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O Cantor Lírico e a

COVID-19
“A Recomendação de 1980 sobre o Status do Artista exorta os
Estados-Membros da ONU a melhorarem o status profissional, social
e econômico dos artistas através da implementação de políticas e
medidas relacionadas com a formação, segurança social, saúde,
emprego, rendimento e condições fiscais, mobilidade e liberdade de
expressão. Também reconhece o direito dos artistas de se
organizarem em sindicatos ou organizações profissionais que possam
representar e defender os interesses de seus membros.”
(1980 Recommendation concerning the Status of the Artist, UNESCO)

Movidos pela certeza da importancia do trabalho do cantor lírico e sobre a


necessidade urgente de mudanças quanto aos cuidados efetivos destinados a sua
pessoa e quanto ao reconhecimento de sua contribuiçao artístico-social ao mundo,
assim surgiu a comissao de trabalho voltada para a saude desse profissional. A
pandemia desnudou a vulnerabilidade da nossa classe e, por isso, nos empenhamos
arduamente na confecçao dessa cartilha.

O Cantor Lírico e a COVID-19


Cartilha de Educaçao em Saude voltada ao cantor lírico no
contexto da pandemia da COVID19. Elaborado pela Comissao de
Saude do Cantor Lírico dentro da categoria dos cantores líricos
solistas profissionais.
Sumário
1) Os efeitos da COVID-19 no corpo do cantor lírico
Como a doença age no corpo
Casos leves
Casos graves e a pneumonia
A necessidade da intubaçao
A reabilitaçao

2) Prevenção
Durante o convívio social
Durante o canto
Distancia segura e barreiras físicas
Uso de mascaras e face shields (escudos faciais)
Ventilaçao
Testes de sorologia
Rede de apoio

3) Conclusão

4) Bibliografia - INFORME-SE MAIS!

Equipe

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RESUMO DA ÓPERA:

Em março de 2020 foi declarada a pandemia de COVID-19 pela


Organização Mundial de Saúde e, desde então, os países têm se
dedicado a conter a disseminação da doença e a atender a população
infectada.

Num mundo globalizado onde cerca de 7.7 bilhões de pessoas


transitam de forma indiscriminada e em meios de transporte cada vez
mais rápidos (somente em 2018 foram 4.4 bilhões de vôos no mundo),
o trânsito de patógenos também se intensifica. Segundo o relatório da
OMS “A World at Risk”, 1.483 epidemias foram detectadas em 172
países entre os anos de 2011 e 2018.

Essas informações nos alertam para a necessidade de pesquisas,


medidas de prevenção, acompanhamento e cuidados com a saúde.
Essa cartilha, portanto, busca reunir tais informações, voltadas para a
profissão do cantor. Por se tratar de um vírus novo, ainda não existem
vacinas ou medicamentos eficazes, e a melhor estratégia é a
prevenção.

Comece então aprendendo sobre:

Os efeitos da COVID-19 no corpo do cantor lírico

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- COMO A DOENÇA AGE NO CORPO
Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. Proveniente dessa
mesma família, o novo coronavírus, ou Sars-CoV-2, foi descoberto em dezembro de 2019, após
inúmeros casos de pneumonia serem registrados em Wuhan, na China. Esse novo vírus provoca a
doença chamada COVID-19.
O novo coronavírus penetra no corpo humano geralmente através das vias superiores: olhos,
nariz e boca. Sendo assim, a transmissão acontece de uma pessoa infectada para outra através de
contatos simples como: toque ou aperto de mão, gotículas e aerossóis gerados por espirro, tosse,
fala ou respiração, e contato com objetos e superfícies contaminadas, como celulares, mesas,
maçanetas, brinquedos, teclados de computador, etc.
O formato do novo coronavírus facilita sua conexão às células humanas através da ligação
entre a sua proteína S com a proteína ACE2, que atua na regulação da pressão arterial do nosso
corpo. Acredita-se que a presença da proteína ACE2 nos tecidos de órgãos vitais como pulmão,
coração, cerebro, rins e intestinos, é crucial para o ataque agressivo do vírus a esses órgãos.

Foto The Lancet - BBC

Quando o vírus penetra na célula, ele utiliza as estruturas da mesma para a replicação infinita
do seu material genético e isso faz com que a célula reproduza o RNA do coronavírus até explodir.
Esses novos milhares de vírus saem então em busca de novas células. Ao se instalar na mucosa nasal
provoca irritação na garganta e tosse seca. Dependendo da resposta imunológica, em poucos dias o
vírus poderá ser eliminado. Quando a carga viral de contaminação é muito alta ou o organismo
demora para encontrar uma defesa eficiente contra o coronavírus, ele consegue chegar ao interior

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dos pulmões e lá encontra a proteína ACE2 em abundância nos alvéolos, o lugar perfeito para sua
multiplicação. Cada célula pulmonar, ao ser destruída pelo vírus, libera água e faz com que haja um
acúmulo de líquidos no pulmão. Essa destruição celular prejudica a troca gasosa, provocando falta
de ar e pneumonia, sintomas presentes nos casos mais graves de COVID-19. Como a ACE2 pode ser
encontrada em diversos sistemas, o vírus poderá atacá-los também, se chegar até eles através da
corrente sanguínea.
Quando o nosso sistema imunológico fica sobrecarregado com o ataque do vírus, ele libera
várias substâncias inflamatórias. Esse quadro conhecido como “tempestade de citocinas” pode levar
a uma inflamação generalizada dos órgãos e tecidos e evoluir para a morte do paciente.
Pesquisas científicas revelaram grupos que podem ser mais suscetíveis às complicações
causadas pelo novo coronavírus. São os chamados “grupos de risco” e incluem: idosos, gestantes,
portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, asma), enfermidades hematológicas
(doenças no sangue), doença renal crônica, imunodepressão (condição que pode ser provocada pelo
tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer) e obesidade. Embora os grupos de risco
sejam bem delimitados, pesquisas recentes apontam que o vírus ocasionalmente também encontra
vítimas fatais dentre a população jovem e sem comorbidades.

A tabela elaborada pelo CRID – Centro de Pesquisa sobre Doenças Inflamatórias, traz algumas possíveis ações do vírus ao
se espalhar pelo corpo.

O período de incubação (tempo decorrido entre a primeira exposição ao vírus e a


manifestação dos primeiros sintomas) varia de 1 a 14 dias. A transmissão já ocorre antes mesmo dos
primeiros sintomas. Entre os sintomas da doença, estão:
* mais comuns: febre, dor de cabeça, coriza, tosse seca, alterações no paladar e no olfato.

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* menos comuns: fadiga, dor de garganta, diarreia, câimbras repentinas, dores e desconfortos,
conjuntivite, erupção cutânea ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés.
* graves: dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito, confusão mental, perda de
fala ou movimento.
Nos casos mais graves, que são cerca de 5%, a COVID-19 pode causar grandes danos ao
sistema respiratório e aos pulmões. Sintomas como falta de ar e dificuldade de respirar geralmente
são indicativos de evolução para um quadro mais grave da doença, e nesse caso, o auxilio médico
deve ser imediatamente requisitado.

- CASOS ASSINTOMÁTICOS, LEVES E MODERADOS

O coronavírus (Sars-CoV-2) não afeta igualmente todas as pessoas. E apesar de ser um vírus
relativamente novo, já temos muitos dados comprovados a respeito.

I. Casos Assintomáticos
É muito difícil estimar uma porcentagem dos infectados assintomáticos. Para ter uma
estimativa mais apurada seria necessário testar a população em larga escala, e no momento tal ação
é impossível, já que não existem testes disponíveis para todos.
Assintomáticos podem transmitir o vírus por 14 dias e, pelo fato de não apresentarem
sintomas explícitos (como tosse, ou espirros), a probabilidade de contágio por um assintomático é
50% menor.

