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EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA Prof.

ª Ana Castro
EPIDEMIOLOGIA
• O significado etimológico do termo epidemiologia deriva do grego (PEREIRA, 2013):
EPIDEMIOLOGIA
• O estudo que afeta a população
• Conceito original de epidemiologia se restringia aos estudos das doenças
transmissíveis
• Conceito evoluiu de modo abranger praticamente todos os eventos relacionados
com a saúde da população
EPIDEMIOLOGIA
ASSUNTO PRINCIPAL
• A disciplina abordará o conhecimento sobre epidemiologia associando-o às
políticas de saúde pública existentes, bem como ao Sistema único de Saúde.
• A disciplina estuda as Políticas Públicas de Saúde, Sistema Único de Saúde (SUS) e
Principais Programas de Saúde, associada ao estudo da epidemiologia mostrando
sua importância no desenvolvimento das atividades do profissional de saúde.
EPIDEMIOLOGIA
OBJETIVOS GERAIS
• Compreender os principais determinantes do processo saúde/doença da coletividade.
Apresentar o raciocínio epidemiológico, seus fundamentos e métodos, e suas aplicações no
âmbito individual e coletivo da saúde.
• Estudar os principais conceitos necessários para elaboração e/ou compreensão do
diagnóstico de saúde populacional.
• Apresentar as principais conferências internacionais e nacionais de saúde, como
embasamento das políticas de saúde, e de diferentes sistemas de saúde no mundo.
• Propiciar conhecimentos sobre Políticas Públicas de Saúde e a construção do SUS.
• Apresentar os principais programas de saúde brasileiros, aproximando o aluno da
comunidade.
• Conhecer como se estrutura o sistema complementar/suplementar de saúde no Brasil.
EPIDEMIOLOGIA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Apresentar a história da epidemiologia, desenvolvendo seus princípios básicos.
• Discorrer sobre os conceitos básicos da epidemiologia geral e sua utilização no campo da
saúde.
• Conhecer o perfil e as principais tendências de adoecimento e morte no Brasil.
• Compreender a diferença entre pandemias, endemias e epidemias, com ênfase na análise
e controle das doenças transmissíveis, surtos e epidemias.
• Identificar e saber utilizar as principais fontes de informações de saúde disponíveis.
• Discorrer sobre aplicabilidade do conhecimento epidemiológico na avaliação e gestão de
serviços de saúde.
EPIDEMIOLOGIA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Apropriar-se das discussões desenvolvidas nas conferências internacionais e nacionais de
saúde.
• Distinguir as semelhanças e diferenças existentes nos diversos sistemas de saúde no mundo.
• Propiciar conhecimentos sobre o desenvolvimento das Políticas Públicas de Saúde, sobre a
construção do SUS seus princípios e leis. Apresentar os principais programas de saúde
brasileiros com ênfase no Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS) e Saúde da
Família (PSF), bem como a política de atenção básica à saúde- ABS.
• Conhecer o sistema complementar/suplementar de saúde no Brasil.
EPIDEMIOLOGIA
COMPETÊNCIAS
• Compreender quais os fatores condicionantes da saúde (biológicos, econômicos ou sócio-
políticos), conhecer as principais doenças emergentes, com ênfase às formas de transmissão
de algumas doenças infecciosas com vista a delinear estratégias para controlar ou
prevenir a disseminação da infecção.
• Estimular atitudes que visem a garantia do direito à saúde da população, a partir do
compromisso profissional e o respeito à diversidade cultural e a singularidade dos sujeitos
cuidados, fazendo do assistir e do cuidar práticas humanizadas dentro do SUS.
• Sensibilizar os discentes para um papel ativo na promoção da saúde pela educação e
alteração de comportamentos que determinem uma melhoria na qualidade de vida das
populações.
EPIDEMIOLOGIA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1. ROTHMAN, Kenneth J. Epidemiologia Moderna. Porto Alegre: ArtMed, 2015.
(Minha biblioteca)
2. TIETZMANN, Daniela. Epidemiologia. São Paulo: Peasron, 2014. (Minha
Biblioteca)
3. GALLEGUILLOS, Tatiana Brassea. Epidemiologia: Indicadores de Saúde e
Análise de Dados. São Paulo: Érica, 2014. (Minha Biblioteca)
EPIDEMIOLOGIA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1. ALMEIDA FILHO, Naomar de. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011. (Minha Biblioteca)
2. BUSATO, Ivana Maria Saes. Epidemiologia e processo saúde-doença. Curitiba:
InterSaberes, 2013. (Minha Biblioteca)
3. FRANCO, Laércio Joel. Fundamentos de Epidemiologia. Barueri: Manole, 2011. (Minha
Biblioteca)
4. MELLO, Marcelo Feijó de. Epidemiologia da Saúde Mental no Brasil. Porto Alegre:
ArtMed, 2011. (Minha Biblioteca)
5. YANG, Yi. Compreendendo a Farmacoepidemiologia. Porto Alegre: AMGH, 2013.
(Minha Biblioteca)
CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL MÓDULO 1
DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um


estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente
ausência de afecções e enfermidades”. Direito social, inerente à
condição de cidadania, que deve ser assegurado sem distinção de
raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconômica, a
saúde é assim apresentada como um valor coletivo, um bem de todos.

