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Políticas Básicas

De
Saúde

Professora:
Márcia Pereira de
Souza
Saúde Pública
• “É o campo de conhecimento e atividades que
tem por objetivo a promoção, proteção e
recuperação da saúde da comunidade,
identificar e elevar os níveis de saúde da
comunidade através de medidas de alcance
coletivo, da motivação e participação ativa da
população e da organização de seus recursos,
assim como algumas práticas para conservar a
saúde impedindo a instalação da doença”.
Objetivos da Saúde Coletiva
• Avaliar o estado de saúde da população ou condições de saúde de
grupos populacionais específicos e tendências gerais do ponto de vista
epidemiológico, demográfico, socioeconômico e cultural.

• Oferecer serviços de saúde, enquanto instituições de diferentes níveis


de complexidade (do posto de saúde ao hospital especializado).

• Formulação e implantação de políticas de saúde, bem como avaliação


de planos, programas e tecnologias utilizados na atenção a saúde.

• Investigar dados históricos, sociológicos, antropológicos e


epistemológicos sobre a produção de conhecimentos do saber
cientifico e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas
pelas tradições, crenças e cultura de modo geral.
PROCESSO SAÚDE/DOENÇA

• Conceitos:
SAÚDE:

A OMS diz: que é o estado de total bem estar físico,


psíquico e social.

A Constituição Federal de 1988 diz: que é direito de todo


cidadão e dever do estado garanti-la mediante políticas
públicas de educação, saneamento básico, esporte,
trabalho e lazer.
• DOENÇA:

É um conjunto de sinais e sintomas


específicos que afetam um ser vivo,
alterando o seu estado normal de saúde.
Portanto...
• Processo saúde/doença é uma expressão usada
para fazer referência a todas as variáveis que
envolvem a saúde e a doença de um indivíduo
ou população e considera que ambas estão
interligadas e são consequências dos mesmos
fatores.
Vigilância
Epidemiológica
CONCEITO
• A palavra “epidemiologia” é derivada das palavras
gregas: epi “sobre”, demos “povo” e logos “estudo”.

• A epidemiologia é a ciência que estuda os padrões da


ocorrência de doenças em populações humanas e os
fatores determinantes destes padrões (MENEZES,
2008).

• Oferece entendimento sobre a saúde da população.


HISTÓRICO
• Século XIX
o Hipocrátes – A 2.500 anos deu inicio a analise racional da
manifestação das doenças.
o John Graunt – (1620 a 1674) Tabela mortuária em Londres;
o John Snow – Pai da Epidemiologia de campo.
o Contribuições da Microbiologia.

 Século XX
◦ Epidemiologia no Brasil
◦ Oswaldo Cruz (1872 – 1917)
◦ Atualmente possui grande relevância para saúde coletiva
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS

• Processo Saúde-Doença

o Período pré-patogênico
• Fase inicial

o Período patogênico
• Fase patológica pré-clínica
• Fase patológica clínica
• Fase de capacidade residual
NÍVEIS
DE Prevenção Terciária
Reabilitação.
PREVENÇÃO
Prevenção
Secundária
Diagnóstico precoce,
Exames preventivos.

Prevenção Primária
Promoção de saúde, prevenção
específica.
EPIDEMIOLOGIA
QUEM?

QUANDO?

ONDE?

MEDIDAS DE
PREVENÇÃO
VISÃO HOLÍSTICA
NOÇÕES DE EPIDEMIOLOGIA
Agente etiológico
Fatores genéticos/hereditários
MULTICAUSALIDADE
Meio Ambiente
Estilo de vida
TEORIAS Organização da Assistência a saúde

UNICAUSALIDADE
Agente etiológico
(INICIO DO SEC. XX)
Foco na doença
TEORIA DA MULTICAUSALIDADE
• Incorpora a visão holística ao
processo de cuidar;

• Devemos desenvolver intervenções


de prevenção e controle permanentes
da saúde da população, visando a
melhoria dos indicadores de saúde.

• O processo saúde/doença, dependerá


de como vive o indivíduo/população,
ou seja, sua qualidade de vida.
TEORIA DA MULTICAUSALIDADE
A Teoria Multicausal: a doença como resultante de várias causas que ordenam
dentro de três categorias: o agente, o hospedeiro e o meio ambiente.

• Agente: é um microrganismo capaz de produzir infecção ou um agravo a


saúde.

• Hospedeiro: é todo e qualquer ser vivo que abrigue um agente em seu


organismo.

• Meio Ambiente: meio pelo qual o microrganismo é transmitido ao


hospedeiro (sangue, ar, água, solo...).
TEORIA DA UNICAUSALIDADE
Baseava-se na existência de apenas uma causa
(agente) de um agravo ou doença. Essa concepção,
que permitiu o sucesso na prevenção de diversas
doenças, termina por reduzi-las à ação única de um
agente específico.
História Natural da Doença
• Um modelo para estudo das doenças, encarando-as
como um processo composto por etapas sucessivas.

• Essas etapas formam dois períodos: PRÉ-


PATOGÊNICO e PATOGÊNICO.
• Período pré-patogênico – Há interação entre agente,
hospedeiro, e fatores ambientais, sem que a estrutura orgânica
ou psíquica do homem seja alterada.

• Período patogênico – Começa quando há perda do equilíbrio


da interação dos fatores (agente, hospedeiro e ambiente) e
ocorre alterações orgânicas e psíquicas.
NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE OU
PREVENÇÃO

• Prevenir é prever antes que algo aconteça, ou


mesmo cuidar para que não aconteça. Prevenção
em saúde pública é a ação antecipada com base
no conhecimento da história natural, com o
objetivo de interceptar ou anular uma doença.
Prevenção Primária – É aplicada no período pré-
patogênico, feita através de promoção de
saúde e proteção específica.

• São medidas de ordem geral, e o resultado


dessas medidas é o aumento da saúde e do
bem estar geral da população.

• Promoção da Saúde: Moradia adequada; saneamento


básico; educação sanitária; alimentação adequada...

• Proteção específica: Imunização; saúde ocupacional;


medidas de controle de vetores; aconselhamento
genético.
• Prevenção Secundária – É aplicada no período
patogênico, feita através de diagnóstico
precoce e limitação das incapacidades com:

• Exames periódicos, individuais, para


detecção precoce dos casos;
• Inquéritos para detecção de casos na
comunidade;
• Tratamento para evitar a progressão da
doença;
• Evitar futuras complicações;
• Evitar sequelas.
Prevenção Terciária – É aplicada no período
pós-patogênico, feita através de reabilitação,
readaptação.

Feita através de ações aplicadas pela


fisioterapia, terapia ocupacional e etc.
Fontes de Dados e
Notificação
Introdução
Como observamos a VE trabalha com dados gerados nas
instituições públicas e privadas de todo país. Ela se baseia em
notificações para realizar seu trabalho.
• Notificação: entendida como a “comunicação da ocorrência de
determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária
por profissionais de saúde ou qualquer cidadão.
A Notificação é essencial para implementação de medidas
pertinentes, o conhecimento da real situação da população e divulgação.

• Subnotificação: impedimento ao poder público de atuar nas reais


necessidades da população.

• Notificação compulsória: foi criada uma lista de doenças de


notificação obrigatória em todo território nacional, a qual deverá ser
periodicamente atualizada.
Sistemas Nacionais de
Informação
• Existem no Brasil sistemas de informações que reúnem todas
as informações relativas aos agravos. Reúnem informações
como quantidade de nascimentos, de óbitos, de adoecimento
por doenças específicas e etc.
Esses sistemas são alimentados por todas as instituições
públicas e privadas de saúde do país através de boletins de
produção ambulatorial, atestados de óbito, declarações de
nascidos vivos, prontuários dos clientes ou autorizações para
internação hospitalar.
Entre eles se destacam:
• Sistema Nacional de Agravos de Notificação – SINAN- que
reúne todas as informações relativas aos agravos de notificação,
alimentado pelas notificações compulsórias.

• Sistema de Informação de Mortalidade – SIM – reúne os dados


relativos aos óbitos ocorridos. Alimentando pelos atestados de
óbitos emitidos, possibilita o conhecimento da distribuição dos
óbitos.

• Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC –


permite conhecer quantas crianças nascem por ano e por região,
bem como as características ligadas à saúde da mãe (idade
gestacional por exemplo) e do recém-nascido (presença de
malformações congênitas aos nascer), apontando que necessidades
assistenciais devem ser atendidas na região dos nascimentos para
melhorar a qualidade da assistência pré-natal e à criança.
• Sistema de Informações Hospitalares – SIH – reúne informações
sobre assistência prestada pelos hospitais.

• Sistema de Informações Ambulatoriais – SIA – reúne as


informações obtidas com os atendimentos ambulatoriais, seja em
unidades básicas e saúde, seja em hospitais.

• Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN –


permite conhecer o perfil das condições nutricionais.
Sistema de Informações em Saúde para a Atenção Básica – SISAB
Foi instituído pela Portaria GM/MS Nº 1.412, de 10 de julho de 2013, passando a
ser o sistema de informação da Atenção Básica vigente para fim de financiamento e
de adesão aos programas e estratégias da Política Nacional de Atenção, substituindo
Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). O SISAB integra a estratégia do
Departamento de Saúde da Família ( DESF/SAPS/MS) denominada e-SUS Atenção
Primária (e-SUS APS), que propõe o incremento da gestão da informação, e
automação dos processos, a melhoria das condições de infraestrutura e a melhoria
dos processos de trabalhos.
RESP-Microcefalia

Atualmente, o conjunto de alterações de saúde causadas pelo vírus Zika é


chamado de Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika
(SCZ) e o RESP-Microcefalia. (
http://www.resp.saude.gov.br/microcefalia#/painel) constitui o principal
instrumento para a vigilância da SCZ no Brasil, onde casos suspeitos da
doença continuam sendo notificados mesmo após o encerramento oficial do
período epidêmico. A investigação destes casos e sua classificação final
também ocorre através deste sistema, sendo realizadas por profissionais de
saúde previamente cadastrados, com acesso ao RESP-Microcefalia.
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água
para Consumo Humano (SISÁGUA)

Fornece informações sobre a qualidade da água para consumo humano


proveniente dos sistemas público e privado e soluções alternativas de
abastecimento.
Objetiva coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente, de
forma a produzir informações necessárias à prática da vigilância da água e de
consumo humano (avaliação da problemática da qualidade da água e
definição de estratégias para prevenir e controlar os processos de sua
deterioração e transmissão de enfermidades) por parte das secretarias
municipais e estaduais de saúde.
e-SUS Notifica

O sistema e-SUS Notifica foi lançado em 24 março de 2020 para receber


notificações de Síndrome Gripal (SG) suspeita e confirmada de Covid-19
no Brasil. Trata-se de um sistema on-line com infraestrutura de alta
performance a fim de garantir agilidade no processo de notificação. Por ser
on-line, possibilita que todos os níveis de gestão, profissionais e unidades
de saúde tenham acesso em tempo real às notificações realizadas. Está
disponível no endereço eletrônico: <https://notifica.saude.gov.br/login>
Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SISPNCD)

Foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde em substituição ao Sistema de


Informação da Febre Amarela e Dengue (SISFAD). O modelo anterior
operava no sistema MS-DOS, enquanto o atual passou a operar no sistema
Windows. Tal mudança propiciou a entrada do programa para área gráfica,
facilitando sua operacionalização pelos usuários. O Programa opera dois
módulos: Web e local.
A variação anormal deste fatores pode indicar:
• Endemia - É a ocorrência de determinada doença que acomete
sistematicamente populações em espaços característicos e
determinados, no decorrer de um longo período (PEREIRA 2004).
É uma doença infecciosa que ocorre em um dado território, e que
permanece provocando novos casos frequentemente.

