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Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Farmacologia Básica
Introdução à Farmacologia
A farmacologia é um termo grego que significa o estudo das drogas. Já na Grécia Antiga
existiam relatos de uso de substâncias para determinados casos. Assim, a farmacologia
baseia-se no estudo dos efeitos das substâncias químicas sobre os sistemas biológicos. Os
fármacos vão utilizar a existências dos receptores corporais. Fomos criados para que
substancias exógenas não entrem na nossa circulação (xenobióticos), assim, os fármacos
interferem no funcionamento corporal.
A via preferencial para a administração é a via oral, visto que é mais rápida, fácil, sem
dor, porém, é a via de menor absorção. Ex: tomar medicamentos em jejum para facilitar
a absorção, visto que os alimentos podem formar complexos com os medicamentos.
Farmacocinética estuda todo o percurso que a medicação faz no corpo humano
(Absorção, distribuição, metabolismo e eliminação). O que o corpo faz com o fármaco.
Ex: Os fármacos que se ligam em proteínas tendem a ficar dentro dos vasos
Farmacodinâmica estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus
mecanismos de ação. Estuda o que o fármaco faz no organismo.
Primeiro, surge a farmacocinética, mas, quando o fármaco entra na circulação, já interfere
nos efeitos biológicos e ligam-se à receptores, iniciando a farmacodinâmica.
O efeito do fármaco somente acaba quando ele não está ligado aos seus receptores, sem
efeitos clínicos. Porém, isso não elimina o fato de que o fármaco ainda pode estar presente
no organismo.
Farmacogenética: importante visto que a resposta não é exatamente igual em todos os
organismos.
Ex: Tylex, associação de paracetamol com codeína. A codeína é um analgésico opioide,
é um pró-fármaco, ou seja, é inativo a não ser que seja biotransformado no fígado através
dos citocromos (algumas pessoas não tem o subtipo de citocromo que transforma a
codeína em morfina)
Biotransformação: qualquer evento em que um fármaco é transformado, seja vindo a ficar
ativo ou inativo.
Farmacogenômica: estudo de genoma para que os fármacos sejam mais eficazes e com
menos efeitos colaterais.
Farmacoepidemiologia: epidemiologia clínica.
Farmacoeconomia: economia de saúde. Um fármaco, medicamento padrão,
inicialmente, recebe uma patente que o torna protegido e com um alto valor agregado em
virtude dos diversos estudos para seu desenvolvimento (20 anos, mas no mercado cerca
de 10 anos). Após a liberação, pode-se comercializar sem o nome original do
medicamento e, depois de comprovar a mesma bioequivalência, recebe o nome de
genérico (difícil pois somente é informado os componentes). Antes disso é apenas similar.
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O preço do padrão após a queda da patente diminui, mas nunca será mais barato do que
o genérico, visto que o estudo embarcado é muito grande.
Um fármaco pode ter um efeito benéfico ou adverso, virando um agente tóxico. Ex: dose
exagerada de paracetamol com consequente lesão hepática ou mesmo uma dose muito
baixa causando lesões, devido a uma predisposição genética aos efeitos tóxicos.
Droga: Além do sentido ilícito, seria um produto bruto. Matéria-prima de origem mineral,
vegetal ou animal que contém um ou mais fármacos. substância ou matéria-prima que
tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária. É frequentemente associada a substâncias
que causam dependência, narcóticas ou que alteram a consciência.
Fármacos: obtidos a partir dos refinamentos das drogas. Substância de estrutura química
definida que quando em um sistema biológico, modifica uma ou mais funções
fisiológicas. É uma substância química de estrutura conhecida, que não seja um nutriente
ou um ingrediente essencial da dieta, o qual, quando administrado a um organismo vivo,
produz um efeito biológico.
Princípio ativo é a substância que deverá exercer efeito farmacológico. Um
medicamento, alimento ou planta pode ter diversas substâncias em sua composição,
porém somente uma ou algumas destas conseguirão ter ação no organismo.
Medicamento: aquilo que é comercializado. Pode intervir na absorção, gosto. É uma
preparação química que, em geral, mas não necessariamente, contém um ou mais
fármacos, além de excipientes, conservantes, solventes. É administrado com a intenção
de produzir determinado efeito terapêutico.
Forma farmacêutica é a forma de apresentação. É o estado final que as substâncias ativas
apresentam depois de serem submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de
facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado. Ex: fármacos
que vão “abrir” com o PH ácido do estômago, para o efeito esperado.
Ex: um medicamento para asma administrado pela via oral deve ser absorvido, cair na
circulação e ir para o pulmão para causar broncodilatação, mas ele também atinge todos
os tecidos, gerando os efeitos colaterais. No caso, B2 agonistas (B2 na musculatura
brônquica para broncodilatação), porém, existem esses receptores no coração, gerando
taquicardia e tremores. Pela via oral, nesse caso, mais efeitos colaterais e demora mais
tempo. Assim, uma doença deve ser tratada pela via de administração mais próxima do
local de ação, no caso, via aerossol.
Ex: medicamento sublingual: melhor absorção quando são muito biotransformados no
fígado é a melhor opção, logo, vão cair direto na circulação através da drenagem venosa
para a Veia Cava para a porção direita do coração, pulmão, parte esquerda e circulação
sistêmica. Uma parte será degradada no fígado, mas o efeito de primeira passagem é
reduzido, logo, uma melhor ação. Um pró-fármaco não deve ser administrado por via
sublingual.
Remédio é qualquer recurso utilizado para obter cura ou alívio do sofrimento.
Placebo é qualquer substância que seja ministrada a um paciente ou a um enfermo que
trate de seu problema de saúde sem que essa substância seja realmente indicada para o
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seu problema e mesmo assim produz efeitos positivos. Efeito psicológico. Os estudos
devem ser realizados de forma cega, para diminuir esse efeito.
Biodisponibilidade é definido como a velocidade e extensão da absorção do fármaco a
partir de uma determinada forma farmacêutica, tornando-se disponível no local de ação.
Bioequivalência é um termo utilizado para avaliar a equivalência biológica esperada in
vivo de duas preparações diferentes de um medicamento.
Posologia é a forma de utilizar os medicamentos, ou seja, o número de vezes e a
quantidade de medicamento a ser utilizada a cada dia.
Agonista: molécula que se liga ao receptor e o estabiliza em determinada conformação
ativa.
Agonistas inversos: Apresentam seletividade pelo estado de repouso do receptor.
Antagonista: molécula que inibe a ação do agonista, mas não exerce nenhum efeito na
ausência do agonista.
Especificidade é a capacidade de um fármaco reconhecer apenas um alvo.
Afinidade é tendência de um fármaco se ligar ao seu alvo.
Eficácia é a capacidade do fármaco, uma vez ligado, gerar uma ação biológica.

Uma descoberta de um composto para um determinado efeito – 2 anos – avaliar a eficácia


– 2 anos – fase 1: testar se é seguro – fase 2: eficaz? – fase 3: funciona com duplo cego?
Efeito de interesse? – 4, 5 anos – fase 4: ética, iatrogenia? Já está sendo comercializado e
pesquisa-se o funcionamento e efeitos colaterais em um número muito mais de
indivíduos.

Medicamentos órfãos: poucos indivíduos precisam do medicamento, pode ter auxílio


governamental por meio de subsídio. Possuem um alto preço. Normalmente em doenças
raras.
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Farmacocinética
A farmacocinética envolve a absorção, distribuição, biotransformação e excreção de
fármacos. A farmacodinâmica envolve os estudos dos efeitos fisiológicos, bioquímicos e
mecanismos de ação dos fármacos.
Ex: fármaco administrado por via oral. A primeira coisa que ocorre é a liberação e a
absorção (É a etapa que compreende a administração do fármaco até sua chegada à
circulação sanguínea local. Para isso o fármaco tem que atravessar barreiras biológicas)
que ocorre no trato gastrointestinal, atingindo a circulação. Para ser absorvido, depende
do tamanho (pequenas estruturas têm mais facilidade), solubilidade (lipossolúvel tem
entrada facilitada). No epitélio intestinal, existem sistemas protetores, diminuem a
entrada do fármaco, fazem biotransformação, podendo evitar a entrada na circulação
(proteção contra xenobióticos: substâncias da natureza, evolução que consolidou
mecanismos protetores. Os medicamentos podem ser destruídos, ou reduzidos). Após
isso, o fígado via sistema porta também faz uma biotransformação, a linha de defesa mais
importante, degradando grande parte do medicamento.
Assim, o restante é chamado de BIODISPONIBILIDADE do fármaco, ou seja, a
quantidade do fármaco que realmente atingiu a circulação sistêmica.
Ex: 50% de biodisponibilidade: somando a degradação no intestino e no fígado, 50 % fo
fármaco é destruído. As vezes é a única maneira de administração. Porém, caso outras
vias forem usadas, como a sublingual (biodisponibilidade não chega a 100%, visto que
parte é engolida e um pouco é degradada).
A única via que possui 100% de biodisponibilidade é a via intravenosa. Além disso,
possui efeito muito rápido. Porém, não pode ser revertida facilmente, mais dolorosa,
mais riscos de infecção, necessidade de punção venosa.
Oral, muscular, sublingual: todas possuem menos de 100% de biodisponibilidade.
Esse metabolismo pelo intestino e pelo fígado é considerado o efeito de 1o passagem.
A administração pela via oral pode ser revertida.
Ex: paciente graves com meningite, antibiótico por via intravenosa primeiramente.
Resposta rápida e a certeza da ação do fármaco. Após melhora, pode mudar para a via
oral. Os medicamentos por via oral demoram um tempo para entrarem em equilíbrio.
Ex: intramuscular, como nos anticoncepcionais, absorção lenta e prolongada. A vantagem
é não necessitar de muitas repetições por um período.
Ex: nitrato, Isordil, usado em dor pré-cordial, medicamento sublingual, visto que a
absorção é mais rápida pela mucosa sublingual e possui um grande efeito de primeira
passagem, logo, por via oral uma grande parte não iria atingir a circulação sistêmica. Pela
via sublingual, iria para o átrio direito, ventrículo direito, átrio esquerdo, ventrículo
esquerdo e circulação coronariana. Porém, em casos mais graves, necessita-se de efeito
direito, usar a via intravenosa.
A biodisponibilidade não é igual em todos os indivíduos, a distribuição em uma
população obedece ao padrão da curva de Gauss (2 desvios padrões e 95% da população).
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Tudo é feito com base em uma média geral, mas podem existir pessoas que precisam de
doses menores ou maiores. Isso também vale para os efeitos colaterais, mais ou menos
sensibilidade aos efeitos colaterais.
Fármaco Livre: Consegue sair do endotélio. Fármacos que não estão ligados às proteínas.
Existe uma liberação de um novo fármaco no sangue, equilíbrio, visto que uma molécula
que saiu do sangue estava ligada à uma proteína, logo, pode ir para o local de ação
terapêutica, reservatórios teciduais, locais de ação inesperada (efeitos colaterais) e para
órgãos de excreção como os rins e metabolização como o fígado.
Ex: fármacos ligados à albumina no sangue não passam para o interstício, não atravessam
o endotélio.
Medicamentos lipossolúveis tendem a ir para parte mais adiposa; hidrossolúveis com
maior peso molecular tendem a ficar mais concentrados no sangue, não passam pelo
endotélio, volume de distribuição baixo.
Não necessariamente uma maior dose de medicamento compensa o efeito de primeira
passagem. Ex: mais de 4 gramas de paracetamol diariamente pode causar lesão hepática.

Ex: anti-inflamatório não esteroidais: Nimesulida,


Ibuprofeno. Se usados de forma repetitiva, causam
insuficiência renal. Eles diminuem a produção de
prostaglandinas, e essas substâncias são
vasodilatadoras renais, logo, o rim fica isquêmico ao
passar do tempo. Também aumentam a produção de
muco no estômago, protetetoras. Isso explica a dor no
estômago em algumas situações.
Medicamento por via oral. Ex: fármaco para dor de
cabeça.
A concentração do fármaco cai ao longo do tempo visto que está sendo biotransformado,
depurado, indo para reservatórios.
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Nos casos de antibióticos, deve-se manter uma concentração em nível terapêutico por
vários dias, logo, deve dar uma nova dose quando não estiver na dose terapêutica. Em
alguns casos, pode antecipar o tempo, atingir uma concentração mais rápida.
Posologia: indicação da concentração relativamente constante (faixa terapêutica) por um
determinado tempo. Baseado no tempo de meia vida, tempo para que a concentração do
fármaco cair pela metade.
O tempo de meia vida depende da faixa de absorção. Os mesmos medicamentos podem
ser feitos com posologia diferente, o preço é maior quando são tomados menos vezes.
Algumas pessoas podem tomar um medicamento e cair no nível subótimo, ou seja, um
problema na absorção, metabolismo rápida. Pode ser também que exista um efeito tóxico,
em grande absorção e baixa biotransformação. Tudo isso com um padrão determinado
normal na sociedade.
Ex: hipotireoidismo, medicamentos devem ser tomados em jejum, visto que os alimentos
podem impedir a absorção. Esse metabolismo menor do hipotireoidismo não é o fator
mais importante.
Importante entender esses parâmetros para prescrição correta em doses necessárias,
melhorando a terapia reduzindo os efeitos colaterais.
Biodisponibilidade: Fração do fármaco absorvido sem alterar na circulação sistêmica.
Quantidade do fármaco que atinge a circulação sistêmica.
Depuração: Eficácia do organismo na eliminação dos fármacos da circulação sistêmica.
Taxa que o fármaco não mais está presente no sangue. Conjunto de órgãos que para
eliminar o fármaco, órgãos de excreção e metabolismo, rins, fígado (observar o
metabólito) e via biliar. Ex: clearance em inglês. Ritmo de filtração glomerular: usar
substância que reflete a filtração. Usa-se creatinina, não 100% eficiente, visto que
superestima, é filtrada, mas também é secretada.
Ex: clearance de 500ml/h: a cada hora, 500 ml de sangue não apresentam a substância.
Os rins e a via biliar somente eliminam medicamentos hidrossolúveis, logo,
medicamentos lipossolúveis podem ser transformados pelo fígado em hidrossolúveis para
a eliminação.
Volume de distribuição: Medida do espaço aparentemente disponível no organismo para
conter o fármaco
Meia vida de eliminação: Medida da taxa de remoção do fármaco do organismo

Ex: medicamento A, biotransformado no fígado em um metabólito inativo. Medicamento


B que é indutor enzimático, aumenta as ações das enzimas do citocromo. Tomando os
dois juntos, o efeito vai ser muito reduzido. Porém, se for ativo vai acontecer aumento de
ação.
Ex: excreção % in natura pelos rins: hidrossolúvel, passagem pelos rins diretamente.
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Diversos fatores vão interferir na biodisponibilidade, como o sexo (mulheres tem maiores
proporções de gordura e menos água), álcool (indutor), tabagismo, doenças renais,
hepáticas.
Barreiras: Hematoencefálica: impede que substâncias entrem no SNC, muitos
medicamentos não ultrapassam, restrição de tratamento em infecções;
Placenta: impede que substancias atinjam o feto. Existem medicamentos proibidos
durante a gravidez, causando toxicidade. O tamanho do fármaco também influencia sua
entrada na placenta: peso molecular entre 250 e 500, atravessam facilmente; peso
molecular entre 500 e 1000, atravessam lentamente; peso molecular acima de 1000, muita
dificuldade para atravessar.
Os medicamentos atravessam as membranas por meio de: transporte passivo entre
espaços intercelulares, gradiente de concentração; transporte passivo, difusão, devido à
solubilidade. Ou por sistemas de transporte contra gradiente, transporte ativo como
difusão facilitada e transportadores de fármacos, gastam ATP.
A maioria atravessa a membrana por difusão. Porém, a maioria dos medicamentos não
entra nas células, devido aos receptores na membrana. Já os hormônios possuem
receptores intracelulares.
Passagem de substância por uma membrana obedece a lei de Fick

Concentração de um lado e do outro; permeabilidade depende da lipossolubilidade; área


de absorção. (diretamente proporcional). Inversamente proporcional à espessura da
membrana.
Hidrossolubilidade e lipossolubilidade
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Todo fármaco ionizado é hidrossolúvel, positivo ou negativo. As substancias não


ionizadas são lipossolúveis.
Ácido é doador de prótons.
Ácido protonado (sem carga) é lipossolúvel visto que não esta ionizado;
Quando doar o próton, fica não protonado: hidrossolúvel.
Bases são receptoras de H+
Base neutra, sem carga, (protonada) são lipossolúveis.
Quando está desprotonada é hidrossolúvel.

Quando a base está protonada é hidrossolúvel, já o ácido é lipossolúvel.


Base não protonada é lipossolúvel, já o ácido é hidrossolúvel.

Ex: PH do estômago é 2.
Ácido fraco com PKa de 5
5 -2 = 3
103= 1000. Ou seja, protonado, 1000 vezes mais lipossolúvel.

PH do sangue é 7
Ácido fraco com PKa de 5
5 – 7= -2
10 -2 = 1/100. Ou seja, 100 partes do ácido está não protonado, hidrossolúvel.

Comportamento no túbulo renal: Fármaco A ionizado, com hidrogênio; B é não ionizado.


Na membrana plasmática, atravessa somente o fármaco lipossolúvel (pode ser
reabsorvido), assim, a hidrossolúvel não atravessa, fica no túbulo e pode ser secretado.
Os medicamentos são ácidos fracos ou bases fracas. Não se usa ácidos fortes e nem bases
fortes.

Exercícios: Ácido fraco com PKa de 2,4 e Base fraca de PKa de 6,4. Ambos colocados
em um local de PH 1,4 e em outro local de PH 7,4. Proporção?
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HA= A- + H+
Aumentando mais H+, reação vai mais para a esquerda, ácido mais protonado,
lipossolúvel. Assim, caso queira mais excreção desse ácido fraco na urina, dar uma base
fraca, para deixar o PH alto e o H+ diminuir, a equação vai para direita, diminuir o ácido.
Se essa substância fosse 100% metabolizada pelo fígado, isso não adiantaria.
Um ácido fraco colocado em ambientes mais básicos, fica cada vez mais hidrossolúvel.
A acidificação da urina acelera a eliminação de bases fracas e retarda a de ácidos fracos.
A alcalinização da urina tem o efeito oposto: reduz a eliminação de bases fracas e aumenta
a de ácidos fracos.
A partição pelo pH tem várias consequências importantes: O aprisionamento da base livre
de alguns fármacos antimaláricos (p. ex., cloroquina), no ambiente ácido do vacúolo
alimentar do parasita.
A cloroquina é uma base fraca, entra no vacúolo do parasita que é ácido, logo, fica
protonada e não vai mais sair, ficando no interior e promovendo a destruição.
A maioria dos receptores que respondem aos medicamentos, está fora da célula, na
membrana plasmática, não é necessário a passagem. Apenas um tipo de receptor está
dentro da célula, hormônios, assim, necessita de passagem pela membrana.
Ex: ácido fraco com PKa de 4,4. No estomago, PH de 1,4, o ácido vai ficar cada vez mais
protonado, lipossolúvel. No intestino, 8,4, vai ficar desprotonado, mais hidrossolúvel. O
contrário ocorre com as bases.
Mesmo assim, o intestino é o local de maior absorção, visto que é diretamente
proporcional a área de absorção.
Sublingual: não tem efeito de
primeira passagem (parede
instestinal e fígado), vai para a
circulação sistêmica, mais
biodisponibilidade que a oral,
mas não é 100%, somente a
intravenosa.
A via retal tem absorção pelo
intestino grosso e uma pequena
parte via VMI e depois CAVA,
pequeno metabolismo de
primeira passagem, menor que
a oral.
Transdérmica: substância tem
que ser lipossolúvel se tiver
ação sistêmica. Caso seja local, melhor ser hidrossolúvel, ação local.
Pró-fármacos devem ser administrados pela via oral caso seja possível.
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Via intratecal: diretamente para o SNC. Raquianestesia, anestésico local no SNC, acaba
quando o anestésico sair do líquor, passar para a circulação e ir para o fígado.
Transdérmica: ex: nicotina, auxílio para parar de fumar. Absorção lenta, na tentativa de
fazer com que não haja necessidade de nicotina no corpo.
Inalatória: atuar nas vias respiratórias. Ex: asma e broncodilatador, com menos efeitos
colaterais pois não foi administrado pela via sistêmica.
Gráfico do mesmo medicamento em diferentes tipos de administração

Intravenosa com alta concentração imediatamente após a administração, pois não tem
absorção, biodisponibilidade de 100%, concentração vai caindo.
A intramuscular é a segunda via com maior início de ação.
As concentrações vão caindo ao longo do tempo pois está indo para o local de ação,
tecidos não específicos, excretados, está havendo distribuição.
Um anticoncepcional pela via intramuscular necessita de um pico de ação para inibir a
ovulação, mas esse valor vai ficar estável por um determinado tempo.

Algumas situações podem alterar a absorção:


interações farmacocinéticas
Alguns antibióticos não podem ser administrados
com leite, precipitam por causa do cálcio.
Fármacos em jejum para hipotireoidismo.
Formação de substâncias insolúveis:

⮲ Tetraciclina + alumínio, cálcio, magnésio, bismuto, ferro


e zinco;

⮲ Warfarina, digoxina + colestiramina.

Alteração da motilidade gastrointestinal:⮲ Atropina + opioides (diminuem);⮲ Metoclopramida +


eritromicina (aumentam).
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A biodisponibilidade = quantidade do fármaco que alcança a circulação


sistêmica/quantidade de fármaco administrado por qualquer via.
Intravenosa: 100%. Todas as outras vias são menores que 100%!
As vezes os medicamentes possuem uma biodisponibilidade muito baixa mas não existe
outro modo. A mudança da via pode aumentar a biodisponibilidade.
Na via oral, necessita de absorção, metabolismo, distribuição, até chegar no pico, onde a
taxa de excreção está igual a de absorção. Após isso, a excreção é maior e a concentração
cai, logo, necessita de uma nova dose do fármaco a depender da farmacocinética e da
biotransformação de cada um.
Um fármaco com absorção lenta tem pico mais tardio, a curva dura mais tempo, pode
administrar por um período mais longo.
O organismo estabeleceu mecanismos para se proteger de xenobióticos. Caso ele
ultrapasse, existem algumas enzimas no sangue do Sistema Porta que podem
biotransformar. Mas o principal sistema de degradação é o hepático. Esse conjunto de 3
regiões é o metabolismo de 10 passagem. O fígado biotransforma o medicamento ou
excreta na bile, indo para o intestino.
Se o fígado excretar pela bile uma substância e dor lipossolúvel, ela pode ser reabsorvida.
Circulação entero-hepática: se a bilirrubina continuar desconjugada, fica lipossolúvel e
retorna pra a circulação sanguínea.
Assim, a bile tem que ser excretada de modo hidrossolúvel (bilirrubina e substância).
Biotransformação é diferente de destruição! Pode fazer com que fique ativo, inativo,
hidrossolúvel para ser excretado via bile e rins.
Depuração/Clearance: Sistemas do organismo para eliminar substancias. Taxa de
eliminação da substância no sangue. Rins, fígado e o próprio sangue (PH, temperatura).
Avalia os sistemas de retirada das substâncias do nosso corpo.
Ex: uma pessoa com insuficiência hepática não pode tomar um medicamento que tenha
uma depuração em grande parte hepática, ou diminui a dose.
Não necessariamente o fígado tende a depurar medicamentos com mais lipossolubilidade
(maioria sim), visto que pode fazer com que substâncias fiquem hidrossolúveis ou fiquem
inativas. Bilirrubina conjugada: hidrossolúvel, excretada na bile
Os rins excretam os metabolitos. Os metabolitos hidrossolúveis hepáticos podem ser
excretados via urina ou fezes.
Uma outra forma é a via inalatória. Ex: anestésico inalatório, respiração elimina
(facilidade), pois é lipossolúvel e atravessa a membrana alvéolo-capilar, é um gás.
Normalmente, produz substancias toxicas quando é biotransformado no fígado. Pulmão:
substâncias voláteis.
Importante para doses de manutenção para uma concentração desejada.
Uma depuração rápida = mais doses de manutenção.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Envelhecimento – ritmo renal diminui – medicamentos que são excretados pelos rins
podem ter a necessidade de diminuir doses ou aumentar o tempo entre as doses.
Na prática, usa-se a creatinina para avaliar a função renal.
Quanto do sangue que deixou de conter o medicamento: Ml/min; L/hr.

