionamento e, ain- restringir-se a sua identidade, qualidade e
bem como a constatação ou suspeita de da, propaganda e publicidade dos produ- indicação de uso, de acordo com a legis-
que o manipulador apresente alguma en- tos e substâncias de interesse à saúde. lação vigente.
fermidade ou problema de saúde que pos-
sa resultar na transmissão de perigos aos § 2º. Cabe à autoridade sanitária local a Art. 543. Cabe ao serviço de vigilância sa-
alimentos, implicarão no imediato afasta- avaliação e controle dos locais que utili- nitária municipal, controlar e padronizar a
mento do funcionário do local de manipu- zam vacinas de interesse à saúde, deven- saída do país de medicamentos e produ-
lação de alimentos; do dispor de equipamento de refrigeração tos correlatos para a saúde de interesse
XIII - não podem fumar, mascar gomas ou adequado a esta finalidade e de uso ex- da vigilância sanitária, que não tenham fins
práticas semelhantes, nos locais onde se clusivo. comerciais e caráter de importação/expor-
encontram alimentos, podendo fazê-lo, to- tação, através de declaração emitida pela
davia, em locais especiais, desde que, após Art. 536. As empresas que operam no ramo autoridade sanitária.
a prática, lavem cuidadosamente as mãos; de produtos e substâncias de interesse à
XIV - não devem cuspir ou escarrar em saúde são responsáveis pela manutenção § 1º. O medicamento enviado à paciente
qualquer dependência; dos padrões de identidade, qualidade e que resida no exterior, enquanto em trân-
XV - deve haver um empregado-caixa, en- segurança, definidos a partir de normas sito, é de responsabilidade da empresa
carregado do manuseio do dinheiro, ao técnicas aprovadas pelos órgãos compe- transportadora.
qual é absolutamente vedado qualquer tentes e por regras próprias que garantam
contato com os alimentos. a correta fabricação de seus produtos e § 2º. O envio de medicamentos para o ex-
prestação de serviços. terior somente será permitido mediante
Art. 530. Se durante a realização da inspe- apresentação da receita médica, acompa-
ção sanitária, a fiscalização encontrar pes- § 1º. Sempre que solicitado pela autorida- nhados da nota fiscal de aquisição.
soas suspeitas de portarem moléstias de sanitária, deve a empresa apresentar
infecto-contagiosas, parasitárias ou outras fluxograma de produção e procedimentos CAPÍTULO VII
que possam constituir fonte de contami- próprios para a correta fabricação de seus DO SANGUE E HEMOCOMPONENTES
nação dos alimentos, serão as mesmas produtos e prestação de seus serviços.
intimadas a se submeterem a exames Art. 544. Todos os serviços hemoterápicos,
médicos, ficando nesse período, § 2º. As Normas de Boas Práticas de Fa- para seu funcionamento, devem estar ca-
suspensas de suas atividades. bricação e Prestação de Serviços devem dastrados e licenciados pela SMS.
estar acessíveis aos trabalhadores envol-
Art. 531. Os empregados e operários dos vidos no processo. Art. 545. Todos os serviços hemoterápicos,
estabelecimentos de gêneros alimentícios, públicos e privados, devem estar sob a
advertidos mais de 03 (três) vezes, por infrin- Art. 537. O controle da distribuição de me- responsabilidade técnica de profissional
girem o disposto neste Regulamento, não dicamentos deve ser eficaz, permitindo a habilitado, conforme legislação vigente.
poderão continuar a trabalhar neste ramo. distribuição racional em todas as etapas,
desde a sua produção, transporte, distri- Art. 546. Cabe a Vigilância Sanitária Muni-
Art. 532. Os proprietários e empregados buição, armazenamento e dispensa, até cipal em conjunto com a Estadual, contro-
dos estabelecimentos de gêneros alimen- chegar ao usuário. lar e fiscalizar os estabelecimentos públi-
tícios deverão participar de cursos de cos e privados que coletarem, produzirem,
capacitação em manipulação de alimen- Parágrafo único. Sujeitam-se as disposições distribuírem ou utilizarem em seus proce-
tos e boas práticas de fabricação minis- do caput todo medicamento industrializado e dimentos, sangue, seus componentes e/
trados por órgãos autorizados. outros produtos de interesse à saúde. ou seus derivados.

CAPÍTULO VI Art. 538. A comercialização e a distribuição Parágrafo único. O controle deve ser feito,
DOS MEDICAMENTOS, EQUIPAMENTOS, de produtos nacionais e importados de inte- entre outros mecanismos, através da fis-
IMUNOBIOLÓGICOS E OUTROS resse à saúde, ficam sujeitas à prévia auto- calização e avaliação de amostras
INSUMOS DE INTERESSE PARA A SAÚDE rização da autoridade sanitária competente. sorológicas, investigação epidemiológica
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de casos de doenças transmissíveis pelo tos de assistência à saúde ou estabeleci- lecimento prestador de serviço de saúde
sangue. mentos prestadores de serviços de saú- em eventos, deverá ser autorizada pela vi-
de, empresas e/ou instituições públicas gilância sanitária, mediante solicitação
Art. 547. É de responsabilidade dos servi- ou privadas, que tenham por finalidade a escrita do estabelecimento, na qual este
ços de hemoterapia: promoção, proteção, recuperação e reabi- deverá informar às atividades que serão
I - cumprir a legislação vigente referente a litação da saúde do indivíduo ou preven- realizadas.
sangue, hemocomponentes e ção da doença, tais como: hospitais, clíni-
hemoderivados; cas e consultórios de qualquer natureza, Art. 555. Qualquer alteração referente ao
II - realizar todos os testes e exames, se- ambulatórios, laboratórios, bancos de san- estabelecimento licenciado, tal como: en-
guindo os procedimentos descritos em gue, de órgãos, de leite e congêneres, dereço, responsável técnico, razão social,
manuais operacionais padronizados e va- acupuntura, veículos para transportes e representante legal, estrutura física, am-
lidados, que contenham normas para con- pronto atendimento de pacientes e postos pliação ou redução das atividades, entre
trole de qualidade para pessoal, equipa- de saúde, dentre outros. outras, bem como o encerramento das ati-
mentos, técnicas sorológicas e vidades deve ser comunicada previamen-
imunohematológicas, controle de qualida- Art. 549. Os estabelecimentos prestadores te a vigilância sanitária municipal.
de dos hemocomponentes, dos reagentes de serviços de saúde devem ter respon-
e kits; sável técnico, de acordo com a legislação Art. 556. A qualidade na prestação de servi-
III - manter arquivados pelo período deter- sanitária, ainda que mantenham serviços ços ofertados à população, bem como a
minado em legislação específica vigente, conveniados, terceirizados ou profissio- segurança ao profissional, paciente e pú-
os registros que permitam rastrear a pro- nais autônomos. blico, nos serviços de radioterapia e medi-
cedência, os resultados laboratoriais e o cina nuclear, será medida através da atua-
destino final de todas as unidades de san- Parágrafo único. Os responsáveis técnicos lização tecnológica e tempo de uso dos
gue utilizadas ou descartadas, bem como e administrativos responderão solidaria- equipamentos, além da infra-estrutura
das reações transfusionais que forem in- mente pelas infrações sanitárias. apresentada.
formadas;
IV - estocar o sangue e hemocomponentes Art. 550. A SMS pode estabelecer, comple- Art. 557. O dispensário de medicamentos
em local separado de produtos potencial- mentarmente, as normas estaduais e fe- de estabelecimentos prestadores de servi-
mente contaminantes, sendo que as uni- derais, através de normas técnicas espe- ços em saúde, quando armazenar subs-
dades coletadas e já testadas, devem ser cíficas, os padrões de programação físi- tâncias e produtos sujeitos a controle es-
estocadas em áreas e/ou refrigeradores co-funcional e padrões de pecial, deverá possuir responsável técnico
separados, de forma a evitar trocas ou da- dimensionamento e quantificação dos legalmente habilitado, cadastrado junto à
nos aos receptores; ambientes dos estabelecimentos vigilância sanitária municipal, o qual deve-
V - descartar automaticamente toda bolsa prestadores de serviços de saúde. rá manter controles e registros na forma
com sorologia reagente; prevista na legislação sanitária vigente.
VI - as bolsas de sangue, bem como todo Art. 551. Os estabelecimentos de assis-
o material potencialmente contaminante, tência à saúde deverão possuir instala- Art. 558. Os estabelecimentos prestadores
devem ser submetidos a tratamento antes ções, equipamentos, instrumentais, uten- de serviços de saúde deverão possuir qua-
da disposição final, conforme legislação sílios e materiais de consumo indispen- dro de recursos humanos habilitados, em
sanitária especifica; sáveis e condizentes com suas finalida- número adequado à demanda e às ativi-
VII - realizar os exames sorológicos e des em perfeito estado de conservação e dades desenvolvidas.
imunohematológicos previstos na legisla- funcionamento, de acordo com normas
ção sanitária vigente, em conformidade técnicas. Art. 559. É vedado a comercialização de
com a mesma, em todas as bolsas de quaisquer produtos nos estabelecimentos
sangue coletadas, sendo que os resulta- Art. 552. Caberá ao responsável técnico prestadores de serviços de saúde.
dos devem ser registrados e mantidos ar- pelo estabelecimento ou serviço, o funcio-
quivados; namento adequado dos equipamentos uti- Art. 560. A utilização de produtos de interes-
VIII - realizar a validação de cada bateria de lizados nos procedimentos diagnósticos se à saúde deve respeitar as recomenda-
testes; e terapêuticos, no transcurso da vida útil, ções de uso do fabricante, condições de
IX - realizar obrigatoriamente a identifica- instalados ou utilizados pelos estabeleci- preservação, armazenamento e os prazos
ção de anticorpos irregulares, em todos mentos de assistência à saúde. de validade, não sendo permitido a sua
os casos onde a pesquisa for positiva; revalidação depois de expirada a validade.
X - utilizar materiais descartáveis e atóxicos, § 1º. Respondem solidariamente pelo fun-
com registro no Ministério da Saúde, em cionamento adequado dos equipamentos: Art. 561. Os equipamentos e produtos utili-
todas as fases do processo de obtenção I - o proprietário dos equipamentos, que zados nos estabelecimentos prestadores
até a utilização do sangue, bem como to- deverá garantir a compra do equipamento de serviços de saúde deverão possuir re-
mar os cuidados com a segurança dos adequado, devidamente registrado no Mi- gistro e/ou notificação junto ao Ministério
usuários e funcionários, com relação à nistério da Saúde, a sua instalação, ma- da Saúde.
exposição a materiais com riscos biológi- nutenção preventiva e corretiva;
cos de contaminação e os procedimentos II - o fabricante que deverá fornecer os equi- Seção II
para o descarte dos materiais; pamentos com o certificado de garantia, Da Construção
XI - realizar o controle de qualidade dos manual de instrução e registro e/ou notifi-
hemocomponentes, conforme legislação cação junto ao Ministério da Saúde do equi- Art. 562. Todo projeto arquitetônico de cons-
vigente; pamento; trução ou reforma de estabelecimento
XII - convocar, nos casos de transfusões con- prestador de serviço de saúde, deve ser
taminadas e/ou suspeitas, os doadores/re- § 2º. Os equipamentos, quando não estive- aprovado pela Vigilância Sanitária da Se-
ceptores, notificá-los acerca de seu diagnós- rem em perfeitas condições de uso, deve- cretaria Municipal de Saúde, de acordo com
tico pessoalmente, tratá-los ou encaminhá- rão estar fora da área de atendimento, ou a legislação vigente.
los aos serviços de referências; quando a remoção for impossível, exiber
XIII - os serviços hemoterápicos que reali- aviso inequívoco de proibição de uso. § 1º. Entende-se por reforma toda e qual-
zam transfusão devem manter contrato/ quer modificação na estrutura física, no flu-
convênio com os serviços hemoterápicos Art. 553. Os estabelecimentos prestadores xo e nas funções originalmente aprovados.
fornecedores. de serviços de saúde somente poderão
entrar em funcionamento, após devida- § 2º. A obra deve ser executada em conso-
CAPITULO VIII mente licenciados pela vigilância sanitá- nância com o projeto aprovado.
DOS ESTABELECIMENTOS ria municipal.
PRESTADORES DE SERVIÇOS DE SAÚDE Seção III
Parágrafo único. A licença sanitária deverá Da Responsabilidade Técnica
Seção I ser renovada a cada 12 (doze) meses,
Disposições Gerais após inspeção. Art. 563. Os estabelecimentos prestadores
de serviços de saúde só podem funcionar
Art. 548. Consideram-se estabelecimen- Art. 554. A instalação de qualquer estabe- com responsável técnico legalmente ha-
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 47
bilitado, ou substituto legal, de acordo com controle de infecção e de biossegurança. mento invasivo todo aquele que quando
as legislações específicas. realizado leva total ou parcialmente ao in-
Art. 568. Os estabelecimentos prestadores terior do corpo humano, substâncias, ins-
§ 1º. Cabe ao responsável técnico zelar e de serviços de saúde devem: trumentos, produtos ou radiações.
responder pelo funcionamento dos servi- a) adotar procedimentos técnicos adequa-
ços e pelos equipamentos utilizados, de dos, definidos nas respectivas normas, no Art. 572. Todo estabelecimento que realiza
forma a garantir as condições de qualida- tocante ao gerenciamento de resíduos, lavagem, preparo e desinfecção de mate-
de e segurança, para profissionais, paci- decorrentes da prestação dos serviços de rial, deverá dispor de local adequado com
entes, público e meio ambiente. saúde; pia exclusiva para este fim.
b) possuir quadro de pessoal legalmente
§ 2º. As práticas terapêuticas de medicina habilitado e treinados periodicamente; Seção V
tradicional, tais como: homeopatia, c) observar a existência de instalações, Das Radiações Ionizantes
acupuntura, fitoterapia, somente podem aparelhos, equipamentos de proteção in-
ser desenvolvidas por profissionais técni- dividual e coletiva, instrumentos, utensíli- Art. 573. Cabe a SMS em conjunto com
ca e legalmente habilitados. os, roupas e materiais de consumo indis- SESA/ISEP a regulamentação, a fiscaliza-
pensáveis e condizentes com suas finali- ção e o controle dos estabelecimentos pú-
§ 3º. Entende-se por profissional técnico e dades, em bom estado de funcionamento blicos e privados prestadores de serviços
legalmente habilitado, o profissional regis- e/ou conservação, e em quantidade sufici- de saúde e de interesse à saúde, que utili-
trado em Conselho de Classe reconheci- ente ao número de pessoas atendidas; zam, produzam e/ou transportam, importam
do legalmente. d) possuir manual de normas e rotinas, e exportam fontes emissoras de radiação
escritas dos procedimentos realizados, ionizante, para fins médicos diagnósticos
Art. 564. Os estabelecimentos prestadores (técnicos, biossegurança, desinfecção de ou terapêuticos, industriais, comerciais ou
de serviços de saúde, através de seus res- artigos e superfícies e sanitização), man- de pesquisa, em situações de normalida-
ponsáveis legais, devem prover as condi- tendo-o atualizado; de ou de emergência radiológica.
