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CNU – Bloco 5

Epidemiologia
Profº: Juliana Ferraz
Concurso Público Nacional Unificado - Governo Federal

EIXO 3 - POLÍTICAS PÚBLICAS: SAÚDE E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

1 Cenário epidemiológico do Brasil: transição demográfica e


epidemiológica das DCNT e Agravos da Saúde.

1.1 Determinantes sociais, ambientais e biológicos do processo


saúde-doença.

1.2 Parâmetros técnicos na organização da rede de atenção à saúde,


epidemiologia e vigilância das DCNT e Agravos da Saúde e de seus fatores
de risco.
EIXO TEMÁTICO 3 – POLÍTICAS PÚBLICAS:
SAÚDE E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

5.2 Desenhos de estudos epidemiológicos para


investigação de doenças transmissíveis.
6.1 Política Nacional de Vigilância em Saúde.

6.2 Contribuição da vigilância em saúde e ferramentas para ações


de controle e monitoramento de epidemias, endemias regionais e
de vetores relacionados as doenças transmissíveis.

6.3 Planejamento, execução e avaliação do processo de vigilância


em saúde das doenças transmissíveis e não transmissíveis.
Determinantes Sociais da Saúde (DSS)

Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde


(CNDSS), estabelecida em 2006, os DSS são:

"os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais,


psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de
problemas de saúde e seus fatores de risco na população".
Conceito de DSS
DSS um conceito da área de saúde pública que se refere a um conjunto de
acontecimentos, fatos, situações e comportamentos da:
• vida econômica;
• social;
• ambiental;
• política;
• governamental;
• cultural e subjetiva.

que afetam positiva ou negativamente a saúde de:


• indivíduos;
• segmentos sociais;
• coletividades;
• populações e territórios.
Determinantes da Saúde
(Dahlgren e Whitehead – modelo: influências em camadas)

O esquema de Dahlgren e Whitehead apresenta os diferentes níveis de determinação social, desde a camada mais
externa, onde visualizamos as condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais, até a mais proximal ao
indivíduo, correspondendo aos fatores hereditários e outras características pessoais, como idade e sexo. 1991
TIPOS DE DETERMINANTES
TIPOS DE DETERMINANTES
São estes:

• os determinantes proximais - vinculados aos comportamentos


individuais;

• Intermediários - relacionados às condições de vida e trabalho; e,

• Distais - referentes à macroestrutura econômica, social e cultural.


Planejamento setorial
•DSS um dos eixos orientadores para a identificação de
problemas na análise situacional (situação de saúde e
atenção à saúde) e para a formulação dos objetivos,
diretrizes e metas dos Planos de Saúde.

(PlanejaSUS - 2006/2009)
Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde

• Promover a equidade social e em saúde através de ações sobre os DSS;

• Desigualdades dentro dos países e entre eles são inaceitáveis;

• Determinação de agir sobre os DSS para: melhorar as condições de vida;


combater a distribuição desigual de poder, dinheiro e recursos; e medir a
magnitude do problema e avaliar impacto das intervenções.

• Crise econômica e financeira global demanda medidas para reduzir iniquidades


de saúde e prevenir piora nas condições de vida e deterioração de sistemas
universais de saúde e de seguridade social.

RJ, Brasil - 21 de outubro de 2011


Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde

• Atuar sobre os DSS implica em processos decisórios transparentes e inclusivos;

• Processos participativos na definição e implantação de políticas sobre os DSS;

• O setor saúde tem importante papel na redução das iniquidades em saúde.

• Importância das organizações multilaterais para apoiar os esforços dos países;

• Monitorar tendências das iniquidades em saúde

RJ, Brasil - 21 de outubro de 2011


Estratégias para promover equidade em saúde com base nos DS

• Incluir metas de equidade em saúde em políticas e


programas de outros setores: análises de impacto sobre a
equidade em saúde

• Estratégias doença-específicas.