A depuração renal depende da filtração, secreção ou


reabsorção.
Uma reabsorção grande dificulta a excreção.
A creatinina não avalia apenas a depuração, visto
que é secretada pelos túbulos renais. Superestima.
A ureia pode ser reabsorvida em casos de
desidratação.

Distribuição: Após alcançar a circulação sistêmica, a passagem do fármaco ou sua


captação por qualquer tecido dependem de vários fatores: propriedades físico-químicas,
tamanho molecular, solubilidade e tamanho do tecido e fluxo sanguíneo tecidual.
Os medicamentos vão para os locais que possuem maior vascularização, como cérebro,
coração, rim, fígado.
Ex: substâncias lipossolúveis vão ter concentração baixa. As hidrossolúveis tendem a
distribuir menos, ficam mais no sangue.
O volume de distribuição estabelece o quanto essa substância distribui para o organismo.
Substâncias com grande peso molecular e ligadas à proteínas, não atravessam o endotélio,
ficam no vaso. Ex: substâncias como a heparina, anticoagulante.
Hidrossolúveis podem atravessar para o interstício, necessitam de ter um peso molecular
não tão grande.
Líquido dos vasos e interstício: liquido extracelular
Celular: intracelular
Água total: soma de todos os compartimentos
Substâncias lipossolúveis distribuem por todo o corpo, grande volume de distribuição,
pouca quantidade no sangue, tendem a ser durar mais tempo no organismo.
Depuração rápida: tendem a ficar pouco tempo
Lentamente depurada: muito tempo no organismo
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

T ½ alfa: distribuição

Meia Vida: Concentração cair pela metade. volume de destruição (Vd) x 0,7 / depuração
(Cl)
Ex: anasarca aumenta a distribuição de medicamentos hidrossolúveis.

Qualquer um dos fenômenos da farmacocinética segue uma regra da cinética das enzimas.
Nos órgãos de depuração, existe a cinética de ordem 0, isso é, substâncias que possuem
uma taxa constate de depuração. Assim, o aumento da dose não acompanha a dose de
eliminação, gerado acúmulo.
A maioria dos medicamentos possui cinética de primeira ordem, uma fração/proporção
do fármaco é eliminado, biotransformado, depurado e distribuído por uma unidade de
tempo. (proporção conforme a dose)
Mais chances de intoxicação com medicamentos de ordem 0. Ex: aspirina,
Ex: 100 mg de medicamento. 50% do fármaco é eliminado/ hora (primeira ordem) . 50mg
do fármaco é eliminado/hora (ordem 0)
Em uma hora?
Primeira ordem: 50mg
Ordem 0: 50mg
Depois de uma hora, carga de mais 100mg
Em duas horas?
Primeira ordem: 75mg
Ordem 0: 100mg
Nos medicamentos de primeira ordem, a meia-vida é constante, enzimas não esgotam...
Cinética de ordem zero: Sistema de
eliminação do fármaco é saturável (enzimas
metabólicas e/ou transportadores), não
linear e dependente da dose ou da
concentração do fármaco. Uma quantidade
constante do fármaco será eliminada por
unidade de tempo (velocidade de
metabolismo permanece constante com o
tempo, mesmo em alta concentração do
fármaco).
Cinética de saturação: ordem zero.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Cinética de primeira ordem: uma fração constante do


medicamento é depurada em uma unidade de tempo. O
sistema não é saturado, clearance constante. Doses muito
elevadas podem levar a acúmulos.
A velocidade com que a droga sai de um compartimento do
organismo é proporcional a sua concentração.
O metabolismo hepático e secreção tubular são os fenômenos importantes para
eliminação por cinética de primeira ordem.

Queda rápida: distribuição do medicamento ao longo do


organismo, concentração no sangue cai.
Queda lenta: exclusivamente eliminado, seja pela via
renal ou hepática.
Fase de distribuição e eliminação.
Meia vida: cinética de primeira ordem.

Volume de distribuição (Vd) = quantidade


administrada/concentração no sangue. Em litros.
Vd= dose/ [F]
Um fármaco que distribui pouco, ficando somente
no sangue, tem alta concentração sanguínea.
Vd alto: lipossolúveis; Vd baixo: hidrossolúveis.
Lipossolúveis, distribuem mais.

A cinética de saturação é mais fácil de


se acumular, gerando toxicidade.
Em cinética de primeira ordem, a meia
vida é constante. Em ordem 0, oscila
de acordo com a quantidade.
Meia vida inconstante: cinética ordem
zero (alcool, aspirina,fenitoína).
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Concentração no estado de equilíbrio: biodisponibilidade x dose / intervalo (dosagem)


x depuração.
Na prática, 4 a 5 meias vidas é igual a concentração no estado de equilíbrio. É o ponto em
que a taxa de eliminação do F é igual à taxa de biodisponibilidade, ou seja, é quando o F
encontra-se em concentração constante no sangue.
Para um efeito mais rápido, pode administrar uma dose de ataque. Dose de ataque = [F]
desejada x Vd
Quanto menores e mais frequentes forem as doses, mais essa situação se aproximará da
observada com uma infusão contínua, e menores serão as oscilações na concentração.
Após a dose de ataque, pode manter uma dose de manutenção, para manter o que é perdido
com a depuração.
Dose de manutenção: Depuração x Concentração no estado de equilíbrio.

Ex: medicamento com concentração de 1mg/litro


Vd: 10 L
Vd: quantidade/concentração: 1 mg de dose de ataque
Vd: dose/concentração

Ex: 100 mg de um fármaco às 9 horas da manhã. Ás 15 horas, a concentração foi de 100


microgramas/100ml
T ½: 3 horas
Cinética de primeira ordem
Vd?
Vd: 100miligramas/ concentração
Calcular a concentração às 9 horas
Às 12 horas, 200 microgramas. Logo, às 9 horas, 400 microgramas
Vd: 100 miligramas/ 400 microgramas/100 ml - converter – 100
miligramas/4miligramas/L – 25L

Caso não exista depuração, não precisa fazer a correção, concentração manteve constante.

Em indivíduos obesos, o volume de distribuição, se for lipossolúvel aumenta. Aumenta a


meia vida. Maior distribuição.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Biotransformação: o principal órgão é o fígado, pode ativar, inativar, produzir


metabólitos ativos, tóxicos
Um fármaco ativo pode ser convertido em fármaco inativo. Um fármaco ativo pode ser
convertido em um metabólito ativo ou tóxico. Um pró-fármaco inativo pode ser
convertido em fármaco ativo. Um fármaco não-excretável pode ser convertido em
metabólito passível de excreção (por exemplo, aumentando a depuração renal ou biliar).
O fígado é o principal órgão de biotransformação de medicamentos, embora algumas
drogas sejam biotransformadas no plasma, intestino (como o salbutamol que é
biotransformado no intestino) ou outro órgão. Atualmente, tem sido criticados por alguns
autores as palavras metabolismo, metabolizado, e metabolização, referindo que devem
ser substituídas por biotransformação e biotransformado.
A biotransformação (metabolismo) das drogas que ocorre no fígado envolve dois tipos de
reações bioquímicas, conhecidos como reações de fase I e de fase II (ou metabolismo I,
e, metabolismo II).
Frequentemente, elas ocorrem em sequência, mas, não invariavelmente, e, consistem em
reações enzimáticas que normalmente acontecem no fígado.
A biotransformação realizada pelo fígado é menos importante para as drogas polares
(ionizadas), tendo em vista que estas atravessam mais lentamente a membrana plasmática
do hepatócito do que as não polares.
Polares = possuem carga, hidrossolúvel, excretados via rins.
Assim, as drogas polares são excretadas em maior proporção pela urina, de forma
inalterada, in natura. Enquanto os fármacos lipossolúveis (ou lipofílicos ou não polares)
não são excretados de modo eficiente pelo rim, pois, a maioria é reabsorvida pelo túbulo
distal voltando à circulação sistêmica.
Fase 1: oxidação, redução, hidrólise, feitas por um conjunto de enzimas denominado
Citocromo P-450. Elas podem ser induzidas ou reduzidas. Caso forem induzidas, a
resposta vai depender de quais características o metabólito possui.
O sistema citocromo P-450 contém um grupo de isoenzimas contendo ferro que ativa o
oxigênio molecular em uma forma capaz de interagir com substratos orgânicos, e, assim,
cataliza uma quantidade diversificada de reações oxidativas envolvidas na
biotransformação do medicamento que sofre redução e oxidação durante o seu ciclo
catalítico.
CYP3A4/5 E CYP2D6: 75% do metabolismo
CYP3A4 e CYP3A5: 50% metabolismo
Fase 2: conjugação, tornar hidrossolúvel. In natura ou em conjunto para excreção.
Não são necessariamente em sequência e podem ser únicas.

Verificar substratos, indutores e inibidores.


Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Acetaminofeno (paracetamol)

Maior parte é um glicuronídeo, maior parte é eliminado por bile e rins. Se sobrar algo,
pode passar para fase 1, citocromo P-450.
Problema: metabólito é hipereativo, liga e causa destruição das membranas celulares,
principalmente a dos hepatócitos. Logo, pode causar lesão hepática.
O organismo ainda tem uma linha de defesa com o glicuronídeo, é conjugado e eliminado.
Uma insuficiência hepática elimina as chances de conjugação desses metabolitos, não é
eliminado, destruição do fígado.
Não usar mais do que 4gr de paracetamol / dia.
Uma carga grande ultrapassa a faiza de conjugação e formam-se metabolitos reativos.
Em alguns casos, rapidamente podem ser dadas substâncias como acetato, para formar
conjugados. Antes da destruição celular, 12 horas.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Farmacodinâmica
Entendimento da ação dos fármacos nos receptores. Estuda os efeitos bioquímicos e
fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. Entende o que o fármaco faz no
organismo.
Existem 4 grupos de receptores e, também, existem fármacos que exercem seu efeito de
modo diferente, que serão estudados individualmente.
Receptores: estruturas presentes nas células que recebem sinais químicos através de
neurotransmissores, hormônios, (substâncias endógenas) e os fármacos (mimetizam
ou antagonizam (bloquear) as substâncias naturais do organismo).
Existem receptores que agem através de alteração da transcrição genética (modulação),
logo, possuem ação lenta.
Existem fármacos que mudam a polaridade da célula. Normalmente são negativas,
embora não sejam iguais em todas elas (nó sinoatrial= -50, músculo ventricular = -90). O
que determina a manutenção da polaridade são os íons.
Ex: No potencial de ação, inverte a polaridade (-70 para +40). Influxo e efluxo de íons,
além da bomba de sódio e potássio, visto que possuímos mais sódio fora da célula e mais
potássio dentro da célula. Ao inverter a polaridade, entrada de sódio e saída de potássio,
de modo simultâneo, porém, se a polaridade está subindo é porque está entrando mais
sódio do que sai potássio. No platô, saída maior de potássio e interrupção da entrada de
sódio.
Isso é importante pois existe um grupo de receptores que atuam na composição iônica.
Ex: substancia que age nos receptores que fazem diminuição da entrada de sódio:
despolarização não ocorre.
Ex: se aumentar as correntes de saída de potássio, saída, polaridade ficando mais negativa,
hiperpolarizada. Ao estimular a célula, célula vai ter que deslocar uma maior distância
para atingir o limiar de estabilidade. Fica inibida.
Ex: aumentou a corrente de cálcio, +, tendência a despolarizar
Ex: aumentou corrente de cloro, entrada de -, fica hiperpolarizada.
Ex: entrada de cálcio e cloro: resultado depende de quem prevalecer.
Receptores Ionotrópicos: modula o influxo ou efluxo de íons. Um grande exemplo é
o músculo esquelético. (canais iônicos regulados por ligantes)
MODULAÇÃO DE INFLUXO OU EFLUXO DE ÍONS NO PRÓPRIO
RECEPTOR, RESPOSTAS ULTRA-RÁPIDAS.
Junção neuromuscular/placa motora: liberação de acetilcolina, liga em receptores
colinérgicos (Muscarínicos e Nicotínicos). Na placa motora, presença de nicotínicos.
Na chegada do potencial, entrada do sódio (canal de sódio) e saída de potássio, potencial
de ação permite a entrada de cálcio via canais de cálcio voltagem dependente – exocitose
de neurotransmissores.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Ex: Receptor nicotínico


Estrutura com um poro no interior,
pode entrar sódio e sair potássio.
Existem várias famílias estruturais,
sendo a mais comum organização heteromérica de quatro ou cinco unidades, com hélices
transmembrana dispostas em torno de um canal central aquoso.
5 subunidades, dessas, 2 subunidades alfa, local onde a acetilcolina liga, entrada de sódio,
logo, a célula vai se tornando positiva, efeito químico (muda o funcionamento de um
receptor e alterou o funcionamento da célula).
Alteração na entrada e saída de íons, como se fosse um canal de sódio.
A despolarização vai progredindo para o restante da célula, os túbulos T (cálcio no
interior, é liberado e permite a interação de actina e miosina); canais de sódio voltagem
dependente – positividade despolariza o reticulo sarcoplasmático, libera cálcio e o
musculo contrai.
Se a acetilcolina continuar ligada no receptor, o processo continua. A acetilcolina não
consegue sofrer recaptação, assim, é destruída na fenda sináptica, pela acetilcolinesterase.
A acetilcolinesterase quebra a acetilcolina em colina (síntese de acetilcolina) e acetato.
Assim, acetilcolina liga, despolarização e degradação, visto que ligação no receptor
continua, gerando espasmos, fasciculações.
Ex: intoxicação de anticolinesterásicos, inibe a enzima, acúmulo de acetilcolina na fenda
sináptica.
A acetilcolina atua também em receptor muscarínico, que trabalha de outra forma.
Desses receptores ionotrópicos, respostas ultrarrápidas. Presentes em neurônios,
musculatura.
Nesse caso, funcionalidade celular mudou com o fluxo de sódio.
Ex: Receptor NMDA: ligação permite a entrada de cálcio, não funciona do mesmo jeito
que o sódio, modulação de cálcio, ativa diversas proteínas, modulando uma resposta.
Ex: antagonista de NMDA, melhora a dor, inibição do receptor.
Outro exemplo é o Gaba, neurotransmissor inibitório, modula o íon cloro, célula fica
hiperpolarizada. Ex: medicamentos para dormir, hipnóticos, anticonvulsivantes,
benzodiazepínicos (midazolam, Diazepam, zolpidem). Aumentam as correntes de cloro,
ligação do Gaba, potencializa a ação desse neurotransmissor original.
Os canais iônicos regulados por ligantes também são conhecidos como receptores
ionotrópicos e estão envolvidos principalmente na transmissão sináptica rápida.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Existem várias famílias estruturais, sendo a mais comum organização heteromérica de


quatro ou cinco unidades, com hélices transmembrana dispostas em torno de um
canal central aquoso.
A ligação do ligante e a abertura do canal ocorrem em uma escala de tempo de
milissegundos.

Um neurotransmissor não atua somente em um tipo de receptor, como a acetilcolina que


atua em nicotínico e muscarínico (metabotrópico). Os receptores nicotínicos na periferia
do corpo estão presentes e todos os gânglios, independente de simpático ou
parassimpático. Somente a acetilcolina liga-se, especificidade.
Doses altas de medicamentos podem fazer com que ele se ligue a outros receptores,
gerando ações inespecíficas. Em doses normais, somente nos locais adequados.
Os fármacos mimetizam as substâncias naturais do organismo, os fármacos são
desenvolvidos para se ligar nos receptores existentes.
Sítio de ligação: local onde o fármaco liga.
Os receptores são parecidos com as enzimas. As enzimas possuem o sítio alostérico
(regula o comportamento geral da enzima) e o sítio de ligação (substrato se liga). As
enzimas catalisam uma reação, logo, necessitam de receber o substrato.
Nos receptores, existe o sítio de ligação, que o fármaco liga e o sítio alostérico.
Existem substâncias que modulam o funcionamento dos receptores se ligando ao sítio
alostérico, mas a maioria no sítio de ligação.
Sono: predominância de neurotransmissores inibitórios, como o Gaba, aumentando as
correntes de cloro. Ao acordar, aumenta aspartato e glutamato que aumenta as correntes
de cálcio, ocorre despolarização.

Isomeria: fenômeno de dois ou mais compostos apresentarem a mesma fórmula


molecular.
Mistura racêmica: Mistura com a quantidade de isômeros proporcional, dois tipos.
Presença de carbono quiral
Levógiro curva para esquerda
Dextrógeno: direita
Substâncias que possuem diferentes efeitos colaterais e clínicos em virtudes dos isômeros.
Normalmente a purificação aumenta o preço do medicamento.
Os isômeros podem ou não se ligar ao receptor.
Os receptores não reconhecem toda a molécula, somente os radicais, logo, muitas vezes
isômeros podem se ligar.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Os fármacos podem se ligar ao receptor de forma fraca; ou uma ligação mais forte. A
mais forte é a covalente (van der waals, hidrogênio, iônico, covalente). Ligações fracas
possuem curta duração, assim que não existe concentração do sangue suficiente para a
ligação o efeito passa. Ligações fortes podem durar até mesmo depois da depuração da
parte presente no sangue, sendo quase irreversível (covalente) > não depende da meia
vida.
Os fármacos podem mimetizar ou bloquear os sinais. Ex: anestesia geral > paciente não
pode mexer > relaxamento muscular > usar um bloqueador nicotínico (antagonista
nicotínico), impede a ligação da acetilcolina no receptor, relaxamento muscular. Os
bloqueadores neuromusculares são antagonistas, ligam-se em receptores ionotrópicos.
Nos receptores ionotrópicos, a ligação do primeiro mensageiro, altera o próprio
receptores no caso dos ionotrópicos (mudança de íons no próprio receptor). Nos outros
tipos, mudança de funcionamento a partir de envios de informações, segundo mensageiro.
Ex: Se abrir um canal de cálcio através do segundo mensageiro, altera o funcionamento
de canais iônicos.
Transdução de sinais: o que o sinal provocou ao se ligar ao receptor.

Receptores acoplados à proteína G (Receptores metabotrópicos): algo dentro da


célula vai alterar o funcionamento de outro elemento. Substâncias são formadas
dentro da célula e elas vão alterar o funcionamento. Não altera o funcionamento de
receptores ionotrópicos, e sim, de canais iônicos (o funcionamento, ação final, deles
que é bem similar)
Substâncias que vão criar segundo mensageiro. (o primeiro é o que se liga ao receptor)
Amplificação: sistema do complemente (resposta imune), cascata da coagulação (gatilhos
de substâncias/enzimas)
Metabotrópicos: altera o metabolismo através da geração de algo, como um segundo
mensageiro, e isso altera o funcionamento de outro elemento.
Ex: modifica uma enzima, que controla mais enzimas, ação de amplificação dos sinais
Ionotrópicos: 5 subunidades
Metabotrópicos: 7 alças que correm ao longo da membrana, muda o funcionamento
de um grupo de proteínas acoplados a esse receptor. O grupo das proteínas é a proteína
G em grande maioria.
Glutamato e aspartato: receptor excitatório. Podem atuar em receptor ionotrópicos ou
metabotrópicos, a depender de sua função.
Nos Ionotrópicos, receptor n-metil d aspartato, NDA, ligado a dor.
Todos os receptores ligados à membrana plasmática têm algo em comum, menos os
intracelulares.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Canal regulado por ligante; Por voltagem; Por segundo mensageiro:


Acetilcolina: atua em receptor nicotínico (ionotrópicos, milissegundos) e muscarínico
(metabotrópico, presentes no coração, aumentar FC, no intestino para aumentar a
motilidade e secreção, aumentar a salivação, miose, respostas mais lentas, na ordem de
segundos.
Enzimas em minutos, como a insulinas
Intracelulares> horas
Voltando aos metabotrópicos, a maioria acoplado à proteína G. Estrutura grande,
passam 7 vezes a membrana (heptaelicoidais). Age em segundos. Os receptores
acoplados a proteína G apresentam um domínio de ligação dos hormônios, sete
domínios transmembrana e um domínio de ligação da proteína G. A proteína G é
composta por 3 subunidades (α, β, γ), e quando inativa, apresenta uma molécula de
GDP (difosfato de guanidina) ligada à subunidade α. Quando um fármaco se liga ao
receptor, a mudança conformacional permite a ligação com a proteína G, que troca
o GDP por um GTP. A subunidade α ligada ao GTP se dissocia da proteína G e se
liga a uma enzima que
produzirá os segundos
mensageiros.
Receptor acoplado à proteína
G.
2 subunidades importantes,
alfa (GDP ligado) e beta
gama.
Quando o receptor for
ocupado por um agonista que
modifica o funcionamento da
proteína G, (GDP funcionava
como controle para evitar a ativação) – recebe um fosfato e vira GTP. Ocorre separação
do sistema alfa e beta gama, modulam o funcionamento de outro alvo, que fica ativado o
u inativado, a depender do tipo de proteína G.
Para que ação acabe, o complexo tem que ficar junto novamente, perda de fosfato, GDP.
As proteínas G são classificadas por sua subunidade
alfa. Existem 3 grandes grupos.
Gs: estímulo, proteína G estimuladora. Estimula a
enzima adenil ciclase (converte ATP em AMP
cíclico, aumentando as concentrações de AMP
cíclico dentro da célula, o que aumenta as correntes
de cálcio, logo, a célula vai ficar despolarizada).
Também pode diminuir as correntes de potássio,
também vai despolarizar.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Gi: inibitória, inibe a adenil ciclase, logo, diminui a concentração de AMP cíclico.
As correntes de cálcio diminuem e de potássio aumenta, célula fica hiperpolarizada.
Algumas células podem possuir as duas proteínas, a resposta vai depender da proporção
do estímulo.
Ex: Agonista de Gi: diminui a Adenil ciclase, célula hiperpolarizada.
Ex: Antagonista de Gi: aumenta o AMP cíclico, Gs funcionando sem contraposição.

A adrenalina e noradrenalina, se ligarem ao receptor Beta no coração, estimula o aumento


da FC, aumenta a força de contração, logo, no coração, lotado de proteínas Gs, receptores
B1 e B2.
Todas as catecolaminas, noradrenalina e adrenalina, atuam em receptores metabotrópicos.
Receptor Beta está acoplado à Adenil ciclase.
A acetilcolina atua em receptores nicotínicos (ionotrópicos) e muscarínico
(metabotrópicos, aqui eles diminuem a FC, acoplada à proteína Gi, hiperpolarizada).
O sistema dominante na frequência cardíaca é o parassimpático, proteína Gi mais
estimulada.
Gq: acoplado à enzima fosfolipase C. A
fosfolipase C degrada um fosfolipídeo,
o fosfatidilinositol bifosfato (PIP2) em
inositol trifosfato (IP3) e diacilglicerol.
IP3 libera cálcio do retículo
sarcoplasmático.
O diacilglicerol está ligado à membrana
e altera o funcionamento de canais de
cálcio na membrana. A concentração
de cálcio dentro da célula aumenta.
Receptor alfa é acoplado à proteína Gq, não está presente no coração, mais presente nos
vasos, musculatura lisa.
Ex: noradrenalina. (Vasoconstrição da musculatura lisa, actina e miosina, estimula a
fosfolipase c, aumenta o cálcio dentro do músculo liso e ele contrai).

Gaba e glutamato possuem receptores ionotrópicos e metabotrópicos. Logo, o


neurotransmissor age em vários tipos a depender da necessidade.
A maioria dos medicamentos influenciam os receptores metabotrópicos.
Ex: vasoconstrição nasal – age em receptor alfa 1
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Ex: Beta bloqueador para pressão alta – diminui a Adenil ciclase, predomina a proteína
Gi. Propanolol – liga ao receptor B – menos estímulo da proteína Gs – menos AMP
cíclico.

Go: menos importante. Muito liga à proteína Gi, bloqueia canais de cálcio, mas não
pela Adenil ciclase.
Cálcio aumentado vai gerar uma cascata de reação na célula.