II. Casos leves e moderados


A partir do sétimo dia, é possível avaliar como será a evolução de cada paciente. São
considerados casos leves aqueles que sentem os sintomas mais comuns por dois ou três dias em uma
intensidade baixa e melhoram. Caso os sintomas (quaisquer que sejam) se apresentem de forma
intensa e elevada procure um médico. São considerados casos moderados aqueles que sentem os
sintomas se intensificarem e a presença de outros menos comuns a partir do sétimo dia. Não é
incomum nesta fase a presença de falta de ar e insuficiência respiratória. Caso isso aconteça procure
assistência médica. Vale lembrar que crises de falta de ar podem estar relacionadas a crises de
ansiedade e não necessariamente à COVID-19.
Após o 10° dia, os sintomas devem começar a melhorar e então caminha-se para o fim do
ciclo do vírus. Porém, pode também haver uma evolução e uma piora nos dias seguintes elevando o
tempo para aproximadamente 14 dias. Alguns casos chegam a apresentar um quadro infeccioso por
30 dias ou mais. Há relatos de casos leves ou moderados no qual o paciente está em isolamento por
mais de 30 dias e mesmo após todo esse período ainda apresenta sintomas e pouca melhora.
Estudos mostram que um paciente com carga viral elevada pode transmitir o vírus por até 21
dias, então em caso positivo recomenda-se o isolamento por aproximadamente 30 dias.
Na suspeita de um caso leve ou moderado, o ideal é reforçar o isolamento social, beber
bastante água e monitorar os sintomas. O Ministério da Saúde oferece o aplicativo de celular
“Coronavírus – SUS” e um canal telefônico para você ligar gratuitamente em caso de dúvidas: 136.

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- CASOS GRAVES E A PNEUMONIA

Cerca de 20% dos casos de COVID-19 tem agravamento para síndrome respiratória aguda
grave e/ou complicações de coagulação.
Pacientes dos grupos de risco – idosos, diabéticos, gestantes, obesos, hipertensos, cardíacos
e asmáticos - podem sofrer ainda mais com os efeitos de uma forte pneumonia. Não à toa o nome
oficial do novo coronavírus é Sars-CoV-2. Trata-se da sigla para “síndrome respiratória aguda grave
por coronavírus 2” – da mesma família da Sars (Síndrome respiratória aguda grave), identificada em
2002.

Pneumonia

A pneumonia é uma das complicações mais frequentes nos casos mais graves de COVID-19.
Apesar de guardar semelhanças com a pneumonia clássica, ela apresenta características diferentes
e que demandam mais cuidado.
A pneumonia que conhecemos, considerada comum, é bacteriana (causada por bactérias).
Apesar de também ser perigosa (pois causa inflamação dos pulmões e aparecimento de pus nos sacos
aéreos, dificultando a respiração), seu tratamento é mais simples. Uma ou duas semanas de
antibiótico podem resolver o problema.
Já a pneumonia que acompanha a COVID-19 tem origem viral. Seu principal problema é que
ainda não se sabe qual remédio é capaz de combater o invasor. Por enquanto, os médicos estão
tratando a doença com antivirais e antibióticos usuais, pois pacientes com pneumonia viral podem

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desenvolver infecções secundárias. Para aqueles
que necessitam de internação, a única coisa a se
fazer é oferecer oxigenoterapia e suporte [Título da Barra Lateral]
ventilatório invasivo ou não invasivo em terapia [Barras laterais são excelentes para chamar a
atenção para pontos importantes do seu texto
intensiva, além de anticoagulação plena em casos
ou adicionar mais informações para
graves específicos, até que o pulmão volte a referência rápida, como um cronograma.
A COVID-19
Elas geralmente pode à esquerda,
são posicionadas deixar
funcionar normalmente.
sequelas noou
à direita, acima pulmão?
abaixo da página. Mas
Enquanto a COVID-19, nos exames de você pode arrastá-las facilmente para
qualquer posição que preferir.
imagem, acomete mais a periferia e os terços Quando estiver pronto para adicionar
Ainda
conteúdo, não
basta é possível
clicar afirmar
aqui e começar a com
inferiores dos pulmões, gerando uma imagem certeza a extensão das sequelas. No
digitar.]
semelhante a um vidro embaçado, a pneumonia entanto, médicos de Hong Kong
fizeram um estudo analisando a
bacteriana clássica promove consolidação com o
primeira leva de pacientes curados do
desenho dos brônquios, acometendo um lobo país, e notaram uma redução de 20% a
pulmonar ou mais. O quadro laboratorial também 30% na função pulmonar de alguns.
Dentre esses, um determinado número
tem algumas características diferentes, como também apresentou dano pulmonar
marcadores não específicos de inflamação mesmo não tendo tido manifestações
respiratórias da doença.
chamados PCR , D-dímero e a diminuição de
leucócitos e/ou linfócitos no sangue. Para pacientes em geral essa perda
da capacidade pulmonar pode não
afetar significativamente seu ritmo de
Como age a pneumonia causada pelo novo vida. Para nós, cantores líricos, que
dependemos da nossa capacidade
coronavírus? pulmonar para a emissão vocal, essa
A história começa quando a infecção perda ocasional poderia causar uma
atinge a chamada árvore brônquica, conjunto de piora significativa no desempenho
vocal ou até impossibilitar o próprio
estruturas ramificadas do pulmão que permitem canto, já que utilizamos uma
a respiração. Nesse momento, sintomas leves capacidade pulmonar elevada.
como tosse e febre podem aparecer. Os tecidos
que protegem a região ficam feridos. A resposta
do corpo é causar uma inflamação no local – e isso
causa um efeito dominó. Os nervos que recobrem
vias aéreas acabam comprometidos. O resultado
é aquela sensação incômoda que faz o paciente
tossir a todo momento.
Caso o quadro piore, as unidades de troca
de gás (O2 e CO2) que ficam no final do trato As manchas amarelas representam os
danos causados pelo vírus no tecido
respiratório, também acabam infectadas. Como pulmonar.
resposta, despejam material inflamatório nos
sacos de ar que estão no fundo do pulmão. E aí,
se há inflamação, a situação torna-se muito grave,
pois a passagem ideal de oxigênio para a corrente
sanguínea fica muito prejudicada. Logo, fica mais

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difícil para o corpo se livrar do gás carbônico, e essa situação pode levar à morte.
Pessoas com pneumonia, mas fora dos grupos de risco, demoram de alguns dias a semanas
para se livrar da doença. Já para os grupos de risco, esse tempo pode ser bem maior, com a
possibilidade de se estender a meses.

- A NECESSIDADE DA INTUBAÇÃO

O que é intubação?
Intubação orotraqueal é um procedimento através do qual o médico introduz um tubo na
traqueia do paciente, pela boca ou pelo nariz, para mantê-lo respirando quando alguma condição
impede sua respiração espontânea. Esse procedimento pode ser muito perigoso para cantores.

Intubação em pacientes com COVID-19


O tratamento para pacientes com COVID-19 dependerá da gravidade apresentada. Sabe-se
que a doença possui espectro clínico muito variado. Nos casos mais graves, pode haver insuficiência
respiratória. Portanto, é importante oferecer terapia de suporte adequada a estes casos.
A intubação é um processo delicado e, no caso da COVID-19, de caráter emergencial. Por isso,
devem ser tomados todos os cuidados para que não haja nenhum dano ao sistema fonatório (que
pode ir desde um leve edema à imobilidade/paralisia de pregas vocais).

Como é realizada a intubação orotraqueal?


Com o paciente sedado ou anestesiado, o médico passa através de sua boca, com a ajuda de
um laringoscópio, um tubo que vai até a traqueia. O laringoscópio é um aparelho normalmente
utilizado para visualizar a laringe, mas que na intubação orotraqueal serve para facilitar a introdução
do tubo traqueal, que será usado para ventilar mecanicamente o paciente. Depois de realizada a
intubação, o tubo traqueal deve ser ajustado à traqueia. O doente é então ligado ao respirador,
promovendo assim a aeração adequada.
Além de permitir a ventilação necessária, a intubação orotraqueal impede que corpos
estranhos (sangue, vômito e secreções, por exemplo) caiam na traqueia, causando obstruções.
Quando a intubação não é mais necessária, extrai-se o tubo. Esse processo denomina-se extubação.

Fases importantes da intubação para o cantor:

• 1º Momento (pré-intubação)
Se você foi contaminado com a COVID-19 e seus sintomas são graves, talvez precise de
intubação. Tenha então algum familiar, amigo ou mesmo uma folha escrita para que ao chegar ao
hospital você ou a pessoa próxima possa dizer ao médico responsável pela intubação que sua
profissão é o canto, e que por isso todo cuidado é pouco no momento da realização do procedimento.
Insista em ser assistido por um profissional experiente. Além disso, você pode pedir que a intubação
seja feita com um tubo menor (de 5.5 a 6.0 mm para mulheres e 6.0 a 7.0 para homens). Avise ao
médico responsável se você tem alguma doença ou condição prévia, pois a chance de ocorrer algum

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dano laríngeo é maior no caso de circunstâncias como:
diabetes, doenças cardiovasculares, tabagismo, doenças
Intubação pulmonares crônicas e refluxo gastroesofágico.
Tenha uma rede de apoio (especializada e de
confiança) já preparada caso seja necessário fazer
reabilitação após a extubação (médico
otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta).