ções administrativas, físicas e e) possuir programa de manutenção pre-
operacionais mínimas para o exercício da ventiva periódica dos equipamentos e res- Art. 574. As atividades envolvendo radia-
atividade profissional. pectivos registros. ções ionizantes devem obedecer aos prin-
cípios da justificação, otimização e da dose
Parágrafo único. Cabe ao responsável le- Parágrafo único. Os laudos das manuten- individual.
gal requerer a licença sanitária junto ao ções devem contemplar a identificação dos
órgão competente, bem como mantê-la equipamentos, data da realização, testes Parágrafo único. Entende-se por:
atualizada. realizados, instrumentos utilizados, com as a) Princípio da Justificação: "Qualquer ati-
respectivas calibrações em instituições vidade envolvendo radiação ionizante deve
Seção IV certificadas para este fim e assinatura do ser justificada em relação a outras ativida-
Das Instalações e Procedimentos responsável técnico legalmente habilitado. des alternativas e produzir um benefício lí-
quido para a sociedade".
Art. 565. Os estabelecimentos prestadores Art. 569. Os estabelecimentos prestadores b) Princípio da Otimização: "As instalações
de serviços de saúde devem possuir: de serviços de saúde devem manter de e as práticas devem ser planejadas, im-
a) edificações de alvenaria, boa ventilação forma organizada e sistematizada os re- plantadas e executadas de modo que a
e iluminação; gistros de dados de identificação dos pa- magnitude das doses individuais, o núme-
b) piso, escada e rampa, constituídos de cientes, de exames clínicos e complemen- ro de pessoas expostas e a probabilidade
material antiderrapante, lavável e imperme- tares, de procedimentos realizados, da te- de exposição acidental, seja tão reduzida
ável; rapêutica adotada, da evolução e condi- quanto razoavelmente exeqüível, levando-
c) bancadas, paredes, equipamentos e ções de alta, devendo estes dados serem se em consideração os fatores econômi-
mobiliários, constituídos de material liso, prontamente disponibilizados à autorida- cos e sociais, além das restrições de dose
lavável e impermeável; de sanitária, sempre que solicitados. aplicáveis".
d) pia ou lavatório para degermação das c) Princípio da Limitação da Dose Individu-
mãos, provido de sabonete líquido, toalhas § 1º. Os registros citados devem ser guar- al: "As doses individuais para profissionais
descartáveis e lixeira com acionamento a dados pelo tempo previsto na legislação ocupacionalmente expostos e população
pedal, em cada sala de atendimento ou vigente. em geral, não deve exceder os limites anu-
em local estratégico, que permita atender ais de doses estabelecidos pela legisla-
todas as salas; § 2º. Nos casos em que os pacientes es- ção vigente".
e) sala/box para atendimento individuali- tão inconscientes ou incapacitados, deve-
zado; rá haver sistema de identificação, através Art. 575. Todos os estabelecimentos e ser-
f) local adequado com pia exclusiva, quan- de braceletes ou pulseiras, de modo a viços, que façam uso de radiação ionizante,
do realizar lavagem, preparo, desinfecção minimizar as chances de erro nos proce- devem possuir Responsável Técnico e
e esterilização de materiais; dimentos a serem realizados. substituto legal, registrado no serviço de
g) as áreas de entrada e circulação devem Vigilância Sanitária.
possuir rampas, quando necessário, e lar- Art. 570. Os procedimentos de diagnósti-
gura suficiente para a passagem de ca- cos e terapia prestados pelos serviços de Parágrafo único. O responsável técnico
deiras de rodas e macas; saúde, devem obedecer às normas e pa- assume também a função de Supervisor
h) espaço físico específico para a guarda drões científicos nacional e internacional- de Radioproteção, quando não houver a
de objetos de uso pessoal da equipe de mente aceitos. exigência de tal função específica, defini-
trabalho. da pela legislação vigente.
Parágrafo único. Quando solicitado pela
Art. 566. Conforme o grau de risco, devem autoridade sanitária, o estabelecimento Art. 576. Cabe ao responsável legal pela ins-
ser descartados ou submetidos a deve apresentar documentos ou trabalhos tituição que faz uso de radiações ionizantes,
descontaminação, limpeza, desinfecção científicos, referentes aos tratamentos prover a todos os profissionais
ou esterilização, as instalações, equipa- prestados de acordo com as normas e/ou ocupacionalmente expostos, de Equipa-
mentos, instrumentos, artigos, roupas, padrões nacionais e internacionais. mentos de Proteção Individual - EPI's, mate-
utensílios e alimentos sujeitos a contatos riais de segurança e monitores individuais
com fluídos orgânicos, mucosas e/ou so- Art. 571. Todo e qualquer procedimento adequados à atividade desenvolvida, bem
lução de continuidade de tecidos de paci- classificado como invasivo, bem como a como assegurar que todo profissional en-
entes ou usuários. utilização de equipamentos diagnósticos volvido tenha a qualificação para o exercício
e terapêuticos, deve ser obrigatoriamente profissional, prevista na legislação em vigor.
Art. 567. Os estabelecimentos prestadores executado por profissional legalmente ha-
de serviços de saúde e os veículos para bilitado e sob a responsabilidade do res- Subseção I
transporte e pronto atendimento de paci- ponsável técnico, de acordo com a legisla- Da Construção
entes, devem ser mantidos em rigorosas ção vigente.
condições de higiene, com estrita obser- Art. 577. Nenhum estabelecimento que
vância das normas técnicas sanitárias de Parágrafo único. Considera-se procedi- faça uso de radiações ionizantes pode ser
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construído, reformado ou ampliado, ou ter observada à legislação em vigor; congêneres;
seus serviços transferidos de ambiente ou IV - manter um programa de treinamento e XIV - locais de lazer e diversão;
local, sem que tenha sido o projeto atualização dos profissionais, devidamente XV - estabelecimentos de hotelaria e hos-
arquitetônico e de radioproteção aprovado registrado, tendo em vista a proteção radi- pedagem, acampamentos, estações de
pelo Serviço de Vigilância Sanitária com- ológica, bem como a melhoria da qualida- água e congêneres;
petente. de dos serviços prestados. XVI - saunas e piscinas;
XVII - serviços de preparo e transporte de
Art. 578. Os estabelecimentos que fazem Art. 584. Os estabelecimentos prestadores cadáver;
uso de radiações ionizantes não podem de serviços de radiologia, radioterapia, XVIII - casas funerárias, necrotérios, insti-
funcionar sem estar devidamente cadas- medicina nuclear, radioimunoensaio, in- tuições de medicina legal, cemitérios, ca-
trados na Vigilância Sanitária Municipal, dustriais, de ensino e pesquisa e demais pelas mortuárias e crematório;
bem como as fontes de radiação ionizante estabelecimentos de interesse a saúde, XIX - criatório de animais;
que utilizam. públicos ou privados, que utilizam, produ- XX - serviços de desinsetização e
zem e/ou transportam fontes emissoras de desratização;
Art. 579. Sempre que houver alteração em radiação ionizante, sujeitam-se às normas XXI - empresas de esterilização de produ-
qualquer dos dados cadastrais do esta- deste regulamento e demais disposições tos de interesse à saúde;
belecimento, deve haver prévia comunica- atinentes à matéria. XXII - serviços de transporte de pacientes;
ção à Vigilância Sanitária Municipal. XXIII - estabelecimentos de ensino: edu-
Parágrafo único. Incluem-se no campo de cação infantil, tais como: creches e pré-
Parágrafo único. As alterações que exigem incidência da legislação sanitária as em- escolas, fundamental, médio, superior e
comunicação são: razão social, responsá- presas consultoras de proteção radiológi- cursos livres, como os de preparatório para
vel técnico, endereço, substituição, aquisi- ca, de manutenção corretiva, preventiva e vestibular entre outros;
ção ou desativação de fonte de radiação controle de qualidade em equipamentos XXIV - instituições ou estabelecimentos de
ionizante, entre outras. emissores de radiação e afins, bem como pesquisa biológica, de radiações
os estabelecimentos que atuam na área ionizantes e químicas, entre outras;
Subseção II de assistência à saúde e que fazem uso
Das Instalações e Procedimentos de radiação ionizante para fins de diagnós- XXV - prestadores de serviços na área de
tico ou terapia. radiações ionizantes, tais como: empresas
Art. 580. Nenhum equipamento de consultoras de proteção radiológica, em-
radiodiagnóstico médico, radiodiagnóstico CAPÍTULO IX presas que realizam manutenção preven-
odontológico, radioimunoensaio, radiote- DOS ESTABELECIMENTOS DE INTERES- tiva, corretiva, radiometria e controle de
rapia, medicina nuclear, indústria, ensino SE À SAÚDE qualidade em equipamentos emissores
e pesquisa, pode vir a ser utilizado sem de radiação ionizante e outros afins;
que sejam realizados testes de aceitação, Seção I XXVI - serviços de drenagem urbana;
quando da instalação do aparelho, e tes- Das Disposições Gerais XXVII - outras atividades de interesse à
tes periódicos de controle de qualidade, saúde, como por exemplo: abrigo, coleta,
conforme previsto na legislação em vigor. Art. 585. Entende-se por serviços de inte- transporte, tratamento e disposição final
resse à saúde ou estabelecimentos de do lixo, coleta, tratamento e disposição fi-
Parágrafo único. Para fins de interesse à saúde, o local, a empresa, a nal de esgoto sanitário e abastecimento
comercialização ou utilização, devem os instituição pública ou privada e/ou a ativi- de água;
equipamentos possuir registro no Minis- dade exercida por pessoa física ou jurídi- XXVIII - serviços de coleta, transporte, tra-
tério da Saúde. ca, que pelas características dos produtos tamento e disposição final de resíduos
e/ou serviços ofertados, possam implicar sólidos e líquidos;
Art. 581. Em todos os estabelecimentos em risco à saúde da população e à pre- XXIX - serviços de coleta, tratamento e dis-
usuários de radiação ionizante, devem ser servação do meio ambiente. posição final de esgoto sanitário e abaste-
observadas condições de segurança na cimento de água;
manipulação, guarda e operação de equi- Art. 586. São estabelecimentos e ativida- XXX - outros estabelecimentos ou ativida-
pamentos emissores de raios X e subs- des de interesse à saúde: des envolvendo produtos e/ou serviços que
tâncias radioativas, de modo a que os ní- I - farmácias, drogarias e postos de medi- se relacionem direta ou indiretamente com
veis de radiação para o público, os profis- camentos; a saúde não citados.
sionais e todos os envolvidos no proces- II - produtores, embaladores,
so, estejam dentro dos limites estabeleci- reembaladores, fracionadores, Art. 587. Todo estabelecimento de interes-
dos pela legislação Federal e Estadual. montadores, distribuidores, transportado- se à saúde somente poderá entrar em fun-
res, representantes, comercializadores, cionamento após licenciado pela vigilân-
Art. 582. As salas de operação/manipula- importadores, exportadores de: medica- cia sanitária municipal.
ção de fontes emissoras de radiação mentos, correlatos, cosméticos, perfumes,
ionizante devem possuir sinalização ade- produtos de higiene, saneantes § 1º. A licença sanitária deverá ser renova-
quada e ser de uso exclusivo, conforme domissanitários, insumos e matérias pri- da a cada 12 (doze) meses, após inspe-
legislação vigente. mas, produtos químicos, agrotóxicos e ção.
afins, alimentos, aditivos para alimentos e
Art. 583. Todo estabelecimento que faça embalagens; § 2º. É obrigatória à afixação da licença
uso de radiação ionizante deve: III - óticas; sanitária dos estabelecimentos em local
I - realizar radiometria, atendendo a perio- IV - laboratórios de prótese; visível e de fácil acesso.
dicidade determinada pela legislação es- V - casas de comércio de produtos tóxicos
pecífica e sempre que houver qualquer al- passíveis de causar danos a saúde; Art. 588. Os estabelecimentos de interes-
teração de lay-out, da carga de trabalho VI - serviços de podologia, massagem, se à saúde devem possuir dependências
semanal ou da fonte de radiação ionizante; estética, cosmética e congêneres; mínimas necessárias ao seu bom funcio-
II - estabelecer rotinas de serviço e proce- VII - salões de beleza e cabeleireiros, ma- namento, de acordo com a atividade, grau
dimentos, para as situações de normali- nicure e pedicure; de risco e atendendo a legislação vigente.
dade e para casos de acidentes/emergên- VIII - casas de atendimento a crianças, jo-
cias, que sejam de conhecimento e fácil vens, idosos, de repouso, de dependen- Art. 589. Qualquer alteração referente ao
disponibilidade a todos os envolvidos no tes químicos, de deficientes físicos e men- estabelecimento licenciado tal como: en-
processo de trabalho; tais, de soropositivos para HIV, etc; dereço, responsável técnico, razão social,
III - possuir e fazer uso de instalações, equi- IX - serviços de terapias holistas/naturalis- representante legal, estrutura física, am-
pamentos, materiais, imobilizadores e tas e congenêres; pliação ou redução de atividade, entre ou-
Equipamentos de Proteção Individual - X - serviços de tatuagem, bronzeamento, tras, bem como encerramento das ativida-
EPI's previstos para as atividades desen- colocação de piercings e congêneres; des, deve ser comunicada previamente a
volvidas, íntegros e em quantidade sufici- XI - lavanderias comerciais; vigilância sanitária municipal.
ente à segurança radiológica do profissio- XII - terminais de transportes de passagei-
nal ocupacionalmente exposto, do pacien- ros; Art. 590. Os estabelecimentos de interes-
te e acompanhantes quando necessário, XIII - academias de ginástica e se à saúde devem apresentar nome fanta-
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sia adequado, de acordo com produtos mento invasivo aquele que provoca o rom- laboratorial remoto ou portáteis, os testes
comercializados e serviços prestados, evi- pimento das barreiras naturais ou pene- de laboratório realizados em equipamen-
tando nomes que induzam à confusão com tra em cavidades do organismo, levando tos situados fisicamente fora da área téc-
outros estabelecimentos e com o comér- ao interior do corpo humano substâncias, nica central de um laboratório clínico, em
cio de outros produtos. instrumentos, produtos e radiações. geral em locais próximos ao paciente, com
exceção do auto-teste.
Art. 591. Os estabelecimentos de saúde Art. 598. A utilização de produtos de interes-
terão responsabilidade técnica única pe- se à saúde deve respeitar as recomenda- Art. 602. A instalação e funcionamento de
rante a autoridade sanitária, ainda que ções de uso do fabricante, condições de estabelecimentos de interesse à saúde
mantenham em suas dependências ser- preservação, armazenamento e os prazos dependem de autorização prévia do órgão
viços de profissionais autônomos ou em- de validade, não sendo permitido a sua competente municipal, estadual e/ou fede-
presas prestadoras de serviços de saúde. revalidação depois de expirada a validade. ral, conforme legislação sanitária vigente.

Parágrafo único. Os responsáveis técnicos Art. 599. Os estabelecimentos de interes- Art. 603. Antes de iniciada a construção,
e administrativos responderão solidaria- se à saúde e os veículos para transporte reforma, ampliação ou reconstrução de
mente pelas infrações sanitárias. de pacientes devem ser mantidos em ri- edificação de estabelecimento de interes-
gorosas condições de higiene, com estri- se a saúde, devem ser apresentados do-
Art. 592. A Secretaria de Saúde do Municí- ta observância das normas técnicas sani- cumentos para análise de projeto, de acor-
pio expedirá instruções e fornecerá infor- tárias, de controle de infecção e de do com a legislação vigente, para avalia-
mações quando solicitado, para subsidiar biosegurança. ção pela autoridade sanitária.
os estabelecimentos de saúde.
Art. 600. Os estabelecimentos de interes- Seção III
Art. 593. A instalação de qualquer estabe- se à saúde devem: Das Farmácias e Drogarias
lecimento de interesse à saúde em even- I - possuir edificações de alvenaria, com
tos, deverá ser autorizada pela vigilância boa ventilação e iluminação, pisos, pare- Art. 604. As farmácias e drogarias devem
sanitária, mediante solicitação escrita do des e mobiliários de material resistente, contar obrigatoriamente com assistência
estabelecimento, na qual este deverá in- de cor clara, lavável, de fácil limpeza e de- de responsável técnico inscrito no Conse-
formar às atividades que serão realizadas. sinfecção; lho Regional de Farmácia do Paraná, con-
II - observar a exigência de instalações, forme previsto na legislação federal, esta-
Seção II equipamentos, instrumentais, utensílios, dual e municipal vigentes.