• Epidemias - É a ocorrência em uma comunidade ou região de


casos de natureza semelhante, claramente excessiva em relação
ao esperado.

• Pandemias - caracterizada por uma epidemia com larga


distribuição geográfica, atingindo mais de um país ou de um
continente. (PEREIRA 2004).
• Sazonal - Relativo a estação do ano, próprio de uma estação
(temporário).
A variação anormal deste fatores pode indicar:
• Surto - Acontece quando há o aumento repentino do número de
casos de uma doença em uma região específica. Para ser
considerado um surto, o aumento de casos devem ser maiores
do que o esperado pelas autoridades.

• Afecções - São modificações sofridas pelo organismo,


resultante de uma doença.

• Secreção - É o meio através do qual as células


descarregam substâncias que produzem internamente para
o meio externo. Quando a substância eliminada pela célula
pode ter um fim específico.
A variação anormal deste fatores pode indicar:

• Excreção – São chamados de excretas os resíduos que devem


ser eliminados do organismo.

• Agravo - Dano, mal ou prejuízo à saúde de um indivíduo,


coletividade.

• Exantemas - É uma erupção geralmente avermelhada que


aparece na pele devido dilatação dos vasos sanguíneos ou
inflamação. Podem se manifestarem desde manchas planas até
vesículas ou bolhas.
Outros conceitos importantes
• Agente etiológico – é o agente causador ou responsável pela origem da
doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário ou um helminto.

• Infecção – é a invasão do organismo por agentes patogênicos


microscópicos.

• Infestação – é a invasão do organismo por agentes patogênicos


macroscópicos.

• Hospedeiro – organismo que serve de habitat para outro que nele se


instala encontrando as condições de sobrevivência. O hospedeiro pode
ou não servir como fonte de alimento para o parasita.

• Profilaxia - é o conjunto de medidas que visam a prevenção,


erradicação ou controle de doenças ou de fatos prejudicais aos seres
vivos.
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA
.

• A vigilância epidemiológica tem como finalidade fornecer


subsídios para execução de ações de controle de doenças e
agravos (informação para a ação) e, devido a isso, necessita de
informações atualizadas sobre a ocorrência dos mesmos. A
principal fonte destas informações é a NOTIFICAÇÃO DE
AGRAVOS E DOENÇAS PELOS PROFISSIONAIS DE
SAÚDE.
.

• A escolha das doenças e agravos de


notificação compulsória obedece a critérios
como magnitude, potencial de disseminação,
transcendência, vulnerabilidade,
disponibilidade de medidas de controle, sendo
a lista periodicamente revisada, tanto em
função da situação epidemiológica da doença,
como pela emergência de novos agentes e por
alterações no Regulamento Sanitário
Internacional.
.

 Objetivos

 Detectar casos e/ou surtos de doenças para a adoção de ações


oportunas e custo-efetivas.

 Aumentar a sensibilidade na confirmação de doenças e


agravos de notificação.

 Melhorar a oportunidade no diagnóstico, tratamento,


notificação e instituição de medidas epidemiológicas de
controle em caso de doenças e agravos de notificação.
.

 Objetivos

 Ampliar a definição etiológica das doenças.


 Detectar doenças EMERGENTES (surgimento ou a
identificação de um novo problema de saúde ou um novo
agente infeccioso) e
 REEMERGENTES (indicam mudança no comportamento
epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido
controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde
humana).
 Fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica local.
 Avaliar o impacto das medidas aplicadas.
.

• Os dados coletados sobre as doenças de notificação compulsória


são incluídos no Sistema Nacional de Agravos de Notificação
(SINAN).

• A principal fonte destas informações é a notificação de agravos e


doenças pelos profissionais de saúde. A PORTARIA Nº 264, DE
17 DE FEVEREIRO DE 2020 do Ministério da Saúde apresenta a
relação vigente de doenças, agravos e eventos em saúde pública de
notificação compulsória, devendo ser notificados todos os casos
suspeitos ou confirmados.
PORTARIA Nº 264, DE 17 DE
FEVEREIRO DE 2020

Altera a Portaria de Consolidação nº 4/GM/MS, de 28 de setembro de


2017, para incluir a doença de Chagas crônica, na Lista Nacional de
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde
pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território
nacional.
PRÓXIMOS SLIDES:
LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE
DOENÇAS, AGRAVOS E EVENTOS DE SAÚDE PÚBLICA.
.

• A notificação compulsória é OBRIGATÓRIA A TODOS OS


PROFISSIONAIS DE SAÚDE médicos, enfermeiros,
odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos,
farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como
os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos
e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os
arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
• Agravos de notificação em até sete dias devem ser informados à
.

Vigilância Epidemiológica dos Distritos Sanitários de acordo


com a área de localização do serviço.
• Deve ser preenchida ficha de notificação e posteriormente
conforme o agravo ficha de investigação específica. 

Os casos suspeitos notificados


serão acompanhados pela
Vigilância Epidemiológica
para apoio na investigação e
confirmação ou descarte dos
casos.
Cives
Centro de Informação em Saúde para Viajantes
Doenças Transmitidas por Água e Alimento

As doenças transmitidas através da ingestão de água e


alimentos contaminados estão entre os principais riscos
para a saúde durante as viagens.  Mais de 250 doenças
podem ser transmitidas desta forma, causadas por agentes
infecciosos (incluindo príons), toxinas (produzidas
por agentes infecciosos ou por organismos marinhos)
e contaminantes químicos.
Doenças Transmitidas por Água e Alimento

• Estas doenças podem ocorrer em qualquer país


do mundo, inclusive nos mais desenvolvidos. Em
países em desenvolvimento, onde a infraestrutura
de saneamento básico é inadequada ou
inexistente, o risco de transmissão é ainda maior,
visto ser relativamente comum a contaminação
das fontes de água e de alimentos com resíduos
fecais. 
Transmissão
• Os agentes infecciosos (bactérias, vírus, helmintos e
protozoários) são as principais causas de doenças
transmitidas por água e alimentos contaminados em
viajantes.
•  O consumo de alimentos preparados por vendedores
ambulantes ou a ingestão de alimentos crus (ou
inadequadamente preparados), em especial frutos do mar,
constitui um risco elevado de adoecimento para o viajante.
A alimentação feita diretamente com as mãos ou o
compartilhamento de um mesmo recipiente com outras
pessoas (comum em diversas culturas), aumentam o risco
de aquisição de doenças.
CONTINUAÇÃO TRANSMISSÃO

• A diarreia dos viajantes, em geral, é uma infecção


alimentar, ou seja, ocorre após a ingestão de água ou
alimentos contaminados por um agente infeccioso, que
pode multiplicar-se no trato digestivo humano.

• A "doença da vaca louca”, em animais,


afeta exclusivamente o gado bovino que é alimentado com
rações preparadas a partir de carcaças de ruminantes
recicladas.
CONTINUAÇÃO TRANSMISSÃO

• O agente etiológico (príon) está presente


principalmente no tecido nervoso do animal
infectado (cérebro, medula e nervos periféricos), é
altamente resistente e não é inativado durante o
processo de reciclagem das carcaças, o que
permite a sua entrada na cadeia alimentar do gado
bovino.
CONTINUAÇÃO TRANSMISSÃO

• A doença, que não existe no Brasil, é transmitida


através de ingestão de carne bovina ou derivados
contaminados com príons, partículas proteicas
capazes de alterar o metabolismo celular, que levam à
produção anormal de proteínas que se depositam no
cérebro. Os príons, que também podem ser
transmitidos a partir da transfusão de sangue de
pessoas infectadas, não podem ser inativados por
qualquer dos métodos (ferver, assar, fritar) utilizados
no preparo da carne bovina para consumo.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
• Ainda que pareça, a seleção de alimentos seguros
e de água adequada para o consumo não é tarefa
simples, uma vez que envolve mudança de hábitos
individuais e compreensão clara dos riscos
existentes. Em geral, a aparência, o cheiro e o
sabor dos alimentos não ficam alterados pela
contaminação com o agentes infecciosos. A
alimentação na rua com vendedores ambulantes
constitui um risco elevado de aquisição de
doenças em qualquer lugar do mundo. 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Para reduzir os riscos, o viajante deve alimentar-
se em locais que tenham condições adequadas
ao preparo higiênico de alimentos, além de
observar cuidados adicionais. Os alimentos
devem ser bem cozidos e servidos logo após a
preparação, para evitar nova contaminação.
Quando preparados com antecedência, devem
ser novamente aquecidos, imediatamente antes
do consumo e servidos ainda quentes ("saindo
fumaça").
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

• O consumo de água mineral gaseificada, que tem


menor risco de estar adulterada, e de outras
bebidas engarrafadas industrialmente, como
refrigerantes, cervejas e vinhos, é geralmente
seguro. Café e chá bebidos ainda quentes não
constituem risco. O congelamento não elimina
os agentes infecciosos. Em razão disto, não deve
ser utilizado gelo em bebidas, a não ser que tenha
sido preparado com água tratada (clorada ou
fervida).
VENDEDORA AMBULANTE “FILTRANDO”
BEBIDA PARA TURISTAS
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

• O cloro e o iodo são capazes de eliminar a maioria


dos agentes infecciosos e têm eficácia semelhante,
quando utilizados nas concentrações e por
períodos de tempo adequados para o tratamento.
No entanto, os oocistos do Cryptosporidium
parvum (que pode causar diarreia em
imunodeficientes) são resistentes a ambos.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
• Em países onde pode ocorrer a encefalopatia
espongiforme transmissível ("doença da vaca
louca), deve ainda ser levado em consideração
que nenhum dos métodos de preparo da carne
bovina (inclusive cozimento) é capaz de inativar o
agente causador da doença. O risco de
transmissão é mais elevado em produtos que
contenham quantidade maior de tecido nervoso,
como hambúrgueres e embutidos (como salsichas,
salames e mortadelas). 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

• O risco de encefalopatia espongiforme


transmissível ("doença da vaca louca”) parece ter
sido reduzido significativamente com as medidas
sanitárias de controle adotadas (como a proibição
do uso de rações preparadas a partir de carcaças
de ruminantes). 
PRIMEIRO CASO DE DOENÇA DA VACA LOUCA
DETECTADO NA IRLANDA, EM 2013
DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA
E
POR ALIMENTOS
• Algumas doenças são transmitidas ao homem pelo
consumo de alimentos e água contaminados por
microrganismos. Ex. Hepatite, Verminose, Salmonela,
Escherichia coli....

