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COVID-19

A COVID-19 é causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2). Esse
vírus possui alta transmissibilidade e tempo de incubação entre 4 e 8 dias. O principal modo de
transmissão ocorre pelo contato direto e indireto com gotículas respiratórias. Os sintomas mais
frequentes incluem febre, fadiga, tosse seca, mialgia e congestão das vias aéreas superiores. Os
indivíduos com maior probabilidade de apresentarem sintomas mais graves são idosos com
comorbidades como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e histórico de tabagismo. Algumas
complicações observadas incluem síndrome da angústia respiratória aguda (SDRA), choque séptico,
acidose metabólica, disfunção da coagulação e síndrome da disfunção de múltiplos órgãos em poucos
dias.
A pandemia provocada pela doença ocasionada pelo novo coronavírus 2019 (COVID-19) está em
expansão por diversos países. No Brasil, foi divulgado o primeiro caso em 25 de fevereiro de 2020,
e hoje (09 de maio de 2021) são mais de 15 milhões de casos acumulados, com mais de 420 mil óbitos.
O novo coronavírus viaja, principalmente, em gotículas eliminadas na fala, espirros ou tosse. O
contato com elas pode ocorrer de forma direta de pessoa para pessoa, — quando beijamos, abraçamos,
apertamos as mãos ou ficamos muito perto de pessoas infectadas —, ou deforma indireta, quando
encostamos em superfícies e objetos contaminados.
Ao entrar no corpo humano, o vírus se multiplica dentro do nosso nariz e outras partes do sistema
respiratório de forma despercebida. Essa fase é chamada de pré-sintomática ou de incubação. Nela,
apesar de ainda não haver sintomas, indivíduos contaminados são capazes de infectar outras pessoas.

Com o passar dos dias, o coronavírus se espalha e o corpo reage a essa invasão. Nesse período podem
surgir os primeiros sintomas, — febre, nariz escorrendo (coriza), dor de garganta e tosse, muito
semelhantes a um resfriado comum. Mesmo nessa fase, algumas pessoas não desenvolvem nenhum
sintoma da infecção: são os chamados casos assintomáticos, que também parecem poder transmitir a
covid-19, apesar de não sabermos com que frequência isso ocorre.

Na maior parte das vezes, o sistema imune consegue combater o vírus de forma eficaz. Por isso, a
maioria das pessoas apresenta apenas sintomas leves e recuperam-se após alguns dias.

Entretanto, em alguns casos, o vírus consegue chegar aos pulmões provocando sintomas graves, como
falta de ar e, consequentemente, menor oxigenação dos órgãos do nosso corpo. Tudo isso pode ser
fatal.
Com a evolução da infecção, observa-se que a COVID-19 se trata de uma síndrome imunossupressora
inflamatória, ocasionando degradação clínica de maneira aguda e favorecendo a instalação de
infecções secundárias graves, potencialmente fatais.

COVID-19 e o sistema cardiovascular

Doenças respiratórias agudas, causadas por vírus, podem funcionar como gatilho para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, especialmente em indivíduos com comorbidades
preexistentes. Isso porque a infecção viral leva a infecção e inflamação vascular; liberação de
citocinas pró-inflamatórias, hipercoagulabilidade, aumento dos estímulos do sistema nervoso
simpático, miocardite. Estes fatores levam a um alto risco de infarto agudo do miocárdio (IAM),
arritmias e insuficiência cardíaca (IC) e que associados a insuficiência respiratória, caracterizam a
elevada morbimortalidade da doença.
Hipotensão, taquicardia, bradicardia, arritmia ou outros fatores de risco cardíaco são comuns em
pacientes com SARS-COV-2. Idade superior a 65 anos, doença arterial coronariana, insuficiência
cardíaca congestiva, arritmia cardíaca, DPOC e tabagismo atual foram associados a um maior risco
de morte hospitalar.

COVID-19 e o sistema respiratório

No pulmão, o vírus inicia uma inflamação grave, que ataca principalmente os alvéolos. Estes são
pequenos sacos de ar que ficam dentro dos pulmões e são responsáveis pela troca gasosa, ou seja,
levam oxigênio ao sangue. O nosso corpo reconhece o vírus como uma ameaça e inicia o processo de
combate a esse micro-organismo, chamado de inflamação.

A inflamação nos alvéolos leva ao preenchimento desses sacos de ar com líquido, prejudicando a
troca gasosa. Assim, nosso sangue não recebe oxigênio suficiente. Além disso, não consegue
eliminar o gás carbônico, que é tóxico em grandes quantidades. Tudo isso causa a falta de ar. Nesse
estágio, são necessários cuidados médicos imediatos.

