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DISCIPLINA: Epidemiologia

TURNO: MATUTINO

SEMESTRE: 3º ANO/SEMESTRE: 2021.1

PROFESSOR(A): Maísa Martins CURSO: Enfermagem

ALUNOS (AS):

Adelaide Lopes e Ivana Soares Oliveira

Atividade avaliativa sobre o artigo: Barreto, Maurício L et al. Sucessos e


fracassos no controle de doenças infecciosas no Brasil: o contexto social e
ambiental, políticas, intervenções e necessidades de pesquisa. Lancet (British
edition) p. 1877-1889, 2011.
1) Interprete e descreva os fenômenos apresentados nos quadros A e B na
figura 1.

No quadro A, estão representados os níveis variados em porcentagens,


das causas de mortes que ocorreram entre os anos de 1930 a 2007.
Já no quadro B, estão representados os índices variados de
mortalidade, também em porcentagens, causadas pelas doenças
infecciosas, durante o período dos anos de 1980 a 2008, quando já
tinham dados disponíveis.

2) Explique a seguinte proposição: “As reduções na mortalidade de


algumas doenças nem sempre foram acompanhadas por uma redução
similar na incidência; tuberculose e HIV/AIDS ainda são um problema de
saúde pública em muitas regiões do país, apesar das substanciais
quedas nas taxas de mortalidade desde meados dos anos 1990”.

Muitas das vezes, uma doença apresenta altos índices de casos e, por
consequência, alto índice de mortalidade, mesmo sendo essas pessoas
diagnosticadas, se tratando, há essa probabilidade de perder a vida para
tal doença. Porém, vale ressaltar que, quando ocorre a redução do
índice de mortalidade, não significa dizer que consequentemente, os
casos também diminuirão. Existem alguns fatores que influenciam nessa
questão, como por exemplo, o tratamento adequado, ou seja, se aquele
indivíduo responderá de forma positiva ao tratamento oferecido,
resposta imunológica diminuída no combate ao agente patogênico,etc.
Mesmo sendo um problema de saúde pública, existe a probabilidade ou
do índice de mortalidade diminuir e os incidentes também, ou os
incidentes aumentarem, mas a mortalidade diminui, ou nenhum dos dois
diminui, só aumenta. Tudo depende dos métodos utilizados para tentar
resolver o problema.
3) Comente este trecho em destaque “ Uma redução significativa na
mortalidade de crianças afetadas por infecções respiratórias foi
registrada nas duas últimas décadas – entre 1991 e 2007 a mortalidade
caiu aproximadamente 80% –, fato fortemente atribuído ao aumento do
acesso aos serviços de saúde, incluindo o Programa de Saúde da
Família”.

O estabelecimento de uma linha de cuidado para as doenças


respiratórias pode ser efetivo para a redução da morbimortalidade
dessas doenças. A Linha de Cuidado da Saúde da Criança na Atenção
Primária foi elaborada com o objetivo de expressar um fluxo assistencial
seguro para a população infantil e suas famílias de tal modo que garanta
o acesso à rede de saúde dessa clientela, de acordo com as
necessidades e especificidades.

A atenção à saúde da criança efetiva-se pelo acompanhamento


periódico e sistemático do crescimento e desenvolvimento infantil,
vacinação, orientações às mães/famílias sobre prevenção de acidentes,
aleitamento materno, higiene individual e ambiental e, também, pela
identificação precoce dos agravos, com vista à intervenção efetiva e
apropriada. Para isto, pressupõe a atuação de toda equipe de saúde, de
forma intercalada ou conjunta, possibilitando a ampliação na oferta
dessa atenção. O profissional deve elogiar a mãe/família e incentivá-la
para que leve a criança em todas as consultas de acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento infantil, para que haja uma resposta
efetiva no controle e redução das doenças, bem como a diminuição das
taxas de mortalidade.

4) O artigo destaca que “No Brasil, o Programa Nacional de Imunização


(PNI) tem sido muito exitoso, alcançando uma das mais altas taxas de
cobertura de imunização do mundo, sem o uso de estratégias
coercitivas”. Em que época as medidas coercitivas foram adotadas e
quais as doenças assolavam o cenário brasileiro?

As medidas coercitivas foram adotadas no período de vacinação para as


determinadas doenças que assolavam o Brasil. São elas: poliomielite,
sarampo, caxumba e rubéola (SCR); difteria, coqueluche e tétano (DPT)
e mais a Haemophilus influenzae tipo b (Hib); hepatite B; febre amarela,
rotavírus; pneumocócica 10 valente; meningite C.
5) “A transmissão do sarampo foi interrompida na década passada; casos
esporádicos ou pequenos surtos de sarampo, no entanto, foram
relatados por conta de casos importados da Europa e Ásia”.
Com base no trecho acima indique o tipo de origem dos casos de
sarampo e justifique sua resposta.