• Mesmo sendo comuns, medidas de vigilância devem


ser implantadas para controlar e prevenir sua evolução
para formas mais graves nos indivíduos acometidos.

• Trata-se de um problema de saúde coletiva, uma vez


que muitas pessoas partilham da mesma água e
alimentos ao mesmo tempo.
As Notificações
são informações
para a ação

• Portanto, a notificação dos casos de doenças


desse tipo é útil para indicar onde os órgãos
responsáveis pelo saneamento básico,
recolhimento do lixo, fornecimento de água e
tratamento de esgoto devem atuar de forma
mais intensa.
HEPATITE A
Hepatite A
• Conceito: é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus VHA que
é transmitido por via oral-fecal.

• É um dos tipos de hepatite cuja incidência vem aumentando


progressivamente, em virtude das precárias condições de higiene e
saneamento básico

• Agente etiológico: vírus da hepatite A (HAV)

• Transmissão: fecal-oral, isto é, pela ingestão de água e alimentos


contaminados pelas fezes de doentes.

• Período de incubação: 15 e 45 dias, em média, 30 dias. Os sintomas


podem não se manifestarem, mas a pessoa infectada transmite o vírus.
• Sinais e sintomas:
 Alterações das funções hepáticas,
 Mal-estar,
 Cefaleia,
 Febre,
 Artralgias,
 Náuseas, vômitos,
 Inapetência,
 Dor abdominal,
 Icterícia,
 Fezes acólicas (deficiência de bile) e colúria.
 Hepatoesplenomegalia.
HEPATOMEGALIA E ESPLENOMEGALIA
• Diagnóstico: exame clínico; sangue e fezes.

• Tratamento: sintomático (antiemético, antipirético e


analgésico) repouso absoluto, dieta pobre em gorduras e
abolir a ingestão alcoólica.

• Ações de vigilância: Vigilância epidemiológica e sanitária.

• Profilaxia: medidas de saneamento básico e sistema de


esgoto adequado, cuidados de higiene, preparo
adequado dos alimentos e vacinas contra o VHA. (o
Ministério da Saúde disponibiliza somente para crianças
de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, 0,5
ml, IM profunda, músculo vasto-ântero lateral da coxa).
• CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
 Notificar o caso através da ficha
compulsória;
COMPULSÓRIA
  estimular repouso absoluto;
 Proporcionar uma adequada ingesta de
líquidos, pelo menos “3000 ml/dia”;
Ressalva: Exemplo do cálculo de ingesta de
água/dia 35ml de H2O multiplicado pelo
peso corporal. Uma pessoa de 45 kg deve
tomar 1,575 ml de H2O/dia.
  Incentivar o paciente a realizar pequenas
e frequentes refeições durante o dia;
 Controlar sinais vitais, principalmente
temperatura;
 Orientar quanto a não ingestão de bebidas
alcoólicas por no mínimo seis meses.
FEBRE TIFÓIDE
FEBRE TIFÓIDE
• Conceito: é uma doença infectocontagiosa,
de notificação compulsória, causada pelo agente etiológico,
bactéria Salmonella typhi. 
• É uma doença associada às condições de saneamento e hábitos
individuais de higiene pessoal e ambiental.

• Transmissão: pela água e alimentos, especialmente leite e


derivados contaminados com fezes e urina de paciente ou portador
que contenham a bactéria Salmonella typhi.

• Fisiopatologia: Após a ingestão de alimentos contaminados, a


Salmonella typhi invade a mucosa digestiva, atingindo os linfonodos
regionais e a corrente sanguínea. Como proliferam em grande
quantidade, muitas bactérias continuam a ser eliminadas pelas
fezes.
• Sinais e sintomas: esplenomegalia,
inapetência, anorexia, bradicardia, manchas
rosadas no tronco, obstipação intestinal ou
diarreia, tosse seca, epistaxe e Pirexia (39° a
40°C).

Cerca de 10% dos pacientes continuam


eliminando a bactéria durante três meses após o
início da doença. Aproximadamente, 5% dos
doentes tornam-se portadores após a cura,
podendo continuar a transmitir a S. typhi por
muito tempo.
• Tratamento: hospitalização para tratamento
sintomático, soroterapia e antibioticoterapia.

• Diagnóstico: exames: hemocultura, urocultura e


coprocultura.

• Cuidados de Enfermagem:
– Estimular ingesta de líquidos, para prevenir a desidratação;
– Observar sinais de complicações intestinais como a
hemorragia intestinal, que pode levar ao choque
hipovolêmico.
– Orientar medidas de higiene pessoal adequada e dos
alimentos.
• Período de Incubação: 7 a 21 dias.

• Profilaxia (prevenção): consumir água filtrada,


manuseio e preparo adequado dos alimentos,
evitar alimentação na rua, manter higiene
pessoal, saneamento básico e controle do lixo.

• Ações de vigilância: Vigilância epidemiológica e


sanitária.
CÓLERA
CÓLERA
• Conceito: é uma doença infecciosa aguda, transmissível e perigosa, pois
caracteriza-se por uma infecção intestinal grave, podendo levar à morte
em decorrência da desidratação. 

• Agente etiológico: é causada por uma bactéria, o vibrião colérico (Vibrio


cholerae), transportada pela água e por alimentos contaminados,
principalmente quando consumidos crus ou mal cozidos.

• Fisiopatologia: Com a ingestão do alimento contaminado, a bactéria


penetra no organismo e a doença pode manifestar-se em algumas horas
ou em até cinco dias. A bactéria adere à mucosa intestinal produzindo
uma enterotoxina que bloqueia a absorção de água e de outros
eletrólitos importantes para o funcionamento do organismo,
aumentando a excreção intestinal.
CÓLERA
• Transmissão: Vibrio
cholerae penetra no
organismo humano
• Diagnóstico:
através da ingestão
exame clínico e
de água e alimentos
cultura de amostra
contaminados
de fezes para
(transmissão oral-
identificação da
fecal).
bactéria.
• Sinais e Sintomas: diarreia do tipo “água de
arroz”, vômitos, dor abdominal e, nas formas
graves, câimbras (devido à perda de potássio),
choque hipovolêmico, desidratação e
comprometimento renal.

• Período de incubação: 1 hora a 5 dias.

• Tratamento: hospitalização, reidratação (oral e


intravenosa), antibioticoterapia e realização
suplementação de eletrólitos S/N.
• MEDIDAS DE CONTROLE
E PREVENÇÃO:

– Lavar as mãos com água e sabão frequentemente,


especialmente depois de usar o banheiro e antes de
manipular alimentos. Se possível, desinfete as mãos
com álcool a 70%.
– Ingestão de água de boa qualidade;
– Destino adequado aos dejetos e lixo;
– Desenvolvimento de ações de educação em saúde;
– Controle da higiene e cozimentos dos alimentos.
• Ações de vigilância: Vigilância epidemiológica realiza
investigação a partir da notificação compulsória.

• Cuidados de Enfermagem:
 Realizar hidratação oral ou endovenosa conforme
prescrição médica;
 Orientar a rigorosa higienização das mãos;
 Promover a desinfecção e troca de vestuário pessoal e da
cama dos pacientes em caso de vômitos ou diarreia em
leito;
 Promover isolamento entérico (vaso sanitário exclusivo).
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR
VETORES
O controle das doenças transmitidas por vetores
ainda é um desafio para a vigilância
epidemiológica e para as equipes de saúde, pois
são muitos os determinantes envolvidos na sua
incidência, ganhando importância especial os
associados ao desequilíbrio ambiental.

Dentre essas doenças, destacaremos algumas que


merecem nossa atenção especial, por sua
importância coletiva e frequência com que
ocorrem.
DENGUE
• A dengue é a mais prevalente doença viral transmitida por artrópode no
mundo. Sendo no Brasil um dos maiores problemas de Saúde Pública.
Primeiros relatos de Dengue no Brasil, século XIX e XX. Erradicada em
1955.
• A dengue é uma enfermidade infecciosa aguda é uma doença sistêmica
viral do tipo arbovirose causada por um RNA vírus da família Flaviviridae
e do gênero Flavivírus que apresenta cinco sorotipos infectantes: DENV-
1, DENV-2, DENV-3, DENV-4 e DENV-5.
• A infecção pode resultar em um amplo espectro de efeitos, incluindo:
01.Infecção Inaparente, 02.Dengue Clássica, 03.Dengue Hemorrágica e
04.Febre da Dengue ou Síndrome do Choque da Dengue. Explicar sobre
DENV-5.
Fiocruz e Lacen-GO
detectam novo genótipo do vírus da dengue no Brasil no Brasil
05/05/2022
Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)

Pela primeira vez, o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vírus da


dengue foi detectado no Brasil. Presente na Ásia, Pacífico, Oriente
Médio e África, a linhagem é a mais disseminada no mundo, mas
nunca tinha sido encontrado no território brasileiro. A identificação
foi realizada em fevereiro em uma amostra referente a um caso
ocorrido no final de novembro em Aparecida de Goiânia/Goiás. O
achado representa o segundo registro oficial desse genótipo nas
Américas, após um surto no Peru, em 2019.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos, nomeados como 1, 2, 3 e
4, e cada sorotipo pode ser subdividido em diferentes genótipos
(também chamados de linhagens), devido à presença de variações
genéticas. O genótipo cosmopolita é uma das seis linhagens do
sorotipo 2 do patógeno.

Para os pesquisadores, a chegada dessa cepa ao Brasil preocupa,


porque existe a possibilidade de ela se disseminar de forma mais
eficiente do que a linhagem asiático-americana, também conhecida
como genótipo 3 do sorotipo 2, que atualmente circula no país.
Para os pesquisadores, a chegada dessa cepa ao Brasil preocupa,
porque existe a possibilidade de ela se disseminar de forma mais
eficiente do que a linhagem asiático-americana, também conhecida
como genótipo 3 do sorotipo 2, que atualmente circula no país.

“Ainda não sabemos como será a proliferação do genótipo


cosmopolita no Brasil. Mundialmente, ele é muito mais distribuído e
causa mais casos do que o genótipo asiático-americano, que circula
no Brasil há anos.
O quadro global indica que a linhagem cosmopolita tem capacidade
de se espalhar facilmente”, afirma o coordenador da pesquisa, Luiz
Carlos Júnior Alcantara, pesquisador do Laboratório de Flavivírus do
IOC/Fiocruz.
• Período de incubação: de 3 a 15 dias, em média, de
5 a 6 dias.

• Período de Viremia:
Este período começa uma dia antes do aparecimento
da febre e vai até o 6º dia da doença.
• Características do mosquito: Aedes aegypti mede
menos de um centímetro, tem cor café ou preta e
listras brancas no corpo e nas pernas. O mosquito
costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas
últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo
nas horas quentes, pode atacar à sombra, dentro ou
fora de casa.
• O Aedes aegypti se caracteriza por ser um inseto
de comportamento estritamente urbano, sendo
raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas
em reservatórios de água nas matas. Em média, o
mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea
chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez.
Mosquito pode voar 150 metros na horizontal e
10 metros na vertical. (vertical)

• Ela é capaz de realizar inúmeras posturas no


decorrer de sua vida, já que copula com o macho
uma única vez, armazenando os espermatozoides
em suas espermatecas.
• Os ovos são postos milímetros acima da superfície da
água em recipientes tais como latas, garrafas vazias,
pneus e etc. Quando chove, o nível da água sobe, entra
em contato com os ovos que eclodem em pouco mais
de 30 minutos. Em um período que varia entre cinco e
sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem
ao mosquito adulto. Orientar o porque da limpeza do
quintal a cada uma semana.