• 2º Momento (intubação)
Se possível, que o médico responsável use um
laringoscópio e introduza o tubo na primeira tentativa
(daí a necessidade de um profissional experiente), para
que a possibilidade de dano laríngeo seja reduzida.
Sugerimos que você tente conversar com o médico
sobre a possibilidade do uso de medicação para paralisia
farmacológica das pregas vocais para facilitar a
intubação e prevenir lesões.

• 3º Momento (manutenção do tubo)


Infelizmente as intubações por COVID-19 não
costumam ser curtas. Quanto maior o tempo de
intubação, maior a probabilidade de dano à sua laringe.
Por isso, deve-se pedir também à pessoa
próxima/acompanhante (quando possível), que
converse com os profissionais que fazem a manutenção
da intubação para que tomem todos os cuidados
necessários, sempre com o objetivo de evitar
complicações laríngeas, já que sua voz é seu
instrumento de trabalho.

• 4 º Momento (extubação)
Solicitar ao médico responsável medicação
preventiva contra náuseas e vômitos e verificar a
possibilidade de tratamentos com protetores gástricos
após a extubação também como forma de evitar que se
tussa ou vomite assim que extubado. Importante
ressaltar que deve-se manter a região hidratada
* Esse último aparelho é um utilizando inalação por via oral como recurso para
videolaringoscópio digital que recuperação das mucosas.
proporciona uma visão clara das
pregas vocais no momento da
intubação. • 5º Momento (pós-intubação)

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Você apresenta sintomas como rouquidão, ar na voz, dor, dificuldade para engolir e ou
sensação de bolo na garganta?
Se a resposta for positiva e o sintoma persistir por mais de uma semana após a extubação,
procure um especialista da sua rede de apoio, pois pode ser necessária reabilitação. É provável e
indicado que o primeiro especialista visitado seja o otorrinolaringologista, pois este médico poderá
realizar um diagnóstico preciso e encaminhá-lo para outros profissionais competentes.

- A REABILITAÇÃO

Reabilitação pós COVID-19

Ainda é muito cedo para uma estatística que retrate a porcentagem de pessoas a contraírem
COVID-19 que desenvolvem sequelas temporárias ou permanentes após se curarem da doença. No
entanto, diversos pacientes recuperados relatam problemas pulmonares, renais, cardíacos e até
neurológicos. As menções a sequelas aumentam em pacientes que tiveram quadros mais graves da
doença, mas há registro de alterações mesmo em quem teve a doença de forma leve ou praticamente
assintomática.
Algumas dessas sequelas podem ter origem no tratamento em si e não no vírus. Sabe-se há
um bom tempo sobre as sequelas devido a intubações, utilização de ventilação mecânica e/ou tempo
acamado. Como vimos anteriormente, algumas das possíveis alterações causadas pela intubação
orotraqueal são: edema, úlceras, lacerações, paresia ou paralisia das pregas vocais e traumatismos
cartilaginosos. Já o uso de ventilação mecânica diminui a força dos músculos respiratórios,
principalmente do diafragma. Quanto maior o tempo no respirador, maiores serão as sequelas,
podendo inclusive haver dificuldade na volta à respiração espontânea. Alguns estudos encontram
sinais de perda de força diafragmática já após 18h e perda de 32,6% após 6 dias de ventilação
mecânica invasiva. Com relação ao tempo acamado do paciente, as principais consequências são
perda de massa muscular (estima-se uma perda de 20% depois de 1 semana acamado, e de 50% de
3 a 5 semanas), enfraquecimento dos ossos, alterações cardíacas e respiratórias (perda de
condicionamento cardiorrespiratório) e constipação (o intestino não funciona corretamente estando
deitado).
Além das sequelas listadas acima, que podem advir do próprio tratamento, já existem relatos
de algumas sequelas geradas pelo próprio processo inflamatório do vírus tais como: perda
prolongada de olfato e/ou paladar, perdas nas frequências agudas auditivas, alterações neurológicas
diversas, fibroses pulmonares (danos permanentes aos pulmões) e alterações de pele (como crises
de Herpes Zoster).
Os estudos e relatos nos fazem entender a magnitude dessa doença e nos alertam para o fato
de que, após a cura da COVID-19, em muitos casos será necessário um tratamento de reabilitação.
Por isso, esteja atento aos sintomas e sua duração e não espere que tudo se resolva por si só, procure
ajuda. Para um profissional da voz, recomendamos que o tratamento seja feito com um profissional
especializado, eliminando ou minimizando assim as sequelas e promovendo uma volta mais rápida e
eficiente ao canto. Para isso fizemos uma parceria com profissionais especialistas de todo o Brasil,

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que concederão desconto no tratamento de cantores inscritos no Fórum Brasileiro de Ópera, Dança
e Música de Concerto que tiveram COVID-19. Clique aqui apara acessar a lista dos profissionais
parceiros!
Veja na tabela abaixo qual especialista procurar de acordo com o que você estiver sentindo:

Quem procurar Quem fará a


Sintoma
primeiro? reabilitação?

Disfonia ou rouquidão Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo

Afonia parcial ou total Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo

Fadiga vocal Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo

Incapacidade de sustentar a
fonação e/ou o volume Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo
adequadamente

Dor de garganta Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo

Sensação de corpo estranho na


Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo
garganta

Perda auditiva Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo

Persistência de ausência de
Otorrinolaringologista Fonoaudiólogo
cheiro e/ou paladar
Alterações neurológicas (perda
de memória, amnésia,
alterações de personalidade, Neurologista Neurologista e Fisioterapeuta
confusão, demência, delirium e
psicose)

Crise de ansiedade ou depressão Psicólogo ou Psiquiatra Psicólogo ou Psiquiatra

Cansaço persistente e/ou Pneumologista, Cardiologista ou


Fisioterapeuta
fraqueza muscular Fisioterapeuta

Pneumologista ou
Falta de ar Fisioterapeuta
Fisioterapeuta

Incapacidade de falar ou cantar Pneumologista ou


Fisioterapeuta
frases até o final Fisioterapeuta

Alterações na pele Dermatologista Dermatologista

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PREVENÇÃO
Como agir
COVID-19 NO CONVÍVIO SOCIAL
Na primeira parte da cartilha • Mantenha a distância de pelo menos 1,5m de outras pessoas. Isso
falamos sobre como acontece a evita que você inale gotículas com virús caso alguém infectado
transmissão do vírus e como ele se esteja perto de você.
comporta no nosso corpo depois
do contágio. • Lave as mãos com água e sabão frequentemente e de forma
minuciosa. Na falta de água e sabão utilize álcool em gel 70%
Falaremos agora sobre a
para a higienização das mãos pois ao tocar em objetos e
prevenção e a proteção, ou seja, superfícies contaminadas você pode carregar o vírus com você.
o que podemos fazer para Sabão ou álcool em gel são substâncias capazes de destruir a
diminuir a transmissão e o membrana de gordura que protege o vírus e eliminá-lo.
contágio, e nos prevenir e
proteger. Isso é muito importante • Evite tocar o rosto, especialmente olhos, nariz e boca. Essa região
visto que ainda não há vacina é conhecida como zona T e é a principal porta de entrada para o
para a doença ou medicamentos vírus no corpo humano.
comprovadamente eficazes. Ou
• Utilize máscaras de pano sempre que sair de casa e evite tocá-
seja, neste momento a melhor
las até o momento de retirada definitivo.
estratégia é a prevenção.
Além das formas de contágio • Ao utilizar o vaso sanitário dê descarga com a tampa abaixada.
já citadas, a Organização Lave as mãos cuidadosamente após tocar em maçanetas,
Mundial de Saúde vem corrimãos e válvulas de descargas. Foi observada a presença de
investigando outras formas de vírus e ou seu material genético nas redes de esgoto das áreas
contaminação como a com maior número de infectados.
transmissão através do sangue, de
mãe para filho, fecal-oral, de • Quando tossir ou espirrar cubra o rosto com o cotovelo. Ao utilizar
lenços de papel descarte-os imediatamente após o uso. Isso evita
animais para humanos e não
que você contamine as mãos e, consequentemente, objetos e
descarta a possibilidade de superfícies.
contaminação pelo ar em
ambientes fechados e com • Evite aglomerações de pessoas. Caso seja necessário sair de
ventilação inadequada. casa, cumpra rigorosamente as medidas de prevenção acima.
Agora veremos em detalhe Lembre-se de que poucas pessoas tiveram acesso ao teste e de
como podemos prevenir o que muitas não apresentam sintomas marcantes, o que faz com
contágio em cada área de nossas que estas saiam de casa e possivelmente espalhem o vírus.
vidas, e nos proteger.
• Vale à pena lembrar que ao caminhar pelas ruas você pode
carregar o coronavírus através de roupas e sapatos. Evite circular
#FIQUEEMCASA pela casa com vestimentas que foram expostas ao ambiente
Se não for possível, obedeça as externo.
instruções dos órgãos de saúde
responsáveis e proteja-se! • Observe seu corpo! Caso note algum sintoma suspeito, mesmo
que leve, FIQUE EM CASA e acompanhe o desenvolvimento do
quadro.

