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Farmacologia Básica
Introdução à Farmacologia
A farmacologia é um termo grego que significa o estudo das drogas. Já na Grécia Antiga
existiam relatos de uso de substâncias para determinados casos. Assim, a farmacologia
baseia-se no estudo dos efeitos das substâncias químicas sobre os sistemas biológicos. Os
fármacos vão utilizar a existências dos receptores corporais. Fomos criados para que
substancias exógenas não entrem na nossa circulação (xenobióticos), assim, os fármacos
interferem no funcionamento corporal.
A via preferencial para a administração é a via oral, visto que é mais rápida, fácil, sem
dor, porém, é a via de menor absorção. Ex: tomar medicamentos em jejum para facilitar
a absorção, visto que os alimentos podem formar complexos com os medicamentos.
Farmacocinética estuda todo o percurso que a medicação faz no corpo humano
(Absorção, distribuição, metabolismo e eliminação). O que o corpo faz com o fármaco.
Ex: Os fármacos que se ligam em proteínas tendem a ficar dentro dos vasos
Farmacodinâmica estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus
mecanismos de ação. Estuda o que o fármaco faz no organismo.
Primeiro, surge a farmacocinética, mas, quando o fármaco entra na circulação, já interfere
nos efeitos biológicos e ligam-se à receptores, iniciando a farmacodinâmica.
O efeito do fármaco somente acaba quando ele não está ligado aos seus receptores, sem
efeitos clínicos. Porém, isso não elimina o fato de que o fármaco ainda pode estar presente
no organismo.
Farmacogenética: importante visto que a resposta não é exatamente igual em todos os
organismos.
Ex: Tylex, associação de paracetamol com codeína. A codeína é um analgésico opioide,
é um pró-fármaco, ou seja, é inativo a não ser que seja biotransformado no fígado através
dos citocromos (algumas pessoas não tem o subtipo de citocromo que transforma a
codeína em morfina)
Biotransformação: qualquer evento em que um fármaco é transformado, seja vindo a ficar
ativo ou inativo.
Farmacogenômica: estudo de genoma para que os fármacos sejam mais eficazes e com
menos efeitos colaterais.
Farmacoepidemiologia: epidemiologia clínica.
Farmacoeconomia: economia de saúde. Um fármaco, medicamento padrão,
inicialmente, recebe uma patente que o torna protegido e com um alto valor agregado em
virtude dos diversos estudos para seu desenvolvimento (20 anos, mas no mercado cerca
de 10 anos). Após a liberação, pode-se comercializar sem o nome original do
medicamento e, depois de comprovar a mesma bioequivalência, recebe o nome de
genérico (difícil pois somente é informado os componentes). Antes disso é apenas similar.
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O preço do padrão após a queda da patente diminui, mas nunca será mais barato do que
o genérico, visto que o estudo embarcado é muito grande.
Um fármaco pode ter um efeito benéfico ou adverso, virando um agente tóxico. Ex: dose
exagerada de paracetamol com consequente lesão hepática ou mesmo uma dose muito
baixa causando lesões, devido a uma predisposição genética aos efeitos tóxicos.
Droga: Além do sentido ilícito, seria um produto bruto. Matéria-prima de origem mineral,
vegetal ou animal que contém um ou mais fármacos. substância ou matéria-prima que
tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária. É frequentemente associada a substâncias
que causam dependência, narcóticas ou que alteram a consciência.
Fármacos: obtidos a partir dos refinamentos das drogas. Substância de estrutura química
definida que quando em um sistema biológico, modifica uma ou mais funções
fisiológicas. É uma substância química de estrutura conhecida, que não seja um nutriente
ou um ingrediente essencial da dieta, o qual, quando administrado a um organismo vivo,
produz um efeito biológico.
Princípio ativo é a substância que deverá exercer efeito farmacológico. Um
medicamento, alimento ou planta pode ter diversas substâncias em sua composição,
porém somente uma ou algumas destas conseguirão ter ação no organismo.
Medicamento: aquilo que é comercializado. Pode intervir na absorção, gosto. É uma
preparação química que, em geral, mas não necessariamente, contém um ou mais
fármacos, além de excipientes, conservantes, solventes. É administrado com a intenção
de produzir determinado efeito terapêutico.
Forma farmacêutica é a forma de apresentação. É o estado final que as substâncias ativas
apresentam depois de serem submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de
facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado. Ex: fármacos
que vão “abrir” com o PH ácido do estômago, para o efeito esperado.
Ex: um medicamento para asma administrado pela via oral deve ser absorvido, cair na
circulação e ir para o pulmão para causar broncodilatação, mas ele também atinge todos
os tecidos, gerando os efeitos colaterais. No caso, B2 agonistas (B2 na musculatura
brônquica para broncodilatação), porém, existem esses receptores no coração, gerando
taquicardia e tremores. Pela via oral, nesse caso, mais efeitos colaterais e demora mais
tempo. Assim, uma doença deve ser tratada pela via de administração mais próxima do
local de ação, no caso, via aerossol.
Ex: medicamento sublingual: melhor absorção quando são muito biotransformados no
fígado é a melhor opção, logo, vão cair direto na circulação através da drenagem venosa
para a Veia Cava para a porção direita do coração, pulmão, parte esquerda e circulação
sistêmica. Uma parte será degradada no fígado, mas o efeito de primeira passagem é
reduzido, logo, uma melhor ação. Um pró-fármaco não deve ser administrado por via
sublingual.
Remédio é qualquer recurso utilizado para obter cura ou alívio do sofrimento.
Placebo é qualquer substância que seja ministrada a um paciente ou a um enfermo que
trate de seu problema de saúde sem que essa substância seja realmente indicada para o
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seu problema e mesmo assim produz efeitos positivos. Efeito psicológico. Os estudos
devem ser realizados de forma cega, para diminuir esse efeito.
Biodisponibilidade é definido como a velocidade e extensão da absorção do fármaco a
partir de uma determinada forma farmacêutica, tornando-se disponível no local de ação.
Bioequivalência é um termo utilizado para avaliar a equivalência biológica esperada in
vivo de duas preparações diferentes de um medicamento.
Posologia é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número de vezes e a
quantidade de medicamento a ser utilizada a cada dia.
Agonista: molécula que se liga ao receptor e o estabiliza em determinada conformação
ativa.
Agonistas inversos: Apresentam seletividade pelo estado de repouso do receptor.
Antagonista: molécula que inibe a ação do agonista, mas não exerce nenhum efeito na
ausência do agonista.
Especificidade é a capacidade de um fármaco reconhecer apenas um alvo.
Afinidade é tendência de um fármaco se ligar ao seu alvo.
Eficácia é a capacidade do fármaco, uma vez ligado, gerar uma ação biológica.
Farmacocinética
A farmacocinética envolve a absorção, distribuição, biotransformação e excreção de
fármacos. A farmacodinâmica envolve os estudos dos efeitos fisiológicos, bioquímicos e
mecanismos de ação dos fármacos.
Ex: fármaco administrado por via oral. A primeira coisa que ocorre é a liberação e a
absorção (É a etapa que compreende a administração do fármaco até sua chegada à
circulação sanguínea local. Para isso o fármaco tem que atravessar barreiras biológicas)
que ocorre no trato gastrointestinal, atingindo a circulação. Para ser absorvido, depende
do tamanho (pequenas estruturas têm mais facilidade), solubilidade (lipossolúvel tem
entrada facilitada). No epitélio intestinal, existem sistemas protetores, diminuem a
entrada do fármaco, fazem biotransformação, podendo evitar a entrada na circulação
(proteção contra xenobióticos: substâncias da natureza, evolução que consolidou
mecanismos protetores. Os medicamentos podem ser destruídos, ou reduzidos). Após
isso, o fígado via sistema porta também faz uma biotransformação, a linha de defesa mais
importante, degradando grande parte do medicamento.
Assim, o restante é chamado de BIODISPONIBILIDADE do fármaco, ou seja, a
quantidade do fármaco que realmente atingiu a circulação sistêmica.
Ex: 50% de biodisponibilidade: somando a degradação no intestino e no fígado, 50 % fo
fármaco é destruído. As vezes é a única maneira de administração. Porém, caso outras
vias forem usadas, como a sublingual (biodisponibilidade não chega a 100%, visto que
parte é engolida e um pouco é degradada).
A única via que possui 100% de biodisponibilidade é a via intravenosa. Além disso,
possui efeito muito rápido. Porém, não pode ser revertida facilmente, mais dolorosa,
mais riscos de infecção, necessidade de punção venosa.
Oral, muscular, sublingual: todas possuem menos de 100% de biodisponibilidade.
Esse metabolismo pelo intestino e pelo fígado é considerado o efeito de 1o passagem.
A administração pela via oral pode ser revertida.
Ex: paciente graves com meningite, antibiótico por via intravenosa primeiramente.
Resposta rápida e a certeza da ação do fármaco. Após melhora, pode mudar para a via
oral. Os medicamentos por via oral demoram um tempo para entrarem em equilíbrio.
Ex: intramuscular, como nos anticoncepcionais, absorção lenta e prolongada. A vantagem
é não necessitar de muitas repetições por um período.
Ex: nitrato, Isordil, usado em dor pré-cordial, medicamento sublingual, visto que a
absorção é mais rápida pela mucosa sublingual e possui um grande efeito de primeira
passagem, logo, por via oral uma grande parte não iria atingir a circulação sistêmica. Pela
via sublingual, iria para o átrio direito, ventrículo direito, átrio esquerdo, ventrículo
esquerdo e circulação coronariana. Porém, em casos mais graves, necessita-se de efeito
direito, usar a via intravenosa.
A biodisponibilidade não é igual em todos os indivíduos, a distribuição em uma
população obedece ao padrão da curva de Gauss (2 desvios padrões e 95% da população).
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Tudo é feito com base em uma média geral, mas podem existir pessoas que precisam de
doses menores ou maiores. Isso também vale para os efeitos colaterais, mais ou menos
sensibilidade aos efeitos colaterais.
Fármaco Livre: Consegue sair do endotélio. Fármacos que não estão ligados às proteínas.
Existe uma liberação de um novo fármaco no sangue, equilíbrio, visto que uma molécula
que saiu do sangue estava ligada à uma proteína, logo, pode ir para o local de ação
terapêutica, reservatórios teciduais, locais de ação inesperada (efeitos colaterais) e para
órgãos de excreção como os rins e metabolização como o fígado.
Ex: fármacos ligados à albumina no sangue não passam para o interstício, não atravessam
o endotélio.
Medicamentos lipossolúveis tendem a ir para parte mais adiposa; hidrossolúveis com
maior peso molecular tendem a ficar mais concentrados no sangue, não passam pelo
endotélio, volume de distribuição baixo.
Não necessariamente uma maior dose de medicamento compensa o efeito de primeira
passagem. Ex: mais de 4 gramas de paracetamol diariamente pode causar lesão hepática.
Nos casos de antibióticos, deve-se manter uma concentração em nível terapêutico por
vários dias, logo, deve dar uma nova dose quando não estiver na dose terapêutica. Em
alguns casos, pode antecipar o tempo, atingir uma concentração mais rápida.
Posologia: indicação da concentração relativamente constante (faixa terapêutica) por um
determinado tempo. Baseado no tempo de meia vida, tempo para que a concentração do
fármaco cair pela metade.
O tempo de meia vida depende da faixa de absorção. Os mesmos medicamentos podem
ser feitos com posologia diferente, o preço é maior quando são tomados menos vezes.
Algumas pessoas podem tomar um medicamento e cair no nível subótimo, ou seja, um
problema na absorção, metabolismo rápida. Pode ser também que exista um efeito tóxico,
em grande absorção e baixa biotransformação. Tudo isso com um padrão determinado
normal na sociedade.
Ex: hipotireoidismo, medicamentos devem ser tomados em jejum, visto que os alimentos
podem impedir a absorção. Esse metabolismo menor do hipotireoidismo não é o fator
mais importante.
Importante entender esses parâmetros para prescrição correta em doses necessárias,
melhorando a terapia reduzindo os efeitos colaterais.
Biodisponibilidade: Fração do fármaco absorvido sem alterar na circulação sistêmica.
Quantidade do fármaco que atinge a circulação sistêmica.
Depuração: Eficácia do organismo na eliminação dos fármacos da circulação sistêmica.
Taxa que o fármaco não mais está presente no sangue. Conjunto de órgãos que para
eliminar o fármaco, órgãos de excreção e metabolismo, rins, fígado (observar o
metabólito) e via biliar. Ex: clearance em inglês. Ritmo de filtração glomerular: usar
substância que reflete a filtração. Usa-se creatinina, não 100% eficiente, visto que
superestima, é filtrada, mas também é secretada.
Ex: clearance de 500ml/h: a cada hora, 500 ml de sangue não apresentam a substância.
Os rins e a via biliar somente eliminam medicamentos hidrossolúveis, logo,
medicamentos lipossolúveis podem ser transformados pelo fígado em hidrossolúveis para
a eliminação.
Volume de distribuição: Medida do espaço aparentemente disponível no organismo para
conter o fármaco
Meia vida de eliminação: Medida da taxa de remoção do fármaco do organismo
Diversos fatores vão interferir na biodisponibilidade, como o sexo (mulheres tem maiores
proporções de gordura e menos água), álcool (indutor), tabagismo, doenças renais,
hepáticas.
Barreiras: Hematoencefálica: impede que substâncias entrem no SNC, muitos
medicamentos não ultrapassam, restrição de tratamento em infecções;
Placenta: impede que substancias atinjam o feto. Existem medicamentos proibidos
durante a gravidez, causando toxicidade. O tamanho do fármaco também influencia sua
entrada na placenta: peso molecular entre 250 e 500, atravessam facilmente; peso
molecular entre 500 e 1000, atravessam lentamente; peso molecular acima de 1000, muita
dificuldade para atravessar.
Os medicamentos atravessam as membranas por meio de: transporte passivo entre
espaços intercelulares, gradiente de concentração; transporte passivo, difusão, devido à
solubilidade. Ou por sistemas de transporte contra gradiente, transporte ativo como
difusão facilitada e transportadores de fármacos, gastam ATP.
A maioria atravessa a membrana por difusão. Porém, a maioria dos medicamentos não
entra nas células, devido aos receptores na membrana. Já os hormônios possuem
receptores intracelulares.
Passagem de substância por uma membrana obedece a lei de Fick
Ex: PH do estômago é 2.
Ácido fraco com PKa de 5
5 -2 = 3
103= 1000. Ou seja, protonado, 1000 vezes mais lipossolúvel.
PH do sangue é 7
Ácido fraco com PKa de 5
5 – 7= -2
10 -2 = 1/100. Ou seja, 100 partes do ácido está não protonado, hidrossolúvel.
Exercícios: Ácido fraco com PKa de 2,4 e Base fraca de PKa de 6,4. Ambos colocados
em um local de PH 1,4 e em outro local de PH 7,4. Proporção?
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HA= A- + H+
Aumentando mais H+, reação vai mais para a esquerda, ácido mais protonado,
lipossolúvel. Assim, caso queira mais excreção desse ácido fraco na urina, dar uma base
fraca, para deixar o PH alto e o H+ diminuir, a equação vai para direita, diminuir o ácido.
Se essa substância fosse 100% metabolizada pelo fígado, isso não adiantaria.
Um ácido fraco colocado em ambientes mais básicos, fica cada vez mais hidrossolúvel.
A acidificação da urina acelera a eliminação de bases fracas e retarda a de ácidos fracos.
A alcalinização da urina tem o efeito oposto: reduz a eliminação de bases fracas e aumenta
a de ácidos fracos.
A partição pelo pH tem várias consequências importantes: O aprisionamento da base livre
de alguns fármacos antimaláricos (p. ex., cloroquina), no ambiente ácido do vacúolo
alimentar do parasita.
A cloroquina é uma base fraca, entra no vacúolo do parasita que é ácido, logo, fica
protonada e não vai mais sair, ficando no interior e promovendo a destruição.
A maioria dos receptores que respondem aos medicamentos, está fora da célula, na
membrana plasmática, não é necessário a passagem. Apenas um tipo de receptor está
dentro da célula, hormônios, assim, necessita de passagem pela membrana.