Aedes aegypti, o mosquito transmissor


da Dengue, Zika e Chikungunya
•Transmissão: a fêmea do mosquito pica a pessoa
infectada, mantém o vírus em sua saliva e o retransmite
em novas picadas. A transmissão ocorre pelo ciclo Homem
- Aedes aegypti - Homem.

• Diagnóstico:
Sinais clínicos, fragilidade capilar,
sorologia, isolamento viral e;
Anatomopatológico (5 dias após o
início da febre).
•Prova do laço (fragilidade capilar): é obrigatória em
todos os casos suspeitos de dengue.

• Desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado ou uma área ao


redor da falange distal do polegar, no antebraço da pessoa
e verificar a PA (paciente deitado ou sentado);
• Calcular o valor médio: (PAS+PAD)/2;
• Insuflar novamente o manguito até o valor médio e
manter por cinco minutos em adulto, três minutos em
crianças ou até o aparecimento de petéquias ou
equimoses;
• Contar o número de petéquias no quadrado. A prova será
positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10
ou mais e crianças.
PROVA DO LAÇO
• TIPOS DE DENGUE
•Sinais e sintomas:


01. INFECÇÃO INAPARENTE: Na infecção inaparente, a doença
praticamente não se manifesta. Geralmente os sintomas são
confundidos com um simples mal-estar. A pessoa está contaminada, mas
não chega a desconfiar que possa estar com Dengue.


02. DENGUE CLÁSSICA: É a manifestação da Dengue com suas
características mais marcantes: Febre alta e repentina, pirexia (39°C a
40°C), com duração de 2 a 7 dias, cefaleia, artralgias, dor retro-orbitária,
náuseas, vômitos, astenia, exantema, prurido cutâneo, dor abdominal.
Pode vir associada ou não a vômitos e diarreias. Na Dengue clássica o
paciente é observado em casa seguindo o tratamento recomendado
pelo médico. Não há riso de morte!!
 03. DENGUE HEMORRÁGICA: dores abdominais fortes e
contínuas, vômitos persistentes, manifestações
hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia,
sangramento gastrintestinal, derrames cavitários);
hipotermia, hipotensão, letargia ou agitação, pulso
filiforme, sede excessiva e boca seca.

ATENÇÃO!!!!
Os primeiros sinais da doença são exatamente como os da
Dengue clássica, porém, mais ou menos no terceiro dia, o
doente começa a manifestar sangramentos, principalmente
pelo nariz, gengivas e pele (petéquias). Quando o
sangramento acontece, é necessário procurar um posto de
saúde ou o hospital mais próximo.
 4. FEBRE HEMORRÁGICA da DENGUE ou SÍNDROME do CHOQUE da
DENGUE: É a manifestação mais grave e rara da Dengue hemorrágica.
É caracterizada por palidez, hipotermia, alterações no nível de
consciência, taquipneia, alterações circulatórias como, pulso rápido e
fraco, pressão baixa e taquicardia. (Existe uma perda considerável de
sangue devido às hemorragias, com isso a frequência cardíaca é
aumentada para tentar suprir a necessidade de sangue do organismo.)

 Uma pessoa com febre hemorrágica da Dengue corre o risco de entrar


em choque hipovolêmico que é a situação onde o coração não
consegue bombear sangue suficiente para o corpo devido a sua pouca
quantidade no organismo. Essa perda de sangue acontece devido às
hemorragias causadas pela Dengue hemorrágica, podendo levar à
morte.
 5. DENGUE TIPO 5..: Surgiu em 2013 na ÁSIA 1º caso no
Brasil...identificado em 02/2022...Slides (91, 92 e 93)+ informações
atualizadas sobre o assunto?
• Ações de Vigilância Epidemiológica: controlar a ocorrência
da doença através do combate ao mosquito, através da notificação
compulsória.

• Medidas de controle:

 Combate ao vetor, através de


inspeção domiciliar;
 Educação em saúde e mobilização social;
 Eliminação de criadouros e tratamento
local com inseticidas;
 Capacitação de recursos humanos.
TRATAMENTO

. Sintomático;
• Reidratação oral ou venosa;
• Manutenção da atividade sanguínea;
• Verificar sinais vitais;
• Controlar líquidos ingeridos e eliminados;
• Atentar para dor abdominal e
• Repouso.
ATENÇÃO!!!!!
• Paciente, com quadro suspeito e
confirmado de Dengue, é proibido o uso de
antiagregante plaquetário e anticoagulante
(ex. AAS; Bissulfato de Clopidogrel;
somalgin cárdio; (rivaroxabana – xarelto) e
outros.

• Quanto ao uso do analgésico, Paracetamol,


a dose diária máxima é de DOIS GRAMAS.
Por que???
• Cuidados de Enfermagem:
 Verificar sinais vitais;
 Orientar repouso absoluto;
 Manter acesso venoso e soroterapia s/n;
 Estimular a mudança de decúbito;
 Controlar líquidos ingeridos e eliminados;
 Atentar para dor abdominal que pode evoluir choque
hipovolêmico;
 Administrar a medicação prescrita;
 Controle e avaliação de exames de laboratório;
 Restabelecer e manter a integridade da pele;
 Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
www.saúde.go.gov.br
LEPTOSPIROSE
AGENTE
ETIOLÓGICO

CONCEITO:
LEPTOSPIROSE
•Sinais e sintomas: febre abrupta, mal-estar geral, cefaleia, mialgia,
anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, artralgia, hemorragia conjuntival,
fotofobia, dor ocular, tosse, exantema, distúrbios neurológicos
(confusão, delírios e alucinações), hemoptise súbita levando a óbito
por asfixia.

•A Leptospirose Podendo aparecer anictérica ou ictérica .


 Forma anictérica (sem alterações de bilirrubina na pele) – afeta 60%
a 70% dos casos e dura de 1 a 7 dias. O doente apresenta febre, dor
de cabeça, dor muscular, falta de apetite, náuseas e vômitos,
rotulada como “síndrome gripal”.
 Forma ictérica – forma grave, conhecida como síndrome de Weil
(caracterizada pela tríade icterícia, insuficiência renal e hemorragias,
mais comum hemorragia pulmonar) e alterações hemodinâmicas
necessitando de UTI, letalidade variam entre 5 a 20%.
• Agente etiológico: Leptospira interrogans.

• Principais reservatórios da doença: roedores


das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou
rato de esgoto); Rattus rattus (rato preto); Mus
musculus (camundongo). Reservatórios de
menor importância: caninos, bovinos, suínos,
equinos, caprinos.
• Transmissão: Contato da pele lesionada, mucosa
ou até mesmo pele íntegra (por tempo
prolongado) com água (enxurrada) e lama
contaminada pela urina de ratos vindo de esgotos
e bueiros.

• Período de incubação: 1 a 30 dias (média de 7 a


14 dias).

• Diagnóstico: exame clínico e laboratoriais


(urocultura, hemograma e líquor).
• MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Relativas as fontes de infecção:

Notificação dos casos e detecção das áreas de


riscos;
Controle de roedores, melhorias nas condições
sanitárias da população, armazenamento
apropriado de alimentos, destino adequado ao
lixo, cuidados com higiene;
Remoção e destino adequado de resíduos
alimentares humanos e animais.
• MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Relativas as vias de transmissão:
Utilização de água potável, filtrada, fervida ou
clorada para consumo humano.
Vigilância sanitária de alimentos: produção,
armazenamento, transporte e conservação.
Descarte de alimentos que entraram em
contato com águas contaminadas;
Limpeza e desinfecção de áreas domiciliares
contaminadas com solução de hipoclorito de
sódio.
• MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Relativas ao suscetível:

Assistência médica adequada e oportuna;


Medidas de proteção individual para trabalhadores
ou indivíduos expostos a risco, através do uso de
luvas e botas;
Imunização de animais domésticos (caninos,
bovinos e suínos);
Redução do risco de exposição de ferimentos às
águas, lama e enchentes ou outra situação de risco.
• Tratamento: medidas de suporte como:
reposição hidroeletrolítica, nutrição parenteral,
assistência cardiorrespiratória,
antibioticoterapia (1ª escolha - penicilina
cristalina).

• Ação da Vigilância Epidemiológica: monitorar a


ocorrência de casos e surtos, reduzir a
letalidade da doença, direcionar medidas
preventivas através da notificação compulsória
nacional.
• Cuidados de Enfermagem:

 Realizar antibioticoterapia conforme prescrição médica;


 Manter reposição hidroeletrolítica;
 monitorizar o cliente e os sinais vitais;
 Realizar balanço hídrico;
 Pesar cliente diariamente
 Anotar aspecto da diurese e volume;
 orientar para utilização de água filtrada e fervida;
 Orientar à familiares quanto higiene e remoção de lixos;
 Instruir sobre armazenagem correta de alimentos em
locais livres de roedores.
MALÁRIA

• Conceito: é uma doença infecciosa febril


aguda cujo agente etiológico é um parasito de
gênero Plasmodium.
A malária também é conhecida como febre
palustre, maleita, paludismo ou impaludismo,
febre intermitente, febre terçã benigna, febre
terçã maligna, febre quartã, sezão, tremedeira,
batedeira ou simplesmente febre.
• Agentes etiológicos: Plasmodium Falciparum,
Plasmodium vivax, Plasmodium malarie.

• Reservatório: o homem é o único reservatório


importante.

• Vetor (quem transmite): mosquito Anopheles sp


infectada pelo Plasmodium sp.

• Período de incubação: 8 a 17 dias, podendo, contudo,


chegar a vários meses em condições especiais, no caso
de Plasmodium vivax e Plasmodium malariae.
• Transmissão: ocorre por meio da picada da fêmea do
mosquito Anopheles infectada pelo Plasmodium, que se
infecta, ao sugar o sangue de um doente.

• Ao picar a pele de uma pessoa, injeta a saliva com efeito


anticoagulante, atingindo os pequenos vasos capilares.
Juntamente com a saliva, é inoculado o parasito que, pelo
sangue, chega ao fígado, penetrando nas células hepáticas
(hepatócitos) - onde o Plasmodium se multiplica;
• Falar sobre morcego!!!

• Do fígado, milhares de larvas em forma de anel retornam à


circulação sanguínea invadindo as hemácias; dentro delas,
crescem e se multiplicam.
• Ciclo:

Mosquito fêmea Indivíduo infectado


saudável pelo parasita
(vetor) (Plasmodium)

Mosquito infectado
Infecta outro
(Plasmodium se
indivíduo
multiplica)
• Sinais e sintomas: cefaleia, cansaço, mialgia, fraqueza, pirexia,
calafrios, anemia intensa, inapetência, hiperpirexia (> 41° C),
convulsão, sudorese, hipoglicemia, hepatomegalia, disfunção
hepática, icterícia (hemólise), hemoglobinúria. Em geral, esses
quadros são acompanhados por dor abdominal, dor lombar,
vertigem, náuseas e vômitos.

