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Piracicaba
2021
ALANA FLÁVIA DELLAY
Piracicaba
2021
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca da Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Marilene Girello - CRB 8/6159
Dellay, Alana Flavia, 1993-
D38r DelA relação entre o bruxismo do sono e o sucesso dos implantes dentários:
uma revisão de literatura / Alana Flavia Dellay. – Piracicaba, SP: [s.n.], 2021.
Palavras-chave em inglês:
Bruxism
Dental implants
Área de concentração: Prótese Dentária
Titulação:Especialista
Banca examinadora:
Dimorvan Bordin
Guilherme Henrique Costa Oliveira
Data de entrega do trabalho definitivo: 28-10-2021
AGRADECIMENTOS
The objective of this research was to evaluate the association between sleep bruxism and
dental implants. At the beginning of the implementation of the implants, in the 1990s,
branemark being, the survival rates of an implant reached 90%. However, studies have
revealed that smoking, diabetes and especially the Bruxism factor were correlated with the
success of implant treatment. From there, the evaluation of the factors became more relevant
and more in depth. In relation to the determining conditions that intervened during
treatment. Moreover, years later, with evolution, Bruxism became a common factor among
patients, due to stress, anxiety, with the appearance of symptoms such as headaches, screw
fatigue, tightening also during the day, etc. This habit for functional, although it has had more
importance today, is already present since biblical times. It is characterized by grinding of the
teeth during the sleep period, by periodic and frequent movements. This condition can also
occur during the day, called Daytime Bruxism. Its etiology is multifactorial and occurs for
example with traumatic occlusion and premature contact; systemic factors, such as nutritional
deficiencies and syndromes; psychological factors and emotional tension; occupational factors, such
as sports practice and finally, hereditary factorss. Relatively, failure in treatment with dental
implants presented an indirect relationship in the presence of patients with this habit.
Nevertheless, most of the studies conducted up to the present moment are not conclusive,
that is, the follow-up is in the day-to-day of the office and in the follow-up of the treated
patient.
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8
2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 11
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 12
4. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................... 13
5. DISCUSSÃO ................................................................................................................... 19
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 21
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 22
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a reabilitação com implantes dentários tem sido muito
utilizada pelos cirurgiões dentistas. Isso porque o acesso e benefício pelos pacientes
se tornou muito grande. Branemark et al., (1969), afirmam que os implantes
osteointegrados são alternativas estética e funcionalmente consagradas na
reabilitação de espaços protéticos unitários ou múltiplos. Além disso, as taxas de
sobrevida publicadas para todos os implantes tiveram uma média bem acima de 90%
Zupnik et al., (2011). Desta forma, a reabilitação protética sobre implantes é bem
indicada e segura, desde que sejam planejados e executados da forma correta,
visando minimizar problemas de rejeição do implante e uso de componentes não
adequados.
Contudo, segundo Zhou et al., (2015), apenas 66,4% dos pacientes estão
completamente livres de qualquer tipo de complicações relatadas após a restauração
das próteses fixas implanto suportadas. O tabagismo e o diabetes não controlados
são os dois fatores de risco conhecidos que afetam a sobrevida do implante (Lindhe e
Meyle, 2008). Por essa razão, é necessário conhecer o histórico do paciente, saber
suas limitações e realizar o tratamento adequando as técnicas de acordo com cada
caso, considerando principalmente, a presença de hábitos para funcionais e hábitos
dietéticos do paciente.
Dentre as limitações do tratamento reabilitador com implantes dentários, o
bruxismo é um dos que, embora ainda não tenha fundamentos científicos suficientes
para comprovar sua influência direta, clinicamente é considerado elemento
preocupante pelos profissionais da área. Schwarz (2000), afirma que, interferências
oclusais e hábitos para-funcionais podem resultar em complicações mecânicas e
biológicas, tais como o afrouxamento ou fratura do parafuso, fratura do material de
revestimento, fratura do implante e perda óssea Peri-implantar. Esses fatores são tão
comuns na rotina clínica, que muitas vezes os pacientes acabam ignorando o
problema, e se sujeitando a procedimentos muito invasivos – e longos, que não obtém
sucesso.
