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A saúde na época da Colonização e

Império
Durante o período da colonização e império do Brasil não existiam políticas públicas
voltadas para a saúde
Com a chegada dos colonizadores, muitos indígenas morreram em virtude das doenças
trazidas pelos europeus
O acesso à saúde era determinado pela classe social do indivíduo. Os pobres e escravos
vivam em condições precárias enquanto os nobres tinham acesso a médicos e remédios da
época.
Uma das formas de conseguir atendimento era através de centros médicos ligados as
instituições religiosas, como as Santas Casas de Misericórdia, que eram mantidos por
caridades.
Os doentes recorriam a curandeiros, onde na época tinham conhecimento das terapias de
cura e o poder de ervas medicinais.
A saúde pública após a Independência do
Brasil
Após a Independência do Brasil, em 1822, D. Pedro II determinou a criação de
órgãos para inspecionar a saúde pública, porem essas medidas foram pouco
eficazes
No início do XX, a cidade do Rio de Janeiro contou com diversas ações de
saneamento básico e campanha de vacinação contra a varíola
Ainda nessa época, o esgoto corria a céu aberto e o lixo não tinha o destino
adequado, assim, a população estava sujeita a uma série de doenças.
Foi quando o Médico Oswaldo Cruz enfrentou revoltas populares, mas
convenceu o estado a tornar a vacinação obrigatória
Revolta da vacina
A Revolta da Vacina foi uma rebelião popular contra a vacina
anti-varíola, ocorrida no Rio de Janeiro, em novembro de 1904.
O vírus da varíola se espalhava, proliferando ratos e mosquitos
transmissores de doenças fatais como a peste bubônica e a febre
amarela, que matavam milhares de pessoas anualmente.
A Campanha de saneamento realizava-se com autoritarismo,
onde as casas eram invadidas e vasculhadas. Não sendo feito
nenhum esclarecimento sobre a importância da vacina
Revolta da Vacina
Assim, a insatisfação da população contra o governo foi generalizada,
desencadeando "A Revolta da Vacina".
Entre 10 e 16 de novembro de 1904, as camadas populares do Rio de Janeiro
saíram às ruas para enfrentar os agentes da Saúde Pública e a polícia.
O movimento rebelde foi dominado pelo
governo, em seguida, a Lei da Vacina
Obrigatória foi modificada, tornando
facultativo o seu uso.
Criação do Sistema Único de Saúde
(SUS)
O Ministério da Saúde foi criado em 1953, foi quando também iniciaram-se as
primeiras conferências sobre saúde pública no Brasil
Surgiu a ideia de criação de um sistema único de saúde, que pudesse atender
toda a população.
Porém, com a ditadura militar, a saúde sofreu cortes orçamentários e muitas
doenças voltaram a se intensificar
Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado para a saúde. Ao
mesmo tempo, surgia o Movimento Sanitarista, formado por profissionais da
saúde, intelectuais e partidos políticos
Eles discutiam as mudanças necessárias para a saúde pública no Brasil.
Criação do Sistema Único de Saúde
(SUS)
Uma das conquistas do grupo foi a realização da 8ª Conferência Nacional da
Saúde, em 1986.
O documento criado ao final do evento era um esboço para a criação do Sistema
Nacional de Saúde - SUS.
Criado por meio da Lei 8.880/90, comumente conhecida como Lei Orgânica da
Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) é um marco na história do Brasil
O SUS é estruturado entre os três entes federativos e presta atendimento
gratuito em todo o território nacional, com serviços de baixa, média e alta
complexidade
Criação do Sistema Único de Saúde
(SUS)
A Lei Federal 8.080 de 1990 regulamenta o Sistema Único de Saúde. De acordo
com a legislação, os objetivos do SUS são:
•Identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde;
•Formular a política de saúde para promover os campos econômico e social, para
diminuir o risco de agravos à saúde;
•Fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação integrando ações
assistenciais e preventivas.
LEIS ORGÂNICAS DE SAÚDE
•Com o intuito de manter ordem e uma estrutura igualitária e justa, a nossa
sociedade é norteada por um conjunto de leis, fazendo com que o convívio
social seja mais harmônico
•Foram criadas as Leis Orgânicas da Saúde. Essas leis vieram com a atribuição de
regulamentar as ações do Sistema Único de Saúde (SUS). São as leis Nº 8.080/90
e Nº 8.142/90
Lei 8.080/90
• A Lei 8.080 foi votada em 19 de setembro de 1990
• Essa lei aborda as condições para promover, proteger e recuperar a saúde, além da organização e o
funcionamento dos serviços também relacionados à saúde.
• Por meio desta lei, as ações de saúde passaram a ser regulamentadas em todo território nacional
• Assistência terapêutica integral;
• Assistência farmacêutica;
• Controle e fiscalização de alimentos, água e bebidas, garantindo Orientação familiar;
• Participação na preparação de recursos humanos;
• Orientação familiar;
• Acompanhar a Saúde do trabalhador;
• Vigilância epidemiológica;
• Vigilância nutricional;
• Vigilância sanitária.
Lei 8.142/90
•A Lei 8.142/90 foi votada em 28 de dezembro de 1990
•Aborda a participação da população na gestão do Sistema Único de Saúde e as transferências de
recursos da área de saúde entre os governos
•É por meio desta lei que são instituídas as instâncias colegiadas e os instrumentos de
participação social em cada esfera de governo
•Os recursos financeiros só são recebidos mediante existência de Conselho Municipal de Saúde,
funcionando de acordo com a legislação.
Relação entre a Lei 8.080 e 8.142
•Como foi falado, a Lei 8.080 deu origem ao SUS. No entanto, é a
8.142 que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
mesmo e sobre os principais aspectos relacionados aos recursos
financeiros
MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
•É um sistema lógico que organiza o funcionamento das redes de atenção à
saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os componentes da
rede e as intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente
da saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes
sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada
sociedade.
MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS
•Serve para organizar a atenção às condições agudas e a intensificação das
condições crônicas.
•OBJETIVO: identificar, no menor tempo possível, baseado em sinais de alerta, a
gravidade de uma pessoa em situação de urgência e/ou emergência e definir o
ponto de atenção adequado para aquela situação, considerando-se o tempo como
variável crítica, ou seja, o objetivo é CLASSIFICAR O RISCO e não fazer
diagnóstico
SISTEMA MANCHESTER DE CLASSIFICAÇÃO
DE
RISCO
MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRONICAS
•São aquelas condições mais ou menos longo ou permanente que exigem respostas e ações
contínuas e proativas do sistema de atenção á saúde, dos profissionais de saúde e das pessoas
usuárias para o seu controle efetivo, eficiente e de qualidade
•Esse modelo engloba:
•O Modelo dos Determinantes Sociais
•O Modelo de Atenção Crônica (MAC) - Modelo de Wagner e o Modelo da Pirâmide de risco
•O Modelo da Atenção as Condições Crônicas (MACC) - Modelo proposto por Mendes e
adaptado para o
SUS
MODELO DOS DETERMINANTES
SOCIAIS
•Refere-se aos fatores relacionados com as • Educação
condições de vida e de trabalho da população
que influenciam seu estado de saúde • Raça/Etnicidade