• Diagnóstico: laboratorial

• Tratamento: antimaláricos específicos (Ministério da Saúde


disponibiliza gratuitamente na rede SUS).

• Prevenção: Medidas específicas de combate aos insetos e


proteção individual, pois não existe vacina.
• Ações da Vigilância Epidemiológica: detectar
surtos e epidemias, realizar o controle através
das medidas necessárias. Deve ser notificada na
ficha de NOTIFICAÇÃO DE CASO DE MALÁRIA.
• Cuidados de Enfermagem:

 Controlar sinais vitais;


 administrar medicações e soroterapias prescritas;
 Higienizar as mãos antes e após procedimentos;
 Estimular aceitação da dieta e ingesta hídrica;
 Controlar os picos febris;
 Orientar repouso no leito;
 Incentivar o uso de repelentes;
 relatar todas as anotações de enfermagem.
DOENÇA DE CHAGAS
• Conceito:  uma doença infecciosa causada pelo protozoário
Trypanosoma cruzi (agente etiológico), transmitido por insetos do
gênero dos triatomíneos (barbeiros).

• Vetor: Triatoma infestans ou Triatoma brasiliensis, popularmente


conhecidos como ou chupões.

• Transmissão: Vetorial (passagem do Trypanosoma cruzi, excretas do


barbeiro através da pele lesionada), Transfusional (hemoderivados),
Vertical ou transplacentária (congênita), Oral (alimentos
contaminados e leite materno) e Acidental (material contaminado
com sangue de doentes, excretas dos triatomíneos).
• Reservatórios: além do homem, animais
domésticos (gatos, cães, porcos), animais
silvestres (tatus, gambás, morcegos, macacos).

• Período de incubação: 5 a 40 dias após a infecção


(forma aguda).
• Sinais e Sintomas: Variam conforme a fase da
doença, que pode ser aguda ou crônica.
FASE AGUDA: febre pouco elevada, mal-estar geral,
cefaleia, fraqueza, edema no local da inoculação, aumento
de gânglios cervicais, miocardite, cardiomegalia,
insuficiência cardíaca, derrame pleural (“água no pulmão”).

•Sinais relacionados a inoculação do


parasita: sinal de Romanã, que é
ocular, com edema palpebral bilateral
e conjuntiva avermelhada, ou o
chagoma de inoculação, que é
cutâneo, parecido com um furúnculo
sem pus.
• FASE CRÔNICA: pode demorar anos para se
manifestar e apresentar-se sob as formas
indeterminada, cardíaca (cardiomegalia) e
digestiva (megaesôfago e megacólon), sendo
esta última a mais frequente e grave. Pode
evoluir para uma das formas:

a) forma indeterminada – segue-se à fase aguda,


podendo consistir simplesmente em uma infecção
assintomática que persiste por toda a vida ou retornar
apenas décadas mais tarde, instalando-se de forma
crônica;
b) forma cardíaca – é a principal causa de limitação e
morte entre os doentes chagásicos. Pode apresentar-se
de modo assintomático, com alterações perceptíveis
apenas durante a realização de eletrocardiograma, ou
mesmo como insuficiência cardíaca progressiva.

– Sinais e sintomas: taquicardia, dispneia, dor


precordial, vertigem, síncope, dentre outros.
c) forma digestiva – caracteriza-se por alterações na
motilidade (Peristaltismo) e forma do trato digestivo.

–Sinais e sintomas:
•Megaesôfago: dificuldade para deglutir, regurgitação, dor
epigástrica, dor torácica, soluço, sialorreia e emagrecimento;

•Megacólon: constipação intestinal, distensão abdominal,


meteorismo (flatulência) e fecaloma.

–Diagnóstico: Exame Machado Guerreiro (em desuso),


O.M.S. preconiza outros métodos sorológicos (hemocultura),
parasitológicos de fezes e ECG, radiografias, ecodoppler,
colonoscopia.
MODELOS DOS FRASCOS PARA COLETA DE
HEMOCULTURA (ADULTO e PEDIÁTRICO)
COLOCAR PASSO A PASSO – HEMOCULTURA
• Tratamento: consiste na administração de
antiparasitários (Benznidazol). Na fase crônica,
é importante garantir o acompanhamento
clínico das manifestações (medicamentoso e
cirúrgico).

Doença de Notificação compulsória!


• Prevenção ou profilaxia: eliminação do vetor, o
barbeiro, por meio de medidas que tornem
menos propício o convívio deste próximo aos
humanos, como a construção de melhores
habitações.
• Cuidados de Enfermagem:
 Aferir Sinais Vitais.
 Permitir que o paciente partilhe suas ansiedades e medos.
 Observar venóclise, se há edema, vermelhidão ou aumento de
temperatura local.
 Incentivar alongamento e caminhada na enfermaria,
conscientizando sobre o motivo da fadiga e incentivar exercícios
físicos.
 Insistir na importância de ingerir 2 a 3 litros de líquido por dia.
Assim como ter uma alimentação balanceada, orientando
alimentos ricos em ferro, como vísceras, feijão, cuscuz e sucos ricos
em vitamina C para melhor absorção de ferro.
 Observar as prescrições medicamentosas quanto a administração,
horário e dosagens.
• Conceito: é uma doença febril aguda com gravidade variável. transmitida
por vetores que possui dois ciclos epidemiológicos distintos (silvestre e
urbano).

• Agente etiológico: Vírus amarílico, Arbovírus do gênero Flavivírus e família


Flaviviridae. É um RNA vírus.
• Período de incubação: de 3 a 6 dias após a picada do mosquito.
• Diagnóstico: exame clínico, anamnese e
laboratorial.

• Prevenção: vacina contra febre amarela


• Idade e esquema: Dose inicial = 9 meses
Reforço: 4 anos * Explicar Particularidades.

*Para viajantes não vacinados com deslocamento


para as áreas de recomendação de vacinação,
a vacina deve administrada com
antecedência mínima de 10 dias da data viagem.
•Vetor/Reservatório/Hospedeiro:
 Na FAS o principal vetor e
reservatório é o mosquito do
gênero Haemagogus
janthinomys, os hospedeiros
naturais são os macacos. O
homem não imunizado entra no
ciclo acidentalmente.

 Na FAU O mosquito Aedes


aegypti é o principal vetor e
reservatório, e o homem é o
único hospedeiro de importância
epidemiológica.
Haemagogus
Aedes
janthinomys
aegypti
.

.
• Sinais e Sintomas:  Comprometimento renal
 Febre, (anúria),
 Dor de cabeça,  Fígado (hepatite e coma
hepático - incapacidade do
 Calafrios,
fígado de eliminar as
 Náuseas, substâncias tóxicas
 Vômito, presentes na corrente
 Dores no corpo, sanguínea, levando à
 Icterícia (a pele e os olhos deterioração da função
ficam amarelos), cerebral),
 Comprometimento
 Hemorragias (gengivorragia,
pulmonar e problemas
epistaxe, hematêmese,
cardíacos que podem levar
melena e hematúria),
à morte.
• Tratamento: não existe tratamento antiviral
específico. É sintomático, sob hospitalização,
repouso e soroterapia. UTI aos casos graves.

• Transmissão: na febre amarela silvestre (FAS), o


mosquito silvestre (vetor) pica o macaco infectado
(reservatório) e contamina o macaco sadio. Na
febre amarela urbana (FAU), é através do mosquito
Aedes aegypti (vetor) que pica o homem infectado
(reservatório) que se contamina com o vírus
passando ao homem sadio.
• Ações da Vigilância
Epidemiológica: tem por
objetivos manter erradicada a
febre amarela urbana e
controlar a silvestre. Todos os
casos suspeitos da doença
devem ser investigados, visando
mapeamento das áreas de
transmissão e identificação de
populações de risco para
prevenção e controle. É uma
doença de NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA NACIONAL.
• Cuidados de Enfermagem:

 Tratar os sintomas com medicamentos prescritos;


 Orientar repouso absoluto;
 Realizar reposição de líquidos e perdas sanguíneas
conforme prescrição;
 Incentivar dieta pobre em gorduras;
 Promover a hemodiálise caso haja insuficiência
renal e quando prescrito.
ATENÇÃO: a febre amarela pode ser confundida
com malária, hepatite ou leptospirose.

• Devem ser tomadas medidas importantes com:

 Notificação de casos suspeitos e confirmados


 Busca ativa de casos suspeitos;
 Bloqueio vacinal na área de ocorrência.
HANSENÍASE

Prevenção e Controle a
Hanseníase e Tuberculose
• No Brasil e no mundo, hanseníase e tuberculose
são doenças que ainda apresentam altas taxas de
prevalência e incidência, ou seja, um grande
número de casos é constante e novos casos
surgem todos os anos.

• As consequências dessas doenças são graves,


principalmente quando os indivíduos não são
tratados adequadamente ou quando os casos são
identificados em estágio mais avançado.
• Alguns fatores são apontados como determinantes
comuns da hanseníase e tuberculose:

• Desnutrição;
• Políticas de saúde deficientes (condições de trabalho,
moradia, alimentação, do meio ambiente e de lazer, etc.)
• Aglomerados urbanos;
• AIDS;
• Condições socioeconômicas precárias.
HANSENÍASE
• A hanseníase é uma das doenças mais antigas da
humanidade, conhecida antes como Lepra.
• As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem
da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o
berço da doença.
• Entretanto, a terminologia hanseníase é iniciativa
brasileira para minimizar o preconceito secular atribuído à
doença, adotada pelo Ministério da Saúde em 1976. 
• O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo, entre os países que
registram casos novos e permanece como um importante
problema de saúde pública no País. A primeira posição,
está registrado na Índia.
.

• É uma doença infectocontagiosa e crônico-


degenerativa, que acomete a pele, olhos e
nervos.
• É altamente incapacitante e deformante quando
não tratada.

Doença de NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA.


TRANSMISSÃO
• Gotículas de saliva que expelimos
quando espirramos, tossimos ou
falamos, podendo ser também
transmitida por lesões de pele, o
que é mais raro.
• Alguns anos após a transmissão,
a doença se manifesta numa
pequena parte dos infectados. O
bacilo é transmitido para muitos,
mas cerca de 90% da população
apresenta resistência e não
adoece. Ou seja, é uma doença
de alta infectividade e baixa
patogenicidade
AGENTE ETILOGICO
• Mycobacterium leprae (bacilo-de-hansen).
• Período de incubação: entre 2 e 7 anos, em
média de 3 a 5 anos, podendo evoluir a mais
de 10 anos;
FISIOPATOLOGIA
• O agente causador da hanseníase entra no
organismo a partir da aspiração de gotículas
expelidas por pessoas com a forma multibacilar da
doença.
• Após entrarem no organismo vão para os
linfonodos para iniciarem a replicação, ao se
replicarem seguem para as células de Schwann e os
sintomas se iniciam.
CLASSIFICAÇÃO DA HANSENÍASE
.
• A hanseníase pode se apresentar
sob quatro formas diferentes,
.

com duas subdivisões:


• PAUCIBACILARES (poucos bacilos
- de 1 a 5 lesões de pele)
• As PAUCIBACILARES se
subdividem em Indeterminada e
Tuberculóide, e caracterizam-se
por serem mais brandas, terem
menor tempo de tratamento e
não transmitirem a doença - por
existir pequena quantidade de
bactérias na corrente sanguínea.
.