Das Instalações e Procedimentos roupas e materiais de consumo indispen-
sáveis, equipamentos de proteção indivi- Art. 605 As farmácias e drogarias devem
Art. 594. Os estabelecimentos de interes- dual e coletiva, condizentes com suas fi- desenvolver ações de assistência farma-
se à saúde devem observar os seguintes nalidades, em bom estado de limpeza e cêutica, definidas como:
requisitos: funcionamento e em quantidade suficien- a) grupo de atividades relacionadas com o
I - adoção de procedimentos técnicos ade- te ao número de pessoas atendidas; medicamento, destinadas a apoiar as
quados, definidos nas respectivas normas, III - manter programa de manutenção pre- ações de saúde demandadas por uma
no tocante ao gerenciamento de resíduos; ventiva periódica dos equipamentos e res- comunidade;
II - existência de quadro de pessoal legal- pectivos registros; b) as atividades relacionadas ao abasteci-
mente habilitado e treinado periodicamen- IV - possuir ambientes claros, arejados e mento, conservação, controle de qualida-
te; em boas condições de higiene; de e segurança terapêutica dos medica-
III - obediência às normas e padrões científi- V - possuir todas as instalações, equipa- mentos;
cos nacional e internacionalmente aceitos. mentos, procedimentos operacionais e c) a educação permanente dos profissio-
pessoal necessários ao seu funcionamen- nais de saúde, usuários e da comunida-
Parágrafo único. Quando solicitado pela to e atender, após inspeções, todas as exi- de, para assegurar o uso racional dos
autoridade, o estabelecimento deve apre- gências do presente regulamento e de- medicamentos.
sentar documentos ou trabalhos científi- mais normas sanitárias;
cos, referentes aos procedimentos reali- VI - manter, de forma organizada, os regis- Art. 606. As farmácias e drogarias devem
zados, de acordo com as normas e/ou pa- tros de suas atividades, devendo esses da- possuir e executar ações de Boas Práti-
drões nacionais e internacionais. dos serem colocados à disposição da auto- cas de Farmácia, definidas como padrão
ridade sanitária sempre que solicitados; para avaliação da qualidade dos serviços
Art. 595. As instalações, equipamentos, VII - possuir e funcionar somente com a prestados aos usuários na promoção da
instrumentos, artigos, roupas, utensílios e presença de responsável técnico legal- saúde, na dispensa de medicamentos, na
alimentos sujeitos a contatos com fluídos mente habilitado; disponibilização de produtos para saúde,
orgânicos, mucosas e/ou solução de con- VIII - dispor de pessoal suficiente para suas na promoção do auto-cuidado, na melhoria
tinuidade de tecidos de pacientes ou usu- atividades, com capacidade técnica neces- da prescrição e uso de medicamentos.
ários, devem ser descartados ou submeti- sária e treinados periodicamente, para
dos à descontaminação, limpeza, desin- garantir a qualidade dos produtos e servi- Parágrafo único. O Manual de Boas Práti-
fecção ou esterilização, conforme o grau ços ofertados; cas de Farmácia deverá ser divulgado e
de risco de contaminação. IX - possuir sistema de garantia da quali- cumprido por todos os funcionários do
dade difundido em todos os níveis da em- estabelecimento.
Art. 596. Quando for utilizado substância e presa, de modo a assegurar a qualidade
ou medicamento a ser injetado via dos produtos e serviços ofertados; Art. 607. As farmácias e drogarias devem
intradérmica, subcutânea, intramuscular e X - ter espaço físico específico para guar- possuir área física mínima de 30 m2 (trinta
endovenosa, somente pode ser adminis- da de objetos de uso pessoal da equipe metros quadrados) para: mostruário e dis-
trada com prescrição médica ou por pro- de trabalho. pensa, sanitário e local específico para la-
fissional legalmente habilitado e sob a vagem, armazenamento de material de lim-
supervisão de responsável técnico médi- Parágrafo único. Os estabelecimentos de- peza e sanitização de estabelecimento.
co, enfermeiro ou farmacêutico, de acordo vem ser independentes de residências,
com a legislação vigente. não podendo suas dependências serem Art. 608. As farmácias e drogarias podem
utilizadas para outros fins diferentes da- manter ainda:
Art. 597. Todo e qualquer procedimento queles para os quais foram licenciados, I - Área para armazenamento de medica-
classificado como invasivo, bem como a nem servir de passagem para outro local. mentos sujeitos a regime de controle es-
utilização de equipamentos diagnósticos pecial, em armário com chave ou qualquer
e terapêuticos, deve ser obrigatoriamente Art. 601. É vedada a uma instituição de saú- outro dispositivo que ofereça segurança;
executado por profissional legalmente ha- de a realização de testes laboratoriais re- II - Área para depósito de medicamentos e
bilitado e sob a responsabilidade do res- motos não coordenado por um responsá- produtos;
ponsável técnico, de acordo com a legisla- vel técnico habilitado e não vinculado a um III - Sala de aplicação de injetáveis com
ção vigente. laboratório clínico legalmente habilitado. área mínima de 4m2 (quatro metros qua-
drados) contendo:
Parágrafo único. Considera-se procedi- Parágrafo único. Entende-se por teste a) pia ou lavatório com água corrente;
PÁG. 50 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006
b) toalhas descartáveis e sabonete líquido; nica das filiais e/ou sucursais serão (cartazes, folhetos, emissoras de rádio e
c) cadeira com porta braço; exercidas por profissionais distintos da- televisão e outras afins), ficam sujeitas à
d) lixeira com tampa e pedal, provida de quele da matriz ou sede. ação fiscalizadora do órgão competente e
saco plástico; não poderão conter afirmações falsas ou
e) mesa ou bancada com superfície de fá- § 2º. Os estabelecimentos em questão de- atribuir a medicamentos ou qualquer pro-
cil limpeza e desinfecção para o preparo verão apresentar responsável técnico, du- duto que interesse à saúde, qualidade
de injetáveis; rante todo o seu horário de funcionamento, nutriente, medicamentosa, terapêutica ou
f) frascos contendo solução antiséptica, de acordo com a legislação vigente. de favorecimentos à saúde, qualidade ou
preconizada pelo Ministério da Saúde, com propriedade que não possua ou superior
rótulo contendo a identificação do produto, § 3º. Somente será permitido o funciona- a que realmente possuir, assim como di-
data de fabricação e validade; mento do estabelecimento sem respon- vulgar informação que possa induzir o con-
g) recipiente rígido, resistente a punctura, sável técnico pelo prazo de trinta dias, ao sumidor a erro quanto à qualidade, natu-
ruptura e vazamento, com tampa para acon- fim dos quais e não havendo contração de reza, espécie, utilização, origem e identi-
dicionamento de material pérfuro-cortante; novo profissional, o estabelecimento so- dade do produto, nem realizar campanhas
h) sala para atividades administrativas, frerá as penalidades contidas neste regu- de liquidação, promoção, bem como de-
escrituração de substâncias ou medica- lamento a critério da autoridade sanitária. vem também apresentar fundamento cien-
mentos sujeitos a controle especial, guar- tífico comprovado e explicar todos os ris-
da de material bibliográfico, fichas de pa- Art. 614. O comércio de drogas, medica- cos e efeitos colaterais inerentes ao pro-
cientes e notas fiscais. mentos e de insumos farmacêuticos é pri- duto divulgado.
vativo das empresas e dos estabelecimen-
Art. 609. Somente as farmácias poderão tos definidos em legislação vigente. Art. 622. As farmácias e drogarias ficam
manter laboratório de manipulação de sujeitas a legislação específica vigente,
medicamentos, obedecendo a legislação § 1º. Os mercados, supermercados, ba- quanto a propaganda de medicamentos.
específica vigente. res e estabelecimentos congêneres não
são autorizados a comercializar quaisquer Art. 623. O fracionamento e a dispensa de
§ 1º. As farmácias de manipulação não tipos de medicamentos. fitoterápicos, (plantas utilizadas com fins
poderão manipular produtos em escala terapêuticos), ficam restritos às farmácias
industrial. Art. 615. Nenhum dos produtos autoriza- de manipulação, observado o disposto em
dos a serem comercializados nos estabe- legislação específica vigente.
§ 2º. Os profissionais prescritores ficam proi- lecimentos em questão, inclusive os im-
bidos de indicar qualquer estabelecimento portados, poderão ser expostos à venda Paragráfo único. Os fitoterápicos industri-
farmacêutico a seus pacientes, bem como ou entregue ao consumo antes de regis- alizados, com respectivos registros junto
não poderão compor sociedade ou ser pro- trado nos órgãos competentes. ao órgão competente, poderão ser
prietário dos referidos estabelecimentos. comercializados pelas drogarias.
§ 1º. No caso de produtos passíveis de
Art. 610. As farmácias e drogarias poderão isenção de registro, deve ser solicitado ofi- Art. 624. As farmácias e drogarias devem
manter, mediante autorização especial, de cialmente ao órgão respectivo do Ministé- atender a legislação sanitária federal, es-
acordo com a legislação específica vigen- rio da Saúde que expedirá certificado de tadual e municipal específica vigente.
te, os seguintes serviços: isenção de registro.
I - inalação; Seção IV
II - realização de pequenos curativos; e, § 2º. Os produtos sem registro, registro Dos Distribuidores
III - dispensa de medicamentos retinóides vencido ou sem certificado de isenção, se
de uso sistêmico. for o caso, que forem encontrados expos- Art. 625. As distribuidoras de medicamen-
tos à venda nos estabelecimentos em tos, insumos farmacêuticos, drogas,
§ 1º. Nos casos de baixa de responsabili- questão, serão imediatamente apreendi- correlatos, cosméticos, produtos de higie-
dade técnica do profissional farmacêutico, dos e inutilizados. ne, perfumes, saneantes domissanitários,
ficam automaticamente canceladas as dependerão de prévia autorização de fun-
autorizações especiais expedidas. Art. 616. Todos os produtos expostos à ven- cionamento junto ao órgão competente e
da nos estabelecimentos em questão, licença sanitária municipal renovada a
§ 2º. Para obtenção de nova autorização deverão estar dentro dos prazos de valida- cada 12 (doze) meses.
especial, o estabelecimento terá que sa- de respectivos e em ótimas condições de
tisfazer novamente os requisitos exigidos conservação, sendo proibido expor ou ven- Art. 626. Qualquer alteração de represen-
pela legislação. der produtos vencidos ou com etiquetas tante legal, responsável técnico, razão so-
de preço sobrepostas as informações so- cial, endereço, cadastro nacional de pes-
Art. 611. É vedado aos estabelecimentos bre fabricação, validade e lote. soa jurídica, estrutura física, ampliação ou
em questão: redução de classes de produtos, bem
I - expor a venda produtos estranhos ao Art. 617. Não é permitida a comercialização como o encerramento da atividade devem
comércio farmacêutico; de produtos biológicos, imunoterápicos e ser previamente comunicadas à Vigilân-
II - realizar a prestação de serviços de co- outros, que exijam cuidados especiais de cia Sanitária Municipal.
leta de material biológico e outros alheios conservação, sem a observação criteriosa
a atividade de dispensa de medicamen- das condições e normas necessárias. Art. 627. Para obter licença sanitária como
tos e produtos; distribuidor o requerente deve satisfazer as
III - efetuar a utilização de produtos médico Art. 618. Não é permitida a comercialização seguintes condições:
ambulatorial. de amostras grátis de medicamentos, bem I - dispor de locais, instalações e equipa-
como de produtos produzidos por labora- mentos adequados e suficientes, de for-
Parágrafo único. Fica expressamente proi- tórios oficiais ou de venda proibida no co- ma a assegurar uma boa conservação e
bido a comercialização de bebidas alcoó- mércio. distribuição dos produtos;
licas em estabelecimentos farmacêuticos. II - dispor de plano de emergência, que
Art. 619. Não é permitida a guarda de ali- permita a execução efetiva de uma ação
Art. 612. É vedado à drogaria o recebimen- mentos ou bebidas em geladeiras ou em de retirada do mercado, ordenada pelas
to de receitas contendo prescrições ma- outros equipamentos de uso exclusivo, autoridades competentes e definida em
gistrais. para armazenamento de medicamentos cooperação com o fabricante do produto
dos estabelecimentos. em questão ou com o importador titular de
Art. 613. Os estabelecimentos farmacêuti- registro do produto no país;
cos terão obrigatoriamente a responsabili- Art. 620. Os estabelecimentos em ques- III - dispor de responsável técnico legal-
dade técnica de um farmacêutico, inscrito no tão devem apresentar mapas para regis- mente habilitado;
Conselho Regional de Farmácia, o qual o tros diários da temperatura de geladeiras, IV - dispor de meios e recursos, para man-
habilitará para o exercício da função através quando houver e se for o caso. ter a documentação referente a qualquer
da emissão de certidão de regularidade. transação de compra e venda, à disposi-
Art. 621. As propagandas de qualquer tipo, ção das autoridades competentes, para
§ 1º. A assistência e responsabilidade téc- feitas por qualquer meio de divulgação, efeitos de inspeção.