Ex: proteína alfa s – ativa Proteína quinase (coloca fosfato) – ação a depender de cada
célula.
Ex: glucagon, produzido no pâncreas, aumenta a glicemia. É um receptor metabotrópico,
acoplado a Gs, aumenta AMP cíclico, aumenta PKA, quebra do glicogênio, glicogenólise.
Pode atuar em proteína Gq, estimula fosfolipase C, aumenta o cálcio, diminui a glicólise
e de glicogênese, mas aumenta a gliconeogênese. Por isso é hiperglicemiante.
Ex: vasopressina, acoplado à proteína Gq, aumenta o cálcio, constrição.

Receptores ligados à quinases:


ligados à enzimas, ação demora um
pouco mais.
Ao se ligar ao receptor, muda um
funcionamento de um grupo de
enzimas. Ex: hormônio do
crescimento, insulina (tirosina
quinase).
Ex: peptídeo natriurético atrial,
leptinas e citocinas, hormônio de
crescimento, insulina (ligados à
tirosina quinase)
Eles alteram a transcrição genética a partir de uma ligação na membrana plasmática,
forma um dímero, que mandam informações para vários fatores que estão dentro do
núcleo.

Receptores nucleares: intracelulares, podem estar no citoplasma (maioria,


hormônios endócrinos, sexocorticóides e
glicocorticoides) e no núcleo, como os ácidos
graxos.
São substâncias lipossolúveis, atravessam a
membrana, liga ao receptor, complexo entra no
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

núcleo, regula a síntese de proteínas dos ribossomos, podendo aumentar ou diminuir.


Ex: corticoide, anti-inflamatório, diminui a síntese de proteínas inflamatórias e aumenta
a de anti-inflamatórias.
Efeito na ordem de horas.
O receptor está no citoplasma ou no núcleo. No citoplasma é o alvo dos hormônios
sexuais, corticoides e aldosterona, o complexo entra no núcleo. O receptor nuclear, em
ácidos graxos, entra diretamente no núcleo.
Ex: testosterona, atua em diferentes receptores, faz transcrição genética, atua em pele,
cérebro, metabolismo, músculos, ossos, medula óssea.
Os receptores intracelulares podem envolver feitos colaterais, de forma inespecífica. Ex:
receptores de aldosterona (diurético) mas que podem se ligar aos corticoides, ligados ao
colesterol, medicamentos que podem gerar ginecomastia.

Um ligante vai diminui


a Adenil ciclase e o
outro vai aumentar, o
resultado final depende
de quem tiver um efeito
final dominante.

Dessensibilização de receptores: mais comum em metabotrópicos. Repetir


continuamente o agonista faz com que a célula mande informações para que o
receptor diminua sua funcionalidade (fosforila).
Agonista: fármaco que se liga ao receptor e aumenta a função.
Antagonista: liga no receptor, inibe e o torna inativo.
Usar um agonista várias vezes faz com que o organismo perceba o estímulo constante e
cria mecanismos de proteção. O mesmo segundo mensageiro pode inibir o receptor. Auto
regulação do receptor, o organismo percebe que existe algo errado. O receptor pode ser
internalizado, mas os fármacos foram desenhados para atuar em receptores da membrana
nesses casos.
Um antagonista faz com que um sinal endógeno não atue, logo, o organismo faz com que
haja maior quantidade de receptores, espalhados na membrana plasmática.
Ex: beta-bloqueador: propanolol, atenolol. Bloqueia receptor beta, adrenalina que se liga,
FC cai, mas o organismo aumenta a produção de receptores, porém o fármaco ainda atinge
os novos receptores. Se parar de usar de modo rápido em um uso contínuo, pode fazer
com que a adrenalina se ligue em maior quantidade, não por uma maior quantidade de
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

adrenalina, mas porque os receptores estarão desocupados. Ocorre um efeito de rebote,


taquicardia, aumenta PA. Algumas substâncias não podem ser reduzidas de forma
abrupta, visto que o número de receptores aumentou em uma tentativa de defesa do
organismo, fazendo com que o agonista ligue mais. Assim, a redução de doses deve ser
feita de forma gradativa.
Se a parada for gradativa, o organismo internaliza os novos receptores, visto que receptor
= gasto energético.
Integração de sinais: estímulos simultâneos no qual o que se sobressai faz mais efeito.
Ao utilizar agonista contínua, a resposta do fármaco vai diminuir com o tempo, aumentar
a dose ao longo do tempo: taquifilaxia. Muito comum nas anestesias.
Depois de um tempo, o que não estava mais fazendo efeito, pode voltar, efeito dos
receptores.
Down-regulation.
Ex: beta-arrestina: faz a fosforilação do receptor, responde menos. Se o processo
continuar, ele é internalizado e pode ser até mesmo destruído.
Ele pode retornar caso o agonista pare de agir, reciclagem de receptores.
Antagonista – aumenta o número de receptores – up regulation
Tolerância: necessidade de doses cada vez maiores para alcançar os mesmos efeitos. Ex:
opioide em dor crônica. Aumenta efeitos colaterais.
Taquifilaxia: efeito cada vez menos mesmo que a dose aumente
Ex: Anfetamina, causa exaustão de neurotransmissores, resposta diminui
Ex: quimioterápico> pode não mais responder, visto que a célula cancerígena cria
mecanismos de expulsão, perdendo o efeito ao longo do tempo.

Aplicações e efeitos das drogas: Revisando > Os


fármacos atuam se ligando à receptores. Um
fármaco liga-se a um receptor, 4 grupos
diferentes, gerando alteração intracelular
(mudança biológica), de estimulação (adrenalina
nas glândulas sudoríparas) , depressão
(benzodiazepínicos), citotoxicidade ( neoplasias,
necessidade de destruição da células), aumentar
ou inibir a divisão celular. O fármaco vai
mimetizar ou impedir o funcionamento da
célula.
Diminuir o efeito: antagonizar com algo que tem
no nosso corpo, como um neurotransmissor ou
hormônio, liga-se ao receptor. O antagonista
somente possui ação se existir um agonista.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Agir positivamente: liga-se ao receptor por afinidade, podendo não fazer nada ou
aumentar a atividade da célula, aí sim: agonista. Quando não faz nada é um antagonista,
pois impede ou diminui a ação do agonista.

Dose de ataque: usa-se para atingir rapidamente a concentração da faixa terapêutica. Se


não usar a dose de ataque, cerca de 4 a 5 meias vidas para ter uma concentração constante.
Muito usada em casos mais graves, nos quais o tempo é importante.
As vezes, alguns indivíduos podem possuir insuficiência hepática ou renal, fazendo com
que a dose possa entrar na faixa de toxicidade, caso por biotransformado no fígado ou
depurado nos rins.
DL50: dose em que, quando utilizada em uma curva populacional (devido à variação
de respostas em decorrência da genética), 50% de uma população irá morrer.
ED50: dose em que 50% da população irá responder
Índice Terapêutico: DL50/ED50, necessário que seja o mais alto possível para ter
uma eficiência adequada. Também chamado de janela terapêutica.
Ex: DL50: 100mg/kg e ED50: 90mg/kg: os números estão muito próximos, alto risco.
Ex: DL50: 2000mg/kg ED50: 100mg/kg: distância grande, seguro.
Características dos pacientes são importantes para determinação da dose. Vários
fatores influenciam a dose:
1- Sexo
2- Idade
3- Etnia
4- Peso
5- Condição pré-existente (Exp.: insuficiência hepática e/ou insuficiência renal)

Tipos de dose:
1- Dose de ataque
2- Dose terapêutica
3- Dose tóxica
95% da população (2 DP), 2,5 % para cada lado, são sensíveis ao medicamento, não
precisam da mesma dose. Mais chances de possuir efeitos colaterais, efeitos inespecíficos.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

No eixo x, concentração do fármaco. No y, LR: fármaco


ligado ao receptor, Ro: total de receptores.
0.5: 50% dos receptores ocupados: Kd.
Diferente afinidade
KdA: mais afinidade, menos concentração para que
50% dos receptores fiquem ocupados.
Na escala semilogarítmica, Kd,
também muda, mais fácil de
interpretar.
Emax: efeito máximo, E: efeito.
Gráficos se sobrepõem.
A concentração do Kd é a
mesma concentração em que
existe 50% do efeito máximo.
Ec50: analisa antes de 100% de eficácia, ideal para comparar.
Ec50: dose em que existe 50% do efeito máximo.
Nesse caso, o fármaco A é o mais potente, pois necessita de uma
menor concentração para que exista 50% do efeito máximo.

Resposta em uma população, mas, antes disso, estudo


em células, animais ou em um indivíduo somente.

Potência do fármaco: necessita de afinidade e eficácia (ao se ligar, causa resposta)


Antagonista: tem afinidade e não tem eficácia.
Agonista: tem afinidade e eficácia.
A potência dos agonistas depende de dois parâmetros: afinidade (tendência do
agonista se ligar aos receptores) e eficácia (capacidade de, uma vez ligado a um
receptor, dar início a alterações que provocam efeitos).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

O fármaco X tem mais


potência.

Os mais eficazes são A e B. O mais potente é o D. Ec50


de 62: 31 %; O D é o mais potente.
O C tem mesma eficácia do D. Menos eficaz que A e B.
Considerar sempre o índice terapêutico, as vezes a
potência pode levar à maiores efeitos colaterais.
Se existir o mesmo índice terapêutico e a mesma eficácia,
escolher o mais potente, visto que será necessário menores
doses.
Um fármaco mais potente precisa de menor concentração
para chegar no Ec50, menor Ec50.

Agonista total: fármaco que consegue 100% de


eficácia.
Agonista parcial: não consegue 100%

EX: fentanil é 100 vezes mais potente que a


morfina, logo, o EC50 dele é 100 vezes menor.
Anteriormente, a morfina era o agonista total,
fármaco padrão, depois, virou parcial. Fentanil:
padrão 100. Morfina: 1.
Os agonistas totais (que são capazes de produzir
efeitos máximos) possuem alta eficácia, desloca
todos os receptores para ficarem 100% ativados.
Os agonistas parciais (que são capazes de
produzir efeitos submáximos) possuem eficácia
intermediária, consegue menos de 100%.
O agonista total é mais eficaz.
Os antagonistas possuem eficácia igual a zero, têm afinidade. É o preto no gráfico, não
altera o metabolismo basal.
Os agonistas inversos apresentam seletividade pelo estado de repouso do receptor (Esse
fato é importante apenas em situações incomuns nas quais os receptores mostram uma
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

atividade constitutiva). Ele inativa 100% dos receptores. A célula perde a atividade basal.
O contrário do agonista total. São raros os medicamentos que são agonistas inversos.

Um fármaco que estimula a biotransformação de outro, com metabólito inativo, é


denominado antagonismo sem receptores, pode ser químico ou fisiológico.
Ex: SNS E SNP (fisiológico); antibiótico inativado por leite (químico), inibição.
A interação mais comum é a farmacocinética. A presença de receptores torna o
antagonismo farmacodinâmico.

Receptores são parecidos com as


enzimas: sítio de ligação ou sítio ativo;
a modulação chama-se de sítio
alostérico, controla/regula o sítio de
ligação.
Importante para entender os diferentes
tipos de antagonismos. Existes
antagonistas que atuam no sítio ativo,
mas também existem os antagonistas que
se ligam no sitio alostérico
Alguns se ligam de forma irreversível no
sítio ativo, ligação covalente: por mais que aumente o agonista, não retira o antagonista
pois a ligação é muito forte, não existe competição, não competitivo no sítio ativo.
Antagonista competitivo: consegue reverter o efeito aumentando a concentração do
agonista, pois não liga de modo covalente.
Também existe um antagonismo não competitivo no sítio alostérico, mesmo se for
reversível ou não.
Existes antagonistas que atuam no sítio ativo, mas também existem os antagonistas que
se ligam no sitio alostérico

No bloqueio competitivo, a eficácia


máxima permanece a mesma, mesmo com
o aumento do antagonista, porém, a
potência fica diminuída, em virtude da
diminuição da afinidade. A reversão pode
ser feito com o aumento do agonista. A
antagonista isolado não causa nada.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

No bloqueio não-competitivo, a eficácia


do agonista é diminuída. A potência
acaba não sendo obrigatoriamente
alterada. Não tem como saber se foi no
sítio ativo ou no alostérico.

Reversível (competitivo) ou irreversível (irreversível) no sítio ativo; reversivelmente


ou não no alostérico é não competitivo.

Antagonismo competitivo somente pode existir no sítio


ativo e a ligação é reversível.
Controle: não pode possuir o antagonista, é a comparação.
Aumentando a concentração do antagonista, a eficácia
máxima se mantém, mas o Ec50 aumenta, potência do
fármaco diminui.

Inibidor que se liga irreversivelmente no sítio ativo. Ao


aumentar as doses do antagonista, a eficácia diminui.
Porém, a potência também diminui, mas não é
necessário.

O Kd fica exatamente superposto ao Ec50, porém...


Existem receptores de reserva, na prática, 50% do efeito
máximo está menor que a ligação nos receptores. O que acontece
é:
Kd: 50% dos receptores ligados
São receptores de repouso. Ex: em 10 receptores, 8 realmente
estão funcionando...
Se o Kd não bate com os receptores existem mais receptores
que o necessário para o funcionamento.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Efeito do antagonista não competitivo na curva dose-resposta na presença de


receptores de reserva.
Nesse gráfico, a primeira linha é somente o
agonista.
Depois, vai aumentando a concentração do
antagonista, eficácia se manteve e potência
diminuiu, parecendo antagonista competitivo.
Porém, depois, a eficácia está diminuindo,
parecendo com um antagonista não competitivo.
Isso ocorre em um sistema com receptores de
reserva. No início, a eficácia se manteve pois
existam receptores de reserva em que o agonista
se ligou, depois, eles estarão ocupados também.
Na prática, a eficácia se mantém e depois vai
caindo, o efeito pode demorar a acontecer. Pode
ser que o efeito somente vai atuar com o aumento
de doses.
Nos receptores de reserva, a eficácia máxima é
atingida na falta deles. Porém, como os outros estão ocupados, passam a atuar nesse
sistema também.
Modulação alostérica: Fármacos
alostéricos se ligam a um local do
receptor diferente dos agonistas
“tradicionais” (hoje em dia,
frequentemente referidos como
agonistas “ortostéricos”).
Podem ser negativas ou positivas,
fazendo com que a eficácia e a
potência alterem.

Sinergismo farmacológico:
Sinergismo de adição: onde o efeito
final é igual à soma dos efeitos das
duas drogas isoladas
Sinergismo de potencialização: onde o
efeito final é maior que a soma dos
efeitos individuais. Ex: inflamação, prostaglandinas.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

O antagonismo farmacológico ocorre por meio de vários mecanismos:

Antagonismo químico (interação em solução).


Antagonismo farmacocinético (um fármaco que afeta a absorção, o metabolismo ou a
eliminação de outro fármaco).
Antagonismo fisiológico (dois agentes que produzem efeitos fisiológicos opostos).

Índice terapêutico é uma comparação entre a quantidade de um agente terapêutico


necessária para causar um efeito terapêutico e a quantidade que causa efeitos tóxicos.
Uma medida comumente utilizada do índice terapêutico é a dose letal da droga para 50%
da população (LD50) dividida pela dose efetiva mínima para 50% da população (ED50).
Um IT baixo condiz com drogas que podem atingir níveis tóxicos com extrema facilidade,
tais como a digoxina e a varfarina.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Farmacologia do Sistema Nervoso Parassimpático


O Sistema Nervoso pode ser divido em central e periférico. O
periférico pode ser um a via aferente ou eferente. O autônomo é
eferente e faz parte da porção periférica.
A divisão aferente é ligada à temperatura, tato, propriocepção.
Dentro da divisão dos eferente, sistema nervoso somático
(controlado, ex: elevação dos músculos) e autônomo (sem controle)
Dentro do Sistema Nervoso Autônomo, divisão em parassimpático,
simpático e entérico (no trato gastrointestinal, motilidade intestinal,
também sem controle, seja por hormônios ou presença de alimento)
O sistema nervoso somático é voluntário, controle dos músculos por neurônios motores.
Libera-se Ach na placa motor, receptor ionotrópico, estimula receptores nicotínicos. Não
há presença de gânglios, o neurônio está no corno anterior da medula.
Os neurônios do sistema nervoso simpático: parte intermédio-lateral da medula.
Existem gânglios simpáticos ou
parassimpáticos, que podem ter uma
fibra pré-ganglionar, que é um
axônio chegando no gânglio. A fibra
pré-ganglionar pode ser maior ou
menor.
Os neurônios do sistema nervoso
simpático estão na região intermédio
lateral, entre T1 a L1, emite uma
fibra pré-ganglionar, que faz sinapse
com um gânglio próximo à medula,
a cadeia simpática paravertebral.
Os neurônios do parassimpático tem
origem crânio-sacral. Na parte sacral
existem neurônios responsáveis pelo
sistema nervoso parassimpático. Na
região do crânio, o principal nervo
parassimpático é o Vago, além do glossofaríngeo e trigêmeo. A fibra pré-ganglionar é
longa e a pós-ganglionar é curta, visto que os gânglios estão próximos ao órgão ou em
sua intimidade.
Em todos os gânglios, o neurotransmissor liberado é a Acetilcolina, com seu receptor
nicotínico (junção neuromuscular e gânglios).
No sistema parassimpático, nos órgãos efetores, o neurotransmissor é a acetilcolina, mas
o receptor é muscarínico (metabotrópico).
Dentro sistema nervoso simpático, as fibras pós-ganglionares em sua maioria liberam
noradrenalina. Inerva corações, vasos.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A adrenalina é liberada na adrenal. A adrenal é um gânglio simpático que se especializou


em liberar adrenalina a noradrenalina. Nesse caso, fibra pré-ganglionar liberando.
Existem exceções, as glândulas sudoríparas, apesar de serem do sistema nervoso
simpático > acetilcolina que é liberada na fibra pós-ganglionar, ligando-se a receptores
muscarínicos. Além disso, na região dos rins e vasos do intestino, inervação simpática
que libera dopamina, receptores dopaminérgicos.
Ex: ação de fármacos muscarínicos e anti-muscarínicos.

O sistema dominante no organismo é o parassimpático. O simpático é dominante no


tônus vascular e nas glândulas sudoríparas (apenas)
Órgãos com inervações simpáticas e parassimpáticas são normalmente antagônicos
Podem atuar em conjunto, em dois locais, são eles:
No aparelho reprodutor masculino o parassimpático é na ereção e simpático na
ejaculação; Nas glândulas salivares, o parassimpático gera uma secreção rala, fluida, já o
simpático também aumenta as secreções, mais espessas, pode gerar a impressão de boca
seca.
Olhos: simpático faz midríase e
parassimpático faz miose. O parassimpático
faz uma acomodação do cristalino para
enxergar de perto e o simpático de longe.
Glândulas salivares: aumentam a secreção
Pulmão: O parassimpático faz
broncoconstrição. Não existe inervação
simpática no pulmão, não há uma fibra
simpática. O receptor B2 faz broncodilatação,
a partir da liberação de adrenalina da medula
da adrenal.
Luta ou fuga: vasoconstrição periférica e fluxo
sanguíneo na musculatura aumentado.
Nos vasos sanguíneos, existem receptores
muscarínicos, mas não existem fibras parassimpáticas. As fibras simpáticas atuam em
receptores alfa e beta, gerando vasoconstrição ou vasodilatação.
Coração: O parassimpático gera bradicardia, menos força de contração; o simpático
aumenta a força de contração, taquicardia.
Intestinal: parassimpático: aumenta a contração, abre os esfíncteres; o simpático diminui
as contrações e fecha os esfíncteres.
Trato genitourinário: o parassimpático aumenta a contração da bexiga e abre os
esfíncteres e o simpático relaxa a bexiga e fecha os esfíncteres.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Fármaco colinomimético: mimetiza a acetilcolina.


Fígado: glicogenólise (quebra do glicogênio e liberar glicose) e gliconeogênese,
envolvem receptores simpáticos.
Simpático:tóraco-lombar
Parassimpático: crânio-sacral
Assim, as fibras dos neurônios pré-
ganglionares possuem a acetilcolina como
neurotransmissor, ligando à receptores
nicotínicos. No pós-galnglionar, pode liberar
noradrenalina, dopamina, acetilcolina.
Simpático>>> pré: acetilcolina e pós:
noradrenalina.
Parassimpático>>> pré e pós: acetilcolina
Co-transmissão: Óxido Nítrico (NO) e peptídeo
vasoativo intestinal (VIP), ATP, neuropeptídeo
Y, 5-hidroxitriptamina (5-HT), GABA e
dopamina. potencializam os
neurotransmissores.
Feocromocitoma: aumenta secreção de adrenalina e noradrenalina, tumor na medula da
adrenal, aumenta a atividade simpática de forma paroxística.
Sinapse do parassimpático: liberação de acetilcolina, mais rápida; NO, VIP (peptídeo
vasoativo intestinal, mais lentas;
No simpático (Atp, neuropeptideo Y como co-tranmissores da noradrenalina)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Alguns receptores respondem aos neurotransmissores autonômicos e fármacos mas não


possuem inervação. Como os muscarínicos do endotélio vascular, presinápticos dos
terminais nervosos, adrenérgicos em glândulas sudoríparas, alfa 2 e beta em vasos.
Ex: Nos vasos sanguíneos dos músculos esqueléticos, os receptores beta 2 (vasodilatação
para aumentar a perfusão), alfa é vasoconstrição. A liberação de adrenalina causa a
resposta, não tem inervação, mas existe receptores que captam o neurotransmissor
liberada pela medula.
Receptores presinápticos: Receptores M2, alfa 2, função de modular a liberação de
acetilcolina ou noradrenalina, em fibras diferentes. Os agonistas são Ach e NE, quando
são liberados, fazem um feedback negativos – (autoreceptores)
Sinapse colinérgica
Receptores nicotínicos, inotrópicos,
modulam a entrada de sódio (canais de
sódio voltagem dependentes, liberação
de acetilcolina no receptor nicotínico) e
saída de potássio, causando
despolarização. Presente em gânglios e
em junções neuromusculares.
Podem ter fármacos que atuam nos
gânglios ou em músculos.
Acetilcolina, ligando em 2 subunidades
alfa, abertura do canal, condução saltatória, liberação de cálcio – interação de actina e
miosina. A junção neuromuscular pertence ao sistema colinérgico, liberação de
acetilcolina, mas não é parassimpático.
Existe um sistema eficiente para destruir a acetilcolina, que evita o acúmulo na fenda
sináptica, não deixa despolarizar, é a acetilcolinesterase.
Anti-colinesterásico – inibe a acetilcolinesterase - O acúmulo de acetilcolina na fenda
sináptica gera espasmos, fasciculações, uma superativação do músculo. Depois, os canais
de cálcio precisam retornar ao repouso para conduzir o impulso. O período refratário não
é alcançado, a célula não tem tempo para voltar para a fase de repouso, não consegue
mais conduzir o potencial de ação, logo, o músculo relaxa. Em casos de intoxicação >
diafragma, um músculo esquelético, pode parar de contrair, paciente pode parar de
respirar. Existe acúmulo em todos os locais que possuem acetilcolina. Sintomatologia
sistêmica.
Intoxicação: agrotóxicos/ vermicida: inibe a acetilcolinesterase do parasita, fica inativo e
para de respirar. Porém, caso não haja proteção, a inalação ou absorção pela pele pode
ocorrer. São lipossolúveis, atravessa a pele, barreira hematoencefálico, podendo gerar
agitação, convulsão, agitação.
A acetilcolina no SNC tem ação complexa, relação com interneurônios.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Existem mais junções neuromusculares em músculos com ação fina. Ex: diferença entre
os músculos da mímica facial e os músculos da perna > ação fina, mais controlada.
Ex: Anti-depressivo: anticolinérgicos muscarínicos > (falta de parassimpático)
midríase, secreções salivares diminuídas, broncodilatação, FC aumentada, contração
intestinal diminuída, contração da bexiga diminuída. Também podem ser chamados de
Parassimpaticolítico: reduz atividade parassimpática

Toxina botulínica: entra na fibra pré-ganglionar. Os neurotransmissores ficam


armazenadas em vesículas, proteínas snares específicas para fundir à membrana. Essa
toxina botulínica destrói essas proteínas, fazendo com que não seja liberado a
acetilcolina. Menor força muscular no local (fraqueza). Ex: usado em espasmos da
pálpebra, rugas, hiperidrose, enxaqueca, estrabismo, bexiga hiper-reativa. Efeito dura em
torno de 6 meses.