• ou MULTIBACILARES
(muitos bacilos - + que 5
lesões de pele).
• As MULTIBACILARES se
subdividem em Dimorfa
e Virchowiana, são mais
graves, exigem
tratamento mais longo e
são capazes de
transmitir a doença
porque possuem grande
quantidade de bactérias.
.

• Forma indeterminada (I) - O doente pode apresentar


manchas planas, esbranquiçadas e com alterações de
sensibilidade (hipoestesia - diminuição da
sensibilidade ou hiperestesia – aumento da
sensibilidade) pelo corpo. Se tratada
adequadamente, pode não deixar sequela.
• Forma Tuberculóide (TT) - nem sempre há
manchas na pele do doente. Quando
.

aparecem, podem ser acastanhadas, com


bordos bem definidos, podendo apresentar
alopécia. Pode afetar apenas os nervos, sendo
chamada então de forma neural pura.
• Forma Dimorfa (DD) - o .

doente pode apresentar


manchas avermelhadas
ou arroxeadas pelo corpo,
sem bordos definidos,
com edema, algumas
vezes semelhantes à
forma Tuberculóide
(quando está associada
ao comprometimento
neurológico).
• Forma Virchowiana (VV) - é considerada a forma mais grave de
.

hanseníase. O doente apresenta deformações (com formações de


caroços) no nariz e orelhas, podendo haver queda dos pelos das
sobrancelhas (madarose) - caracterizando a “face leonina”. Há
espessamento e formações de granulomas em várias partes do
corpo, aparentando “caroços” na pele.
LEMBRE-SE
• Manchas na pele com alteração da sensibilidade;
• Acometimento neural com ou sem espessamento dos nervos;
• Madarose;
• Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido
à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar
engrossados e doloridos.
• Úlceras de pernas e pés.
• Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e
dolorosos.
• Baciloscopia negativa ou positiva.
DIAGNÓSTICO
• Essencialmente clínico;
• Observação das manchas, quanto a
localização, forma e quantidade;
• Teste de sensibilidade e
• Laboratorial: baciloscopia.
LABORATORIAL BACILOSCOPIA
LABORATORIAL BACILOSCOPIA
COTOVELO
TESTE DE SENSIBILIDADE
(térmica, doloroso e tátil)
• O paciente deverá estar em um ambiente calmo e
silencioso;
• Disponibilize um tempo específico para os testes
objetivando garantir que ambos (paciente, enfermeiro e
médico) estejam concentrado na avaliação;
• Certifique-se que o instrumento utilizado seja menor que a
área ou lesão a ser testada;
• Em áreas de sensibilidade normal, garanta que o paciente
entenda o teste e o tipo e a intensidade da sensibilidade a
ser testada com olhos abertos e fechados.
.

• Inicie a avaliação com o paciente de olhos


vendados, comparando sempre lesão e
periferia da lesão, de maneira alternada e, as
vezes, simulada (sem tocar).
• Marque previamente com caneta os pontos a
serem testados.
 + se NORMOESTESIA
 - se HIPOESTESIA
 0 quando ANESTESIA
.
SENSIBILIDADE TÉRMICA
• Deve-se usar instrumentos que demonstre
claramente a diferença entre o que (até 45C) e
frio.
SENSIBILIDADE DOLOROSA
• Nesse caso, deve-se garantir a diferença entre a
sensibilidade dolorosa e tátil.
• Utiliza-se o objeto pontiagudo como agulha de
insulina estéril.
SENSIBILIDADE TÁTIL
• Pode-se avaliar passando uma pequena mecha
de algodão, ou qualquer instrumento leve e fino
como mono-filamento do estesiômetro, fio
dental, ponta da caneta, ou até mesmo um fino
graveto.
Abordagem dos nervos periféricos
• A hanseníase se
caracteriza pelo
espessamento neural
assimétrico que pode vir
acompanhada ou não de
dor, sendo uma
importante propedêutica
para o diagnósticos e
acompanhamento.
• Os nervos mais envolvidos
na hanseníase são:
TRATAMENTO
Poliquimioterapia – PQT
• Rifampicina
• Dapsona
• Clofazimina
• O cliente deve ser orientado quanto aos efeitos
adversos que o tratamento pode provocar.
• E que o tratamento acontece de forma
supervisionada e auto administrada.
• BCG - Oferece alguma proteção contra Hans.
Explicar esquema.
ESQUEMA BCG
CONTACTANTES HANSENÍASE
BCG
NOTA INFORMATIVA Nº 10/2019-
CGPNI/DEVIT/SVS/MS
EVOLUÇÃO DA LESÃO VACINAL BCG
• 1º Mácula
• 2º Pústula
• 3º Úlcera
• 4º Formação de Crosta
• CICATRIZ? PORQUE NÃO REVACINAR !!!!!!
NOTA TÉCNICA Nº 4/2020-CGDE/.DCCI/SVS/MS

ASSUNTO

Ampliação de uso da clofazimina para hanseníase paucibacilar no âmbito do


Sistema Único de Saúde

ANÁLISE

1. A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica causada


pelo bacilo Mycobacterium leprae. O cuidado em hanseníase no Brasil segue as
orientações dispostas no Manual Técnico-Operacional: Diretrizes para
vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde
pública, vigente por meio da Portaria de Consolidação GM/MS nº 2/2017,
Anexo VI, em um cenário caracterizado pela diversidade de contextos regionais
com marcantes diferenças sócio econômicas e de necessidades de saúde da
população entre as regiões.
2. Ocorre majoritariamente em grupos populacionais vulneráveis e em países
em desenvolvimento. De acordo com a OMS, em 2018, o Brasil ocupou a
segunda posição em número de casos novos de hanseníase, registrando
28.660 pessoas com a doença, correspondendo a 13,7% do número de casos
novos no mundo.

3. Desse total de casos novos registrados, 1.705 (5,9%) foram em menores de


15 anos, sinalizando focos de infecção avos e transmissão recente.

4. Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou as "Diretrizes


para o diagnóstico, tratamento e prevenção da hanseníase", na qual
recomenda um regime de três medicamentos (rifampicina, clofazimina e
dapsona) para todos os pacientes com hanseníase, com duração de
tratamento de 6 meses para hanseníase paucibacilar e 12 meses para
hanseníase mulbacilar. Essa recomendação simplifica o tratamento e previne
a classificação errônea da hanseníase MB, já que todos os pacientes
receberiam um regime de três medicamentos.
5. De forma semelhante, em 2018 a Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) do Ministério da Saúde
avaliou e recomendou a ampliação do uso da clofazimina para os
pacientes com hanseníase PB, por meio de evidências científicas
disponíveis sobre a eficácia, efetividade e segurança, por meio da
publicação da Portaria SCTIE/MS nº 71, de 11/12/20184.5.

Assim, o esquema de tratamento para pacientes com hanseníase PB


deverá ser realizado com os medicamentos rifampicina, clofazimina e
dapsona durante 6 meses.

Quadro 1: Esquema único de tratamento da hanseníase


6. Diante do exposto, o Ministério da Saúde, por meio da
Secretaria de Vigilância em Saúde, informa que a
operacionalização da mudança no tratamento tem previsão de
ocorrer da seguinte forma:

a) A partir de setembro/2020 todos os casos novos de


hanseníase PB deverão iniciar esquema único de tratamento
(rifampicina, clofazimina e dapsona), como exposto no Quadro
2;

b) Todos os pacientes com hanseníase PB e que iniciaram o


esquema de tratamento padronizado com dois medicamentos
(rifampicina e dapsona) até o dia 31/08/2020, deverão finalizar
esse tratamento.
Nesse caso será garantido o medicamento até o último mês de
tratamento (6º mês).
Destaca-se que esses pacientes não deverão mudar para o esquema
único.
c) Não haverá mudança de esquema de tratamento para os
pacientes com hanseníase MB.

CONCLUSÃO

O Ministério da Saúde destaca que está trabalhando para que a


transição do tratamento ocorra no período programado, de forma
que haja abastecimento das unidades públicas em tempo oportuno.
Clofazimina: dose mensal de
.

300mg (3 cápsulas de 100mg) com


administração supervisionada e
uma dose diária de 50mg
autoadministrada .
.
Clofazimina: dose mensal de 150mg
(3 cápsulas de 50mg) com
administração supervisionada e uma
.

dose de 50mg autoadministrada em


dias alternados
.
O TRATAMENTO É GRATUITO
REALIZADO NA ATENÇÃO BÁSICA
• Previne a resistência medicamentosa;

• Diminui a carga bacilar;

• Interrompe a cadeia de transmissão;

• Diminui a taxa de recidiva.


Efeitos que podem ser
observados com o uso da
medicação
.
Rifampicina
• Hepatoxidade: pode se manifestar
por icterícia assintomática, anorexia, náuseas e
aumento de enzimas hepáticas em 2 a 3 vezes.
• Cutâneos: rubor, prurido e exantema.
• Coloração vermelha-alaranjada das secreções.
• Gastrointestinais: náuseas, vômitos e diarreia.
• Trombocitopenia e anemia hemolítica.
• Síndrome pseudogripal.
• Interage com anticoncepcionais orais diminuindo
a sua ação, aumentando o risco de gravidez.
Clofazimina
•Cutâneos:
fotossensibilidade, ictiose,
coloração vermelho-
acobreada ou acinzentada,
dependendo da dose e do
grau de infiltração, que
regride em meses após o
tratamento.
•Gastrointestinais: vômitos,
náuseas, diarreia e dor
abdominal que sugere
obstrução intestinal.
Dapsona
• Cutâneos: rash, eritrodermia, síndrome de Stevens-
Johnson.
• Hepáticos: icterícia colestática ou hepatite tóxica.
• Síndrome nefrótica.
• Neurológicos: psicoses, neuropatia motora periférica.
• Anemia hemolítica.
• Meta-hemoglobinemia: cianose, dispneia, taquicardia,
cefaleia, fadiga.
• Síndrome da sulfona: dermatite esfoliativa, ou rash
cutâneo, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia,
linfocitose atípica e febre.
CUIDADOS ESPECIAIS
• OLHOS: usar colírios ao sentir que estão ressecados. Fazer
exercícios, abrindo e fechando os olhos.
• NARIZ: observar se há feridas. Limpar com soro fisiológico. Não
tirar casquinhas da região para não provocar feridas.
• MÃOS E BRAÇOS: repousar o(s) membro(s), se estiver sentindo
“choques”. Evitar fazer movimentos repetidos e carregar coisas
pesadas. Massagear as mãos com auxílio de um óleo
lubrificante. Fazer exercícios com os dedos.
• PÉS: andar calçado, com sapatos fechados e confortáveis;
massageá-los com óleo adequado, para evitar que ressequem.
Fazer exercícios.
• FERIMENTOS: imobilizar os dedos e repousar os membros
machucados.
TUBERCULOSE
• A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por
uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, também
conhecida como bacilo de Koch, afeta principalmente os pulmões.

