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CAMPINAS
2022
VICTOR DUARTE DE SOUSA
CAMPINAS
2022
C.P.O. – CENTRO DE PESQUISAS ODONTOLÓGICAS
SÃO LEOPOLDO MANDIC
Folha de Aprovação
Data defesa:
Informamos que aquela dissertação ou tese acima apontada foi apresentada por seu
titular a Diretoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, perante a Comissão
examinadora abaixo nominada, e cumpriu todas as exigências feitas por aquela
Comissão tendo sido aprovada e recebido a competente liberação sob a supervisão
da docência da orientação.
Campinas, de de 2022.
Prof. Dr.
Membro
Prof. Dr.
Membro
Prof. Dr.
Membro
Dedico esse trabalho aos meus familiares que
sempre acreditaram que no estudo podemos
crescer e evoluir sem depender de outras
pessoas.
AGRADECIMENTOS
nessa jornada, e por abençoar meus familiares para que eles possam caminhar
junto comigo.
irmã Fernanda, que na minha ausência, não medem esforços para me substituir nas
pensar de uma forma teórica científica, bem diferente da minha rotina totalmente
clínica.
conhecimento compartilhado.
O objetivo do estudo foi avaliar, por meio do método de elementos finitos (MEF), as
tensões geradas na coroa, implante e tecidos ósseos circundantes por implantes
instalados na mandíbula com diferentes proporções coroa-implante. Foram
posicionados virtualmente, implantes de titânio conexão tipo hexágono externo com
medidas de 4,0 mm de diâmetro por 11,0 mm de altura, em blocos simulando osso
mandibular. Em seguida, foram instalados intermediários em titânio e
confeccionadas coroas em dissilicato de lítio de alturas 8 mm, 10 mm ou 12 mm
para cada implante. Após a confecção dos modelos, foram aplicadas forças de 100N
verticais (90°) e oblíquas (45°) sobre as coroas simulando as que atuam na cavidade
bucal, sempre nas vertentes triturantes dos primeiros molares. Os resultados nos
mostram que em relação ao intermediário a tensão máxima principal foi menor no
intermediário da coroa de 8 mm, depois de 10 mm e de 12 mm. A tensão mínima
principal também foi semelhante a tensão máxima principal, sendo que o menor
valor foi no intermediário da coroa de 12 mm, seguido pelo de 10mm e de 8mm. Em
relação a tensão de von Mises nos implantes foi maior na coroa de 12 mm, depois
de 10 mm e de 8 mm. Em relação ao tecido ósseo, a tensão stress ratio em osso
cortical foi muito semelhante nas coroas de 8 mm, 10 mm e 12 mm. Já a tensão
stress ratio em osso medular foi maior na coroa de 12 mm, depois de 10 mm e de
8 mm. Conclui-se que a coroa de altura 8 mm teve um melhor desempenho com
implantes de altura 11 mm e a proporção coroa-implante em região posterior de
mandíbula, apresentaram influência significativa na distribuição de tensões nos
intermediários, implante e no osso peri-implantar. Pode-se sugerir que a proporção
coroa-implante aumentada influencia negativamente o sistema prótese-implante.
Palavras-chave: Métodos de Elementos Finitos (MEF). Pilares. Transmucoso.
Proporção coroa-implante. Von Mises.
ABSTRACT
The aim of the study was to evaluate, by means of the finite element method (FEM),
the stresses generated in the crown, implant and surrounding bone tissues by
implants installed in the mandible with different crown-implant ratios. They were
virtually positioned, external hexagon-type titanium connection implants measuring
4.0 mm in diameter by 11.0 mm in height, in blocks simulating mandibular bone.
Then, titanium abutments were installed and crowns were made of lithium disilicate
with heights of 8 mm, 10 mm or 12 mm for each implant. After making the models,
vertical (90°) and oblique (45°) forces were applied to the crowns, simulating those
acting in the oral cavity, always on the grinding slopes of the first molars. The results
show us that in relation to the intermediate the maximum principal stress was lower
in the intermediate of the 8 mm crown, after 10 mm and 12 mm. The minimum main
tension was also similar to the maximum main tension, with the lowest value being in
the middle of the 12 mm crown, followed by the 10 mm and 8 mm. Regarding the von
Mises tension in the implants, it was higher in the 12 mm crown, after 10 mm and
8 mm. Regarding bone tissue, the stress ratio in cortical bone was very similar in the
8 mm, 10 mm and 12 mm crowns. The stress ratio in medullary bone was higher in
the 12 mm crown, after 10 mm and 8 mm. It was concluded that the 8mm height
crown had a better performance with 11 mm height implants and the crown-implant
ratio in the posterior region of the mandible had a significant influence on the stress
distribution in the intermediates, implant and peri-implant bone. It can be suggested
that the increased crown-to-implant ratio negatively influences the prosthesis-implant
system.