Condições mínimas para que um Estado assegure o direito à saúde ao seu povo:
disponibilidade financeira, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade do serviço
de saúde pública do país.
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

Conceitos de Saúde segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):


• Simboliza um compromisso, um horizonte a ser perseguido
• A própria compreensão de saúde tem também alto grau de subjetividade e
determinação histórica
• Construir um conceito mais dinâmico
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

Conceito da História Natural da Doença: Modelo de Leavell e Clark


• Saúde como um processo, por meio do conhecimento acumulado do campo
científico
• Visão positiva da saúde, valorizada pela noção de prevenção sobre as
doenças
• Apresenta três níveis de prevenção: primário, secundário e terciário
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

• História natural da doença é conjunto de processos interativos, suas inter-


relações do agente, do suscetível e do meio ambiente.
• Dois períodos: o primeiro chamado de período epidemiológico e o segundo o
período patológico.
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

• Período pré-patogênese: é definido pela evolução das inter-relações que envolvem


condicionantes sociais, fatores sócios econômicos, fatores sócios políticos, fatores sócio
culturais, fatores psicossociais, fatores ambientais, fatores genéticos.
• Período patológico: é definido com as primeiras ações de um agente patogênico,
com perturbações bioquímicas em nível celular, continuando em perturbações na
forma e na função, evoluindo para um defeito permanente, cronicidade.
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

Níveis de prevenção: Modelo primário


• Na prevenção primária todas as ações são dirigidas para manutenção da saúde
• Prevenção da ocorrência da fase patológica, exemplo: educação para a saúde e
saneamento ambiental, não visamos a prevenção de nenhuma doença específica,
e sim a qualidade de vida.
• Vacinações, aconselhamento para mudança dos comportamentos de alto risco.
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

Níveis de prevenção: Modelo secundário


• Ações voltadas para o período patológico, a doença está progredindo, clinicamente
aparente, ou está na fase subclínica.
• Visa à prevenção da evolução, com a finalidade de levar a regressão da patologia.
• A doença é detectada e tratada precocemente, frequentemente antes de os sintomas
estarem presentes, reduzindo assim as consequências sérias.
• A prevenção secundária pode envolver programas de triagem, exemplo mamografia.
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

Níveis de prevenção: Modelo terciário


• As ações dirigem a fase final, visa desenvolver a capacidade residual do
indivíduo, o potencial funcional pode ter sido reduzido pela doença.
• Exemplo: a cárie dental ou doenças periodontais evoluíram para perda de
todos os dentes, restando como medida preventiva o uso de uma prótese total,
devolvendo qualidade de vida, funcional, estético que muito irá melhorar a
autoestima e assim a qualidade de vida social.
1. CONCEITO DE SAÚDE, HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO.

Níveis de prevenção: Modelo terciário


• Controle de uma doença existente, habitualmente crônica, de forma a evitar
complicações ou danos futuros.
• Por exemplo, a prevenção terciária em pessoas com diabetes é focada no
controle rigoroso da glicose no sangue.
• A prevenção terciária procura ainda evitar complicações em quem sofre de
incapacidades, como evitar úlceras de decúbito em pessoas acamadas.
QUESTÃO 1
Quando a doença se torna sintomática e a assistência médica é
procurada, inicia-se o trabalho da medicina preventiva e(ou) curativa,
de modo a limitar incapacidade em pacientes com sintomas precoces,
ou de modo a reabilitar pacientes com doença sintomática tardia.
Nesse estágio, como não há nível de prevenção estabelecido,
considera-se que não há prevenção possível..

a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 2
Atividades que modificam a vida, como mudar para uma dieta
baixa em gorduras, procurar um programa estável de exercícios
aeróbicos e parar com o tabagismo, são consideradas como
sendo métodos de prevenção secundária ou pré-doença.

a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 3
Assinale a opção cuja ação corresponda ao nível secundário de
prevenção de doenças, segundo o modelo descrito por Leavel &
Clark.
a) Saneamento básico.
b) Imunização.
c) Aconselhamento genético.
d) Inquérito para detecção de casos na comunidade.
e) Controle de vetores.
QUESTÃO 4
Considerando-se o modelo de história natural da doença, a
vacinação, tanto de adultos quanto de crianças, representa uma
ação de saúde coletiva do tipo.

a) Prevenção Terciária.
b) Proteção Específica.
c) Promoção da Saúde.
d) Prevenção Secundária.
QUESTÃO 5
Diagnóstico pré-sintomático e tratamento por meio de programas de
rastreamento são referidos como prevenção secundária. Apesar da
não prevenirem a causa de início do processo de doença, podem
prevenir as sequelas permanentes.
a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 6
A prevenção secundária engloba ações voltadas à reabilitação
do indivíduo após a cura ou o controle da doença, a fim de
reajustá-lo a uma nova condição de vida.