• Transmissão: assim como a da hanseníase, ocorre por meio das


gotículas de saliva expelidas quando espirramos, tossimos ou
falamos, sendo o sistema respiratório a porta de entrada da
doença, mais especificamente as vias aéreas superiores.

• Período de incubação: varia entre 4 e 12 semanas.


• Fisiopatologia: Após a inalação dos bacilos contidos nas gotículas de saliva,

estes depositam-se nos alvéolos. Em resposta a essa fixação, o sistema

imunológico libera células que formam uma espécie de parede em volta

dos bacilos para impedir que se espalhem. Esse conjunto é chamado de

tubérculo, e muitas pessoas o possuem sem nunca adoecer.

• Porém, se a imunidade do indivíduo estiver comprometida o tecido do

tubérculo se degrada e se transforma em uma massa que libera outros

bacilos, os quais são transportados pelos sistemas circulatório e linfático

para os tecidos vizinhos, formando nódulos visíveis nas imagens

radiológicas.
.
.
Sinais e Sintomas
• Tosse seca ou produtiva por 3 semanas ou mais;
• Febre acima dos 38ºC, com predomínio no final do dia;
• Hemoptise,
• Dispneia,
• Dor torácica,
• Rouquidão;
• Sudorese,
• Perda ponderal.
.

• A tosse está presente em praticamente todos os


pacientes, resultando do estímulo inflamatório alveolar
ou comprometimento granulomatoso das vias aéreas.
• A dor torácica está relacionada ao acometimento
pleural. Pode ocorrer já no início do adoecimento do
indivíduo, devido à proximidade do alvéolo, sítio inicial
de acometimento infeccioso, à superfície pleural.
• Outra possibilidade é a de os bacilos serem transportados
para tecidos mais distantes, como pele, rins, meninges, que
também podem ser atingidos pela tuberculose.
• FORMAS DA TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR
• TB pleural;
• TB ganglionar;
• TB osteoarticular
• TB entérica;
• TB renal;
• TB cutânea
• TB hepática
• TB pericárdica
• Meningite TB - meningite, intensa dor e alterações
neurológicas, incluindo até paralisia dos membros.
• Diagnóstico: Sinais clínicos, radiologia e
Baciloscopia do escarro (é o método principal no
diagnóstico, permite a confirmação da presença do
bacilo).

– Teste de Derivado Proteínico Purificado-Padrão (PPD)


 Permite avaliar se o indivíduo teve contato anterior
com o bacilo, e, se possui defesa contra o mesmo.

 Técnica do PPD: injeta 0,1 ml de tuberculina por via


intradérmica na face interna média do antebraço. Após
48 a 72 horas, realiza a leitura com a régua
milimetrada.
VÍDEO

• VÍDEO COLETA DE BACILOSCOPIA (ESCARRO)

• QUANDO COLHER?

• QUANTAS AMOSTRAS?
TESTE TUBERCULÍNICO - PPD
.
• Tratamento
• Medicamentoso: com 4 drogas na fase de ataque (2 meses)
do tratamento com isoniazida, rifampicina, pirazinamida e
etambutol. Na fase de manutenção (4 meses subsequentes)
utilizam-se rifampicina e isoniazida. Este tratamento dura 6
meses e leva à cura da doença, desde que haja boa adesão
ao tratamento com uso diário da medicação.
• O tratamento deve ser diretamente observado (TDO) - um
profissional da equipe da unidade de saúde observa a
tomada da medicação do paciente desde o início do
tratamento até a sua cura.
Referencial Bibliográfico
• Manual do técnico e auxiliar de Enfermagem. Coordenação de
Idelmina Lopes de Lima et. al.- 8 ed. rev. e ampl. Goiania: AB,
2008. p 451 a 455.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e
da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na
Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área
de Enfermagem. Profissionalização de auxiliares de
enfermagem: cadernos do aluno saúde coletiva / Ministério da
Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde, Projeto
de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de
Enfermagem. - 2. ed. rev., 1.a reimpr. - Brasília: Ministério da
Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz,2003.
Dúvidas?
IMUNIZAÇÃO
IMUNIDADE X
IMUNIZAÇÃO
Imunidade: a capacidade de resposta a
estímulos nocivos presentes no ambiente,
mediada pelo sistema de defesa do
organismo.

Imunização: é definida como a aquisição de


proteção imunológica contra uma doença
infecciosa.
VÍDEO (ANIMAÇÃO)

ANTICORPOS “SOLDADINHOS DE
DEFESA”.
OBJETIVOS DA
IMUNIZAÇÃO
FORMAS DE IMUNIZAÇÃO
Passiva Ativa

Natural Artificial
Imunização Ativa
Ocorre quando o próprio sistema
do indivíduo, ao entrar em
contato com uma substância
estranha ao organismo, responde
produzindo anticorpos e células
imunes.
Imunização Ativa
Natural Artificial

Contraindo uma doença


infecciosa (memória Através da vacinação
imunológica) 

 Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às


vezes, por toda uma vida. 
Imunização Passiva

É obtida pelo recebimento de


anticorpos produzidos por um
animal ou outro ser humano.
Passiva

Natural Artificial

 passagem de É obtida pela


anticorpos da mãe transferência ao
para o feto através indivíduo de anticorpos
da placenta e produzidos por um
também pelo leite. animal ou outro ser
humano (soros).

Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente


proteção, contudo, é temporária, durando em média poucas
semanas ou meses. 
Imunização
É realizada através de:

Vacinas Soros

imunização ativa artificial imunização passiva artificial


EPIs SALA DE VACINAÇÃO
As precauções padrão, quando corretamente aplicadas, protegem o
profissional e os clientes e compreendem: higienização das mãos, uso
de equipamentos de proteção individual (luvas, avental, máscara,
óculos, protetor facial), descarte adequado dos resíduos, prevenção de
acidentes com perfurocortantes, limpeza e desinfecção de superfícies
ambientais. O PNI recomenda a utilização de óculos de proteção na
administração da vacina BCG e o uso de luvas em situações em que o
profissional apresente lesões nas mãos.
LOCAL: CALOR OU FRIO?

1) Não é indicado colocar água morna no local de aplicação da


vacina. O indicado é água fria (não gelada).

2) A água morna faz vasodilatação o que aumenta a vermelhidão e


edema. A água gelada faz vasoconstrição o que aumenta a dor local e
dificulta a absorção da vacina.
ALGODÃO SECO OU EMBEBIDO EM ÁLCOOL À
70%?

Quanto à antissepsia com algodão embebido com álcool: o


Ministério da Saúde não obriga a antissepsia com algodão e álcool
70%. Ele preconiza a higiene local com água e sabão.

Contudo, devido Goiás ser uma região quente, foi padronizado a


antissepsia com algodão embebido com álcool 70% antes da
administração das vacinas.
ALGODÃO SECO OU EMBEBIDO EM ÁLCOOL À
70%?

Na impossibilidade de utilizar o álcool 70%, pode-se proceder com


a limpeza local com água e sabão. Recomenda-se que após a
antissepsia aguardar a secagem total do local de aplicação da vacina.

Só não é recomendado realizar a antissepsia com álcool para a


aplicação da vacina BCG, por ser uma vacina intradérmica,
superficial. Nesse caso, o álcool pode interferir na resposta à vacina.
ALGODÃO SECO OU EMBEBIDO EM ÁLCOOL À
70%?

Quanto à antissepsia com algodão embebido com álcool: o


Ministério da Saúde não obriga a antissepsia com algodão e álcool
70%. Ele preconiza a higiene local com água e sabão.
Contudo, devido Goiás ser uma região quente, foi padronizado a
antissepsia com algodão embebido com álcool 70% antes da
administração das vacinas.
Na impossibilidade de utilizar o álcool 70%, pode-se proceder com
a limpeza local com água e sabão. Recomenda-se que após a
antissepsia aguardar a secagem total do local de aplicação da vacina.
Só não é recomendado realizar a antissepsia com álcool para a
aplicação da vacina BCG, por ser uma vacina intradérmica,
superficial. Nesse caso, o álcool pode interferir na resposta à vacina.
VACINAÇÃO

As vacinas contêm agentes infecciosos

inativados ou seus produtos, que induzem a

produção de anticorpos pelo próprio

organismo da pessoa vacinada, evitando a

contração de uma doença. 


VÍDEO (ANIMAÇÃO)

VACINAÇÃO DE “REBANHO”
Vacinas

A vacina - é o imunobiológico que contém um ou


mais agentes imunizantes (vacina isolada ou
combinada) sob diversas formas: bactérias ou vírus
vivos atenuados, vírus inativados, bactérias mortas
e componentes de agentes infecciosos purificados
e/ou modificados quimicamente ou geneticamente.
Vacinas - Induzem o sistema imunológico a
produzir anticorpos.
Classificação das Vacinas

Vivas atenuadas Inativas ou morta


 Compostas de microrganismos  Compostas de
vivos atenuados em laboratório, microrganismos
que devem ser capazes de inativados, o que
multiplicarem-se no organismo significa que estes não
hospedeiro para que possa mais se encontram
ocorrer a estimulação de uma vivos, logo incapazes de
resposta imune. multiplicarem-se.
Vacinas

As vacinas também podem conter

componentes como proteínas e ou toxinas

de bactérias.
Número de dose de uma vacina
As vacinas vivas atenuadas geralmente produzem
imunidade prolongada com uma única dose;
exceção à vacina oral da poliomielite.
As vacinas inativadas requerem múltiplas doses
para produzir imunidade e, eventualmente,
necessitam de uma dose de reforço para a
manutenção da imunidade.
Intervalo entre doses de uma mesma vacina

Não existe um intervalo máximo entre as doses


de uma mesma vacina. Cada vacina possui seu
próprio intervalo de tempo recomendável entre
as doses, no caso desse intervalo ter sido
ultrapassado, não existe a indicação de se
reiniciar nova vacinação e deve-se administrar
as doses subseqüentes da vacina.
Intervalo entre doses de uma mesma
vacina

Por outro lado, a não obediência do


intervalo mínimo permitido entre as
doses pode implicar em redução da
eficácia da vacina.
Reações adversas das vacinas

Locais

Sistêmicas

Alérgicas
REAÇÕES ADVERSAS DAS VACINAS

 As reações locais são as mais frequentes: dor, edema e eritema


no sítio de injeção.
 Essas reações geralmente são leves e autolimitadas.
 Em raras ocasiões, podem se tornar graves (reações de Arthus).
 Todo e qualquer sinal ou sintoma que a pessoa vacinada
apresentar após a vacinação é um evento adverso pós-
vacinação (Cartilha do M.S para trabalhadores de sala de vacinação, 2020,
periodicamente alterado).
v
Reação inflamatória dérmica produzida
sob situações de excesso de anticorpos
REAÇÕES ADVERSAS DAS VACINAS

As sistêmicas incluem febre, mal-estar, rash


cutâneo, mialgias, cefaléia e anorexia. Esses
sintomas usualmente ocorrem 1-2 semanas
após a administração de vacinas vivas
atenuadas e são considerados como uma
“doença” leve provocada pela multiplicação
do microrganismo da vacina.
REAÇÕES ADVERSAS DAS
VACINAS
As reações alérgicas são as mais graves,
inclusive colocando a vida da criança em
risco, porém, felizmente, são muito raras.
PNI
Programa Nacional de Imunização
Criado em 1973 pelo Ministério da Saúde

OBJETIVOS

Controlar
Eliminar
E/ou erradicar as doenças imunopreviníveis.
Portaria 1498 de 19 de julho de 2013

Redefine os novos Calendários de Vacinação


dos Povos Indígenas e as Campanhas
Nacionais de vacinação, no âmbito do
Programa Nacional de Imunização (PNI), em
todo território nacional.
ATUALIZAÇÃO 26.01.2022
REDE DE FRIO
IMUNOBIOLOGICOS

243
REDE DE FRIO
• A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de
armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e
transporte dos Imunobiológicos do Programa Nacional de
Imunizações,

• Os imunobiológicos devem ter as condições adequadas de


refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento
em que a vacina é administrada.

