TESTE 4
Leia a tirinha a seguir e responda.
1) O gato perde a paciência, pois
A) o homem fala demais.
B) ele não consegue ler os pensamentos do rapaz.
C) ele não entende a língua do rapaz.
D) ele se assusta com as informações dadas.
E) ele não considera o assunto interessante.
Leia o texto a seguir.
Sintomas de paixão: veja o que acontece
com o corpo apaixonado
Não se trata apenas de um sentimento. A pessoa
sente no corpo quando está apaixonado. Saiba
porquê.
O coração bate mais rápido? Sente
aquele embrulho no estômago ou uma
explosão de energia quando ele ou ela lhe
olha? Mais que mexer com a cabeça, a paixão
05 altera muitas funções do corpo, pois também é
um fenômeno fisiológico. Quando surge o
interesse por alguém, o cérebro começa a
fabricar e liberar hormônios em grande
quantidade.
10 Neuroquímicamente, o cérebro reage à
ação com a mudança de alguns
neurotransmissores. Temos, então, o aumento
da dopamina, assim como o crescimento dos
níveis de endorfina e de oxitocina, o hormônio
15 do amor, que aumenta a sensação de apego,
1
bem-estar e segurança;, explica o
neurocientista e psiquiatra Diogo Lara.
O resultado dessas alterações
hormonais são aquelas conhecidas por quem já
20 experimentou o sentimento da paixão: aumento
da pressão arterial e dos batimentos cardíacos,
corpo mais quente e excesso de suor, falta de
apetite, insônia, além da sensação de
bem-estar e prazer quando se está com a
25 pessoa amada.
Segundo o neurocientista, é devido a
essas alterações no cérebro que algumas
pessoas têm mais facilidade ou dificuldade em
se apaixonar. Alguns seres humanos são mais
30 rígidos, racionais, analíticos e acessam menos
a área do cérebro que controla as sensações e
emoções. Elas tendem a ser menos suscetíveis
a paixões.
A paixão também tem data de validade.
35 De acordo com os estudos mais recentes, pode
durar de 12 a 24 meses, no máximo. Quando
esse estado apaixonado passa, as relações
tendem a entrar no modo amor companheiro,
que é caracterizado pelo retorno aos níveis
40 basais dos neuro-hormônios e
neurotransmissores que estavam
bombardeando o corpo de sensações.
(...)
Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2
019/06/09/interna_revista_correio,761447/sintomas-de-pai
xao-veja-o-que-acontece-com-o-corpo-apaixonado.shtml.
Acesso em: 23 de set. de 2021.(Adaptado)
2) O uso coloquial da linguagem está representado no
trecho
TESTE 4
A) “Sente aquele embrulho no estômago ou uma
explosão de energia quando ele ou ela lhe olha?”
(l. 01-04)
B) "Neuroquímicamente, o cérebro reage à ação com
a mudança de alguns neurotransmissores.” (l.
10-12)
C) “É devido a essas alterações no cérebro que
algumas pessoas têm mais facilidade ou
dificuldade em se apaixonar.” (l. 26-29)
D) “Temos, então, o aumento da dopamina, assim
como o crescimento dos níveis de endorfina e de
oxitocina.” (l. 12-14)
E) “O cérebro começa a fabricar e liberar hormônios
em grande quantidade.” (l. 07-09)
Leia o texto a seguir.
Olhos d’água (Conceição Evaristo)
Uma noite, há anos, acordei
bruscamente e uma estranha pergunta
explodiu de minha boca. De que cor eram os
olhos de minha mãe? Atordoada, custei
05 reconhecer oquarto da nova casa em que eu
estava morando e não conseguia me lembrar
de como havia chegado até ali. E a insistente
pergunta martelando, martelando. De que
correram os olhos de minha mãe? Aquela
10 indagação havia surgido há dias, há meses,
posso dizer. Entre um afazer e outro, eu me
pegava pensando de que cor seriam os olhos
de minha mãe. E o que a princípio tinha sido
um mero pensamento interrogativo, naquela
15 noite se transformou em uma dolorosa
pergunta carregada de um tom acusativo.
Então eu não sabia de que cor eram os olhos
de minha mãe?
Sendo a primeira de sete filhas, desde
20 cedo busquei dar conta de minhas próprias
dificuldades, cresci rápido, passando por uma
breve adolescência. Sempre ao lado de minha
mãe, aprendi a conhecê-la. Decifrava o seu
silêncio nas horas de dificuldades,como
25 também sabia reconhecer, em seus gestos,
prenúncios de possíveis alegrias.Naquele
momento, entretanto, me descobria cheia de
culpa, por não recordar de que cor seriam os
seus olhos. Eu achava tudo muito estranho,
30 pois me lembrava nitidamente de vários
detalhes do corpo dela. (...)
Disponível em:
https://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/NEAB/Grupo
%20de%20Estudos/7.%20EVARISTO,%20Concei%C3%
A7%C3%A3o%20-%20Olhos%20dagua.pdf. Acesso em:
24 de set. de 2021.
3) No trecho “...E a insistente pergunta martelando,
martelando...” (l. 07-08) a expressão destacada
apresenta uma ideia de
A) adição.
B) exagero.
C) interrupção.
D) abundância.
E) continuidade.
Leia o texto a seguir.
O choro
Ao nascer, o que se faz primeiro? Chorar,
respirar ou ambos? Voto na terceira opção. Quem
nasce bem, já nasce chorando. É o APGAR 10. O
Dicionário Aurélio define chorar como verter ou
derramar lágrimas; exprimir tristeza, dor, com
gemidos e soluços; lamentar-se, lastimar-se,
lamuriar-se, queixar-se; sentir profundo desgosto ou
saudade, pela perda, falta ou ausência; sentir
remorsos ou arrependimentos. É um verbo bem
conjugado, pois todos já o praticaram, praticam e
praticarão.
Choro sem lágrimas é comum, mesmo
sincero, ainda que o sofrimento fingido seja
chamado de lágrimas de crocodilo. Pode-se