Keywords: Finite Element Methods (FEM). Pillars. Transmucosal. Crown-to-implant
ratio. Von Mises.
DIVULGAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................9
2 ARTIGO....................................................................................................................12
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................28
REFERÊNCIAS...........................................................................................................29
1 INTRODUÇÃO
que vem se tornando cada vez mais um tratamento bastante confiável e com ótimo
acreditava-se que os implantes mais longos possuíam uma taxa de sucesso mais
elevada por ter uma maior área contato com o osso e uma melhor relação coroa-
maxila, como o assoalho do seio maxilar (Misch et al., 2006; Annibali et al., 2012;
Monje et al., 2014). Para solucionar estes casos clínicos, há algumas técnicas, como
tempo de tratamento (Sotto-Maior et al., 2016; Thoma et al., 2016). Para tornar o
clinicamente, o nível ósseo é utilizado como limite que separa a coroa do implante
da mandíbula é mais rígido e cortical e por isso pode apresentar trincas e fraturas
bastante discutido na Odontologia (Grant et al., 2009): entre 0,5 - 1 (Rangert et al.,
1997; Telleman et al., 2011), entre 2 – 3 (Blanes et al., 2009), deve ser 2 (Birdi et al.,
2010), deve ser menor que 1, mas não maior que 2 (Tawil et al., 2006), 1,6 é a
(Misch et al., 2006; Romeo et al., 2006). Por isso, é necessário considerar alguns
fatores que devem ser favoráveis para que a proporção coroa-implante seja
aceitável, tais como a orientação das forças e a distribuição das cargas (Tawil et al.,
esses fatores são desfavoráveis. Pois é importante que cargas oclusais incidam o
11
mais próximo do longo eixo do implante para evitar a formação de uma alavanca
em 1 mm, a força pode aumentar em até 20 % (Misch, 2005; Bidez et al., 2008).
implante, podem levar a perda óssea ao redor do implante. Por isso sugerem que
2 ARTIGO
AUTORES
RESUMO
O objetivo do estudo foi avaliar, por meio do método de elementos finitos (MEF), as tensões
geradas na coroa, implante e tecidos ósseos circundantes por implantes instalados na
mandíbula com diferentes proporções coroa-implante. Foram posicionados virtualmente,
implantes de titânio conexão tipo hexágono externo com medidas de 4,0 mm de diâmetro
por 11,0 mm de altura, em blocos simulando osso mandibular. Em seguida, foram instalados
intermediários em titânio e confeccionadas coroas em dissilicato de lítio de alturas 8 mm, 10
mm ou 12 mm para cada implante. Após a confecção dos modelos, foram aplicadas forças
de 100N verticais (90°) e oblíquas (45°) sobre as coroas simulando as que atuam na
cavidade bucal, sempre nas vertentes triturantes dos primeiros molares. Os resultados nos
mostram que em relação ao intermediário a tensão máxima principal foi menor no
intermediário da coroa de 8 mm, depois de 10 mm e de 12 mm. A tensão mínima principal
também foi semelhante a tensão máxima principal, sendo que o menor valor foi no
intermediário da coroa de 12 mm, seguido pelo de 10 mm e de 8 mm. Em relação à tensão
de von Mises nos implantes foi maior na coroa de 12 mm, depois de 10 mm e de 8 mm. Em
relação ao tecido ósseo, a tensão stress ratio em osso cortical foi muito semelhante nas
coroas de 8 mm, 10 mm e 12 mm. Já a tensão stress ratio em osso medular foi maior na
coroa de 12 mm, depois de 10 mm e de 8 mm. Conclui-se que a coroa de altura 8mm teve
um melhor desempenho com implantes de altura 11 mm e a proporção coroa-implante em
região posterior de mandíbula, apresentaram influência significativa na distribuição de
tensões nos intermediários, implante e no osso peri-implantar. Pode-se sugerir que a
proporção coroa-implante aumentada influencia negativamente o sistema prótese-implante.
