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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 2
Objectivos………………………………………………………………………2
FUNDAMENTAÇAÕ TEÓRICA…………...……………………....3
Cuidados De Saúde Primários ...................................................................... 3
Pandemia Da Covid-19........................................................................................... 5
Impacto Da Covid-19 Nos Cuidados Primários De Saúde ................................. 7
CONCLUSÃO……………………………………………………….9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................. 10
INTRODUÇÃO

No dia 30 de janeiro de 2020 a organização mundial da saúde (OMS)


declarou a infeção epidemiológica por covid-19, caudada pela SARS-CoV-2,
como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional, a situação
excecional criada pela pandemia supramencionada veio alterar significativa e
rapidamente o contexto de prestação de cuidados de saúde em todo o mundo .

Passado quase um ano e meio a analise dos impactos da situação


pandêmica( que tem sido foco de atenção das principais entidades com papel de
gestão e regulação da saúde no mundo) deve considerar duas dimensões, que
embora distintas , estão interligadas: por uma lado, os efeitos directos da pandemia
e do contexto de confinamento que lhe esta associado na prestação de cuidadois de
saúde, por outro lado, as alterações de correria que está a decorrer no perfil de
morbilidade da própria população.

Neste trabalho procuraremos abordar de forma clara e objetiva sobre o


impacto direto e indireto da covid-19 nos cuidados de saúde, e na sociedade em
geral.

OBJETIVOS

Geral:

 Abordar sobre o impacto da covid-19 nos cuidados primários de


saúde

Específico:

 Descrever os cuidados primários de saúde


 Descrever a Pandemia Covid – 19
 Descrever o impacto da Covid – 19 nos cuidados primários de saúde

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Cuidados De Saúde Primários

Os cuidados de saúde primários (CSP) são o primeiro nível de contacto com


o sistema nacional de saúde para os indivíduos, as famílias e a comunidade,
baseados em métodos e tecnologias praticas, cientificamente idóneas e socialmente
aceitáveis, tornadas universalmente acessíveis para os indivíduos, famílias e as
comunidades através da sua participação integral, trazendo os cuidados de saúde
tão próximo quanto possível para os locais onde as pessoas vivem e trabalham.
Formando assim a parte integral do sistema de saúde de qualquer país. Em alusão
ao 12 de Dezembro, Dia da Cobertura Universal de Saúde, a OMS apela ao reforço
dos Cuidados de Saúde Primários para garantir que todas as pessoas, inclusive as
marginalizadas ou vulneráveis, tenham acesso a serviços de saúde de qualidade,
centrados na satisfação das suas necessidades e sem constrangimentos financeiros.

Segundo a Representante da OMS em Angola, Dra. Djamila Cabral, o


reforço do sistema de saúde, com enfoque nos Cuidados de Saúde Primários, é
uma condição fundamental para garantir o acesso à saúde para todos e para a
construção de uma sociedade mais forte e saudável.

Em cuidados de saúde primários, a enfermagem integra o processo de


promoção da saúde e prevenção da doença, evidenciando-se as actividades de
educação para a saúde, manutenção, restabelecimento, coordenação, gestão e
avaliação dos cuidados prestados aos indivíduos, famílias e grupos que constituem
uma dada comunidade.

Ao nível mais alargado, os CSP incluem todos os serviços que


desempenham um papel na saúde, tal como os rendimentos, alojamento, educação
e ambiente. Inclui ainda os cuidados primários, ou seja, o diagnóstico e tratamento
de doenças e lesões. Inclui, além disso, os elementos críticos da promoção da saúde
e prevenção de doenças e de lesões. Uma das suas principais vantagens consiste
na participação do cidadão na identificação das necessidades e na prestação de

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serviços, bem como no facto de trazer estes serviços, tanto quanto possível, para
próximo das pessoas.

Existem quatro princípios para os cuidados de saúde primários que são:

 Serviços de saúde equitativos e universalmente acessíveis: Qualquer


pessoa deve ter um acesso razoável aos serviços essenciais de saúde, sem
barreiras financeiras nem geográficas.
 Participação da comunidade na definição e implementação das
agendas de saúde: O público deve ser encorajado e a participar no
planeamento e tomada de decisões acerca dos seus próprios cuidados de
saúde, e deve ser-lhe dada a capacitação necessária para o fazer.
 Abordagens intersectoriais à saúde: Os profissionais de vários sectores,
incluindo o sector público, trabalham de forma interdependente com os
membros da comunidade para promover a saúde da comunidade.