Miastenia Graves: doença em que o organismo começa a produzir anticorpos contra


receptores nicotínicos. Ex: na placa motora, menor força muscular. Tratar: anti-
colinesterásico, mas controlado, não inibe irreversivelmente, não degrada a acetilcolina,
mais chance da acetilcolina achar o receptor viável.
Fármaco> neostigmina

Alzheimer: melhora de sintomas com anti-colinesterásico, deve ser lipossolúvel e não


deve ser carregado. Ex: tacrina, rivastigmina, podem melhoras os sintomas nas fases
iniciais, mas a doença é progressiva.
Nesses casos, a acetilcolina vai gerar uma ação sistêmica, mais ações parassimpáticas.
Acetilcolina é um dos neurotransmissores excitatórios mais importantes.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Fármacos Colinérgicos
Receptores e suas
funções > Existem 2
tipos de receptores
nicotínicos, dos
gânglios (Nn) e da
junção
neuromuscular
(Nm).
Já os receptores
muscarínicos >
Receptor
muscarínico
(metabotrópico),
acoplado à proteína
G. Existem 5 tipos.
Acoplados à proteína
Gs, Gi. Gq.

M2 e M4: ligados à Gi, hiperpolariza


M2: coração
M4: SNC
Ex: célula cardíaca, receptor M2, também presente no pré-sináptico. A acetilcolina no
pré-sináptico vai estimula Gi, (diminui a Adenil ciclase, que converte ATP em AMP
cíclico, baixo AMP cíclico, aumenta as correntes de saída de P e diminui a entrada de
cálcio, inibição, mais negativa), ficando hiperpolarizada. Por isso a acetilcolina (SNP)
liberada pelo nervo vago liga-se a M2, acoplado a Gi, gera redução da frequência
cardíaca.
Como as correntes de cálcio diminuem, diminuição da exocitose de neurotransmissores,
(acetilcolina) > Sistema de controle.
Todos os receptores simpáticos são metabotrópicos.
B1 na célula cardíaca (B2 em menor quantidade), adrenalina e noradrenalina vão
estimular Gs, mais Adenil ciclase, mais AMP.

M1, M3, M5> Acoplados À Gq. Aumentam o cálcio intracelular.


M3> Acoplados a Gq. Aumenta a ação da fosfolipase C, aumenta IP3 (mais cálcio
intracelular, sai do retículo) e DAG. O cálcio gera aumento de contração, musculatura
lisa (intestino, brônquio, bexiga: M3). O cálcio relaxa os esfíncteres.
M1: musculatura lisa e neurônios; M3: musculatura lisa; M5: SNC
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Tubocurarina: Fármaco que atua no receptor nicotínico presente na junção


neuromuscular (inotrópico). São antagonistas, inibe a acetilcolina de se ligar no
receptor nicotínico, menor vai ser a força muscular.
Esse grupo de medicamentos> índios utilizavam nas pontas das flechas, das zarabatanas,
matar invasores. Morte por parada respiratória. Entra via subcutâneo ou muscular.
Ex: na Anestesista: outros bloqueadores neuromusculares, para promover relaxamento
muscular; intubar o paciente para ventilar (vai entrar em apnéia); laparotomia.
Trimetafano: antagonista dos receptores nicotínicos dos gânglios, bloqueia todos os
gânglios, parassimpático ou simpático. Atrapalha mais o dominante (passimpático).
Assim, o simpático passa a ser dominante. As manifestações serão do sistema não
dominante, vasodilatação, hipotensão, taquicardia, constipação intestinal, não tem
broncoconstrição, midríase, bexiga presa, boca seca, diminui a sudorese (não
bloqueia muscarínico, mas bloqueia o gânglio), anidrose, aumenta a temperatura.

Atropina: antagonista muscarínico, são anticolinérgicos mas não atuam em


receptores nicotínicos. Frear o parassimpático. Bloqueia M1,M2,M3,M4,M5.
Escopolamina (Buscopam): mesmo grupo. Buscopam composto >escopolamina e
dipirona
Gera midríase, não enxerga de perto (ciclopegia), boca seca, broncodilatação (M3 faz
bronconstrição), taquicardia, sudorese baixa, aumenta temperatura, baixo peristaltismo,
contenção urinária.
Atropina e buscopam: diminui a contração do intestino, útero (M3), diminui o cálcio,
acoplado à fosfolipase C, relaxamento muscular.

Ciclopegia: foco para visão distante. Dificuldade de enxergar de perto. Ex: exame de
fundo do olho, midríase; ciclopegia > altera a refração.

Sinapse Coliérgica > Região de síntese de acetilcolina: rica em mitocôndria, CoA no ciclo
de Krebs. CoA + colina – colina acetiltransferase, fica na vesícula, liberada com o cálcio
(voltagem dependente), pode agir em receptores nicotínicos (ionotrópicos, 4 ou 5
subunidades) e muscarínicos (7 alças na membrana)
1- Síntese da acetilcolina;
2- Armazenamento da acetilcolina;
3- Liberação da acetilcolina;
4- Degradação da acetilcolina.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Para a liberação de acetilcolina


(pré-sináptico):
Receptor nicotínico pré-
sináptico: aumenta correntes de
sódio, abertura dos canais de
cálcio voltagem dependentes,
estimula a liberação de
acetilcolina, despolarização,
excitatório.
Receptor muscarínico pré-
sináptico: M2, acoplado a Gi,
diminui AMP cíclico, diminui a entrada de cálcio e aumenta a de potássio, célula
hiperpolarizada. O receptor M2 é expresso nos terminais pré-sinápticos e ajuda a
regular a liberação de acetilcolina.
Ex: anestesia - Antagonista nicotínico na junção neuromuscular – bloqueadores
neuromusculares, como a Tubocurarina (não mais utilizada, pois bloqueava os receptores
nicotínicos na placa motora e nos gânglios, muitos efeitos colaterais, pois inibia o sistema
dominante, levava a taquicardia e hipotensão) - após a cirurgia – neoestigmina, (impede
degradação) vai acumular mais acetilcolina na fenda sináptica, não de forma irreversível
– bloqueio competitivo (sítio ativo), reversível – aumentando a concentração do agonista
(anticolinesterásico), mais ligações com o receptor nicotínico. É um agonista indireto. A
força muscular aumenta, porém, vai acumular acetilcolinesterase em todos os lugares,
também nos muscarínicos. Logo, as ações parassimpáticas muscarínicas vão ocorrer.
Salivação, broncoconstrição, bradicardia, maior contração intestinal, mais contração da
bexiga. Assim, para impedir os efeitos muscarínicos, usar Atropina, anticolinérgico
muscarínico, paciente somente vai ter os efeitos nicotínicos na placa motora.
Basicamente, em toda anestesia geral, utiliza os dois medicamentos.
No sangue, enzima que degrada a acetilcolina é a Colinesterase plasmática,
pseudocolinesterase, butil colinesterase
Os agonistas podem ser diretos ou indiretos (anticolinesterásicos).
O receptor M2 é expresso nos terminais
pré-sinápticos e ajuda a regular a liberação
de acetilcolina.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Fármacos parassimpaticomiméticos> ajuda a reverter o bloqueio muscular,


alzheimer, miastenia graves.
Os colinérgicos, colinomiméticos, parassimpatomiméticos ou estimulantes dos
receptores colinérgicos do SNA caracterizam por seus efeitos semelhantes ao da
acetilcolina.
Os colinérgicos são classificados quanto
ao tipo de receptor: muscarínico ou
nicotínico; e quanto ao seu mecanismo
de ação: direto (ao nível do receptor) ou
indireto (inibindo a ação da
acetilcolinesterase)
Os colinérgicos diretos são agonistas dos
receptores colinérgicos, dentre eles:
colinérgicos diretos muscarínicos
(ésteres da colina: acetilcolina e
betanecol; alcaloides: muscarina e
pilocarpina). Eles provocam efeitos
muscarínicos.
Existem colinérgicos que atuam diretamente nos receptores nicotínicos, podendo atuar
na sinapse ganglionar ou nos receptores neuromusculares.
Já os colinérgicos indiretos inibem a acetilcolinesterase, são os anti-colinesterásicos,
que podem ser reversíveis, como o edrofônio e carbamatos. Já os irreversíveis são os
inseticidas organofosforados.
Os ésteres da colina são carregados e pouco solúveis
(aminas quaternárias) ; os alcaloides são aminas
terciárias, somente a muscarina é quaternária.
Os ésteres da colina, acetilcolina, como são pouco
lipossolúveis, são hidrolisados pela acetilcolinesterase
no trato gastrointestinal, não chegam tanto ao SNC.
Metacolina, betanecol e carbacol: não sofrem essa
ação.
A ação desses ésteres é diferente entre os receptores
nicotínicos e muscarínicos. A acetilcolina exerce ação
nos dois tipos de receptores. Metacolina e betanecol:
são menos ativos aos receptores nicotínicos.
A pilocarpina, lobelina e
nicotina são amplamente
absorvidas e distribuídas
(nicotina pela pele, muscarina
tem absorção intestinal
incompleta, visto que é uma amina quaternária, mas tóxica
quando ingerida em cogumelos).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Alcalóides, são aminas terciárias, não possuem carga, lipossolúvel. (muscarina e


pilocarpina)
Muscarina – intoxicações por cogumelos, sintomas muscarínicos. FC baixa, hipotensão,
boca com muita salivação, broncoconstrição, diarreia, contração da bexiga.
Ésteres: muito usados na forma de colírio.
Pilocarpina: tratamento de glaucoma (aumenta a pressão intraocular), se facilitar a
drenagem do humor aquoso, gerar miose (parassimpático). Se for absorvida de forma
sistêmica, efeitos colaterais.
Colírio com inibidor da acetilcolinesterase> baixa a pressão intraocular

Efeitos muscarínicos: Efeitos cardiovasculares: Reduz a frequência cardíaca, força de


contração e débito cardíaco. Também promove vasodilatação generalizada mediada por
NO.
Efeitos sobre a musculatura lisa: Com exceção dos vasos, a musculatura lisa contrai-se
pela estimulação de agonistas muscarínicos.
Efeitos sobre as secreções sudorípara, lacrimal, salivar e brônquica: estimulam glândulas
exócrinas.
Efeitos oculares: Os agonistas muscarínicos contraem a pupila e reduzem a pressão
intraocular.
Muita acetilcolina – pode ser útil na Síndrome de Sjogren, na qual existe diminuição da
secreção das glândulas salivares. Porém, efeitos colaterais com a via oral, intestino e
bexiga vão contrair demais.
Betanecol: tratamento de retenção urinária.

Agonistas Muscarínicos > Os agonistas muscarínicos produzem efeitos que se


assemelham aos resultantes da estimulação parassimpática. Eles são agonistas
tanto de receptores muscarínicos quanto nicotínicos, mas atuam de modo mais
potente sobre os muscarínicos.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Efeitos farmacológicos dos agonistas muscarínicos: Efeitos cardiovasculares: Reduz a


frequência cardíaca, força de contração e débito cardíaco. Também promove
vasodilatação generalizada mediada por NO. Efeitos sobre a musculatura lisa: Com
exceção dos vasos, a musculatura lisa contrai-se pela estimulação de agonistas
muscarínicos. Efeitos sobre as secreções sudorípara, lacrimal, salivar e brônquica:
estimulam glândulas exócrinas. Efeitos oculares: Os agonistas muscarínicos contraem a
pupila e reduzem a pressão intraocular.

Os agonistas muscarínicos são contraindicados para pacientes asmáticos


(Broncoconstrição e aumento de muco), pacientes com gastrite (Aumento da secreção
gástrica), pacientes cardíacos (causam hipotensão e reduzem tônus cardíaco).
O betanecol aumenta a contração da bexiga, pode ser útil em pacientes com neuropatia
diabética;
A pilocarpina causa miose. Pode provocar diarreia e incontinência urinária se usada de
forma sistêmica.

M3: principal receptor muscarínico,


açoes periféricas mais improtantes.

Os agonistas nicotínicos diretos: nicotina, lobelina e succicilcolina (bloqueio


despolarizante na placa motora: anestesia geral)

Os de ação indireta, inibidores da acetilcolinesterase (anticolinesterásicos): Os


anticolinesterásicos bloqueiam as enzimas AChE e BuChE e intensificação da
transmissão colinérgica nas sinapses colinérgicas autonômicas e na junção
neuromuscular. Alguns passam a barreira hematoencefálica (p. ex., fisostigmina,
organofosforados) e causam efeitos acentuados sobre o SNC.
Os efeitos autonômicos incluem: Bradicardia; Hipotensão; Excesso de secreções;
Broncoconstrição; Hipermotilidade gastrointestinal;
A ação neuromuscular causa fasciculação muscular, aumento da força de contração e
pode produzir bloqueio por despolarização. O envenenamento por anticolinesterásicos
pode resultar da exposição a inseticidas ou gases neurotóxicos.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Álcoois simples (edrofônio: hidrossolúvel)


, carbamatos (neostigmina (amina
quaternária – hidrossolúvel) e fisostigmina
(amina terciária, lipossolúvel) e
organofosforados (lipossolúveis,
abosrvidos por pele, pulmões e trato
gastroinstestinal)

A acetilcolinesterase apresenta dois sítios de ligação: um ânion iônico e outro esterásico.


O tipo de ligação e o local será diferente para cada tipo de inibidor da acetilcolinesterase.
Os inibidores de acetilcolinesterase diferem quanto a natureza da interação química com
a enzima. O uso desses agentes > miastenia graves, glaucoma, íleo adinâmico e
Alzheimer...
A principal diferença entre os tipos de anticolinesterásico consiste no fato de que a
neoestigmina é uma inibidora reversível; já o diflos, é
irreversível.
O uso da pralidoxima pode útil na intoxicação por
organofosforados pois possibilita a reativação da enzima.
Diminuição da atividade da colinesterase plasmática induzida
por um organofosforado, o gás Sarin. Recuperação da enzima
com pralidozima.

A miastenia grave é uma doença que


ocorre devido à anticorpos contra
receptores nicotínicos da acetilcolina na
junção neuromuscular. O paciente
apresenta fraqueza muscular.
Com o uso de neostigmina > menor
degradação de acetilcolina, mais ligação
> melhora a força muscular.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Podem existir efeitos colaterais devido ao acúmulo de acetilcolina nos receptores


muscarínicos.
Edrôfonio> inibidor da acetilcolinesterase de curta duração > usado no diagnóstico da
miastenia grave.
Fisostigmina e ecotiopato> colírio> aumenta a drenagem do humor aquoso> tratamento
do glaucoma. B bloqueador e A agonista são mais usados pois geram menos efeitos
colaterais.
No Alzheimer> diminuição das sinapses colinérgicas no SNC. Sabe-se que a acetilcolina
é importante na memória e atenção. Ao inibir a degradação da acetilcolina, alguns
anticolinesterásicos que atravessam a barreira hematoencefálica podem melhorar o
quadro. A rivastigmina, galantamina, donepezila e tacrina são inibidores da
acetilcolinesterase utilizados no tratamento da doença de Alzheimer.

Ex: guerra química> gás sarin e somam, acúmulo de acetilcolina nas sinapses colinérgicas
> bronconstrição, acúmulo de secreções respiratórias, enfraquecimento de músculos
respiratórios, paralisia respiratória central.
Além da toxicidade aguda, os inibidores da acetilcolinesterase podem produzir
neurotoxicidade retardada que progride para paralisia flácida e espasmos.

No tratamento por intoxicação> evitar mais acúmulo, remover as roupas, lavar a pele com
água e sabão, lavagem gástrica se necessário, respiração artificial.
Tratamento: Atropina (antagonista muscarínico, na forma de sulfato, antagoniza a
salivação, secreção brônquica e broncoconstrição, não influenciando na paralisia
muscular esquelética/músculos respiratórios) e regeneradores de acetilcolinesterase,
como a pralidoxima (desfosforila a enzima na periferia, reduz o bloqueio na placa
neuromotora)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Fármacos parassimpaticolíticos > anticolinérgicos, antagonistas dos receptores


colinérgicos > os anticolinérgico são divididos em antimuscarínicos e antinicotínicos de
acordo com os tipos de receptores atingidos.

Os anticolinérgicos muscarínicos > pirenzepina (antagonista muscarínico com


seletividade com M1 (trato gastrointestinal, principalmente no estômago, responsáveis
pela secreção cloridropéptica). Os outros antagonista muscarínicos não são seletivos aos
receptores muscarínicos, por isso são denominados parassimpaticolíticos, mas podem
agir no SNC. (drogas atropínicas)

Os antagonistas muscarínicos podem ser classificados em 5 grupos:


Alcalóides naturais > atropina e escopolamina
Semi-sintéticos> homatropina, 5-pentolato e tropcamida
Derivados com amônia quaternária> n-butilescopolamina e ipratrópio
Benzotropina > Parkinson, menos efeitos colaterais periféricos que a atropina
Grupo da pirenzepina> age em M1, no estômago

Efeitos sistêmicos dos antagonsitas muscarínicos:


Inibição das secreções: Inibição da produção de secreção pelas glândulas salivares,
lacrimais, brônquicas e sudoríparas. Afetam pouco a secreção gástrica. Causam pele e
boca seca. Hipertermia e rubor
Efeitos sobre a frequência cardíaca: A atropina causa taquicardia por meio do bloqueio
dos receptores muscarínicos cardíacos. Doses baixas podem causar bradicardia, pois essas
substâncias também bloqueiam receptores pré-sinápticos dos terminais parassimpáticos,
que são responsáveis por inibir a liberação de acetilcolina, logo, ela aumentará.
Efeitos oculares: A administração de atropina causa dilatação da pupila (midríase), não
responsiva a luz. Pode elevar a pressão intraocular. Relaxa o músculo ciliar - cicloplegia
Efeitos sobre o trato gastrintestinal e urinário: reduz a motilidade gastrintestinal, porém
somente em altas doses. Íleo e retenção urinária. Também reduz a secreção gástrica.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Provoca boca seca, taquicardia, reduz a motilidade dos uretes e relaxa o músuclo detruso>
aumento da resistência à micção.
Efeitos sobre musculatura lisa: A atropina provoca relaxamento da musculatura lisa das
árvores brônquicas, dos biliares e urinário.
Efeitos sobre o SNC: Em baixas doses causa sonolência, inquietação e em altas doses
causa agitação, desorientação e alucinações.
A escopolamina apresenta maiores efeitos por ser uma amina terciária. Cuidado em
pacientes idosos. Em doses terapêuticas provoca sedação, mas em doses elevadas é
excitatória.
A escopolamina reduz náuseas e vômitos da cinetose.

Ex: Parkinson> podem ser utilizados anti-muscarínicos.


Ex: paralisia do músculo ciliar, para medidas de refração> exame da retina

Antigamente > Pré-medicação anestésica: Para reduzir secreções: por exemplo, atropina
e escopolamina (para evitar irritação brônquica> hoje usa-se enflurano e halotano);
Metescopolamiana e glicopirrolato (aminas quaternárias: menor efeito no SNC)

Cardiovascular: no tratamento da bradicardia sinusal (p. ex., após infarto agudo do


miocárdio; atropina). Pode haver descarga vagal que acompanha a dor, depressão do nó
sinoatrial e atrioventricular> menor débito.
Oftálmico: Na dilatação da pupila (colírio de tropicamida ou ciclopentolato). Não usar no
glaucoma fechado principalmente.
Neurológico: Na prevenção da cinetose (escopolamina) e no parkinsonismo,
principalmente para neutralizar os distúrbios de movimento causados por fármacos
antipsicóticos.
Gastrointestinal: Para facilitar a endoscopia e a radiologia gastrointestinal ao relaxar a
musculatura lisa gastrointestinal; Como antiespasmódico na síndrome do cólon irritável
ou na doença diverticular do cólon (diciclomina).
Na asma, a bronconstrição mediada pelo vago> hiperativo, receptores muscarínicos.

Ex: bexiga hiperativa> bloqueia receptores M3


Ex: uso inalatório do ipratrópio ou tiotrópio> local e menos efeitos colaterais > bloqueia
M3, não estimula proteína G, não ocorre liberação de IP3 e cálcio> não há bronconstrição.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Os bloqueadores ganglionares como o Trimetafano causam bloqueio dos gânglios


simpáticos e parassimpáticos, manifestação clínica do sistema não dominante (simpático)
taquicardia, hipotensão, midríase, ciclopegia, constipação, retenção urinária, redução da
saliva e sudorese. Antigamente eram usados nas crises hipertensivas.

Fármacos que inibem a síntese ou liberação de Ach >


O hemicolínio bloqueia o transporte de colina e, consequentemente, inibe a síntese da
ACh. O vesamicol age bloqueando o transporte da ACh para dentro das vesículas
sinápticas. Ambos atuam lentamente, reduzindo a concentração de ACh nos terminais
pré-sinápticos. Porém, ação experimental, sem utilidade clínica.

A toxina botulínica, anti-colinérgico indireto, evita a liberação de acetilcolina nas


terminações nervosas) e a β-bungarotoxina, atuam especificamente inibindo a liberação
de ACh. A toxina botulínica contém vários componentes (A-G), que são peptidases que
clivam proteínas envolvidas no processo de exocitose (sinaptobrevinas, sintaxinas e etc).
Ela bloqueia a função neuromuscular devido a sua ação anticolinérgica, atua como uma
protease depende de zinco, que cliva seletivamente uma proteína sináptica que
desempenha papel na exocitose. Impede a liberação das vesículas de acetilcolina.
A toxina botulínica, administrada por injeção local, têm inúmeros usos clínicos e
cosméticos:
• Blefarospasmo e Espasticidade;
• Incontinência urinária, associada à hiperatividade da bexiga (uso intravesical).
• Estrabismo (através de injeções nos músculos extraoculares).
• Hiperhidrose (através de injeções intradérmicas na pele da zona axilar), no tratamento
da sudorese excessiva resistente a outros tratamentos.
• Profilaxia das dores de cabeça (nos adultos com enxaqueca crônica e dores de cabeça
frequentes).
• Rugas da fronte (quando injetada por via intradérmica, remove as rugas de expressão
ao paralisar os músculos superficiais que franzem a pele).
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SNA Simpático
O Sistema Nervoso Simpático é distribuído a partir do segmento tóraco-lombar. Os
neurônios pré-ganglionares estão nessa região > as fibras pré-sinápticas fazem sinapse
com gânglios simpáticos e a liberação > acetilcolina.
O neurônio pós-ganglionar simpático libera noradrenalina (exceção > glândulas
sudoríparas > liberação de acetilcolina em receptores muscarínicos.)
Midríase, Broncodilatação, Taquicardia, inibição da atividade do trato gastrointestinal,
estímulo da liberação de glicose pelo fígado, estimula a produção de adrenalina e
noradrenalina na medula da suprarrenal, relaxamento da bexiga, ejaculação > ações do
simpático.
Sinapse Adrenérgica > a transmissão do impulso é feita com a liberação de noradrenalina
a partir das vesículas (adrenalina (medula da adrenal), noradrenalina e dopamina
(neurotransmissor do SNC): catecolaminas)
A formação da adrenalina somente ocorre na medula da adrenal ou em tecidos
semelhantes, pela presença da enzima Phenylethanolamine N-
methyltransferase (síntese induzida por glicocorticoides secretados pelo córtex da
adrenal > sistema tipo porta > medula da adrenal. Ex: estresse > conexão entre parte
cortical e medular.
A tirosina é o precursor de todas as catecolaminas, transportada ativamente para dentro
do axoplasma > convertida em dopamina, adrenalina e noradrenalina.
A dopamina > dopamina B hidroxilase > noradrenalina (dentro da vesícula)
A etapa limitante da síntese > tirosina hidroxilase (a concentração de noradrenalina
no plasma bloqueia a síntese)
Catecolamina > porção catecol > anel benzênico, com dois grupos hidroxila
adjacente com cadeia lateral de amina.
O isoproterenol, isoprenalina> derivado da noradrenalina sintético. Sintético, já utilizado,
mas muitos efeitos colaterais.
Entrada da tirosina > transportador de
aminoácidos aromáticos > cadeia > NE
Liberação na fenda sináptica >
receptores alfa1, beta 1, beta 2 ou alfa 2
> ou ainda pode retornar para a fibra
adrenérgica por um sistema ativo de
recaptação de aminas.
Citoplasma > a NE tem 2 destinos:
Metabolizada pelo monoaminoxidase
ou retorna para a vesícula pelo
transportador vesicular.
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O transportador é fundamental para interromper a ação das catecolaminas na fenda


sináptica.
No interior da vesícula sináptica a noradrenalina está associada ao ATP e neuropeptídeo
Y > [NE] possa chegar a 100 milimolar no interior da vesícula.