Palavras-chave: Métodos de Elementos Finitos (MEF). Pilares. Transmucoso. Proporção
coroa-implante. Von Mises.
ABSTRACT
The aim of the study was to evaluate, by means of the finite element method (FEM), the
stresses generated in the crown, implant and surrounding bone tissues by implants installed
in the mandible with different crown-implant ratios. They were virtually positioned, external
hexagon-type titanium connection implants measuring 4.0 mm in diameter by 11.0 mm in
height, in blocks simulating mandibular bone. Then, titanium abutments were installed and
crowns were made of lithium disilicate with heights of 8 mm, 10 mm or 12 mm for each
implant. After making the models, vertical (90°) and oblique (45°) forces were applied to the
14
crowns, simulating those acting in the oral cavity, always on the grinding slopes of the first
molars. The results show us that in relation to the intermediate the maximum principal stress
was lower in the intermediate of the 8 mm crown, after 10 mm and 12 mm. The minimum
main tension was also similar to the maximum main tension, with the lowest value being in
the middle of the 12 mm crown, followed by the 10 mm and 8 mm. Regarding the von Mises
tension in the implants, it was higher in the 12 mm crown, after 10 mm and 8 mm. Regarding
bone tissue, the stress ratio in cortical bone was very similar in the 8 mm, 10 mm and 12 mm
crowns. The stress ratio in medullary bone was higher in the 12 mm crown, after 10 mm and
8 mm. It was concluded that the 8 mm height crown had a better performance with 11mm
height implants and the crown-implant ratio in the posterior region of the mandible had a
significant influence on the stress distribution in the intermediates, implant and peri-implant
bone. It can be suggested that the increased crown-to-implant ratio negatively influences the
prosthesis-implant system.
Keywords: Finite Element Methods (FEM). Pillars. Transmucosal. Crown-to-implant ratio.
Von Mises.
INTRODUÇÃO
Atualmente o tratamento de pacientes com próteses sobre implantes vem
aumentando muito na Odontologia, isso devido ao crescimento de pesquisas sobre os
mecanismos biológicos da osseointegração1, e muitas das vezes é o tratamento escolhido
para reabilitar pacientes desdentados totais e parciais1-3.
Na mandíbula temos um osso cortical mais denso e espesso e um osso trabecular
mais irregular e denso. Já o osso cortical da maxila é uma lâmina fina e o osso trabecular
regular, com menor densidade. Um osso denso é aquele que possui uma maior quantidade
de massa em relação ao volume, respectivamente com melhor desempenho na absorção e
propagação das tensões provenientes das cargas mastigatórias4. Em geral, após ocorrer
perda de dente, a alteração da densidade é maior na região posterior da maxila e menor na
região anterior da mandíbula.
A utilização de implantes curtos tem sido uma alternativa para facilitar a restauração
protética em mandíbulas atróficas. Atualmente os estudos apontam que os implantes curtos
podem alcançar o mesmo sucesso dos implantes de tamanho convencional5. Porém, o uso
de implantes curtos pode ter como resultado uma proporção coroa-implante desfavorável,
sendo que a coroa fique maior que o implante, atuando como potencial gerador de danos
mecânicos e biológicos6.
Há uma grande diferença da força oclusal entre os dentes naturais podem ser
submetidos (torno de 100 micrometros) e os implantes dentários (em média 10
micrometros). Devido à presença do ligamento periodontal, no dente conseguimos
15
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da
Faculdade de Odontologia da São Leopoldo Mandic (protocolo 2021-0328) recebendo a
dispensa de submissão pela Plataforma Brasil (Anexo A). A pesquisa foi realizada com
ensaio in silico para avaliar a distribuição de tensões em implante, intermediário e tecido
ósseo em uma reabilitação implantosuportada (implante em titânio 11 x 4 mm) com
intermediário em titânio e coroa em dissilicato de lítio com alturas de 8 mm, 10 mm e 12 mm.
O delineamento experimental está disposto no quadro abaixo (Quadro 1).
A metodologia da análise por elementos finitos foi realizada em três etapas: pré-
processamento (criação do modelo computacional), processamento (cálculo matemático da
simulação de elementos finitos) e pós-processamento (coleta e análise dos resultados).