A pandemia da Covid-19 provou ser crucial investir mais na saúde e na


participação de todos, para a criação de um sistema de cuidados de saúde primários
resiliente e que responda as verdadeiras necessidades da população

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Pandemia De COVID-19

Coronavírus é um vírus zoonótico, um RNA vírus da ordem Nidovirales, da


família Coronaviridae. Esta é uma família de vírus que causam infecções
respiratórias, os quais foram isolados pela primeira vez em 1937 e descritos como
tal em 1965, em decorrência do seu perfil na microscopia parecendo uma coroa.

Os tipos de coronavírus conhecidos até o momento são: alfa coronavírus


HCoV-229E e alfa coronavírus HCoV-NL63, beta coronavírus HCoV-OC43 e
beta coronavírus HCoV-HKU1, SARS-CoV (causador da síndrome respiratória
aguda grave ou SARS), MERS-CoV (causador da síndrome respiratória do Oriente
Médio ou MERS) e SARSCoV- 2, um novo coronavírus descrito no final de 2019
após casos registrados na China. Este provoca a doença chamada de COVID-19.
O epicentro da COVID-19 ocorreu em um mercado atacadista de frutos do mar e
animais vivos, o Huanan Seafood Market, em Wuhan, província de Hubei, no sul
da China, no fim de 2019. Em 2020, o vírus havia se disseminado por centenas de
países e provocado inúmeros óbitos, fazendo com que medidas de biossegurança
como precaução por contato e aerossóis fossem adotadas, a fim de reduzir os riscos
de transmissão.

Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para


isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela atenção
primária em saúde e instituídas medidas de precaução domiciliar. O espectro
clínico da infecção por coronavírus é muito amplo, podendo variar de um simples
resfriado até uma pneumonia grave.

O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como uma síndrome


gripal. As pessoas com COVID-19 geralmente desenvolvem sinais e sintomas
tendo período médio de incubação de 5 a 6 dias, com intervalo de 1 a 14 dias.

Até agosto de 2020, os possíveis sintomas da COVID-19 caracterizavam-


se como: tosse, febre (em média de 5 a 6 dias após a infecção), coriza, dor de

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garganta, dificuldade respiratória, cansaço, diminuição do apetite, distúrbios
gastrointestinais e perda do paladar e olfato.

A febre é persistente, ao contrário do descenso observado nos casos de


influenza. A febre pode não estar presente em alguns casos, como, por exemplo,
em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou em algumas situações que
possam ter utilizado medicamento antitérmico.

Os sintomas se apresentam de forma mais branda ou mais grave,


independentemente da idade da pessoa infectada. Por isso, deve-se observar a
ocorrência de sintomas mais severos, como problemas respiratórios, dor no peito,
confusão mental e lábios e rosto azulados, pois, nessas circunstâncias, é
recomendado buscar atendimento médico imediato. Dentre as complicações
comuns, destacam-se a Síndrome Respiratória Aguda Grave(SRAG), arritmias,
isquemia miocárdica, miocardite, choque, pneumonia, insuficiência renal, bem
como a ocorrência do óbito.

O diagnóstico definitivo do novo coronavírus é feito com a coleta de


materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). O
diagnóstico laboratorial para identificação do vírus é realizado por meio das
técnicas de proteína C reativa em tempo real e sequenciamento parcial ou total do
genoma viral. Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe ou swabs combinado
(nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado
traqueal ou lavado broncoalveolar). Para confirmar a doença é necessário realizar
exames de biologia molecular que detecte o RNA viral.

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Impacto Da Covid-19 Nos Cuidados Primários De Saúde

O aumento do número de infetados, de internamentos hospitalares e de


óbitos relacionados, direta e indiretamente, com a doença em questão, modificou
rapidamente o contexto de prestação de cuidados de saúde. A situação excecional
criada pela epidemia SARS-CoV-2 e pela infeção epidemiológica por COVID-19
veio alterar significativamente o sistema de saúde, quer por força da própria
doença, que implicou uma resposta específica e imediata dos serviços de saúde,
quer por força das medidas adotadas pelas entidades competentes (Presidente da
República, Assembleia da República, Governo e Direção-Geral da Saúde - DGS),
com o propósito de prevenir a transmissão do vírus e combater a potencial
calamidade pública resultante da doença em causa (recorrendo à restrição de
direitos e liberdades, em especial no que respeita a direitos de circulação e
liberdades económicas), veio impactar severamente a atividade programa e não
programada da rede de estabelecimentos ligados á prestação de cuidados de saúde.

