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Fichário anestésico

ANESTESIOLOGIA

Isis Prizon | Medicina veterinária 5DA | June 30, 2022


MPA
Anticolinérgicos
- Atropina
Mecanismo de ação:

É um alcalóide extraído das solanáceas como a Atropa belladona e atua competitivamente,


bloqueando a ação da acetilcolina tanto em receptores muscarínicos centrais (quando
atravessam a barreira hematoencefálica) como em receptores muscarínicos periféricos. A
atropina compete por todos os tipos de receptores muscarínicos (VITAL & ACCO, 2006).

Via de administração:

Intramuscular (IM); Intravenosa (IV); Subcutânea (SC);

Período de latência:

15 min

Período hábil:

30 min

Efeitos desejados:

Usado primeiramente como adjuvante de anestesia, mas também como antídoto para
intoxicação por organofosforados e por overdose de agentes colinérgicos (VIEIRA & PINHEIRO,
2004).

Efeitos adversos:

Em altas doses pode ocorrer taquicardia e em baixas doses pode causar bradicardia. Pode
ocasionar parada cardíaca. Pode ocasionar contração ventricular, boca seca, constipação,
vômitos, sede, hesitação urinária, estimulação do SNC, sonolência, ataxia. Pode ocorrer também
depressão respiratória e hipotensão. A atropina atravessa a barreira placentária, podendo
produzir taquicardia fetal. A ingestão acidental ou intencional pode levar a envenenamento.
Alguns pacientes podem apresentar convulsões, depressão e choque circulatório, hipotensão,
seguida de insuficiência respiratória, paralisia, coma e óbito.

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Indicação para a espécie:

Cães e gatos.

Contraindicado:

Para pacientes com glaucoma, hipersensibilidade às drogas anticolinérgicas, com taquicardia


secundária, insuficiência cardíaca, isquemia miocárdica, obstrução gastrintestinal, colite
ulcerativa severa e miastenia grave. Deve ser usado com cautela em pacientes com suspeita de
infecção gastrintestinal ou diminuição hepática ou renal, pacientes geriátricos ou pediátricos,
com hipertireoidismo, hipertensão, hipertrofia prostática ou refluxo gastroesofágico (VIEIRA &
PINHEIRO, 2004). Não se recomenda o uso pacientes gestantes ou em lactação a menos que os
benefícios superem os riscos. E em equinos com cólica. Ter atenção aos ruminantes.

- Escopolamina
Mecanismo de ação:

Os agentes antimuscarínicos atuam competitivamente nos receptores muscarínicos, bloqueando


a atuação da acetilcolina. A escopolamina assim como a atropina tem a capacidade de atuar
amplamente sobre os subtipos de receptores muscarínicos. A escopolamina apresenta atividade
espasmolítica sobre a musculatura lisa do trato gastrintestinal, geniturinário e vias biliares,
sendo muito utilizado por seus efeitos gastrintestinais. O butilbrometo de escopolamina não
atravessa a barreira hematencefálica, não apresentando efeitos anticolinérgicos no Sistema
Nervoso Central.

Via de administração:

IM (bovinos e equinos); IV Lenta (equinos); SC (bovinos);

Período de latência:

IV- 1 min

IM- 5 min

Período hábil:

1-2 horas

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Efeitos desejados:

Alcalóide da beladona anticolinérgico antiespasmódico.

Efeitos adversos:

Os agentes antimuscarínicos causam geralmente o aumento da frequência cardíaca, diminuição


das secreções, secura das mucosas, diminuição da motilidade do TGI e pupilas dilatadas. Em
equinos são citados taquicardia, midríase e mucosas secas.

Indicação para a espécie:

Bovinos e equinos.

Contraindicado:

Não usar em equídeos portadores de impacção ou cólica. Ter cuidado em ruminantes.

Fenotiazínicos (Tranquilizantes)
- Acepromazina
Mecanismo de ação:

Produz depressão do sistema nervoso central devido à sua ação sobre os centros nervosos
inferiores: tálamo, hipotálamo e formação reticular. Apresenta, ainda, propriedades
antieméticas, anti-histamínicas, anti-espasmódicas e, principalmente, adrenolíticas. Os
fenotiazínicos têm pouca atividade analgésica. A atividade principal da acepromazina é o
bloqueio dos receptores pós-sinápticos dopaminérgicos mesolímbicos no cérebro.

Via de administração:

IM; IV; SC; Oral;

Período de latência:

20 min

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Período hábil:

4 – 8h.