A cocaína inibe o
transportador de NE >
acúmulo de noradrenalina
na fenda sináptica > ações
nos receptores
adrenérgicos.
Reserpina > inibe o
transportador vesicular da
NE > mais NE no citoplasma
> NE pode sofrer transporte reverso e ir para a fenda sináptica ou no citoplasma pode ser
metabolizada pela monoaminahidroxidase.
A noradrenalina, liberada na fenda sináptica > pode se ligar aos receptores alfa1,
alfa 2 e beta 1 e beta 2. Os receptores alfa 2 pré-sinápticos são inibitórios > regulam
a liberação de NE. Além de poder ser recaptada pelo transportador neuronal da NE.
No citoplasma, pode retornar para a vesícula pelo transportador vesicular ou
metabolizada pelo monoaminahidroxidase.

Nos terminais periféricos, 75% da NE é captada pelo transportador neuronal, NET. 25%
restantes são recaptadas pelo extraneuronal, EMT.
NET > mais específico para noradrenalina.
EMT> mais especifico para adrenalina.
Cocaína e anfetamina inibem o NET > acúmulo de NE na fenda sináptica > mais ativação.

Uma vez dentro das células, a NE é degradada por: MAO,


Monoamina-oxidase e COMT, catecol-O-metil transferase.
MAO > ligada à membrana mitocondrial > converte NE em
aldeídos, importante para SNC.
COMT > adição de grupo metil às hidroxilas das catecolaminas>
metoxi. Tecidos neurais e não neurais.
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É degradada pela COMT, enzima citosólica amplamente


distribuída;
No fígado, COMT> catecolaminas circulantes, adrenalina.
MAO> neurônios monoaminérgicos, como adrenérgicos.
Aldeído redutase;
Aldeído Desidrogenase;
Todas metabolizam em intermediários excretados na urina,
sendo o principal o VMA, vanililmandélico.

Feocromocitoma > aumenta a produção de


noradrenalina e adrenalina da medula > pode dosar os
metabólitos na urina para o diagnóstico.
B1 > aumenta FC, presente no coração.
Os receptores adrenérgicos são acoplados à
proteína G, metabotrópicos.
Alfa 1 > Gq > ao estimular, ocorre a ativação da
fosfolipase C > DAG e IP3. IP3 > liberação de cálcio
para o citoplasma > contração de musculatura lisa.
Beta 1, 2 e 3 > proteína Gs> aume nta
Adenil ciclase > mais AMP cíclico
Alfa 2 > Gi > inibição da Adenil ciclase,
menos AMP cíclico.
Alfa 1 > vasos sanguíneos >
vasoconstrição > aumenta PA

Alfa 2 > pré-sináptico > inibe


Beta 1 > estimula o aumento da
frequência e força de contração do
coração, além de estimulação da
liberação de renina pelo aparelho
justaglomerular.
Beta 2 > relaxamento muscular, como
útero e brônquios (impedir partos pré-maturos, asma)
Beta 3 > adipócitos > lipólise
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Dopamina 1 > circulação esplâncnica e renal > vasodilatação


Dopamina 2 > terminais nervosos, inibe a Adenil ciclase
Controle da liberação da noradrenalina através da autoinibição pré-sináptica. O receptor
alfa 2 está a nível pré-sináptico, acoplado a Gi > menos adenil ciclase > menos AMP
cíclico > menor entrada de cálcio > menor liberação de NE através da exocitose que é
dependente de cálcio.
Relação entre receptores muscarínicos e alfa 2 pré-sinápticos e
AT1 da angiotensina 1 e 2 > quando NE é liberada > feedback
– através de alfa 2 > diminuição da sua própria liberação.
Porém, a Acetilcolina, quando atua em
receptores muscarínicos pré-sinápticos, M2
e M5, também acoplados a Gi > menor
liberação.
Tanto os receptores muscarínicos quando alfa
2 são receptores pré-sinápticos inibitórios.
Angiotensina 1 e 2 > podem atuar de forma
pré-sináptica > potencializa a liberação de NE
> mais ação desse neurotransmissor > atua em
Beta 1 > estimula a liberação de renina através do aparelho
justaglomerular > converte angiotensinogênio em angiotensina 1 >
ECA > angiotensina 2 > ligação no receptor pre-sináptico > aumenta
a liberação de NE. A NE estimula a própria liberação pela renina.
Pode ocorrer uma regulação da resposta dos receptores a curto e longo prazo. Estimular
repetitivamente um receptor adrenérgico > processo a curto prazo de dessensibilização e
infrarregulação > ocorre fosforilação do receptor > torna-se menor responsivo ao
agonista. Alguns receptores podem ser internalizados, tendo na superfície um menor
número de receptores para o agonista.
B agonista > célula vai produzir mais receptores > suprarregulação.

Fármacos Simpaticomiméticos/adrenérgicos > respostas semelhantes à estimulação


simpática.
Noradrenalina e adrenalina são agonistas não seletivos, atuam em receptores alfa e beta.
Alfa seletivos: alfa metil noradrenlina e metaraminol.
Beta seletivos: salbutamol, issoprenalina.
Antagonista B: Propranolol
Aminas simpaticomiméticas de ação indireta > atuam
através da liberação de noradrenalina. A efedrina é
mista, libera indiretamente a noradrenalina e pode
atuar em receptores beta 1.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Adrenalina, isoprenalina, noradrenlina, dopamina, alfa metil noradrenlina >


catecolaminas (presença de um anel benzeno com dois grupos hidroxila) > metabolizados
pela mono-amina-oxidase e pela catecol-orto-metil-transferase > ação rápida.
Assim, quando é necessário a administração desses > infusão continua visto que são
rapidamente biotransformados por essas enzimas.
Os outros fármacos, são agentes com duração de ação maior, pois são metabolizados no
fígado.
Agonistas de receptores adrenérgicos
Dobutamina aumenta a força de contração do miocárdio.
Alergias > adrenalina > relaxamento da
musculatura brônquica e diminuir edema
de glote.
B2 > pulmão
Mecanismos de dessensibilização.
Alfa 1 > vasos > fenilefrina > aumenta PA

A ativação dos receptores adrenérgicos


favorece a ativação dos estoques
energéticos, como o glicogênio e gordura
> glicose a ácidos graxos. Adipócitos > B3
> lipólise
A musculatura lisa, menos o trato gastrointestinal, contrai em resposta à estimulação de
alfa 1 e relaxam com b-adrenérgicos.

Alfa 1 > fosfolipase C > IP3 > cálcio >


vasoconstrição
B-agonista > acoplados a B2 > Gs > mais AMP

No coração, a ativação de receptores B1 adrenérgicos causa um potente efeito estimulante


tanta na FC (cronotrópico) quanto na força de contração (inotrópico). Isso aumenta o
débito e o consumo de 02. Cuidados com coronariopatas > mais Fc > mais consumo de
O2 > isquemia?
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Catecolaminas endógenas > adrenalina, nora e dopamina.


Dopamina abaixo de 2 mcg/kg/min > vasodilatação em rins, mesentérios e coronárias
(D1). 2 a 10 > B1. Maior de 10 > alfa 1 (vasoconstrição)
Noradrenalina > alfa > beta 1 > beta 2. Logo, aumento de PA vasoconstrição > Fc reduz
pelos barorreceptores. Somente vai aumentar a FC quando em maiores doses atuando em
B1.
Adrenalina > em doses menores B1 e B2. Em doses maiores > alfa
Alfa > nora > adrenalina > isoprenalina
Beta > isoprenalina > adrenalina > noradrenalina
A noradrenalina, ao atuar principalmente em alfa 1
(em vasos > vasoconstrição periférica > aumenta a
resistência vascular periférica > maior PA > menor FC
(barorreflexo)
Isoprenalina > atua em B > B1 do coração >
taquicardia, aumento da pressão sistólica. Porém, age
em B2 dos vasos > vasodilatação > queda da
resistência vascular periférica > queda da PA >
taquicardia reflexa. Perigoso > aumento da FC
aumenta o consumo de oxigênio
Adrenalina> age em alfa e beta
A ativação de receptores B2 adrenérgicos aumenta a força de contração do músculo
branco, reduz no vermelho. Efeitos tróficos em proteínas da contração. O clembuterol,
agonista B2, tem ação anabolizante.
Os receptores b2 > tremores intensos > usar antagonistas beta adrenérgicos
A ativação de receptor b2 reduz a liberação de histamina por mastócitos
Células do sistema imune expressam receptores adrenérgicos, sendo que a ativação desses
modulam a liberação de citocinas e a proliferação celular.

Assim, os simpaticomiméticos são fármacos


provocam respostas semelhantes às estimulações
simpáticas.
Podem ser diretos, ou seja, ligam diretamente nos
receptores alfa ou beta
E os indiretos, através da liberação do
neurotransmissor ou inibição da recaptação da
noradrenalina, como na cocaína.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Nos agonistas alfa > noradrenalina, fenilefrina e clonidina. Os agonistas B agonistas >
isoproterinol, dobutamina e albuterol.

Agonistas seletivos (simpatomiméticos diretos) > mimetizam ação das catecolaminas


endógenas. Ocorre midríase, relaxamento dos brônquios, taquicardia, inibição intestinal,
estimula de adrenalina e nora na adrenal, relaxamento da bexiga > podem causar aumento
grande da pressão > tomar cuidado com hemorragias cerebrais e edema pulmonar,
fibrilação ventricular. Dor de cabeça, palpitação, tremor, vertigem, taquicardia, angina e
IAM em insuficiência coronariana> efeitos.

Agonistas alfa adrenérgicos

Fenilefrina é um alfa 1 adrenérgico > descongestionante nasal, midriático e


vasoconstritor (tratamento de hipotensão e choque). Como não apresenta ação beta >
estímulo alfa 1 causa vasoconstrição e aumento da PA > bradicardia reflexa devido ao
barorreceptor. Mesmo efeito da metoxamina e metaramiol.

Efedrina > agonista alfa e beta, mas aumenta a liberação de noradrenalina > aumenta PA
> estimula SNC. Usado como descongestionante nasal e no tratamento da hipotensão.
Causa taquicardia devido a predominante ação beta.
Oximetazolina e tetraidrazolina > descongestionantes nasais, reduzem inchaço e
produção de muco no nairz, pode ocorrer rebote em uso prolongado.

Clonidina > agonista alfa adrenérgicos com maior afinidade com alfa 2 > pré-sinápticos
> diminui liberação da noradrenalina > paciente pode apresentar queda de PA e da FC.
Uso no tratamento de sintomas de abstinência de drogas pela ativação simpática.
Outros efeitos > hipotensão ortostática, bradicardia, sonolência e boca seca.

Agonistas B adrenérgicos
Isoproterenol > mais potente estimulante beta adrenérgico, catecolamina sintética > é
agonista B1 e B2. Aumenta a força de contração, aumenta FC, aumento leve da pressão
diastólica (B1); relaxa musculatura lisa brônquica, vascular e gastrointestinal, diminui
RVP e pressão diastólica (B2) > hoje obsoleto por broncodiladores b2 seletivos sem
efeitos colaterais.

Dobutamina > catecolamina sintética, agonista B1 seletivo mas possui ações adicionais.
O efeito predominante (aumento do inotropismo, mediado por estimulação B1), mas tem
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ação estimulantes sobre alfa 1 e beta 2 > ações contrarias > resistência vascular periférica
é pouco modificada.
O estimulo B1 cardíaco se faz inotrópico, sendo pouco cronotrópico e excitável > pouca
taquicardia e baixo potencial de gerar arritmias.
Fármaco preferido para o tratamento do aumento do inotropismo cardíaco em
descompensação secundaria a depressão da contratilidade miocárdica, insuficiência
cardíaca crônica de baixo debito e na falência ventricular na fase aguda do IAM.
Entretanto, pode causar hipertensão, anginas e arritmias fatais.

Salbutamol, terbutalina e salmeterol > agonistas seletivos de B2. O mm liso das vias
aéreas não apresenta, inervação adrenérgica direta. No pulmão, 70% dos receptores beta
das paredes alveolares são B2 e 30% B1. Os agonistas B2 adrenérgicos produzem seus
efeitos por meio da estimulação da adenil ciclase > aumento de AMPc > relaxamento da
mm lisa > substituíram o isoprotenelol em crises de broncoespasmos pois são seletivos
para B2 com menor efeitos colaterais (taquicardia e arritmia)

Pele e baço > receptores alfa 1;


Resistencia dos vasos dos músculos > isoprotenelol B2
Resistencia vascular renal > não tem B2
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Agonistas Seletivos Simpaticomiméticos de ação indireta

Cocaína > inibidor do transportador neuronal de noradrenalina > eleva as [] simpáticas >
euforia, agitação, taquicardia e aumento de PA.
Ao aumentar a RVP > aumento da pós-carga > edema pulmonar

Anfetamina > aumenta a liberação de noradrenalina, estimula o SNC e ações periféricas


alfa e beta > depressão do apetite, eleva o humor, diminui a fadiga, aumenta a
concentração e desempenho físico. Perifericamente, pode aumentar PA, FC e causar
arritmias.

Tiramina > indireta, inativada pela MAO, presentes em vísceras de aves, queijos, peixe
e vinho

Metilfenidato > análogo estrutural da anfetamina > TDAH > acúmulo de noradrenlina
na fenda sináptica.

Metanfetamina > crank, speed, co-piloto, pílula da morte.


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Fármacos Simpatolíticos ou Bloqueadores Adrenérgicos > as catecolaminas são


relevantes em respostas fisiopatológicas > esses fármacos tem efeitos relevantes, que
variam quanto à seletividade do fármaco aos receptores alfa ou beta.
Antagonistas que ocupam os receptores alfa 1, alfa 2 > úteis em exploração da função do
sistema nervoso autonômico; tratamento de feocromocitoma (secretam catecolaminas)
Antagonistas Alfa 1 seletivos > hipertensão primária e hiperplasia benigna da próstata
Antagonistas Beta > úteis em várias variantes > hipertensão, cardiopatia isquêmica,
arritmias, distúrbios endocrinológicos e neurológicos, glaucoma.

Não seletivas > alfa


1 ou alfa 2,
reversível ou
irreversível.
Não seletivos > beta
1 e beta 2 >
propranolol.

Assim, os fármacos simpatolíticos são compostos que reduzem a neurotransmissão no


SNA simpático > agem de forma direta (Ligam diretamente nos receptores) ou indireta
(interferem na produção de noradrenalina > tratamento da hipertensão)
Fármacos que atuam em receptores alfa > cada vez menos usados para hipertensão >
apresentam muitos efeitos colaterais > substituídos por outros de mesma eficácia e menos
efeitos.

Antagonistas não seletivos de receptores alfa-adrenérgicos > redução do tônus arteriolar


e venoso (receptores alfa nos músculos lisos dos vasos) > provocam diminuição da
resistência vascular periférica e da pressão arterial > causam hipotensão ortostática
(ocorre quando o paciente fica em pé > o antagonismos da estimulação dos receptores
alfa dos músculos lisos vasculares > contração das veias para manter a pressão, além da
constrição das arteríolas) e taquicardia reflexa. Os bloqueadores não seletivos, atuam em
alfa 1 e alfa 2 > taquicardia maior que os alfa 1 seletivos.
Taquicardia grande em bloqueadores de receptores alfa 2 pré-sinápticos no coração >
maior aumento da liberação de norepinefrina > estímulo de receptores beta no coração.
Miose, congestão nasal > Outros efeitos.
Alfa 1 > bexiga e próstata > O bloqueio diminui a resistência na contenção da urina >
usados em tratamento de retenção urinária (hiperplasia benigna prostática).
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Fenoxibenzamina > irreversível, ligação covalente > redução da pressão arterial (usado
no tratamento da hipertensão e no preparo do paciente com feocromocitoma > muitos
efeitos colaterais). Pode gerar fadiga, sedação e náusea (atravessa a barreira)
Efeitos colaterais > hipotensão postural, aumento do débito cardíaco e da frequência
cardíaca (reflexa > beta), inibição da ejaculação.
Fentolamina (antagonista competitivo alfa 1 e 2) > reduz a resistência periférica (bloquei
alfa 1) > a estimulação cardíaca deve-se à inibição dos alfa 2 pré-sinápticos pois gera
aumento da liberação de norepinefrina dos nervos simpáticos. Efeitos colaterais >
taquicardia > podendo levar a arritmias e isquemias. Também era usados no tratamento
de hipertensão e feocromocitoma (tumor de células cromafins – ambos usados no pré-
cirúrgico)
Fenoxibezamina > tumor carcinoide, bloqueia receptores 5-HT e na mastocitose
(bloqueia H1 da histamina)

Antagonistas de receptores alfa 1-adrenérgicos >


Prazosina > ausência de taquicardia, 1000 vezes menor para alfa 2 > relaxa músculo liso
arterial e venoso, relaxa a musculatura lisa da próstata (usada no tratamento de
hipertensão e hiperplasia prostática).
Um paciente com essas duas comorbidades juntas > pode-se usar prazosina, mas podem
existir efeitos colaterais como a hipotensão ortostática e taquicardia.
Apenas hiperplasia da próstata > melhor usar agentes mais específicos > que não atuam
na musculatura lisa dos vasos > como a Terazosina
Doxazosina > também pode ser usada, meia vida maior de 22 horas.
Efeitos colaterais > taquicardia reflexa e hipotensão ortostática, embora muito menor do
que a que ocorre com alfa adrenérgicos inespecíficos.
Tansulosina > afinidade com receptores do tipo alfa 1A e D (menos no B) > potência
maior em inibir a musculatura lisa da próstata, menos efeitos na pressão sanguínea.

Labetolol e carvedilol > mistos, bloqueiam alfa e beta (mais seletivos para beta) >
vasodilatação ao nível periférico diminuindo a pós-carga e melhorando o desempenho
cardíaco em portadores de insuficiência cardíaca. Causa baixa taquicardia.
Um dos determinantes do volume sistólico é a pós carga, caso diminua > aumento do
volume sistólico (débito cardíaco)
Usados no tratamento da hipertensão arterial.
Carvedilol > HAS e insuficiência cardíaca
Labetolol > hipertensão gestacional
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Epinefrina em grandes doses > atuam mais em


alfa, embora em beta também > aumento da
pressão sistólica, diastólica e da pressão arterial
média.
Alfa bloqueador (fentolamina) + epinefrina >
diminuição a da pressão sistólica, diastólica e da
pressão arterial média > bloqueio dos receptores
alfa > adrenalina somente atuando em beta >
atuou em beta 2 > presente em vasos sanguíneos dos músculos esqueléticos.
Fenilefrina > alfa 1 agonista > causou o mesmo efeito da epinefrina.
Fentolamina + Fenilefrina > bloqueio de alfa receptores > sem nenhum efeito na pressão
arterial
Efeito reverso da adrenalina na presença de alfa bloqueadores > doses altas de epinefrina
em pacientes que usam alfa bloqueadores > atuam somente em beta > presente em vasos
sanguíneos nos músculos esqueléticos > diminuem a resistência vascular periférica e
diminuindo a pressão arterial.
Ocorre com a adrenalina e não com a fenilefrina. (adrenalina em alfa e beta, já a
fenilefrina somente deixou de realizar o efeito de hipertensão, mas não gerou hipotensão)

Beta Bloqueadores > os antagonistas de receptores beta compartilham o aspecto e


bloquear os efeitos das catecolaminas nos beta receptores > reduzem competitivamente a
ocupação dos receptores pelas catecolaminas ou beta agonistas. A maioria deles em uso
clínico são antagonistas puros (não ativam o receptor) > alguns são agonistas parciais >
embora de menor proporção do que a dos agonistas totais como epinefrina e isoproterenol
> inibem a ativação de receptores beta na presença de altas concentrações de agonistas
totais> mas ativam moderadamente os receptores na ausência de agonistas endógenos.
O agonista parcial ocupa o mesmo receptor do agonista total, mas com menor eficácia.

Podem ter afinidade maior com B1 ou B2 > seletividade relativa > implicações
Nenhum dos antagonistas beta são totalmente específicos, relação com a dose.
A maioria é bem absorvida após administração oral.
Propanolol > efeito de primeira passagem > baixa biodisponibilidade, depende da dose >
variabilidade individual.

Os beta bloqueadores abaixam a pressão sanguínea (HAS), mecanismos com supressão


de liberação de renina e efeitos no SNC > não causam hipotensão em indivíduos sadios.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Efeitos no coração > tratamento de angina,


insuficiência cardíaca congestiva crônica,
infarto > feitos sinotrópicos e cronotrópicos
negativos refletem o papel dos
adrenoreceptores nessas funções.

Lentificação da condução átrio-ventricular >


intervalo PR aumentado > bloqueio
adrenorreceptor do nó atrioventricular.

No sistema vascular, o bloqueio do receptores beta opõem-se a vasodilatação (B2) > pode
elevar a resistência vascular periférica, por efeitos sem oposição mediados por receptores
alfa.
Ex: resposta à diminuição da pressão sanguínea
A administração crônica causa diminuição da resistência vascular periférica pela redução
da liberação de renina pelo aparelho justaglomerular.
O bloqueio dos receptores B2 em músculos lisos brônquicos pode levar à um aumento da
resistência em vias aérea, principalmente em pacientes com asma. Por isso a vantagem de
uso de medicamentos que agem em B1.
Metoprolol e atenolol (antagonista B1) > vantagem sobre Beta antagonistas não seletivos,
B1 existe no coração...
Todavia, B1 seletivo não é suficiente seletivo para evitar interação com B2, devem ser
evitados em pacientes com asma. Porém, em DPOC pode ser útil.
Ex > redução da pressão intraocular > redução da produção de humor aquoso.
Uso crônico de antagonistas beta > concentrações plasmáticas altas de lipoproteínas de
baixa densidade, VLDL, e diminuição de HDL > mais riscos de doenças cardiovasculares,
aterosclerose. Menos prováveis de ocorrer em beta bloqueadores com atividade
simpaticomimética intrínseca
A retenção de ações simpaticomiméticas intrínsecas é desejável para prevenção de
precipitação de asma e bradicardia excessiva. Ex > pindolol.

Esses fármacos podem não ser tão excessivos em relação aos puros no infarto, mas úteis
em bradicardias sintomáticas ou broncoconstrição em respsotas à fármacos antagonistas
puros de adenorreceptores.
Propanolol > redução da frequência e intensidade de enxaqueca (metoprolol, atenolol,
timolol e nadolol).
Como a atividade simpaticomimética pode levar à tremores musculares > beta
antagonistas podem reduzir tremores > usados em tremores essenciais.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Ansiedade > doses baixas de proponolol podem ser úteis, até mesmo em abstinência de
álcool.
Hipertireoidismo > muitas catecolaminas > atuação no coração > beta-antagonistas
benéficos, bloqueios dos beta receptores e inibição periférica de T3 e T4
Tempestade Tiroidiana > propranolol, controlar taquicardia supraventricular que pode
gerar insuficiência cardíaca.
Podem diminui a pressão da veia porta em pacientes com cirrose, propanolol, nadolol >
diminuem os episódios por varizes esofágicas e hemorragias.
Mas o maior uso > hipertensão. Frequentemente usados com diuréticos e vasodilatadores.
Apesar da meia vida curta, administrados 1 a 2 vezes por dia e ter efeito terapêutico
adequado.
Sabe-se que são menos efetivos em idosos e indivíduos com ancestrais africanos.
Redução da frequência de anginas > receptores beta cardíacos > diminuição do trabalho
> menos consumo de oxigênio.
Uso de propranolol e metoprolol em pacientes que tiveram infarto aumentam a sobrevida,
podendo ser usados em condições de fase aguda do infarto > mas gera bradicardia,
hipotensão, insuficiência ventricular esquerda, choque, bloqueio cardíaco e doenças de
vias respiratórias.
Podem ser usados em arritmias ventriculares
ou supraventriculares.
Carvedilol, labetalol e metoprolol > podem ser
usados para insuficiência cardíaca (uso
gradual embora não eficaz na aguda >
remodelamento do miocárdio e menor risco de
morte súbita.
Como alteram a força de contração em
atividades físicas > paciente pode queixar de
não conseguir fazer atividades físicas >
pacientes jovens que fazem exercícios podem
não tolerar o uso de beta bloqueadores para
hipertensão arterial.
Extremidades
frias > ausência
de oposição de
receptores alfa.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Antagonista crônico > organismo


aumenta a produção de receptores >
suprarregulação > quando subitamente o
paciente parar de tomar propranolol >
mais número de receptores beta que
poderão ser expostos à catecolaminas >
hipertensão e taquicardia rebote.
Recomendação ao uso de beta-
bloqueador de curta duração > retirada
gradativa > organismo voltando ao
equilíbrio.
O efeito anti-hipertensivo dos beta-bloqueadores
> diminuem a ativação dos receptores B1 no
coração > diminuição do débito cardíaco >
redução da pressão. Além disso, diminuição da
liberação de renina pelo aparelho
justaglomerular (receptores B1 nesse local) >
diminuição de renina > diminuição de
angiotensina II, que é vasoconstritora >
diminuição da resistência vascular periférica.
Existe diminuição da aldosterona > diminuição
da retenção de água e sódio > menor volemia >
diminuição da pré-carga > diminui o débito.