• Estratégias grupo-específicas: crianças, idosos, grupos


marginalizados

• Cenários: local de trabalho, escolas, comunidade


QUESTÕES
BANCA CESGRANRIO

A promoção da saúde é útil para que os indivíduos se cuidem e o processo de doença não
se instale, sendo a doença transmissível ou não. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
define como Doenças Crônicas Não Transmissíveis as cardiovasculares, as neoplasias, as
doenças respiratórias crônicas e o diabetes mellitus. As Doenças Crônicas Não
Transmissíveis

(A) aparecem e se instalam rapidamente na vida de uma pessoa e têm origem em idades
avançadas.
(B) apesentam baixa oportunidade de prevenção devido à alta cronicidade e
morbimortalidade.
(C) apresentam diminuição do número de mortes, em relação ao aumento progressivo das
mortes por doenças infecto-contagiosas, repercutindo na transição epidemiológica atual.
(D) têm sua emergência muito influenciada pelas condições de vida, não sendo resultado
unicamente de escolhas individuais.
(E) têm etiologia única, curso curto e causas bem definidas.
QUESTÕES

Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista -


VUNESP
Prova: VUNESP - Prefeitura de Várzea Paulista - Enfermeiro - 2021
Fatores sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais, psicológicos e
comportamentais influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus
fatores de risco na população. Trata-se da definição de

A inequidades em saúde.
B processo de saúde das populações.
C epidemiologia.
D determinantes sociais da saúde.
E situação de saúde.
QUESTÕES
Banca: Fundação de Apoio à Pesquisa ao Ensino e à Cultura - FAPEC
Prova: FAPEC - SES MS - Fiscal de Vigilância Sanitária - Área: Enfermeiro - 2022
A Organização Mundial da Saúde define os determinantes sociais da saúde como as condições sociais em que as pessoas vivem e
trabalham. Já o Documento Técnico da Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais, realizada em 2011 no Rio de
Janeiro, "designa como as condições sociais nas quais os indivíduos nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem, as quais
são responsáveis pelas enormes diferenças na situação de saúde entre países e entre os grupos populacionais no interior deles,
diferenças essas que, por serem injustas e evitáveis, são denominadas iniquidades em saúde". (PAIM, Jairnilson Silva; ALMEIDA FILHO, Naomar de (orgs). Saúde
Coletiva: Teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014)

Sobre os Determinantes Sociais em Saúde, está correto o que se afirma em:


A o estilo de vida das pessoas é determinante biológico que pode ser modificado com políticas públicas.

B a idade, o sexo e os fatores hereditários são considerados determinantes biológicos e sociais da saúde.

C os determinantes sociais da saúde que não podem ser modificados pela ação humana são representados pelo estilo de vida
dos indivíduos e, apesar de resultarem de escolhas pessoais, essas escolhas sofrem forte influência de determinantes culturais,
econômicos, acesso a informações, etc.

D a construção da equidade em saúde exige a contribuição de todos os setores do governo, de todos os segmentos da sociedade
e da comunidade internacional em ações sobre os determinantes sociais, organizados por políticas públicas baseadas em
evidências.

E as intervenções sobre os Determinantes Sociais em Saúde no combate às iniquidades em saúde podem ser entendidas como
programas de curto prazo.
Cenário Epidemiológico do Brasil:

Transição demográfica e epidemiológica das DCNT


e Agravos da Saúde.
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A situação de saúde

A situação de saúde no Brasil e no mundo passa por um momento de


transição em três aspectos:

• Transição demográfica: caracterizada pelo envelhecimento da população.

•Transição epidemiológica: caracterizada pela tripla carga de doenças.

•Transição nutricional: caracterizada pelo crescimento do sobrepeso, da


obesidade e da dislipidemia.

INSTITUTO ISRAELITA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL


Transição Demográfica
A composição de uma população é reflexo de sua dinâmica ao
longo do tempo.

refere-se aos efeitos que as mudanças da fecundidade, natalidade


e mortalidade provocam sobre o ritmo de crescimento
populacional e sobre a estrutura por idade e sexo.
Transição demográfica:
Envelhecimento da população

Maior proporção de mulheres na população

Aumento da expectativa de vida

População mais urbana e mais alfabetizada


Transição Epidemiológica

Segundo Pereira o modelo de transição epidemiológica no Brasil é denominado


contemporâneo ou retardado, diferentemente dos países desenvolvidos que é
uma evolução gradual.

Nesses países os fatores determinantes são eco biológico e socioeconômico,


enquanto o nosso é influenciado pela introdução maciça de tecnologia e
assistência médica.