representar o choro sem sentir emoção. Os atores
fazem isso com relativa facilidade.
Diante de alguma frustração acontece o
choro. A criança chora com gosto em situações de
desconforto e insatisfação. Há também o calundu,
no qual algumas crianças pequenas se deitam no
chão, rolam, fingem estar morrendo e podem até
ficar roxas. Geralmente, sem platéia, sem choro. A
crítica recai sobre a mãe. Quase nunca sobre o pai.
Pessoas receitarão “surra para consertar o rebelde”.
A intenção é manipular a autoridade para lhe ser
dada o que pretendia antes do começo da
encenação. Pais linha dura não suportam calundu.
Há quem use antidepressivos e diga não
conseguir chorar, devido ao efeito do medicamento,
que altera a química cerebral. Em caso de morte de
amigo próximo ou parente, se sentem bloqueados,
ainda que a dor lhes aperte o peito. Um mar de
lágrimas é algo que faz comunicação imediata,
sensibiliza e pode ter efeito contagioso. Num velório,
naquela hora de fechar o caixão, acontece o choro
 TESTE 4
generalizado. Tragam os lenços, pois os narizes
também escorrem.
Por Mara Narciso.Disponível:
https://onorte.net/opini%C3%A3o/artigos/o-choro-1.598530.
Acesso em: 23 de set. de 2021. (Adaptado)
4) No trecho “...um mar de lágrimas é algo que faz
comunicação imediata, sensibiliza e pode ter efeito
contagioso….” sugere
A) ironia.
B) exagero.
C) deboche.
D) eufemismo.
E) comparação.
Leia o texto a seguir.
Cebola Cortada (Raymundo Netto)
“Nossa, você é mesmo dura como pedra!”
Casimiro achava incrível a enfática frieza da noiva.
Desde que a conhecera, nunca de tê-la visto
derramar uma única lágrima por nada nem por
ninguém. Cria ele que, por ser mulher, deveria ela
ser a porção sensível do casal. Mas não.
Ao contrário, seria ele, no dizer do povo, uma
manteiga derretida, enquanto Petra, a noiva, era
inabalável: “Se é assim, o que fazer? Adianta chorar,
adianta?”
Aquela objetividade o molestava
miseravelmente. Dissertava: “O pranto feminino tem
um quê de beleza, suavidade, ternura, como se a
pedir ninho, proteção, segurança.” Petra ria e fazia
pouco: “Não é por ser mulher que tenho que ser
assim...” E não precisava mesmo.
Contudo, até entre as amigas, era
discriminada. Nunca de ser convidada como
madrinha de casamento, nem de receber convite
para leituras ou mesmo rodas de oração,
simplesmente porque sabiam que Petra sequer
expressaria qualquer emoção. Aliás, no próprio
casamento, Petra não chorou. Todo mundo
desmaiando, se descabelando, caindo em prantos
mais sentidos e ela lá, devorando a mesa de doces
às gargalhadas. O marido, sem graça, a censurava:
“Meu bem, você não tem sentimentos, não?”
Alguns anos vieram, assim como os filhos,
mas nenhuma lágrima se viu.
Não percebia ela, mas Casimiro vivia um colapso
moral. Sentia-se pequeno e frágil comparado à
esposa casca grossa. Os diálogos rarearam e, só
assim, Petra se alertou. Decidiu salvar a relação e
quis aprender a cozinhar para ele. Sim, até então,
tudo que era consumido em casa vinha em
quentinhas.
Um dia, estava à cozinha praticando a sua
culinária de internet, quando começou a cortar
cebolas. Não demorou muito para que estranhasse:
e não é que estava chorando? Não acreditou.
Enquanto esfregava o dorso da mão por
sobre os olhos, ria-se de tanto chorar. Chorava pela
primeira vez em sua vida e o fazia fartamente tal
qual torneira arrebentada. “Que sensação
maravilhosa!” Foi quando se deu conta do tempo
que perdera. Daí, sem saber por que, lembrou-se do
pai – morrera tão cedo... – a segurar a sua
mãozinha de criança em um passeio na praça.
Veio-lhe a saudade dos braços calorosos da mãe a
lhe embalar o sono. A imagem do Eduardo, o vizinho
que amara com todas as suas forças de
adolescente, e que nunca lhe dera a menor bola. As
amigas que lhe deram as costas. As discussões
intermináveis com o marido. As primeiras doenças
dos filhos... enfim, a sua vida inteira lhe era revelada
naquelas cebolas.
Passou a se entregar a elas. Mal dormia
pensando na hora de voltar à cozinha e iniciar o seu
corte psicanalítico. Berrava e gemia revivendo as
suas angústias e a desabafar pelos olhos. Aquilo,
sentia, era libertador. E assim lhe foram todos os
dias, até aquele em que, descuidosamente, ao
remexer na roupa de lavanderia, encontrou um
bilhete do dia anterior no bolso de Casimiro: “Meu
amor, te espero. De hoje não passa! Beijos”. Logo a
seguir, um endereço. Petra não acreditou: “Tanto
esforço e o canalha se divertindo com outra? Que
desaforado!” Indignada, trocou a roupa e se dirigiu
ao covil daqueles amantes.
Não é preciso dizer como se deu estrondosa
a sua entrada no apartamentinho. Casimiro e a
amante, flagrados em lençóis, assistiam à mulher de
olhos coléricos a esbravejar. Petra então sacou da
bolsa uma faca. O pânico tomou conta: “Não,
querida, não faça isso!” Em seguida, ela tirou da
mesma bolsa uma enorme cebola e começou a
cortá-la delirante frente ao casal estupefato,
derramando por sobre eles as lágrimas de toda a
sua vida.
Disponível em:
https://mais.opovo.com.br/jornal/colunas/raymundonetto/2018/05
/cebola-cortada.html. Acesso em:23 de set. de 2021.
 TESTE 4
5) No trecho: “...a sua entrada no apartamentinho.” o
TEXTO II
uso do diminutivo na palavra destacada no trecho
expressa
A) intensidade.
B) carinho.
C) desprezo.
D) tamanho.
E) delicadeza.