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• Você pode acessar a plataforma https://missaocovid.com.br/
para realizar uma vídeo-consulta gratuita.

• Caso apresente sintomas como febre alta ou dificuldade para


respirar procure atendimento médico.

• Acompanhe as recomendações de prevenção feitas pelos


órgãos oficiais de saúde. Por se tratar de um vírus novo,
descobertas quanto aos sintomas e formas de contágio podem
ocorrer diariamente.

É sempre importante ressaltar que os cuidados com a saúde


incluem alimentação saudável, prática de exercícios físicos e cuidados
com a saúde mental para a redução do stress.

COVID-19 x CANTOR NO TRABALHO

Diferentemente de outros Os trabalhos envolvendo grupos de cantores e


instrumentos, a voz habita um instrumentistas devem ser extremamente rigorosos com relação ao
corpo e para conseguir cumprimento das recomendações de prevenção do contágio.
assegurar seu funcionamento
pleno esse corpo deve se
• Cantores devem manter uma distância mínima de 3,5 metros e
manter saudável! nunca cantar em direção ao grupo.

Durante a pandemia é • Barreiras físicas como placas de acrílico, plexiglass, filmes de pvc
imprescindível que os cantores e outras podem ser utilizadas para reduzir a exposição dos
sejam meticulosos quanto à sua membros do grupo.
proteção individual pois a
COVID-19 pode deixar sequelas • Evitar o compartilhamento de partituras e objetos durante os
e ameaçar drasticamente o ensaios, isto inclui lápis, garrafas d’água e smartphones.
futuro profissional desses
• Adotar intervalos frequentes para permitir a renovação do ar do
artistas. ambiente, sendo que o uso de ventiladores deve ser evitado.

Não aceite colocar a sua saúde • As estantes devem ser higienizadas antes e após os ensaios.
em risco, proteja-se!
• Aglomerações ao redor de mesas de café devem ser evitadas,
bem como as rodas de conversa.

• Evite usar os bebedouros e traga sempre sua água de casa.


#VOZÉVIDA • Evite compartilhar elevadores e mantenha a máscara durante
todo o trajeto pois em ambientes fechados a presença do vírus
em suspensão é mais longa.

• Mantenha as distâncias seguras ao entrar e sair de cada


ambiente.

• Os instrumentistas e cantores devem sempre usar máscara


enquanto não estiverem atuando.

• É aconselhável que cada integrante tenha um kit individual de


higienização contendo álcool em gel e lenços de papel. Ao se
responsabilizar pela limpeza da sua própria estante você garante
a higienização adequada.

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FERRAMENTAS DE CONTENÇÃO
DISTÂNCIA SEGURA

O distanciamento ainda é o Barreiras físicas


método mais eficaz contra a
disseminação do novo As barreiras físicas como as lâminas de acrílico, caixas de
coronavírus! Diversos fatores plexiglass ou paredes de PVC são extremamente eficientes na
devem ser considerados antes de redução da projeção de gotículas. Eventuais problemas com
se estabelecer a distância segura
interferência acústica podem ser resolvidos com a devida
durante a prática musical, desde
reorganização do grupo. Seu uso ao redor de cantores e
o tamanho da sala versus tempo
de ensaio, até a natureza dos instrumentistas de sopro ajuda a diminuir a margem de
instrumentos envolvidos e o distanciamento seguro dos mesmos. Vale ressaltar que as barreiras
número de integrantes. de acrílico e plexiglass devem ser higienizadas a cada uso e as
Estudos mostraram que o Sars- paredes de PVC devem ser descartadas.
CoV-2 consegue se multiplicar nas
partes superior e inferior do trato Observe na foto as placas de acrílico utilizadas para o retorno de ensaios
respiratório. Isso faz com que a da orquestra do Maggio Musicale Fiorentino.
infecção se espalhe mais
rapidamente e com que a
capacidade de contágio seja
mais alta.
Acredita-se que num acesso
de tosse o indivíduo é capaz de
emitir mais de 40.000
micropartículas na forma de
gotículas e aerossol. Este último,
ao contrário das gotículas que
sofrem ação da gravidade e vão
em direção ao solo, pode ficar
suspenso viajando através do
ambiente por pequenas correntes
de ar por mais de 3 horas.
Por esta razão, as distâncias
mínimas específicas para cada
instrumento devem ser adotadas
rigorosamente durante as práticas
de conjunto. No caso de cantores
líricos, recomenda-se a distância
de 3,5m quando sem máscara.
Foram relatados vários
episódios de contaminação em
massa. Em um deles, após um
ensaio de coro onde um dos
integrantes estava infectado, 52
pessoas contraíram a doença. A
OMS considera que atividades
realizadas em ambientes MÁSCARAS E FACE SHIELDS
fechados com ventilação ruim,
envolvendo grande número de O uso de máscaras diminui consideravelmente o risco de
pessoas, podem ser classificadas contaminação, pois as máscaras funcionam como barreiras físicas
como eventos super- para aerossóis e gotículas expelidas por pessoas contaminadas
contaminadores. com a COVID-19 (com sintomas perceptíveis ou não), porém as
máscaras para uso geral (não aquelas especiais para profissionais
da saúde) não impedem que um ar contaminado possa ser
aspirado por quem a usa. No entanto, se todos usarem, ocorrerá a
proteção mútua em massa.

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A atual recomendação da OMS é que a população em
geral utilize máscaras de pano ao sair de casa. A entidade indica
que estas possuam 3 camadas de pano para melhor proteção. Já
as máscaras cirúrgicas, N95, PFF2 e PFF3 devem ser reservadas
apenas para profissionais da saúde ou para pessoas em risco,
quando indicado por um profissional da saúde.

• As máscaras devem ser trocadas a cada 2h ou quando estiverem


molhadas ou sujas, devem ser de uso pessoal, não devem ser
tocadas durante o uso e devem ser higienizadas com água e
sabão com a temperatura mais alta que o tecido suportar. Ao
retirar a máscara, não toque seu rosto ou olhos e lave as mãos
imediatamente.

• O uso correto da máscara deve cobrir nariz, boca e queixo.


Barbas, bigodes e cavanhaques devem ficar totalmente cobertos
pela máscara.

• Se sentir algum desconforto como tontura, falta de ar e náuseas


Observe a eficácia das barreiras ao usar máscaras, fique tranquilo pois não é hipóxia (falta de
oxigênio nos tecidos do organismo)!! A tendência do corpo é
manter o mesmo trabalho respiratório que utiliza quando você
está sem máscara e o tecido da máscara funciona como um
suave obstáculo para a sua respiração, portanto, se sentir
desconforto, respire com mais vontade.

• Com o aumento do trabalho respiratório, aumenta também o


gasto energético, portanto redobre seus cuidados com sua
alimentação e hidratação.

• Além do gasto energético elevado (lembrando que o trabalho


respiratório já é muito alto ao cantar), a máscara traz mais alguns
obstáculos como interferência na projeção sonora e nos
movimentos técnicos faciais.

• Para o cantor popular de estilos mais suaves, o uso da máscara


parece possível com o microfone compensando a perda
acústica. No canto lírico seu uso é desaconselhável, sendo
necessária atenção redobrada às distâncias seguras e à
ventilação. É importante que cada cantor avalie o grau de
empenho do repertório que vai executar e sua possibilidade do
uso ou não da máscara.