.
A transição epidemiológica
A transição epidemiológica pode ser caracterizada pela tripla carga de doenças:
• Uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e problemas de saúde
reprodutiva.
• O crescimento de causas externas.
• A predominância de doenças crônicas e de seus fatores de risco, como
tabagismo, inatividade física, uso excessivo de álcool e outras drogas e

Aalimentação
transição inadequada.
epidemiológica pode ser O indicador do estudo de CARGA DE DOENÇA - Anos de

demonstrada pelo aumento da carga de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade - avalia,
simultaneamente, o impacto da mortalidade e da
doenças por condições crônicas, de 50%,
morbidade na situação de saúde de uma determinada
em 1990, para 70%, em 2017. população.
Mede os anos de vida perdidos pela morte prematura e os
anos de vida perdidos em virtude de uma incapacidade,
em relação à expectativa de vida da população.

INSTITUTO ISRAELITA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL


A transição nutricional
As transformações econômicas, sociais, demográficas e sanitárias levam a mudanças nos
padrões de nutrição e a um crescimento importante das taxas de obesidade.
24 As condições de saúde são as
Cenário circunstâncias na saúde das
pessoas que se apresentam de
forma mais ou menos persistente e
exigem respostas sociais reativas
Transição ou proativas, eventuais ou
contínuas e fragmentadas ou
demográfica integradas dos sistemas de atenção
à saúde.

Prevalência Fonte: Mendes EV. As redes de assistência à


saúde. Brasília, DF: Organização
Transição de Pan-Americana da Saúde/ Organização
condições Mundial da Saúde/Conselho Nacional de
nutricional Secretários da Saúde; 2011.
crônicas

O termo “condições crônicas”


Transição engloba todos os problemas de
epidemiológica saúde que persistem no tempo e
requerem algum grau de Fonte: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
gerenciamento do sistema de saúde (OMS). Cuidados inovadores para condições
(OMS, 2003). crônicas: componentes estruturais de ação.
Brasília, 2003.

INSTITUTO ISRAELITA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL


QUESTÕES
Banca: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Prova: Unioeste - Prefeitura de Guaratuba - Nutricionista - 2022

De acordo com os conceitos de Transição listados a seguir, marque a alternativa correspondente:

I - Redução das taxas de natalidade, aumento da esperança de vida e envelhecimento da população.


II - Mudança nos padrões de mortalidade e morbidade de uma população concomitante à transição
demográfica.
III - Processo de modificações sequenciais no padrão de nutrição e consumo que acompanham
mudanças econômicas, sociais e demográficas e do perfil de saúde das populações.

A - Transição nutricional, transição epidemiológica e transição demográfica.


B - Transição nutricional, transição demográfica, e transição epidemiológica.
C - Transição demográfica, transição epidemiológica e transição nutricional.
D - Transição epidemiológica, transição demográfica e transição nutricional.
E - Transição demográfica, transição nutricional e transição epidemiológica.
QUESTÕES
Banca: Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco - UPENET IAUPE
Prova: UPENET/IAUPE - SES PE - Residência em Serviço Social - 2022

A Transição Demográfica está diretamente relacionada ao Envelhecimento


Populacional. Os dois processos citados vinculam-se à Transição Epidemiológica, a
qual representa uma modificação no perfil de mortalidade da população. Acerca
disso, é CORRETO afirmar que, atualmente, as doenças que aumentam a incidência
em decorrência do envelhecimento populacional e ocupam uma posição cada vez
mais intensa consistem nas

A infecciosas.
B parasitárias.
C infecto-contagiosas.
D causas externas.
E crônicas e degenerativas.
Organização da rede de atenção à saúde, epidemiologia e
vigilância das DCNT e Agravos da Saúde e de seus fatores de
risco

Prof Drª Juliana Ferraz


CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DAS
DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

✔ História natural prolongada


✔ Longo período de latência
✔ Doenças complexas: multiplicidade de fatores de risco
✔ Interação de fatores etiológicos conhecidos e desconhecidos
✔ Causa necessária* desconhecida em sua maioria

*causa é dita como sendo suficiente quando ela inevitavelmente


produz ou inicia um desfecho, e é dita necessária se o desfecho não
pode acontecer na sua ausência.
DCNTs no Brasil
✔ As DCNTs constituem o problema de saúde de maior magnitude e correspondem a 72% das causas
de mortes.

✔ As DCNT atingem mais camadas pobres da população e grupos vulneráveis.

✔ Apesar de ainda elevada, observou-se redução de 20% nas taxas de mortalidade por DCNTs na última
década, principalmente em relação às doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas.
Entretanto, as taxas de mortalidade aumentaram para diabetes (↑obesidade) e câncer
(↓diagnostico, ↓acesso tratamento) (mortalidade como proxy de incidência: ↑exposição a fatores
de risco, ↑diagnóstico) nesse mesmo período.