a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 7
Imunizações, reabilitação de um paciente com sequelas de AVC,
realização de citopatológico de colo uterino e evitar realizar
procedimentos invasivos desnecessários são, respectivamente,
exemplos de níveis de prevenção. Selecione a sequência com a
ordem do tipo de prevenção correta.
a) Secundária, Terciária, Primária e Quaternária.
b) Quaternária, Primária, Terciária e Secundária.
c) Primária, Terciária, Secundária e Quaternária.
d) Primária, Secundária, Terciária e Quaternária.
e) Secundária, Quaternária, Terciária e Primária.
QUESTÃO 8
Da prevenção primária espera-se a diminuição da incidência da
doença mediante o controle de fatores de risco ou causas
associadas, bem como a diminuição do risco médio de doença
na população, enquanto da prevenção secundária espera-se
que haja diminuição da prevalência da doença, essencialmente
pela diminuição da sua duração.
a) Certo
b) Errado
TEXTO COMPLEMENTAR
TEXTO COMPLEMENTAR

Qual a relevância na saúde


desse modelo?

Quais atividades se adequam


ao modelo?

Como profissional de saúde,


como posso contribuir?
CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E MÓDULO 2
BASES HISTÓRICAS
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Desenvolvimento
histórico dos Raízes da Desenvolvimento
principais movimentos Epidemiologia inicial da Saúde
sociais na área da Pública
saúde

Constituição Avanço técnico do Epidemiologia


ideológica projeto preventivista moderna
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Foucault
• Medicina Veterinária = primeira medicina do coletivo
• Academia de Medicina de Paris = Ordem Real
• Estudo de epidemia do rebanho ovino
• Eliminação de doenças
• Resultados não relatados
• Reforço do estudo unitário
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

John Graunt
• Aparecimento do Estado moderno no século XVII
• Necessidade de contar o povo e o exército, ou seja, o
Estado
• Levantamentos pioneiros da “Estatística Médica” de John
Graunt
• São atribuídas a ele as primeiras estimativas de
população e a elaboração de uma taxa de mortalidade
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Louis-René Villermé
• Sistematização dos estudos que relacionavam o processo
saúde-doença
• Desigualdades sociais
• Relacionado às taxas de mortalidade o nível de renda,
indicador do grau de riqueza ou pobreza da população
dos bairros parisienses
• Identificação de grupos populacionais sob maior risco de
adoecimento e morte
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

William Farr
• Em 1950, organiza-se na Inglaterra a London
Epidemiological Society, fundada por jovens médicos
simpatizantes das idéias médico-sociais.
• Em 1839, criou um registro anual de mortalidade e
morbidade para a Inglaterra e País de Gales
• Institucionalização da Estatística Médica
• Aplicações da epidemiologia com a finalidade de orientar a
tomada de decisões no planejamento de políticas de saúde
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

John Snow

• Investigação analítica dos surtos de cólera


• Pai da epidemiologia moderna
• Desconsiderou a hipótese da propagação ocorrer
pessoa a pessoa
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Louis Pasteur
• Grande evolução devido ao desenvolvimento do
conhecimento a nível celular, molecular e bioquímico
• Estudo da fermentação
• Microrganismos responsáveis
• Processo de pasteurização = calor
• Formas atenuadas de microrganismos = promover a
vacinação
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Adolf Lutz

• Contribuiu para a análise da instituição das


medicinas pasteuriana e tropical no Brasil
• Realizou estudos superiores e de aperfeiçoamento
na Europa
• Suas atividades como clínico e como investigador de
temas relacionados à helmintologia, parasitologia,
veterinária e bacteriologia no interior de São Paulo
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS
Emílio Ribas

• Pioneiro da medicina preventiva no país


• Responsável por comprovar que a febre amarela é
transmitida pelo mosquito Aedes aegypti
• É considerado um dos pais do sanitarismo brasileiro,
ao lado de Adolfo Lutz e Oswaldo Cruz
• Também foi um dos idealizadores do Instituto
Butantan
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Oswaldo Cruz
• Pioneiro no estudo das doenças tropicais e encabeçou
diversas campanhas de combate a epidemias de sua
época
• Trabalhou na produção do soro e da vacina contra
a peste bubônica
• Foi reconhecido internacionalmente por sua luta contra
as epidemias como a varíola e a febre amarela no
Brasil
Descrição:
Teoria miasmática das
doenças.
Painel para a exposição
no Museu da Vida sobre
Oswaldo Cruz.