Ex: ácido fraco com PKa de 4,4. No estomago, PH de 1,4, o ácido vai ficar cada vez mais
protonado, lipossolúvel. No intestino, 8,4, vai ficar desprotonado, mais hidrossolúvel. O
contrário ocorre com as bases.
Mesmo assim, o intestino é o local de maior absorção, visto que é diretamente
proporcional a área de absorção.
Sublingual: não tem efeito de
primeira passagem (parede
instestinal e fígado), vai para a
circulação sistêmica, mais
biodisponibilidade que a oral,
mas não é 100%, somente a
intravenosa.
A via retal tem absorção pelo
intestino grosso e uma pequena
parte via VMI e depois CAVA,
pequeno metabolismo de
primeira passagem, menor que
a oral.
Transdérmica: substância tem
que ser lipossolúvel se tiver
ação sistêmica. Caso seja local, melhor ser hidrossolúvel, ação local.
Pró-fármacos devem ser administrados pela via oral caso seja possível.
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Via intratecal: diretamente para o SNC. Raquianestesia, anestésico local no SNC, acaba
quando o anestésico sair do líquor, passar para a circulação e ir para o fígado.
Transdérmica: ex: nicotina, auxílio para parar de fumar. Absorção lenta, na tentativa de
fazer com que não haja necessidade de nicotina no corpo.
Inalatória: atuar nas vias respiratórias. Ex: asma e broncodilatador, com menos efeitos
colaterais pois não foi administrado pela via sistêmica.
Gráfico do mesmo medicamento em diferentes tipos de administração
Intravenosa com alta concentração imediatamente após a administração, pois não tem
absorção, biodisponibilidade de 100%, concentração vai caindo.
A intramuscular é a segunda via com maior início de ação.
As concentrações vão caindo ao longo do tempo pois está indo para o local de ação,
tecidos não específicos, excretados, está havendo distribuição.
Um anticoncepcional pela via intramuscular necessita de um pico de ação para inibir a
ovulação, mas esse valor vai ficar estável por um determinado tempo.
Envelhecimento – ritmo renal diminui – medicamentos que são excretados pelos rins
podem ter a necessidade de diminuir doses ou aumentar o tempo entre as doses.
Na prática, usa-se a creatinina para avaliar a função renal.
Quanto do sangue que deixou de conter o medicamento: Ml/min; L/hr.
T ½ alfa: distribuição
Meia Vida: Concentração cair pela metade. volume de destruição (Vd) x 0,7 / depuração
(Cl)
Ex: anasarca aumenta a distribuição de medicamentos hidrossolúveis.
Qualquer um dos fenômenos da farmacocinética segue uma regra da cinética das enzimas.
Nos órgãos de depuração, existe a cinética de ordem 0, isso é, substâncias que possuem
uma taxa constate de depuração. Assim, o aumento da dose não acompanha a dose de
eliminação, gerado acúmulo.
A maioria dos medicamentos possui cinética de primeira ordem, uma fração/proporção
do fármaco é eliminado, biotransformado, depurado e distribuído por uma unidade de
tempo. (proporção conforme a dose)
Mais chances de intoxicação com medicamentos de ordem 0. Ex: aspirina,
Ex: 100 mg de medicamento. 50% do fármaco é eliminado/ hora (primeira ordem) . 50mg
do fármaco é eliminado/hora (ordem 0)
Em uma hora?
Primeira ordem: 50mg
Ordem 0: 50mg
Depois de uma hora, carga de mais 100mg
Em duas horas?
Primeira ordem: 75mg
Ordem 0: 100mg
Nos medicamentos de primeira ordem, a meia-vida é constante, enzimas não esgotam...
Cinética de ordem zero: Sistema de
eliminação do fármaco é saturável (enzimas
metabólicas e/ou transportadores), não
linear e dependente da dose ou da
concentração do fármaco. Uma quantidade
constante do fármaco será eliminada por
unidade de tempo (velocidade de
metabolismo permanece constante com o
tempo, mesmo em alta concentração do
fármaco).
Cinética de saturação: ordem zero.
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Caso não exista depuração, não precisa fazer a correção, concentração manteve constante.
Acetaminofeno (paracetamol)
Maior parte é um glicuronídeo, maior parte é eliminado por bile e rins. Se sobrar algo,
pode passar para fase 1, citocromo P-450.
Problema: metabólito é hipereativo, liga e causa destruição das membranas celulares,
principalmente a dos hepatócitos. Logo, pode causar lesão hepática.
O organismo ainda tem uma linha de defesa com o glicuronídeo, é conjugado e eliminado.
Uma insuficiência hepática elimina as chances de conjugação desses metabolitos, não é
eliminado, destruição do fígado.
Não usar mais do que 4gr de paracetamol / dia.
Uma carga grande ultrapassa a faiza de conjugação e formam-se metabolitos reativos.
Em alguns casos, rapidamente podem ser dadas substâncias como acetato, para formar
conjugados. Antes da destruição celular, 12 horas.
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Farmacodinâmica
Entendimento da ação dos fármacos nos receptores. Estuda os efeitos bioquímicos e
fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. Entende o que o fármaco faz no
organismo.
Existem 4 grupos de receptores e, também, existem fármacos que exercem seu efeito de
modo diferente, que serão estudados individualmente.
Receptores: estruturas presentes nas células que recebem sinais químicos através de
neurotransmissores, hormônios, (substâncias endógenas) e os fármacos (mimetizam
ou antagonizam (bloquear) as substâncias naturais do organismo).
Existem receptores que agem através de alteração da transcrição genética (modulação),
logo, possuem ação lenta.
Existem fármacos que mudam a polaridade da célula. Normalmente são negativas,
embora não sejam iguais em todas elas (nó sinoatrial= -50, músculo ventricular = -90). O
que determina a manutenção da polaridade são os íons.
Ex: No potencial de ação, inverte a polaridade (-70 para +40). Influxo e efluxo de íons,
além da bomba de sódio e potássio, visto que possuímos mais sódio fora da célula e mais
potássio dentro da célula. Ao inverter a polaridade, entrada de sódio e saída de potássio,
de modo simultâneo, porém, se a polaridade está subindo é porque está entrando mais
sódio do que sai potássio. No platô, saída maior de potássio e interrupção da entrada de
sódio.
Isso é importante pois existe um grupo de receptores que atuam na composição iônica.
Ex: substancia que age nos receptores que fazem diminuição da entrada de sódio:
despolarização não ocorre.
Ex: se aumentar as correntes de saída de potássio, saída, polaridade ficando mais negativa,
hiperpolarizada. Ao estimular a célula, célula vai ter que deslocar uma maior distância
para atingir o limiar de estabilidade. Fica inibida.
Ex: aumentou a corrente de cálcio, +, tendência a despolarizar
Ex: aumentou corrente de cloro, entrada de -, fica hiperpolarizada.
Ex: entrada de cálcio e cloro: resultado depende de quem prevalecer.
Receptores Ionotrópicos: modula o influxo ou efluxo de íons. Um grande exemplo é
o músculo esquelético. (canais iônicos regulados por ligantes)
MODULAÇÃO DE INFLUXO OU EFLUXO DE ÍONS NO PRÓPRIO
RECEPTOR, RESPOSTAS ULTRA-RÁPIDAS.
Junção neuromuscular/placa motora: liberação de acetilcolina, liga em receptores
colinérgicos (Muscarínicos e Nicotínicos). Na placa motora, presença de nicotínicos.
Na chegada do potencial, entrada do sódio (canal de sódio) e saída de potássio, potencial
de ação permite a entrada de cálcio via canais de cálcio voltagem dependente – exocitose
de neurotransmissores.
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Os fármacos podem se ligar ao receptor de forma fraca; ou uma ligação mais forte. A
mais forte é a covalente (van der waals, hidrogênio, iônico, covalente). Ligações fracas
possuem curta duração, assim que não existe concentração do sangue suficiente para a
ligação o efeito passa. Ligações fortes podem durar até mesmo depois da depuração da
parte presente no sangue, sendo quase irreversível (covalente) > não depende da meia
vida.
Os fármacos podem mimetizar ou bloquear os sinais. Ex: anestesia geral > paciente não
pode mexer > relaxamento muscular > usar um bloqueador nicotínico (antagonista
nicotínico), impede a ligação da acetilcolina no receptor, relaxamento muscular. Os
bloqueadores neuromusculares são antagonistas, ligam-se em receptores ionotrópicos.
Nos receptores ionotrópicos, a ligação do primeiro mensageiro, altera o próprio
receptores no caso dos ionotrópicos (mudança de íons no próprio receptor). Nos outros
tipos, mudança de funcionamento a partir de envios de informações, segundo mensageiro.
Ex: Se abrir um canal de cálcio através do segundo mensageiro, altera o funcionamento
de canais iônicos.
Transdução de sinais: o que o sinal provocou ao se ligar ao receptor.
Gi: inibitória, inibe a adenil ciclase, logo, diminui a concentração de AMP cíclico.
As correntes de cálcio diminuem e de potássio aumenta, célula fica hiperpolarizada.
Algumas células podem possuir as duas proteínas, a resposta vai depender da proporção
do estímulo.
Ex: Agonista de Gi: diminui a Adenil ciclase, célula hiperpolarizada.
Ex: Antagonista de Gi: aumenta o AMP cíclico, Gs funcionando sem contraposição.
Ex: Beta bloqueador para pressão alta – diminui a Adenil ciclase, predomina a proteína
Gi. Propanolol – liga ao receptor B – menos estímulo da proteína Gs – menos AMP
cíclico.
Go: menos importante. Muito liga à proteína Gi, bloqueia canais de cálcio, mas não
pela Adenil ciclase.
Cálcio aumentado vai gerar uma cascata de reação na célula.
Ex: proteína alfa s – ativa Proteína quinase (coloca fosfato) – ação a depender de cada
célula.
Ex: glucagon, produzido no pâncreas, aumenta a glicemia. É um receptor metabotrópico,
acoplado a Gs, aumenta AMP cíclico, aumenta PKA, quebra do glicogênio, glicogenólise.
Pode atuar em proteína Gq, estimula fosfolipase C, aumenta o cálcio, diminui a glicólise
e de glicogênese, mas aumenta a gliconeogênese. Por isso é hiperglicemiante.
Ex: vasopressina, acoplado à proteína Gq, aumenta o cálcio, constrição.
Agir positivamente: liga-se ao receptor por afinidade, podendo não fazer nada ou
aumentar a atividade da célula, aí sim: agonista. Quando não faz nada é um antagonista,
pois impede ou diminui a ação do agonista.
Tipos de dose:
1- Dose de ataque
2- Dose terapêutica
3- Dose tóxica
95% da população (2 DP), 2,5 % para cada lado, são sensíveis ao medicamento, não
precisam da mesma dose. Mais chances de possuir efeitos colaterais, efeitos inespecíficos.
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atividade constitutiva). Ele inativa 100% dos receptores. A célula perde a atividade basal.
O contrário do agonista total. São raros os medicamentos que são agonistas inversos.
Sinergismo farmacológico:
Sinergismo de adição: onde o efeito
final é igual à soma dos efeitos das
duas drogas isoladas
Sinergismo de potencialização: onde o
efeito final é maior que a soma dos
efeitos individuais. Ex: inflamação, prostaglandinas.
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Existem mais junções neuromusculares em músculos com ação fina. Ex: diferença entre
os músculos da mímica facial e os músculos da perna > ação fina, mais controlada.
Ex: Anti-depressivo: anticolinérgicos muscarínicos > (falta de parassimpático)
midríase, secreções salivares diminuídas, broncodilatação, FC aumentada, contração
intestinal diminuída, contração da bexiga diminuída. Também podem ser chamados de
Parassimpaticolítico: reduz atividade parassimpática
Fármacos Colinérgicos
Receptores e suas
funções > Existem 2
tipos de receptores
nicotínicos, dos
gânglios (Nn) e da
junção
neuromuscular
(Nm).
Já os receptores
muscarínicos >
Receptor
muscarínico
(metabotrópico),
acoplado à proteína
G. Existem 5 tipos.
Acoplados à proteína
Gs, Gi. Gq.
Ciclopegia: foco para visão distante. Dificuldade de enxergar de perto. Ex: exame de
fundo do olho, midríase; ciclopegia > altera a refração.
Sinapse Coliérgica > Região de síntese de acetilcolina: rica em mitocôndria, CoA no ciclo
de Krebs. CoA + colina – colina acetiltransferase, fica na vesícula, liberada com o cálcio
(voltagem dependente), pode agir em receptores nicotínicos (ionotrópicos, 4 ou 5
subunidades) e muscarínicos (7 alças na membrana)
1- Síntese da acetilcolina;
2- Armazenamento da acetilcolina;
3- Liberação da acetilcolina;
4- Degradação da acetilcolina.
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Ex: guerra química> gás sarin e somam, acúmulo de acetilcolina nas sinapses colinérgicas
> bronconstrição, acúmulo de secreções respiratórias, enfraquecimento de músculos
respiratórios, paralisia respiratória central.
Além da toxicidade aguda, os inibidores da acetilcolinesterase podem produzir
neurotoxicidade retardada que progride para paralisia flácida e espasmos.
No tratamento por intoxicação> evitar mais acúmulo, remover as roupas, lavar a pele com
água e sabão, lavagem gástrica se necessário, respiração artificial.
Tratamento: Atropina (antagonista muscarínico, na forma de sulfato, antagoniza a
salivação, secreção brônquica e broncoconstrição, não influenciando na paralisia
muscular esquelética/músculos respiratórios) e regeneradores de acetilcolinesterase,
como a pralidoxima (desfosforila a enzima na periferia, reduz o bloqueio na placa
neuromotora)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Provoca boca seca, taquicardia, reduz a motilidade dos uretes e relaxa o músuclo detruso>
aumento da resistência à micção.
Efeitos sobre musculatura lisa: A atropina provoca relaxamento da musculatura lisa das
árvores brônquicas, dos biliares e urinário.
Efeitos sobre o SNC: Em baixas doses causa sonolência, inquietação e em altas doses
causa agitação, desorientação e alucinações.
A escopolamina apresenta maiores efeitos por ser uma amina terciária. Cuidado em
pacientes idosos. Em doses terapêuticas provoca sedação, mas em doses elevadas é
excitatória.
A escopolamina reduz náuseas e vômitos da cinetose.
Antigamente > Pré-medicação anestésica: Para reduzir secreções: por exemplo, atropina
e escopolamina (para evitar irritação brônquica> hoje usa-se enflurano e halotano);
Metescopolamiana e glicopirrolato (aminas quaternárias: menor efeito no SNC)
SNA Simpático
O Sistema Nervoso Simpático é distribuído a partir do segmento tóraco-lombar. Os
neurônios pré-ganglionares estão nessa região > as fibras pré-sinápticas fazem sinapse
com gânglios simpáticos e a liberação > acetilcolina.
O neurônio pós-ganglionar simpático libera noradrenalina (exceção > glândulas
sudoríparas > liberação de acetilcolina em receptores muscarínicos.)
Midríase, Broncodilatação, Taquicardia, inibição da atividade do trato gastrointestinal,
estímulo da liberação de glicose pelo fígado, estimula a produção de adrenalina e
noradrenalina na medula da suprarrenal, relaxamento da bexiga, ejaculação > ações do
simpático.
Sinapse Adrenérgica > a transmissão do impulso é feita com a liberação de noradrenalina
a partir das vesículas (adrenalina (medula da adrenal), noradrenalina e dopamina
(neurotransmissor do SNC): catecolaminas)
A formação da adrenalina somente ocorre na medula da adrenal ou em tecidos
semelhantes, pela presença da enzima Phenylethanolamine N-
methyltransferase (síntese induzida por glicocorticoides secretados pelo córtex da
adrenal > sistema tipo porta > medula da adrenal. Ex: estresse > conexão entre parte
cortical e medular.
A tirosina é o precursor de todas as catecolaminas, transportada ativamente para dentro
do axoplasma > convertida em dopamina, adrenalina e noradrenalina.