•PRINCIPAIS DETERMINANTES SOCIAIS • Ambiente


DA SAÚDE • A Violência
•• Acumulação dos riscos no curso da vida • Localização Geográfica
•• Renda • Estilos de Vida
•• Coesão Social
•• Emprego
OS MODELOS DE ATENÇÃO
CRÔNICA
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
PRINCIPAIS FATORES DE RISCOS
PARA AS
CONDIÇÕES CRÔNICAS
• IDADE
• TABAGISMO
• SOBREPESO E OBESIDADE
• ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
• SEDENTARISMO
• SEXO INSEGURO
• USO ABUSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
• STRESS
• HIPERTENSÃO ARTERIAL
• INTOLERÂNCIA À GLICOSE
• DEPRESSÃO
ELEMENTOS-CHAVE DO MODELO DE
ATENÇÃO ÀS
CONDIÇÕES CRÔNICAS
• Plano de cuidado individual feito conjuntamente

pelos profissionais e usuário


• Uso de instrumentos de autocuidado orientado
desenvolvidos com base em evidências
• Uso intensivo de reuniões de grupos de usuários
para estímulo ao autocuidado orientado
• Profissional de saúde comunitária na equipe
•Implantação de prontuários clínicos eletrônicos
ELEMENTOS-CHAVE DO MODELO DE
ATENÇÃO ÀS
CONDIÇÕES CRÔNICAS
• Implantação das diretrizes clínicas

• Educação permanente dos profissionais


• Educação em saúde dos usuários
• Equipe multiprofissional na atenção primária à saúde
• Suporte de especialistas para a equipe de atenção primária à saúde
• Introdução da atenção às condições crônicas no plano estratégico
das redes de atenção à saúde
•Parcerias com organizações comunitárias
DOENÇAS E AGRAVOS DE
NOTIFICAÇÃO COMPULSORIA
•Comunicação obrigatória à autoridade Acidente de trabalho

de saúde Aids
Coqueluche
•Realizada pelos médicos, profissionais
Meningites
de saúde ou responsáveis pelos
Sarampo e rubéola
estabelecimentos de saúde, públicos
Síndrome Gripal (com dados COVID19)
ou privados, sobre a ocorrência de
suspeita ou confirmação de doença, Síndrome Respiratória Aguda Grave (com dados COVID19)

agravo ou evento de saúde pública, Surtos Notificados (incluindo Síndrome Gripal)

descritos no anexo, podendo ser Planilha de Acompanhamento de Surtos (incluindo


Síndrome Gripal)
imediata ou semanal.
Tuberculose
Violência e Acidentes
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA
• Tem por finalidade promover a detecção e prevenção de doenças e agravos
transmissíveis à saúde e seus fatores de risco, bem como a elaboração de
estudos e normas para as ações de vigilância epidemiológica
•É responsabilidade da epidemiologia elaborar estudos e normas, divulgar
informes epidemiológicos e notas técnicas, que têm a finalidade de recomendar
e adotar medidas de prevenção e controle das doenças transmissíveis e
infecções sexualmente transmissíveis

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