Efeitos desejados:

É o derivado fenotiazínico mais potente e produz sedação em doses relativamente baixas. Pode
ser administrada isolada, como sedativo, para procedimentos diagnósticos não dolorosos ou em
associação com opioides para diagnósticos e procedimentos cirúrgicos dolorosos menores. Pode
ser usada também isolada ou em associação com opioides como medicação pré-anestésica.  Para
acalmar animais excitados ou agressivos e para facilitar o manejo em intervenções. Indicado para
transporte de animais, pois promove tranquilização, sonolência e atividade antiemética.

Efeitos adversos:

Os tranquilizantes são depressores potentes do sistema nervoso central e podem causar sedação
seguida de supressão do sistema nervoso simpatomimético. Podem produzir efeito prolongado
na depressão ou inativação do sistema motor quando fornecido a animais sensíveis. Sonolência,
apatia, excitação paradoxal em animais predispostos, diminuição do limiar convulsivo,
hipotermia com participação periférica; bradicardia que pode ser mascarada taquicardia reflexa à
hipotensão; em felinos pode diminuir a produção de lágrimas.

Indicação para a espécie:

Cães e gatos.

Contraindicado:

A acepromazina potencializa a toxicidade de organofosforados, portanto não utilizar para


controlar tremores associados a envenenamento por fosforados e em conjunto com
ectoparasiticidas organofosforados. Por diminuir o limiar convulsivo, não deve ser administrada
em animais epiléticos e nem usada para o controle de convulsões. A administração de adrenalina
é contraindicada quando se faz uso da acepromazina, uma vez que os receptores alfa-
adrenérgicos estão bloqueados. Quando se empregam anestésicos epidurais, a acepromazina é
contraindicada, pois potencializa a atividade hipotensora dos anestésicos locais. A acepromazina
é detoxificada no fígado, portanto deve ser empregada com cautela em animais com disfunção
hepática ou leucopenia. Hipotensão pode ocorrer após rápida injeção intravenosa, causando
colapso cardiovascular. Animais braquicefálicos (em especial cães da raça boxer) podem
apresentar síncope ou choque após administração de fenotiazínicos, devido à elevação do tônus
vagais e consequente severa bradicardia. Nestes casos, somente se aconselha o uso de
fenotiazínicos nestas raças em baixas dosagens ou associados à atropina. Evitar o uso em
gestantes.

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- Clorpromazina
Mecanismo de ação:

Causa também sedação e hipotensão, sem apresentar efeitos procinéticos. Os fenotiazínicos


atuam bloqueando os receptores dopaminérgicos pós-sinápticos, impedindo a resposta aos
neurotransmissores endógenos. Esse bloqueio produz o efeito de catalepsia, o que permite que
os membros se posicionem de acordo com o desejado, sem ocorrer movimentação. Causa
também hipersecreção de prolactina e a diminuição da secreção de TSH, ACTH, LH, FSH e ADH.

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

***

Período hábil:

***

Efeitos desejados:

Fenotiazínico tranquilizante, neuroléptico e antiemético.

Efeitos adversos:

Hipotensão, colapso circulatório, e, em equídeos, excitação extrema, protrusão do pênis, ataxia,


taquipnéia, taquicardia e convulsões.

Indicação para a espécie:

Bovinos.

Contraindicado:

Não usar em portadores de insuficiência hepática, doença cardíaca, caquexia, choque


hipovolêmico, tétano e intoxicação por estricnina. Usar com cautela em pacientes geriátricos.
Alguns autores contraindicam o uso em equídeos. Usar com cautela na gestação.

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- Levomepromazina
Mecanismo de ação:

Apresenta efeitos antieméticos sem apresentar efeitos procinéticos. Causa também sedação e
hipotensão.

Os fenotiazínicos atuam bloqueando os receptores dopaminérgicos pós-sinápticos, impedindo a


resposta aos neurotransmissores endógenos.

Esse bloqueio produz o efeito de catalepsia, o que permite que os membros se posicionem de
acordo com o desejado, sem ocorrer movimentação.

Causa também hipersecreção de prolactina e a diminuição da secreção de TSH, ACTH, LH, FSH
e ADH.

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

6-8 min

Período hábil:

1 hora

Efeitos desejados:

Tranquilizante e analgésico.

Efeitos adversos:

Sonolência, apatia, excitação paradoxal, hipotermia, diminuição do limiar convulsivo e


taquicardia.

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Os felinos podem apresentar reações extrapiramidais (tremores musculares, trismo da
musculatura mastigatória, ausência de reflexos posturais, letargia, diarreia e perda dos tônus do
esfíncter anal).

Indicação para a espécie:

Cães e gatos.

Contraindicado:

Usar com cautela na gestação.

Butirofenonas (Tranquilizantes)
- Azaperona
Mecanismo de ação:

Produz uma ação neuroléptica, específica em suínos, promovendo sedação psicomotora com
narcose. 
Com isto as reações de defesa, fuga e agressão são reduzidas ou, até mesmo, completamente
inibidas.