Glaucoma > beta bloqueadores > diminui a secreção do humor aquoso, uso com colírio.
Os colinomiméticos, como a pilocarpina e fisostigmina > contração da musculatura ciliar
> drenagem do humor aquoso.

Efeitos colaterais de B bloqueadores > bronconstrição, bradicardia com insuficiência


cardíaca, fadiga, hipoglicemia (diminuição da glicogenólise > risco em diabéticos),
extremidades frias (vasoconstrição por receptores alfa) , depressão e insônia.

Fármacos simpatolíticos de ação indireta > também pouco usados hoje por causa dos
efeitos colaterais. Eles bloqueiam ações alfa e beta > interferindo na síntese de
noradrenalina, no armazenamento, a liberação e bloqueadores de neurônios adrenérgicos.
Alfa-metil-tirosina > inibe a tirosina hidroxilase > inibe a síntese de noradrenalina
(processo limitante da síntese de catecolaminas) > inespecífico, vários efeitos colaterais
> sem uso como anti-hipertensivo.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Carbidopa > inibe DOPA descarboxilase na periferia. Não atravessa a BHE > usada em
Parkinson (redução de neurônios dopaminérgicos no SNC e redução da produção e
liberação de dopamina) > enzima fundamental para a síntese de dopamina > vai sobrar
mais dopamina para ser usada no SNC.

Reserpina > fármaco que interfere no armazenamento de noradrenalina. É um alcaloide,


um dos primeiros fármacos para hipertensão, mas tem efeitos colaterais adversos.
Bloqueia a capacidade de captação e armazenamento das aminas endógenas pelas
vesículas transmissoras de aminas > bloqueia o transportador vesicular > interfere em
dopamina, adrenalina e serotonina (depleção) em neurônios centrais e periféricos
(efeitos). Ocorre depressão das catecolaminas dos gânglios cromafins da medula da
suprarrenal. Efeitos são irreversíveis > quantidades ligadas às vesículas. Penetra no SNC
> depressão, sintomas de Parkinson. Pode gerar diarreia leve e cólicas gastrointestinais >
não usar em úlcera péptica.

Metildopa> afeta a liberação de noradrenalina, análogo da L- Dopa > convertida em alfa-


metil-dopamina ou noraepinefrina, via paralela a síntese de noraepinefrina a partir do
Dopa > alfa-metil-noraepinefrina é armazenada nas vesículas dos nervos > liberadas por
estimulação nervosa > interação com receptores.
Ela não sofre degradação pela MAO > vai acumulando e, quando liberada > vai aturar em
receptores alfa 2 adrenérgicos pré-sinápticos > inibe a liberação de noradrenalina
(proteína G1, menos AMP cíclico, Adenil ciclase está inibida > bloqueio dos canais de
cálcio > menos exocitose de neurotransmissor (noradrenalina). Hepatotoxicidade e
anemia hemolítica autoimune > efeitos colaterais.
Efeito de sedação no início do tratamento > pode gerar cansaço mental e diminuição da
concentração, pesadelos, vertigem. Pode ocorrer lactação associada ao aumento da
secreção de prolactina > efeitos dopaminérgicos no hipotálamo.
Usados na hipertensão na gravidez. Redução da resistência vascular periférica, diminui
frequência e débito cardíaco. Não interfere em centros cardíacos.

Guanetidina > anti-hipertensivo > impede a liberação de noraepinefrina dos neurônios


simpáticos pós-ganglionares > em doses altas pode gerar simpaticoplegia profunda > em
virtude da sua elevada eficácia máxima, tornou-se a base da terapia ambulatorial da
hipertensão grave... Pode gerar efeitos tóxicos, como hipotensão postural, diarreia e
distúrbios da ejaculação > raramente usadas. Muito polar > SNC, sem efeitos centrais.
Inibe a liberação de noradrenalina pelas terminações nervosas simpáticas, mas não alteral
a liberação de catecolaminas na circulação (Simpaticoplegia). Transportada nas
membranas dos nervos pelo mesmo mecanismo da norepinefrina, fica nas vesículas,
substituindo > depleção gradual das reservas de noraepinferina na terminação nervosa.
Pode gerar hipotensão postural, diarreia, congestão nasal e disfunção ejaculatória.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Anatomia e Fisiopatologia da Dor


O processo de nocicepção é dividido em: transdução dos sinais; condução;
transmissão até o SNC; percepção do estado doloroso no córtex.
Podem existir alterações nesses processos > agudos ou crônicos.
Transdução de sinais > um estímulo gera potencial de ação no nervo. Os principais
estímulos de dor ou a cascata de nocicepção são químicos, mecânicos ou térmicos >
ativam receptores periféricos > influxo e despolarização da terminação nervosa periférica.
Ex: Térmicos > TRP (receptor de potencial transitório), vanilóide 1 ou proteína
semelhante TRP1 > canais catiônicos sensíveis ao calor.
Químicos > canais catiônicos sensíveis ao ácido, P2X ou P2Y sensíveis ao ATP, ou
receptores da bradicinia 1 e 2 sensíveis às cininas.
Mecânicos > também leva ao influxo e despolarização.
Potencial gerador induzido pelo sinal nociceptivo causa despolarização da membrana e,
se alcançar o limiar do canal de sódio regulado por voltagem > potencial de ação > cascata
de condução nervosa > neurônios do corno posterior da medula.
Potencial de ação > ativa canais de cálcio pré-
sinápticos > abertura > influxo de cálcio >
vesículas com neurotransmissor liberada >
(nocicepção na medula > glutamato e
neuropeptídio, como o CGRP (calcitonina),
substância P > receptores pós-sinápticos.
A estimulação
de receptores
de glutamato ionotrópicos leva a despolarização pós
rápida.
Outros levam uma despolarização lenta > receptores
metabotrópicos.
A despolarização pós > potencial de ação > neurônio
transmissor secundário.
NK1 e CGRP-R > metabotrópicos > despolarização lenta.
Glutamato > receptores AMPA-R e NMDA-R, são
ionotrópicos, rápidos. Existe um metabotrópico, mGLUR.
Sistema de inibição de neurotransmissão na medula >
modulação descendente > neurônios que liberam
neurotransmissores que agem pré e pós, noraepinefrina,
gaba e endorfinas ou encefalinas (opioides
endógenos)> acoplados a receptores metabotrópicos da
proteína G. Gi > inibe a Adenil ciclase > menor AMP> menos cálcio > menor liberação
de glutamato, substâncias P > menos na fenda sináptica (receptores alfa 2, GABAb e MI.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Pós-sináptica, os receptores estão envolvidos com o aumento da condutância do potássio


> Acoplados à Gi > saída de potássio, mais condutância, célula hiperpolarizada, canais
não irão abrir, menos potencial de ação gerado.
GABA > neurotransmissor inibitório que atua em GABAa (ionotrópico, aumenta as
correntes de cloro, célula hiperpolarizada com diminuição da abertura dos canais de sódio
e diminuição da despolarização) e GABAb (metabotrópico). Muitos medicamentos de
dor atuam aqui, diminuindo a liberação de neurotransmissor ou deixando a célula
pós-sinápticas mais hiperpolarizada mesmo com a liberação de neurotransmissores
na fenda.
Sensibilização periférica > os
estímulos podem ser sensibilizados
por agentes sensibilizadores que são
liberados na periferia e ativam
transdução do sinal que podem
aumentar a sensibilidade da
terminação nervosa periférica. Os
mecanismos que envolvem esse
aumento devem-se ao aumento de
influxo de íons em resposta a um
estímulo nocivo e diminuição do
limiar de ação dos canais de sódio
voltagem dependentes
(propagação).
Agente sensibilizador > Ativando receptor acoplado à proteína G > ativa duas respostas
> um dos ramos ativa a via da fosfolipase C, aumenta liberação de cálcio intracelular,
ativa PKC (proteína quinase C), Proteína Gq; > a segunda parte está acoplada À Adenil
ciclase, AMP cíclico, PKA > aumentam a probabilidade de início e propagação do
potencial de ação. Quando atingir o limiar do canal de sódio > potencial de ação !
Sensibilização Central > algum estímulo que vai aumentar a possibilidade da condução
nervosa ser iniciada por neurotransmissores da nocicepção, como o glutamato, P,
hormônio ligado à calcitonina > receptores ionotrópicos do GLU > AMPA e NMDA >
entrada de sódio e cálcio no terminal pós-sináptico > despolarização que pode
desencadear uma fosfoliração de proteínas > sensibilização a curto prazo; a central,
substâncias como o BDNF, P > receptor da tirosina quinase (acoplados à quinases) >
entrada de cálcio > ativam quinases PKC, CAMK II, ERK > fosforilação de proteínas que
regulam genes > alteração genética > sensibilização a longo prazo do processo de dor
(crônico > muitos agentes sensibilizadores na fenda sináptica > difícil tratamento,
combate complexo pois muitas vezes os tratamentos da dor aguda não funcionam para a
dor crônica).
Dor crônica > pode haver envolvimento da dor neuropática > a lesão nervosa resulta de
sinais positivos e negativos que alteram o sistema de nocicepção > se houver lesão do
axônio, do suporte neurotrófico > mudança da expressão gênica na fibra nervosa lesada e
as citocinas inflamatórias alteram a expressão gênica dessa fibra e de todas ao redor >
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

podem gerar alteração na sensibilidade da atividade de


fibras nociceptivas > percepção contínua da lesão.
Nocicepção e dor não são sinônimos, a nocicepção envolve
a origem na periferia e a percepção no córtex, já a dor é o
relato do paciente. O mesmo estímulo pode induzir
diferentes resposta de dor no mesmo indivíduo que pode,
até mesmo, variar em determinados momentos.
Limiar de dor > ponto a partir do qual o estímulo é percebido como doloroso.
Tolerância > tempo ou intensidade de dor que o indivíduo tolera antes de manifestar a
dor.
Dominância perceptiva > dor intensa em uma localização pode causar aumento ou do
limiar em outras localizações. Ex. dor de cabeça e cólica menstrual
Hipersensibilidade > aumento da sensibilidade do sistema do processamento da dor,
processo de nocicepção.
Hiperalgesia > aumento da sensibilidade dolorosa ao
estímulo nociceptivo, menor intensidade do estímulo,
ianda na faixa nociva.
Hiperpatia > resposta explosiva e prolongada à
estimulação frequente.
Alodinia > fenômeno caracterizado por sensação dolorosa
por estímulos não nociceptivos, transmitidos por fibras de
condução mais rápidas, como o tato. Ativam neurônios que
responderiam à estímulos dolorosos > quadros crônicos de
dor. O que não é nocivo causa a dor no indivíduo.

Neuroanatomia da Dor > regiões do SNC responsáveis > Vias aferentes, SNC, Vias
eferentes (modulação descendente).
Estímulo nocivo > transdução > potencial de ação > transmissão para o corno posterior
da medula > modulação descendente da dor > até o tálamo > córtex sensorial > percepção.

Lesão tecidual > estímulos em células inflamatórias


(macrófagos, plaquetas, mastócitos, neutrófilos) >
bradicinina, 5-HT, H+, histamina, ATP, prostaglandinas.
Os anti-inflamatórios não esteroidais diminuem a
liberação de prostaglandinas da inflamação e no local da
nocicepção.
Estímulos > potencial de ação > raiz do corno dorsal da
medula > SNC.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Vias Aferentes > constituídas de nociceptores que vão transmitir através de fibras A-
delta e fibras C > sinapse nos neurônios do corno dorsal > transmissão para partes
superiores da medula e do SNC através do trato espinotalâmico.
Fibras C > amielínicas, transmitem dor difusa ou sensações de queimação ou dolorimento.
Fibras A-delta > condução mais rápida, mielínicas, dor e m pontada e bem localizada.

Sistema Analgésico Eferente > inibição dos sinais de dor aferentes. As vias aferentes
vao estimular neurônios na substância cinzenta periaquedutal do mesencéfalo resultando
em ativação descentes de vias antinociceptivas > através da medula, impulsos chegam
inibindo ou bloqueando a transmissão de sinais nocicepticos. Ex > noradrenalina,
peptídeos endógenos, gaba.

Ex> coçar perto do local de dor > estímulo do circuito neuronal inibitório > menor
neocicepção.
Vias descendentes > encefalinas > diminuem a percepção no corno doral.

Dor > origem (oncológica ou não); evolução (aguda ou crônica); mecanismo (somática
(nociceptiva, inflamatória); neuropática (periférica ou central); psicogênica).
Dor aguda > proteção que alerta o indivíduo a presença de uma condição prejudicial,
início súbito e aliviado após a remoção dos estímulos dos mediadores químicos que
estimula os nociceptores. Desencadeia uma pronta ação do organismo na tentaiva de
aliviar, ativação do SNC (aumento de fc, pa, sudorese). Respsota psicológica e
comportamental > medo, sensação de desconforto, mal-estar e ansiedade. Na crônica >
depressão.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Dor Crônica > persistente ou intermitente durando pelo menos seis meses, causa
desconhecido, iniciando insidiosamente com a sensação de desesperança e desamparo,
frequentemente acompanhada de depressão.

Anti-inflamatórios e anaestésicos > nocireceptores periféricos


Anestésicos > condução nervosa.
Ex> anestésicos, opioides e agonistas alfa 2 (clonidina) na raqui-anestesia ou anestesia
peri-dural > causam diminuição da dor.
Opióides e agonistas alfa 2 > acoes no SNC, supraespinhal.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINEs)


Medicamentos usados no tratamento da dor agudo e no processo inflamatório.
Inflamação > reação do organismo a uma infecção ou lesão tecidual. Essa capacidade do
organismo de desencadear uma resposta inflamatória é fundamental para a sobrevivência,
devido à agressão dos patógenos e lesões ambientais > embora algumas situações e
doenças a resposta inflamatória pode ser exagerada e persistente, sem qualquer benefício.
Os sinais cardinais > calor, vermelhidão, edema, dor e perda de função.
Resposta Imune Inata: agressão de um patógeno > sinais químicos > células inflamatórias
liberam histamina e prostaglandinas > capilares dilatam e começa a coagulação > fatores
quimiotáticos atraem células do sistema fagocitário > destroem patógenos e restos
celulares. Células imunes ativadas em relação à organismos estranhos ou antígenos
liberados na inflamação aguda/crônica.
Dano tecidual > estímulo das células inflamatórias > liberação
de substâncias (IL-1, IL-6, NO, NGF, bradicinina, H+), além de
prostaglandinas (ciclooxigenase) > substâncias atuam em
receptores > TRPV1, receptores de citocinas, prostaglandinas,
bradicinina, TRKA > potencial de ação para o corno posterior
da medula.
A lesão celular associada à inflamação atua sobre as membranas
celulares > liberação de enzimas lisossômicas dos leucócitos >
liberação de ácido araquidônico.
Ciclooxigenase > prostanóides > efeitos nos vasos, terminações
nervosas e células envolvidas na inflamação.
Lipoxigenase > leucotrienos > efeito quimiotático em eosinófilos, neutrófilos e
macrófagos, broncoconstrição e alteração na permeabilidade vascular.

A transformação de fosfolipídios em
ácido araquidônico é feita pela
fosfolipase A2 (pode ser inibida por
inibidores da fosfolipase como anti-
inflamatórios e corticosteroides.
O ácido araquidônico pode seguir a via
da lipoxigenase (leucotrienos) e da
ciclooxigenase (produção de
prostaglandinas, tromboxano e
prostacicilina) > são os prostanóides.
Prostaglandinas > alteração da
permeabilidade vascular,
broncoconstrição e aumento da secreção
> broncoespasmo, congestão e formação
de muco.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Troboxano > alteração da permeabilidade vascular e modulação dos leucócitos >


inflamação. Aumenta agregação plaquetária e vsoconstrição.
Prostaciclina > vasodilatador que inibe a agregação plaquetária.

Anti-inflamatórios não esteroides e aspirina inibem a ação da cicloxigenase.

Mediadores atuam sinergicamente para produzir o sinal da dor > Ex > nervo de rato >
somente com bradicinina (pequeno sinal de ação), prostaglandinas (não houve muita
alteração), em conjunto > amplitude do sinal.
Por isso os anti-inflamatórios > diminuem a produção de prostaglandinas > mesmo com
outros liberadores não há sensibilização da terminação livre > intensidade da dor diminui.
Fosfolipase A2 atua sobre fosfolipídios na membrana plasmática, liberando ácido
araquidônico > ciclooxigenase (prostaglandinas, protstaciclinas e tromboxano A2) e
lipoxigenase (leucotrienos)
AINES > inibem ciclooxigenase
Os esteroidais > atuam inibindo a fosfolipase
A2
AA > PGG2 (curta duração) > PGH2 (curta
duração) > diferentes prostanóides > I, E, F,
tromboxano.
Contração do miométrio (cólicas
menstruais) > PGF2a > anti-inflamatórios
que atuam nessas prostaglandinas.
(diminuem)
Hiperalgesia > PGI2, PGE2
Ação trombótica do TXA2 > anti-inflamatórios inibindo > menor agregação plaquetária
> menos tendência de formar trombos. (IAM, AVC)
Ex: Aspirina > em baixas doses, reduz TXA2, anti-agregante plaquetária; em doses altas
é analgésica e anti-inflamatória.

Isoformas da cicloxigenase > COX-1 (constitutiva e homeostática, presente no estômago


para muco, rim para vasodilatação, plaquetas para agregação, útero para contração e no
SNC); COX-2 (induzida na inflamação e facilitam a resposta inflamatória), presente em
macrófagos, linfócitos, PMN e endotélio, todavia, é constitutiva nos rins e no SNC
Nos últimos anos, inibidores da COX-2 > Pode existir lesão renal, falta de vasodilatação
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Ex > anti-inflamatório que inibe COX 1 > menor


produção de PGE2 > menos muco e mais secreção
de ácido (queixa de dor gástrica e sangramentos)
Equilíbrio de TXA2 e PGI2
Fármaco em ação exclusiva da COX-2 > não interfere no trato gastrointestinal > mas pode
gerar lesão renal.

Existe a COX-3 > hipotálamo

Prostanóides > relacionados à


receptores metabotrópcios, alguns
acoplados a Gs, Gq, Gi
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Assim, os anti-inflamatórios não esteroides é mediada pela inibição da síntese de


prostaglandinas, mas podem inibir a quimiotaxia, infraregulação de IL-1, menor produção
de radicais libres e superóxidos, além de eventos mediados pelo cálcio.
Inibição da cicloxigenase > ação anti-inflamatória e analgésica, mas pode gerar
toxicidade gastrointestinal e renal (redução de prostaglandinas constitutivas > modulam
inflamação, dor, protegem a mucosa do TGI, modula a função renal e plaquetária) >
efeitos colaterais.
Pode ocorrer nefrite intersticial > insuficiência renal em casos de uso prolongado de anti-
inflamatório.

Ao longo do tempo > anti-inflamatórios mais específicos,


principalmente na COX-2, para diminuir os efeitos no trato
gastrointestinal e nos rins (ainda que haja possibilidade pois é
constitutiva lá também).
Glicocorticóides > anti-inflamatórios esteroidais > bloqueia a expressão
do RNAm da COX-2.

AINES > Anti-Inflamatórios não esteroides > medicamentos muito prescritos, muitos
usados sem prescrição pois tem venda livre > problema: são ótimos para diminuir o
processo inflamatório e a dor, mas podem gerar efeitos colaterais, como a falência renal.

No início da lesão > COX-1 > PGI2 e PGE2 (15% da


inflamação) e também citocinas que estimulam a
transcrição do RNAm da COX-2 > AA transformado em
PGE2 e PGI2 (tardio, 4 horas) > componente
inflamatório (maior parte)
Por isso, a seletividade da COX-2, pois é a mais
envolvida na produção de prostaglandinas no processo
inflamatório.
O principal mecanismo dos AINES é a inibição da cicloxigenase, que reduz a quebra
do ácido araquidônico em prostaglandinas por células inflamatórias > ação anti-
inflamatória (diminuição de PGE2 e Prostaciclina na região lesada, o que reduz a
vasodilatação e o edema, não trata a fonte), efeito analgésico (diminuição da
sensibilização das terminações nervosas nociceptivas livres por mediadores
inflamatórios como a bradicinina, PGE2, 5-HT. A redução da dor de cabeça é por
diminuição da vasodilatação mediada por PG), além do efeito antipirético (o
aumento da IL-1 no sangue gera aumento da produção de PG no SNC (hipotálamo),
levando ao aumento do ponto de controle de temperatura e causando febre > PGE2.
Os AINES agem no SNC reduzindo PGE2. No hipotálamo > COX-3 que faz a síntese
de prostaglandinas.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Os AINES agem a nível periférico e central, com a liberação de citocinas no corno dorsal
da medula.
Na inflamação > prostaglandinas são mediadores que sensibilizam a dor periférica e
central (perifericamente sensibilizam os receptores de prostaglandinas das terminações
nervosas livres, deixando-as mais sensíveis ao estímulo doloroso; na via central da dor >
citocinas liberadas pela produção induzem prostaglandinas no corno dorsal da medula,
sensibilizam nociceptores secundários, aumentando a percepção da dor. Assim, AINES
> bloqueiam ação periférica e central do processo inflamatório, diminuição dos
prostanóides > diminuir a sensibilização periférica e central dos nociceptores.

Fármacos > são divididos em diferentes classes


químicas, responsável pela ampla variedade de
características.
Existem propriedades gerias, mas também
exceções, ex : todos são ácidos orgânicos
fracos, na Bulmetona, pró-fármaco de cetona
que é metabolizado em fármaco ácido ativo.
A maioria é bem absorvido, biodisponibilidade
não altera na presença de alimentos, são
metabolizados por mecanismos de fase 1
(citocromos), seguidos por fase 2. Alguns já
vão diretos para fase 2.

Aspirina > ácido acetilsalicílico, mais disponível e


antigo. Atualmente usada por seu efeito de inibir a
agregação plaquetárias em doenças cardiovasculares
(doses baixas). Em doses de AINES > ela inativa
irreversivelmente COX-1 e COX-2, acetilação
(diferente dos outros AINES) > ações analgésicas,
anti-inflamatórias > mais muitos efeitos colaterais, principalmente de TGI. 75%
metabolizado no fígado, tempo de meia vida de 4 horas. Via oral. Absorção no estômago
e início do duodeno > absorvido em forma inalterada e sofre hidrólise > ácido acético e
salicilato.
Inibição da COX das plaquetas, menos tromboxano (faz agregação e vasoconstrição).
Como as plaquetas tem sobrevida de 8 a 10 dias e não tem condição de sintetizar uma
nova COX, pois não tem núcleo > efeito anti-plaquetário dura uma semana, uso contínuo.
Em outros tecidos, conseguem sintetizar a COX, aí o organismo substitui a enzima,
efeitos duram 6 a 12 horas.
Como é ácido fraco, a alcalinização da urina aumenta a taxa de excreção de salicilato
livre. (intoxicação. Cinética de ordem 0 > biotransformação limitada, taxa constante.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Aumento de dose > altera meia vida. Meia vida é dose dependente.