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 51
Art. 628. As empresas autorizadas como saneantes domissanitários e correlatos, III - lavatório para degermação das mãos,
distribuidoras tem o dever de: devem possuir responsável técnico legal- provido de sabão líquido, papel toalha e
I - somente distribuir produtos registrados mente habilitado, prévia autorização de fun- lixeira de acionamento por pedal.
e/ou notificados junto ao órgão competen- cionamento junto ao órgão competente e
te; licença sanitária municipal, renovada a Art. 639. As óticas que não possuem labo-
II - manter manual de boas práticas de dis- cada doze meses. ratório em suas dependências poderão fir-
tribuição e armazenagem de produtos e mar convênios ou termos similares com
os respectivos procedimentos Art. 632. As indústrias de que trata o artigo laboratórios óticos que estejam licencia-
operacionais adotados pela empresa, à anterior devem atender a legislação sani- dos pelo serviço de Vigilância Sanitária.
disposição das autoridades sanitárias, tária federal, estadual e municipal, especí-
para efeitos de inspeção; ficas vigentes. Art. 640. Os estabelecimentos de ótica de-
III - garantir, a todo tempo, aos agentes res- verão possuir o mínimo de material e apa-
ponsáveis pelas inspeções, o acesso aos Seção VI relhagem indispensável ao aviamento do
documentos, locais, instalações e equipa- Dos Estabelecimentos Fracionadores, receituário médico e possuir Livro de Re-
mentos; Embaladores e Reembaladores gistro, podendo ser informatizado, para fins
IV - manter a qualidade dos produtos que de transcrição do receituário, indicando,
distribui, durante todas as fases da distri- Art. 633. Os estabelecimentos que reali- obrigatoriamente, a data, o nome do paci-
buição, sendo responsável por quaisquer zam o fracionamento, embalagem e/ou ente e o seu endereço, e o nome do médi-
problemas conseqüentes ao desenvolvi- reembalagem, devem possuir responsá- co e o seu endereço.
mento de suas atividades; vel técnico legalmente habilitado, prévia
V - notificar à autoridade sanitária compe- autorização de funcionamento junto ao ór- § 1º. O Livro de Registro das prescrições
tente, em caráter de urgência, quaisquer gão competente e licença sanitária muni- óticas ficará sujeito ao exame da autorida-
suspeitas de alteração, adulteração, frau- cipal, renovada a cada doze meses. de sanitária, sempre que a mesma enten-
de ou falsificação dos produtos que distri- der conveniente.
bui, com a indicação do número do lote, Seção VII
para averiguação da denúncia, sob pena Óticas Art. 641. O ótico não poderá ser responsá-
de responsabilização nos termos da legis- vel por mais de um estabelecimento ótico.
lação penal, civil e sanitária; Art. 634. Aos estabelecimentos de ótica
VI - identificar e devolver ao titular do regis- aplicam-se as disposições da legislação Art. 642. A assistência e responsabilidade
tro, os produtos com prazo de validade ex- federal e estadual específicas, como tam- técnica das filiais e/ou sucursais serão
pirado, mediante operação com nota fis- bém as contidas neste regulamento. exercidas por profissional distinto daque-
cal, ou, na impossibilidade deste procedi- le da sede ou matriz.
mento, solicitar orientação à autoridade Art. 635. É vedado ao estabelecimento óti-
sanitária competente; co, nos termos da lei: Art. 643. Ao estabelecimento ótico só é per-
VII - somente efetuar as transações comer- I - confeccionar e comercializar lentes de mitido, independentemente da receita
ciais através de nota fiscal, que conterá grau sem prescrição médica; médica, substituir por lentes de grau idên-
obrigatoriamente número dos lotes dos II - possuir consultório médico em qual- tico aquelas que forem apresentadas
produtos farmacêuticos. quer de suas dependências; danificadas, vender lentes protetoras sem
III - manter estoque e/ou comércio de grau e executar consertos ou substituir ar-
§ 1º. As distribuidoras de produtos farma- colírios, soros e outros medicamentos de mações, quando necessário.
cêuticos devem abastecer-se exclusiva- uso em oftalmologia ou não, bem como
mente em empresas titulares do registro de alimentos em geral; Art. 644. É vedado aos estabelecimentos óti-
dos produtos, bem como fornecê-los ape- IV - possuir médico oftalmologista, ou côn- cos ou outros afins, a realização de testes e
nas a empresas autorizadas a dispensar juge deste, como proprietário ou sócio, na adaptação de lentes de contato em pacientes.
tais produtos no país. localidade em que exercer a clínica;
V - afixar cartazes de propaganda de médi- Art. 645. Fica expressamente proibida a
§ 2º. As distribuidoras que comercializam co oftalmologista ou de vantagens restri- comercialização de lentes de grau, lentes
produtos sujeitos a controle especial, de- tas a uma classe social ou profissional. de contato, com ou sem grau, em estabe-
vem enviar mensalmente à vigilância sa- lecimentos não licenciados para este fim.
nitária municipal, relação de vendas Parágrafo único. É vedado, ainda, ao pro-
efetuadas no período. prietário, sócio, gerente e funcionários, Art. 646. As distribuidoras de lentes de grau
escolher ou permitir escolher, indicar ou e lentes de contato, com ou sem grau, só
Art. 629. O disposto no presente regula- aconselhar o uso de lente de grau. poderão fornecer aos estabelecimentos
mento não prejudica a aplicação de dispo- licenciados para este fim.
sições mais estritas, que estejam sujei- Art. 636. Qualquer alteração referente ao
tas à distribuição por atacado de substân- estabelecimento ótico, tal como: endere- Seção VIII
cias entorpecentes ou psicotrópicas, ço, responsável técnico, alteração de área Salões de Cabeleireiros, Institutos de
hemoderivados, imunobiológicos, física construída, mudança de atividade, Beleza, Podologia, Massagem, Estética,
radiofármacos ou de qualquer produto su- alteração na razão social e outras, deve Cosmética e Congêneres
jeito a controle especial. ser previamente comunicado ao órgão de
Vigilância Sanitária Municipal. Art. 647. Os estabelecimentos devem:
Art. 630. O transporte dos produtos de que I - possuir pisos, paredes e mobiliário
trata este regulamento, deve ser realizado Parágrafo único. Considera-se alteração constituído de material que permita fácil
adequadamente, satisfazendo as exigên- referente ao responsável técnico o ingres- limpeza;
cias especificas, tais como: refrigeração, so, a baixa de responsabilidade técnica, a II - acondicionar os resíduos em recipiente
ventilação, proteção de luz solar direta e licença médica, entre outras. de material rígido, adequado para cada tipo
umidade, contra vibrações e outras que se de substância;
fizerem necessárias, respondendo a em- Art. 637. O técnico em ótica pode orientar III - possuir lavatório para degermação das
presa distribuidora por quaisquer conse- aos clientes técnicas e produtos, para mãos provido de sabão liquido, papel toa-
qüências oriundas de alterações ocorridas higienização de lentes e próteses ocula- lha e lixeira de acionamento por pedal, pro-
no transporte dos produtos. res, sendo vedada qualquer indicação te- vida de saco plástico.
rapêutica.
Seção V Art. 648. Os estabelecimentos que reali-
Das Indústrias Farmacêuticas, Art. 638. Os estabelecimentos óticos de- zam aplicação de qualquer substância e
Farmoquímicas, de Cosméticos, Perfu- vem contar obrigatoriamente com: ou procedimento invasivo ou equipamen-
mes, Produtos de Higiene, Saneantes I - assistência de responsável técnico, le- to, devem manter de forma organizada e
Domissanitários e Correlatos galmente habilitado e atendendo legisla- sistematizada registros de dados de iden-
ção específica; tificação dos clientes, dos procedimentos
Art. 631. As indústrias que fabricam produ- II - pisos, paredes e mobiliários que de- realizados e das substâncias utilizadas.
tos farmacêuticos, farmoquímicos, cosmé- vem ser constituídos de material que per-
ticos, perfumes, produtos de higiene, mita fácil limpeza; Art. 649. É vedado o uso de qualquer pro-
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duto, equipamento ou instrumento sem § 2º. A utilização de equipamentos somen- ao ar livre de procedimentos inerentes às
registro no Ministério da Saúde, observa- te é permitida a profissionais legalmente práticas de piercing e tatuagem.
das as disposições legais. habilitados, sendo neste caso, obrigatório
aos profissionais que possuam curso re- Art. 661. Além do disposto no inciso V, do
Art. 650. Os equipamentos e acessórios, conhecido pela Secretaria Estadual de artigo anterior, o usuário deve ser previa-
tais como: macas, cadeiras, colchões, tra- Educação. mente orientado acerca dos riscos em re-
vesseiros e similares, devem ser revesti- lação aos procedimentos, materiais e/ou
dos com material impermeável e íntegro, Art. 657. O procedimento de bronzeamento substâncias utilizadas.
os quais deverão ser higienizados, após artificial por câmaras deverá seguir legis-
cada atendimento. lação específica. Art. 662. Os locais que realizam tatuagens,
colocação de piercings e congêneres, de-
Art. 651. É obrigatória a adoção de proce- Seção IX verão contar com:
dimentos de limpeza, desinfecção e/ou Terapias Holistas, Naturalistas, Alterna- a) Cadastro de clientes atendidos, organi-
esterilização, após cada uso, dos utensíli- tivas e Congêneres zado de tal forma, que possa ser objeto de
os e instrumentais que entrarem em con- rápida verificação por parte das autorida-
tato com o usuário, utilizados na prática Art. 658. Os estabelecimentos e ou servi- des sanitárias, contendo os seguintes re-
profissional nestes estabelecimentos. ços que exerçam as atividades de terapias gistros: identificação do cliente, com nome
holistas, naturalistas alternativas e completo, idade, sexo, endereço completo
§ 1º. O procedimento de esterilização será congêneres, sujeitam-se às normas sani- e data do atendimento do cliente.
adotado para todos os instrumentais utili- tárias vigentes, com base nos ítens abaixo: b) Livro de registro de acidentes contendo:
zados em manicure, pedicure, podologia I - memorial descritivo das atividades e/ou I - anotação de acidente de qualquer natu-
e estética ou qualquer outra atividade pro- técnicas a serem desenvolvidas, que deve reza, que envolva o cliente ou o executor
fissional, onde haja risco em potencial de conter a definição e descrição da atividade de procedimentos;
contaminação deste material, por intermé- e/ou técnica, sua finalidade e formação/ II - no caso da prática de tatuagem, inclui-
dio de secreções orgânicas e cursos na área de atuação, que comprove se a anotação de reação alérgica aguda,
consequente potencialidade para o cruza- a qualificação técnica, reconhecidos pelo após o emprego de substância corante,
mento de infecção, com microorganismos Ministério da Saúde ou pelo Ministério da reação alérgica tardia, que o cliente venha
patogênicos entre usuários. Educação; a comunicar ao responsável pelo estabe-
II - grau de risco que a atividade e/ou técni- lecimento;
§ 2º. A esterilização dos instrumentais efe- ca possa vir a causar ao usuário das mes- III - no caso da prática de piercing, inclui-
tuar-se-á utilizando-se equipamentos mas. se a anotação de complicações, que o cli-
apropriados, estufas ou autoclaves, e obe- ente venha a comunicar ao responsável
decerá, rigorosamente, as normas preco- § 1º. É vedado a esses tipos de estabele- pelo estabelecimento, tais como: infecção
nizadas pelo Ministério da Saúde. cimentos, prescrever, vender, armazenar e/ localizada, dentre outras;
ou expor qualquer substância, produto e/ IV - data da ocorrência do acidente.
§ 3º. Os instrumentais, utensílios ou mate- ou medicamento, que possua finalidade
riais que não representem risco em po- terapêutica. Art. 663. Obrigatoriamente, todo o instru-
tencial à saúde, tais como: pentes, esco- mental empregado na execução de proce-
vas, bobies, toalhas, esponjas, bacias, § 2º. É vedado a realização de procedimen- dimentos inerentes às práticas de tatua-
espátulas, etc., deverão sofrer processo de to invasivo de qualquer natureza. gem e de piercing, deverá ser submetido a
limpeza e/ou desinfecção, obedecendo às processos de descontaminação, limpeza
normas preconizadas pelo Ministério da Art. 659. Os estabelecimentos devem pos- e esterilização, aplicadas com técnica
Saúde. suir: asséptica.
I - pisos, paredes e mobiliários, constituí-
§ 4º. As lâminas para barbear são de uso dos de material que permita fácil limpeza; § 1º. As agulhas, lâminas ou dispositivos
único ficando vedado o seu II - lavatório para degermação das mãos, destinados a remover pelos, empregados
reprocessamento. provido de sabão líquido, papel toalha e na prática de tatuagem, deverão ser
lixeira de acionamento por pedal. descartáveis e de uso único.
Art. 652. Os profissionais devem lavar as
mãos antes e após a realização de cada Seção X § 2°. Os materiais a que se refere o pará-
atividade e usar luvas quando manipula- Tatuagem, Colocação de Piercings e grafo anterior, não poderão ser
rem produtos químicos, na presença de Congêneres reprocessados ou reutilizados.
sangue, secreções e dermatites.
Art. 660. Os locais que realizam tatuagens, § 3°. Antes de serem introduzidos e fixa-
Art. 653. Os estabelecimentos com ativi- colocação de piercings e congêneres, de- dos no corpo humano, os adornos deve-
dade de depilação devem manter cabines vem observar os seguintes critérios: rão ser submetidos a processo de esterili-
individuais, exclusivamente para esta fina- a) possuir pisos, paredes e mobiliários, cons- zação.
lidade, com espaço, iluminação e ventila- tituídos de material que permita fácil limpeza;
ção adequados à prática profissional e b) acondicionar os resíduos de forma ade- Art. 664. Somente poderão ser emprega-
acomodação confortável do usuário. quada, de acordo com o Plano de das para a execução de procedimentos
Gerenciamento de Resíduos de Serviços inerentes à prática de tatuagem, tintas
Art. 654. É vedada a utilização, exposição e de Saúde e demais exigências da legisla- atóxicas, fabricadas especificamente para
comercialização de produtos de interesse ção específica vigente; tal finalidade.
à saúde, que não possuam registro nem c) os materiais pérfuro-cortantes devem
indicativo de isenção do órgão sanitário ser descartados separadamente, imedia- Art. 665. É expressamente proibido a apli-
competente ou, ainda, com qualquer tipo tamente após o uso, em recipientes rígi- cação de medicamentos anestésicos por
de alteração de rotulagem. dos, resistentes à punctura, ruptura e va- via sistêmica, para a realização das práti-
zamento, com tampa, devidamente identi- cas de aplicação de piercing e tatuagens.
Art. 655. É expressamente proibida a prática ficados, conforme legislação vigente;
de reutilização de ceras para depilação ou d) possuir lavatório para degermação das Art. 666. É expressamente proibido a pres-
qualquer outro produto químico empregado. mãos, provido de sabão liquido, papel toa- crição de medicamentos por profissionais
lha e lixeira de acionamento por pedal; que não são legalmente habilitados.
Art. 656. Somente a realização de massa- e) deverá ser afixado, obrigatoriamente, em
gem anti-stress e estética pode ser efetu- local visível, placa informativa ao usuário, Art. 667. Os equipamentos e acessórios,
ada sem a prescrição de profissional le- prestando informações sobre os riscos tais como: macas, cadeiras, colchões, tra-
galmente habilitado. decorrentes da execução dos procedimen- vesseiros e similares, devem ser revesti-
tos de tatuagem e piercing, bem como difi- dos com material impermeável e íntegro.
§ 1º. As massagens anti-stress e estéti- culdades técnicas, que possam envolver
cas somente podem ser realizadas ma- a posterior remoção de tatuagens. Art. 668. É vedado o uso de qualquer pro-
nualmente, não podendo ser utilizado qual- duto sem registro no Ministério da Saúde,
quer tipo de equipamento. Parágrafo único. Fica proibida a execução observadas as demais disposições legais.
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 53
Seção XI limpeza; ro agrônomo, engenheiro florestal, enge-
Dos Estabelecimentos de Prótese c) colchões, travesseiros, cadeiras, macas nheiro químico, farmacêutico, médico-ve-
Odontológica e similares, que devem ser revestidos com terinário e químico.
material impermeável e íntegro;
Art. 669. Estabelecimento de prótese d) lavatório para degermação das mãos, Art. 684. É vedada a instalação do Estabe-
odontológica são todos os estabelecimen- provido de sabão liquido, papel toalha e lecimento Operacional das Empresas
tos que se destinam à confecção de apare- lixeira de acionamento por pedal. Especializadas em edificações de uso co-
lhos de prótese ou órtese na área letivo, seja comercial ou residencial, aten-
odontológica ou bucomaxilar, de caráter pú- Art. 677. O estabelecimento deve manter dendo às legislações relativas à saúde,
blico ou privado, com ou sem fins lucrativos. disponível à autoridade sanitária: ao ambiente e ao uso e ocupação do solo
a) cadastro dos alunos matriculados; urbano, em vigor.
Art. 670. Todos os estabelecimentos de- b) avaliação médica do aluno;
vem, obrigatoriamente, funcionar na pre- c) programa de atividade de cada aluno. Art. 685. As instalações operacionais de-
sença física de técnico em prótese verão dispor de áreas específicas e ade-
dentária, inscrito junto ao Conselho Regi- Art. 678. É vedado o uso, indicação ou ven- quadas para armazenamento, preparo de
onal de Odontologia do Paraná, que assu- da de anabolizantes, esteróides ou qual- misturas e diluições e vestiário para os
me o papel de responsável técnico pelo quer medicamento no estabelecimento. aplicadores.
estabelecimento.