Leia os textos a seguir.

TEXTO I

A coisa mais moderna

Que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo
E os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo
E o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo
E a gente aprendendo a esquecer
Não quero morrer, pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer Disponível em:
Eu quero é viver pra ver qual é https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/por-que-nossos-cor
E dizer venha pro que vai acontecer pos-envelhecem/. Acesso em 23 de set. de 2021.
Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar 6) Os dois textos apresentam opiniões
Eu quero que a panela de pressão pressione A) distintas acerca do envelhecimento.
E que a pia comece a pingar B) divergentes, pois ambos falam de divertimento
Eu quero que a sirene soe na terceira idade.
E me faça levantar do sofá C) semelhantes, uma vez que tratam do
Eu quero pôr Rita Pavone envelhecimento.
No ringtone do meu celular D) semelhantes acerca do modo de envelhecer.
Eu quero estar no meio do ciclone E) distintas sobre a vida de homens e mulheres.
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome Leia a tirinha a seguir.
Que me chamem de velho gagá
Pois ser eternamente adolescente
Nada é mais demodé
Com os ralos fios de cabelo
Sobre a testa que não para de crescer
Não sei porque essa gente
Vira a cara pro presente e esquece de aprender
Que felizmente ou infelizmente
Sempre o tempo vai correr 7) A expressão “ pendurar a conta” tem um efeito de
Não quero morrer, pois quero ver A) tornar a fala do personagem engraçada.
Como será que deve ser envelhecer B) comprar algo e deixar para pagar depois.
Eu quero é viver pra ver qual é C) estender a conta em um varal
E dizer venha pra o que vai acontecer D) não pagar a conta.
E) esquecer a conta.
Disponível em:
https://www.letras.mus.br/arnaldo-antunes/1547283/. Acesso Leia a crônica a seguir.
em: 22 de set. de 2021.
A última crônica (Ana Miranda)
 TESTE 4