Acervo:
Fundação Oswaldo Cruz
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS
Limpar o espaço urbano, desinfetar, praticar uma higiene
“desodorizante” que tenta proteger o ar das emanações e fedores
provenientes das coisas

O miasma podia estar presente em tudo: multidões, excrementos


humanos e animais, solos úmidos, pântanos, habitações mal
construídas, cadáveres, hospitais, gente doente, doenças, água suja
TEORIA
MIASMÁTICA Na referida teoria, quando um solo era denunciado como insalubre
(perigoso) ele devia logo ser drenado a fim de torná-lo inofensivo
para os seus arredores

As ruas deveriam ser pavimentadas para isolar a sujeira e para que


a lavagem do solo fosse facilitada. Limpar significa muito mais do
que simplesmente lavar, drenar
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Em 1851 foi realizada a I Conferência Sanitária Internacional,


Teoria da Unicausal que defendia que cada doença tem um
agente específico

TEORIA Os vírus e as bactérias passaram a ser as únicas causas das


UNICAUSAL doenças, substituindo as explicações sobrenaturais

Foram estabelecidas estratégias de prevenção de doenças, como


quarentena e controle de animais
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Na segunda metade do século 20, a Teoria Multicausal foi ganhando o


espaço para explicar algumas doenças como câncer, transtornos
mentais e doenças cardiovasculares

TEORIA Defendia que as doenças eram causadas por diversos fatores que se
relacionavam, quando a Unicausal passou a não explicar mais a
MULTICAUSAL ocorrência e a distribuição de certas doenças

A Multicausal é a teoria hegemônica até hoje, pois considera que


características individuais, comportamentais, fatores de risco, estilo de
vida, entre outras coisas, influenciam no aparecimento das doença
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS
2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Fundação Oswaldo Cruz Instituto Pasteur


2. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA E BASES HISTÓRICAS

Até os dias atuais, a EPIDEMIOLOGIA se


firmou enquanto ciência, baseada em
pesquisas e evidências científicas que visam à
determinação das condições de saúde da
população e à busca sistemática dos agentes
etiológicos das doenças ou dos fatores de risco
envolvidos no seu aparecimento, através de
diferentes tipos de estudos e da avaliação de
intervenções em saúde para o efetivo controle
das doenças que acometem a população.
QUESTÃO 1
No início do século XX, a capital federal contava com uma população de mais de
800 mil habitantes e, constantemente, era assolada por surtos de febre amarela,
varíola, peste bubônica, malária, tifo e tuberculose. Preocupado com o grave
quadro epidemiológico do Rio de Janeiro, o então presidente Rodrigues Alves
decidiu colocar em prática o plano de saneamento e higienização da cidade,
idealizado e coordenado pelo médico sanitarista:
a) Carlos Chaga
b) Louis Pasteur
c) Pereira Passos
d) Oswaldo Cruz
e) Martins Costa
QUESTÃO 2
"Finda a sessão no Centro das Classes Operárias, a massa popular que saiu daquele
Centro juntou-se à que estacionava nas suas imediações e assim formando um numeroso
grupo de cerca de 2 mil pessoas, marchou pela Praça da República, Rua do Theatro,
Largo de S. Francisco e Rua do Ouvidor. Pelo caminho levantavam gritos contra a vacina
e os seus defensores e a polícia. Em frente às redações dos jornais davam palmas e
aclamações a uns e vaias a outros (...). Correram com insistência boatos de manifestações
de desagrado aos jornais. O Dr. Chefe de Polícia mandou que imediatamente partisse
para a Rua do Ouvidor uma força de 60 praças de cavalaria, a garantir os jornais, dos
quais dois aceitaram essa medida de prevenção, os nossos colegas do Jornal do
Commercio e O Paiz. Alguns grupos, de fato, passaram em vozeria pela Rua do Ouvidor,
mas nenhum desacato grave foi praticado."
Gazeta de Notícias, em 13 de novembro de 1904 (Adaptado).
QUESTÃO 2
Considerando as temáticas de saneamento, saúde e doença no início da República
temos a Revolta da Vacina. A vacinação obrigatória defendida por Oswaldo Cruz
teve como base as ideias:
a) Do Liberalismo, defendido por Adam Smith;
b) Da Democracia; propagado por Alexis de Tocqueville;
c) Do Socialismo, defendido por Lênin;
d) Do Positivismo, criado por Auguste Comte;
e) Do Higienismo, defendido por Louis Pasteur.
QUESTÃO 3
Os paradigmas sobre o fenômeno “saúde-doença” modificaram-se através
dos tempos, a partir da evolução da tecnologia e dos avanços
socioeconômicos que envolveram as civilizações. Sobre o assunto, analise as
assertivas abaixo e marque com V as afirmativas que forem Verdadeiras e
com F as que forem Falsas:
a) V,V,V,F
b) F,V,V,F
c) F,F,F,V
d) V,V,V,V
CONTINUA NO PRÓXIMO SLIDE...
QUESTÃO 3
( ) I. A teoria miasmática defendia que as doenças eram causadas por fatores físico-químicos
oriundos de emanações do solo ou do ar que tinham grande nocividade.
( ) II. De acordo com a teoria da unicausalidade ou microbiológica, o adoecimento acontece
quando o ser humano é atingido por um agente etiológico; assim, atuando sobre os agentes
etiológicos e os seus meios de transmissão, é possível a prevenção e a cura das doenças.
( ) III. A teoria da multicausalidade traz o processo “saúde-doença” como um conjunto de
relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de uma
população, que variam em diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da
humanidade.
( ) IV. As intervenções em saúde na tríade ecológica (agente, hospedeiro e ambiente) podem
ser realizadas por meio de prevenção primária (medidas de promoção da saúde e proteção
específica), prevenção secundária (limitação da invalidez) e prevenção terciária
(reabilitação, diagnóstico e tratamento precoce).
QUESTÃO 4
O processo saúde-doença pode ser compreendido como um conjunto de
relações e variáveis que produzem ou condicionam o estado de saúde ou
de doença de um indivíduo ou população, sofrendo influência do contexto
histórico e social da humanidade. Diante disso, a Teoria que melhor
explica o processo saúde-doença é a:
a) Teoria miasmática
b) Teoria microbiana
c) Teoria da multicausalidade
d) Teoria ontológica
TEXTO COMPLEMENTAR
TEXTO COMPLEMENTAR