A dopamina > dopamina B hidroxilase > noradrenalina (dentro da vesícula)
A etapa limitante da síntese > tirosina hidroxilase (a concentração de noradrenalina
no plasma bloqueia a síntese)
Catecolamina > porção catecol > anel benzênico, com dois grupos hidroxila
adjacente com cadeia lateral de amina.
O isoproterenol, isoprenalina> derivado da noradrenalina sintético. Sintético, já utilizado,
mas muitos efeitos colaterais.
Entrada da tirosina > transportador de
aminoácidos aromáticos > cadeia > NE
Liberação na fenda sináptica >
receptores alfa1, beta 1, beta 2 ou alfa 2
> ou ainda pode retornar para a fibra
adrenérgica por um sistema ativo de
recaptação de aminas.
Citoplasma > a NE tem 2 destinos:
Metabolizada pelo monoaminoxidase
ou retorna para a vesícula pelo
transportador vesicular.
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A cocaína inibe o
transportador de NE >
acúmulo de noradrenalina
na fenda sináptica > ações
nos receptores
adrenérgicos.
Reserpina > inibe o
transportador vesicular da
NE > mais NE no citoplasma
> NE pode sofrer transporte reverso e ir para a fenda sináptica ou no citoplasma pode ser
metabolizada pela monoaminahidroxidase.
A noradrenalina, liberada na fenda sináptica > pode se ligar aos receptores alfa1,
alfa 2 e beta 1 e beta 2. Os receptores alfa 2 pré-sinápticos são inibitórios > regulam
a liberação de NE. Além de poder ser recaptada pelo transportador neuronal da NE.
No citoplasma, pode retornar para a vesícula pelo transportador vesicular ou
metabolizada pelo monoaminahidroxidase.
Nos terminais periféricos, 75% da NE é captada pelo transportador neuronal, NET. 25%
restantes são recaptadas pelo extraneuronal, EMT.
NET > mais específico para noradrenalina.
EMT> mais especifico para adrenalina.
Cocaína e anfetamina inibem o NET > acúmulo de NE na fenda sináptica > mais ativação.
Nos agonistas alfa > noradrenalina, fenilefrina e clonidina. Os agonistas B agonistas >
isoproterinol, dobutamina e albuterol.
Efedrina > agonista alfa e beta, mas aumenta a liberação de noradrenalina > aumenta PA
> estimula SNC. Usado como descongestionante nasal e no tratamento da hipotensão.
Causa taquicardia devido a predominante ação beta.
Oximetazolina e tetraidrazolina > descongestionantes nasais, reduzem inchaço e
produção de muco no nairz, pode ocorrer rebote em uso prolongado.
Clonidina > agonista alfa adrenérgicos com maior afinidade com alfa 2 > pré-sinápticos
> diminui liberação da noradrenalina > paciente pode apresentar queda de PA e da FC.
Uso no tratamento de sintomas de abstinência de drogas pela ativação simpática.
Outros efeitos > hipotensão ortostática, bradicardia, sonolência e boca seca.
Agonistas B adrenérgicos
Isoproterenol > mais potente estimulante beta adrenérgico, catecolamina sintética > é
agonista B1 e B2. Aumenta a força de contração, aumenta FC, aumento leve da pressão
diastólica (B1); relaxa musculatura lisa brônquica, vascular e gastrointestinal, diminui
RVP e pressão diastólica (B2) > hoje obsoleto por broncodiladores b2 seletivos sem
efeitos colaterais.
Dobutamina > catecolamina sintética, agonista B1 seletivo mas possui ações adicionais.
O efeito predominante (aumento do inotropismo, mediado por estimulação B1), mas tem
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ação estimulantes sobre alfa 1 e beta 2 > ações contrarias > resistência vascular periférica
é pouco modificada.
O estimulo B1 cardíaco se faz inotrópico, sendo pouco cronotrópico e excitável > pouca
taquicardia e baixo potencial de gerar arritmias.
Fármaco preferido para o tratamento do aumento do inotropismo cardíaco em
descompensação secundaria a depressão da contratilidade miocárdica, insuficiência
cardíaca crônica de baixo debito e na falência ventricular na fase aguda do IAM.
Entretanto, pode causar hipertensão, anginas e arritmias fatais.
Salbutamol, terbutalina e salmeterol > agonistas seletivos de B2. O mm liso das vias
aéreas não apresenta, inervação adrenérgica direta. No pulmão, 70% dos receptores beta
das paredes alveolares são B2 e 30% B1. Os agonistas B2 adrenérgicos produzem seus
efeitos por meio da estimulação da adenil ciclase > aumento de AMPc > relaxamento da
mm lisa > substituíram o isoprotenelol em crises de broncoespasmos pois são seletivos
para B2 com menor efeitos colaterais (taquicardia e arritmia)
Cocaína > inibidor do transportador neuronal de noradrenalina > eleva as [] simpáticas >
euforia, agitação, taquicardia e aumento de PA.
Ao aumentar a RVP > aumento da pós-carga > edema pulmonar
Tiramina > indireta, inativada pela MAO, presentes em vísceras de aves, queijos, peixe
e vinho
Metilfenidato > análogo estrutural da anfetamina > TDAH > acúmulo de noradrenlina
na fenda sináptica.
Fenoxibenzamina > irreversível, ligação covalente > redução da pressão arterial (usado
no tratamento da hipertensão e no preparo do paciente com feocromocitoma > muitos
efeitos colaterais). Pode gerar fadiga, sedação e náusea (atravessa a barreira)
Efeitos colaterais > hipotensão postural, aumento do débito cardíaco e da frequência
cardíaca (reflexa > beta), inibição da ejaculação.
Fentolamina (antagonista competitivo alfa 1 e 2) > reduz a resistência periférica (bloquei
alfa 1) > a estimulação cardíaca deve-se à inibição dos alfa 2 pré-sinápticos pois gera
aumento da liberação de norepinefrina dos nervos simpáticos. Efeitos colaterais >
taquicardia > podendo levar a arritmias e isquemias. Também era usados no tratamento
de hipertensão e feocromocitoma (tumor de células cromafins – ambos usados no pré-
cirúrgico)
Fenoxibezamina > tumor carcinoide, bloqueia receptores 5-HT e na mastocitose
(bloqueia H1 da histamina)
Labetolol e carvedilol > mistos, bloqueiam alfa e beta (mais seletivos para beta) >
vasodilatação ao nível periférico diminuindo a pós-carga e melhorando o desempenho
cardíaco em portadores de insuficiência cardíaca. Causa baixa taquicardia.
Um dos determinantes do volume sistólico é a pós carga, caso diminua > aumento do
volume sistólico (débito cardíaco)
Usados no tratamento da hipertensão arterial.
Carvedilol > HAS e insuficiência cardíaca
Labetolol > hipertensão gestacional
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Podem ter afinidade maior com B1 ou B2 > seletividade relativa > implicações
Nenhum dos antagonistas beta são totalmente específicos, relação com a dose.
A maioria é bem absorvida após administração oral.
Propanolol > efeito de primeira passagem > baixa biodisponibilidade, depende da dose >
variabilidade individual.
No sistema vascular, o bloqueio do receptores beta opõem-se a vasodilatação (B2) > pode
elevar a resistência vascular periférica, por efeitos sem oposição mediados por receptores
alfa.
Ex: resposta à diminuição da pressão sanguínea
A administração crônica causa diminuição da resistência vascular periférica pela redução
da liberação de renina pelo aparelho justaglomerular.
O bloqueio dos receptores B2 em músculos lisos brônquicos pode levar à um aumento da
resistência em vias aérea, principalmente em pacientes com asma. Por isso a vantagem de
uso de medicamentos que agem em B1.
Metoprolol e atenolol (antagonista B1) > vantagem sobre Beta antagonistas não seletivos,
B1 existe no coração...
Todavia, B1 seletivo não é suficiente seletivo para evitar interação com B2, devem ser
evitados em pacientes com asma. Porém, em DPOC pode ser útil.
Ex > redução da pressão intraocular > redução da produção de humor aquoso.
Uso crônico de antagonistas beta > concentrações plasmáticas altas de lipoproteínas de
baixa densidade, VLDL, e diminuição de HDL > mais riscos de doenças cardiovasculares,
aterosclerose. Menos prováveis de ocorrer em beta bloqueadores com atividade
simpaticomimética intrínseca
A retenção de ações simpaticomiméticas intrínsecas é desejável para prevenção de
precipitação de asma e bradicardia excessiva. Ex > pindolol.
Esses fármacos podem não ser tão excessivos em relação aos puros no infarto, mas úteis
em bradicardias sintomáticas ou broncoconstrição em respsotas à fármacos antagonistas
puros de adenorreceptores.
Propanolol > redução da frequência e intensidade de enxaqueca (metoprolol, atenolol,
timolol e nadolol).
Como a atividade simpaticomimética pode levar à tremores musculares > beta
antagonistas podem reduzir tremores > usados em tremores essenciais.
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Ansiedade > doses baixas de proponolol podem ser úteis, até mesmo em abstinência de
álcool.
Hipertireoidismo > muitas catecolaminas > atuação no coração > beta-antagonistas
benéficos, bloqueios dos beta receptores e inibição periférica de T3 e T4
Tempestade Tiroidiana > propranolol, controlar taquicardia supraventricular que pode
gerar insuficiência cardíaca.
Podem diminui a pressão da veia porta em pacientes com cirrose, propanolol, nadolol >
diminuem os episódios por varizes esofágicas e hemorragias.
Mas o maior uso > hipertensão. Frequentemente usados com diuréticos e vasodilatadores.
Apesar da meia vida curta, administrados 1 a 2 vezes por dia e ter efeito terapêutico
adequado.
Sabe-se que são menos efetivos em idosos e indivíduos com ancestrais africanos.
Redução da frequência de anginas > receptores beta cardíacos > diminuição do trabalho
> menos consumo de oxigênio.
Uso de propranolol e metoprolol em pacientes que tiveram infarto aumentam a sobrevida,
podendo ser usados em condições de fase aguda do infarto > mas gera bradicardia,
hipotensão, insuficiência ventricular esquerda, choque, bloqueio cardíaco e doenças de
vias respiratórias.
Podem ser usados em arritmias ventriculares
ou supraventriculares.
Carvedilol, labetalol e metoprolol > podem ser
usados para insuficiência cardíaca (uso
gradual embora não eficaz na aguda >
remodelamento do miocárdio e menor risco de
morte súbita.
Como alteram a força de contração em
atividades físicas > paciente pode queixar de
não conseguir fazer atividades físicas >
pacientes jovens que fazem exercícios podem
não tolerar o uso de beta bloqueadores para
hipertensão arterial.
Extremidades
frias > ausência
de oposição de
receptores alfa.
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Glaucoma > beta bloqueadores > diminui a secreção do humor aquoso, uso com colírio.
Os colinomiméticos, como a pilocarpina e fisostigmina > contração da musculatura ciliar
> drenagem do humor aquoso.
Fármacos simpatolíticos de ação indireta > também pouco usados hoje por causa dos
efeitos colaterais. Eles bloqueiam ações alfa e beta > interferindo na síntese de
noradrenalina, no armazenamento, a liberação e bloqueadores de neurônios adrenérgicos.
Alfa-metil-tirosina > inibe a tirosina hidroxilase > inibe a síntese de noradrenalina
(processo limitante da síntese de catecolaminas) > inespecífico, vários efeitos colaterais
> sem uso como anti-hipertensivo.
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Carbidopa > inibe DOPA descarboxilase na periferia. Não atravessa a BHE > usada em
Parkinson (redução de neurônios dopaminérgicos no SNC e redução da produção e
liberação de dopamina) > enzima fundamental para a síntese de dopamina > vai sobrar
mais dopamina para ser usada no SNC.
Neuroanatomia da Dor > regiões do SNC responsáveis > Vias aferentes, SNC, Vias
eferentes (modulação descendente).
Estímulo nocivo > transdução > potencial de ação > transmissão para o corno posterior
da medula > modulação descendente da dor > até o tálamo > córtex sensorial > percepção.
Vias Aferentes > constituídas de nociceptores que vão transmitir através de fibras A-
delta e fibras C > sinapse nos neurônios do corno dorsal > transmissão para partes
superiores da medula e do SNC através do trato espinotalâmico.
Fibras C > amielínicas, transmitem dor difusa ou sensações de queimação ou dolorimento.
Fibras A-delta > condução mais rápida, mielínicas, dor e m pontada e bem localizada.
Sistema Analgésico Eferente > inibição dos sinais de dor aferentes. As vias aferentes
vao estimular neurônios na substância cinzenta periaquedutal do mesencéfalo resultando
em ativação descentes de vias antinociceptivas > através da medula, impulsos chegam
inibindo ou bloqueando a transmissão de sinais nocicepticos. Ex > noradrenalina,
peptídeos endógenos, gaba.
Ex> coçar perto do local de dor > estímulo do circuito neuronal inibitório > menor
neocicepção.
Vias descendentes > encefalinas > diminuem a percepção no corno doral.
Dor > origem (oncológica ou não); evolução (aguda ou crônica); mecanismo (somática
(nociceptiva, inflamatória); neuropática (periférica ou central); psicogênica).
Dor aguda > proteção que alerta o indivíduo a presença de uma condição prejudicial,
início súbito e aliviado após a remoção dos estímulos dos mediadores químicos que
estimula os nociceptores. Desencadeia uma pronta ação do organismo na tentaiva de
aliviar, ativação do SNC (aumento de fc, pa, sudorese). Respsota psicológica e
comportamental > medo, sensação de desconforto, mal-estar e ansiedade. Na crônica >
depressão.
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Dor Crônica > persistente ou intermitente durando pelo menos seis meses, causa
desconhecido, iniciando insidiosamente com a sensação de desesperança e desamparo,
frequentemente acompanhada de depressão.
A transformação de fosfolipídios em
ácido araquidônico é feita pela
fosfolipase A2 (pode ser inibida por
inibidores da fosfolipase como anti-
inflamatórios e corticosteroides.
O ácido araquidônico pode seguir a via
da lipoxigenase (leucotrienos) e da
ciclooxigenase (produção de
prostaglandinas, tromboxano e
prostacicilina) > são os prostanóides.
Prostaglandinas > alteração da
permeabilidade vascular,
broncoconstrição e aumento da secreção
> broncoespasmo, congestão e formação
de muco.
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Mediadores atuam sinergicamente para produzir o sinal da dor > Ex > nervo de rato >
somente com bradicinina (pequeno sinal de ação), prostaglandinas (não houve muita
alteração), em conjunto > amplitude do sinal.
Por isso os anti-inflamatórios > diminuem a produção de prostaglandinas > mesmo com
outros liberadores não há sensibilização da terminação livre > intensidade da dor diminui.
Fosfolipase A2 atua sobre fosfolipídios na membrana plasmática, liberando ácido
araquidônico > ciclooxigenase (prostaglandinas, protstaciclinas e tromboxano A2) e
lipoxigenase (leucotrienos)
AINES > inibem ciclooxigenase
Os esteroidais > atuam inibindo a fosfolipase
A2
AA > PGG2 (curta duração) > PGH2 (curta
duração) > diferentes prostanóides > I, E, F,
tromboxano.
Contração do miométrio (cólicas
menstruais) > PGF2a > anti-inflamatórios
que atuam nessas prostaglandinas.
(diminuem)
Hiperalgesia > PGI2, PGE2
Ação trombótica do TXA2 > anti-inflamatórios inibindo > menor agregação plaquetária
> menos tendência de formar trombos. (IAM, AVC)
Ex: Aspirina > em baixas doses, reduz TXA2, anti-agregante plaquetária; em doses altas
é analgésica e anti-inflamatória.
AINES > Anti-Inflamatórios não esteroides > medicamentos muito prescritos, muitos
usados sem prescrição pois tem venda livre > problema: são ótimos para diminuir o
processo inflamatório e a dor, mas podem gerar efeitos colaterais, como a falência renal.
Os AINES agem a nível periférico e central, com a liberação de citocinas no corno dorsal
da medula.