Esta poderia ser uma crônica sobre o

Fagner: uma pequena história de como eu o
conheci, quando éramos crianças e vim passar
férias na casa de tios em Fortaleza nos anos 1960.
Ele era um menino bonito de uma família vinda do
Levante, que morava ali vizinha.
Ou, mesmo, uma crônica sobre o riacho
Pajeú, testemunha do nascimento de Fortaleza. E
Fortaleza menina também é tema que daria uma
bela crônica: aqueles primeiros moradores plantando
tabaco e hortaliças e tirando água límpida do riacho
para seu dia a dia, uma índia escravizada que passa
carregando um cesto, um soldado meio roto que
vigia do alto da paliçada de paus, todos temem
ataques de índios, de piratas, invasões de
holandeses, o sino toca na capelinha, a praça se
enche de moradores, há comércio de alimentos,
escravos, armas, tecidos... uma viagem no tempo.
Disponível em:
Poderia, também, ser uma crônica sobre o
https://www.facebook.com/salomaopedro01/photos/qual-poema-
baobá que foi plantado no Passeio Público pelo meu-voc%C3%AA-mais-gostaesse-%C3%A9-um-dos-mais-espe
Senador Pompeu e é a árvore mais célebre de ciais-pra-mim/1840221772940366/. Acesso em 23 set. de 2021.
Fortaleza; sobre a pracinha da Cidade 2000 que
todo anoitecer se transforma num amplo restaurante 9) O emprego do “se” nos versos 5 e 6 do poema “hoje
ao ar livre e que caiu no gosto de poetas, ela se sente o mar/ o mar se sente ela” indica
seresteiros, namorados, uma delícia de lugar. A) realce.
Uma crônica poética sobre as dunas e os B) dúvida.
coqueiros, ou a delícia de andar de bicicleta; ou C) condição.
sobre uma das mais singelas personagens de D) reciprocidade.
Rachel de Queiroz: a cunhã. Só Rachel daria uma E) reflexividade.
centena de crônicas, como a Rachel cozinheira e
seus pratos, a Rachel menina de quatro anos em pé Leia o poema.
à frente da biblioteca de seu pai.
Mas esta é uma crônica de despedida, de PNEUMOTÓRAX
saudades. Da expectativa de renovação dos sonhos
e celebração de um tempo que foi de boas Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
conversas, boas lembranças, novas amizades. Da A vida inteira que podia ter sido e que não foi,
honra de ter participado de algo tão nobre como é o Tosse, tosse, tosse.
delicado trabalho de formar opinião. E criar laços.
Mandou chamar o médico:
Disponível em: – Diga trinta e três.
https://www20.opovo.com.br/app/colunas/anamiranda/2016/04/1 – Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
6/noticiasanamiranda,3603603/a-ultima-cronica.shtml. Acesso
em: 24 de set. de 2021.
– Respire.

8) Esse texto é sobre
A) o cantor cearense Fagner.
B) a descrição de praças de Fortaleza.
C) a história de como Fortaleza iniciou.
D) a escritora cearense Rachel de Queiroz.
E) a despedida da cronista do público leitor.
...................................................................................
– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo
e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o
pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango
argentino.

Leia.
 TESTE 4
Disponível em:
https://www.academia.org.br/academicos/manuel-bandeira/textos
-escolhidos. Acesso em: 23 de set. de 2021.

10) O uso das reticências no verso: “– Trinta e três...

trinta e três... trinta e três…” traz ideia de
A) interromper o pensamento do personagem.
B) incerteza do que o personagem está fazendo.
C) retirada de palavras originais do texto.
D) emoção vinculada a ação.
E) continuidade da ação.