Seção XIV Art. 686. Somente poderão ser utilizados
Art. 671. O técnico em prótese dentária só Estabelecimentos de Preparo de os produtos desinfestantes devidamente
poderá ser responsável por um estabele- Cadáver registrados no Ministério da Saúde, sendo
cimento de prótese odontológica. que o responsável técnico responde pela
Art. 679. Os estabelecimentos que reali- sua aquisição, utilização e controle.
Art. 672. Os estabelecimentos devem pos- zam a preparação de cadáveres devem ter
suir: autorização da vigilância sanitária. Art. 687. Todos os procedimentos de pre-
a) pisos, paredes e mobiliários, constituí- paro de soluções, a técnica de aplicação,
dos de material que permita fácil limpeza; Art. 680. Os estabelecimentos de preparo a utilização e manutenção de equipamen-
b) lavatório para degermação das mãos, de cadáver devem possuir: tos, deverão estar descritos e disponíveis
provido de sabão líquido, papel toalha e a) pisos, paredes e mobiliários, constituí- na forma de Procedimentos Operacionais
lixeira com acionamento por pedal; dos de material liso, impermeável, que Padronizados.
c) equipamentos de proteção individual, de permita fácil limpeza e desinfecção;
acordo com sua área de atuação: luvas com b) ralos sifonados ligados à rede de esgo- Art. 688. Os veículos para transporte dos
proteção antitérmica, óculos, máscara com to, provido de tampa escamoteável; produtos desinfestantes e equipamentos,
filtro de vapores, avental, etc.; c) lavatório para degermação das mãos, deverão ser dotados de compartimento,
d) livro de registro para serviços executa- provido de sabão liquido, papel toalha e que os isolem dos ocupantes.
dos, contendo: nome do cirurgião dentista lixeira de acionamento por pedal ou lixeira
requisitante do serviço, material utilizado, sem tampa; Art. 689. O transporte dos produtos e equi-
data de entrada e saída. d) lixeira com acionamento por pedal, para pamentos não poderá ser feito em veícu-
descarte de resíduos infectantes; los coletivos.
Art. 673. É vedado ao técnico em prótese e) livro de registro com os dados dos cor-
dentária: pos preparados e declaração do médico Art. 690. Quando aplicável, as embalagens
a) prestar, sob qualquer forma, assistên- responsável de que o cadáver não gera dos produtos desinfestantes, antes de
cia direta a clientes; risco de contaminação por doenças de serem descartadas, devem ser submeti-
b) manter, em sua oficina, equipamento e notificação obrigatória ou radioativa, aos das à tríplice lavagem, devendo a água ser
instrumental específico de consultório profissionais e ao ambiente. aproveitada para o preparo de calda ou
odontológico; inativada, conforme instruções contidas na
c) fazer propaganda de seus serviços ao Art. 681. Os estabelecimentos de preparo rotulagem.
público em geral. de cadáver deverão observar ainda:
a) disponibilizar aos funcionários Equipa- Art. 691. As empresas deverão fornecer aos
Seção XII mentos de Proteção Individual - EPI's, lim- clientes comprovante de execução de ser-
Lavanderias Comerciais pos e em bom estado de conservação, tais viço contendo, no mínimo, as seguintes
como: luvas, botas, óculos, máscaras, cal- informações:
Art. 674. As águas residuais devem ter des- ça e camisa ou macacão ou avental de a) nome do cliente;
tino e tratamento licenciado pelo órgão mangas compridas e avental impermeá- b) endereço do imóvel;
ambiental e atender às exigências deste vel, para processos que ocorram em pre- c) praga(s) alvo;
regulamento. sença de umidade; d) grupo(s) químico(s) do(s) produto(s)
b) adotar procedimentos técnicos sanitári- utilizado(s);
Art. 675. As lavanderias comerciais devem os adequados, definidos nas normas vi- e) nome e concentração de uso do princí-
possuir equipamentos próprios para seca- gentes, no tocante ao gerenciamento de pio ativo e quantidade do produto aplicado
gem de roupas e lavatório para degermação resíduos. na área;
das mãos, provido de sabão líquido, papel f) nome do responsável técnico, com o
toalha e lixeira de acionamento por pedal Seção XV número do seu registro no Conselho cor-
ou lixeira sem tampa. Dos Serviços de Desinsetização e respondente;
Desratização g) número do telefone do Centro de Infor-
Parágrafo único. Lavanderias comerciais mação Toxicológica mais próximo; e,
que realizam atividades para estabeleci- Art. 682. As empresas especializadas na h) endereço e telefone da Empresa Espe-
mentos prestadores de serviços de saúde prestação de serviços de controle de vetores cializada.
devem atender a legislação e normatização e pragas urbanas, somente poderão funci-
vigentes. onar depois de devidamente licenciadas CAPÍTULO X
junto à Secretaria Municipal da Saúde. DOS PRODUTOS DE INTERESSE A
Seção XIII SAÚDE
Academias de Ginástica e Congêneres Art. 683. A empresas especializadas deve-
rão ter um responsável técnico devidamen- Seção I
Art. 676. As academias de ginástica e te habilitado para o exercício das funções Disposições Gerais
congêneres devem contar, obrigatoriamen- relativas às atividades pertinentes ao con-
te, com: trole de vetores e pragas urbanas, deven- Art. 692. Todo produto de interesse à saú-
a) assistência de responsável técnico, le- do apresentar o registro da empresa junto de destinado ao consumo humano, equi-
galmente habilitado, que atenda a legisla- ao respectivo Conselho Regional. pamentos e materiais destinados ao tra-
ção especifica; tamento e prevenção de doenças, só pode
b) pisos, paredes e mobiliários devem ser Parágrafo único. São habilitados os se- ser exposto ao consumo, entregue à ven-
constituídos de material que permita fácil guintes profissionais: biólogo, engenhei- da ou distribuído, após o seu registro, dis-
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pensa ou isenção no órgão competente outros sujeitos a controle especial. 02 (dois) anos, ficando a disposição da Au-
do Ministério da Saúde, que lhe confere toridade Sanitária para fins de fiscalização.
validade nacional. Parágrafo único. Inclui-se no campo de
atuação da vigilância sanitária o controle § 4º. É vedada a distribuição de amostra-
§ 1º. Os alimentos, matérias primas, de substâncias e medicamentos psicotró- grátis de medicamentos a base de
aditivos, coadjuvantes de tecnologia e picos e entorpecentes e outros sujeitos a Misoprostol.
embalagens, só poderão ser expostos ao controle especial, obedecendo ao previsto
consumo, entregue à venda ou distribuí- em normas sanitárias federais e estadu- Art. 706. É vedado o transporte de medica-
do, após o seu registro, dispensa de re- ais vigentes. mentos à base de substâncias psicotrópi-
gistro ou isenção de registro junto ao ór- cas, entorpecentes e outras sujeitas a con-
gão competente. Art. 701. Cabe ao serviço de vigilância sa- trole especial, definidos em legislação fe-
nitária municipal, proceder à inspeção para deral específica, por pessoa física, sem a
§ 2º. Aos alimentos sujeitos a Registro Muni- avaliar as condições técnicas e sanitárias devida cópia da prescrição médica, que
cipal de Produtos, aplicam-se as disposi- dos estabelecimentos que solicitam junto justifique a necessidade e quantidade de
ções estabelecidas neste Regulamento. ao órgão competente do Ministério da Saú- medicamento para uso individual do paci-
de a Autorização Especial, a fim de exerce- ente, bem como sem registro no Ministé-
Art. 693. Para a concessão de registro de rem atividades com substâncias psicotró- rio da Saúde.
produtos, devem ser atendidos os critérios picas, entorpecentes e outras sujeitas a
e parâmetros técnicos e científicos reconhe- controle especial. Art. 707. O envio de medicamentos à base
cidamente aceitos, as normas e os padrões de substâncias psicotrópicas, entorpecen-
de identidade e qualidade de produtos e Art. 702. Caberá, ainda, ao serviço de vigi- tes e outras sujeitas a controle especial,
substâncias de consumo humano. lância sanitária municipal: para o exterior, somente será permitido
I - inspecionar os estabelecimentos que mediante apresentação da receita médica,
Art. 694. Devem ser adotados padrões de utilizam para qualquer fim, substâncias e/ acompanhados da nota fiscal de aquisição.
identidade e qualidade estabelecidos na- ou medicamentos sujeitos a controle es-
cionalmente. pecial, fazendo rígida conferência de toda CAPITULO XI
a escrituração exigida nas normas sanitá- DAS INFRAÇÕES SANITÀRIAS E DO
Parágrafo único. Na eventual inexistência rias específicas; PROCESSO ADMINISTRATIVO
deste, poderão ser adotados os padrões II - realizar, sempre que necessário, ação
de identidade e qualidade internacional- conjunta de fiscalização com outros órgãos Seção I
mente aceitos. da Administração Pública, objetivando uma Dos Órgãos Fiscalizadores
ação mais eficaz no controle de psicotrópi-
Art. 695. O registro pode ser cancelado por cos e entorpecentes. Art. 708. São órgãos fiscalizadores da Se-
irregularidade, se o detentor do registro cretaria Municipal da Saúde do Município,
infringir as normas sanitárias, mesmo du- Subseção II aqueles identificados na organização e nos
rante o prazo de validade. Instalação e Procedimentos atos regulamentares de fiscalização e con-
trole de ações e serviços de saúde.
Art. 696. Qualquer modificação que impli- Art. 703. Os estabelecimentos industriais,
que em alteração de identidade, qualida- comerciais do ramo farmacêutico e Art. 709. Para efeitos deste regulamento
de, forma de apresentação, tipo ou marca prestadores de serviços de saúde, devem entende-se por autoridade sanitária:
do produto já registrado, deve ser previa- possuir local ou armário com chave, para I - o Secretário Municipal de Saúde, demais
mente solicitado pelo interessado e apro- guarda de substâncias e produtos de con- secretários com interveniência na área de
vado pelo órgão competente do Ministério trole especial, definidos pela legislação saúde e o dirigente das ações de vigilân-
da Saúde. vigente e registro de entrada e saída des- cia em saúde, lotados nos serviços da
sas substâncias e produtos. Secretaria Municipal de Saúde, no âmbito
Art. 697. Quando ocorrerem mudanças nas de sua competência;
normas técnicas de produção e controle Art. 704. A incineração de substância e/ou II - os componentes de equipes
de qualidade, ditadas pela União ou pelo medicamento de uso proscrito no Brasil, multidisciplinares ou grupo técnicos de vi-
Estado, em virtude de imperativo de defe- determinada pela autoridade judicial, será gilância sanitária, vigilância ambiental, vi-
sa da saúde coletiva, o detentor do regis- realizada em instalações apropriadas e li- gilância epidemiológica, auditoria e de áre-
tro deverá atender as alterações necessá- cenciadas pelo órgão ambiental compe- as relacionadas à saúde, observada sua
rias e comunicá-las ao órgão que expediu tente, na presença de testemunhas, ob- competência legal;
o registro. servada a legislação específica. III - os agentes fiscais sanitários;
IV - os auditores.
Art. 698. O registro do produto de que trata Art. 705. É vedada a distribuição de amos-
este regulamento não exclui os registros tras grátis de produtos que contenham subs- § 1º. São considerados Agentes Fiscais Sa-
exigidos para outras finalidades, que não tâncias entorpecentes ou psicotrópicas. nitários, para efeito deste regulamento, os
a de exposição à venda ou entrega ao con- agentes fiscais de nível médio e os profissi-
sumo, a qualquer título. § 1º. Será permitida a distribuição de amos- onais de nível superior concursados, inves-
tras grátis de medicamentos, que conte- tidos de poder de policia e função com res-
Art. 699. A SMS poderá instituir comissões nham substâncias constantes das listas ponsabilidade e atribuições sanitárias defi-
técnicas, com representantes das vigilân- ''C1'' (outras substâncias sujeitas a con- nidas e previstas em disposições legais e
cias sanitárias municipais e estadual, as- trole especial) e "C4" (anti-retrovirais), da devidamente nomeados para este fim por
sociações de defesa dos consumidores, Portaria Federal n.º 344/98, com suas atu- ato do Chefe do Poder Executivo, através de
fornecedores, produtores e instituições alizações em suas embalagens originais, publicação no Órgão Oficial do Município.
afins, com a finalidade de elaboração, re- exclusivamente aos profissionais médi-
visão e atualização das normas e ações cos, que assinarão comprovante de distri- § 2º. São considerados Auditores os profis-
atinentes à produção, distribuição e circu- buição emitido pelo fabricante. sionais de nível superior concursados, in-
lação de produtos de interesse à saúde. vestidos de função com responsabilidade e
§ 2º. No caso de o profissional doar medi- atribuições de auditoria, controle e avaliação
Seção II camentos (amostras-grátis) à instituição definidas e previstas em disposições legais
Das Substâncias Entorpecentes e a que pertence, deverá fornecer o respecti- e devidamente nomeados para este fim por
Outros Sujeitos à Controle Especial vo comprovante de distribuição devidamen- ato do Chefe do Poder Executivo, através de
te assinado e a instituição deverá dar en- publicação no Órgão Oficial do Município.
Subseção I trada em Livro de Registro da quantidade
Disposições Gerais recebida. Art. 710. No exercício de funções
fiscalizadoras, é da competência de Agen-
Art. 700. A vigilância sanitária municipal, no § 3º. O comprovante a que se refere o caput tes Fiscais Sanitários, da Secretaria Muni-
âmbito de sua competência, fiscalizará o deste artigo, deverá ser retido pelo fabri- cipal da Saúde, fazer cumprir as Leis e o
comércio e o uso de substâncias e medi- cante ou pela instituição que recebeu a Regulamento Sanitário, expedindo infor-
camentos psicotrópicos, entorpecentes e amostra grátis do médico, pelo período de mações, autos/termos e impondo penali-
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dades, quando for o caso, visando à pre- inobservância das normas legais, regula- mentos e/ou animais;
venção e à repressão de tudo que possa mentares e outras que, por qualquer for- IV - inutilização de produtos e/ou equipa-
comprometer à saúde. ma, se destinem à promoção, preserva- mentos;
ção e recuperação da saúde. V - suspensão de prestação de serviços,
§ 1º. A competência dos Agentes Fiscais de venda e fabricação de produtos e/ou
de nível médio fica limitada à expedição de Paragráfo único. Responde pela infração equipamentos;
termos de ciência, intimações e autos de quem, de qualquer modo, cometer ou con- VI - interdição, cautelar ou definitiva, total
infrações, bem como a aplicação das pe- correr para sua prática ou dela se beneficiar. ou parcial, do estabelecimento, obra, pro-
nalidades de advertência, apreensão de duto e/ou equipamento utilizado no proces-
produtos/equipamentos/animais. Art. 716. Constatada qualquer infração de so produtivo;
natureza sanitária, será lavrado o auto de VII - cancelamento do registro do produto,
§ 2º. Os Agentes Fiscais Sanitários deve- infração, que servirá de base ao processo quando municipal;
rão apresentar sua credencial de identifi- administrativo de contravenção. VIII - cassação temporária ou definitiva da
cação fiscal, devidamente autenticadas, licença sanitária;
durante o exercício de suas atribuições. Art. 717. As infrações serão, a critério da IX - descredenciamento de serviços e
autoridade sanitária, classificadas em: ações de saúde no S.U.S.
§ 3º. Fica proibida a outorga de credencial Grau Leve, Grave e Gravíssimo.
de identificação fiscal a quem não esteja § 1º. A autoridade sanitária competente
autorizado, em razão de cargo ou função, a § 1º. Para imposição das penalidades e poderá impor uma ou mais das penalida-
exercer ou praticar, no âmbito da legisla- sua graduação, será levado em conta: des previstas neste artigo.