Além disso, a inflamação no pulmão também o fragiliza, favorecendo a entrada de bactérias. Dessa
forma, duas doenças podem se sobrepor: a covid-19, causada por um vírus, e uma pneumonia
causada por bactéria, piorando ainda mais o quadro.
A infecção pelo SARS-CoV2 afeta principalmente o sistema respiratório dos pacientes. Uma vez
contaminado, o paciente com Covid-19 pode sofrer da chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave,
que, por sua vez, pode comprometer não só o sistema respiratório, mas também de outros órgãos do
organismo, caso não seja tratada em tempo hábil. Esta síndrome é definida como a incapacidade
aguda do sistema respiratório em manter a ventilação ou oxigenação adequadas dos pulmões com
consequências para o sangue e demais tecidos.
O agravamento ocorre com a evolução do quadro infeccioso inicial e edema nos pulmões com
consequente dificuldade de ventilá-los e tratá-los de maneira usual, sendo necessário que o paciente
seja internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O suporte ventilatório visa aliviar o
esforço dos músculos respiratórios evitando sua fadiga e diminuindo o seu consumo de oxigênio. De
acordo com Cristino este tratamento pode ser realizado através de ventilação mecânica invasiva e
não-invasiva.

COVID-19 e o sistema cardiorrespiratório

Nessa perspectiva, embora as manifestações clínicas da COVID-19 sejam dominadas por sintomas
respiratórios, alguns pacientes apresentam graves danos cardiovasculares, portanto entender os danos
causados por essa doença ao sistema cardiovascular e os mecanismos subjacentes é essencial para
que o tratamento desses pacientes possa ser oportuno e efetivo, e com mortalidade reduzida. Convém
ressaltar que a patogênese do comprometimento cardíaco pode refletir um processo de replicação e
disseminação do vírus através do sistema hematológico e/ou do sistema linfático do trato respiratório.

Como os conhecimentos anato-fisiológicos contribuem na prática clínica e


profissional do Nutricionista no cenário pandêmico

O termo nutrição caracteriza uma sequência de processos do organismo, que englobam a ingestão do
alimento, sua digestão, a absorção dos nutrientes, o metabolismo e a excreção. Esses processos têm
por objetivo produzir energia e manter as funções vitais do organismo. O conhecimento da anatomia
humana se faz necessário para que entendamos o modo com o qual o corpo responde ao processo
nutricional, quais os órgãos envolvidos neste processo e como a alimentação pode impactar o corpo
humano e suas funções.
Sabe-se que uma alimentação com a proporção correta de macronutrientes (proteínas, hidratos de
carbono, lípidos) e micronutrientes (vitaminas e minerais) contribui para o correto funcionamento das
funções fisiológicas do corpo humano, nomeadamente a nível do sistema imunitário, assegurando
assim a manutenção de um bom estado de saúde. Um consumo adequado de, particularmente,
vitaminas (A, C, D, E, B6, B12) e minerais (cobre, ferro, folato, selénio, zinco) melhora a resposta
do sistema imunitário, podendo ter impacto no prognóstico de doença.

Referências:

https://www2.ufjf.br/noticias/2020/03/26/efeitos-da-covid-19-no-sistema-respiratorio/ Acesso em 09
de maio de 2021

https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/102-como-o-coronavirus-age-no-organismo Acesso em 09
de maio de 2021

https://www.hospitalpuc-campinas.com.br/covid-19/potenciais-efeitos-do-coronavirus-no-sistema-
cardiovascular/ Acesso em 09 de maio de 2021

Coronavírus Brasil (saude.gov.br) Acesso em 09 de maio de 2021

Saiba o que Significa Nutrição. - Clia Psicologia Acesso em 09 de maio de 2021

DE MELO PRADO, Eduardo et al. Repercussões hematológicas, cardiovasculares e pulmonares no prognóstico de


pacientes infectados por COVID-19: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 1, p.
1646-1668, 2021.

MARTINS, Jaqueline Dantas Neres et al. As implicações da COVID-19 no sistema cardiovascular: prognóstico e
intercorrências. Journal of Health & Biological Sciences, v. 8, n. 1, p. 1-9, 2020.

PAIXÃO, Catarina; SEQUEIRA, Rita; SOUSA, Paulo. Nutrição em tempos de COVID-19. Recuperado de
https://barometro-covid-19. ensp. unl. pt/wp-content/uploads/2020/04/covid19-nutricao. pdf, 2020.

CONFECÇÃO DE UM FODER INFORMATIVO: TEMA: “SISTEMA CARIDORESPIRATÓRIO-


COVID-19” Como os conhecimentos anato-fisiológicos contribuem na prática clínica e profissional
dos fisioterapeutas, nutricionistas biomédicos, farmacêuticos, educadores físicos no cenário
pandêmico.

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