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

5-15 min

Período hábil:

1-3 horas.

Efeitos desejados:

Reagrupamento de porcos, porcas agressivas, situação de estresse, excitação durante o parto,


colapso cardíaco agudo, intervenções diagnósticas e terapêuticas. O produto tem excelente
campo de aplicação na suinocultura, na diminuição da agressividade e socialização de suínos
recém-agrupados.

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Efeitos adversos:

Por IV há uma elevada excitação do animal.

Indicação para a espécie:

Suínos.

Contraindicado:

Sem contraindicação.

Benzotiazínicos (Ansiolíticos)
- Diazepam
Mecanismo de ação:

Atuam seletivamente no SNC, aumentando a ação de neurotransmissores inibitórios; abrem os


canais de cloro, deixando o neurônio hiperpolarizado e promovem parte da sua ação
combinando-se com receptores específicos para benzodiazepínicos no SNC (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008).

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

***

Período hábil:

4 horas.

Efeitos desejados:

 Reduzir a agressividade, promover miorrelaxamento de ação central, atuar como


anticonvulsivante, e, associados ou não a tranquilizantes maiores (fenotiazínicos) ou agentes
anestésicos (cetamina, propofol, etomidato), são usados na pré-anestesia e na indução anestésica

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(SPINOSA & GÓRNIAK, 2006). Essas associações permitem redução de até 50% das doses dos
fármacos anestésicos, diminuindo as possibilidades de efeitos adversos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008).

Efeitos adversos:

Poussuem baixa incidência de efeitos colaterais, no entanto há podem ocorrer: ataxia, agitação e
excitação, quando administrados em animais com estado de alerta normal. Alguns outros sinais
são: sonolência, irritabilidade, incoordenação motora. A superdose de pode levar à arreflexia,
apneia, hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma.

Indicação para a espécie:

Bovinos e equinos.

Contraindicado:

Não deve ser administrado em animais com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos. Usar com
cautela em animais com insuficiência hepática ou pulmonar. Não deve ser usada por fêmeas
gestantes, lactantes ou destinada a reprodução.

- Midazolam
Mecanismo de ação:

Atuam seletivamente no SNC, aumentando a ação de neurotransmissores inibitórios; abrem os


canais de cloro, deixando o neurônio hiperpolarizado e promovem parte da sua ação
combinando-se com receptores específicos para benzodiazepínicos no SNC (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008).

Via de administração:

IV;

Período de latência:

***

Período hábil:

30 min – 2 horas

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Efeitos desejados:

Reduzir a agressividade, promover miorrelaxamento de ação central, atuar como


anticonvulsivante, e, associados ou não a tranquilizantes maiores (fenotiazínicos) ou agentes
anestésicos (cetamina, propofol, etomidato), são usados na pré-anestesia e na indução anestésica
(SPINOSA & GÓRNIAK, 2006). Essas associações permitem redução de até 50% das doses dos
fármacos anestésicos, diminuindo as possibilidades de efeitos adversos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008).

Efeitos adversos:

Possuem baixa incidência de efeitos colaterais, no entanto há podem ocorrer: ataxia, agitação e
excitação, quando administrados em animais com estado de alerta normal. Alguns outros sinais
são: sonolência, irritabilidade, incoordenação motora. A superdose de pode levar à arreflexia,
apneia, hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma.

Indicação para a espécie:

Cães e gatos.

Contraindicado:

Não deve ser administrado em animais com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos. Usar com
cautela em animais com insuficiência hepática ou pulmonar. Não deve ser usada por fêmeas
gestantes, lactantes ou destinada a reprodução.

Alfa-2 agonista (Sedativo)


- Xilazina
Mecanismo de ação:

É um agonista de receptores α2 adrenérgicos localizados pré-sinapticamente, os quais, quando


estimulados, impedem a liberação de noradrenalina através da inibição do influxo de íons cálcio
na membrana neuronal. A estimulação destes receptores no SNC promove efeito hipotensor e
tranquilizante. Outros efeitos observados são: sedação, hipnose, relaxamento muscular,
analgesia visceral, ataxia e depressão do centro vasomotor (SPINOSA & GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

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IM; IV;

Período de latência:

3-5 min

Período hábil:

20 min (analgesia);

3 horas (sedação);

Efeitos desejados:

São usados para contenção de animais, promoção da analgesia e de miorrelaxamento de ação


central e como agente pré-anestésico. Este medicamento potencializa os efeitos dos anestésicos
de maneira mais eficiente que os tranquilizantes maiores; podem ser usados isoladamente ou em
associação com outros tranquilizantes, para diminuir os efeitos colaterais, bem como promover a
neuroleptoanalgesia. Ainda põe ser usado como emético em felinos (WILLARD, 2010).