ção sanitária, atos de fiscalização. I - a gravidade do fato, tendo em vista as
suas conseqüências para a saúde publi- § 2º. As penalidades serão aplicadas pe-
§ 4º. A credencial a que se refere este artigo ca; las autoridades sanitárias da Secretaria
deve ser devolvida para inutilização, sob as II - as circunstâncias atenuantes e agra- Municipal da Saúde, através de seus ór-
penas da lei, em casos de provimento em vantes; gãos competentes.
outro cargo público, exoneração ou demis- III - os antecedentes do infrator, com rela-
são, aposentadoria, bem como licenciamento ção ao disposto neste regulamento e de- Art. 719. A pena de advertência será aplica-
por prazo superior a 90 (noventa) dias e de mais normas complementares. da observado o devido processo adminis-
suspensão do exercício do cargo. trativo.
§ 2º. São circunstâncias atenuantes:
Art. 711. Os Agentes Fiscais Sanitários te- I - a ação do infrator não ter sido funda- Art. 720. As penas de apreensão,
rão livre ingresso, em qualquer dia e a qual- mental para a consecução do evento; inutilização, suspensão de prestação de
quer hora, mediante identificação e uso das II - a errada compreensão da norma sani- serviços, venda ou fabricação de produtos
formalidades legais, em todas as habita- tária, admitida como escusável, quando e cancelamento do registro do produto,
ções particulares ou coletivas, prédios ou patente a incapacidade do agente para serão aplicadas sempre que se mostrem
estabelecimentos de qualquer espécie, entender o caráter ilícito do fato; necessárias para evitar risco ou dano à
terrenos, lugares e logradouros públicos, III - o infrator, por espontânea vontade, ime- saúde.
neles fazendo observar o cumprimento das diatamente procurar reparar ou minorar as
leis e do regulamento sanitário em vigor. conseqüências do ato lesivo à saúde pú- Art. 721. A pena de interdição cautelar, total
blica que lhe for imputado; ou parcial, do estabelecimento, produto ou
§ 1º. Nos casos de oposição à visita ou IV - ter o infrator sofrido coação; equipamento, será aplicada quando for
inspeção, o Agente Fiscal Sanitário lavrará V - ser o infrator primário e a falta cometida constatado indício de infração sanitária, em
auto de infração e intimará o proprietário, de natureza leve. que haja risco ou dano à saúde e perdura-
locatário, morador, administrador ou seus rá até que sejam sanadas as irregularida-
procuradores a facilitarem a visita, imedia- § 3º. São circunstâncias agravantes: des.
tamente, ou dentro de vinte e quatro horas, I - ser o infrator reincidente;
conforme urgência. II - ter o infrator cometido a infração para § 1º. O prazo máximo para interdição
obter vantagem pecuniária, decorrente do cautelar será de 90 (noventa) dias.
§ 2º. Persistindo o embaraço, a autoridade consumo pelo público do produto e/ou ser-
sanitária poderá solicitar a intervenção da viços prestados, em contrário ao disposto § 2º. A interdição cautelar, total ou parcial,
autoridade judicial, esgotadas as medidas na legislação; poderá, após o devido processo adminis-
de conciliação, sem prejuízo das penali- III - o infrator coagir outrem para a execu- trativo sanitário, tornar-se definitiva.
dades previstas. ção material da infração;
IV - ter a infração conseqüências calamito- § 3º. A extensão da interdição será decidi-
Art. 712. Os Agentes Fiscais Sanitários sas à saúde pública; da por ato fundamentado da autoridade
poderão registrar suas atividades e irre- V - se o infrator, tendo conhecimento do ato sanitária.
gularidades constatadas, através de má- lesivo à saúde pública, deixar de tomar as
quinas fotográficas e filmadoras, visando providências de sua alçada, tendentes a Art. 722. Quando da apreensão de produ-
a ilustração de processos administrativos, evitá-lo ou minorar o dano; tos e/ou equipamentos, interdição de es-
como provas documentais e atividades de VI - ter o infrator agido com dolo. tabelecimentos prestadores de serviços
educação em saúde. de saúde, de obras e outros de interesse
§ 4º. Havendo concurso de circunstância da saúde, a autoridade sanitária divulgará
Art. 713. Os Agentes Fiscais Sanitários fi- agravante e atenuante, a aplicação será na imprensa, tornando público o risco sa-
cam responsáveis pelas declarações que considerada em razão das que sejam pre- nitário.
fizerem nos autos/termos, sendo passíveis ponderantes.
de punição, por falta grave, em casos de Art. 723. A pena de multa, nas infrações
falsidade ou omissão dolosa. § 5º. A reincidência especifica torna o infra- consideradas de grau leve, grave ou
tor passível de enquadramento na penali- gravíssimo, consiste no pagamento de
Art. 714. No exercício de funções dade máxima e a caracterização da infra- uma importância, a ser fixada na seguinte
fiscalizadoras, é da competência do Audi- ção como gravíssima. proporção:
tor fazer cumprir as leis e o regulamento I - Infração de Grau Leve: aquelas em que
de auditoria, controle e avaliação, expedin- Seção III o infrator seja beneficiado por circunstân-
do relatórios de auditoria operativas e ana- Das Penalidades cia atenuante;
líticas, autos/termos e impondo penalida- II - Infração de Grau Grave: aquelas em que
des, quando for o caso. Art. 718. As penalidades a serem impos- seja verificado uma circunstância agravan-
tas, sem prejuízo das sanções judiciais te;
Seção II cabíveis, na forma de Termos, classificam- III - Infração de Grau Gravíssimo: aquelas
Apuração e Classificação das Infrações se em: em que seja verificada a existência de duas
I - advertência; ou mais circunstâncias agravantes.
Art. 715. Considera-se infração, para fim II - multa;
deste regulamento, a desobediência ou III - apreensão de produtos e/ou equipa- Art. 724. A pena de multa nas infrações será
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classificada e fixada nas seguintes propor- ria em vigor, não isenta o infrator de ação zer funcionar atividade ou estabelecimen-
ções: penal que no caso couber. to sujeito à fiscalização sanitária, como la-
boratórios de produção de medicamento,
I - Infração Leve, de R$ 120,00 (cento e Art. 727. Os valores para penalidades pre- droga ou insumo, cosméticos, produtos de
vinte reais), a R$ 1.780,00 (um mil sete- vistas neste capítulo não serão aplicadas higiene, dietéticos, correlatos,
centos e oitenta reais), e será aplicada ao nos seguintes artigos deste regulamento: desinsetizadoras, estabelecimentos vete-
infrator que for beneficiado por circunstân- I - Artigo 301 - referente a resgate de ani- rinários ou quaisquer outros estabeleci-
cias atenuantes previstas no artigo 717 mais; mentos que fabriquem alimentos, aditivos
deste regulamento assim graduadas: II - Artigo 304 - referente a abandono de para alimentos, bebidas, embalagens,
a) Infração Leve com 5 atenuantes animais; saneantes e demais produtos que interes-
R$120,00; III - Artigo 307 - referente a alojamento se- sem à saúde pública, sem registro, licen-
b) Infração Leve com 4 atenuantes R$ guro para animais; ça ou autorização do órgão sanitário com-
545,00; IV - Artigo 313 - referente a condução de petente, ou contrariando as normas legais
c) Infração Leve com 3 atenuantes R$ animais em vias públicas; pertinentes: pena: advertência, suspensão,
960,00; V - Artigo 314 - referente a recolhimento de apreensão ou inutilização do produto, in-
d) Infração Leve com 2 atenuantes R$ dejetos de animais; terdição, cassação da licença sanitária,
1.385,00; VI - Artigo 355 - referente a autorização para multa;
e) Infração Leve com 1 atenuante eventos; IX - fazer funcionar, sem assistência de res-
R$1.780,00. VII - Artigo 356 - referente a cadastro de ponsável técnico legalmente habilitado, os
adestradores de cães. estabelecimentos onde são produzidos,
II - Infração Grave, de R$ 1.890,00 (um mil transformados, comercializados, armaze-
oitocentos e noventa reais), a R$ 5.950,00 Seção IV nados, manipulados, analisados, prepa-
(cinco mil, novecentos e cinquenta reais), Das Infrações Sanitárias e das Penali- rados, extraídos, purificados, fracionados,
e será aplicada ao infrator que for prejudi- dades embalados, reembalados, importados,
cado por uma circunstância agravante, gra- exportados ou expedidos produtos de in-
duado na forma do artigo 717, deste regu- Art. 728. Constituem infrações sanitárias teresse à saúde: pena: advertência, sus-
lamento, a saber: as condutas tipificadas abaixo: pensão da venda ou fabricação do produ-
a) Infração Grave com agravante inciso I I - obstar, desacatar ou dificultar a ação to, apreensão ou inutilização do produto,
..............R$ 1.890,00; fiscalizadora da autoridade sanitária, no interdição, cassação da licença sanitária,
b) Infração Grave com agravante inciso II exercício de suas funções: pena: advertên- multa;
.............R$ 2.656,00; cia ou multa; X - extrair, produzir, fabricar, transformar,
c) Infração Grave com agravante inciso II - não cumprir as intimações e/ou orienta- preparar, manipular, purificar, fracionar,
III.............R$ 3.500,00; ções das autoridades sanitárias: pena: embalar ou reembalar, importar, exportar,
d) Infração Grave com agravante inciso multa, interdição ou cassação da licença; armazenar, expedir, transportar, comprar,
IV............R$ 4.500,00; III - impedir ou dificultar a aplicação de vender, ceder ou utilizar alimentos, produ-
e) Infração Grave com agravante inciso V medida sanitária relativa a doenças tos dietéticos, de higiene, cosméticos,
............R$ 5.190,00; transmissíveis e à apreensão e eutanásia medicamentos, correlatos, embalagens,
f) Infração Grave com agravante inciso de animais domésticos considerados no- saneantes, utensílios e aparelhos que in-
VI........... .R$ 5.950,00. civos pelas autoridades sanitárias: pena: teressem à saúde pública ou individual,
advertência ou multa; sem registro, licença ou autorização do
III - Infração Gravíssima, de R$ 6.000,00 IV - opor-se à exigência de provas órgão sanitário, ou contrariando o dispos-
(seis mil reais) a R$ 17.850,00 (dezessete diagnósticas ou à sua execução pelas au- to em legislação sanitária: pena: advertên-
mil, oitocentos e cinqüenta reais), e será toridades sanitárias: pena: advertência ou cia, apreensão ou inutilização do produto,
aplicada ao infrator que for prejudicado pela multa; cancelamento do registro do produto, sus-
existência de duas ou mais circunstânci- V - inobservar as exigências das normas pensão da venda ou fabricação do produ-
as agravantes, graduada na forma do arti- sobre construção, reconstrução, reforma, to, apreensão ou inutilização do produto,
go 717 deste regulamento, a saber: loteamento, abastecimento de água, es- interdição, cassação da licença sanitária,
a) Infração Gravíssima com 2 agravantes goto domiciliar, habitação em geral, coleti- multa;
R$ 6.000,00; va ou isolada, horta, terreno baldio, esco- XI - fraudar, falsificar ou adulterar produto
b) Infração Gravíssima com 3 agravantes la, local de lazer coletivo e de reunião, ne- sujeito ao controle sanitário: pena: adver-
R$ 9.050,00; crotério, velório, cemitério, estábulos, ca- tência, suspensão da venda ou fabricação
c) Infração Gravíssima com 4 agravantes nis, pocilgas, cocheiras, galinheiros, sa- do produto, apreensão ou inutilização do
R$ 12.050,00; neamento urbano e rural em todas as suas produto, interdição, cancelamento do re-
d) Infração Gravíssima com 5 agravantes formas e controle de ruídos incômodos, gistro do produto, cassação da licença
R$ 15.000,00. bem como tudo que contrarie a legislação sanitária, multa;
e) Infração Gravíssima com 6 agravantes sobre imóveis em geral e sua utilização: XII - instalar ou fazer funcionar, sem licen-
R$ 17.850,00. pena: advertência, multa, interdição tem- ça sanitária emitida pelo órgão sanitário
porária ou definitiva do estabelecimento ou competente, estabelecimento industrial,
Parágrafo único. Se as multas aplicadas suspensão da atividade, apreensão de comercial ou de prestação de serviços:
não estiverem pagas até a ocasião da re- animais; pena: advertência, interdição, multa;
novação anual da licença sanitária, a mes- VI - deixar de cumprir medidas, formalida- XIII - rotular produtos sujeitos ao controle
ma não será concedida. des ou outras exigências sanitárias aos sanitário em desacordo com as normas
serviços de transportes terrestres, ferrovi- legais: pena: advertência, suspensão da
Art. 725. Em caso de reincidência, a multa ários e aéreos, seja por si ou por seus venda ou fabricação do produto, apreen-
será aplicada ao dobro da última, em re- agentes, consignatários, comandantes ou são ou inutilização do produto, interdição,
ais, e até que seja sanada a irregularida- responsáveis diretos pelo transporte: pena: cancelamento do registro, multa;
de, a mesma será renovada a cada 30 advertência, multa, interdição temporária XIV - deixar de observar as normas de
(trintas) dias, ficando ainda o infrator, con- ou definitiva do estabelecimento ou sus- biosegurança e controle de infecções hos-
forme a gravidade da infração, sujeito à pensão da atividade; pitalares e ambulatoriais estipuladas na
cassação temporária, ou definitiva da licen- VII - construir, instalar ou fazer funcionar legislação sanitária vigente: pena: adver-
ça, com suspensão das atividades. hospital, posto ou casa de saúde, clínica tência, interdição, cassação da licença
em geral, casa de repouso, serviço ou uni- sanitária, multa;
Parágrafo único. Considera-se reincidên- dade de saúde, estabelecimento ou orga- XV - importar ou exportar, expor à venda ou
cia a repetição de qualquer infração pela nização afim, que se dedique à promoção, entregar ao consumo produto sujeito ao
mesma pessoa física ou jurídica, que po- proteção e recuperação da saúde, sem li- controle sanitário que esteja deteriorado,
derá ser novamente autuada, se o proces- cença de órgão sanitário competente, ou alterado, adulterado, fraudado, avariado,
so anterior já tiver passado em julgamen- contrariando normas legais e regulamen- falsificado, com o prazo de validade expi-
to e recebido decisão condenatória. tares pertinentes: pena: advertência, inter- rado, ou apor-lhe nova data de validade:
dição, cassação da licença sanitária, mul- pena: advertência, interdição, cassação da
Art. 726. A imposição da penalidade por ta; licença sanitária, multa;
infração do disposto na legislação sanitá- VIII - construir, instalar, empreender ou fa- XVI - comercializar ou armazenar com fina-
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lidade de venda, produtos sujeitos ao con- de fazê-lo: pena: advertência, multa; XLII - fabricar ou fazer operar máquina, equi-