Qual a relevância da epidemiologia


no estudo de doenças infecciosas?

Quais os modelos explicativos do


processo saúde-doença?

Como profissional de saúde, como


posso contribuir?
INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA MÓDULO 3
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

• Histórico da Saúde Pública no país

Funcionamento Movimentos Acompanha as Necessidades e


da Saúde políticos, sociais tendências contextos
Pública e suas e econômicos vigentes na específicos
intervenções sociedade
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

• Histórico da Saúde Pública no país

Capitalismo
Século XX brasileiro
POLÍTICA NACIONAL
DE SAÚDE

Práticas
sanitárias
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Histórico da Saúde Pública no país


• Século XX
• Grandes imigrações
• Exportações de café
• Riscos no porto
• Iminência de doenças
• Campanhas
• Vacinação
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Histórico da Saúde Pública no país


• Décadas seguintes
• Desenvolvimento industrial
• Processo de urbanização
• Higiene e disciplina dos habitantes e cidades
• Promover ordem e moral
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Histórico da Saúde Pública no país


• Década de 30
• Assistência em saúde: trabalhadores de grandes indústrias e bancos
• Hospitais filantrópicos
• Prevenção da força de trabalho
• Crescimento industrial no país
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Histórico da Saúde Pública no país


• Década de 60
• Modelo médico-sanitário
• Duas vertentes: epidemiológica e clínica
• Controlar as doenças em escala social
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Histórico da Saúde Pública no país


• Anos seguintes: governo militar
• Poucos investimentos em saúde
• Valorização da tecnologia
• Grande população sem assistência
• Profissionais de saúde preocupados
• Defendiam uma saúde mais humana e universal
• Movimento sanitário na década de 70
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Histórico da Saúde Pública no país


• Décadas 80 e 90
• Redemocratização do país
• Crise nas políticas de saúde
• Sistema plural
• Defesa da reforma sanitária
• Conflitos e crises
• Sistema único de saúde
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

• Conceito de Saúde Pública

A Saúde Pública está inserida no campo das políticas públicas de


responsabilidade pública e como direito social, entendida como uma política
social de proteção às pessoas. De acordo com a época e o funcionamento das
cidades e de seus habitantes vai se definindo a organização do trabalho da
saúde pública, surgindo da necessidade de compreender a vida comunitária,
seus costumes, formas de sociabilidade, diversidade dos modos de vida,
conformando as formas de assistência e proteção.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

A Saúde Pública surge como um saber específico, voltado às relações interpessoais,


à vida familiar privada e à ocupação do espaço público nas cidades.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

• Conceito de Promoção da saúde

Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da


comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde,
incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um
estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos
devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar
favoravelmente o meio ambiente.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

A Promoção da Saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para


além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

SAÚDE E PROMOÇÃO DA SAÚDE


SOB AS PERSPECTIVAS DAS DECLARAÇÕES INTERNACIONAIS DE ALMA-ATA E OTTAWA
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Complexidade
Organizações
dos problemas Enormes nacionais e
de saúde e avanços internacionais
serviços que vinculados à saúde
não conseguem tecnológicos pública buscaram
suprir a do século XX respostas para
essas dificuldades
necessidade

Segundo Becker (2001) nas últimas décadas, tem-se assistido e acompanhado um crescimento
imenso no campo de promoção da saúde, que vem desenvolvendo através de várias pesquisas
e consequentemente com várias concepções, interpretações e práticas de saúde pública e
coletiva no atual século XXI.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde – Alma-Ata - 1978


• Expressa a necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que
trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para
promover a saúde de todos os povos do mundo
• Ampliou a visão do cuidado da saúde da sua dimensão setorial ao de envolvimento
da própria população, superando o campo de ação dos responsáveis pela atenção
convencional dos serviços de saúde
• Valorização da saúde como componente central do desenvolvimento humano,
ressaltando os fatores necessários para assegurar a qualidade de vida e o direito ao
bem-estar social. Com isto, a Conferência de Alma Ata estabelece as bases para o
que se chamaria, posteriormente promoção da saúde.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