Efeitos adversos:

Aumento da diurese, hiperglicemia, hipoinsulinemia, alteração da motilidade gastrointestinal,


aumento da resistência vascular e do consumo de oxigênio do trato gastrointestinal, salivação,
piloereção, transpiração, prolapso peniano e tremores musculares leves. A intensidade e a
duração dos efeitos são dose-dependentes, entre eles pode observar: bradicardia, bloqueio
cardíaco de segundo grau, aumento transitório seguido de queda da pressão arterial, redução da
frequência respiratória e do volume corrente. No caso de dosagem incorreta ou complicações no
uso da xilazina, pode-se utilizar ioimbina, atipamazol, tolazolina, pois são antagonistas α2
adreceptores.

Indicação para a espécie:

Bovinos e equinos.

Contraindicado:

Não utilizar em caso de torção gástrica ou de suspeita de obstrução esofágica. Não utilizar em
caso de doença cardíaca ou pulmonar e de disfunção renal ou hepática. Não administrar
concomitantemente fármacos simpatomiméticos. A xilazina produz efeitos calmantes,
relaxamento muscular e analgesia sobre as parturientes, entretanto, devem ser administrados
com cuidado, em doses baixas e na dependência em se administrar antagonista (MUIR III &
HUBBELL, 2001), uma vez que doses maiores desencadeiam efeitos depressivos significantes

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sobre os neonatos, como bradicardia, bloqueio cardíaco e redução da frequência respiratória e
do volume corrente, diminuindo sua viabilidade e as chances de sobrevivência (MASSONE,
2008).

- Detomidina
Mecanismo de ação:

É um agonista de receptores α2 adrenérgicos localizados pré-sinapticamente, os quais, quando


estimulados, impedem a liberação de noradrenalina através da inibição do influxo de íons cálcio
na membrana neuronal. A estimulação destes receptores no SNC promove efeito hipotensor e
tranquilizante. Outros efeitos observados são: sedação, hipnose, relaxamento muscular,
analgesia visceral, ataxia e depressão do centro vasomotor (SPINOSA & GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

3-5 min

Período hábil:

4 – 8h.

Efeitos desejados:

É indicada como sedativo, adjuvante anestésico e analgésico com o objetivo de facilitar a


manipulação em exames, procedimentos diagnósticos, tratamentos, limpeza de ouvidos ou
dentes e pequenas cirurgias. Produz efeito 10x mais potente que a xilazina.

Efeitos adversos:

Pode ocorrer depressão cardiovascular - bradicardia inicial e hipertensão seguida de hipotensão,


arritmias; depressão respiratória; diminuição da temperatura corporal. A intensidade e a duração
dos efeitos são dose-dependentes, entre eles pode observar: bradicardia, bloqueio cardíaco de
segundo grau, aumento transitório seguido de queda da pressão arterial, redução da frequência
respiratória e do volume corrente. No caso de dosagem incorreta ou complicações no uso da
xilazina, pode-se utilizar o atipamazol, pois é antagonista α2 adreceptores.

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Indicação para a espécie:

Bovinos e equinos.

Contraindicado:

É contraindicado em animais idosos com problemas cardíacos pré-existentes, animais com


choque ou hipersensibilidade conhecida a agonistas α2 adrenérgicos. Usar com cautela em
pacientes com doenças respiratórias, hepáticas ou renais. Não deve ser usada na gestação e
lactação, pois pode induzir ao parto prematuro e diminuir a oxigenação fetal.

Opioides (Hipinoalnalgésicos)
- Morfina
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo
hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IM; IV; SC; Epidural;

Período de latência:

15 min

Período hábil:

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3-4 horas.

Efeitos desejados:

Dentre os hipnoanalgésicos, a morfina é a droga-padrão, pois embora inúmeras drogas


analgésicas tenham sido sintetizadas nestes últimos anos, até o momento nenhuma delas provou
ser mais eficaz no alívio da dor grave. Agonista dos receptores mu, a morfina é utilizada como
medicação pré-anestésica em associação com outros fármacos, no controle da dor
transoperatória e pós-operatória (GÓRNIAK, 2006; FANTONI % CORTOPASSI, 2008).

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação, depressão respiratória,


bradicardia, retenção urinária e alguns efeitos gastrointestinais, como vômito, náusea,
constipação, sialorreia. Devido a liberação de histamina, a morfina pode causar sinais de alergia,
desde urticária e pruridos locais, como broncoespasmo e hipotensão. A superdosagem ou o uso
frequente de opióides pode aumentar os efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente
quando há depressão respiratória, hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e
alterações de comportamento.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

- Meperidina
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo

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hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

15 min

Período hábil:

50 min – 1:30 horas.