Com pandemia da COVID-19, a enfermagem tem se mostrado ativa na linha


de frente, evidenciando a importância da classe no enfrentamento da doença e
trazendo um reconhecimento das atividades desempenhadas pela equipe de
enfermagem no desenvolvimento dos cuidados e promoção de saúde.

Considerando a emergência de saúde pública e a situação excecional que se


viveu, face à epidemia SARS-CoV-2 e à infeção epidemiológica por COVID-19,
importa apreciar o seu impacto no sistema de saúde durante o período em análise,
quer ao nível da atividade dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde,
a situação pandemica têm impactos notorios nos utentes, por um lado a dificuldade
de acesso a cuidados de saúde por virtude das restrições impostas, criou
constrangimento ao diagnóstico de determinadas doenças crônicas e oncológicas
e atrasou alguns dos tratamentos em 2020 globalmente, aos atos relativos a meios
complementares de diagnóstico e terapêutica diminuíram em cerca de 25%, sendo
que esta queda foi particularmente acentuada em cardiologia, analises clinicas,
fisioterapia entre outras áreas da saúde.
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O difícil enquadramento gerado pela situação de pandemia teve resultado
imediato no sistema de saúde, sendo visível a queda acentuada da atividade
programada e não programada na rede de estabelecimentos do SNS, sobretudo em
virtude das alterações aplicadas à organização e prestação de cuidados de saúde,
de modo a prepará-lo para responder à pressão a que poderia vir a ser sujeito, em
função da evolução da pandemia.

Nos cuidados primários se verificou uma descida muito significativa da


atividade assistencial, desde o início da pandemia. , de acordo com o sistema
nacional de saúde em 2020, as consultas presencias e domiciliares registaram uma
queda significativa, em contrapartida as consultas não presencias registaram um
aumento exponencial evidenciando um aspecto de substituição a nível mundial.
Com isto , o estado actual da Cobertura Universal de Saúde a nível mundial
enfrenta enormes desafios, em vários países, grupos de pessoas pobres e
vulneráveis estão mais uma vez a ser deixados para trás e as desigualdades estão a
aumentar com a crise causada pela actual pandemia.

A diminuição registrada nos rastreios e o consequente atraso no diagnostico


terá certamente impactos nas necessidades assistências no médio e longo prazo,
importa sublinhar que, no período em análise, se deu um aumento muito relevante
do número de unidades de telemedicina, facto que poderá ser interpretado como
resultante da adaptação ao novo contexto por parte de algumas entidades que
exploram estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, e que encontraram
na telemedicina uma forma de assegurar a continuidade de prestação de cuidados
aos utentes. No que concerne ao conjunto de estabelecimentos prestadores de
cuidados de saúde, o período decorrido desde o início da pandemia ainda é
demasiado curto para que se possam retirar conclusões efetivas sobre a forma
como o setor foi afetado e, mais ainda, como irá reagir no médio prazo.

Não obstante, foi possível observar uma redução da rede de


estabelecimentos de natureza privada, cooperativa e social em funcionamento
durante o Estado de Emergência, em diversas tipologias de cuidados de saúde.

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CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Guan W, Ni Z, Hu Y, et al. Clinical characteristics of coronavirus disease


2019 in China. N Engl J Med. 2020. DOI: 10.1056/NEJMoa2002032.

Bernheim A, Mei X, Huang M, et al. Chest CT findings in coronavirus


disease-19 (COVID-19): relationship to duration of infection. Radiology. 2020.
DOI: 10.1148/radiol.2020200463.

Impacto da pandemia COVID-19 no Sistema de Saúde – período de março


a junho de 2020. [consultado 2020 set 15]. Disponível em:
https://www.ers.pt/media/3487/im-impacto-covid-19.pdf.

Pan American Health Organization (2007). Renewing Primary Health Care


in the Americas: A Position Paper of the Pan American Health Organization/World
Health Organization (PAHO/WHO). Washington, D.C: PAHO.

www.paho.org/English/DD/PIN/alma-ata_declaration.htm.

World Health Organization and UNICEF. (1978), Report of the


International Conference on Primary Health Care. Alma Ata, USSR, 6-12th
September 1978.

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