No pré-processamento foi realizada a construção dos modelos geométricos e
acréscimo de dados pertinentes das propriedades físico-mecânicas dos materiais utilizados
nas construções dos modelos. Para essas construções foi necessário configurar a
simulação com informações representativas de todos os materiais analisados, como módulo
16
RESULTADOS
Figura 1 - Distribuição das tensões nos intermediários: (A) máxima principal em 8 mm, (B)
mínima principal em 8 mm, (C) máxima principal em 10 mm, (D) mínima principal
em 10 mm, (E) máxima principal em 12 mm, (F) mínima principal em 12 mm.
8 mm
A B
10 mm
C D
12 mm
E F
18
A figura 2 representa a tensão de von Mises nos implantes com as coroas de altura
8 mm, 10 mm, 12 mm.
Figura 2 - Distribuição das tensões de von mises nos implantes: (A) em 8 mm, (B) em 10
mm, (C) em 12 mm.
// C
Em relação à tensão de von Mises nos implantes foi maior na coroa de 12 mm,
depois na coroa de 10 mm e em seguida na coroa de 8mm, e está mais localizada na base
da plataforma do implante HE, sendo que a tensão vai se dissipando ao longo do eixo do
implante, sendo maior até na região média do mesmo. Os valores são bem similares nos
três tamanhos de implante, aumentando quando se aumenta seu tamanho.
A figura 3 representa a tensão de stress ratio no osso cortical e medular das coroas
de altura 8 mm, 10 mm, 12 mm.
19
Figura 3 - Distribuição das tensões stress ratio no osso: (A) cortical em 8 mm, (B) medular
em 8 mm, (C) cortical em 10 mm, (D) medular em 10 mm, (E) cortical em 12 mm,
(F) medular em 12 mm.
8 mm
A B
10 mm
C D
12 mm
E F
Em relação ao tecido ósseo, a tensão stress ratio em osso cortical foi muito
semelhante nas coroas de 8 mm, 10 mm e 12 mm, não apresentando diferenças
significativas e está mais localizada na região cervical vestibular do implante HE. Já a
tensão stress ratio em osso medular foi maior na coroa de 12 mm, depois na coroa de
10 mm e em seguida na coroa de 8 mm, e está mais localizada na região cervical vestibular
20
do implante HE. Os valores são bem similares nos três tamanhos de coroas sobre implante,
aumentando quando se aumenta seu tamanho.
TENSÃO MÁXIMA
~62.45 MPa ~69.36 MPa ~76.27 MPa
PRINCIPAL
TENSÃO MÍNIMA
~-195.34 MPa ~-208.14 MPa ~-220.94 MPa
PRINCIPAL
TENSÃO DE VON
~324.55 MPa ~288.54 MPa ~252.53 MPa
MISES
TENSÃO STRESS
~0.81842 MPa ~0.81842 MPa ~0.81842 MPa
RATIO
TENSÃO STRESS
~0.32358 MPa ~0.40405 MPa ~0.48452 MPa
RATIO
DISCUSSÃO
A hipótese deste estudo foi rejeitada, pois verificamos que as tensões geradas nas
estruturas no intermediário protético, no implante e no tecido ósseo peri-implantar foram
diferentes de acordo com o tamanho de cada coroa sobre implante, sendo elas de 8 mm,
10 mm e 12 mm.
Podemos observar que a tensão máxima principal e a tensão mínima principal nos
intermediários das coroas sobre implantes de 8 mm, 10 mm e 12 mm, foi aumentando de
acordo com o tamanho da coroa sobre implante, quanto maior a coroa, maior a tensão.
Porque quando se aumenta a coroa, aumentamos a sua proporção coroa-implante, logo as
tensões sofridas na coroa geram uma maior tensão no implante, levando ao movimento de
alavanca e podendo gerar uma perda óssea ao redor do implante. E o movimento de
alavanca está relacionado com a orientação das forças e a distribuição das cargas, o ideal é
que as cargas oclusais incidam o mais próximo do longo eixo do implante para preservar de
21
implante no modelo com coroas de 8 mm. O pico de tensão está localizado na região interna
do implante em contato com o pilar na transição implante-pilar 19. Em outro estudo, em
relação ao implante sob carga axial, a diferença dos resultados quantitativos com o aumento
da altura da coroa foi insignificante e está localizado onde o pilar se conecta18. Já neste
estudo, os valores das tensões vão diminuindo nos três tamanhos de coroas sobre implante
8 mm, 10 mm e 12 mm, quando se aumenta seu tamanho.