Na inflamação > prostaglandinas são mediadores que sensibilizam a dor periférica e
central (perifericamente sensibilizam os receptores de prostaglandinas das terminações
nervosas livres, deixando-as mais sensíveis ao estímulo doloroso; na via central da dor >
citocinas liberadas pela produção induzem prostaglandinas no corno dorsal da medula,
sensibilizam nociceptores secundários, aumentando a percepção da dor. Assim, AINES
> bloqueiam ação periférica e central do processo inflamatório, diminuição dos
prostanóides > diminuir a sensibilização periférica e central dos nociceptores.
Aumento de dose > altera meia vida. Meia vida é dose dependente.
Doses para efeito de inibição de agregação plaquetária > muito menores que usais.
Ex> 2 a 4 g/dia; 300mg (dose baixa) > AAS
Reduz taxa de ataques isquêmicos, angina, IAM. Menor incidência de câncer de colo >
relação com inibição da COX, 50% do risco relativo. (5 anos ou mais)
Efeitos colaterais do AAS > desconforto gástrico, úlceras no estômago e duodeno,
sangramento.
Até 12 horas da intoxicação > pode usar acetilcisteína, contém grupo sulfidrila,
metabolito pode se fixar; realizar lavagem gástrica.
Ibuprofeno > meia vida de 2 horas; 3 a 4 vezes por dia; pode causar sangramento do TGI
Naproxeno > meia vida de 12 horas; 12 em 12 ou 1 por dia; mais potente que o
ibuprofeno, efeitos adversos semelhantes.
Cetoprofeno > inibe COX e reduz lipooxigenase, diminuição dos leucotrienos. Meia vida
de 1 a 3 horas, administração com probenecida eleva a meia vida pois reduz a excreção.
Não parece mais superior, efeitos colaterais semelhantes, distúrbios gástricos e do SNC
Cetorolaco > uso sistêmico como analgésico, muito efetivo, usado cada vez mais para
reduzir o uso de morfina, em pós-operatórios por exemplo. Apresenta os efeitos
colaterais anteriores, mas atenção no efeito de falência renal > uso restrito a 72 horas
devido ao risco de lesão de TGI e renal. Pode causar Stevens-Johnson.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Meloxicam > leve seletivo para COX-2; meia vida de 20 horas, menores efeitos de
TGI. Indicado em osteoartrite e doenças reumáticas.
Piroxicam > inibidor não seletivo da COX, mas pode inibir PNM, diminui radicais
livres de 02, meia vida de 50 a 60 horas. Indicações reumáticas. Bom para pacientes
com alterações renais. Mais de 20mg > pode gerar úlcera péptica e sangramentos.
Nimesulida > levemente seletivo para COX-2, inibe a migração de PMN, radicais
livres. Usados em processos inflamatórios agudos e reumáticas. Menor efeito gástrico.
Dipirona > metamizol, não é um anti-inflamatório potente, usado mais como analgésico
e antitérmico. Pouco efeito gástrico e ação na COX-3, agindo no SNC. Não é usado nos
EUA, Europa, pelo efeito colateral de anemia aplásica, síndrome agranulocítica (raro e
com uso prolongado; além de rash cutâneo, anúria). (novalgina)
Opióides
Medicamentos muito utilizados, pelos anestesistas, clínicos, cirurgiões > tratamento e
controle da dor, grande desafio para o médico. Tratamento de dores mais complexas.
OMS > sequência de fármacos para o tratamento da dor. AINES (primeiros, dor leve) e
analgésicos (dipirona e paracetamol) > dor de maior intensidade que não responde
(Opióides > primeiramente utilizar um de menor potencial, devido aos efeitos colaterais).
Os menos potentes > agonistas parciais (não tem eficácia do agonista total)
Se a dor persistir > introdução de opióides mais fortes, como a Morfina (não deve-se
manter os dois, visto que os mais fracos são parciais, ou seja, ocupam os receptores >
menor número de receptores para os opióides mais fortes).
Morfina > alivia a dor intensa, eficácia alta. 10% do ópio > morfina, alcaloide puro.
Padrão para comparação até os dias de hoje.
Morfina e codeína hoje são sintetizadas de forma sintéticas.
Tebaína > não analgésico, precursora de derivados sintéticos como a naloxona
Papaverina > não analgésicos, vasodilatação e relaxa musculatura lisa (perfusão maior
em retalhos, por exemplo)
Morfeu > deus grego do sono;
Tintura de Láudano > tirada retirada do ópio > euforia, analgesia, impedir diarreia,
antitussígeno.
Opióides > efeitos de diminuir a constipação intestinal.
Uso de opióides na anestesia geral > perde capacidade de tossir > aumentam as chances
de aspiração.
Os opióides tem grande efeito de primeira passagem (a morfina é administrada de 4 em 4
horas, via oral) > limitação dos efeitos > século XIX > via parenteral, acaba com o efeito
de primeira passagem, agindo de forma mais intensa, dependência (subcutânea,
intravenosa e intramuscular)
Os opióides produzem analgesia pois atuam em receptores. Esses
receptores tem ligantes naturais > precursores peptídeos endógenos
> endorfinas, encefalinas (metioninaencefalina e
leucinaencefalina), dinorfinas
Substâncias que diminuem a dor, presentes em vários locais,
centrais e periféricos.
Análogos da morfina > derivados do fenantreno, substituição de hidroxilas e nitrogênio
(morfina, hidromorfona, oximorfona)> Heroína – uso proibido, derivado da morfina.
Codeína e Oxocodona > bem efetivos por via oral metabolismo de primeira passagem
reduzido
Fentanil > via transdérmica; bruprenorfina - adesivos > liberação durante vários dias
Codeína, oxicodona e hidrocodona > metabolismo hepático pela proteína CYP2D6 >
produção de metabólitos de maior potência (codeína é desmetilada em morfina) >
polimorfismso genético > resposta analgésica diferente em pacientes (conversão
metabólica)
Os efeitos mais importantes dos opiódes são mediados por receptores endógenos, 3
famílias.
Μ (mi) > mais importante, efeito analgésico, modulam respostas nociceptivas por
estímulos térmicos, mecânicos e químicos, são responsáveis por efeitos colaterais
(depressão respiratória, euforia, dependência, constipação); ligam-se à endorfinas.
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Δ delta > analgesia periférica, atuam em nível espinhal, tolerância; ligantes endógenos
são as encefalinas.
K (Kappa) > analgesia espinhal, efeito de sedação e disforia (tristeza e depressão leve)),
constipação, não estão envolvidos na dependência; ligam-se à dinorfinas.
Ex > butorfanol e nalbufina
Σ sigmas > mão são receptores opióides verdadeiros, mas alguns opióides se ligam,
causam disforia
A localização dos receptores > SNC, região do locus ceruleus, substância cinzenta
periaquedutais, região subcortical; corno doral da medula (modulação da via
descendente); periferia
Locais de ação na via aferente de transmissão da dor,
periferia para centros superiores;
Periféricos;
Inibição na medula, corno dorsal;
Tálamo;
Via inibitória descendente (opióides moduladores da
dor no mesencéfalo e bulbo (área cinzenta
periaquedutal do mesencéfalo)
Pós-sinápticos > mi, acoplados à Gi > inibição da Adenil ciclase > aumenta condutância
do potássio, hiperpolarizada (inibitório > diminui condução nervosa).
Agonista Mi > estimula Gi > Diminui AMP c > diminui cálcio > diminui glutamato > não
liga ao AMPA; não há liberação da CGRP ou substância P;
Pode atuar no pós-sináptico > hiperpolarização, gerando menos potencial de ação.
Uso Clínico > analgesia aguda e crônica, anestesia (geral, adjuvantes na sedação),
antitussígenos (codeína e destrometorfan), diarreia (difenoxilato e loperamida), manejo
de edema agudo de pulmão – melhora a dispneia, menos ansiedade, diminui pré-carga e
reduz RVP – diminui pós-carga.
Podem conter calafrios (meperidina); dependência de opióides – metadona, maior meia
vida – reduz ou bloqueia agentes de curta duração, pode-se retirar que o efeito permanece
por um tempo...
Um grande problema > abstinência > depende do grau de dependência física >
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Morfina > metabolizada no fígado, grande efeito de primeira passagem > o que reduz a
biodisponibilidade por via oral (comprimidos de liberação lenta): M6G > metabólito que
pode acumular na insuficiência renal; M3g > neuroexcitatório
Administração parenteral, epidural e na raquianestesia > início de ação em 30 minutos,
usa-se como analgésico (diminui reflexos simpáticos e analgesia); usa-se fentanil,
remifentanil, sufentanil > morfina analgesia pós-operatória, alívio da dor.
Codeína > menos efetiva, agonista parcial, é biotransformada no fígado > a oxicodona e
hidrocodona > mais efetivos, para dor aguda e crônica
Metadona > sintéticos, eficaz por via oral, potencia parecida com a morfina, causa menos
euforia, duração de ação de 4 a 8 horas; ação mediadas por mi mas também é antagonista
do NMDA > boa para tratamento de dor nociceptiva e neuropática
Usada para tratamento de retirada de opiódeis (heroína)
A síndrome é mais suave, dura muito mais tempo
Meia vida varia de 12 a 40 horas > lipossolúvel > acumulo em tecido adiposo > longa
duração
Tratamento em tolerância à morfina > aqui não é completa, pois age em NMDA
Fentanil > usados na anestesia geral, 100 vezes mais potente que morfina, curta ação, 40
a 50 minutos > via intravenosa, lipossolúvel
Sufentanil > 5 vezes mais potente que o fentanil e com mesma ação
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Meperidina > Não mais usada, 10 vezes menos potente que morfina, causa mais disforia,
taquicardia, midríase, baixa disponibilidade por via oral, é metabolizada em
normeperidina > convulsões, excreção via rins; em associação com IMAO: hiperpirexia
(maior temperatura), síndrome serotoninérgica com inibidores seletivos de recaptação de
serotonina (fluoxetina, paroxetina > depressão). Reduz tremores durante anestesia.
Anti-inflamatórios Esteroidais
São conhecidos como corticosteroides (podem ser naturais > liberados pelo córtex da
suprarrenal) > diversos usos clínicos.
Reduzem o processo da inflamação, mas muito mais intensa. Geralmente não são
utilizados em casos de dor aguda > usados em dor crônica, devido aos efeitos colaterais.
Também interferem na produção de eicosanoides > inibem ciclooxigenases; inibem ação
da fosfolipase A2 > reduzindo a produção de ácido araquidônico. Assim, existe
diminuição dos prostanóides (derivados da COX) e dos leucotrienos (derivados da
lipoxigenase).
Liberação reduzida.
Os glicocorticoides reduzem as
manifestações da inflamação em
virtude de seus efeitos profundas na
concentração, distribuição e função
dos leucócitos periféricos; além do
efeito supressor nas citocinas e quimiocinas inflamatórias e outros mediadores.
A inflamação é caracterizada por um extravasamento e infiltração de leucócitos no tecido
afetado > mediados por uma complexa série de moléculas em células endoteliais >
inibidas pelos glicocorticoides. Inibem macrófagos (limita fagocitose, inibe produção do
fator de necrose tumoral, IL-1, metaloproteinases e ativador de plasminogênio) e outros
apresentadores de antígenos > redução de resposta à antígenos e mitógenos.
Macrófagos produzem menos IL-12, IFN-gama > TH1
Efeitos interessantes em várias situações clínicas > mas gera aumento do risco de
infecções.
Diminuem a permeabilidade capilar (diminuição da histamina produzida pelos basófilos
e mastócitos) > diminuição da degranulação > menos vasodilatação.
As citocinas são polipeptídios ou glicoproteínas extracelulares hidrossolúveis, produzidas
por células do sistema imune no local da lesão > ativação de proteína quinases ativadas
por mitógenos. São redundantes em suas atividades, ações semelhantes, formam-se em
cascatas > influencia nas células imunológicas > regulam atividades de outras.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
A produção de
mineralocorticoides
não depende da
adeno-hipófise.
Fármacos estudados
em doenças
endócrinas.
O CRF (fator
liberador de
corticotropina) >
ACTH > estimula o
córtex a produzir
glicocorticoides >
pode causar
feedback negativo >
inibe a liberação de ACTH e CRF (alça longa)
ACTH > alça curta no feedback negativo.
O glicocorticoide liberado vai inibir sua própria liberação.
Uso prolongado de glicocorticoide exógeno > (prednisolona) > age causando a
retroalimentação negativa > ACTH ou CRF.
Em adultos, existem liberação de 10 a 20 mg de cortisol (sem estresse) > ritmo circadiano
por pulsos de ACTH (primeiras horas da manhã e após refeições).
Uso prolongado por mais de 2 semanas de glicocorticoides > supressão da suprarrenal >
pode necessitar de utilizar uma terapia suplementar de corticoides em situações de
estresse.
A retirada do corticoide deve ser feita de forma lenta e gradual, para que o eixo
hipotálamo-suprarrenal funcione.
Ex> uso crônico de corticoides em casos
de cirurgias > pode-se utilizar corticoides
para alívio do estresse.
Ex: Amino-glutetimida > bloqueia a
conversão do colesterol em pregnolona,
bloqueia todos os esteroides ativos > usado
em associado com Hidrocortisona para
reduzir a liberação de estrógeno em
pacientes com câncer de mama; também
com ketoconazol e metirapona para reduzir
a secreção de esteroides em pacientes com
Síndrome de Cushing.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Os sintéticos são produzidos a partir de mudanças no arcabouço, podendo fazer com que
essa ação seja mais mineralocorticoide ou anti-inflamatória.
Cortisol e cortisona > Hidrocortisona > curta duração de ação, usados em terapias
de reposição (cirurgias - resposta de estresse, organismos libera de 10 a 20 vezes
mais cortisol, repõem com Hidrocortisona > não possuem boas atividades anti-
inflamatórias, mas possui ação mineralocorticoide.
Dexametasona e Betametasona > efeito anti-inflamatório potente, usados em
respostas hiperagudas como em choque séptico e edema cerebral; meia-vida
plasmática longa (40 a 50 horas) e baixa ação mineralocorticoide; atividade
supressora do crescimento e cicatrização.
Prednisona e Prednisolona > primeira escolha para tratamentos anti-inflamatórios
de longo prazo, meia vida plasmática intermediária e baixa ação mineralocorticoide
> uma dose por dia.
Ao determinar a posologia, o médico deve considerar a gravidade da doença,
quantidade do fármaco e o tempo de terapia.
Quanto menos a dosagem possível para o efeito > diminuição da dose >
até que aumentem os sintomas, menor uso possível
Farmacocinética > absorção rápida e fácil pelo TGI, absorção lenta pela
pele; ligam-se a globulina de ligação dos corticoides > transcortina;
metabolização hepática e depois conjugado; eliminação renal.
Podem ser por via oral, IV, intramuscular, aerossol, tópica (ativo)
Metabólitos na urina.
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Os inalados > podem ser usados na asma > agonistas de glicocorticoides e baixa atividade
mineralocorticoide. Alta potencia > baixa dose > inibe a resposta inflamatória.
Metabolismo de primeira passagem no fígado, a parte deglutida torna-se inativada >
biodisponibilidade reduzida e baixo efeito sistêmico. A fração que chega nos pulmões vai
para a via sistêmica, mas é pequena e a ação é local. Uso de corticoides próximos ao local
Uso crônico > diversos efeitos colaterais que limitam a ação, porém, algumas doenças
precisam cursar com uso crônico
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
. Síndrome de Cushing > doses elevadas e forma prolongada > quadro clássico
SNC > euforia, depressão, sintomas psicóticos; corcova de búfalo; hipertensão;
braços e pernas finas; atrofia muscular; adelgaçamento da pele; osteoporose
(diminuição da absorção de cálcio pois reduz a ação da VIT D no intestino >
hiperparatireodismo secundário > aumento da reabsorção óssea, diminuição de
ação dos osteoblastos > menor crescimento ósseo e mais osteoporose; hiperglicemia
com resistência periférica; quebra de proteínas musculares > perde-se muito
nitrogênio na urina (balanço nitrogenado negativo); aumento de apetite; diminui a
imune > mais infecções; obesidade; face em lua cheia, gordura abdominal; catarata;
hipertensão intracraniana; necrose da cabeça do fêmur; equimoses e cicatrização
deficiente.