I Conferência Internacional em Promoção da Saúde da OMS, em Ottawa – 1986


• Reconheceu como pré-requisitos fundamentais para a saúde: "a paz, a educação, a
habitação, o poder aquisitivo, um ecossistema estável, e conservação dos recursos
naturais e a equidade"
• "Carta de Ottawa" - um documento que marcou definitivamente a história da Saúde
Pública
• A promoção da saúde foi conceituada como "o processo de capacitação na
comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo
uma maior participação no controle deste processo"
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

I Conferência Internacional em Promoção da Saúde da OMS, em Ottawa – 1986


• A Carta assume que a equidade deve ser um dos focos da promoção da saúde
• O objetivo é reduzir as diferenças no estado de saúde da população, e no acesso a
recursos diversos para uma vida mais saudável.
• A promoção da saúde é o resultado de ações intersetoriais, agindo nos determinantes
gerais da saúde e da qualidade de vida.
• Cada setor (educação, geração de trabalho e renda, habitação, lazer e cultura,
transportes, meio ambiente, assistência social, etc.) deverá ter suas estratégias de
atuação, coordenadas por "políticas saudáveis".
• O setor saúde deve apoiar indivíduos e comunidades para uma vida mais saudável,
articulando-se com os setores sociais, políticos, econômicos e ambientais.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

I Conferência Internacional em Promoção da Saúde da OMS, em Ottawa – 1986


• A carta estabelece as estratégias de ação em:
1) estabelecimento de políticas públicas saudáveis;
2) criação de ambientes favoráveis à saúde;
3) reforço da ação comunitária;
4) desenvolvimento de habilidades pessoais;
5) reorientação dos serviços de saúde.
3. INTRODUÇÃO A SAÚDE PÚBLICA

A Carta de Ottawa é o principal documento de referência da promoção da saúde


em todo o mundo, como comprovam documentos oriundos das diversas conferências
internacionais e temas.
QUESTÃO 1
A Atenção Primária à Saúde ou Cuidados Primários de Saúde consistem em
um conjunto de estratégias formuladas na:

a) Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em


Ottawa, Canadá, em 1986.
b) Conferência Internacional de Alma-Ata, ocorrida na cidade Russa do mesmo
nome, em 1978.
c) 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada no Brasil em março de 1986.
d) Conferência Europeia de Enfermagem, realizada em Viena, em 1988.
QUESTÃO 2
A promoção de saúde foi tema de conferências mundiais (Canadá, 1986; Austrália, 1988;
Suécia, 1991; Colômbia, 1992; México, 2000; Tailândia, 2005; Quênia, 2009), que deram
origem a importantes documentos com compromissos a serem assumidos por todos os
países. A Carta de Otawa (1986) define a promoção de saúde como o processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde,
incluindo uma maior participação no controle desse processo e enfatiza que para atingir
um estado de completo bem-estar físico, mental e social, os indivíduos e grupos devem
saber identificar:
a) medidas necessárias de aprimoramento da saúde e promover a implementação de
projetos pessoais laborais.
b) processos saudáveis no âmbito das organizações de trabalho e ingressar nos serviços de
saúde de rede pública.
c) fatores endógenos e exógenos intervenientes nos processos ambientais e fazer escolhas de
trajetória de vida autônomas.
d) aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente.
QUESTÃO 3
O documento essencial que definiu as atividades primárias que devem
compor o conceito de cuidados primários, incluindo a educação sanitária, a
assistência nutricional, o saneamento básico, a assistência materno-infantil, o
planejamento familiar, as imunizações e a assistência curativa para os
problemas mais comuns, foi:
a) a Declaração de Alma-Ata.
b) a Carta de Ottawa.
c) o Projeto Cidades Saudáveis da OMS (Organização Mundial da Saúde).
d) o Movimento Sanitário.
QUESTÃO 4
A Promoção da Saúde tem como referencial teórico a Carta de Ottawa e a busca
da redução das iniquidades em saúde, visando o empoderamento dos indivíduos
ou grupos. Julgue se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e
assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo:
( ) O texto da PNPS aponta como prioridade de ação temas como: alimentação
saudável, prática corporal e atividade física, prevenção e controle do tabagismo,
redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras
drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da
violência e estímulo à cultura de paz e promoção do desenvolvimento sustentável.
CONTINUA NO PRÓXIMO SLIDE...
QUESTÃO 4
( ) Os princípios da Promoção da Saúde foram incorporados pelo Movimento da
Reforma Etária na Constituição Federal de 1986 e no Sistema Único de Saúde (SUS), e
sua efetiva institucionalização ocorreu em 2001, com a aprovação da Política
Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) pela Comissão dos Direitos Humanos.
( ) O Comitê Gestor da PNPS - CGPNPS envolve diferentes secretarias e áreas do
Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass),
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e da Associação
Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

CONTINUA NO PRÓXIMO SLIDE...