✔ A redução das DCNT pode ser, em parte, atribuída à expansão da Atenção Básica, melhoria da
assistência e redução do tabagismo nas últimas duas décadas.

PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
(DCNT) NO BRASIL, 2011-2022
INTERVENÇÃO NOS FATORES DE RISCO

• Não modificáveis
– Sexo
– Idade
– Genótipo

• Modificáveis
– Pela ação direta dos serviços de saúde
- Estado imunitário
- Mudanças dos hábitos alimentares
- Nível de colesterol sérico
- Políticas anti-tabagismo
– Pela ação de outros setores
- Analfabetismo
- Pobreza
31 Qual é a resposta adequada?
Rede de Atenção à Saúde
• Organizado por uma rede poliárquica, coordenada pela APS, garantindo um contínuo de atenção, com
mecanismos eficientes de comunicação e logística, em territórios sanitários definidos com o critério do
acesso.
• Proativo, orientado para a atenção a condições crônicas e agudas, com ênfase no cuidado e na

estabilização clínica.
• Voltado para uma população adscrita, cadastrada pelas equipes da APS, estratificada por risco, com
usuários corresponsáveis pela própria saúde.

• Cuidado por equipe multiprofissional e interdisciplinar, com competência para o manejo clínico,
elaboração e monitoramento de planos de cuidado e apoio ao autocuidado.

• Gestão de base populacional, programada por parâmetros das necessidades da população, foco nas
demandas populacionais discriminadas segundo riscos sociais e sanitários de subpopulações e soluções
que equilibram o incremento da oferta e a organização das demandas.

• Financiamento por captação ou por um ciclo completo de atendimento a uma condição de saúde.

INSTITUTO ISRAELITA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL


A implementação do Plano de Ações Estratégicas para
Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não
Transmissíveis no Brasil, 2021-2030 é um compromisso
compartilhado por todas as esferas de gestão do SUS.

Compõe a agenda da saúde para a vigilância e a


prevenção das Dant e a promoção da saúde nos
próximos dez anos.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS E
AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL 2021-2030

promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas


efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a
prevenção e o controle das DCNT e Agravos e seus fatores de risco, além
de apoiar os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.
O Plano aborda os quatro principais grupos de doenças crônicas não
transmissíves:
cardiovasculares,
câncer,
respiratórias crônicas
e diabetes
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS E
AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL 2021-2030

e define diretrizes e ações em três eixos:


• Vigilância, informação, avaliação e monitoramento.
• Promoção da saúde.
• Cuidado integral.
Componentes essenciais da vigilância de DCNT são:
a) monitoramento dos fatores de risco;

b) monitoramento da morbidade e mortalidade


específica das doenças;

c) respostas dos sistemas de saúde, que também


incluem gestão, políticas, planos, infraestrutura,
recursos humanos e acesso a serviços de saúde
A implementação do Plano de Dant é apoiada pelo Ministério da Saúde por meio
de espaços de governança e monitoramento das ações, com responsabilidades
compartilhadas nos processos de gestão.

O MS recomenda aos entes federados reforçar seus objetivos com base em quatro
dimensões:

• Educação Permanente em Saúde voltada aos temas e às estratégias de


implementação do Plano de Dant

• Implantação e fortalecimento dos serviços de saúde voltados à prevenção das


DCNT e dos agravos (violências e acidentes)

• Construção de parcerias multisetoriaistação do Plano de Dant

• Desenvolvimento de capacidades e habilidades para a geração e uso de


informações
Ao Ministério da Saúde, em parceria com os de mais entes federados, caberá:

a. Prestar apoio técnico e subsídios para implementação, monitoramento,


revisão e avaliação do Plano de Dant.

b. Dinamizar a agenda do plano e agendas convergentes para manter em alta as


discussões pertinentes ao alcance das metas.

c. Desenvolver e apoiar iniciativas de educação permanente voltadas à


construção de competências e habilidades para elaboração e respostas aos
indicadores em saúde a nível estadual e municipal.

d. Incentivar a criação de redes multissetoriais.

e. Fortalecer a vigilância de Dant integrada.


f. Apoiar a inclusão das ações e metas do Plano de Dant nos respectivos planos
de saúde e nos planos de educação permanente dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.