Anestésicos Locais
Os anestésicos locais são fármacos que bloqueiam a ação nervosa e esse bloqueio ele não
pode ser irreversível, é temporário e reversível após a sua administração regional >
existem fármacos que bloqueiam a condução nervosa mas às vezes esse bloqueio é
irreversível ou então não é temporário fazendo o que altere a funcionalidade a fisiologia
do neurônio e, portanto, esses fármacos não tem utilização na prática.
Os anestésicos locais bloqueiam a condução nervosa e esse bloqueio volta depois de
terminar a atuação do anestésico local.
Historicamente o primeiro anestésico local utilizado foi a cocaína no século XIX e foi
utilizado principalmente pelos oftalmologistas > gotas de cocaína > anestesia local.
A cocaína é obtida de uma planta, mas obviamente não utilizada como fármaco, efeitos
excitatórios no SNA.
São bases fracas > base fraca quando ela é colocada no meio ácido > vai receber prontos
e uma base protonada vai ter um caráter hidrossolúvel.
Anestésico local > uma base fraca quando utilizado em tecidos inflamados > ph está ácido
> ação é praticamente inexistente.
Podem pertencer a duas famílias > éster ou amida.
Estrutura química
O anestésico local tem 3 regiões > uma parte radical
aromática com anel benzênico > lipossolúvel; porção amina
que possui nitrogênio que pode ser terciário ou quaternário
(ionizado) > conseguir receber um próton > hidrossolúvel e
pode até superar a ação benzênica; a cadeia intermediária,
que faz a ligação, pode ser com ligação éster (amino-éster) ou
amida (amino-amida). A maioria utilizada são amino-amidas,
porque os amino-éster são rapidamente eliminados, curta
duração e agentes que são metabolizados em um ácido
chamado para aminobenzóico > aumenta a incidência de
alergia.
Amino-amidas, como a Lidocaína e Bupivacaina.
A cadeia intermediária, a depender do seu comprimento, determina a potência. Quanto
maior a potência, mais a probabilidade de gerar efeitos tóxicos.
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Tetracaína >
amino-éster;
Mepivacaína, Ropivacaína, Bupivacaína > amino-amida.
A ropivacaína foi formada a partir da bupivacaína (longa duração, mas muito efeitos
colaterais como arritmias e paradas cardíacas), ação parecida e com menor toxicidade.
A lidocaína tem curta duração.
Os mecanismos básicos dos anestésicos locais > bloqueio dos canais de sódio, bloqueio
da condução nervosa, impede que o sódio entre > sem despolarização.
Canal de sódio > repouso (portões fechados); abertura (entra pois sua concentração é
maior no meio extracelular); período de inativação, um dos portões fecha, ele precisa ser
reativado para conduzir um novo potencial de ação – período refratário.
O anestésico local bloqueia a parte interna do canal de sódio, ele tem que entrar na célula
> entrada via membrana, lipossolúvel, entra quando não estiver ionizado (amina),
característica tem que ser maior da porção benzênica.
O sódio faz com que o potencial de repouso fique menos negativo > limiar de
excitabilidade > depolarização > entrada de sódio e saída de potássio > repolarização
(saída de potássio) > potencial de repouso > sódio potássio ATPase > restaurar
Anestésico local > impede que o potencial atinja o limiar de excitabilidade, logo, não
permite a deflagração do potencial de ação, não modifica os elementos, reversível.
Canal de sódio > bloqueados por tetrodoxina (baiacu) >
porção externa.
A cadeia intermediária determina a potência, que, quanto maior > mais tóxico.
O grupo amina confere a latência anestésica, caracteriza o pKa de diferentes anestésicos
locais.
A potência também depende da lipossolubilidade;
Latência > pKa do anestésico, secundário a lipossolubildiade e concentração.
Duração de ação > afinidade proteica. Também ao efeito vasoconstritor.
A cocaína e a ropivacaína > vasoconstritores > a cocaína inibe a recaptação de
noradrenalina nos terminais nervosos; a ropivacaína tem efeito vasoconstritor direto na
musculatura lisa (não precisa usar mais outros vasoconstritores)
Bloqueio diferencial sensitivo-motor > bupivacaína (bloqueia dor e motor) e ropivacaína
(mais analgésica que motora).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Gestante em trabalho de parto > ropivacaína em doses baixas > analgesia > não pode ter
abolição da contração muscular; ao contrário de uma cirurgia ortopédica, por exemplo.
Cesariana > bupivacaína, ou doses maiores de ropivacaína; visto que a bupivacaína pode
causar efeitos de arritmias cardíacas (grávidas)
Bupivacaína > Isso ocorre pois liga durante muito tempo aos canais de sódio no coração,
sem potencial de ação > chances de parada cardíaca. Pode durar até 35 minutos e não há
reversão; alta afinidade proteica com ligação de alta duração ao canal de sódio.
Ropivacaína > modificação na molécula > muito menos cardiotóxica. Muito mais usada
hoje em dia, independentemente de ser grávida ou não.
Existe uma solução lipídica que consegue deslocar o anestésico ligado ao canal de sódio>
não se sabe ao certo.
Bupivacaína e Ropivacaína > maior período de latência pois tem pKa maior, mas mais
tempo de ação pois tem ligação proteica maior. Comparadas a lidocaína, que tem menor
tempo de início de ação, mas mais tempo de ação.
Doses menores de anestésicos inibem a dor > temperatura > tato > pressão > motora
A absorção do anestésico local depende de cada tecido > pele (não muito rápida), espaço
intercostal (rápida, drenagem de tórax, tecido muito vascularizado).
Os anestésicos com efeito vasoconstritor têm limitada absorção.
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Uma vez distribuída, atingem a circulação sistêmica, pulmão como protetor, fazendo com
que os anestésicos cheguem em menor quantidade ao lado esquerdo do coração.
Amino-ésteres > pseudo-colinesterase plasmática, metabolizados no plasma >
rapidamente, curta ação.
Amino-amidas > metabolização hepática e metabolitos excretados na urina.
O anestésico local pode atravessar a barreira placentária, lidocaína passa mais do que a
bupivacaína > efeitos colaterais.
Bloqueadores Neuromusculares
São fármacos muito usados.
Ex> intubação em paciente com coronavírus, cirurgias (laparotomia).
Atuam na junção neuromuscular, é necessário recordar a transmissão colinérgica entre o
terminal nervoso motor e o receptor nicotínico no musculo esquelético (receptores
nicotínicos > placas motoras e gânglios).
Similaridade com a Acetilcolina, agem de forma parecida (agonista – despolarização na
placa motora- bloqueadores despolarizantes); ou vão competir com a acetilcolina, mas
agem como antagonistas competitivos, eles ligam ao receptor > sem ação, mas impedem
que a acetilcolina despolarize a placa motora.
Síntese da acetilcolina >
armazenamento > liberação >
abertura de canais de cálcio-
voltagem dependentes > a
acetilcolina sendo liberada > receptor
nicotínico > ionotrópico > em sua
estimulação, abertura do poro >
entrada de sódio e saída de potássio
> despolarização > abertura de canais
de sódio > vai para toda a intimidade
do musculo esquelético, túbulos T,
retículo sarcoplasmático, > muito
cálcio > despolariza, saída de cálcio
> no citoplasma permite a interação
entre actina e miosina.
A contração muscular é interrompida com a degradação de acetilcolina, sinapse
colinérgica interrompida, acetilcolina vai ser inativada pela acetilcolinesterase (a nível
pós-sináptico muito próximo ao receptor nicotínico > colina (recaptada) e acetato.
Os relaxantes musculares vão atuar no receptor nicotínico, alguns como agonistas >
despolarização; outros vão ligar no receptor nicotínico e impedir que a acetilcolina se
ligue.
Bloqueadores neuromusculares competitivos, são
antagonistas, ligam no receptor nicotínico e
impede que a acetilcolina se ligue > D-
tubocurarina (antagonismo competitivo >
aumentam a eficácia máxima com o aumento do
agonista)
Succinilcolina > agonistas > estimulam receptor
nicotínico;
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Etnofarmacologia > Curare > D-tubocurarina, descoberta pelos índios > paralisia
muscular > revolução cirúrgica > antagonista da acetilcolina.
Tempo de recuperação > D-tubocurarina, pancuronio > alta duração; o atracúrio é mais
rápido, isso facilita a recuperação.
A via de administração é IV, maioria metabolizado e excretado pelos rins e fígado;
Mivacúrio > hidrolisado pela colinesterase do plasma.
Atracúrio > libera histamina; cisatracúrio > não libera; metabolização por enzimas no
sangue.
Rocurônio > em altas doses apresenta curta latência de ação, intubação em sequência
rápida. Excreção biliar, insuficiência hepática > problema.
Succinilcolina > duas moléculas de acetilcolina ligadas através de um grupo acetato >
estimula receptores nicotínicos na junção neuromuscular > bloqueador despolarizante.
O suxametônio é o principal bloqueador despolarizante utilizados; apresenta uma ação
rápida e duração de 5 minutos (degradação pela colinesterase
plasmática/pseudocolinesterase); usado em emergências para facilitar a intubação
endotraqueal por causa do seu início rápido; o uso para cirurgias maiores não é muito
indicado.
Provoca fasciculações e relaxamento muscular.
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Hoje, somente usada em pacientes com estômago cheio ou com intubação difícil (curta
ação – com rocuronio e sudamadex > melhor ainda.
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Farmacologia Respiratória
Asma: doença crônica das vias respiratórias, em que existem crises (períodos de
exacerbações) > obstrução + inflamação (crônica). A obstrução é devido à
broncoconstrição; já a inflamação, edema das vias aéreas, hiperplasia das células
caliciformes (muco) e infiltrado de células do sistema imune e inflamatórias.
Na maioria das vezes, é reversível, mas sem tratamento, pode causar uma
remodelagem, uma fibrose, gerando rigidez, além de deterioração
permanente da função pulmonar.
nos mastócitos, na ligação cruzada > degranulação dos mastócitos com liberação de
histamina.
TH2 > IL-13, IL-4 > hipersensibilidade do tipo IV > hiperplasia de células caliciformes,
hiper-reatividade do músculo liso.
TH2 > IL-5, IL-4, fatores estimuladores de granulócitos e macrófagos > proliferação e
liberação de eosinófilos pela medula, aumentando a sobrevida, logo, uma eosinofilia.
Resposta Alérgica: Célula Dendrítica > apresenta o alérgeno para TH2 > ligam-se a LB,
através de CD40 > IL-4, IL-13 > transformam em plasmócitos > IgE > circulação
sistêmica antes de chegar nos mastócitos. Na reexposição, o alérgeno liga-se à IgE, nos
mastócitos > reação cruzada > degranulação > mediadores inflamatórios, como a
histamina, enzimas proteolíticas, fator de ativação de plaquetas, além de liberar ácido
araquidônico, susceptível à lipoxigenase > leucotrienos.
DPOC > resposta inflamatória anormal a agressão ambiental, 90% pelo cigarro; pode ser
dividida em um componente alveolar – enfisema pulmonar e bronquite crônica.
Geralmente irreversível, resposta inflamatória é de neutrófilos e
monócitos.
Menores resultados com corticoides do que na asma. Usados
apenas em momentos de exacerbação grave e frequente.
Liberação de metaloproteinases que degradam a elastina >
elasticidade pulmonar prejudicada.
Via inalatória > aerossol e nebulização, para reduzir os efeitos colaterais e garantir mais
eficácia.
Acoplados a GS > aumenta AMP > relaxamento da m.lisa dos brônquios.
Efeitos colaterais: principalmente por via oral, venosa > tremores musculares (B2),
taquicardia (B1, apesar de seletividade para B2), arritmias (B2 coração), tolerância e
taquifilaxia (agentes de curta duração, por isso somente usar em casos agudos)
Broncodilatadores Metilxantinas
Atualmente não utilizadas,
pelo surgimento de
corticoides (crônicos) e
beta 2 agonistas, foram
substituídos por eles e
pelos anticolinérgicos.
Teofilina
Podem diminui a
inflamação também, além
da broncodiltação,
aumenta força de
contração; estreita jabela
terapêutica > proximidade
de efeitos tóxicos e
benéficos.
Roflumilast> DPOC
Pentoxifilina > vasodilta,
reduz a viscosidade,
claudicação intermitente >
insuficiência arterial.
Ipatrópio e tiotrópio > antagonsitas muscarínicos, não atuam somente em M3, porém, por
inalação, poucos efeitos sistêmicos > ASMA e DPOC.
M3 > metabotrópico Gq > fosfolipase C > sem cálcio > sem bronconstrição >
broncodilatação.
Corticosteróides
Podem aumentar a resposta de beta
agonistas;
DPOC > mais resistentes aos benéficos
de corticoides.
Beclometasona, Budesonida,
dexametasona, flunisolida,
fluticasona, mometasona
Inibição da secreção de ácido gástrico > úlcera péptica e duodenal, esofagite de refluxo,
lesão de mucosa relacionada ao estresse (gastroduodenal, diminuição de prostaglandinas
com aumento de produção ácida > cirurgias grandes, estresse, queimaduras). Os AINES
ESTÃO MUITO RELACIONADOS COM ESSAS AGRESSÕES, principalmente com
uso constante.
Antiácidos > reagem com ácido gástrico para neutralizar, são base fracas > diminuição
da acidez, formando água e sal. PH mais alcalino > a pepsina não funciona em PH acima
de 4,0 > redução da atividade.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Usos > úlcera duodenal (redução da secreção noturna, auxilia na cicatrização); úlcera
gástrica (cicatrização e previne a recorrência); ulcera de estresse (IV > prevenção de
erosão e hemorragia); menos eficazes que os inibidores da bomba na Síndrome de
Zollinger-Ellison e no DRGE.
Efeitos colaterais > cefaleia, diarreia, erupções cutâneas, tonteiras; ginecomastia,
impotência e galactorreia > Cimetidina, atua como anti-androgênico não esteroidal (inibe
enzimas do citocromo P450 > interfere na biotransformação).
Outro método é baseado em análogos da prostaglandina E2, que é produzida pela mucosa,
inibindo a secreção de ácido e aumentando muco e bicarbonato. Misoprostol > Cytotec;
Reduz risco de úlcera com uso de AINES; contraindicado na gravidez pois estimula a
contração do útero e pode causar aborto; cólicas abdominais e diarreias.
Sucralfato > molécula pouco solúvel que polimeriza no meio ácido > liga-se ao tecido
ulcerado formando uma película protetora > acelera a cicatrização de ulcera péptica e a
taxa de recorrência; administração de 4 doses diárias, sem efeitos sistêmicos.
Bismuto Coloidal > camada protetora no tecido ulcerado, estímulo para ação de
mecanismos protetores da mucosa, efeitos antimicrobiano. Pode causar fezes escuras.
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Inibição do Vômito > diversas condições podem gerar náuseas e vômitos, assim como
efeitos colaterais de fármacos, movimentos (dramin, inibidor H1) ; distúrbios sistêmicos,
gravidez, infecções no SNC, HAS, peritonite, distúrbios hepatobiliares, radioterapia e
quimioterapia, dismotilidade, doenças gastrointestinais > fármacos distintos.
Região que manda o processo do vomito > zona de gatilho quimiorreceptora, área
postrema > centro do vômito > informações para o vago > contração gástrica e abertura
do esfíncter esofágico inferior.
A manifestação é por
algo eferente,
porém, as vias
aferentes que levam
ao gatilho do
reflexo.
Os estímulos
incluem substâncias
química ou fármacos
no sangue ou no
intestino; aferência
neuronal do trato
gastrointestinal,
labirinto e SNC.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Bloqueadores do 5HT3 > maioria das situações de náuseas e vômitos, somente em cheiro
e visão desagradável > Ondasentrona (Nausedron, Vonau), granisetrona,
dolasetrona, palonosetrona > bloqueio de fibras aferentes do vago e no cérebro.
Estimulação vagal, quimioterapia e radioterapia.
Diuréticos aumentam o volume urinário, a maioria por inibição dos transportadores renais
de transporte de íons, logo, existe diminuição da reabsorção de sódio e outros íons, como
o cloro, fazendo com que esses íons entrem na urina em maior quantidade, junto com a
água para o equilíbrio osmótico. Existe mudança no PH. A composição iônica do sangue
da urina sofre modificações.