Em atividades prolongadas com o uso de máscaras, o gasto


energético será cada vez mais alto e a fadiga também poderá aparecer
mais cedo, aceite essa nova realidade e continue treinando, pois o corpo
aos poucos vai se fortalecendo e sua capacidade respiratória também,
fazendo com que sua estamina para práticas artísticas ou esportivas de
máscara aumente.

Face Shields são proteções de plástico transparente que


cobrem o rosto todo, muito eficientes para evitar gotículas de
saliva, porém pouco eficientes na proteção contra os aerossóis
acumulados no ar depois de meia hora no mesmo espaço. Seu uso
pelo cantor não parece viável, já que também possuem o
problema da barreira sonora além de ficarem sujos e embaçados
durante o canto.
Imagens obtidas em estudo realizado pela
Universidade de Medicina de Viena.

17
- VENTILAÇÃO

Por que se preocupar com a ventilação?


Já discutimos e analisamos as formas de transmissão e o quanto as gotículas e o aerosol
produzidos durante a fala, e principalmente o canto, são importantes fontes de transmissão do Sars-
CoV-2. Com uma realidade cada vez mais próxima de retomada de nossas atividades, precisamos
lembrar o que é importante para a proteção de todos. O uso de máscaras é na maior parte das vezes
impossível para o bom desempenho do canto lírico, mas temos que usá-la durante o resto do convívio
social. O álcool 70% ou soluções desinfetantes e uma distância segura são imprescindíveis. Mas há
também um outro grande aliado na eliminação física do aerosol e dos vírus: a ventilação adequada.

Como melhorar a ventilação?


Algumas atitudes podem ser tomadas em nossa prática diária para contribuir com uma boa
ventilação, mas infelizmente as principais decisões são responsabilidade da direção dos locais onde
trabalhamos. O que podemos sempre fazer é questionar e ajudar a encontrar soluções para
minimizar os riscos. Precisamos entender os fatores de risco: quanto maior o número de partículas
no ambiente e maior o tempo de exposição a essas partículas, maior será nosso risco de
contaminação.
Ventilação é essencial, e por isso trabalhar ao ar livre seria o cenário ideal. As gotículas
pesadas se depositam no chão e, mantendo a distância segura entre os cantores, o aerosol é
dispersado facilmente no ambiente. O grande problema dessa estratégia é que em nosso trabalho a
acústica é fundamental. Ambientes externos sem microfonação assim como teatros ou salas de
concerto com uma acústica desfavorável tornam a prática bastante desconfortável. Devemos então
sempre ficar atentos aos sinais de abuso vocal provocados por essas situações. Observe sempre os
sinais do seu instrumento.
A prática recomendada por epidemiologistas e muitos protocolos de segurança é abrir as
janelas. Isso é algo difícil de medir e estudar porque depende muito das características de cada sala,
de cada ambiente. Mas preste atenção: abrir uma janela em um lado só não auxilia na eliminação das
partículas, pois precisamos de um fluxo de ar, então o ideal seria a abertura de janelas em lados
opostos da sala, ou uma porta e uma janela. Isso deve ser analisado caso a caso, respeitando as
particularidades de cada ambiente.
Se não houver janelas, NÃO crie um fluxo de ar com ventiladores. Os ventiladores em
ambientes fechados apenas fazem com que essa nuvem de aerosol se movimente pela sala. Com
isso, ao invés de contaminar uma ou duas pessoas, você acaba por ter a possibilidade de contaminar
todos. É preciso que o ar externo e limpo entre na sala.
Quando o ambiente de trabalho tem sistema de ar-condicionado, a probabilidade de
contaminação vai depender do tipo de sistema usado. Muitos locais possuem uma central de ar-
condicionado e o ar apenas circula pelos ambientes. Esse passa por todos os ambientes, da sala de
ensaio à cozinha, e carrega as partículas. Como falamos antes, precisamos que o ar externo e limpo
ocupe a sala e não um ar já saturado de partículas. O ideal então são os sistemas de ar-condicionado
que trazem o ar externo para substituir pelo ar interno saturado.

Como fazer em ambientes onde a única ventilação é a central de ar-condicionado?


Isso é um grande problema porque a substituição de um sistema de ar-condicionado em
grandes edificações e em todas suas salas não é algo barato, fácil ou rápido de ser realizado,

18
principalmente em momento onde o aporte financeiro está cada vez mais difícil. A boa notícia é que
há estratégias mais acessíveis para adaptação desse sistema já existente que minimizam os nossos
problemas: os filtros HEPA e a luz germicida UV. Não somos os responsáveis por toda essa adaptação
em um ambiente como um teatro, mas precisamos entender como funciona o local onde estamos
trabalhando para minimizarmos nosso risco.

Os filtros HEPA (High Efficiency Particulate


Arrestance) são filtros com a capacidade de reter
partículas muito pequenas, de até 0,01 μm (1μm é a
milésima parte de um milímetro). O novo coronavírus
Aliados da Ventilação
é cerca de 8 a 16 vezes maior do que essas medidas
do filtro, é facilmente retido e perde sua atividade
rapidamente com a baixa umidade do sistema de ar-
condicionado. Assim, o ar volta ao ambiente sem
essas partículas. Alguns sistemas de ar-condicionado
já são capazes de receber esse filtro e, ao comparar
uma reforma de todo o sistema com a implementação
de filtros HEPA, essa adaptação é mais rápida e de
menor custo.
Em relação à luz UV, ela tem comprimentos de
onda menores do que o espectro da luz visível e tem
um grande poder germicida, eliminando muitas
bactérias e vírus. Essa já é uma estratégia bastante
comum em ambientes hospitalares, clínicas Filtro HEPA
odontológicas ou laboratórios e cada vez mais comum
também em sistemas de ar-condicionado. Quando
instaladas nos sistemas de recirculação de ar, a luz UV
elimina todos os patógenos que passam pelo sistema.
Existe ainda a possibilidade de instalação deste tipo de
luz no próprio ambiente, mas exige pessoal treinado
para instalação e MUITO cuidado na utilização, uma
vez que a exposição prolongada à radiação UV pode
ser nociva para nós humanos.
É importante lembrar que filtros HEPA e luz UV
são acessórios simples e bastante acessíveis. Existe no
mercado uma infinidade de produtos, inclusive
portáteis, para uso doméstico ou para ambientes
pequenos.
Mantenha sempre em mente que quanto maior Luz UV germicida
o número de partículas no ambiente e maior o tempo
de exposição a essas partículas, maior será nosso risco
de contaminação. Alterações no sistema de ar-
condicionado, instalação de filtros ou luz UV muitas
vezes estão fora da nossa alçada, mas conhecendo o

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local onde trabalharemos e suas peculiaridades, podemos ajudar a escolher um melhor ambiente
com uma melhor ventilação.
O tempo máximo de ensaio em ambientes fechados que encontramos nos principais estudos
e protocolos, mesmo em boas condições de ventilação, é de 1 hora. Após esse período, um intervalo
de 20 minutos é necessário para que esse aerosol acumulado seja eliminado ou depositado. Cuidado,
é necessário que não haja ninguém na sala. Saia do espaço e, se possível, passe o intervalo ao ar livre.
Além dos cuidados com o tempo de ensaio, o fluxo de pessoas é importante. Muitos protocolos
já mostram e orientam para um fluxo onde os músicos não cruzam caminhos, evitando a inalação do
aerosol em suspensão na área de um colega, ou seja, saída e entrada por portas diferentes é o ideal.

- TESTES DE DIAGNÓSTICO

Os testes de laboratório para a COVID-19 podem ser divididos em dois grupos: os testes que
detectam a presença do vírus (PCR – Polymerase Chain Reaction), mais recomendados para o
diagnóstico da doença na fase aguda, e os testes que detectam a resposta do nosso corpo contra o
vírus, ou seja, a presença de anticorpos (testes de sorologia) e podem determinar se o indivíduo criou
imunidade. É importante lembrar que exames de laboratório são coadjuvantes em um diagnóstico e
a avaliação clínica de médicos e outros profissionais de saúde é essencial.