g. Desenvolver e apoiar pesquisas sobre a implementação do Plano de Dant e


seus resultados à saúde da população brasileira.

h. Manter as ações e as metas do plano atualizadas e alinhadas com as


políticas, as diretrizes e os acordos internacionais dos quais o País é signatário.

i. Organizar a vigilância de Dant nas redes de atenção à saúde.

j. Articular com a saúde suplementar para apoio às ações e às metas do Plano


de Dant.
QUESTÕES
Banca: Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos - NUCEPE UESPI
Prova: NUCEPE/UESPI - UESPI - Residência em Ortopedia e Traumatologia - 2020

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) foram responsáveis por cerca de 56,9% das mortes no
Brasil no ano de 2017, na faixa etária de 30 a 69 anos e são consideradas um dos maiores problemas
globais de saúde pública da atualidade. Para o enfrentamento desse problema, é fundamental priorizar,
EXCETO:

A concentrar o investimento de recursos financeiros em hospitais de maior complexidade para o


atendimento às sequelas das DCNT.
B monitorar a ocorrência das DCNT e seus fatores de risco na população, para subsidiar o
direcionamento das ações.
C intensificar ações de prevenção primária, principalmente promoção, da saúde, o mais precocemente
possível.
D compreender os condicionantes sociais e econômicos, para auxiliar no planejamento dos serviços de
saúde.
E fornecer orientações nutricionais, incentivar o acesso a alimentos saudáveis, prática de atividade física
e outras condições de vida promotoras de saúde.
QUESTÕES
Banca: Universidade Federal do Paraná - FUNPAR NC UFPR
Prova: FUNPAR NC/UFPR - UFPR - Residência em Enfermagem - Área: Saúde da Família - 2022
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são as principais causas de mortes no mundo e geram
elevado número de mortes prematuras, perda de qualidade de vida, além de impactos econômicos
para as famílias, comunidades e a sociedade em geral. Considerando as informações apresentadas,
assinale a alternativa correta a respeito da vigilância em saúde das doenças crônicas não
transmissíveis.

A A fragmentação entre as ações desempenhadas pela vigilância em saúde e a atenção básica


favorece o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população portadora de
DCNT.

B A vigilância das DCNT ocupa papel central no contexto da atenção hospitalar de alta complexidade.

C Um importante conceito para a realização da vigilância em saúde é o de população adscrita, aquela


que está presente no território em torno do hospital de nível terciário mais próximo de sua residência.

D O registro do monitoramento das morbimortalidades das DCNT é facultado aos gestores municipais.

E A vigilância em saúde das DCNT apresenta como componentes principais: monitoramento dos
fatores de risco, monitoramento da morbimortalidade das doenças e respostas dos sistemas de saúde.
12 de junho de
2018 foi instituída a
Política Nacional de
Vigilância em Saúde
(PNVS), por meio da
Resolução n. 588/2018
do Conselho Nacional
de Saúde (CNS).
EPIDMEIOLOGIA DESCRITIVA -

SITUAÇÃO DAS DOENÇAS

EPIDEMIA

SURTO

PANDEMIA

ENDEMIA
O Instituto de Pesquisas Científicas (IEA) definiu quais são os
quatro principais objetivos quando o assunto é controle de
epidemias:

Descrever quais são os problemas de saúde das


populações humanas e medir qual o nível de intensidade e de
gravidade de cada uma delas;

Apurar dados que vão servir posteriormente para


planejamento, execução e avaliação de ações de prevenção,
controle e tratamento de doenças;

Identificar quais são os fatores que compõem e formam as


enfermidades;

Estabelecer prioridades;
No âmbito da investigação epidemiológica, alguns termos são frequentemente utilizados na
prática da epidemiologia de campo, seja frente às investigações de surtos, inquéritos
epidemiológicos, eventos de massa ou situações de desastres naturais ou intencionais. Nesse
contexto, identifique a(s) assertiva(s) que relaciona(m) esses termos corretamente.

I. Endemia: é a ocorrência de certo número de casos controlados em determinada região.


II. Epidemia é o aumento do número de casos de determinada doença, muito acima do esperado
e não delimitado a uma região.
III. Pandemia, por sua vez, compreende um número de casos de doença acima do esperado, sem
respeitar limites entre países ou continentes. Exemplos: aids e tuberculose.
IV. Surto: situação em que há aumento acima do esperado na ocorrência de casos de evento ou
doença em uma área ou entre um grupo específico de pessoas, em determinado período.