Efeitos desejados:

É quase 10 vezes menos potente que a morfina. Na veterinária, é utilizada na medicação pré-
anestésica por apresentar baixo custo, incrementar a sedação e promover analgesia. Também é
indicada nos casos de obstrução biliar ou uretral, em razão do seu efeito espasmolítico. As
grandes vantagens do emprego da meperidina são sua relativa ausência de efeitos adversos e
excelente ação sedativa (FANTONI & CORTOPASSI, 2008).

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação e alguns efeitos


gastrointestinais, como vômito, náusea, constipação, sialorreia. Devido a liberação de histamina,
a meperidina pode causar sinais de alergia, desde urticária e pruridos locais, como
broncoespasmo e hipotensão. A superdosagem ou o uso frequente de opióides pode aumentar os
efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente quando há depressão respiratória,
hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e alterações de comportamento.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

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É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com
histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

- Meperidina
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo
hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

15 min

Período hábil:

50 min – 1:30 horas.

Efeitos desejados:

É quase 10 vezes menos potente que a morfina. Na veterinária, é utilizada na medicação pré-
anestésica por apresentar baixo custo, incrementar a sedação e promover analgesia. Também é
indicada nos casos de obstrução biliar ou uretral, em razão do seu efeito espasmolítico. As
grandes vantagens do emprego da meperidina são sua relativa ausência de efeitos adversos e
excelente ação sedativa (FANTONI & CORTOPASSI, 2008).

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Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação e alguns efeitos


gastrointestinais, como vômito, náusea, constipação, sialorreia. Devido a liberação de histamina,
a meperidina pode causar sinais de alergia, desde urticária e pruridos locais, como
broncoespasmo e hipotensão. A superdosagem ou o uso frequente de opióides pode aumentar os
efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente quando há depressão respiratória,
hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e alterações de comportamento.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

- Fentanil
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo
hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IV;

Período de latência:

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3-5 min

Período hábil:

20-30 min

Efeitos desejados:

Está entre os opióides mais potentes; são mu-agonistas possuindo curta duração de ação e
latência, o que os tornam indicados para suplementação da analgesia transoperatória.

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação, depressão respiratória,


bradicardia, retenção urinária e alguns efeitos gastrointestinais, como vômito, náusea,
constipação, sialorreia. A superdosagem ou o uso frequente de opióides pode aumentar os
efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente quando há depressão respiratória,
hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e alterações de comportamento.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

- Metadona
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo

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hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

EV; IM; IV; SC; Epidural;

Período de latência:

20 min

Período hábil:

4-6 horas.

Efeitos desejados:

A metadona é indicada para analgesia de curta duração, na sedação e como adjuvante anestésico.
É compatível com a maioria dos anestésicos e pode ser usada como parte de abordagens
multimodais analgésicas ou anestésicas.

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação, depressão respiratória,


bradicardia, retenção urinária e alguns efeitos gastrointestinais, como vômito, náusea,
constipação, sialorreia. A superdosagem ou o uso frequente de opióides pode aumentar os
efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente quando há depressão respiratória,
hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e alterações de comportamento.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

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- Buprenorfina
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo
hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IV;

Período de latência:

***

Período hábil:

***

Efeitos desejados:

A buprenorfina é um opióide semissintético, derivado da tebaína, com ação agonista parcial nos
receptores mu. Hipnoanalgésico que alivia a dor, de leve à moderada, associada a procedimentos
cirúrgicos abdominais, torácicos, ortopédicos, bem como na histerectomia (GÓRNIAK, 2006).
Possui período de latência mais longo que os demais opióides; sua duração de ação é em torno
de 8 a 12 horas. O uso em equinos e pequenos ruminantes deve ser extremamente criterioso, pois
promove importante diminuição da motilidade gastrointestinal. Nos equinos é comum também
a ocorrência de excitação (FANTONI & CORTOPASSI, 2008).

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação, depressão respiratória,


bradicardia, retenção urinária e alguns efeitos gastrointestinais, como vômito, náusea,
constipação, sialorreia. A superdosagem ou o uso frequente de opióides pode aumentar os
efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente quando há depressão respiratória,
hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e alterações de comportamento.

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Indicação para a espécie:

Principalmente equinos.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

- Butorfanol
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo
hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

20-30 min

Período hábil:

2-3 horas.

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Efeitos desejados:

É um agente opióide do tipo agonista-antagonista, sendo o efeito agonista nos receptores kappa,
promovendo analgesia, e efeito antagonista no receptor mu, podendo antagonizar os efeitos de
mu-agonistas. Promove menor depressão respiratória, porém o efeito analgésico é menos
intenso. Além disso, possui custo elevado o que restringe o seu uso a situações nas quais a
sedação é o objetivo principal (FANTONI & CORTOPASSI, 2008). Em equinos, vem sendo
utilizado no alívio de cólicas; no entanto, deve-se lembrar que estes animais podem apresentar
estimulação. Em bovinos, também vem sendo bastante empregado, porém não há muitos dados
quanto à eficácia e segurança do uso nesta espécie (GÓRNIAK, 2006).