QUESTÃO 4
( ) A PNPS estabelece como objetivo promover a qualidade de vida e reduzir
vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes modos
de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e
serviços essenciais.
( ) A Promoção tem como finalidade criar um mecanismo de controle com fins de aferir onde
estão aplicados os recursos financeiros em cada esfera, impedindo assim as gestões das
comunidades atuarem sobre fatores financeiros que afetam sua saúde e qualidade de vida,
com pouca participação no controle deste processo.
a) F,V,V,F,V
b) V,V,F,F,F
c) V,F,V,V,F
d) F,F,V,V,F
QUESTÃO 5
Considere as assertivas a seguir:
Para explicar os fenômenos relativos ao processo saúde-doença é preciso
utilizar saberes que não vão além da dimensão social desses fenômenos
porque
a epidemiologia constitui um campo de conhecimentos e práticas que
transcende a própria área da saúde, abrangendo conhecimentos produzidos
no âmbito da economia, sociologia, antropologia e história.
É correto afirmar:
CONTINUA NO PRÓXIMO SLIDE...
QUESTÃO 5
a) as duas assertivas são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma
justificativa correta da primeira.
b) as duas assertivas são proposições verdadeiras, e a segunda é uma
justificativa correta da primeira.
c) a primeira assertiva é uma proposição falsa, e a segunda é uma
proposição verdadeira.
d) a primeira assertiva é uma proposição verdadeira, e a segunda, é uma
proposição falsa.
e) tanto a primeira quanto a segunda assertivas são proposições falsas.
PROCESSO EPIDÊMICO E MÓDULO 4
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

• Adoção de conceitos e definições padronizadas para a


investigação epidemiológica dos problemas de saúde
• Problemas inesperados tem termos usados no dia-a-dia
• A epidemiologia faz a diferença entre esses termos
• A diferença está na posição em uma escala populacional
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

Presença Tempo
constante ilimitado

Dentro dos Constante


limites renovação

Determinada Exposições
área múltiplas
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

Aparecimento Evidências
súbito coletadas

Aumento não Sistemas de


esperado vigilância

Espaço Medidas de
localizado prevenção
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

Problema de Múltiplos
saúde pública surtos

Propagação O número
superior pode variar

Além os limites Situação de


geográficos crise
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

Larga Ao mesmo
distribuição tempo

Série de População não


epidemias imunizada

Diferentes Ações
regiões integradas
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
QUAIS SÃO AS DOENÇAS QUE PODEM EXEMPLIFICAR CADA UMA DESSAS SITUAÇÕES?
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

Índices
Taxas

Coeficiente

Objetivo: mensurar a
ocorrência de doenças
na população

Medidas de frequência de doenças


4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

• Índice: termo genérico apropriado para referir-se a todos os descritores da vida


e da saúde; inclui todos os termos numéricos existentes e incidentes que trazem a
noção de grandeza.
• Coeficientes: são medidas secundárias que tratam da frequência com que um
evento ocorre na população.
• Taxas: são medidas de risco aplicadas para cálculos de estimativas e projeções
de incidências e prevalências em populações de interesse.

Medidas de frequência: incidência e prevalência


4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

➢ INCIDÊNCIA
• É a frequência de novos casos de uma determinada doença ou problema de
saúde num determinado período de tempo, oriundo de uma população sob risco
de adoecer no início da observação.
• Os novos casos ou incidentes podem ser compreendidos como aqueles indivíduos
não doentes no início do período de observação e que adoeceram durante o
período observado.
• É necessário acompanhar a população em observação e a mesma doença pode
incidir sobre um mesmo indivíduo mais de uma vez durante o período observado.
• Utilizada para se calcular a incidência de doenças agudas.
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

➢ PREVALÊNCIA
• É a frequência de casos existentes de uma determinada doença em uma
determinada população e em um dado momento.
• São os casos já existentes (antigos) somados aos casos novos, numa dada
população durante um período de tempo.
• Só considera um evento de determinada doença por indivíduo, ou seja, se o
indivíduo tiver gripe por três vezes durante o ano, o evento só será contado uma
vez.
• É uma medida mais adequada para doenças crônicas ou de longa duração.
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
4. PROCESSO EPIDÊMICO E APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
Descrição das condições de saúde da população
por meio da construção de indicadores de saúde
• Exemplo: taxa de incidência de uma doença.

Investigação de fatores determinantes da situação


de saúde
EPIDEMIOLOGIA • Exemplo: investigação de fatores de risco.

• CLÍNICA Avaliação do impacto das ações para alterar a


• INVESTIGATIVA situação de saúde
• NUTRICIONAL
• DESCRITIVA • Exemplo: avaliação do impacto do saneamento para
diminuir as parasitoses na comunidade.
• CAMPO

APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
QUESTÃO 1
Durante o ano de 2014, a Unidade de Saúde da Família “A”
notificou 348 casos de dengue, dos quais 315 foram confirmados
após resultado do exame sorológico. Sabendo-se que esta USF
acompanha um total de 4.200 pessoas, qual a incidência dessa
doença para este ano?