Ampla indicação em doenças renais, cardiovasculares e endócrinas, visto que ocorre uma
alteração da homeostase do sódio e água.
As classificações dos diuréticos dependem do local que modificam a excreção do sódio
no néfron. Os efeitos são preditos com a função do segmento.
Existem fármacos que somente atuam na excreção de água.
A eficácia diurética varia consideravelmente, relação com o potencial de alterar a
absorção de sódio. Os mais potentes são os de alça, alteram de 20 a 30 % a absorção de
sódio na alça de Henle. Os que inibem a anidrase carbônica são mais fracos.
Regulação normal dos líquidos e eletrólitos em cada região do néfron: Os rins filtram
no glomérulo a água e solutos do plasma, 180L/dia. A maior parte das substâncias são
recuperadas antes da excreção. A maioria dos diuréticos atuam no lúmen com exceção
dos antagonistas da aldosterona que entram na célula a partir do lado basolateral e ligam-
se a receptores citoplasmáticos.
No néfron, receptores de adenosina e prostaglandinas > agonistas e antagonistas podem
alterar a função renal diretamente e alterar a resposta aos diuréticos.
Adenosina > possui receptores A1 > arteríola aferente e tubo contorcido proximal >
função de diminuir o fluxo sanguíneo para o glomérulo – taxa de filtração glomerular
reduzida (vasoconstrição). Vão interferir no funcionamento dos diuréticos.
Prostaglandinas > E2 e I2 > diminuem a reabsorção de sódio no ramo ascendente espesso
da alça de Henle. Ação na arteríola aferente, pois causa vasodilatação > a inibição gera
vasoconstrição, menor será a taxa de filtração, o que pode gerar efeitos lesivos para os
rins e diminuição do efeito dos diuréticos com AINES.
20% do plasma > filtrado nos capilares do glomérulo > Cápsula de Bowman > livre de
proteínas mas com muitas substâncias de baixo peso molecular, com a mesma
concentração do plasma, como glicose, bicarbonato, aminoácidos, sódio, potássio e cloro.
Regulam a composição e o volume por uma reabsorção ativa, secreção de íons, reabsorção
passiva de água > 5 regiões: túbulo contorcido proximal, ramo descendente da alça de
Henle, ramo ascendente da alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo e ducto
coletor.
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São utilizados para tratamento do edema pulmonar agudo, além do edema periférico
agudo ou crônico (ICC, ascite, cirrose).
Podem ser administrados via IV > ação rápida.
Diuréticos de alça + hidratação: tratamento de hipercalcemia, estimulam a perda tubular
de cálcio. Podem ser usar na hipercalemia.
Diuréticos de alça + tiazídico: Hipertensão Arterial
Efeitos: ototoxicidade (junto com antimicrobianos aminoglicosídeos), aumento do ácido
úrico (Furosemida e ácido etacrínico > bloqueiam secreção > piora ataque de gota),
hipotensão, choque, arritmias cardíacas, hipocalemia, alcalose metabólica hipocalêmica
(uso de diuréticos poupadores de potássio ou reposição), o uso crônico com baixa ingestão
de magnésio > hipomagnesemia.
Uso clínico: tratamento da hipertensão (leve a moderada – reduz RVP sem grande efeito
diurético, pode ser necessária o uso de outros medicamentos, como B bloqueadores,
inibidores de ECA ou do receptor de angiotensina);
Os tiazídicos podem ser usados em ICC;
Tratamento de hipercalciúria idopática, pode formar cálculos de cálcio > inibem a
excreção urinária de cálcio.
Podem ser uteis em diabetes insipidus nefrogênica > urina hiperosmolar > de 11 litros
para 3
Efeitos colaterais> hipocalemia (arritmias, com digoxina; consumo de dietas com frutas
cítricas, bananas, ameixas.), hiponatremia; diminuem o volume > SRAA > contribui para
perda de potássio (espironolactona > poupadores de potássio); hipernatremia > pode
aumentar o ADH, aumento da sede; aumentam o ácido úrico sérico> ataques de gota;
hipercalcemia; intolerância à glicose > resistência e secreção; hipertrigliceridemia;
alergia cruzada.
Antagonista da aldosterona ou bloqueador do canal > sódio não será absorvido e potássio
e hidrogênio não serão secretados > acidose metabólica e hipercalemia.
Síndrome do ovário policístico > bloqueio receptor de androgênio > inibe síntese de
esteroides; podem diminuir acne.
Efeitos Colaterais> hipercalemia > cuidados com o uso de inibidor da ECA e bloqueador
da AII
Similaridade com esteroides sexuais, pode gerar ginecomastia e irregularidades
menstruais > menor para epleronona.
Podem aumentar ácido úrico, hipercalemia, cálculos renais.
Diuréticos osmóticos > filtrados pelos glomérulos e geram diurese, como o manitol e a
uréia > sofrem pouco ou nenhuma reabsorção > aumentam o débito urinário > maior será
a osmolaridade do líquido tubular e menor reabsorção de água, somente um pouco de
sódio é excretado.
Usados para aumentar a excreção de água, não são úteis para ICC.
Podem ser usados para manter o fluxo urinário em ingestão de tóxicos que geram
insuficiência renal.
Tratamento para aumento de pressão intracraniana > IV > aumentam a osmolaridade do
líquido extracelular, puxando água das células > diminuição do edema cerebral >
hiponatremia > hipernatremia.
Manitol não é absorvido por via oral, somente intravenosa.
Antihipertensivos
A hipertensão é uma doença crônica, multifatorial, assintomática em sua maioria, que
compromete o equilíbrio entre substâncias vasodilatadoras e vasoconstritoras, levando a
um aumento da tensão nos vasos, podendo comprometer a irrigação dos tecidos e
provocar dano aos órgãos por eles irrigados.
A prevalência aumenta com o envelhecimento > entre 40 e 49 anos – 20%, 50 a 59-44%
e após 80-66%. Importância de condutas de prevenção ou tratamento precoce para evitar
as complicações.
Diagnóstico > realizar a medida da PA em toda avaliação; mínimo de duas medidas com
intervalo de 2 minutos; na primeira, verificar os dois membros. Em idosos, diabéticos e
pacientes com uso de medicação anti-hipertensiva > verificar PA em ortostatismo,
hipotensão postural é um dos principais efeitos colaterais.
Pressão arterial sistólica maior que 140; ou diastólica maior que 90.
Mais de 90 % > hipertensão essencial, sem uma causa identificada. A existência na
família aumenta a possibilidade de desenvolver; aumenta com a idade, mas diminui com
atividade física. Diabetes, obesidade, estresse, muito sódio, tabagismo, alguns
medicamentos > predisposição.
A crônica pode causar doenças cardíacas e AVC. Além disso, doença renal crônica e
insuficiência cardíaca > redução drástica com tratamento precoce.
Complicações > Hipertrofia ventricular esquerda, que pode evoluir para insuficiência
cardíaca congestiva; AVC hemorrágico e isquêmico; obstrução de coronárias > infarto;
retinopatia hipertensiva > fundo de olho; nefropatia hipertensiva. No exame de fundo de
olho > avaliação da retina e inferência da vascularização dos vasos renais.
Os sintomas normalmente ocorrem em pressão muito elevada > dores no peito,
palpitação, dispneia, perda de memória, palidez, problemas urinários, dor de cabeça,
tonturas, fraquezas, sangramento nasal, visão embaçada.
PA=DC X RVP
DC=VS X FC
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
A causa é o aumento do tônus da musculatura lisa dos vasos periféricos > constrição >
aterosclerose, coágulos, perda da elasticidade, isquemia. Aumento da resistência
arteriolar e redução da capacidade do sistema venoso.
Os fatores reguladores > o DC e a RVP > barorreflexos (curto prazo) e sistema renina-
angiotensina-aldosterona (médio e longo prazo).
Os controles adequam a perfusão sem causar danos ao endotélio.
Barorreflexos > atuam no SNS, atuam rápido. Neurônios sensíveis a pressão nos
barorreceptores do arco aórtico e seio carotídeo > medula espinhal > resposta reflexa de
aumento do estímulo simpático para coração e vasos > vasoconstrição e aumento de
débito > maior PA.
Rins > ajustam o volume sanguíneo. Os barorreceptores dos rins respondem a PA
reduzida; a estimulação simpática de B1 > renina.
Baixa de sódio ou perda > aumentam liberação de renina > angiotensinogênio >
angiotensina 1 > ECA > angiotensina 2 > vasoconstritor, contrai arteríolas e veias.
Angiotensina 2 > vasoconstrição em arteríolas eferentes do glomérulo > aumenta a
filtração glomerular; aumenta a secreção de aldosterona > aumenta reabsorção renal de
sódio e água > aumenta o volume sanguíneo. Efeitos mediadores por receptores da
angiotensina do tipo 1.
A estimulação do simpático em receptores B1 no aparelho justaglomerular > libere renina
> angiotensinogênio em angiotensina 1 > angiotensina 2.
Angiotensina 2 > vasoconstrição, aumenta aldosterona no córtex da adrenal. Atuando no
receptor AT1 a nível pré-sináptico do terminal nervoso noradrenérgico, atua de forma
positiva para liberar adrenalina. Atua a atividade simpática no coração > noradrenalina.
Receptores alfa 2, acoplado a Gi; receptores muscarínicos M2 > Gi > menor AMP >
menos noradrenalina.
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Fármacos Simpaticolíticos
Redução direta ou indireta da atividade simpática
DE AÇÃO CENTRAL - Metildopa, Clonidina
DE AÇÃO CENTRAL DE 2ª GERAÇÃO - Rilmenidina, Moxonidina
BLOQUEADORES GANGLIONARES - Mecamilamina, Trimetafan
BLOQUEADORES ADRENÉRGICOS - Reserpina, Guanetidina
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES ADRENÉRGICOS alfa - Prazosina ...........
beta - Propranolol .............
alfa/beta – Labetalol
Fármacos que afetam a liberação de noradrenalina > A metildopa é uma fármaco que
ainda é usado na hipertensão durante a gravidez. Ela é captada pelos neurônios e então
convertida no falso transmissor α-metilnoradrenalina. A α-metilnoradrenalina não sobre
degradação pela MAO, se acumulando nos terminais sinápticos e deslocando a NA das
vesículas. Quando é liberada, a α-metilnoradrenalina atua sobre receptores α2-
adrenérgicos pré-sinápticos, inibindo a liberação de noradrenalina.
Ambos os efeitos contribuem para redução da ativação de receptores α1-adrenérgicos e o
efeito hipotensor. Pode causar hepatotoxicidade e anemia hemolítica autoimune.
METILDOPA > Reduz a PA por reduzir a RVP; Pouco efeito sobre o DC e a FC; Pouca
hipotensão postural; “Pseudotolerância” – retenção de sais e líquidos - associação com
um diurético. Várias doses diárias; usadas em gestantes.
Toxicidade e efeitos colaterais:
Sedação, depressão
Redução da acuidade mental / esquecimento
Distúrbios do sono
Cefaléia
Impotência, diarréia, visão embaçada
Bradicardia
Hipersensibilidade do seio carotídeo
Anemia hemolítica (raramente)
Clonidina > não é a primeira escolha, usada em hipertensão que não responde ao
tratamento de 2 ou mais fármacos. Útil em hipertensão complicada por doença renal.
Podem ser transdérmicos, mas maioria via oral.
Redução da PA decorre de:
– FC
– Relaxamento de vasos de capacitância
– RVP principalmente na posição ereta
Fluxo sanguíneo renal é mantido
Há retenção de sais e líquidos
– associar com um diurético
Toxicidade e efeitos colaterais:
Sedação, depressão
Disfunção sexual
Bradicardia
Dermatite de contato
Interação com antidepressivos tricíclicos (bloq. )
Crise hipertensiva na suspensão abrupta > deve ser retirado lentamente.
Beta Bloqueadores
Não é a primeira linha no tratamento. Bom para fibrilação, infarto, ICC crônica, infarto.
Devem ser administrados com cuidados em asmáticos, mesmo os seletivos. Os não
seletivos > propranolol, contraindicado, bloqueio da broncodilatação (B2)
Propanolol > atua em B1 e B2
Atenolol e Metoprolol > atua em B1
Nebivolol > atua em B1 e libera NO > vasodilatação.
Redução da produção e liberação de renina pelas células justaglomerulares do rim;
Redução do débito cardíaco; Redução central da atividade simpática. Não alteram a
pressão arterial em normotensos.
Pode diminuir HDL e aumentar lipídeos.
Bloqueio B > menor ativação de B1 no coração > menor força de contração e FC >
diminuição do débito. A longo prazo, diminui a liberação de renina, receptores B1 que
liberam renina > menor será a RVP > menor PA. A diminuição da angiotensina II > menos
aldosterona, menor retenção de sódio e água > menor volume sanguíneo.
Devem ser reduzidos gradual em HAS e doença cardíacas, por causa do UP-regulation.
- Metoprolol
- Nebivolol: vasodilatador direto por liberação de NO
Ação e Usos
– Diminuição das catecolaminas
– Reduz a secreção de renina
– Diminuição da RVP
– HAS em brancos e jovens
Efeitos indesejáveis
– Broncoespasmo
– Bradicardia
– Pesadelos
– Disfunção sexual
– Depressão miocárdica
– Depressão psíquica
– Fadiga e letargia
– Hipoglicemia
– Redução do HDL
Tosse > não presente em inbidores de at1, pois não alteram os níveis de bradicinina.
Alisquireno > inibidor seletivo da renina > atua precocemente, antes dos inibidores da
ECA e angio II. Não é de primeira escolha. Pode causar diarreia, tosse, angioedema. Não
pode ser usadas em grávidas > teratogênese e mal formações fetais.
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IECA > São muitas vezes os de primeira escolha pelos baixos efeitos colaterais > Não
produzem taquicardia reflexa e alterações do ritmo. Não alteram o metabolismo de
carboidratos e lipídeos. A hipotensão é mais frequente no paciente com hiperrenemia,
hipovolêmico, desidratado, idoso. Contra indicado em gestantes: lesão renal fetal e má
formações.
Antagonistas da Angiotensina II
Inibidores competitivos dos receptores da AII tipo 1, predominando nos vasos, miocárdio,
cérebro, rins e suprarrenal
Embora a ligação seja reversível a dissociação é lenta comportando-se como antagonistas
não competitivos
O losartan possui uma ligação irreversível no receptor
Ex.: Losartan, Valsartan, Candersartan
O bloqueio do receptor em diferentes locais diminui a contração do músculo liso
vascular, liberação de noradrenalina e aldosterona.
Inibem a atividade do SRAA com maior eficácia que os IECA pois afetam outras
vias alternativas de síntese da AII
Inibem o receptor de forma independente da síntese de AII
Não aumentam os níveis de bradicininas: menor tosse e angioedema.
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Podem ser usados em primeira escolha > diabéticos, insuficiência cardíaca, doença renal
crônica.
Resumo
Losartana
– 50 – 100 mg ( 1 x dia)
Valsartan
– 80 – 160 mg ( 1 x dia )
Ação:
– Antagonizam a ação da angiotensina II, bloqueando especificamente os
seus receptores.
Efeitos Indesejáveis
– Tontura
– Hipotensão
– Hipercalemia
– Reação cutânea- “rash”
– Alteração da função renal em pacientes com lesão prévia
– Contra indicados na gestante: lesão renal fetal
Não usar em gestantes.
Monoterapia Inicial
Diuréticos
Antag. Canais Ca
IECA
ARAII
Vasodiltadores
Atuam no m.liso dos vasos ou endotélio, para diminuir o tônus vascular > tratamento de
hipertensão, principalmente em urgência e emergências, síndromes coronarianas agudas
(perfusão e consumo de oxigênio).