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação, depressão respiratória,


bradicardia, retenção urinária e alguns efeitos gastrointestinais, como vômito, náusea,
constipação, sialorreia. A superdosagem ou o uso frequente de opióides pode aumentar os
efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente quando há depressão respiratória,
hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e alterações de comportamento.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

- Naloxona
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo
hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da

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liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

IV;

Período de latência:

***

Período hábil:

20-30 min

Efeitos desejados:

É o antagonista de todos os receptores opiáceos, sendo utilizado para reversão dos efeitos
adversos, como bradicardia, depressão respiratória inclusive, excitação ou efeitos
comportamentais.

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se náusea, vômito, taquicardia,


hipertensão arterial, edema pulmonar e arritmias cardíacas. A superdosagem ou o uso frequente
da naloxona pode aumentar os efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente quando
há edema pulmonar e arritmias cardíacas.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

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- Tramadol
Mecanismo de ação:

O efeito de um determinado opioide depende da afinidade que este possui pelo receptor
específico; agentes com afinidade a diferentes receptores produzem vários efeitos clínicos.
Conhecem-se 4 receptores opioides: um, kappa, sigma e delta. Assim a ligação ao receptor mu
desencadeia analgesia, depressão respiratória, diminuição da motilidade do trato
gastrointestinal, sedação e bradicardia; a ligação do receptor kappa desencadeia sobretudo,
analgesia, sedação e inibição do hormônio antidiurético. A excitação deve-se provavelmente à
ligação ao receptor sigma; os efeitos do receptor delta ainda não estão esclarecidos (FANTONI &
CORTOPASSI, 2008). Os opióides atuam na maioria das células nervosas, promovendo
hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré-sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica-se em alguns neurônios despolarização, mas
provavelmente este efeito seria indireto, através da supressão de uma determinada via inibitória.
A ativação do receptor opióide causa a inibição da adenil-ciclase (GÓRNIAK, 2006).

Via de administração:

Oral;

Período de latência:

20 min

Período hábil:

4-8 horas

Efeitos desejados:

É um opioide sintético com ação agonista em receptores um, além de inibir a receptação de
noradrenalina e serotonina. É considerado um opióide atípico. Utilizado no tratamento e no
controle da dor leve a moderada, medicação pós-operatória e no trauma torácico. Utiliza-se
analgesia multimodal em associação com AINE.

Efeitos adversos:

Entre os efeitos adversos mais observados encontram-se sedação, retenção urinária e alguns
efeitos gastrointestinais, como vômito, náusea, constipação, sialorreia. A superdosagem ou o uso
frequente de opióides pode aumentar os efeitos adversos, colocando em risco a vida do paciente
quando há depressão respiratória, hipotensão ou bradicardia; pode haver também sonolência e
alterações de comportamento.

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Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

É contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, pacientes com


histórico de função respiratória comprometida. Uso cauteloso em pacientes com insuficiência
cardíaca, idosos, hepatopatias.

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Anestésicos Locais
- Lidocaína
Mecanismo de ação:

Princípio ativo é o zolazepam que age pelo antagonismo não competitivo dos receptores do tipo
NMDA do sistema nervoso central, envolvidos com a condução dos impulsos sensorial espinhal,
talâmico, límbico, subcortical e cortical. São agonistas de receptores α e β adrenérgicos e
receptores opioides σ na medula espinhal. O zolazepam deprime a atividade motora espontânea
e tem atividade anticonvulsivante duas vezes maior que o diazepam (FANTONI & CORTOPASSI,
2008).

Via de administração:

Epidural; IM; IV; Infiltrações; Intradérmica; Perineural; SC; Tópica;

Período de latência:

Menos de um minuto.

Período hábil:

Antiarrítmico- IV - 10 min.

Anestésico- IM - 1 hora.

Efeitos desejados:

A lidocaína é usada localmente como agente anestésico, mas também é indicada no tratamento
de arritmia ventricular, principalmente taquicardia ventricular e complexos prematuros
ventriculares.

Efeitos adversos:

Excitação no SNC, agitação, desorientação, tremores musculares, convulsão, vômito. Pode causar
arritmia cardíaca. Felinos são muito sensíveis à lidocaída, então a superdosagem pode levar ao
óbito do animal (VIEIRA & PINHEIRO, 2004). O SNC é mais sensível que o cardiovascular a

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doses elevadas de anestésicos locais, ou seja, a sobredosagem pode acarretar a perda da
consciência, crises graves de convulsão, apneia e coma.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

A lidocaína deve ser usada com cautela em gatos, pois estes apresentam maiores efeitos no SNC.
Não deve ser usada em animais com hipersensibilidade à droga. É contraindicada em bloqueio
cardíaco completo. Deve ser usada com cautela em pacientes com bradicardia sinusal, síndrome
da doença sinusal e bloqueio atrioventricular.