Em outros trabalhos, tanto o osso cortical quanto o osso medular apresentam
valores numéricos aproximados de tensão das coroas de altura de 12 mm quando
comparados às coroas de 8 mm19. Os resultados sob carga axial em relação ao tecido ósseo
foram maiores com o aumento da altura da coroa 18. Neste estudo também observamos que
a tensão em osso cortical foi muito semelhante nas coroas sobre implantes de 8 mm, 10 mm
e 12 mm, e em osso medular os valores são bem similares nos três tamanhos de coroas
sobre implante, aumentando um pouco quando se aumenta seu tamanho.
Outros estudos nos mostraram que o pico de concentração de tensão no osso
cortical foi localizado na região cervical, próximo às primeiras roscas do implante. Já para o
osso medular, o pico foi localizado na área adjacente ao osso cortical e na superfície interna
do tecido ósseo em contato com as roscas do implante 19. O pico de tensão foi localizado na
parte interna do implante18. Neste estudo, está mais localizada na região cervical vestibular
do implante, pois a tensão gerada no implante e no componente está mais localizada no
encaixe entre eles e é gerada ao longo do eixo implante.
Assim, em outros estudos, implantes com comprimento menor que 10 mm
apresentam maiores percentuais de falhas, relacionando as perdas destes implantes ao
aumento da altura da coroa19. Logo, as tensões geradas pelo aumento do comprimento da
coroa sobre implante, podem causar direta ou indiretamente perda óssea ao redor das
roscas do implante, sendo prejudicial e causando até mesmo sua perda17.
Os resultados precisam ser analisados com cuidado, pois o formato do implante e a
qualidade óssea são fatores que influenciam no tratamento e não foram abordados. E
também este estudo teve uma limitação por ter sido realizado in silico, pois muitas
condições in vivo não são possíveis de serem reproduzidas in silico e neste trabalho foi
testado apenas algumas vaiáveis, como as diferentes proporções coroa-implante e em meio
bucal temos outros fatores e forças atuantes e por isso futuros estudos testando outras
variáveis como tipos de implantes, coroas, reabilitações múltiplas, implante anterior, entre
outros, são necessários para corroborar com o resultado do presente estudo.
Este trabalho teve significância clínica, pois o resultado mostra que para
reabilitação de dente posterior inferior com implante longo e de titânio é bom o dentista
tomar cuidado com a altura da coroa, é melhor utilizar uma coroa menor, com altura de
8 mm por exemplo, pois em geral, quanto maior a coroa, maior a tensão gerada.
23
CONCLUSÃO
Com base nos resultados do presente estudo, conclui-se que a coroa de altura
8 mm teve um melhor desempenho com implantes de altura 11 mm e a proporção coroa-
implante em região posterior de mandíbula, apresentaram influência significativa na
distribuição de tensões nos intermediários, implante e no osso peri-implantar. Pode-se
sugerir que a proporção coroa-implante aumentada influencia negativamente o sistema
prótese-implante.
REFERÊNCIAS
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implants in posterior partial edentulism: a multicenter retrospective 6-year case series
study. J Periodontol. 2006 Aug;77(8):1340-1347.
10. Çaglar A, Bal BT, Karakoca S, Aydın C, Yılmaz H, Sarısoy S. Three-dimensional finite
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implants. Int J Oral Maxillofac Implants. 2011;26(5):961-9.
11. Ereifej N, Rodrigues FP, Silikas N, Watts DC. Experimental and FE shear-bonding
strength at core/veneer interfaces in bilayered ceramics. Dent Mater. 2011;27(6):590-7.
12. Bidez MW, Misch CE. Clinical biomechanics in implant dentistry. In: Misch CE (ed).
Contemporary Implant Dentistry, ed 3. St. Louis: Mosby, 2008;543-555.
13. MATWEB - Online Materials Information Resource. Blacksburg, Virginia: Automation
Creations, Inc.; 2008 [cited 2008 21/07/2008]; Available from: www.matweb.com.
14. Çehreli, Duyck J, De Cooman M, Puers R, Naert I. Implant design and interface force
transfer. A photoelastic and strain-gauge analysis. Clin Oral Implants Res. 2004;15:249-
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15. Papavasiliou G, Kamposiora P, Bayne SC, Felton DA. Three dimensional finite element
analysis of stress distribution around single tooth implants as a function of bony support
prosthesis type, and loading during function. J Prosthet Dent 1996;76:633-640.