O tônus vascular constitui um regulador da perfusão dos tecidos, para oxigênio e
nutrientes. O equilíbrio entre oferta e demanda é essencial para o coração. O suprimento
de oxigênio ao miocárdio depende do tônus das coronárias; a demanda de oxigênio do
miocárdio depende do tônus das arteríolas sistêmicas, vasos de resistência e das veias
(recebem muito sangue, 75 a 85 %). A demanda depende da tensão da parede ventricular,
definida pelo raio da parede do ventrículo > quanto maior a pré-carga, maior a tensão da
parede ventricular > maior a demanda de oxigênio. Quanto maior o tônus das arteríolas >
maior a pós-carga > maior será o trabalho do coração > maior a tensão dentro da parede
ventricular > aumento do consumo de oxigênio. A diminuição da pré e pós carga >
diminui a tensão da parede ventricular > diminuição do consumo de oxigênio.
Arteríolas > resistência > pós-
carga.
Veias > capacitância; pré-
carga.
Pode-se aumentar o
suprimento, pela diminuição do
tônus > maior perfusão do
coração.
Inibidores da ECA > como o Captopril > inibem a inativação da bradicinina > liga-se no
receptor > estimula a eNOS > formação de óxido nítrico > relaxamento, vasodilatação.
Nitratos > formação de óxido nítrico no vaso da m.lisa > GMP cíclico > miosina de cadeia
leve fosfatase, retira o fosfato da miosina de cadeia leve > evita a contração >
relaxamento. Menor degradação dessas substâncias, como o sildenafil > vasodilatação.
Inibidores da fosfodiesterase do tipo V > uso com cuidado, pode haver taquicardia,
aumento do consumo de oxigênio, infartos...
Emergências Hipertensivas > Devem ser tratadas imediatamente com drogas de ação
rápida, administradas por via endovenosa, com monitorização rígida, objetivando redução
imediata da PA;
Sistólica maior que 180; diastólica acima de 120; lesões como AVC, infarto > lesão de
órgão alvo (sem elas, urgência hipertensiva).
Não pode diminuir de modo abrupto > limitar a lesão orgânica em órgãos alvo.
A principal droga usada é o nitroprussiato de sódio, um potente vasodilatador com ação
arterial e venosa. Pode-se usar nitroglicerina, hidralazina, agonistas da dopamina.
• Encefalopatia hipertensiva
• Edema agudo de pulmão
• Infarto do miocardio
• Dissecção da aorta
• Hemorragia intracraniana
• Eclâmpsia
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• Sangramento pós-operatório
• Queimadura extensas
• Crises de feocromocitoma
ARTERIAL
– HIDRALAZINA (HIDRALAZINA®)
– MINOXIDIL (LONITEN®)
– DIAZÓXIDO (TENSURIL®)
ARTERIAL E VENOSO
– NITROPRUSSIATO DE SÓDIO (NIPRIDE®)
VENOSO
- NITRATOS ORGÂNICOS (TRIDIL®)
HIDRALAZINA
Primeiros anti-hipertensivos por via oral nos EUA;
- Pouco utilizada devido a taquicardia reflexa > pode-se associar beta-bloqueador
- Associada a simpaticolíticos e diuréticos, pois retém sódio e água
- HAS refratária a outros medicamentos
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É metabolizada no fígado e eliminada na urina, por isso, sua dose deve ser reduzida em
hepatopatas e em nefropatas
Rapidamente metabolizada pelo fígado: Grande efeito de primeira passagem hepática
Metabolização por acetilação: acetiladores rápidos (10% de biodisponibilidade);
acetiladores lentos (31%)
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MINOXIDIL
A descoberta da ação hipotensora foi em 1965
Loniten®
Administrado por via oral em pacientes com formas graves e refratárias de hipertensão;
Não é a primeira opção, vários efeitos colaterais.
Pró-droga que metabolizada no fígado pela ação da Sulfotransferase transforma-se na
molécula ativa: sulfato de minoxidil;
Vasodilatador ativo por via oral
Dilata arteríolas e não dilata veias;
Intervalo: 12 a 24h
Biotransformação hepática lenta: Metabólito ativo-sulfato de minoxidil
Eliminação renal
Efeito até 24h
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DIAZÓDICO
DERIVADO BENZOTIAZIDICO
SEMELHANTE AOS DIURÉTICOS TIAZIDICOS
Ativação dos canais de potássio > Efluxo deste íon
- Parenteral
- Efeito em 5 min
- Duração: 4 a 12 horas
- Dose 50-150 mg,
- Pacientes respondem a 3 a 4 doses;
NITRATOS ORGÂNICOS
Trinitrato de gliceril: Nitroglicerina (NTG) — foi o primeiro nitrato orgânico a ser
empregado para alívio dos sintomas anginosos há mais de 100 anos.
Angina de peito estável; angina instável, IAM; HAS e ICC
São quimicamente reduzidos e liberam NO.
Dilatam preferencialmente as veias. Somente em altas concentrações dilatam as artérias
Diminuição da pré e pós-carga.
Doses suficientes para produzir vasodilatação das artérias epicárdicas podem induzir
vasodilatação arteriolar periférica excessiva e hipotensão refratária: tonteira, vertigem,
síncope franca e isquemia do miocárdio.
A perfusão coronariana depende do gradiente de pressão entre a aorta e o endocárdio
durante a diástole: redução acentuada da pressão aórtica diastólica pode resultar em
suprimento insuficiente de O2 ao coração.
Exposição a altos níveis > indústria de explosivos. Quando no local existe muito nitrato
orgânico volátil > depois da segunda > dor de cabeça e tonteira > doença da segunda feira
– tolerância. No fim de semana, tolerância para > voltam a cada segunda feira.
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NITROPRUSSIATO DE SÓDIO
INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE
Impedem a hidrólise do AMPc e do GMPc em 5-AMP e 5-GMP
Anrinona e milrinona: isoformas do músculo cardíaco e liso vascular
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Insuficiência Cardíaca
Síndrome onde ocorre a incapacidade do coração em manter o DC necessário ao
metabolismo, ou quando a manutenção só é possível através do aumento das pressões
ventriculares. As causas podem ser por dificuldade no enchimento ventricular, na função
contrátil ou no esvaziamento da cavidade ventricular
Síndrome caracterizada por uma disfunção ventricular e
da regulação neuro-humoral, acompanhada de sintomas
de cansaço aos esforços, retenção hídrica e redução da
expectativa de vida.
Mecanismos compensatórios surgem na tentativa de
aumentar o débito cardíaco, como o aumento da
frequência cardíaca, da pressão diastólica final e da
massa ventricular. No entanto, com a evolução > a
função ventricular declina progressivamente.
Doenças principais > aterosclerose, IAM, HAS, doenças
valvares, miocardiopatia dilatada, cardiopatia
congênitas.
VDF> volume final após a diástole.
VSF > volume no ventrículo após a sístole.
PDF > pressão no ventrículo no fim da diástole >
mecanismos de adaptação que progride para a IC.
Pré, pós-carga e
a contratilidade
determinam o
débito cardíaco.
Impedância >
trabalho para o
coração
esvaziar o
conteúdo.
Inibidor da ECA > redução da pós-carga > aumento do DC na pré-carga > eleva a relação
de Frank-Starling, mais do que um inotrópico, por exemplo. A redução da pré-carga >
alivia a congestão.
Não adianta tratar uma ICC somente com diuréticos. A redução da pré-carga melhora os
sintomas de pressão diastólica final elevada. Os inotrópicos não alteram a pressão
diastólica final ventricular, ainda elevada. Assim, deve-se associar. O mais eficiente são
os que reduzem a pós-carga, diminui o trabalho para o coração esvaziar o conteúdo, o DC
aumenta. Tratamentos atuais > redução da pós-carga.
A adaptação que o
organismo faz para
melhor o DC >
ativação crônica do
simpático
(contratilidade) e do
sistema renina-
angiotensina-
aldosterona (aumenta
volume diastólico
final) > remodelação
do tecido cardíaco >
perda dos miócitos,
hipertrofia e fibrose.
Ciclo vicioso.
Alívio de sintomas,
aumento de
sobrevida, diminuir a
progressão.
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Terapia da ICC
Beta bloqueador > menos renina > menos angiotensina II > menos aldosterona > menor
vasoconstrição.
Inibidores da ECA > menos aldosterona > menos vasoconstrição > menor demanda de
O2
Vasodilatadores > diminuem a pós-carga > melhor esvaziamento do volume sistólico com
menor gasto de oxigênio
Venodilatadores > diminuem a pré-carga > menor retorno venoso > menos tensão da
parede ventricular.
Diuréticos > bloqueios da aldosterona > sem retenção de sódio, água > sem aumento da
pré-carga; podem diminui a pré-carga. Usados em conjunto, sempre.
DIURÉTICOS
Indicados para todos os pacientes com IC e retenção hidrica. Geralmente devem ser
associados com inibidores da ECA e bloqueadores
Furosemida, Espironolactona, Eplerenona
Objetivos: eliminar sintomas e sinais de retenção hidrica. Vigiar
Hipotensão arterial
O controle diário do peso é método útil de ajuste da dose
Diminuem o volume e a pré-carga
Apesar da eficácia dos diuréticos de alça e tiazídicos na redução dos sintomas
congestivos, não há evidência de benefício em relação à taxa de mortalidade
Não tem ação direta no DC, porém, a redução excessiva da pré-carga pode diminuir o DC
Espironolactona e Eplerenona: Hiperatividade do sistema renina-angiotensina-
aldosterona > redução da mortalidade em cerca de 30% e das internações. Monitorar
cuidadosamente o potássio, aumentam a excreção, principalmente quando em associação
com inibidores da ECA.
Tiazidicos são utilizados em casos mais leves e são ineficazes quando o RFG é menor do
que 30-40 ml/min. Metolazona age com RFG de até 20-30 ml/min
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Destruição dos fatores natriuréticos cerebral e atrial > fármaco Sacubitril > inibição
Os digitálicos são encontrados em diversas plantas onde atuam como veneno contra
predadores.
Primeira descrição científica do uso na insuficiência cardíaca coube à William Withering,
em 1785, na monografia sobre a eficácia terapêutica e a toxicidade da planta Digitalis
purpurea.
A digoxina e a digitoxina são derivados da Digitalis lanata.
Não são considerados mais agentes de primeira linha no tratamento da insuficiência
cardíaca.
Baixo índice terapêutico, muitas intoxicações.
Farmacocinética
Doses reduzidas em idosos, pacientes com insuficiencia hepatica e renal e com pouca
massa magra
Digoxina:
Bem absorvida por via oral (biodisponibilidade de 70%). Alguns pacientes podem ter
flora intestinal que metaboliza em diidrodigoxina.
É excretada predominantemente pelo rim (60%)
40% de metabolismo hepático
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Efeitos Adversos:
As principais ações dos glicosídios cardíacos são sobre o coração; todavia, alguns de seus
efeitos adversos são extracardíacos, incluindo náuseas, vômitos, diarréia e confusão
mental.
Quinidina, amiodarona, propafenona e verapamil diminuem o clearance.
Beta-bloqueador: aumenta o risco de BAV
Hipocalemia (aumenta a afinidade; ex. diuréticos), hipomagnesemia (vômitos) e
hipercalcemia aumentam a possibilidade de intoxicação digitálica
Intoxicação Digitálica
• Manifestações cardíacas
– Arritmias
• Ventriculares
– Extrassistoles
– Taquicardia ventricular
– Fibrilação ventricular
– Bloqueios
• Vários graus até total
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Dopamina
Baixas doses (2μg/kg/min) possui efeitos vasodilatadores por rec. DA1 e DA2
(coronariano, renal)
Doses intermediarias (5μg/kg/min) aumentam o inotropismo cardíaco com pouca
taquicardia
Doses elevadas (10μg/kg/min), taquicardia e efeitos alfa-adrenergicos
Aumenta a pós-carga.
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Dobutamina
Mais utilizada nesses casos.
Possui mais efeito sobre rec beta1 e curiosamente possui maior efeito inotropico positivo
que cronotropico.
Pode ativar discretamente beta-2 e alfa adrenérgicos (aumento de inotropismo porém
aumento da RVP)
Tambem pode ter efeito vasodilatador renal (ativacao de DA1 e DA2). Enantiomero (+):
antagonista alfa 1; (-) agonista alfa 1
½ vida: 2 minutos. Via endovenosa contínua
Outros agentes:
Beta-bloqueadores
O carvedilol é o mais extensamente utilizado devido a inibição beta 1, beta 2 e alfa1.
Aumentam a sobrevida e diminui hospitalização.
Remodelamento, pode aumentar os sintomas no início. Menor liberação de noradrenalina,
diminui hipertrofia. Recomendado em crônica e estável.
Metoprolol de liberação longa; labetalol, bisoprolol
Agem por:
Atenuação dos efeitos citotóxicos e de sinalização das catecolaminas circulantes
Diminuição de renina
Controle de arritmias e prevenção das síndromes coronarianas agudas
Em associação com IECA (efeito sinérgico por atuarem em mecanismos diferentes)
Usar com cautela em pacientes com asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica,
pacientes bradicardicos (FC < 60 bpm/min.) ou portadores de bloqueio A-V sem marca-
passo. Em pacientes com ICC severa ou descompensados, não devem ser iniciados até
que ocorra estabilização (sem sobrecarga volêmica) com a terapia convencional
Estudo COPERNICUS: uma morte evitada para cada 13 pacientes tratados em um ano
Venodilatadores
Nitratos: Nitroglicerina
Aumenta a capacitância venosa e diminui o RV
Redução do volume do VE e pressão diastólica do VE: menor consumo de O2 (pacientes
com isquemia e disfunção do VE). Melhora da complacência do VE
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Anticoagulantes
O termo hemostasia refere-se ao conjunto de mecanismos pelos quais se mantêm o sangue
fluido dentro do vaso, sem coagular (trombose) nem extravasar (hemorragia).
IAM, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, AVC > anticoagulantes e
fibrinolíticos.
Hemorragia aumentada, como a hemofilia > transfusão de fato 8 recombinante;
deficiência de vitamina K.
Coágulo que adere a uma parede do vaso > trombo;
Um coágulo dentro dos vasos que flutua no sangue > êmbolo
Podem ocluir os vasos > isquemia.
Uma porção do trombo pode destacar-se dos vasos, viajar na forma de êmbolo e alojar-
se em outro ponto do corpo, causando isquemia e/ou enfarte.
Uma porção do trombo pode destacar-se dos vasos, viajar na forma de êmbolo e alojar-
se em outro ponto do corpo, causando isquemia e/ou enfarte.
Problemas no processo de hemostasia também podem levar a hemorragias.
Lesão Tecidual > O processo hemostático pode ser dividido em termos conceituais em
quatro estágios — vasoconstrição, hemostasia primária (Adesão plaquetária e ativação),
hemostasia secundária (Coagulação do sangue) e resolução (Fibrinólise).
A lesão vascular provoca desnudamento do endotélio. A endotelina, liberada pelo
endotélio ativado, e fatores neuro-humorais induzem uma
vasoconstrição transitória.
Agregação Plaquetária
A adesão > ligação das plaquetas no vaso; agregação plaquetária> ligação de uma
plaqueta com outra.
Possui vários de receptores de superfície.
O receptor P2Y(ADP) ativa uma proteína Gi > PKA inibe a ativação das plaquetas
Painel da esquerda: 1. A ligação do ADP ao receptor P2Y(ADP) ativa uma proteína Gi,
que inibe a adenilciclase. 2. A inibição da adenilciclase diminui a síntese de cAMP e,
portanto, diminui a ativação da proteinocinase A (PKA) (seta tracejada). O cAMP é
metabolizado a AMP pela fosfodiesterase (PDE). 3. A PKA inibe a ativação da plaqueta
através de uma série de etapas que ainda não estão bem elucidadas. Por conseguinte, a
ativação diminuída da PKA em decorrência da ligação do ADP ao receptor P2Y(ADP)
provoca ativação da plaqueta. Painel da direita: 4.
A trombina cliva proteoliticamente o domínio extracelular de seu receptor. Essa clivagem
cria uma nova extremidade N-terminal, que se liga a um sítio de ativação no receptor de
trombina ativando uma proteína Gq. 5. O ADP também ativa a Gq através de sua ligação
ao receptor P2Y1. 6. A ativação da Gq (pela trombina ou pelo ADP) ativa a fosfolipase
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C (PLC). 7. A atividade da PLC leva à ativação da plaqueta, como mostra a Fig. 22.4.