- Bupivacaina
Mecanismo de ação:

Causa um bloqueio reversível da propagação do impulso ao longo das fibras nervosas através da
inibição do movimento de íons sódio para dentro das membranas nervosas. Presume-se que
anestésicos locais do tipo amida atuem dentro dos canais de sódio das membranas nervosas.
Anestésicos locais podem ter efeitos similares em membranas excitáveis no cérebro e no
miocárdio.

Via de administração:

Epidural; Infiltrações;

Período de latência:

20 min

Período hábil:

6-8 horas.

Efeitos desejados:

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Indicada como anestesia local por infiltração, para bloqueio local em procedimentos cirúrgicos.

Efeitos adversos:

Náuseas, vômitos, bradicardia, tremores, calafrios e hipotensão. Se quantidades excessivas do


fármaco alcançarem rapidamente a circulação sistêmica, aparecerão sinais e sintomas de
toxicidade, originados principalmente do sistema nervoso central e cardiovascular.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

Não deve ser usada em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo, bem
como em pacientes com hipotensão acentuada.

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Anestésicos Dissociativos
- Cetamina
Mecanismo de ação:

Age pelo antagonismo não competitivo dos receptores do tipo NMDA do sistema nervoso
central, envolvidos com a condução dos impulsos sensorial espinhal, talâmico, límbico,
subcortical e cortical. São agonistas de receptores α e β adrenérgicos e receptores opioides σ na
medula espinhal (FANTONI & CORTOPASSI, 2008).

Via de administração:

IV;

Período de latência:

25 min

Período hábil:

1-2 horas

Efeitos desejados:

A anestesia dissociativa pode ser empregada na contenção química, na indução da anestesia e na


manutenção da anestesia, desde que devidamente associada a outros agentes que possam
atenuar seus efeitos excitatórios (FANTONI & CORTOPASSI, 2008).

Efeitos adversos:

Dentre os efeitos que podem ser observados, destaca-se a hipersalivação e aumento da produção
das secreções traqueobrônquicas, aumento da pressão intracraniana e intraocular; a
hipertonicidade muscular com movimentos involuntários; a ocorrência de alucinações com
vocalização, não necessariamente associadas aos estímulos dolorosos; a excitação; o aumento da
temperatura corpórea e a ocorrência de depressão respiratória.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

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Contraindicado:

Os agentes dissociativos devem ser evitados nos traumas cranianos, pois aumentam a pressão
intracraniana. Pelo efeito simpatomimético, os dissociativos têm a tendência de causar
hipertensão arterial e taquicardia, fatores que aumentam o consumo de oxigênio pelo miocárdio,
por isso devem ser evitados em portadores de doenças cardíacas isquêmicas e em taquiarritmias.

- Zoletil
Mecanismo de ação:

Princípio ativo é o zolazepam que age pelo antagonismo não competitivo dos receptores do tipo
NMDA do sistema nervoso central, envolvidos com a condução dos impulsos sensorial espinhal,
talâmico, límbico, subcortical e cortical. São agonistas de receptores α e β adrenérgicos e
receptores opioides σ na medula espinhal. O zolazepam deprime a atividade motora espontânea
e tem atividade anticonvulsivante duas vezes maior que o diazepam (FANTONI & CORTOPASSI,
2008).

Via de administração:

IM; IV;

Período de latência:

***

Período hábil:

***

Efeitos desejados:

É indicado para a anestesia dissociativa em intervenções cirúrgicas de curta a longa duração, em


procedimentos que requerem leve a moderada analgesia, para cães e gatos. Também pode ser
utilizado para a contenção de animais agitados e como medicação pré-anestésica em vários
protocolos de anestesia.

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Efeitos adversos:

Taquicardia transitória, elevação transitória da pressão arterial, administração EV: curta apneia
reversível, administração IM: polipnéia transitória durante a indução, diminuição da
temperatura corporal de 1 a 2°C. Levar esta informação em consideração, se o animal a ser
operado se encontra em estado de choque ou se o ambiente para sua recuperação pós-cirúrgica
for frio, aumento das secreções (salivação em particular) em 5,2% dos casos e vocalização em
4,5%. Na maior parte das vezes, este efeito está associado à administração insuficiente de
anestésico.