Doses para efeito de inibição de agregação plaquetária > muito menores que usais.
Ex> 2 a 4 g/dia; 300mg (dose baixa) > AAS
Reduz taxa de ataques isquêmicos, angina, IAM. Menor incidência de câncer de colo >
relação com inibição da COX, 50% do risco relativo. (5 anos ou mais)
Efeitos colaterais do AAS > desconforto gástrico, úlceras no estômago e duodeno,
sangramento.

Desvia para o outro lado > Mais leucotrienos > atuam no


pulmão causando broncoconstrição e aumento de muco.
Outros AINES podem causar esse efeito.
Altas doses > hiperventilação, acidose metabólica, aumento
de temperatura, coma, óbito.
Intoxicação > lavagem gástrica e alcalinizar a urina para a
excreção desse ácido fraco.

Paracetamol > acetoaminofeno nos EUA, inibe síntese de prostaglandinas,


principalmente no SNC > antipirético e analgésico, com pouca ação anti-inflamatória
(pouco efeito na COX periférica, é inativado perifericamente) e não afeta a agregação
plaquetária. Não é considerado um AINES, mas pode ser um substituto adequado em
analgesia e antipirético em pacientes com problemas, risco aumentado de sangramento e
intolerância gástrica.
Ex> crianças com varicela (AS rem risco de desenvolver Síndrome de Reye)
Absorção rápida pelo trato gastrointestinal.
Normalmente, é conjugado no fígado, formando metabólicos inativos que são conjugados
à glucoronídeos ou sulfatos. Parte pequena é hidroxilada, metabolismo de fase 1
(citocromo P-450) > metabolito n-acetil-p-benzoquinoneimina, que pode reagir com
grupo sulfidrila da membrana plasmática dos hepatócitos e destruí-los.
Em doses normais, metabolito sofre ação da glucationa > forma substância que não é
tóxica.
Problemas em altas doses > acúmulo > reage com proteínas hepáticas, reações covalentes
levando à necrose hepática.
Pacientes com doenças hepáticas, hepatites, alcoolismo
(indutor enzimático) > mais risco.
Dose máxima > 3,4 gramas.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Até 12 horas da intoxicação > pode usar acetilcisteína, contém grupo sulfidrila,
metabolito pode se fixar; realizar lavagem gástrica.

Derivados do ácido propiônicos > bastante usados, como o


ibuprofeno, fluorbiprofeno, cetoprofreno, naproxeno > menor
toxicidade, menos efeitos adversos, fármacos com efeito
analgésico, anti-inflamatórios, antipiréticos.

Ibuprofeno > meia vida de 2 horas; 3 a 4 vezes por dia; pode causar sangramento do TGI
Naproxeno > meia vida de 12 horas; 12 em 12 ou 1 por dia; mais potente que o
ibuprofeno, efeitos adversos semelhantes.
Cetoprofeno > inibe COX e reduz lipooxigenase, diminuição dos leucotrienos. Meia vida
de 1 a 3 horas, administração com probenecida eleva a meia vida pois reduz a excreção.
Não parece mais superior, efeitos colaterais semelhantes, distúrbios gástricos e do SNC

Indometacina > potente inibidor seletivo da COX, mas também pode


inibir a fosfolipase A; usado mais em processo inflamatórios mais
intensos por causa dos efeitos.
Usado em artrite, pleurites, síndromes nefróticas, diabetes insipidus,
vasculites
25% > cefaleia; pode ocorrer pancreatite > limitação do uso.

Diclofenaco > derivado do ácido fenilacético, não é inibidor seletivo


das COX, usado em dor moderada ou intensa, via oral ou retal. Tem
grande efeito de primeira passagem, podendo ser administrado por
via muscular
.

Cetorolaco > uso sistêmico como analgésico, muito efetivo, usado cada vez mais para
reduzir o uso de morfina, em pós-operatórios por exemplo. Apresenta os efeitos
colaterais anteriores, mas atenção no efeito de falência renal > uso restrito a 72 horas
devido ao risco de lesão de TGI e renal. Pode causar Stevens-Johnson.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Oxicans > grupo de inibidores não seletivos das


enzimas cicloxigenases. Exceção é o meloxicam.
Preferência por COX-2. Menores efeitos de TGI
que o AAS, é analgésico, antipirético, anti-
inflamatório.

Meloxicam > leve seletivo para COX-2; meia vida de 20 horas, menores efeitos de
TGI. Indicado em osteoartrite e doenças reumáticas.

Piroxicam > inibidor não seletivo da COX, mas pode inibir PNM, diminui radicais
livres de 02, meia vida de 50 a 60 horas. Indicações reumáticas. Bom para pacientes
com alterações renais. Mais de 20mg > pode gerar úlcera péptica e sangramentos.

Ácido Mefenâmico (Ponstan) > muito usado em cólicas menstruais (dismenorreia


devido a ação antagonista nos receptores PGE2 e PGF2alfa. Pode gerar diarreia e colite,
alguns casos de anemia hemolítica.

Nimesulida > levemente seletivo para COX-2, inibe a migração de PMN, radicais
livres. Usados em processos inflamatórios agudos e reumáticas. Menor efeito gástrico.

Coxibes > inibidores seletivos da enzima COX-


2, objetivo de não afetar a COX-1 e assim reduzir
os efeitos no TGI, rins, plaquetas.
Não possuem impacto sobre agregação, mediada
por tromboxanos (COX-1)
Inibe a síntese da PGI2 > sem efeito
cardioprotetor dos anti-inflamatórios não
seletivos > pode-se associar um AAS.
COX-2 inibida (anti-agregante e vasodilatadora)
> efeitos trombóticos maiores (rofecoxib e
valdecoxib > retirados do mercado)
Redução do câncer de intestino, mas
incidência de eventos cardiovasculares
trombóticos são maiores (prostaciclina)
Maior vasoconstrição e agregação plaquetária.
Outro problema é o renal, visto que a COX-2 é
constitutiva nos rins > chances de lesão renal.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Dipirona > metamizol, não é um anti-inflamatório potente, usado mais como analgésico
e antitérmico. Pouco efeito gástrico e ação na COX-3, agindo no SNC. Não é usado nos
EUA, Europa, pelo efeito colateral de anemia aplásica, síndrome agranulocítica (raro e
com uso prolongado; além de rash cutâneo, anúria). (novalgina)

Efeitos Colaterais dos AINES > efeitos no


TGI (inibição da COX-1 > supressão de
prostaglandinas gastroprotetoras na mucosa
gástrica.
Por isso medicamentos seletivos
para COX-2

Função Renal > PGE2 e PGI2 >


constitutivas nos rins e promovem
vasodilatação nas arteríolas aferentes.
Com alguns AINES > diminuição
dessas PG > diminuição do ritmo de
filtração glomerular > nefropatia que
pode ser irreversível se utilizada por
um longo tempo.

Sistema Cardiovascular > AINES


podem levar a um aumento de pressão
arterial, ocorre mais em inibidores
seletivos de COX-2.
Aumento da agregação plaquetária >
infarto, AVC. (COX-2 do endotélio
diminui a produção de prostaciclinas e
não há inibição de COX-1 da plaqueta,
causando vasoconstrição e agregação
plaquetária.
Outros efeitos > SNC (dor de cabeça);
cardiovasculares como aumento de PA,
AVC, IAM; no TGI (dores, náuseas, vômitos, ulceras, sangramentos; trombocitopenia,
anemia aplásica, insuficiência hepática, asma, exantemas, lesão renal.
Diferencia maior não é a eficácia, mas a indicação, efeitos, preço.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Opióides
Medicamentos muito utilizados, pelos anestesistas, clínicos, cirurgiões > tratamento e
controle da dor, grande desafio para o médico. Tratamento de dores mais complexas.
OMS > sequência de fármacos para o tratamento da dor. AINES (primeiros, dor leve) e
analgésicos (dipirona e paracetamol) > dor de maior intensidade que não responde
(Opióides > primeiramente utilizar um de menor potencial, devido aos efeitos colaterais).
Os menos potentes > agonistas parciais (não tem eficácia do agonista total)
Se a dor persistir > introdução de opióides mais fortes, como a Morfina (não deve-se
manter os dois, visto que os mais fracos são parciais, ou seja, ocupam os receptores >
menor número de receptores para os opióides mais fortes).

Opióide é qualquer substância endógena ou sintética que produz efeitos semelhantes


à morfina e que são bloqueadores por antagonista como a naloxona.
Opiáceo> semelhante à morfina com estrutura não-peptídica, como a codeína
(substâncias naturais).
Narcótico: termo para designar substâncias que causam sonolência, inespecífico.
Analgésico opióide é o termo mais apropriado. Usado desde a Grécia Antiga > ópio,
substância bruta, morfina é um dos componentes.
Morfina (agonista total) e Codeína (parcial, pró-fármaco, é convertida no fígado em
morfina) > naturais, papaver somniferum, semente da papoula (ópio).
Podem ser agonistas ou antagonistas e
mistos (buprenorfina, nalbufina)
Existem 3 tipos importantes de
receptores para opiódes
Agonistas > fortes (morfina,
metadona, meperidina, fentanil- mais
potente que morfina), médios
(codeína, oxicodona), fracos
(propoxifeno)
Peptídeos opióides endógenos >
agem em receptores de opióides;
Agonista opióides > ativam
receptores; Parcial, total
Antagonista > bloqueio de
receptores de opióides.
Mistos > ativa ou bloqueia
subtipos.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Morfina > alivia a dor intensa, eficácia alta. 10% do ópio > morfina, alcaloide puro.
Padrão para comparação até os dias de hoje.
Morfina e codeína hoje são sintetizadas de forma sintéticas.
Tebaína > não analgésico, precursora de derivados sintéticos como a naloxona
Papaverina > não analgésicos, vasodilatação e relaxa musculatura lisa (perfusão maior
em retalhos, por exemplo)
Morfeu > deus grego do sono;
Tintura de Láudano > tirada retirada do ópio > euforia, analgesia, impedir diarreia,
antitussígeno.
Opióides > efeitos de diminuir a constipação intestinal.
Uso de opióides na anestesia geral > perde capacidade de tossir > aumentam as chances
de aspiração.
Os opióides tem grande efeito de primeira passagem (a morfina é administrada de 4 em 4
horas, via oral) > limitação dos efeitos > século XIX > via parenteral, acaba com o efeito
de primeira passagem, agindo de forma mais intensa, dependência (subcutânea,
intravenosa e intramuscular)
Os opióides produzem analgesia pois atuam em receptores. Esses
receptores tem ligantes naturais > precursores peptídeos endógenos
> endorfinas, encefalinas (metioninaencefalina e
leucinaencefalina), dinorfinas
Substâncias que diminuem a dor, presentes em vários locais,
centrais e periféricos.
Análogos da morfina > derivados do fenantreno, substituição de hidroxilas e nitrogênio
(morfina, hidromorfona, oximorfona)> Heroína – uso proibido, derivado da morfina.

Fenilpeperidinas > fentanil (mais usado), diferem em


potência (100 vezes mais que a morfina)
Meperidina > efeitos anti-muscarínicos > taquicardia,
midríase, efeito inotrópico negativo; possui
metabólicos que podem acumular em pacientes com
insuficiência renal > convulsão (raramente usada)
Metadona > analgésico potente, várias vias de acesso,
boa absorção, biodisponibilidade alta.
Os opiódes podem ser administradas por via oral,
nasal, im, sc, ev, transdérmica > alguns tem efeito de
primeira passagem grande > necessidade de dar mias
vezes ou usar outras vias > além de que isso muda muito para cada paciente.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Codeína e Oxocodona > bem efetivos por via oral metabolismo de primeira passagem
reduzido
Fentanil > via transdérmica; bruprenorfina - adesivos > liberação durante vários dias

Quando absorvidos, são amplamente distribuídos > ligam-se a proteínas plasmáticas,


concentração mais altas em tecidos com mais vascularização, tecido adiposo, músculos,
cérebro, placenta. > pode gerar efeitos dos opiódies prolongados.
Fentanil > lipofílico
BHE – heroína e codeína atravessam com mais facilidade;
RN: BHE imatura > alcance opióides

Metabolismo> geralmente são convertidos em metabólitos polares, como os


glicuronídeos (depois excretados via renal); alguns sofrem hidrólise (heroína);
desmetilação e n-desalquilação (raros), metabolismo no intestino também;
Remifentanil > muito usado na anestesia, IV > rapidamente biotransformado por esterases
plasmáticas > infusão contínua, efeito dura pouco. Paciente não continua com analgesia
residual devido ao intenso metabolismo, diferente do fentail e sufentanil que são
metabolizados no fígado, logo, após a cirurgia, resíduos permanecem...(gordura,
músculos)
Álcool > indutor enzimático> pode aumentar a concentração plasmática se tiver
metabolismo de fase 1

Codeína, oxicodona e hidrocodona > metabolismo hepático pela proteína CYP2D6 >
produção de metabólitos de maior potência (codeína é desmetilada em morfina) >
polimorfismso genético > resposta analgésica diferente em pacientes (conversão
metabólica)

A excreção é pela urina, metabólito polar ou conjugados de glicuronídeos;


Bile > conjugados glucuronídios
Circulação enterro-hepática > pequeno percentual.

Os efeitos mais importantes dos opiódes são mediados por receptores endógenos, 3
famílias.
Μ (mi) > mais importante, efeito analgésico, modulam respostas nociceptivas por
estímulos térmicos, mecânicos e químicos, são responsáveis por efeitos colaterais
(depressão respiratória, euforia, dependência, constipação); ligam-se à endorfinas.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Δ delta > analgesia periférica, atuam em nível espinhal, tolerância; ligantes endógenos
são as encefalinas.
K (Kappa) > analgesia espinhal, efeito de sedação e disforia (tristeza e depressão leve)),
constipação, não estão envolvidos na dependência; ligam-se à dinorfinas.
Ex > butorfanol e nalbufina
Σ sigmas > mão são receptores opióides verdadeiros, mas alguns opióides se ligam,
causam disforia

A localização dos receptores > SNC, região do locus ceruleus, substância cinzenta
periaquedutais, região subcortical; corno doral da medula (modulação da via
descendente); periferia
Locais de ação na via aferente de transmissão da dor,
periferia para centros superiores;
Periféricos;
Inibição na medula, corno dorsal;
Tálamo;
Via inibitória descendente (opióides moduladores da
dor no mesencéfalo e bulbo (área cinzenta
periaquedutal do mesencéfalo)

Receptores metabotrópicos acoplados à


proteína G inibitória > estímulo, inibição da
adenilato cicilase > diminui AMP cíclico >
abertura dos canais de potássio
(hiperpolarizada); fechamento dos canais de
cálcio > diminuição da atividade neuronal
Podem ativar a fosfolipase C > Gq >
concentração de cálcio intracelular > podem
explicar efeitos de retenção urinária.

Ações espinhais dos opióides > neurônio aferente primário


manda informações para a medula, liberando glutamato >
pré-sinápticos existem receptores de opióides (mi, k, delta)
> acoplados à proteína Gi > entrada de cálcio >liberação de
glutamato (assim, menor redução, não liga aos receptores)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Pós-sinápticos > mi, acoplados à Gi > inibição da Adenil ciclase > aumenta condutância
do potássio, hiperpolarizada (inibitório > diminui condução nervosa).

Agonista Mi > estimula Gi > Diminui AMP c > diminui cálcio > diminui glutamato > não
liga ao AMPA; não há liberação da CGRP ou substância P;
Pode atuar no pós-sináptico > hiperpolarização, gerando menos potencial de ação.

Os principais efeitos são no SNC, levando à analgesia, euforia, sedação e depressão


respiratória (diminuição na sensibilidade do centro respiratório do Bulbo ao PCO2,
dependem da dose – diminuem estímulo da dor na respiração; aumenta pco2 e diminui
p02). O uso repetido pode gerar tolerância. Ação no aspecto sensitivo e transmissivo.
Sensação de flutuação, reduz cansaço, mas pode gerar disforia. Podem gerar sonolência,
mas não são hipnóticos e não causam amnésia. Facilmente despertado (ao contrário de
benzodiazepínicos).
Supressão do reflexo da tosse (codeína), problema pois aumenta chance de aspiração e
acúmulo de secreção respiratória gerando atelectasia; miose, receptores mi e kappa
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

estimulam óculo-motor, não gera tolerância (meperidina- midríase); náuseas e vômitos,


ativam zona de gatilho quimiorreceptoras, componente vestibular > tolerância ao longo
do tempo.
Podem gerar rigidez de tronco, dificuldade para ventilar pois reduz a complacência, dose
dependente, mas não são relaxantes; aumento do tônus dos esfíncteres, reduz motilidade,
efeito de constipação (cronicamente), pode gerar aumento da pressão do sistema biliar,
aumento da amilíase e lipase; retenção urinária, redução do tônus uterino.

Liberação de histamina > urticária e prurido (morfina e meperidina);


Hipotensão e bradicardia;
Efeito imunossupressor ?? aumento da recidiva de tumor? (modula sistema imune,
proliferação de linfócitos, produção de anticorpos, células natural killer são inibidas >
diminuição da defesa.

Uso Clínico > analgesia aguda e crônica, anestesia (geral, adjuvantes na sedação),
antitussígenos (codeína e destrometorfan), diarreia (difenoxilato e loperamida), manejo
de edema agudo de pulmão – melhora a dispneia, menos ansiedade, diminui pré-carga e
reduz RVP – diminui pós-carga.
Podem conter calafrios (meperidina); dependência de opióides – metadona, maior meia
vida – reduz ou bloqueia agentes de curta duração, pode-se retirar que o efeito permanece
por um tempo...

Tolerância, dependência e adição > dependência física > tolerância à administração


repetida de opióide mi – rebote exagerado.
Tolerância > o uso repetido de dose constante resulta em diminuição do seu efeito
terapêutico; na via orla após 2 ou 3 semanas
Ex > remifentanil, para sedação ou pré-operatório > pode gerar tolerância em poucas
horas, muito potente.
Tolerância quanto à sedação e efeitos respiratórios reduzem após parar o uso, efeitos
eméticos > mecanismos não muito bem compreendidos, envolve a dessensibilização de
receptores.
Tolerância cruzada > pacientes com tolerância à morfina, mas a metadona não tem
tolerância completa (devido ao bloqueio direto do NMDA, ativado pelo glutamato)
Revezamento do uso de opióides > morfina – hidromorfona – metadona > paciente com
melhora da analgesia e pode-se reduzir a dose total.

Um grande problema > abstinência > depende do grau de dependência física >
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Sinais e sintomas desaparecem quando se administra um opióide.


Depende do tipo de opióide;
Morfina e heroína > 6 a 10 horas após, podendo durar até 48 horas > 5 dias, acabam
Metadona > desaparecimento mais lento dos efeitos, síndrome de menor intensidade >
desintoxicação de viciados em heroína.

Não induzir síndrome de abstinência, uso de antagonistas (naloxona) como em pacientes


dependentes. Curta ação, podendo ser fatal.

Morfina > metabolizada no fígado, grande efeito de primeira passagem > o que reduz a
biodisponibilidade por via oral (comprimidos de liberação lenta): M6G > metabólito que
pode acumular na insuficiência renal; M3g > neuroexcitatório
Administração parenteral, epidural e na raquianestesia > início de ação em 30 minutos,
usa-se como analgésico (diminui reflexos simpáticos e analgesia); usa-se fentanil,
remifentanil, sufentanil > morfina analgesia pós-operatória, alívio da dor.

Codeína > menos efetiva, agonista parcial, é biotransformada no fígado > a oxicodona e
hidrocodona > mais efetivos, para dor aguda e crônica

Metadona > sintéticos, eficaz por via oral, potencia parecida com a morfina, causa menos
euforia, duração de ação de 4 a 8 horas; ação mediadas por mi mas também é antagonista
do NMDA > boa para tratamento de dor nociceptiva e neuropática
Usada para tratamento de retirada de opiódeis (heroína)
A síndrome é mais suave, dura muito mais tempo
Meia vida varia de 12 a 40 horas > lipossolúvel > acumulo em tecido adiposo > longa
duração
Tratamento em tolerância à morfina > aqui não é completa, pois age em NMDA

Fentanil > usados na anestesia geral, 100 vezes mais potente que morfina, curta ação, 40
a 50 minutos > via intravenosa, lipossolúvel

Alfentanil > 5 vezes menos potente que o fentanil e de ação menor

Sufentanil > 5 vezes mais potente que o fentanil e com mesma ação
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Remifentanil > rapidamente metabolizado, curtíssima duração, analgesia pós-operatória


é deficiente embora tenha a mesma potência do fentanil;

Meperidina > Não mais usada, 10 vezes menos potente que morfina, causa mais disforia,
taquicardia, midríase, baixa disponibilidade por via oral, é metabolizada em
normeperidina > convulsões, excreção via rins; em associação com IMAO: hiperpirexia
(maior temperatura), síndrome serotoninérgica com inibidores seletivos de recaptação de
serotonina (fluoxetina, paroxetina > depressão). Reduz tremores durante anestesia.

Os fármacos que atuam mais


em kappa e delta são difíceis
de serem antagonizados,
como a nalbufina.
Overdose > casos de
sensibilização por opióides
após anestesia, parando de
respirar.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Anti-inflamatórios Esteroidais
São conhecidos como corticosteroides (podem ser naturais > liberados pelo córtex da
suprarrenal) > diversos usos clínicos.
Reduzem o processo da inflamação, mas muito mais intensa. Geralmente não são
utilizados em casos de dor aguda > usados em dor crônica, devido aos efeitos colaterais.
Também interferem na produção de eicosanoides > inibem ciclooxigenases; inibem ação
da fosfolipase A2 > reduzindo a produção de ácido araquidônico. Assim, existe
diminuição dos prostanóides (derivados da COX) e dos leucotrienos (derivados da
lipoxigenase).
Liberação reduzida.