trole sanitário destinados exclusivamente XXVIII - deixar de notificar epidemia de qual- pamento ou dispositivo que ofereça risco
à distribuição gratuita: pena: advertência, quer doença ou outro agravo à saúde, à saúde do trabalhador: pena: advertên-
apreensão do produto, interdição, cassa- mesmo que não seja de notificação obri- cia, apreensão ou inutilização do equipa-
ção da licença sanitária, multa; gatória: pena: advertência, multa; mento, suspensão da venda ou fabricação
XVII - expor à venda, manter em depósito XXIX - deixar de preencher, clara e correta- do produto, interdição, cassação da licen-
ou transportar produto sujeito ao controle mente, a declaração de óbito segundo as ça sanitária, multa;
sanitário, que exija cuidados especiais de normas da Classificação Internacional de
conservação, sem a observância das cau- Doenças e/ou recusar esclarecer ou com- XLIII - descumprimento de normas legais
telas e das condições necessárias a sua pletar a declaração de óbito, quando soli- e regulamentares, medidas, formalidades
preservação: pena: advertência, apreensão citado pela autoridade sanitária: pena: ad- e outras exigências sanitárias pelas em-
ou inutilização do produto, interdição, can- vertência e/ou multa; presas de transportes, seus agentes e
celamento do registro, cassação da licen- XXX - deixar de preencher, clara e correta- consignatários, comandantes ou respon-
ça sanitária, multa; mente e/ou reter a declaração de nascido sáveis diretos por aeronaves, ferrovias,
XVIII - fazer propaganda de serviço ou pro- vivo, não enviando-a ao serviço de saúde veículos terrestres: pena: advertência, mul-
duto sujeito ao controle sanitário em de- competente: pena: advertência e/ou multa; ta;
sacordo com a legislação sanitária: pena: XXXI - reter atestado de vacinação obriga- XLIV - inobservância, por parte do proprie-
advertência, suspensão de venda ou fabri- tória e/ou dificultar, deixar de executar ou tário ou de quem detenha sua posse, de
cação do produto, multa; opor-se à execução de medidas sanitári- exigência sanitária relativa ao imóvel ou
XIX - aviar receita médica, odontológica ou as destinadas à prevenção de doenças equipamento: pena: advertência, apreen-
veterinária em desacordo com prescrição transmissíveis: pena: advertência, interdi- são ou inutilização do equipamento, inter-
ou determinação expressa em lei ou nor- ção, multa; dição, cassação da licença sanitária, mul-
mas regulamentares: pena: advertência, XXXII - opor-se à exigência de provas ta;
interdição, cassação da licença sanitária, diagnósticas ou a sua execução pela au- XLV - transgredir qualquer norma legal ou
multa; toridade sanitária: pena: advertência, inter- regulamentar destinada à promoção, pro-
XX - deixar de fornecer à autoridade sanitá- dição, cassação da licença sanitária, mul- teção e recuperação da saúde: pena: ad-
ria dados de interesse à saúde, sobre ser- ta; vertência, interdição, suspensão da venda
viços, matérias-primas, substâncias utili- XXXIII - aplicar raticidas, inseticidas, ou fabricação do produto, cancelamento do
zadas, processos produtivos e produtos e agrotóxicos, preservantes de madeira, pro- registro do produto, cassação da licença
subprodutos utilizados: pena: advertência, dutos de uso veterinário, solventes, produ- sanitária, multa;
apreensão ou inutilização do produto, sus- tos químicos ou outras substâncias sem XLVI - exercer e/ou permitir o exercício de
pensão de venda ou fabricação do produ- observar os procedimentos necessários encargos relacionados com a promoção e
to, interdição, cancelamento do registro do à proteção da saúde das pessoas e dos recuperação da saúde por pessoas sem
produto, cassação da licença sanitária, animais: pena: advertência, apreensão ou a necessária habilitação ou autorização
multa; inutilização do produto, interdição, cance- legal, ainda que a título gratuito: pena: ad-
XXI - contrariar normas legais, com rela- lamento da licença sanitária, multa; vertência, interdição, multa;
ção ao controle da poluição e contamina- XXXIV - reciclar resíduos infectantes gera- XLVII - não adotar medidas preventivas de
ção no ar, do solo e da água, bem como da dos por estabelecimento prestador de ser- controle ou favorecer as condições para
poluição sonora, com evidências de preju- viços de saúde: pena: advertência, interdi- proliferação de vetores de interesse à saú-
ízo à saúde pública: pena: advertência, in- ção, rescisão do contrato, multa; de pública: pena: advertência, multa;
terdição, multa; XXXV - proceder à cremação de cadáver ou XLVIII - descumprimento de normas legais
XXII - reaproveitar vasilhames de quaisquer utilizá-lo, contrariando as normas sanitári- e regulamentares, medidas, formalidades,
produtos nocivos à saúde para embala- as pertinentes: pena: advertência, interdi- outras exigências sanitárias relacionadas
gem e venda de alimentos, bebidas, me- ção, cassação da licença sanitária, multa; à importação ou exportação, por pessoas
dicamentos, drogas, substâncias, produ- XXXVI - manter condição de trabalho que física ou jurídica, de matérias-primas ou
tos de higiene, produtos dietéticos, cos- cause dano à saúde do trabalhador: pena: produtos sob vigilância sanitária: pena:
méticos, perfumes ou saneantes: pena: advertência, interdição, multa; advertência, apreensão, inutilização, inter-
advertência, apreensão ou inutilização do XXXVII - construir obras sem os padrões dição, cancelamento de autorização de fun-
produto, interdição, cancelamento do re- de segurança e higiene indispensáveis à cionamento, cancelamento do registro do
gistro, cassação da licença sanitária e/ou saúde do trabalhador: pena: advertência, produto, multa;
multa; interdição, multa; XLIX - descumprimento de normas legais
XXIII - manter, em estabelecimento sujeito XXXVIII - distribuir água que não atenda a e regulamentares, medidas, formalidades,
a controle e fiscalização sanitária, animal padrões de potabilidade vigentes, ou sem outras exigências sanitárias relacionadas
doméstico que coloque em risco a sani- controle de qualidade, ou sem divulgação a estabelecimentos e boas práticas de fa-
dade de alimentos e outros produtos de adequada de informações sobre a mes- bricação de matérias-primas e de produ-
interesse à saúde ou que comprometa a ma ao consumidor: pena: advertência, in- tos sob vigilância sanitária: pena: adver-
higiene do local: pena: advertência, apre- terdição, multa; tência, apreensão, inutilização, interdição,
ensão ou inutilização do produto, interdi- XXXIX - fornecer ou comercializar medica- cancelamento de autorização de funciona-
ção, cancelamento do registro, cassação mento, droga ou correlato sujeito a pres- mento, cancelamento do registro do pro-
da licença sanitária, multa; crição médica, sem observância dessa duto, multa;
XXIV - coletar, processar, utilizar e/ou exigência ou contrariando as normas vi- L - apresentar Livros de Registros Espe-
comercializar o sangue e hemoderivados gentes: pena: advertência, interdição, cas- cíficos, Balanços e demais documentos
em desacordo com as normas legais: sação da licença sanitária, multa; comprovantes de movimentação de esto-
pena: advertência, apreensão ou XL - executar toda e qualquer etapa do pro- que de substâncias e medicamentos su-
inutilização do produto, interdição, cassa- cesso produtivo, inclusive transporte e uti- jeitos ao controle especial, ilegíveis, com
ção da licença, multa; lização de produto ou resíduo perigoso, rasuras, emendas e/ou fora do prazo esta-
XXV - comercializar ou utilizar placentas, tóxico ou explosivo, inflamável, corrosivo, belecido na legislação sanitária: pena:
órgãos, glândulas ou hormônios humanos, emissor de radiação ionizante, entre ou- advertência, multa, interdição;
contrariando as normas legais: pena: ad- tros, contrariando a legislação sanitária vi- LI - deixar de preencher os campos de pre-
vertência, apreensão ou inutilização do pro- gente: pena: advertência, apreensão ou enchimento exclusivos do prescritor e do
duto, interdição, cassação da licença sa- inutilização do produto, interdição, suspen- fornecedor nas notificações de receitas e
nitária, multa; são de venda, cassação da licença sanitá- receitas de controle especial de medica-
XXVI - utilizar, na preparação de hormônio, ria, multa; mentos e substâncias sujeitas a controle
órgão de animal doente ou que apresente XLI - deixar de observar as condições higi- especial: pena: advertência, multa;
sinais de decomposição: pena: advertên- ênico-sanitárias na manipulação de pro- LII - expor ao consumo produto de interes-
cia, apreensão ou inutilização do produto, dutos de interesse a saúde, quanto ao se à saúde que contenha agente
interdição, suspensão de venda ou fabri- estabelecimento, aos equipamentos, uten- patogênico ou substância prejudicial à
cação do produto, cassação da licença sílios e funcionários: pena: advertência, saúde, esteja contaminado e alterado ou
sanitária, multa; apreensão ou inutilização do produto, in- deteriorado, contenha aditivo proibido ou
XXVII - deixar de notificar doença ou outro terdição, cassação da licença sanitária, perigoso: pena: multa, apreensão ou
agravo à saúde, quando tiver o dever legal multa; inutilização do produto;
PÁG. 58 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006
LIII - atribuir a alimento, medicamento ou notificado as penalidades previstas no pre- prio termo de intimação.
qualquer produto que interesse à saúde, sente regulamento.
através de alguma forma de divulgação, § 1º. O prazo concedido para o cumprimen-
qualidade nutriente, medicamentosa, tera- Art. 731. A interdição de produtos de inte- to das exigências contidas no termo de
pêutica ou de favorecimento à saúde su- resse à saúde para análise fiscal, será intimação não poderá ultrapassar 30 (trin-
perior à que realmente possuir, assim procedida de conformidade com o dispos- ta) dias, podendo ser prorrogado até o
como divulgar informação que possa in- to na legislação específica. máximo de 90 (noventa) dias, a critério da
duzir o consumidor a erro, quanto à quali- autoridade sanitária, se requerido pelo in-
dade, natureza, espécie, origem, qualida- Art. 732. As infrações às disposições le- teressado e devidamente fundamentado.
de e identidade do produto: pena: multa, gais e regulamentares prescrevem em cin-
apreensão dos produtos; co anos. § 2º. Quando o interessado, além do prazo
LIV - entregar ao consumo, desviar, alterar estipulado no parágrafo anterior, alegan-
ou substituir, total ou parcialmente, maté- § 1º. A prescrição interrompe-se pela notifi- do motivos relevantes, devidamente com-
ria-prima, alimento e/ou produto de inte- cação ou outro ato da autoridade compe- provados, pleitear nova prorrogação de
resse à saúde, sob apreensão: pena: mul- tente, que objetive a sua apuração e con- prazo, poderá ser excepcionalmente con-
ta, interdição temporária ou definitiva do seqüente imposição de pena. cedida pela coordenadoria respectiva, não
estabelecimento ou a cassação da licen- ultrapassando de 12 (doze) meses o novo
ça sanitária; § 2º. Não corre prazo prescricional enquan- prazo.
LV - contrariar, omitir-se e/ou negligenciar to houver processo administrativo penden-
o cumprimento das normas pertinentes à te de decisão. Art. 736. O termo de intimação será lavra-
proteção da flora e da fauna: pena: multa do em 03 (três) vias, destinando-se a pri-
de grau leve a grave. Seção V meira à instrução do processo adminis-
Do Procedimento Administrativo trativo, quando for o caso, a segunda ao
Parágrafo único. A interdição prevista no intimado e a terceira para controle interno
inciso L poderá abranger todo o sistema Art. 733. O procedimento administrativo da autoridade sanitária.
de coleta ou distribuição. relativo à infração de natureza sanitária terá
início com a lavratura de Auto de Infração, § 1º. O Termo de Intimação conterá os da-
Art. 729. Verificada a existência de fraude, sendo que este será lavrado em 03 (três) dos suficientes para identificar o infrator e
falsificação, contaminação, deteriorização vias, no mínimo, sendo a primeira desti- a infração, além de esclarecer a situação
ou qualquer adulteração de produtos e/ou nada a instrução do processo administra- legal deste.
equipamentos de interesse à saúde, de- tivo, a segunda ao infrator e a terceira para
verá a autoridade sanitária competente controle interno da autoridade sanitária e § 2º. Findo o prazo e persistindo a irregula-
determinar a inutilização de tais produtos. conterá: ridade, será lavrado o auto de infração e
I - o nome do infrator ou responsável e de- dado prosseguimento no processo admi-
§ 1º. Quando ocorrer dúvida quanto às con- mais elementos necessários à sua quali- nistrativo sanitário.
dições sanitárias do produto, será este ficação e identificação, enquanto pessoa
apreendido ou interditado coletando-se física ou jurídica; Art. 737. A autoridade sanitária poderá ex-
amostras para análise fiscal, sendo pos- II - o ato ou fato constitutivo da infração e o pedir termo de intimação, para que o infra-
teriormente liberado ou inutilizado, confor- local, hora e data respectivos; tor tome ciência de algum ato e/ou termo,
me o resultado. III - a disposição legal ou regulamentar no decurso de um processo instaurado,
transgredida; para que faça ou deixe de fazer alguma
§ 2º. Constatado que o produto de interes- IV - a indicação do dispositivo legal ou re- medida.
se à saúde não possui condições para o gulamentar que comina a penalidade a
consumo, será lavrado o Termo de que fica sujeito o infrator; Parágrafo único. A autoridade sanitária po-
Inutilização que deverá ser assinado pela V - a assinatura do agente autuante, seu derá, no exercício de sua função
autoridade sanitária e pelo responsável, número de registro e o carimbo fiscalizatória, expedir intimação para fins
seu substituto ou representante legal ou, discriminativo desses dados; de requisição de documentos, registros e
na recusa destes, por 02 (duas) testemu- VI - a assinatura do autuado ou de seu re- outros, a todo e qualquer estabelecimento
nhas, sendo entregue ao infrator uma das presentante legal; sob regime de fiscalização sanitária.
vias. VII - o prazo de interposição de defesa.
Art. 738. Quando houver intimação, a pe-
§ 3º. Não caberá recurso nos casos de Art. 734. O autuado terá ciência da infração nalidade só será imposta após o decurso
inutilização de produtos, citados nos pará- para defesa: dos prazos concedidos e desde que não
grafos anteriores. I - pessoalmente; corrigida a irregularidade.