Observe que o ADP pode ativar
as plaquetas através de sua ligação ao receptor P2Y(ADP) ou ao receptor P2Y1, embora
evidências recentes sugiram que a ativação completa da plaqueta exija a participação de
ambos os receptores.
Na cascata da coagulação, a protrombina (II) é clivada em trombina (IIa) pelo fator Xa;
o fator
Va e o Ca2+ atuam como cofatores nessa reação, e a reação ocorre sobre
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FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS
As plaquetas aderem a áreas danificadas e são ativadas, expondo fosfolipídeos carregados
negativamente e receptores GP IIb/IIIa, bem como liberando TXA2 e ADP, que ativa
outras plaquetas. Os receptores GP IIb/IIIa se ligam ao fibrinogênio, formando pontes
entre as plaquetas > tampão, fase primária.
Usos de drogas antiplaquetárias referem principalmente a trombose arterial e incluem:
1- Risco ou Infarto agudo do miocárdio;
2- Angina ou claudicação intermitente;
3- Após revascularização do miocárdio;
4- Síndromes coronarianas instáveis (clopidogrel + aspirina);
5- Após angioplastia das artérias coronárias e / ou colocação de stent (abciximab +
aspirina);
6- Isquemia cerebral transitória ou AVC trombótico, para prevenir a recorrência
(dipiridamol + aspirina).
A aspirina é a mais utilizada na clínica médica por ter uma melhor relação custo-
benefício. Outras drogas (por exemplo, dipiridamol, clopidogrel) são usadas como
adjuvantes ou em pacientes sensíveis à aspirina.
Doses abaixo de 300mg > antiplaquetárias; em doses altas > analgésica e anti-
inflamatórias > aumenta chance de comprometimento renal, gástrico.
Outras drogas antiplaquetárias como epoprostenol (PGI2) tem aplicações específicas
como na hemodiálise ou na hipertensão pulmonar.
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FÁRMACOS ANTICOAGULANTES
Atuam mais nos fatores da coagulação > mais para inibir formação de trombos venosos.
O fator tecidual expresso sobre as células endoteliais ativadas e micropartículas
leucocitárias, juntamente com fosfolipídios ácidos expressos sobre as plaquetas ativadas
e as células endoteliais ativadas (2), iniciam as etapas da cascata da coagulação, que
culmina na ativação da trombina (3). A trombina ativa proteoliticamente o fibrinogênio
para formar fibrina, que sofre polimerização em torno do local de lesão, resultando na
formação de um tampão hemostático definitivo.
Os anticoagulantes são usados para prevenir:
1- Trombose venosa profunda (por exemplo, no período perioperatório);
2- Extensão da trombose venosa profunda estabelecida;
3- Embolia pulmonar;
4- Trombose e embolização em pacientes com fibrilação atrial;
5- Trombose em próteses valvulares cardíacas;
6- Coagulação em circulação extracorpórea (por exemplo durante a hemodiálise);
7- Infarto do miocárdio em pacientes com angina instável.
Heparina (muitas vezes como heparina de baixo peso molecular) é utilizado de forma
aguda.
Varfarina ou inibidores diretos da trombina ou Xa podem ser usados em uma terapia
prolongada.
VITAMINA K
A vitamina K é um cofator necessário na carboxilação pós-tradução de resíduos de
glutamato nos fatores II, VII, IX e X.
Durante a reação de carboxilação, a vitamina K é oxidada ao 2,3-epóxido inativo. Todos
fatores que dependem do cálcio dependem da vitamina K.
A enzima epóxido redutase converte a vitamina K inativa 2,3-epóxido na forma reduzida
ativa.
A regeneração da vitamina K reduzida é essencial para a síntese contínua dos fatores da
coagulação II, VII, IX e X funcionais.
A vitaminas K é pró-coagulante, logo, pode ser usada no tratamento e/ou prevenção de
hemorragias:
- Desintoxicação por dose oral excessiva de anticoagulantes (Exp.: Varfarina).
- Em bebês, para prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
A varfarina atua sobre a via de carboxilação ao inibir a epóxido redutase necessária para
a regeneração da vitamina K reduzida (ativa).
Este processo acaba inibindo a γ-carboxilação de glutamato nos fatores II, VII, IX e X.
Tanto a varfarina quanto o dicumarol são biodisponíveis por via oral e freqüentemente
designados como “anticoagulantes orais”.
Varfarina:
100% absorvida por via oral;
Dose baseada no “Tempo de protrombina ou RNI”;
Ligação importante com proteínas plasmáticas (99%);
Baixo índice terapêutico
Muitos fatores modificar a sua ação:
1- Fatores genéticos (polimorfismos de CYP2C6 e VKORC1);
2- Dano hepático
2- Interações medicamentosas são especialmente importantes.
Atualmente, inibidores diretos da trombina, ativos por via oral (Exp.: o etexilato de
dabigatrana) ou inibidores do fator Xa (Exp.: rivaroxabana) estão sendo mais
utilizados por não requerem monitoramento individualizado da dose.
Pode gerar:
Hemorragia
Contraindicado na gravidez:
• Risco de aborto e anomalias fetais
• Alterações no SNC
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
A heparina atua potenciando a ação da antitrombina III, um inibidor natural que inativa
o fator Xa e a trombina.
A atividade anticoagulante decorre de uma sequência pentassacarídica única, com alta
afinidade para antitrombina III. Via subcutânea e IV.
Heparinas de baixo peso molecular (HBPM) tem o mesmo efeito sobre o fator X como
a heparina, mas não tem efeito sobre a trombina; a eficácia terapêutica é semelhante à
heparina, mas monitorização e individualização da dosagem não são necessários (exceto
se o paciente tem insuficiência renal). Via subcutânea.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Fondaparinux
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Fibrinolíticos
Antihemorrágicos
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Batmotropismo = excitabilidade
Capacidade que tem o miocárdio de reagir quando estimulado, reação esta que se
extende por todo o órgão
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Dromotropismo = condutibilidade
Condução do processo de ativação elétrica por todo o miocárdio, numa seqüência
sistematicamente estabe- lecida, à qual se segue a contração do coração como um
todo
CRONOTROPISMO = automaticidade
capacidade de o coração gerar seus próprios estímulos elétricos, independentemente
de influências extrínsecas ao órgão
INOTROPISMO = contratilidade
-
É a propriedade que tem o coração de se contrair ati- vamente como um
todo, de forma única, uma vez estimulada a sua musculatura, o que resulta no
fenômeno da contração sistólica
LUSITROPISMO = distensibilidade
- capacidade de relaxamento global que tem o coração, uma vez cessada sua contração.
Corresponde ao que denominamos fase de relaxamento diastólico
Ritmo sinusal
O impulso se origina em células especializadas que formam o nódulo sino atrial
Apresentam automaticidade intrínseca que gera potenciais de ação espontaneamente
O potencial de ação se propaga por todo o coração (sincício funcional)
Ritmo Sinusal
Principais arritmias
BRADIARRITMIAS < 60
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
Consequências Clínicas
Nenhuma
Sintomatologia adversa afeta a qualidade de vida Sincope
Morte súbita
Deve contribuir ou causar:
acidente vascular cerebral (AVC) Insuficiência Cardíaca congestiva (ICC) Isquemia
miocárdica ou infarto
Choque cardiogênico
Eletrocardiograma
Monitoramento nas 24h (Holter)
Estudos eletrofisiológicos invasivos Outros testes:
Manobra vagaL
Administração de drogas
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
ECG
É essencial para o diagnóstico
ECG deve ser realizados em todos os pacientes sintomas sugestivos de arritmias
cardíacas
Analisar:
frequência
Regularidade
Duraçao do complexo QRS (menor <0.12 sec, maior ³ 0.12 sec) Identificar e estudar
a onda P
Identificar e estudar o complexo QRS (onda R) Determinar as relações entre as ondas P
eR
1. OS ANTIARRÍTMICOS ESTÃO ENTRE AS DROGAS MAIS
PERIGOSAS UTILIZADAS NA CLÍNICA
2. A CONDUTA MAIS APROPRIADAS QUASE SEMPRE NÃO É
FARMACOLÓGICA
- NAS BRADIARRITMIAS : CONSIDERAR MARCA-PASSO
- NAS TAQUIARRITMIAS: CONSIDERAR CARDIOVERSÃO
3. TRATAR O PACIENTE NÃO O ELETROCARDIOGRAMA
4. PROCURAR POR FATORES PREDISPONENTES TAIS COMO:
- ALTERAÇÕES ÍÔNICAS - TIREOTOXICOSE -USO DE DROGAS
- ISQUEMIA , ANEURISMA – DISFUNÇÃO CARDÍACA OU DOENÇA
CARDÍACA CONGÊNITA
5. EVITAR SOBRETUDO “COCTAILS” DE DROGAS
AMIODARONA BRETÍLIO
CLASSE IV: MEDICAMENTOS QUE BLOQUEIAM O COMPONENTE LENTO DO
POTENCIAL DE AÇÃO CADÍACO (BLOQ. DE CANAIS DE Ca++)
VERAPAMIL DILTIAZEN
CLASSE V: MISCELÂNEA
Classe Ia
- Quinidina > usada em taquiarritmias juncional e ventricular
- Procainamida IV > arritmias atriais e ventriculares > CARDIOVERSÃO,
desfibrilação, AMIODARONA > SUBSTITUIRAM!
- Disopiramida – arritmias ventriculares, manutenção do ritmo sinusal em FA
ou fluter atrial.
Também age como de classe III > podem precipitar arritmias que evoluem para fibrilação
ventricular; interfere com a saída de potássio na repolarização.
- MECANISMO DE AÇÃO:
- BLOQUEIA CANAIS RÁPIDOS DE SÓDIO
- RETARDA A REPOLARIZAÇÃO
- PROLONGA O POTENCIAL DE AÇÃO
- PROLONGAM A REPOLARIZAÇÃOE REDUZEM O Vmax (++)
Diminui V de condução e aumenta a refratalidade.
- INDICAÇÕES
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
- FIBRILAÇÀO ATRIAL
- CONTRAÇÕES ATRIAIS PREMATURAS
- CONTRAÇÕES VENTRICULARES PREMATURAS
- TAQUICARDIA VENTRICULAR
SÍNDROME DE Wolff-Parkinson-White
QUINIDIDA
I. EFEITOS CARDÍACOS
1. DIRETOS ( CONCENTRAÇÃO DEPENDENTE)
- SÃO DEPRESSORES AV
- EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO
- SÃO PARASSIMPATICOLÍTICOS
2. DIRETOS (NÃO CONCENTRAÇÃO DEPENDENTE)
- PARASSIMPATICOLÍTICO
- AUMENTA DURAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO
- AUMENTA O INTERVALO QT
2. EFEITOS EXTRACARDÍACOS
- A QUINIDINA POSSUI EFEITOS BLOQUEADORES DOS aADR
QUE PODEM CAUSAR AUMENTO REFLEXO DA FC
Toxicidade
1. AÇÃO ANTI MUSCARÍNICA
- AUMENTO DA FREQUÊNCIA SINUSAL
- AUMENTO DA CONDUÇÃO AV
2. PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT
- ( 5%) - “síncope quinidínica” - Torsade de Pointes
3. DEPRIME A CONTRATILIDADE
- contribui para diminuir a Pressão Arterial
4. CHINCHONISMO
- CEFALÉIA, TINNITUS, VISÃO NOTURNA, DESORIENTAÇÃO, PSICOSE E,
DESORDENS GI
- REAÇÕES ALÉRGICAS (Ex.: púrpura trombocitopênica ).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
PROCAINAMIDA
CLASSE Ib
1. TIPOS
- LIDOCAINA, FENITOINA, TOCAINIDA, MEXILETINA
2. MECANISMO DE AÇÃO
- BLOQUEIAM CANAIS DE SÓDIO SE ASSOCIANDO E SE
DISSOCIANDO DENTRO DO PRAZO DO BATIMENTO CARDÍACO
NORMAL
- ENCURTAM O POTENCIAL DE AÇÃO E REDUZEM O Vmax ( +)
- A DISSOCIAÇÀO ACONTECE NO INÍCIO DO BATIMENTO
SEGUINTE (DESDE QUE OS BATIMENTOS SEJAM NORMAIS)
- SE LIGAM PREFERENCIALMENTE AOS CANAIS REFRATÁRIOS
BLOQEANDO PREFERENCIALMENTE CÉLULAS DESPOLARIZADAS COMO
ACONTECE NA ISQUEMIA
- ASSIM UM BATIMENTO PREMATURO SERÁ ABORTADO
2. INDICAÇÀO
USADOS NA ARRITMIA VENTRICULAR SOMENTE COM:
- CONTRAÇÕES VENTRICULARES PREMATURAS
- TAQUICARDIA VENTRICULAR
- FIBRILAÇÃO
PARÂMETRO ELÉTRICO SUB-GRUPOIa QUINIDINA / SUB-DRUPO Ib LIDOCAINA E
PROCAINAMIDA FENITOINA
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
LIDOCAÍNA
1. COMO ANTIAARÍTMICO É EMPREGADA POR VIA EV PARA TRATAR
OU PREVINIR ARRITMIAS VENTRICULARES PÓS INFARTO DO
MIOCÁRDIO
2. É QUASE INTEIRAMENTE METABOLIZADA PELO FÍGADO
3. POR SOFRER EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM NÃO É EMPREGA- DA
POR VIA ORAL
SEUS EFEITOS ADVERSOS MAIS IMPORTANETES DIZEM RESPEITO A SUAS
AÇÕES NO SNC ( > 5 ug/ml )
PARESTESIAS PERIORAL TÍNITUS
FALA ARRASTADA,
CONFUSÃO MENTAL
SONOLÊNCIA
CONVULSÃO INICIAL SEGUIDA DE DEPRESSÃO DO SNC
FENITOINA
AINDA HOJE É EMPREGADA COMO ANTIEPILÉTICO, emprego como
antiarrítmico é obsoleto.
CLASSE Ic
FLECAINIDA + ENCAINIDA
CLASSE II – BETABLOQUEADORES
Propranolol (Inderal®)
Acebutalol Esmolol Metoprolol Atenolol (Atenol®) Timolol
CLASSE IV
Verapamil e Diltiazen
VERAPAMIL
1. É DADO POR VIA ORAL ( PROFILAXIA DA TAQUICARDIA SUPRA
VENTRICULAR PAROXÍSTICA DE ORIGEM NODAL)
2. AS PREPARAÇÕES EV DISPONÍVEIS SÃO PERIGOSAS E QUASE NUNCA
SÃO NECESSÁRIAS
3. CONTROLE DO FLUTTER E DA FIBRILAÇÀO ATRIAL
4. É INEFICAZ NA SÍNDROME DE WOLF-PARKINSON-WHITE
5. É PERIGOSO NAS ARRITMIAS VENTRICULARES
Interfere na fase II e IV, entradas de cálcio > diminui a despolarização do Nó SA e AV >
diminui FC
CUIDADOS!!! > INTENSO EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO (EM ESPECIAL NO
USO INTRAVENOSO)
CUIDADO COM O USO CONCOMITANTE DE PROPRANOLOL
AUMENTA OS NÍVEIS DE DIGOXINA
CONSTIPAÇÃO, HIPOTENSÃO
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago
DILTIAZEN
TEM MAIS EFEITOS RELAXANTES DA MUSCULATU- RA LISA DO QUE O
VERAPAMIL
ADENOSINA
PRODUZ EFEITOS INIBITÓRIOS SOBRE ATIVIDADE CARDÍACA
DIMINUI A FREQUÊNCIA DE DISPAROS DO NSA E
DIMINUI A CONDUÇÃO AV (efeito vagomimético)
PARA CONVERTER TAQUICADIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA
PARA RÍTMO SINUSAL
APRESENTA MEIA VIDA MUITO CURTA SÓ É USADA POR VIA EV EM BOLUS
MÍNIMAS REAÇÕES ADVERSAS
PODE CAUSAR ASSISTOLIA POR POUCOS SEGUNDOS
Outros;
Atropina (antagonista muscarínico)