16. Rodríguez-Ciurana X, Vela-Nebot X, Segalà-Torres M, Rodado-Alonso C, Méndez-
Blanco V, Mata-Bugueroles M. Biomechanical repercussions of bone resorption related
to biologic width: a finite element analysis of three implant abutment configurations. Int J
Periodontics Restorative Dent. 2009;29:479- 487.
17. Pellizzer EP, Moraes SLD, Santiago Junior JF, Almeida DAF, Honório HM, Verri FR.
Implantes curtos do tipo cone - Morse: Proporção coroa-implante. Rev. Cir. Traumatol.
Buco-Maxilo-Fac. 2013;13(3):79-86.
18. Elias DM, Valerio CS, Oliveira DD, Manzi FR, Zenobio EG, Seraidarian PI. Avaliação de
diferentes alturas de coroas protéticas suportadas por um implante ultracurto usando
análise tridimensional de elementos finitos. Int J Prosthodont. 2020;33:81-90.
19. Jonas LO, Costa NM, Silva HD, Querido LB, Borges JM. Influência da proporção da
coroa por meio de análise de elementos finitos em próteses parcias fixas sobre
implantes curtos. Ciências Odontológicas: Desenvolvendo a Pesquisa Científica e a
Inovação Tecnológica. 2020;14:137-161.
25
Nós, Victor Duarte de Sousa, Ricardo Armini Caldas, Rafael Pino Vitti, Milton Edson
Miranda e Jonathan Leão de Souza Lima, autores do trabalho intitulado “Tensões
geradas por implantes de titânio e coroas de dissilicato de lítio com diferentes alturas:
análise in silico”, o qual submetemos à apreciação da revista ImplantNews para nela ser
publicado, declaramos concordar, por meio deste suficiente instrumento, que os direitos
autorais referentes ao citado trabalho tornem-se propriedade exclusiva da revista
ImplantNews a partir da data de sua submissão, sendo vedada qualquer reprodução, total
ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação de qualquer natureza, sem que a
prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida junto à revista ImplantNews.
Declaramos serem verdadeiras as informações do formulário de Conflito de interesse. No
caso de não aceitação para publicação, essa cessão de direitos autorais será
automaticamente revogada após a devolução definitiva do citado trabalho, mediante o
recebimento, por parte do autor, de ofício específico para esse fim.
_______________________________________
Victor Duarte de Sousa
_______________________________________
Ricardo Armini Caldas
_______________________________________
Jonathan Leão de Souza Lima
_______________________________________
Milton Edson Miranda
_______________________________________
William Cunha Brandt
_______________________________________
Rafael Pino Vitti
26
_______________________________________
Victor Duarte de Sousa
_______________________________________
Ricardo Armini Caldas
_______________________________________
Jonathan Leão de Souza Lima
_______________________________________
Milton Edson Miranda
_______________________________________
William Cunha Brandt
_______________________________________
Rafael Pino Vitti
27
Nota de esclarecimento
Nós, os autores deste trabalho, não recebemos apoio financeiro para pesquisa dado por
organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Nós, ou os
membros de nossas famílias, não recebemos honorários de consultoria ou fomos pagos
como avaliadores por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste
trabalho, não possuímos ações ou investimentos em organizações que também possam ter
ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Não recebemos honorários de
apresentações vindos de organizações que com fins lucrativos possam ter ganho ou perda
com a publicação deste trabalho, não estamos empregados pela entidade comercial que
patrocinou o estudo e também não possuímos patentes ou royalties, nem trabalhamos como
testemunha especializada, ou realizamos atividades para uma entidade com interesse
financeiro nesta área.
28
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
tratamento.
força de alavanca que ela fará sobre ele, maior será a perda óssea e menor tempo
proporção da altura da coroa sobre o implante. Por mais que este trabalho teve
significância clínica e observamos que o melhor é termos uma boa proporção coroa-
12mm) foram possíveis de serem utilizadas, pois a diferença das forças transmitidas
ao osso são insignificantes. Por isso, mais estudos com esta temática devem ser
REFERÊNCIAS1
1
De acordo com o Manual de Normalização para TCCs e Monografias do Grupo São Leopoldo
Mandic de 2022, baseado no estilo Vancouver, e abreviatura dos títulos de periódicos em
conformidade com o Index Medicus.
30
TRABALHO
32