Ressalta-se que, para doenças raras, um único caso pode representar um surto.

A - As assertivas I, II, III e IV estão corretas.


B - Apenas as assertivas I, II e IV são corretas.
C - Apenas as assertivas I e IV são corretas.
D - As assertivas III, III e IV estão corretas.
QUESTÃO

Sobre o sistema de vigilância epidemiológica no Brasil, podemos afirmar que:

A) A coleta dos dados deve ser efetuada nos níveis locais de atuação do sistema de
saúde.
B) A qualidade da informação depende principalmente da adequada entrada
(digitação) dos dados no sistema de informação.
C) É necessário esperar a confirmação do caso para se efetuar a notificação.
D) Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos alimentam o sistema
nacional de vigilância epidemiológica.
E) Os dados de mortalidade são os mais utilizados, por permitirem a detecção
imediata ou precoce de problemas sanitários.
QUESTÃO

São atividades da vigilância epidemiológica, exceto:

A) Recomendar ou aplicar medidas de controle para a melhoria


da saúde da população.
B) Realizar investigação epidemiológica.
C) Coletar, analisar e interpretar dados relevantes à saúde da
população.
D) Prestar atendimento clínico e laboratorial à população.
E) Divulgar informações sobre a magnitude e a distribuição dos
agravos à saúde na população.
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

•Estudos Descritivos
•informam sobre a distribuição de um evento na
população, em termos quantitativos: Incidência ou
Prevalência

•Estudos Analíticos
•estudos comparativos que trabalham com “hipóteses” -
estudos de causa e efeito, exposição e doença
DICA DE PROVA

Os estudos Ecológicos podem ser classificados de "Agregados" por analisar dados


previamente registrados e aplicar à pesquisa, enquanto os Seccionais podem ser
classificados como "Individuados", pois a coleta de dados é feita diretamente em
contato com o paciente da população a ser estudada. Fique atento nessa
terminologia!

DICA DE PROVA

Na sua prova, Coorte e Caso-controle podem aparentar ser muito semelhantes. Aqui
vai um "Bisu": Coorte parte da população com um fator de risco em comum e
aplica uma doença como objeto de estudo, já o Caso-controle parte do indivíduo
doente e busca os fatores de risco em uma história.
DICA DE PROVA

Estudos Observacionais e Estudos de Intervenção.

Dentro dos estudos Observacionais, teremos:


Ecológico, Corte seccional, Coorte e Caso Controle.

Já os de Intervenção serão chamados de Ensaio Clínico.


SSA- HMDCC - SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO HOSPITAL METROPOLITANO DOUTOR
CÉLIO DE CASTRO NÍVEL SUPERIOR ENFERMEIRO – AUDITOR 201428)

Um estudo realizado na cidade de Bambuí-MG, verificou que idosos com renda


familiar inferior a três salários mínimos ingeriam menos frutas e legumes frescos e
praticavam menos exercícios físicos do que aqueles com renda familiar mais alta.

Esse é tipicamente, em epidemiologia, um tipo de estudo:


a) Analítico.
b) De Casos e Controles.
c) Descritivo.
d) Seccional.
As opções a seguir apresentam as vantagens de um estudo de coorte
concorrente (prospectivo), à exceção de uma.Assinale-a:

A - É mais barato que o estudo caso-controle.


B - É possível medir a exposição de forma precisa.
C - Permite o cálculo das medidas de incidência.
D - No seu delineamento, a exposição precede o desfecho.
E - É menos sujeito a viés de seleção que o estudo caso-controle.
Estudo busca investigar os fatores de risco para baixo peso ao nascer (desfecho)
em crianças filhas de mães residentes do município de São Gonçalo (RJ). Para
tanto, todas as mães que aceitarem participar serão acompanhadas durante a
gestação, quando serão investigadas as variáveis de exposição, cuja a associação
com o desfecho será analisada. O melhor delineamento de estudo epidemiológico
que condiz com a descrição desse estudo é o

A - ensaio clínico.
B - estudo transversal.
C - estudo de coorte.
D - estudo de caso controle.
É um tipo de estudo epidemiológico que tem por objetivo estudar
os efeitos de uma intervenção em particular. Os indivíduos
selecionados são aleatoriamente alocados para os grupos
intervenção e controle (placebo). Trata-se do tipo de estudo
denominado:

A - transversal de incidência.
B - ensaio clínico randomizado.
C - coorte.
D - caso controle.

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