PCR – POLYMERASE CHAIN REACTION


Esses testes procuram a presença direta do material genético do vírus. Esse material é como
uma peça de lego que se encaixa especificamente em outra, e apenas nessa outra, tornando o exame
muito específico e sensível, caso os procedimentos na coleta, transporte e manuseio da amostra
sejam corretos. Um resultado positivo para o teste de PCR garante que o vírus está presente naquele
momento no indivíduo.
• O que devo saber sobre esse exame:
Material coletado - secreção respiratória. Um técnico treinado utiliza um swab (um grande
cotonete) pra coletar a secreção da rinofaringe ou orofaringe, através do nariz ou da boca. Apesar de
incômodo, não traz nenhum risco à saúde. Em caso de pacientes graves internados a secreção
pulmonar pode ser coletada e analisada.
• Quando devo fazer o exame?
Recomenda-se coletar a amostra depois de 3 dias dos primeiros sintomas. Se pensarmos que
o exame detecta o vírus na secreção, quanto maior a quantidade de partículas na amostra, mais
chance de detectarmos no exame. Essa quantidade de partículas virais continua grande e facilmente
detectável até o sétimo dia da doença, diminuindo com a melhora do paciente. A partir daí, a
sensibilidade do exame diminui.
• Posso ter um resultado falso?
O exame de PCR é realmente muito específico, próximo de 100%, isso quer dizer que
dificilmente teremos um resultado falso positivo por identificar outros vírus ao invés do Sars-CoV-2.
A sensibilidade também é bastante grande e os testes disponíveis detectam inclusive quantidades
muito baixas de partículas virais, mas resultados falso negativos poderão acontecer principalmente
por problemas na coleta (pouca secreção, por exemplo), amostras armazenadas em temperatura
inadequada ou contaminação no manuseio da amostra.

20
• Quanto tempo demora pra ter o meu resultado?
Em geral o teste tem 2 dias para análise. Há uma limitação técnica para a realização de testes
de PCR simultaneamente que depende de muitos fatores como metodologia, número de
profissionais para a realização dos testes, condições do laboratório e condições para armazenamento
das amostras. Por conta da pandemia, tanto os testes quanto os resultados por vezes tem levado
mais tempo, chegando a mais de uma semana em alguns locais.
Se você fez o teste e o resultado foi positivo, mantenha a calma. Um resultado positivo diz
que você tem o vírus na sua secreção respiratória, e para saber se você é um paciente assintomático
ou tem COVID-19, a avaliação clínica do médico é fundamental. Se você fez esse exame,
provavelmente deve ter passado pelo atendimento da unidade de saúde de sua cidade ou do seu
médico de confiança. Mantenha as recomendações dos profissionais para os seus cuidados e seu
isolamento e informe seu médico sobre qualquer sintoma diferente. Cuide-se!

TESTES SOROLÓGICOS

Ao contrário do PCR que detecta


diretamente partículas do vírus nas secreções,
os testes sorológicos procuram moléculas
produzidas pelo corpo em resposta à presença
desse corpo estranho, pra controlar a infecção
viral, as imunoglobulinas (os famosos
anticorpos). No caso da COVID-19, os testes de
sorologia detectam três tipos de
imunoglobulinas: IgG, IgM e em alguns casos
IgA, e podem mostrar inclusive o perfil da imunidade do paciente. IgM e IgA possuem um
comportamento semelhante e são produzidas rapidamente, como um corredor de 100m, para
chegar rapidamente e fazer uma primeira defesa contra o vírus. Estes tipos pode ser detectáveis já
nos primeiros dias de infecção e desaparecem depois de um tempo. Já a IgG, maratonista do sistema
imunológico, chega depois, mais lentamente, mas permanece no nosso corpo por anos. Pode ser
detectada em média depois de 2 semanas de infecção.
• O que devo saber sobre o exame:
Material coletado - sangue. Os laboratórios costumam coletar o sangue para fazer os testes
de sorologia, como qualquer exame de rotina. Para os testes rápidos, disponíveis inclusive em
farmácias, é coletada uma gotinha de sangue com uma agulha na ponta do dedo. O procedimento é
parecido com o exame rápido de glicose em um paciente diabético.
• Quando devo fazer o exame?
Como procuramos a resposta do corpo contra o vírus, precisamos de mais tempo para
garantir o resultado mais confiável. A recomendação é que o teste seja feito depois de 7 a 8 dias a
partir do desenvolvimento de sintomas para garantir uma maior sensibilidade.
• Posso ter um resultado falso?
Infelizmente, por ser uma resposta do corpo ao vírus, não podemos garantir uma grande
sensibilidade (capacidade de detectar mesmo quantidades baixas de imunoglobulinas), a qual varia
muito dependendo do método utilizado, entre 92% e 98%. Os testes realizados em laboratório (ELISA,
Quimioluminescência), apesar de um pouco mais caros, garantem maior sensibilidade, ao contrário

21
dos exames rápidos realizados nas farmácias. Resultados falso positivos são possíveis e acontecem
quando o teste detecta imunoglobulinas parecidas, mas são muito raros pois a especificidade dos
testes disponíveis é bastante grande.
• Quanto tempo demora pra ter meu resultado?
Os exames de laboratório costumam ficar prontos em dois dias. Os testes rápidos de farmácia,
em alguns minutos.
Se você fez o teste e o resultado foi positivo, mantenha também a calma. Um
resultado positivo para IgG, IgM ou IgA não garante que você está doente nesse momento, e sempre
precisamos da avaliação do profissional de saúde que está acompanhando. O perfil do resultado
poderá inclusive auxiliar a descobrir em que fase da infecção está o paciente ou se ele já está
recuperado. Preparamos uma tabela para você saber avaliar o resultado:

RESULTADOS
SIGNIFICADO
IgM/IgA IgG CLÍNICO

Você não apresenta anticorpos contra o Sars-CoV-2.


- - Não garante que você não tem COVID-19 (confirmar com
PCR).
Infecção ativa ou recente ao Sars-CoV-2.
+ - Você tem o vírus em fase inicial da COVID-19 e já começa a
produzir anticorpos.
Infecção recente ao Sars-CoV-2, já com resposta de IgG.
+ + Você está com COVID-19, infecção recente, e já produzindo
anticorpos de memória.
Possível contato prévio com o Sars-CoV-2.
- + Você já teve contato com o vírus há algumas semanas e
possui anticorpos contra ele.

“Meu PCR e IgM estão negativos e meu IgG positivo - posso ficar tranquilo e sair abraçando todo
mundo?” A resposta é NÃO.
Esse vírus ainda é muito recente e tanto seu perfil epidemiológico como nossa resposta imune
a ele ainda não estão claros. Muitos estudos ainda estão em andamento e esperamos ter uma
resposta mais precisa em breve.
Apesar de um estudo recente que analisa poucos casos mostrar uma resposta imunológica
baixa em pacientes assintomáticos ou sintomáticos leves, trabalhos realizados com outros vírus da
mesma família mostram IgG positivo até dois anos depois do contato com o vírus, ou seja, uma
possibilidade de imunidade mais longa. Isso traz esperança inclusive para a produção de uma vacina.
É importante lembrar que, de qualquer forma, podemos ser veículo de transmissão para outras
pessoas. Portanto, mantenha as regras de distanciamento e de cuidados com a higienização. Proteja-
se e proteja todas as pessoas que estão próximas a você.

22
Rede de Apoio

Nunca antes, na história da humanidade, a frase “nenhum homem é uma ilha” fez tanto
sentido como hoje. Vivemos em tempos incertos onde cada dia que se completa é também uma
vitória. A vulnerabilidade imposta pela pandemia parou o mundo e confinou a sociedade ao
ambiente restrito de seus lares. Sem encontros, sem compartilhamentos, sem toques! A
separação se tornou a esperança de uma futura reunião.
Nesse cenário conflituoso e sem precedentes, causado pela pandemia, temos a
comprovação da necessidade de conectividade do ser humano. “As maiores conquistas humanas
só foram possíveis através da cooperação e conexão” (Gatti 2016). O isolamento social tem
afetado drasticamente a sociedade e ainda não há estudos suficientes para conseguir mensurar
as consequências futuras desse período. Se você sente que a sua vida se tornou uma montanha
russa de emoções, fique tranquilo, você não está sozinho!
Essa parte da cartilha está voltada para a saúde mental e tem como objetivo trazer ao
leitor o máximo de informações registradas durante outras experiências de quarentena ao redor
do mundo, oferecendo assim ferramentas que o ajudem a lidar com esse processo.