244
REDE DE FRIO
OBJETIVOS:
• Assegurar que todos os Imunobiológicos
administrados mantenham suas características
iniciais, a fim de conferir imunidade;

São produtos termolábeis, isto é, se deterioram


depois de determinado tempo quando expostos
a variações de temperaturas inadequadas à sua
conservação.
245
REDE DE FRIO
É necessário manter:
• Constantemente refrigerados, utilizando
instalações e equipamentos adequados em
todas as instâncias: nacional, estadual,
regional ou distrital e municipal/local.

+2ºC e +8ºC

O calor acelera a inativação dos componentes


imunogênicos. 246
REDE DE FRIO
PROBLEMA:
• Um manuseio inadequado,
• Um equipamento com defeito, ou
• falta de energia elétrica podem interromper o
processo de refrigeração. Novo modelo de
geladeira, deverá possuir gerador de energia
acoplado.

comprometendo a potência e eficácia dos


Imunobiológicos. 247
FLUXOGRAMA

248
ORGANIZAÇÃO DA GELADEIRA – ATENÇÃO!!!!
DESUSO!!!

Congelador gelo reciclável ou saco com gelo


1ª Prateleira Vacinas virais
Termômetro máxima e mínima
2ª Prateleira
Vacinas bacteriana, soros em uso
3ª Prateleira Estoque de vacinas bacterianas,
toxóides, soros, e diluentes.
Prateleira inferior Garrafas com água e
corantes (estabelecer temperatura).
Nnnnnnnnnn
Porta nada, salvo situações especiais.
249
GELADEIRA EM DESUSO

250
Geladeira
Inadequada

251
Os refrigeradores de uso MODELO DA CÂMARA REFRIGERADA
doméstico não são mais USADA NAS SALAS DE VACINAS
recomendados para este fim,
pois não atendem aos critérios
de segurança e qualidade no
que se refere a manutenção
da temperatura adequada
para a conservação dos
imunobiológicos. As salas de
vacinação que utilizam tais
equipamentos devem
proceder, no menor tempo
possível, a substituição desses
refrigeradores por câmaras
refrigeradas, cujas
especificações constam no
Manual de Rede de Frio
252
(2013). Alteração periódica
SEGUNDO O NOVO MODELO DE
CÂMARA REFRIGERADA
• Não há obrigatoriedade de armazenar os
imunobiológicos e diluentes em prateleiras separadas.
• As informações sobre a temperatura da “geladeira”, são
armazenadas em um “pen drive” duas vezes por semana.
• Em caso de interrupção de energia elétrica, o gerador,
permanece funcionando por 48 horas. “Checar
instruções do fabricante”.
• Não há necessidade de “montar caixa” de vacinas? A
porta da nova geladeira, pode ser aberta, quantas vezes
houver necessidade (aplicação de vacinas). Explicar sobre
rotina de algumas unidades.
253
CONTINUAÇÃO, SEGUNDO O NOVO
MODELO DA CÂMARA REFRIGERADA
• Não há necessidade de “montar caixa” com vacinas.
(Ressalvas)
• A porta da nova geladeira, pode ser aberta, “quantas vezes
houver necessidade” (aplicação de vacinas). Explicar sobre
rotina de algumas unidades, quanto as geladeiras antigas
(desfizeram?), gelox e “caixas de vacinas”

• Termômetro acoplado ao refrigerador;

• Não há necessidade de descongelar;


254
TERMÔMETRO E OUTROS DISPOSITIVOS
NOVO MODELO

255
ESTOQUE DE VACINAS ORGANIZADAS

256
PRATELEIRA COM VACINAS USO DIÁRIO

257
SALA DE VACINAS

258
CUIDADOS BÁSICOS
• Não permitir armazenar outros materiais (laboratório
odontológico, alimentos, bebidas, etc.

• Sugerir, identificação nas prateleiras. Nomes das


vacinas....evitar erros.

259
CUIDADOS BÁSICOS

Sugerir sobre organização das vacinas, identificação de acordo com as novas geladeiras.
NOVA GELADEIRA, PODE SER ABERTA, SEMPRE QUE NECESSÁRIO!
EXPLICAR SOBRE CAIXA TÉRMICA DE VACINAS. USAR?

• Usar tomada exclusiva para cada geladeira, se houver mais


de uma.

• Quando resetar o termômetro?


260
CUIDADOS BÁSICOS

• Certificar-se de que a porta está vedando


adequadamente;

• Não Precisa mais descongelar, porém é


obrigatório higienização da geladeira.

Obs. Cartão espelho? Cartão físico? On-line?


261
CAIXA TÉRMICA

262
BOBINAS – QUANDO USAR? COMO MONTAR
A CAIXA COM VACINAS?

263
PASSO A PASSO MONTAR CAIXA
- Retirar as bobinas reutilizáveis do freezer; - Colocá-las sobre uma mesa, pia
ou bancada, até que desapareça a “névoa” que normalmente cobre a
superfície externa da bobina congelada;

- Simultaneamente colocar sob uma das bobinas o sensor de um


termômetro de cabo extensor, para indicação da temperatura mínima de
0ºC;

- Após o desaparecimento da “névoa” e a confirmação da temperatura


(aproximadamente +1ºC), por meio do termômetro de cabo extensor,
colocá-las nas caixas;

- Concomitantemente, recomenda-se mensurar a temperatura interna da


caixa por meio do termômetro de cabo extensor, antes de colocar as
vacinas em seu interior. 264
Organização das Caixas Térmicas de Uso Diário

- Na sala de vacinação, recomenda-se o uso de caixa térmica de poliuretano


com capacidade mínima de 12 litros.

- Colocar as bobinas reutilizáveis ambientadas (0ºC) no fundo e nas laterais


internas da caixa;

- Posicionar o sensor do termômetro no centro da caixa, monitorando a


temperatura até atingir o mínimo de + 1ºC;

- Acomodar os imunobiológicos no centro da caixa em recipiente plástico


para melhor organização e identificação;

- IMPRESCINDÍVEL O MONITORAMENTO CONTÍNUO DA TEMPERATURA;


265
Referências:
• BAHIA. Secretaria de Saúde. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de
Vigilância Epidemiológica. Coordenação do Programa Estadual de Imunizações. Manual de
Procedimento para Vacinação. Salvador: DIVEP, 2011. • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica.
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.
7. Ed. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. • BRASIL. Ministério
da Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual dos Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais. Ministério da Saúde / Departamento de Vigilância Epidemiológica –
Brasília: Ministério da Saúde, 2014. • BRASIL. Ministério da Saúde. CGPNI-Coordenação do Programa
Nacional de Imunizações. Fundação Nacional de Saúde. Capacitação de Pessoal em Sala de Vacinação
– Manual de Treinando. Organizado pela Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. 2 ed.
rev. e ampl. – Brasília: Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2000. • GOIÂNIA. Divisão de
Imunização. Departamento de Epidemiologia. Diretoria de Vigilância em Saúde. Secretaria Municipal
de Saúde de Goiânia. Manual de Rotina para Sala de Vacina: Divisão de Imunização, 2011. • BRASIL.
Ministério da Saúde. CGPNI-Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. Manual de
Procedimentos em Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde: 2014. • BRASIL. Ministério da Saúde.
CGPNI-Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. Manual de Eventos Adversos Pós
vacinação. Brasília: Ministério da Saúde: 2014.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Rede de Frio. 3. ed. - Brasília: : Fundação Nacional de Saúde;
2001. 80p. il.
• Guia Prático de Imunizações para trabalhadores da sala de vacinação – 6ª Edição 2020.
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RELEMBRANDO... TIPOS DE VACINAS

• VACINA ATENUADA é feita com bactérias ou


vírus vivos enfraquecidos, de forma que
perderam a capacidade de provocar a doença.
EX: vacinas contra sarampo, caxumba,
rubéola, varicela, febre amarela, rotavírus e
poliomielite e BCG.

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RELEMBRANDO... TIPOS DE VACINAS

• VACINAS INATIVADAS – os microrganismos são mortos. A grande


VANTAGEM é a total ausência de poder infeccioso do agente, não
provocam a doença, mas têm a capacidade de induzir proteção
(estimular produção de anticorpos) contra essa mesma doença.

• DESVANTAGEM, requer a necessidade de administrar várias doses


de reforço. Ex: vacina da poliomielite (injetável), hepatite A,
hepatite B, influenza, HPV e a DTP (contra difteria, tétano e
coqueluche).
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RELEMBRANDO... TIPOS DE VACINAS

• VACINAS CONJUGADAS - são produzidas para combater

diferentes tipos de doenças causadas por bactérias chamadas

encapsuladas (que possuem capa protetora composta por

polissacarídeos, substâncias parecidas com açúcares). Para que

essas vacinas tenham proteção mais duradoura é preciso que

se junte a esta capsula protetora uma proteína. Ex: vacina

pneumocócica 23 (protege contra 23 tipos de pneumonia).


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RELEMBRANDO... TIPOS DE VACINAS
• VACINA COMBINADA - são aquelas que em uma
única dose, protege a criança de várias doenças.
• Substituem a administração de doses
fracionadas, diminuindo os efeitos colaterais,
como febre, mal-estar e dor.
• Ex: vacina hexa que é a combinação de difteria,
tétano, coqueluche, pólio inativada, HIB e
hepatite B.

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DIFERENÇAS ENTRE VACINAS ATENUADAS E
INATIVADAS
• VACINAS ATENUADAS oferecem proteção à longo prazo, são efetivas com uma única

dose. Podem ser produzidas com vírus e bactérias vivas. Oferece uma intensidade e

velocidade da resposta imunológica rápida e potente, porém, favorece provocar

mais efeitos adversos. são seguras para indivíduos saudáveis e contraindicadas para

imunodeprimidos e gestantes.

• VACINAS INATIVADAS são comuns tanto para vírus quanto para bactérias (mortos) e

provocam reações imunológicas de menor intensidade e duração, exigindo doses de

reforço para garantir a cobertura vacinal. Em contrapartida, tendem a provocar

menos efeitos adversos. 271


"Estude enquanto eles se divertem,
Persista enquanto eles descansam,
E então, viva o que eles sonham“
Provérbio Japonês

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