Antigamente, no ano 528 a.C, diziam que o Sarampo era originado


através da peste bovina. Porém, de uns tempos para cá, através de
estudos e pesquisas, constataram que essa doença é causada por um
vírus da família "paramyxoviridae" que atinge somente pessoas e não
animais. Além disso, é uma das principais causas de mortes de crianças
pequenas no mundo, mesmo sabendo que a vacinação é totalmente
eficaz. Sua transmissão se dá por contato direto de pessoa para pessoa,
como também através do ar. Há décadas atrás, essa doença se tornou a
quinta a ser prevenível por vacinação, consequentemente sendo
erradicada das Américas.

6) “A mortalidade causada por diarreia experimentou uma queda


significativa no decorrer da década de 1980, com o uso generalizado da
terapia de reidratação oral”. O fragmento do artigo refere a uma queda
do número de casos de mortalidade, indique as ações e motivos que
levaram a esta redução.

Com base no artigo, foram detectadas as devidas contribuições para a


redução do índice de mortalidade por diarreia. São eles:

1. O uso generalizado da terapia de reidratação oral;


2. Expansão do acesso aos serviços de saúde;
3. Expansão dos cuidados primários;
4. O abastecimento de água tratada e canalizada, que aumentou
significativamente;
5. O abastecimento de esgoto doméstico, o qual foi reduzido em
menor proporção;
6. Melhoras no aspecto saneamento básico;
7. Eficácia no processo de vacinação;

7) A hanseníase e a tuberculose são doenças com quais semelhanças?


Interprete e descreva Figura 2: Cobertura do Programa Nacional de
Imunização, por grupo socioeconômico,2007- 2008.

1. São doenças infecciosas causadas por bactérias do tipo bacilo;


2. São transmitidas através das vias respiratórias;
3. São curáveis, porém apresentam-se como graves problemas de
saúde pública no país;
4. Apresentam altos números de casos no país;

8) Interprete e descreva Figura 2: Cobertura do Programa Nacional de


Imunização por grupo socioeconômico,2007- 2008.

A figura descreve a cobertura da vacinação no Brasil em relação aos


diferentes níveis socioeconômicos, com cobertura menor nos grupos
socioeconômicos mais altos e mais baixos.

9) A partir da leitura do artigo e das discussões em sala de aula, justifique as


modificações no cenário de adoecimento no Brasil após a implementação do
Programa Saúde da Família.

Na Estratégia de Saúde da Família, consideramos como de risco as áreas


em que os moradores, de maneira geral, têm seus níveis de saúde
inferiores aos do restante da população do território, apresentam mais
chances de adoecer ou, ainda, quando têm a mesma doença que pessoas
de outro local, desenvolvem-na em maior gravidade ou com maiores
complicações. Alguns exemplos de condições que definem uma área como
sendo de risco são: Risco é uma ameaça ou perigo de determinada
ocorrência. O conceito mais utilizado de risco em saúde é a probabilidade
de ocorrência de um evento desfavorável. Exemplos de condições que
definem uma área como sendo de risco são: acesso precário a bens e
serviços (tratamento da água, tratamento de esgoto, coleta de lixo etc.);
poluição; violência; consumo de drogas; desemprego: analfabetismo.

A transmissão de muitas doenças é promovida por uma combinação de


fatores como a pobreza, a falta de saneamento e o difícil acesso a serviços
de saúde. Por isso, a presença desses fatores no território é sempre um
sinal de alerta para a equipe de saúde da Atenção Básica. Outra questão
crucial, quando se analisa a presença de riscos à saúde no território, é a
percepção que os habitantes desse território têm sobre esses riscos. Essa
percepção não é consensual, sendo influenciada por fatores culturais,
socioeconômicos, educacionais, pessoais (sexo e idade, por exemplo), pela
natureza do risco, entre outros fatores.

Podemos afirmar que a doença é uma manifestação do indivíduo e a


situação de saúde é uma manifestação do lugar, pois os lugares e seus
diversos contextos sociais, dentro de uma cidade ou região, resultam de
uma acumulação de situações históricas, ambientais e sociais que
promovem condições particulares para a produção de doenças.

Os riscos se materializam no território e afetam a saúde das pessoas de


diferentes maneiras: por meio de processos (políticos, sociais, econômicos
e tecnológicos), produtos (químicos, biológicos), agentes etiológicos (vírus,
bactérias, outros) ou mesmo eventos naturais (catástrofes). Assim, a equipe
precisa atuar não apenas de modo paliativo, mas principalmente de maneira
preventiva.

A transmissão de muitas doenças é promovida por uma combinação de


fatores como a pobreza, a falta de saneamento e o difícil acesso a serviços
de saúde. Por isso, a presença desses fatores no território é sempre um
sinal de alerta para a equipe de saúde da Atenção Básica.

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