O Catalizador
A razão inicial para o impacto causado pelo isolamento social está na quebra de rotina e
na mudança radical do seu estilo de vida. Somado a isso, está o stress causado pela impotência
diante dos efeitos assustadores da pandemia, tanto em perdas humanas como em perdas
econômicas. A privação da autonomia e o isolamento geram então, a sensação de ter sido
arrancado do mundo real.
A Associação Americana de Psicologia adverte que o isolamento social traz vários riscos à
saúde. A sensação de isolamento pode provocar ansiedade, insônia, inflamações, apatia, perda
na saúde cardiovascular, baixa imunidade, sintomas de depressão, e deficiência nas funções

23
cognitivas. Essa perturbação nas funções cognitivas torna difícil controlar as emoções,
concentrar-se, lembrar de informações e seguir instruções.
Esse fenômeno, que vem sendo observado ao redor do globo, já é considerado por alguns
psicólogos como um trauma coletivo. Esse trauma apresenta fases distintas e pode funcionar
como gatilho para traumas passados.
No início do isolamento, a ansiedade com relação ao desenrolar da pandemia e o medo
de se contaminar ou de contaminar entes queridos são as emoções predominantes. Existe
também uma desorientação com relação às informações conflituosas que bombardeiam as
mídias sociais. Pode se iniciar uma sensação de “luto antecipado” ou sintomas de stress pré-
traumático.
Na fase seguinte, a devastação da pandemia já se instalou, o incômodo da solidão já está
presente, e o excesso de informação pode provocar a sensação de paralisia. A dor do luto pode
surgir sem motivo aparente. É comum sentir raiva e vontade de quebrar o isolamento. É nessa
época também que podem surgir os gatilhos de outros traumas. Segundo estudo desenvolvido
pelo departamento de psiquiatria da Universidade do Arizona, acredita-se que essa situação
extrema que desperta o “modo sobrevivente” é também a responsável por trazer à tona dores
suprimidas e sofrimentos, como os que alimentaram os protestos contra a morte de George Floyd
nos Estados Unidos. O trauma intergeracional proveniente da escravidão e do racismo foi
despertado pelo stress da COVID-19, que, devido ao agravante da desigualdade social, encontrou
na população negra seu maior número de vítimas. Em todo o mundo surgiram manifestações
contra crimes antes silenciados e esse fenômeno só reforça a teoria de que traumas não curados
podem ser perpetuados através de gerações e reativados num momento de extremo stress.
Um pouco depois, durante o isolamento, surge a ansiedade com relação ao futuro.
Quando poderemos sair? Quando a economia se recuperará? O que fazer para pagar as contas?
Como recuperar a minha posição no mercado de trabalho? Esses questionamentos podem
provocar picos de ansiedade e depressão ou influenciar no consumo de álcool ou drogas.
No caso dos artistas esse período pode ser muito nocivo e provocar sintomas da síndrome
do impostor! A falta de apresentações e, portanto, validação do seu trabalho, pode gerar ainda
mais ansiedade. Lacan, em sua teoria l'objet regard, descreve o olhar como “o estado mental
ansioso que surge com a autoconsciência de que você pode ser visto e apreciado”. Durante a
pandemia esse processo diário de validação foi muito prejudicado, e isso explica a enxurrada de
lives nas mídias socias, todos precisam se sentir validados. Preste atenção aos pensamentos
negativos recorrentes, medo, excesso de perfeccionismo, procrastinação, dúvidas e ansiedade
pós-sucesso que podem fazer com que você se sinta uma fraude. O fato de não poder se
apresentar no momento não invalida a pessoa nem o artista que você é!
Finalmente, depois da reabertura, ocorre a euforia da liberdade readquirida, o luto pelo
tempo e pelas vidas roubadas e o estigma carregado por aqueles considerados “contagiantes”.
Essa questão do estigma pode se tornar muito séria! O comportamento de separação e rejeição
pode se estender além dos grupos médico-paciente, atingindo minorias vulneráveis e classes
profissionais. Como será a resposta da sociedade em relação aos músicos e cantores uma vez que
o nosso trabalho foi classificado como “evento super-contaminador”? Que campanhas
educativas precisam ser desenvolvidas para que não haja a estigmatização dos eventos artísticos
ao vivo?
Nessa fase também pode-se observar os primeiros sintomas do stress pós-traumático,
que podem durar vários meses. Os profissionais de saúde são muito suscetíveis a esses efeitos

24
pós-quarentena. Há relatos de dependência alcoólica por até 3 anos depois do isolamento
adotado durante a epidemia de SARS em 2007 na China.
Esse é um momento sem precedentes na história e por isso não se pode prever com
precisão que mudanças ocorrerão no comportamento social daqui para frente. Todas essas
informações foram citadas com o objetivo de esclarecimento e fortalecimento da nossa classe!
O que podemos fazer é desenvolver mecanismos para lidar com a frustração acumulada e
diminuir os efeitos psicológicos causados por essa ruptura daquilo que conhecemos como
normal.

Mitigando os Sintomas
A forma como cada pessoa responde ao stress vivido durante o isolamento depende de
vários fatores, dentre eles, resiliência, condição mental prévia, personalidade, se mora sozinho
ou não, se tem filhos ou não, se tem uma vida financeira estável, se tem laços de amizade sólidos
e, também, da duração do isolamento.
As principais estratégias para lidar com os sintomas do isolamento são aquelas que
restabelecem o seu ganho diário de ocitocina e outros hormônios ligados ao prazer e bem-estar.

Saúde Mental
▪ Antes de qualquer coisa, RESPIRE! A simples observação do ato de respirar limpa
a mente e diminui os hormônios do stress.

▪ Estabeleça uma rotina diária – o cumprimento de uma pequena rotina


proporciona uma sensação de controle e acalma a mente.

▪ Movimente-se – o exercício físico evitará perda excessiva de massa muscular e


perda da capacidade cardiovascular.

▪ Medite - além de acalmar a mente, irá ajudar na regulação do sono.

▪ Evite tédio e frustração estimulando a mente através da leitura, de jogos ou


trabalhos criativos. A arte é extremamente benéfica ao cérebro.

▪ Mantenha-se conectado às pessoas queridas! Com as tecnologias e aplicativos


atuais é possível aplacar a saudade e ausência daqueles que amamos pela web.

▪ Ajude outras pessoas - a sensação de servir e ser útil é extremamente benéfica.

▪ Mantenha-se informado através de fontes responsáveis e oficiais! Não dê


ouvidos a teorias da conspiração. Não, o 5G não é uma arma que ativa o
coronavírus!

▪ Lembre-se de que os outros também estão passando por isso, seja amável.

▪ Lembre-se de que a razão para estarmos passando por tudo isso é protegermos
uns aos outros! Busque apoio psicológico se precisar.

▪ Você não está sozinho! Juntos somos muito mais fortes.


25
Conclusão

Agora você já sabe como acontece a transmissão da doença e quais atitudes


tomar para que não haja contaminação, nem sua nem das outras pessoas (prevenção e
proteção). Além disso, se você for contaminado, já sabe como se comportar e o que fazer.
Não sofra sozinho. Busque auxílio. Neste momento de pandemia e isolamento,
não precisamos mostrar ao mundo o quão fortes somos, e sim nos unirmos, sermos
compassivos, empáticos e falarmos abertamente sobre nossas feridas e traumas. Há
muitas outras pessoas passando pela mesma situação, e elas se sentirão confortadas por
saber que não estão sozinhas.
Caso precise, consulte aqui os profissionais que estão oferecendo descontos para
cantores líricos que tenham contraído a COVID-19. Nós, da Comissão de Saúde do Cantor
Lírico, estamos à disposição para o que você precisar.

26
4) Bibliografia – INFORME-SE MAIS
1a Parte:

- Pandemias

VICK, Mariana. Pandemia: origens e impactos, da peste bubônica à covid-19 NEXO Jornal, Junho 2020, disponível em
https://www.nexojornal.com.br/explicado/2020/06/20/Pandemia-origens-e-impactos-da-peste-bub%C3%B4nica-%C3%A0-covid-19

- Como a doença age no corpo


MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sobre a doença. 2020, disponível em https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca.

