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RISCOS DE SURTOS OU Disciplina: Saúde Coletiva I

EPIDEMIAS Profª: Enfª Luciene Capone


Pós Graduada em Saúde da Família
Tem-se observado um grande retrocesso nas taxas de vacinação globais. Por
conta disso, o risco de surgirem novos surtos de doenças é considerado
grande, ainda que sejam de doenças para as quais já existam vacinas contra.

A melhor e mais eficiente forma de prevenir novos surto e epidemias é


vacinação.
▶ A imunização é a única maneira de garantir que doenças erradicadas não
voltem. É preciso fortalecer a confiança da sociedade nas vacinas de
distribuição pública.
▶ “Em 1930 as doenças infeciosas e parasitárias representavam 45,7% dos
óbitos do Brasil, índice que caiu para 4,3% em 2010, segundo o
Ministério da Saúde.
▶ Na década de 1980, sarampo, poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola
congênita, meningite, tétano, coqueluche e difteria causaram 5,5 mil
óbitos em crianças de até 5 anos no Brasil. Em 2009, foram 50 óbitos”,
demonstra.
▶ O calendário vacinal acompanhou as transições demográfica,
territorial e epidemiológica e hoje abrange todas as faixas etárias,
cabendo ao cidadão ir ao centro de saúde e identificar se alguma
vacina precisa ser tomada, segundo a coordenação do PNI.

▶ “Se não vacinarmos também a população adulta de acordo com o


calendário, pode acontecer o deslocamento de faixa etária, que é
quando a doença que ocorria somente na infância, passa a ocorrer
na fase adulta, como é o caso da caxumba, e assim pode
desencadear um surto ou uma epidemia.
Como identificar um surto ou epidemia?

A ocorrência de um surto pode ser identificada de diversas


maneiras. Entre elas, destacam-se:

• Informação procedente da imprensa;

• Informação procedente da comunidade;


• Notificação por profissionais de saúde que percebem em sua rotina uma
elevação do número de casos de certas doenças ou de sua gravidade;
• Análise de rotina de dados de vigilância epidemiológica. Tais dados podem
ser obtidos de diversas formas, incluindo a notificação compulsória de
doenças, inquéritos ou busca ativa em uma investigação, assim como a
detecção laboratorial.
▶ A detecção dessa situação exige a adoção de medidas oportunas para o seu
controle e prevenção da ocorrência de novos casos.

▶ A maior parte dos surtos e epidemias é de etiologia infecciosa e


transmissível e muitas vezes representam razões para a realização de
investigação sistemática com vistas à identificação da fonte de infecção e
adoção das medidas de controle.

▶ A maiorias das vezes essas medidas de controle é a vacinação, e reforço


vacinal para doenças existentes com novos surtos.
Programa Nacional de Imunizações

▶ O SUS, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferece todas

as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no

Calendário Nacional. Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de

saúde, de todo o país, cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos ao

ano, para combater mais de 19 doenças, em diversas faixas etárias.


Cobertura vacinal
▶ Em queda há anos a cobertura vacinal não atingem nenhuma das
metas.

▶ Esse é uma dado bastante importante, que preocupa muito o


Ministério da Saúde e deve preocupar todos os profissionais da
saúde e trabalhe para ampliar a cobertura vacinal.
Baixa cobertura vacinal contra pólio exige ações especiais na região/2022
INDICADORES E DETERMINANTES DE
SAÚDE COLETIVA
AS PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE SÃO:

✓Mortalidade / sobrevivência
✓Morbidade / gravidade / incapacidade
✓Nutrição / crescimento e desenvolvimento
✓Aspectos demográficos
✓Condições socioeconômicas
✓Saúde ambiental
✓Serviços de saúde.
INDICADORES DE SAÚDE
Morbidade
• A morbidade mostra o comportamento das doenças e
dos agravos à saúde na população.
• É frequentemente estudada segundo quatro
indicadores básicos:
1. a incidência,
2. a prevalência,
3. a taxa de ataque
4. distribuição proporcional.
Incidência
• É o número de casos novos dessa doença que se
iniciou no mesmo local ou período.
• Traz a ideia de intensidade com que acontece uma
doença numa população e mede a frequência ou
probabilidade de ocorrência de casos novos da
doença na população.

• Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer.


PREVALÊNCIA
• É o número total de casos de uma doença, novos e
antigos, existentes num determinado local e período.

• Como ideia de acúmulo, de estoque, indica a força


com que subsiste a doença na população.
• O coeficiente de prevalência é mais utilizado para
doenças crônicas de longa duração, como
hanseníase, tuberculose, AIDS e diabetes.

• Coeficientes de prevalência são valiosos para o


planejamento, em função do conhecimento do
número de doentes existentes na comunidade.
Taxa de Ataque

• Se refere a um grupo bem definido de


pessoas, localizadas em uma área restrita
e limitada a um curto período de tempo.
• Ex: Em uma pequena vila ( 460hab), 67
pessoas compareceram a uma festa de
aniversário e 39 pessoas apresentaram
sintomas de toxinfecção alimentar.
Distribuição Proporcional

• Indica como se distribuem os casos


entre as pessoas afetadas, por grupos
etários, sexo, localidade e outras
variáveis.
• Expressa em percentual.
Mortalidade

• Representa a intensidade com que os óbitos por uma


determinada doença ocorrem numa certa população.

• Mortalidade geral, mortalidade infantil, mortalidade


materna e por doenças transmissíveis são os mais
utilizados para avaliar o nível de saúde de uma população.
Coeficiente de Mortalidade Geral

• Mede o risco de morte por


todas as causas em uma
população de um dado local e
período
COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL

• Mede o risco de morte para crianças menores


de um ano de um dado local e período.

• Precoce: mede o risco de morte para


crianças menores de 28 dias.

• Tardia: mede o risco de morte para crianças


com idade entre 28 dias e 1 ano.
Letalidade

• O coeficiente de letalidade situa transição entre os


indicadores de morbidade e mortalidade.
• A letalidade mede o poder da doença em determinar a
morte e também pode informar sobre a qualidade da
assistência médica prestada ao doente.
DETERMINANTES DE SAÚDE

• De acordo com a Lei Orgânica da Saúde, os fatores determinante


e condicionantes de saúde são: a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, o transporte, o lazer e o aceso aos bens e serviços
essenciais para a saúde.
DETERMINANTES SOCIAIS
• De acordo com definição da Organização Mundial de Saúde
(OMS), os determinantes sociais da saúde estão relacionados às
condições em que uma pessoa vive e trabalha. Também podem
ser considerados os fatores sociais, econômicos, culturais,
étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a
ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco à população,
tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego
Estudos sobre determinantes sociais apontam que há distintas
abordagens possíveis. Além disso, que há uma variação quanto
à compreensão sobre os mecanismos que acarretam em
iniquidades de saúde. Por isso, os determinantes sociais não
podem ser avaliados somente pelas doenças geradas, pois vão
além, influenciando todas as dimensões do processo de saúde
das populações, tanto do ponto de vista do indivíduo, quanto da
coletividade na qual ele se insere
DETERMINANTES AMBIENTAIS

Segundo a perspectiva da saúde, nos determinantes


ambientais podem ser incluídos o impacto que
determinados agentes químicos, físicos e biológicos têm
sobre a saúde
• Existe uma preocupação com a poluição do ar, água, terra,
alimentos e, mais recentemente, com alguns riscos globais, dos
quais a destruição da camada de ozônio e as alterações
climatéricas são exemplo.

• É conhecida a relação entre a capacidade dos determinantes


ambientais influenciarem as populações e seu desenvolvimento

socioeconómico.
• Pesquisas tem demonstrado que a água contaminada por
produtos químicos e metais pesados (quer à superfície, quer
no subsolo) constitui fator de grande impacto para a saúde
das populações.
• Esta questão tem vindo a tornar-se uma preocupação global,
pelo impacto considerável no ambiente e consequentemente
na saúde humana.
FIM DA AULA!
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/dhdat.exe?bd_pni/cpnibr.def

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