Indicação para a espécie:

Cães e gatos

Contraindicado:

Animais submetidos a tratamentos com organofosforados sistêmicos; animais com grandes


descompensações cardiorrespiratórias; animais com hipertensão grave; animais com
insuficiência pancreática.

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Anestesicos Gerais

- Propofol
Mecanismo de ação:

Sugere-se que o mecanismo de ação do propofol seja semelhante aos barbitúricos, promove
depressão dose-dependente da função cerebral, pela potencialização da transmissão
GABAérgica, diminui o fluxo sanguíneo cerebral, o consumo de oxigênio cerebral, a pressão
intracraniana e a pressão intraocular.

Via de administração:

IV;

Período de latência:

30 seg.

Período hábil:

10 min.

Efeitos desejados:

Alquifenol sedativo e anestesia geral de curta duração.

Efeitos adversos:

Apneia e depressão respiratória são os sinais mais comuns. Pode ocorrer ainda: movimentos
musculares espontâneos (bater de patas, tremores, rigidez muscular), respiração ofegante,
nistagmo, salivação e retração da língua em alguns animais. Altas doses intensificam os sinais
adversos e podem colocar em risco a saúde do paciente, devido a depressão cardiorrespiratória e
apneia acentuada.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

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Contraindicado:

Não deve ser usado em animais hipotensos. Usar com cautela em portadores de choque, estresse
intenso, hepatopatia, hipoproteinemia, hiperlipidêmica, choque anafilático e convulsões. O uso
em gestantes e lactantes deve ser cauteloso e bem avaliado pelo clínico.

- Etomidato
Mecanismo de ação:

Causa hipnose, pois potencializa o efeito do ácido aminobutírico sobre o receptor GABA,
hiperpolariza as membranas pós-sinápticas pelo aumento da condutância do cloro, reduz o fluxo
sanguíneo cerebral, o consumo de oxigênio e a taxa metabólica, diminuindo a pressão
intracraniana, não causa alterações cardiovasculares.

Via de administração:

IV;

Período de latência:

1-3 min

Período hábil:

10 min

Efeitos desejados:

Usado principalmente em pacientes cardiopatas ou com instabilidade miocárdica de origem


extracardíaca, indicado para animais idosos e em cesarianas.

Efeitos adversos:

Pode causar tremores musculares, movimentos involuntários dos membros e cabeça; distúrbios
gastrointestinais - náuseas e vômito. Em doses elevadas pode promover a acidose respiratória e
hipoxemia. Pode ocorrer apneia transitória.

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Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

Contraindicado:

Não deve ser administrado em animais com hipersensibilidade ao princípio ativo ou pacientes
com insuficiência adrenal. Usar com cautela em gestantes e lactantes.

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Miorelaxantes de Ação Central
- Éter Gliceril Guaiacol (EGG)
Mecanismo de ação:

Produz relaxamento muscular por ação na medula espinhal (MASSONE, 2011), deprimindo
seletivamente a transmissão de impulsos nos neurônios da medula espinhal, tronco cerebral e
regiões sub-corticais do cérebro, sem interferir no diafragma (VIEIRA et al.,1996).

Via de administração:

IV;

Período de latência:

4-8 min.

Período hábil:

***

Efeitos desejados:

É indicado na sedação e como um dos componentes na anestesia total intravenosa de equinos.

Efeitos adversos:

A aplicação extravascular acidental pode provocar inflamação tecidual, tromboflebite, edema e


necrose tecidual.

Indicação para a espécie:

Equinos.

Contraindicado:

O produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da
fórmula. Não se recomenda o uso em pacientes que apresentem tromboflebite já estabelecida ou
condições que predisponham ao desenvolvimento de alterações vasculares.

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Sedativo Inalatório
- Óxido nitroso
Mecanismo de ação:

O óxido nitroso atua no sistema nervoso, com mecanismo de ação ainda não elucidado,
promovendo uma leve depressão do córtex cerebral, e de forma diferente dos benzodiazepínicos
que atuam a nível de bulbo, não deprime o centro respiratório, mantendo o reflexo laríngeo.
Tranquiliza o paciente de forma rápida e segura, diminuindo a sua sensibilidade à dor.

Via de administração:

Inalatório;

Período de latência:

30 seg.

Período hábil:

2-5 min.

Efeitos desejados:

Elevar o limiar de percepção de dor a patamares superiores para proporcionar bem-estar e


controle do comportamento do paciente, bem como uma resposta psicológica positiva ao
tratamento e retorno ao estado de consciência igual ao pré-tratamento, quando o mesmo é
finalizado.

Efeitos adversos:

Não sofre metabolização e, por isso, não produz efeitos colaterais de relevância, ao passo que é
rapidamente eliminado por expiração, alterando de forma mínima os sinais vitais.

Indicação para a espécie:

Todas as espécies.

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Contraindicado:

Não existem contraindicações.

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