LAI – Liga Acadêmica de Infectologia – FMUMC. Coronavírus: características, fisiopatogenia, mapa mental e mais. Sanarmed, 2020.
Disponível em https://www.sanarmed.com/resumos-a-familia-dos-coronavirus-e-o-novo-representante-abordagem-sobre-o-sars-
cov-2-ligas

LEM-DF. Resumos: síndrome respiratória aguda grave (SARS). Sanarmed, 2020. Disponível em https://www.sanarmed.com/resumos-
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THE LANCET. Genomic characterisation and epidemiology of 2019 novel coronavirus: implications for virus origins and receptor
binding. ARTICLES The Lancet| VOLUME 395, ISSUE 10224, P.565-574, FEBRUARY 22, 2020, disponível em
https://www.thelancet.com/article/S0140-6736(20)30251-8/fulltext

GUIA DA FARMÁCIA. Ainda não há remédio, mas entenda como o corpo humano derrota o coronavírus. Guia da Farmácia, 2020.
Disponível em https://guiadafarmacia.com.br/ainda-nao-ha-remedio-mas-entenda-como-o-corpo-humano-derrota-o-coronavirus/

PINHEIRO, Chloé. Coronavírus: novos dados sobre grupos de risco. Saúde Abril, 2020. Artigo online disponível em
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MAGALHÃES, Lana. Alvéolos pulmonares. Toda Matéria, 2020. Artigo online disponível em https://www.todamateria.com.br/alveolos-
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BRASILESCOLA. Hematose. 2020, disponível em https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hematose.htm

MENGUE, Priscila. Como o novo coronavírus age no corpo das pessoas. O Estado de São Paulo, abril 2020, disponível em
https://www.estadao.com.br/infograficos/saude,como-o-novo-coronavirus-age-no-corpo-das-pessoas,1091648

WADMAN, Meredith; COUZIN-FRANKEL, Jennifer; KAISER, Jocelyn; MATACIC, Caatherine. Os estragos causados pelo coronavírus.
Center for Research in Inflamatory Diseases. Abril 2020, disponível em
http://crid.fmrp.usp.br/site/2020/05/06/os-estragos-causados-pelo-coronavirus/

CORREIO DO POVO. Entenda quais são as etapas da Covid-19 e como ela age no corpo. Agosto 2020, disponível em
https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/geral/entenda-quais-s%C3%A3o-as-etapas-da-covid-19-e-como-ela-age-no-
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LIMA, Marcelo M. S. Como a Covid-19 afeta o cérebro? Agência Bori, 2020, disponível em https://abori.com.br/artigos/como-a-covid-
19-afeta-o-cerebro/

- Casos assintomáticos e leves :


PINHEIRO, Chloé. Casos sem sintomas, leves e graves: as diferentes evoluções do coronavírus. Saúde Abril, 2020. Artigo online
disponível em https://saude.abril.com.br/medicina/casos-sem-sintomas-evolucoes-coronavirus/

REVISTA GALILEU. Produção de anticorpos contra Covid-19 pode cair em 3 meses, indica estudo. 2020, disponível em
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/06/producao-de-anticorpos-contra-covid-19-pode-cair-em-3-meses-
indica-estudo.html

27
LOPES, Larissa. Como os sintomas da Covid-19 evoluem a cada dia, de acordo com a gravidade. Revista Galileu, 2020. Artigo online
disponível em https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/03/como-os-sintomas-da-covid-19-evoluem-cada-dia-de-
acordo-com-gravidade.html

NISHIURA, H.; KOBAYASHI, T.; MIYAMA, T.; SUZUKI, A.; JUNG, S.; HAYASHI, K; KINOSHITA, R.; YANG, Y.; YUAN, B.; AKHMETZHANOV, A.;
LINTON, N.M. Estimation of the asymptomatic ratio of novel coronavirus infections (COVID-19). International Journal of Infectious
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- Casos graves e pneumonia:


ONG, K.; NG, A.W-K.; LEE, L.S-U; KAW, G.; KWEK, S-K.; LEOW, M.K-S.; EARNEST, A. Pulmonary function and exercise capacity in survivors
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ZHANG, P.; LI, J.; LIU, H. et al. Long-term bone and lung consequences associated with hospital-acquired severe acute respiratory
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- Intubação
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31
Conhecendo a Comissão de Trabalho -
Saúde do Cantor Lírico

Tati Helene - Coordenação e Revisão


Atriz formada, bacharel em canto lírico, mestre em performance de ópera,
fisioterapeuta (CREFITO 3/305018-F) e autora do livro Atletas da Voz -
Manual para o cantor lírico. Tati Helene une sua vasta formação
acadêmica com sua experiência de mais de 15 anos de palco, tanto no
Brasil como na Itália, Alemanha, Suíça, Japão, Uruguai e Argentina.

Luisa Francesconi - Revisão Final


Luisa Francesconi é mezzosoprano nascida em Brasília. Já
interpretou mais de 50 personagens de ópera em teatros nacionais e
internacionais, é Mestre em Música pela Unesp e professora de canto
há mais de 10 anos. Tem sido reconhecida tanto pelo público como
pela crítica especializada como uma das principais cantoras líricas
brasileiras de sua geração.

Elisabete Almeida - Revisão e Layout


Graduada em canto pela Unicamp e Mestre em Vocal Performance pela
The University of Akron - USA, foi integrante da Academia de Ópera do
Theatro São Pedro e recebeu diversas premiações como o prêmio
Revelação no concurso Vozes do Brasil no Rio de Janeiro e o prêmio
Gilda no XI Concurso Nacional de Canto Maria Callas. Em 2018
estreou no teatro musical como “Carlotta” em O Fantasma da Ópera.

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Cláudio de Biaggi
Natural de Bandeirantes no interior do Paraná, farmacêutico e
bioquímico graduado na UFPR, iniciou seus estudos de canto
com o maestro Alvaro Nadolny no coro da UFPR onde atuou
também como preparador e coordenador do Madrigal da
UFPR. Além de barítono na Camerata Antiqua de Curitiba,
tem seu trabalho como cantor lírico solista em concertos e
óperas no Brasil.

Deborah Bulgarelli
Deborah Bulgarelli formou-se em Odontologia em 2007 na
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e especializou-se
em Dor Orofacial e Disfunção das Articulações
Temporomandibulares na mesma Universidade. Após esse período
ingressou no Bacharelado em Música com Habilitação em Canto
Lírico na Universidade do Estado de Minas Gerais.

Flávio Leite
Pós-graduado pelo Conservatorio Superior del Liceu de
Barcelona e Mestre em Música pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro, o tenor gaúcho acumula 55
personagens de ópera já em repertório. Atua também
como professor na classe de canto do Festival
Internacional SESC de Música.

Luciana Pansa
Formada em Nutrição na USP em 2001, iniciou seus estudos
musicais com o piano. Integrou o Voz Ativa Madrigal, grupo vocal
dedicado ao repertório brasileiro e especializado na execução a
cappella. Mestre em performance de ópera pelo Conservatorio
Francesco Venezze em Rovigo. Trabalhou em teatros italianos
como Teatro Sociale de Rovigo, Teatro Arena del Sole em Bologna
e Ente Musicale Luglio Trapanese de Trapani.

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Mere Oliveira
"Uma ativista pela arte operística, Mere Oliveira é também
graduada em comunicação social, licenciada em música e cursa
pós-graduação em regência. Foi premiada em concursos de canto
lírico internacionais e possui um vasto repertório. Além de ter
cantado nos principais teatros do país, é professora e diretora do
Ópera Studio do Vale, tendo dirigido mais de 70 espetáculos do
projeto. É coordenadora e professora do Sistema de Corais do
Município de Taubaté e compõe o elenco do Ópera Atelier Artists."

Thaís Caruso
Soprano, bacharela em canto lírico pela USP, Pós graduada em
Formação Integrada da Voz e Coach Vocal pelo CEV e Pós
graduanda em Canto e Expressão pela Alpha Facec. Integrou o
Coro da Osesp de 2012 a 2014. Participou de diversas óperas no
Theatro São Pedro entre 2011 e 2016. Atualmente trabalha
como solista em recitais e eventos particulares, além de ser
professora de canto e vocal coach.

Thayana Roverso
Natural de São Paulo, bacharel em canto lírico pela
UniFIAM FAAM, Mestre em performance de ópera pelo
Conservatório Francesco Venezze/Itália, atriz formada,
atua em diversos palcos do Brasil, Itália,
China, Jordânia entre outros, atualmente mantém seus
estudos com Dolora Zajick.

Renata Bueno Tavares - Colaboradora


Regente de Coros em Darmstadt e Mestre em Música pela
Robert Schumann Musikhochschule Düsseldorf. Ganhadora
da competição de corais Sparkassen-Stiftung Groß-Gerau nas
categorias de coral misto, melhor interpretação de canção e na
categoria melhor regente. Como bolsista da fundação VITAE
estudou na Academia de Música Franz Liszt em Budapeste.

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