II - pelo correio ou por edital, quando o in-
§ 4º. Os produtos e/ou equipamentos apre- frator estiver em local incerto e não sabi- Art. 739. Instaurado o processo adminis-
endidos poderão ser doados para institui- do. trativo, será determinado por despacho da
ções públicas filantrópicas ou privadas, autoridade imediatamente superior àque-
quando em condições de uso ou consu- § 1º. Se o infrator for notificado pessoal- la que lavrou o auto de infração, a instru-
mo, após finalização do processo admi- mente e se recusar a exarar ciência, deve- ção do processo com:
nistrativo, mediante Termo de Doação la- rá esta circunstância ser mencionada ex- I - a juntada de provas relacionadas com
vrado pela Vigilância Sanitária. pressamente no documento, pela autori- as infrações cometidas;
dade que efetuou a notificação, com a as- II - o fornecimento de informações quanto
Art. 730. Não serão consideradas fraude, sinatura de 02 (duas) testemunhas com aos antecedentes do infrator, em relação
falsificação ou adulteração as alterações nome legível, RG e/ou CPF. às normas sanitárias.
havidas nos produtos, substâncias,
insumos ou outros, em razão de causas § 2º. Quando a ciência do infrator se der Art. 740. Decorrido o prazo de defesa e após
circunstanciais, eventos ou situações pelo correio, a mesma deverá ser feita com examinar as provas colhidas, a autoridade
imprevisíveis que vierem a determinar ava- aviso de recebimento, considerando-se competente decidirá fundamentadamente.
ria ou deteriorização. efetivada quando juntada aos autos do pro-
cesso. Art. 741. Nos casos em que a infração exi-
§ 1º. Verificada a alteração nos casos pre- gir a ação pronta da autoridade sanitária
vistos neste artigo, será notificado o fabri- § 3º. Quando a ciência se der por edital, para a proteção de saúde pública, as pe-
cante, o manipulador, o beneficiador ou o será publicado uma única vez, na impren- nalidades de apreensão, inutilização e in-
acondicionador responsável, para que, no sa oficial, considerando-se efetivada a no- terdição, poderão ser aplicadas de imedi-
prazo de 15 (quinze) dias, contados da data tificação 10 (dez) dias após a publicação. ato, lavrando-se o termo de imposição da
do recebimento da notificação, providen- penalidade.
cie o recolhimento dos produtos alterados. Art. 735. Quando da lavratura do Auto de
Infração subsistir para o infrator obrigação Art. 742. Sendo aplicada a pena de apre-
§ 2º. O não atendimento a notificação men- a cumprir, será ele intimado a fazê-lo, no ensão e/ou inutilização de alimentos e/ou
cionada no parágrafo anterior, sujeitará o prazo que vier a ser estabelecido no pró- produtos, a autoridade sanitária poderá
MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO PÁG. 59
determinar que as empresas responsá- processo constarem elementos suficien- 20 (vinte) dias, a contar da notificação da
veis façam o recolhimento dos mesmos tes para a determinação da infração ou do decisão.
em prazo determinado e não o fazendo a infrator.
autoridade sanitária recolherá os mesmos Art. 755. Na contagem dos prazos para
as custas das empresas responsáveis. Art. 747. A aplicação das multas pecuniárias apresentação de defesa, reconsideração
não exime das demais sanções ou medi- ou interposição de recurso, será excluído
§ 1º. Quando a penalidade imposta for apre- das administrativas ou judiciais cabíveis, o dia de notificação ou da publicação e in-
ensão, interdição ou inutilização de produ- inclusive apuração da responsabilidade do cluído o do vencimento.
tos, o termo deverá especificar a sua natu- infrator, pelos crimes de desobediência,
reza, quantidade e qualidade. previstos no artigo 330 do Código Penal. Parágrafo único. Em qualquer hipótese, os
prazos somente começam a correr a partir
§ 2º. Os produtos deverão ser deposita- Art. 748. As infrações sanitárias que confi- do 1º dia útil após a notificação ou publica-
dos em local apropriado, devendo a auto- gurem ilícitos penais serão comunicadas a ção referidas.
ridade sanitária ser comunicada, para la- autoridade policial e/ou Ministério Público.
vrar o termo de inutilização, quando esta Capitulo XIII
for determinada no processo administrati- Parágrafo único. As infrações que envolvam Das Disposições Finais
vo sanitário. Responsabilidade Técnica serão
comunicadas pela autoridade sanitária ao Art. 756. A Secretaria de Saúde do Municí-
§ 3º. A autoridade sanitária intimará o res- órgão de classe de que faça parte o infrator. pio dentro dos seus objetivos de aprimo-
ponsável, informando-lhe local, data e hora ramento e constante atualização das téc-
da inutilização. Art. 749. A interdição total ou parcial do es- nicas de trabalho, procurará realizar ou
tabelecimento será levantada mediante auxiliar pesquisas de alto padrão
§ 4º. O Município arcará com as despesas requerimento do interessado, após visto- operacional, assegurando aos profissio-
de apreensão e inutilização quando o in- ria que comprove estar sanada a irregula- nais a atualização nas respectivas especi-
frator não for localizado, adotando as pro- ridade ensejadora da medida. alidades e nas técnicas médico-sanitári-
vidências cabíveis acerca do ressarcimen- as a ela pertinentes.
to. Art. 750. A interdição total ou parcial do es-
tabelecimento poderá ser efetuada com Art. 757. Instruções Especiais e Regulamen-
Art. 743. O termo de imposição de penali- apoio da polícia civil ou militar, com o obje- tos Técnicos, baixadas pela Secretaria de
dade a que se refere o artigo anterior deve- tivo de garantir aos servidores a seguran- Saúde do Município, disciplinarão os casos
rá ser anexado ao auto de infração original ça necessária ao pleno exercício do poder não previstos neste regulamento.
e, quando se tratar de produtos, especifi- de polícia administrativa.
car a sua natureza, quantidade e qualida- Art. 758. Em qualquer caso, o presente re-
de. Art. 751. Outros procedimemtos poderão gulamento obedece ao principio da hierar-
ser documentados na forma de Termos quia legislativa, condicionando-se à Cons-
Art. 744. O termo de imposição de penali- para registrar situações como: tituição Federal e Estadual, às leis e de-
dade será lavrado em 03 (três) vias, desti- I - Doação; cretos federais e estaduais.
nando-se a primeira a instrução do pro- II - Desinterdição;
cesso administrativo, a segunda ao inti- III - Ciência; Art. 759. O disposto neste regulamento
mado e a terceira para controle interno da IV - Visita Fiscal. deverá, na sua aplicação, ser
autoridade sanitária, constando os seguin- compatibilizado com a legislação sanitá-
tes elementos: Parágrafo único. O termo de Visita Fiscal ria correlata vigente, prevalecendo sempre
I - o nome do autuado ou responsável e será utilizado para registrar atividades de os parâmetros legais e técnico-científicos
demais elementos necessários a sua qua- inspeção, quando esta for impossibilitada de proteção, promoção e preservação da
lificação e identificação, enquanto pessoa de consumar-se por razões alheias a atu- saúde.
física ou jurídica; ação do agente fiscal como: ausência do
II - o ato ou fato constitutivo da infração e o responsável, local fechado, entre outros. Art. 760. Na ausência de norma legal es-
local, hora e data respectivos; pecífica prevista neste regulamento e na
III - a disposição legal ou regulamentar Seção VI legislação estadual ou federal vigentes, a
infringida; Recursos autoridade sanitária, fundamentada em
IV - a penalidade imposta e seu fundamento documentos técnicos reconhecidos pela
legal; Art. 752. O infrator poderá oferecer defesa comunidade científica, poderá fazer exigên-
V - o prazo de 15 (quinze) dias para ou impugnação ao auto de infração, no pra- cias que assegurem o bem estar público.
interposição de recurso ou pagamento de zo de 15 (quinze) dias, contados da notifi-
multa, quando for esta a penalidade im- cação. Art. 761. Os prazos mencionados no pre-
posta; sente regulamento e suas Normas Técni-
VI - a assinatura da autoridade autuante, § 1º. A apresentação da defesa ou cas Específicas correm ininterruptamente.
seu número de registro e o carimbo impugnação ao auto de Infração deverão ser
discriminativo desses dados; apresentados, mediante protocolo no órgão Art. 762. Os valores de penalidades e ta-
VII - a assinatura do autuado ou de seu competente da Secretaria de Saúde. xas contidos neste regulamento serão re-
representante legal. ajustadas anualmente, a partir de 1º de
Art. 753. Decorrido o prazo de defesa e após janeiro de cada ano, utilizando-se o Índice
§ 1º. A cientificação será feita pessoalmen- ouvir o autuante e examinar as provas co- Nacional de Preços ao Consumidor Am-
te, via correio ou por edital publicado na lhidas, a autoridade competente decidirá plo 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto
imprensa do município, conforme dispos- fundamentadamente. Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
to no artigo 723 deste Regulamento. ou, na falta deste, outro índice que preser-
Art. 754. Decidida a aplicação da penalida- ve adequadamente o valor da penalidade.
§ 2º. Quando aplicada a pena de multa, o de, caberá recurso, em primeira instância,
infrator será cientificado para efetuar o re- à autoridade imediatamente superior àque- Parágrafo único. Os valores arrecadados
colhimento, no prazo de 30 (trinta) dias, la que proferiu a decisão. com penalidades, leilões ou vendas de ani-
contados da data desta ciência. mais ou objetos aprendidos, taxas referen-
§ 1º. Da decisão da autoridade superior, tes a serviços de natureza sanitária, serão
Art. 745. Quando o autuado for analfabeto mantendo ou não a aplicação da penali- devidos para atender as despesas resul-
ou fisicamente incapacitado, poderá o auto/ dade, caberá recurso, em segunda e últi- tantes de atividades e serviços prestados
termo ser assinado, a rogo, na presença ma instância, ao Secretário Municipal da pelo Município em vigilância à saúde.
de duas testemunhas, e, na falta destas, Saúde.
deverá ser feita a devida ressalva pela au- Art. 763. Os orgãos da Secretaria Munici-
toridade autuante. § 2º. O pedido de reconsideração e recur- pal de Saúde, após decisão definitiva na
so deverão ser apresentados, mediante esfera administrativa, poderão publicar to-
Art. 746. As omissões ou incorreções de protocolo no órgão competente da Prefei- das as penalidades aplicadas aos infrato-
autos não acarretarão nulidade, quando no tura do Município de Maringá, no prazo de res da legislação sanitária.
PÁG. 60 ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO MARINGÁ, (SEXTA FEIRA) 30/06/2006
Art. 764. O presente regulamento entrará (Cinco mil, cento e quarenta e sete reais e - Sônia Aparecida Tozo de Souza
em vigor na data de sua publicação, sessenta e quatro centavos), em confor- - Osmar Vieira da Silva
revogadas as disposições em contrário, midade com o Art. 40, § 1º, inciso III, alínea - Selma de Souza Lopes
em especial, o Decreto n.º 614/92, Código "b", da Constituição Federal, com redação - Rosângela Castelhano
Sanitário do Município, e o Decreto n.º dada pelas Emendas 20/98 e 41/2003. - Evandro Carlos Mori
1204/97. - Francisco de Paula Rocha
Parágrafo Único - Para perfeita consecução
PAÇO MUNICIPAL SILVIO MAGALHÃES do contido neste Artigo, fica ressalvado o Procuradoria Geral
BARROS, aos 21 de junho de 2006. disposto no Artigo 75, Inciso III, Parágrafo - Fábio Ricardo Morelli (titular)
5º, da Constituição do Estado do Paraná. - Carlos Alexandre Lima de Souza (suplente)
Silvio Magalhães Barros II - Prefeito Municipal
Art. 2º - A revisão dos proventos dar-se-á Secretaria do Desenvolvimento Urbano,
na forma da legislação específica. Planejamento e Habitação
DECRETO Nº 574/2006. - Jurandir Guatassara Boeira (titular)
Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na - Inako Kubota (suplente)
Dispõe sobre a abertura de Crédito Adicio- data de sua publicação.
nal Suplementar no Orçamento Programa Órgãos Convidados:
de 2006, aprovado pela Lei Municipal n.º Art. 4º - Revogam-se as disposições em
7.054, de 19 de dezembro de 2005. contrário, em especial o Decreto nº 752/ Câmara Municipal de Maringá
05, de 06 de julho de 2005. - Vereador Mário Massao Hossokawa (titu-
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, lar)
ESTADO DO PARANÁ no uso de suas atri- PAÇO MUNICIPAL, 22 de junho de 2006. - Vereador Altamir Antônio dos Santos (su-
buições legais, plente)
SILVIO MAGALHÃES BARROS II
DECRETA: PREFEITO MUNICIPAL CRECI
BENIVALDO RAMOS FERREIRA - Claudete Cristina Iwata (titular)
ART. 1º. Fica aberto um Crédito Adicional CHEFE DE GABINETE - Marcelo Lucas de Paula Dias (suplente)
Suplementar, no valor de R$ 104.008,00 (cen- JACIRA MARTINS
to e quatro mil e oito reais), destinado ao SUPERINTENDENTE/CAPSEMA
reforço da seguinte dotação orçamentária: CREA/PR
- Eng. José Joaquim Rodrigues Júnior (ti-
Suplementação DECRETO Nº 580/2006 tular)
- Eng. Sílvio Saiti Iwata (suplente)
18 Encargos Gerais do Município O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ,
18.010.04.122.0002.2.119 M a n u t e n ç ã o ESTADO DO PARANÁ, no uso de suas atri- ANOREG/PR
das atividades das secretarias municipais buições legais e tendo em vista o contido - Diderot Augusto Araújo da Rocha Loures
4.4.90.52.00.00 Equipamentos e ma- no Processo protocolado sob nº 11530/ (titular)
terial permanente 2006-DRH/SEADM, - Antônio Grassano Neto (suplente)
03501 Receitas de Alienações de Ativos -
Exercícios Anteriores............R$ 104.008,00 D E C R E T A: SECOVI/PR
- Eng. Sílvio Sait Iwata (titular)
ART. 2º. Para cobertura de que se trata o Art.1º- Fica exonerada, a pedido, à servidora - Nelson Barbosa (suplente)
art. 1°, fica o Poder Executivo autorizado a JOELMA ELIANI FERREIRA TOSTES, ma-
utilizar os recursos definidos no art. 43, § trícula 17103, ocupante do cargo de Pro- AEAM
1°, I da Lei n° 4.320/64, através do superá- fessor de Pré a 4ª Série - Classe A, do qua- - Eng. Valmir Luiz Pelacani (titular)
vit financeiro de recursos vinculados pro- dro efetivo de servidores desta - Engª. Donária Regina Rizzo (suplente)
venientes do saldo bancário em 31/12/05 Municipalidade, com lotação na Secretaria
dos recursos não vinculados de aliena- Municipal da Educação, a partir de 22 de SINDUSCON
ções de ativos - Banco Itaú S/A, Agência nº junho de 2006, de conformidade com o art. - Eng. Oswaldo Neves da Luz (titular)
3931, Conta Corrente nº 6.104-2. 26 da Lei Complementar nº 272/98. - Eng. Adolfo Cochia Júnior (suplente)

ART. 3º. Este decreto entra em vigor na Art. 2º- Este Decreto entra em vigor na data ADECOM
data de sua publicação. de sua publicação. - Eng. Antônio Felipe da Silva (titular)

ART. 4º. Revogam-se as disposições em PAÇO MUNICIPAL, 23 de junho de 2006. Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data
contrário. de sua publicação.
Silvio Magalhães Barros II - Prefeito Municipal
Paço Municipal, 21 de junho de 2006 Benivaldo Ramos Ferreira - Chefe de Gabinete Art. 3º. Revogam-se as disposições em
Ademar Schiavone - Secretário de Administração contrário.
Silvio Magalhães Barros II - Prefeito Municipal
Paulo Trisóglio do Nascimento - Secretário de Fazenda Paço Municipal Sílvio Magalhães Barros,
DECRETO Nº. 582/2006 23 de junho de 2006.

DECRETO Nº 577/06 O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, Sílvio Magalhães Barros II - Prefeito Municipal
ESTADO DO PARANÁ, no uso de suas atri- Paulo Trisóglio do Nascimento - Secretário da Fazenda
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, buições legais,
ESTADO DO PARANÁ, no uso de suas atri-
buições legais e, considerando o Proces- D E C R E T A: DECRETO Nº 591/2006.
so nº 037/05-Capsema,
Art. 1º. Fica constituída uma Comissão Dispõe sobre a abertura de Crédito Adicio-
D E C R ETA: Especial, composta pelos cidadãos a se- nal Suplementar no Orçamento Programa
guir relacionados, para, sob a presidência de 2006, aprovado pela Lei Municipal n.º
Art. 1º - Fica concedida, a partir de 31 de do primeiro, proceder à elaboração da Plan- 7.054, de 19 de dezembro de 2005.
maio de 2005, aposentadoria proporcio- ta de Valores Genéricos de Imóveis Urba-
nal por idade ao servidor JOSEFINO GON- nos do Município de Maringá, que servirá O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ,
ÇALVES BARBOSA, Auxiliar de Serviços de base de cálculo para o lançamento do ESTADO DO PARANÁ no uso de suas atri-
Gerais, lotado no quadro efetivo do Serviço IPTU e ITBI, exercício de 2007: buições legais,
Autárquico de Obras Públicas, com
proventos mensais de R$=428,97 (Qua- Representantes do Município: DECRETA:
trocentos e vinte e oito reais e noventa e
sete centavos) e anual de R$=5.147,64 Secretaria da Fazenda ART. 1º. Fica aberto um Crédito Adicional

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