Por isso, cada vez mais, no dia a dia clínico encontram-se muitos pacientes
com sintomas e consequências do bruxismo. Dor exacerbada, fadiga e estresse,
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OBJETIVO
MATERIAL E MÉTODOS
REVISÃO DE LITERATURA
está vinculado ao estresse emocional (Yap e Chua, 2016). Além de tudo, o bruxismo
do sono é identificado em pacientes com distúrbios neurológicos, psiquiátricos e do
sono, e pela utilização de medicamentos ou combinação de ambos. Alguns estudos,
ainda, sugerem problemas familiares e influências genéticas (Kato, 2004).
O diagnóstico do bruxismo é frequentemente realizado com base em
questionários ou informações fornecidas pelo paciente, parceiro de cama e/ou
parentes. A presença de sinais clínicos de desgaste oclusal em padrões em dentes
naturais ou materiais restauradores é frequentemente usado para diagnosticar
bruxismo (Anitua et al., 2017).
O bruxismo do sono tem sido associado a síndrome da apneia obstrutiva
do sono (OSA). Nos achados clínicos, indicaram que 81% das complicações protéticas
ocorreram em pacientes com OSA. Ainda mais, o mais sério das complicações
(implante e fratura de parafuso) tem sido associado ao maior índice de apneia.
Estudos afirmam que é provável que as forças aplicadas a implantes
durante o bruxismo são ainda maiores do que aqueles exercidos em dentes naturais
devido à diminuição propriocepção de implantes. Devido a ausência de ligamento
periodontal nos implantes, que possui um controle sensorial, os mecanoreceptores
são distantes e, portanto, reduz a sensibilidade tátil.
Jokubauskas (2018), atestaram em seu artigo que histórico de bruxismo na
infância, doença do refluxo gastresofágico e polimorfismos genéticos estão fortemente
associados ao bruxismo nos adultos. Ainda afirmam que o bruxismo está presente em
13,7% da população geral.
Muito se tem falado sobre a reabilitação protética com implantes em
pacientes com bruxismo. Alguns estudos sugerem que a sobrecarga oclusal e o
bruxismo podem ser fatores de risco para complicações mecânicas em próteses
implanto suportadas, Chrcanovic (2017), aumentando a perda óssea marginal (Fu et
al., 2012) e taxa de insucesso do implante (Chrcanovic et al., 2017).
O bruxismo é um hábito parafuncional que leva a um desgaste da superfície
oclusal dos dentes, acarretando a perda da dimensão vertical, aumentando a carga
para a articulação temporomandibular, resultando em desordens emporomandibulares
(Kandasamy et al., 2018).
Glaros (1981), afirma que a prevalência do bruxismo chega a quase 20%
dos adultos em geral. Contudo, alguns autores ainda revelam que a relação do
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DISCUSSÃO
problemas protéticos, alguns trabalhos, segundo Oliveira et al. (2007), afirma que nem
todos os pacientes que possuem mal oclusão ou contatos prematuros desenvolvem
bruxismo. Recomenda-se a terapia oclusal para distribuir as forcas mastigatórias e
diminuir os danos causados ao sistema estomatognático.
Para isso, é necessário avaliar de forma cautelosa as características do
paciente, o tipo e estrutura do implante, bem como o número de parafusos,
comprimento e diâmetro. Sugere-se que seja considerado os aspectos do implante
que condizem com as características mecânicas e biológicas do paciente – a fim de
diminuir os ricos de falha no tratamento.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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De acordo com as normas da FOP/UNICAMP, baseadas na padronização do International
Committee of Medical Journal Editors – Vancouver Group. Abreviatura dos periódicos em
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