Município : nº casos = 722


USF “B”: nº casos = 156
População = 28.300
População = 1.720 habitantes
habitantes
QUESTÃO 1

Taxa incidência (USF “A”) = 7,5 casos / 100 habitantes

Taxa de incidência (USF “B”) = 9,07 casos/100 habitantes

Taxa de incidência (município) = 2,5 casos/ 100 habitantes


QUESTÃO 2
Sobre medidas de frequência das doenças e indicadores de saúde, verifique as
alternativas e assinale a INCORRETA.
A) Prevalência é a medida do número total de casos existentes de uma doença em um
ponto ou período de tempo e em uma população determinada, sem distinguir se são casos
novos ou não.
B) A incidência é um indicador da velocidade de ocorrência de uma doença ou outro
evento de saúde na população e, consequentemente, indica exatamente as pessoas que
irão ser afetadas por essa doença.
C) A prevalência é um indicador da magnitude da presença de uma doença ou outro
evento de saúde na população.
D) Incidência é a medida do número de casos novos de uma doença, originados de uma
população em risco de sofrê-la, durante um período de tempo determinado.
QUESTÃO 3
A frequência de casos novos de uma determinada doença, ou problema de
saúde, oriundos de uma população sob risco de adoecimento, ao longo de um
determinado período de tempo, denomina-se:
A) morbidade.
B) incidência.
C) letalidade.
D) prevalência.
E) transmissibilidade.
QUESTÃO 4
“Em saúde pública, a prevalência mede a proporção de pessoas que apresentam doenças
específicas em determinado ponto no tempo.” Considerando esta afirmativa, analise:

I. O termo prevalência sem quantitativo (período) refere-se a prevalência num ponto.

II. A prevalência é útil para medir a frequência e a magnitude de problemas crônicos de


saúde.

III. Estimamos a prevalência de uma doença em determinada comunidade, sem muitas


vezes, considerar a duração da doença.

IV. É possível compreender a prevalência como um corte da população em determinado


ponto do tempo, quando se determina as pessoas que possuem ou não certa doença.
QUESTÃO 4
Estão corretas apenas as alternativas:
A) I, III, IV
B) II, III, IV
C) I, II, III, IV
D) II, IV
E) I, II, III
QUESTÃO 5
Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) Epidemia progressiva: ocorre um aumento gradativo de casos. A fonte de


infecção não é única, sendo representada por exposições sucessivas e em cadeia.
( ) Endemia: entende-se por endemia de um agravo à saúde, a situação na qual
sua frequência e distribuição em agrupamentos humanos distribuídos em espaços
delimitados, mantenham padrões regulares de variações num determinado
período.
( ) Epidemia explosiva: ocorre um expressivo número de casos em curto período de
tempo, com fonte única.
QUESTÃO 5
A sequência está correta em:
A) V, V, V
B) F, V, F
C) V, V, F
D) V, F, V
E) F, F, V
QUESTÃO 6
“_______________ é quando uma doença afeta ao mesmo tempo pessoas
de países diferentes, pertencentes a mais de um continente e atinge essas
comunidades em números excessivos, se comparado ao normal.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior:
A) Pandemia
B) Surto
C) Endemia
D) Epidemia
E) Onda endêmica
QUESTÃO 7
Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:

( ) Há uma epidemia, quando as variações apresentam-se de forma irregular.


( ) As variações irregulares na ocorrência das doenças na comunidade é
peculiar dos surtos.
( ) Uma pandemia pode ser definida por uma ocorrência epidêmica
caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações,
podendo passar de um continente a outro.
QUESTÃO 7
A sequência está correta em:
A) V, V, V
B) V, F, V
C) F, F, V
D) V, V, F
E) F, V, F
QUESTÃO 8
Qualquer doença espacialmente localizada, temporalmente ilimitada,
habitualmente presente entre os membros de uma população e cujo nível de
incidência se situe sistematicamente nos limites de uma faixa que foi
previamente convencionada para uma população e época determinadas é
conhecida como:
A) epidemia.
B) conglomerado de casos.
C) caso autóctone.
D) endemia.
QUESTÃO 9
A epidemiologia tem contribuído de forma consistente para a obtenção de respostas a
perguntas e indagações relacionadas a diversos problemas de saúde, como por
exemplo, as doenças cardíacas, as neoplasias, a tuberculose, o diabetes e os traumas.
Quantificar ou medir a frequência com que os problemas de saúde ocorrem em
populações humanas é um dos objetivos da Epidemiologia. Sendo assim, o conceito
epidemiológico fundamental que expressa o número de casos existentes de uma
doença em um dado momento é a:
A) incidência.
B) prevalência.
C) sobrevida.
D) taxa de mortalidade.
E) consistência.
QUESTÃO 10
A cidade A possui uma população de 500.000 habitantes e a cidade B de 20.000
habitantes. Em ambas as cidades foram registrados cem casos de dengue, no mês de
novembro. Ao avaliar esta situação, o risco da população em contrair a doença é:
A) maior na cidade A.
B) maior na cidade B.
C) menor na cidade B.
D) igual nas duas cidades.
E) indeterminado, visto que não existe relação de número de casos com a população
total.
TEMA PARA DEBATE:
APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA NAS DOENÇAS ENDÊMICAS NO BRASIL

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