Os glicocorticoides reduzem as
manifestações da inflamação em
virtude de seus efeitos profundas na
concentração, distribuição e função
dos leucócitos periféricos; além do
efeito supressor nas citocinas e quimiocinas inflamatórias e outros mediadores.
A inflamação é caracterizada por um extravasamento e infiltração de leucócitos no tecido
afetado > mediados por uma complexa série de moléculas em células endoteliais >
inibidas pelos glicocorticoides. Inibem macrófagos (limita fagocitose, inibe produção do
fator de necrose tumoral, IL-1, metaloproteinases e ativador de plasminogênio) e outros
apresentadores de antígenos > redução de resposta à antígenos e mitógenos.
Macrófagos produzem menos IL-12, IFN-gama > TH1
Efeitos interessantes em várias situações clínicas > mas gera aumento do risco de
infecções.
Diminuem a permeabilidade capilar (diminuição da histamina produzida pelos basófilos
e mastócitos) > diminuição da degranulação > menos vasodilatação.
As citocinas são polipeptídios ou glicoproteínas extracelulares hidrossolúveis, produzidas
por células do sistema imune no local da lesão > ativação de proteína quinases ativadas
por mitógenos. São redundantes em suas atividades, ações semelhantes, formam-se em
cascatas > influencia nas células imunológicas > regulam atividades de outras.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Pró-inflamação > IL-1, IL-2, IL-6 e IL-7, TNF


Anti-inflamação > IL-4, IL-10, IL-13, fator transformador de crescimento
São mediadores que levam à resposta inflamatória, favorece a cicatrização. A produção
exagerada pode gerar instabilidade hemodinâmica ou distúrbios metabólicos > pode lesar
órgãos.
Assim, os glicocorticoides podem ser usados para minimizar o processo inflamatório,
para que não seja tão intenso.
Eixo hipotálamo-pituitária-
suprarrenal > a secreção dos
esteroides adrenocorticais é
controlada pela liberação hipofisária
de corticotrofica, ACTH, hormônio
adrenocorticotrófico; ao passo que a
Aldosterona (retém sal), depende dos
níveis Angiotensina 2 e da
concentração plasmática de potássio.
Alguns glicocorticoides >
metabolismo intermediário e função
imune.
Córtex > zona glomerulosa (síntese
de aldosterona); fasciculada e
reticular (cortisol e andrógenos)

ACTH > liberado pela


adeno-hipófise > estimula
produção de cortisol e
andógenos suprarrenais.
A expressão de
determinadas enzimas nas
zonas da suprarrenal >
especificidade hormonal
(aldosterona sintase, 11B-
hidroxilase,
17ahidroxilase)
Todos são sintetizados a
partir do colesterol.
Deficiências de enzimas
mostram bloqueio de
síntese hormonal.
Fármacos podem atuar aqui
> inibir hormônios.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A produção de
mineralocorticoides
não depende da
adeno-hipófise.
Fármacos estudados
em doenças
endócrinas.
O CRF (fator
liberador de
corticotropina) >
ACTH > estimula o
córtex a produzir
glicocorticoides >
pode causar
feedback negativo >
inibe a liberação de ACTH e CRF (alça longa)
ACTH > alça curta no feedback negativo.
O glicocorticoide liberado vai inibir sua própria liberação.
Uso prolongado de glicocorticoide exógeno > (prednisolona) > age causando a
retroalimentação negativa > ACTH ou CRF.
Em adultos, existem liberação de 10 a 20 mg de cortisol (sem estresse) > ritmo circadiano
por pulsos de ACTH (primeiras horas da manhã e após refeições).
Uso prolongado por mais de 2 semanas de glicocorticoides > supressão da suprarrenal >
pode necessitar de utilizar uma terapia suplementar de corticoides em situações de
estresse.
A retirada do corticoide deve ser feita de forma lenta e gradual, para que o eixo
hipotálamo-suprarrenal funcione.
Ex> uso crônico de corticoides em casos
de cirurgias > pode-se utilizar corticoides
para alívio do estresse.
Ex: Amino-glutetimida > bloqueia a
conversão do colesterol em pregnolona,
bloqueia todos os esteroides ativos > usado
em associado com Hidrocortisona para
reduzir a liberação de estrógeno em
pacientes com câncer de mama; também
com ketoconazol e metirapona para reduzir
a secreção de esteroides em pacientes com
Síndrome de Cushing.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Cortisona > pró-fármaco > 11B-hidroxiesteroide desidrogenase > cortisol


Enzima existe em duas isoformas, catalisam reações opostas. A do tipo 1, no fígado,
converte cortisona em cortisol (não adianta administrar na pele).
O cortisol é agonista nos receptores mineralocorticoides, mas no rim estão protegidos,
pois existe a 11B-HSDII que converte cortisol em cortisona, que é inativa.
Placenta tem grande quantidade de 11B-HSDII > Pode ser administrado um corticoide
ativo, pois o fígado fetal é inoperante > maturação pulmonar.

Hipotálamo > PGE2 > febre; as citocinas aumentam a produção do


hormônio liberador de corticotropina > estimula hipófise a liberar
ACTH > estimula a produção do cortisol > age com retroalimentação
e, também, diminui a produção de fatores da inflamação, reduz as
citocinas produzidas pelos macrófagos e outros fatores da imagem.
Uso de CRH para estabelecer a causa da secreção excessiva de
cortisol.
ACTH e cortisol > principalmente na madrugada, ajudando no
despertar para auxílio nas atividades.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Efeitos diversos, influenciam várias


células, seja ele exógeno ou endógeno.
Embora os efeitos estejam relacionados
com a dose e intensificados em grandes
quantidades, existem efeitos
permissivos > facilitam função de
outros hormônios> resposta do
musculo liso vascular e brônquico às
catecolaminas está diminuída na
ausência de cortisol; respostas
lipolíticas das células adiposas às catecolaminas e ao hormônio do crescimento estão
atenuadas na ausência deles;
Aumento dos níveis de glicose > liberação de insulina > mas inibem a captação de glicose
pelas células musculares e estimula a lipólise > secreção aumentada de insulina >
lipogênese e inibe a lipólise > aumento da deposição de gordura com aumento da
liberação de ácidos graxos e glicerol. Ações mais presentes em jejum > suprimento de
glicose pela gliconeogênese, liberação de aminoácidos (proteólise), inibição da captação
periférica de glicose e estimulação da lipólise > manutenção de glicose para o cérebro
(somente essa fonte).
Efeitos catabólicos e anti-anabólicos no tecido conjuntivo, musculo e pele > diminuição
da massa muscular, fraqueza e adelgaçamento da pele. Reduz a formação dos ossos,
osteoporose.
Reduzem manifestações da inflamação, diminuem a resposta imune > mais chance de
infecções.
Em quantidades aumentadas > comportamento > insônia e euforia > depressão > aumento
da pressão intracraniana > pseudotumor cerebral.
Altas quantidades > Associados ao desenvolvimento de úlcera péptica > redução da
resposta imune contra H.pylori; redução da VIT D > diminui absorção de cálcio > agrava
a osteoporose; aumento da gordura na face, nuca.
AIEs > anti-inflamatórios esteroides >
glicocorticoides, agentes importantes
em distúrbios inflamatórios,
imunológicos > anti-inflamatório e
imunossupressora.
Atividade anti-inflamatória; tempo de
meia vida; atividade mineralocorticoide
(caso não for necessária, pode levar à
retenção de sódio e água > pode
aumentar a pressão arterial e gerar
edema > não usar se o efeito que quiser
for somente o anti-inflamatório > usar
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

na doença de Addison (baixo mineralocorticoide)


Corticoides com mais meia vida > melhor posologia > menores doses e vias próximas do
órgão alvo.
O esteroide está no sangue ligado à globulina
(globulina de ligação ao corticoesteroides) > penetra
na células como molécula livre > receptor
intracelular ligado à proteínas estabilizadoras
(Moléculas da proteína choque térmico, HSP 90 e
outras) > quando liga-se a uma molécula de cortisol
> complexo instável, HSP 90 e moléculas são
liberadas > capacidade de dimerizar, entrar no
núcleo, ligar ao elemento de resposta dos
glicocorticoides (reguladora do gene), regular a
transcrição da RNA polimerase e fatores de
transcrição > RNA m > citoplasma > proteínas para
ativar resposta ou inibir a síntese de outras.
Receptores intracelulares, resposta não é rápida e o
efeito permanece após fim de uso.
Na transcrição > diminuição da
transcrição de COX-2 e citocinas
inflamatórias (resposta genômica lenta) >
aumenta a síntese de Anexina A1 > inibe
a COX-2 e Fosfolipase A2 > diminuição
da produção de prostanóides na área da
inflamação e diminuição de leucotrienos >
efeitos antiinflamatório, antipirético,
anti-hiperalgésico.
Existem outras ações, mais rápidas, como
na Dexametasona e metilprednisolona >
efeito antiemético, receptores de
membrana (vômitos pós-operatorios e na
quimioterapia)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Os sintéticos são produzidos a partir de mudanças no arcabouço, podendo fazer com que
essa ação seja mais mineralocorticoide ou anti-inflamatória.

Análogos dos glicocorticoides.


A > 11-hidroxiglicocorticoides >
ativos
B > 11-ceto > Prednisona e
Cortisona > pró-fármacos que
precisam da 11B-HSD para
ativação.
Pele não possui a enzima > logo,
cremes tem que ser possuir os 11-
hidroxiglicocorticoides já ativos
ou na questão da maturação
pulmonar fetal.

Seleção de corticoides > efeito anti-inflamatório (glicocorticoide) e efeito retentor de


sal (mineralocorticoide)
Hidrocortisona > padrão, cortisol, sintética> equivalência de 1/1 > ação de curta
duração, no máximo 12 horas.
Prednisona, Prednisolona, Meilprednisolona, Triancinolona> ação glicocorticoide
mais potente, ação duradoura de 12 a 36 horas.
Betametasona e Dexametasona > somente efeito corticoide > ação longa, 36 a 55
horas
Mineralocorticoides > Fludrocortisona (possui um pouco de ação glicocorticoide)
mas uma potente ação
mineralocorticoide;
Desoxicorticosterona >
somente ação
mineralocorticoide.
Aldosterona > não usada
de forma exógena >
metabolização hepática,
oral ou IV.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Cortisol e cortisona > Hidrocortisona > curta duração de ação, usados em terapias
de reposição (cirurgias - resposta de estresse, organismos libera de 10 a 20 vezes
mais cortisol, repõem com Hidrocortisona > não possuem boas atividades anti-
inflamatórias, mas possui ação mineralocorticoide.
Dexametasona e Betametasona > efeito anti-inflamatório potente, usados em
respostas hiperagudas como em choque séptico e edema cerebral; meia-vida
plasmática longa (40 a 50 horas) e baixa ação mineralocorticoide; atividade
supressora do crescimento e cicatrização.
Prednisona e Prednisolona > primeira escolha para tratamentos anti-inflamatórios
de longo prazo, meia vida plasmática intermediária e baixa ação mineralocorticoide
> uma dose por dia.
Ao determinar a posologia, o médico deve considerar a gravidade da doença,
quantidade do fármaco e o tempo de terapia.
Quanto menos a dosagem possível para o efeito > diminuição da dose >
até que aumentem os sintomas, menor uso possível

Farmacocinética > absorção rápida e fácil pelo TGI, absorção lenta pela
pele; ligam-se a globulina de ligação dos corticoides > transcortina;
metabolização hepática e depois conjugado; eliminação renal.
Podem ser por via oral, IV, intramuscular, aerossol, tópica (ativo)
Metabólitos na urina.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Os inalados > podem ser usados na asma > agonistas de glicocorticoides e baixa atividade
mineralocorticoide. Alta potencia > baixa dose > inibe a resposta inflamatória.
Metabolismo de primeira passagem no fígado, a parte deglutida torna-se inativada >
biodisponibilidade reduzida e baixo efeito sistêmico. A fração que chega nos pulmões vai
para a via sistêmica, mas é pequena e a ação é local. Uso de corticoides próximos ao local

desejado. Em casos graves, podem ser usados por via sistêmica.

Uso crônico > diversos efeitos colaterais que limitam a ação, porém, algumas doenças
precisam cursar com uso crônico
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

. Síndrome de Cushing > doses elevadas e forma prolongada > quadro clássico
SNC > euforia, depressão, sintomas psicóticos; corcova de búfalo; hipertensão;
braços e pernas finas; atrofia muscular; adelgaçamento da pele; osteoporose
(diminuição da absorção de cálcio pois reduz a ação da VIT D no intestino >
hiperparatireodismo secundário > aumento da reabsorção óssea, diminuição de
ação dos osteoblastos > menor crescimento ósseo e mais osteoporose; hiperglicemia
com resistência periférica; quebra de proteínas musculares > perde-se muito
nitrogênio na urina (balanço nitrogenado negativo); aumento de apetite; diminui a
imune > mais infecções; obesidade; face em lua cheia, gordura abdominal; catarata;
hipertensão intracraniana; necrose da cabeça do fêmur; equimoses e cicatrização
deficiente.

Diminui a dor (anti-inflamatório); diminui aumento de edema nos vasos (vasodilatação e


permeabilidade); antialérgico > mas muitos efeitos colaterais.

A úlcera gástrica > principalmente


com uso de AINES em conjunto.

Assim, o corticoide, quando


indicado, deve-se ser usado no
menor período de tempo possível e
em menores doses.
Bloqueio contínuo do eixo, inibição
crônica > procedimentos cautelosos.
Supressão do eixo hipotálamo-
hipofisário, principalmente após uso
de 30mg/dia durante 1 ano.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Anestésicos Locais

Analgesia: diminuir a intensidade da dor, não é ausência completa de dor.


Anestesia: uma redução completa da presença do estímulo doloroso, então essa é a
diferença básica.
Uma dor no pós-operatório, após uma cirurgia > medicamentos analgésicos;
Durante uma cirurgia > abolir completamente o estímulo doloroso > utilizar um
anestésico.
Anestesia local: medicamento que reduz o estímulo doloroso, o processo doloroso, ou
seja, abolir completamente a dor mas a administração foi naquele local. Paciente
consciente.
Anestesia geral: medicamentos que vão atuar no sistema nervoso central diminuindo a
sua percepção da dor, nem sentir dor nem consciência em relação à dor.

Os anestésicos locais são fármacos que bloqueiam a ação nervosa e esse bloqueio ele não
pode ser irreversível, é temporário e reversível após a sua administração regional >
existem fármacos que bloqueiam a condução nervosa mas às vezes esse bloqueio é
irreversível ou então não é temporário fazendo o que altere a funcionalidade a fisiologia
do neurônio e, portanto, esses fármacos não tem utilização na prática.
Os anestésicos locais bloqueiam a condução nervosa e esse bloqueio volta depois de
terminar a atuação do anestésico local.

Historicamente o primeiro anestésico local utilizado foi a cocaína no século XIX e foi
utilizado principalmente pelos oftalmologistas > gotas de cocaína > anestesia local.
A cocaína é obtida de uma planta, mas obviamente não utilizada como fármaco, efeitos
excitatórios no SNA.
São bases fracas > base fraca quando ela é colocada no meio ácido > vai receber prontos
e uma base protonada vai ter um caráter hidrossolúvel.
Anestésico local > uma base fraca quando utilizado em tecidos inflamados > ph está ácido
> ação é praticamente inexistente.
Podem pertencer a duas famílias > éster ou amida.

Estrutura química
O anestésico local tem 3 regiões > uma parte radical
aromática com anel benzênico > lipossolúvel; porção amina
que possui nitrogênio que pode ser terciário ou quaternário
(ionizado) > conseguir receber um próton > hidrossolúvel e
pode até superar a ação benzênica; a cadeia intermediária,
que faz a ligação, pode ser com ligação éster (amino-éster) ou
amida (amino-amida). A maioria utilizada são amino-amidas,
porque os amino-éster são rapidamente eliminados, curta
duração e agentes que são metabolizados em um ácido
chamado para aminobenzóico > aumenta a incidência de
alergia.
Amino-amidas, como a Lidocaína e Bupivacaina.
A cadeia intermediária, a depender do seu comprimento, determina a potência. Quanto
maior a potência, mais a probabilidade de gerar efeitos tóxicos.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Tetracaína >
amino-éster;
Mepivacaína, Ropivacaína, Bupivacaína > amino-amida.
A ropivacaína foi formada a partir da bupivacaína (longa duração, mas muito efeitos
colaterais como arritmias e paradas cardíacas), ação parecida e com menor toxicidade.
A lidocaína tem curta duração.

Os mecanismos básicos dos anestésicos locais > bloqueio dos canais de sódio, bloqueio
da condução nervosa, impede que o sódio entre > sem despolarização.
Canal de sódio > repouso (portões fechados); abertura (entra pois sua concentração é
maior no meio extracelular); período de inativação, um dos portões fecha, ele precisa ser
reativado para conduzir um novo potencial de ação – período refratário.
O anestésico local bloqueia a parte interna do canal de sódio, ele tem que entrar na célula
> entrada via membrana, lipossolúvel, entra quando não estiver ionizado (amina),
característica tem que ser maior da porção benzênica.

O sódio faz com que o potencial de repouso fique menos negativo > limiar de
excitabilidade > depolarização > entrada de sódio e saída de potássio > repolarização
(saída de potássio) > potencial de repouso > sódio potássio ATPase > restaurar

Anestésico local > impede que o potencial atinja o limiar de excitabilidade, logo, não
permite a deflagração do potencial de ação, não modifica os elementos, reversível.
Canal de sódio > bloqueados por tetrodoxina (baiacu) >
porção externa.

Anestésicos locais > bloqueia a porção interna; pela


membrana plasmática > equilíbrio entre ionizado e não
ionizado determina a intensidade e rapidez de entrada, visto
que somente o não ionizado atravessa.
A célula é mais ácida que o meio extracelular (6,8 -7,4), o
anestésico local tem um novo rearranjo > anestésico local vai
se ionizar mais ainda, porém, dentro da célula, isso impede que o anestésico saia da célula,
além de que isso permite a ligação no canal de sódio.
A proporção de ionização no meio extracelular indica o período de início da anestesia, ou
seja, a latência; todavia, a ionização intracelular favorece a ligação no canal de sódio e
impede a sua saída do interior da célula.
A proporção de ionização depende do pKa, são bases fracas, quanto maior o pKa do
anestésico, mais ele estará ionizado no líquido extracelular, visto que o último possui um
pka de 7,4.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Ex: 3 anestésicos locais,


1 > pKa 7,4 > meio de ph 7,4 (líquido extracelular) > 50 % ionizados e não ionizado
(atravessa)
2 > pKa 7,9 > 70 a 80% ionizados em ph de 7,4, recebe hidrogênio, 20% não ionizado
que atravessa
3 > pKs 8,1 > 85% ionizados e 15% não ionizados
Assim, a latência anestésica depende da proporção de ionização, no caso o de menor
latência seria o de 7,4. Lidocaína > ph de 7,9 e Bupivacaína e Ropivacaína de 8,1.
Lidocaína inicia a anestesia mais rápida, menos latência, ph mais próximo do líquido
extracelular.
Porém, a duração de ação não depende do pKa, a duração depende da afinidade proteica.
Lidocaína, afinidade de 65%, bupivacaína e ropivacaína > 95%, ou seja, maior afinidade
proteica faz com que elas permaneçam por mais tempo ligado ao canal apesar de demorar
mais para agir.
Lidocaína é menos cardiotóxica, mas tem baixa duração de ação.
Tecidos inflamados, menor PH > anestésico vai ter um grau muito grande de ionização,
as vezes até impossível de que ele consiga atravessar a membrana plasmática. Além disso,
são mais vasodilatados, mais absorvidos na circulação sistêmica.

Devido a esse problema da inflamação, existem estratégias, como uma associação de


anestésicos junto ao bicarbonato em tecidos inflamados para elevar o PH;
Ou associar com adrenalina > vasoconstritor > diminuir a absorção, permanece mais
tempo no local, diminui o sangramento e diminui a absorção na circulação.

A cadeia intermediária determina a potência, que, quanto maior > mais tóxico.
O grupo amina confere a latência anestésica, caracteriza o pKa de diferentes anestésicos
locais.
A potência também depende da lipossolubilidade;
Latência > pKa do anestésico, secundário a lipossolubildiade e concentração.
Duração de ação > afinidade proteica. Também ao efeito vasoconstritor.
A cocaína e a ropivacaína > vasoconstritores > a cocaína inibe a recaptação de
noradrenalina nos terminais nervosos; a ropivacaína tem efeito vasoconstritor direto na
musculatura lisa (não precisa usar mais outros vasoconstritores)
Bloqueio diferencial sensitivo-motor > bupivacaína (bloqueia dor e motor) e ropivacaína
(mais analgésica que motora).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Gestante em trabalho de parto > ropivacaína em doses baixas > analgesia > não pode ter
abolição da contração muscular; ao contrário de uma cirurgia ortopédica, por exemplo.
Cesariana > bupivacaína, ou doses maiores de ropivacaína; visto que a bupivacaína pode
causar efeitos de arritmias cardíacas (grávidas)
Bupivacaína > Isso ocorre pois liga durante muito tempo aos canais de sódio no coração,
sem potencial de ação > chances de parada cardíaca. Pode durar até 35 minutos e não há
reversão; alta afinidade proteica com ligação de alta duração ao canal de sódio.
Ropivacaína > modificação na molécula > muito menos cardiotóxica. Muito mais usada
hoje em dia, independentemente de ser grávida ou não.

Cirurgias a níveis periféricas > pode usar a bupivacaína, mais barata.

Existe uma solução lipídica que consegue deslocar o anestésico ligado ao canal de sódio>
não se sabe ao certo.

Bupivacaína e Ropivacaína > maior período de latência pois tem pKa maior, mas mais
tempo de ação pois tem ligação proteica maior. Comparadas a lidocaína, que tem menor
tempo de início de ação, mas mais tempo de ação.

Tipos de anestesia > tópica, infiltrativa, bloqueio de nervo, epidural, raquianestesia.

Doses menores de anestésicos inibem a dor > temperatura > tato > pressão > motora
A absorção do anestésico local depende de cada tecido > pele (não muito rápida), espaço
intercostal (rápida, drenagem de tórax, tecido muito vascularizado).
Os anestésicos com efeito vasoconstritor têm limitada absorção.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Uma vez distribuída, atingem a circulação sistêmica, pulmão como protetor, fazendo com
que os anestésicos cheguem em menor quantidade ao lado esquerdo do coração.
Amino-ésteres > pseudo-colinesterase plasmática, metabolizados no plasma >
rapidamente, curta ação.
Amino-amidas > metabolização hepática e metabolitos excretados na urina.
O anestésico local pode atravessar a barreira placentária, lidocaína passa mais do que a
bupivacaína > efeitos colaterais.

Adrenalina > vasoconstritor > reduz a absorção sistêmica, fica


mais tempo no local, menor sangramento e, os receptores alfa 2
também possuem efeito pré-sináptico > ação analgésica.
Mesmo que a ação não prologue tanto na bupivacaína, existe
menor absorção sistêmica, menores efeitos colaterais.
Contraindicações > anestesia regional intravenosa (isolar o
membro), cirurgias de dedos, anestesia do pênis; hipertensão
controlada, arritmias, cardiopatas, idosos e diabéticos (mais controlado, pode usar em
menor quantidade); inibidores da monoaminoxidase, antidepressivos (relativos)
O maior medo é a toxicidade;
Mais frequente que arritmias e paradas
cardíacas são as convulsões.
Eles bloqueiam as vias inibitórias, por isso
que tem mais chance de convulsão em
menores doses (bloqueio de excitatória
somente em maiores doses) > conversar
com o pacientes > efeitos premonitórios >
indica risco de absorção do anestésico local
> tremores, zumbido, boca formigando,
gosto metálico, sonolento > convulsão >
parada ...
Sempre interromper a anestesia local se existir esses sinais e sintomas.
A importância da dose:
Bloqueio de neurônios inibitórios > gaba > convulsão
Aumentar a dose > excitatórios > glutamato e aspartato > coma

A toxicidade depende também do meio de aplicação (vasos ao invés


de subcutâneo – sempre aspirar o êmbolo); logicamente tratar uma
convulsão é mais fácil; alergias (amino-ésteres, ou conservantes,
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

metil-parabenos: amino-amida > formação de pápula, teste em solução com ou sem


conservante.

Proteção da língua > perfusão


Usar anti-convulsivantes > benzodiazepínicos (midazolam,
propofol)
Relaxantes musculares > podem diminuir as manifestações das
contrações, não atuam no foco do SNC

Ventilar > oxigenação, corrigir a acidose;


Medicamentos não conseguem reverter;
Solução lipídica que sequestra quantidade
de anestésicos locais.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Bloqueadores Neuromusculares
São fármacos muito usados.
Ex> intubação em paciente com coronavírus, cirurgias (laparotomia).
Atuam na junção neuromuscular, é necessário recordar a transmissão colinérgica entre o
terminal nervoso motor e o receptor nicotínico no musculo esquelético (receptores
nicotínicos > placas motoras e gânglios).
Similaridade com a Acetilcolina, agem de forma parecida (agonista – despolarização na
placa motora- bloqueadores despolarizantes); ou vão competir com a acetilcolina, mas
agem como antagonistas competitivos, eles ligam ao receptor > sem ação, mas impedem
que a acetilcolina despolarize a placa motora.
Síntese da acetilcolina >
armazenamento > liberação >
abertura de canais de cálcio-
voltagem dependentes > a
acetilcolina sendo liberada > receptor
nicotínico > ionotrópico > em sua
estimulação, abertura do poro >
entrada de sódio e saída de potássio
> despolarização > abertura de canais
de sódio > vai para toda a intimidade
do musculo esquelético, túbulos T,
retículo sarcoplasmático, > muito
cálcio > despolariza, saída de cálcio
> no citoplasma permite a interação
entre actina e miosina.
A contração muscular é interrompida com a degradação de acetilcolina, sinapse
colinérgica interrompida, acetilcolina vai ser inativada pela acetilcolinesterase (a nível
pós-sináptico muito próximo ao receptor nicotínico > colina (recaptada) e acetato.
Os relaxantes musculares vão atuar no receptor nicotínico, alguns como agonistas >
despolarização; outros vão ligar no receptor nicotínico e impedir que a acetilcolina se
ligue.
Bloqueadores neuromusculares competitivos, são
antagonistas, ligam no receptor nicotínico e
impede que a acetilcolina se ligue > D-
tubocurarina (antagonismo competitivo >
aumentam a eficácia máxima com o aumento do
agonista)
Succinilcolina > agonistas > estimulam receptor
nicotínico;
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Mas a interrupção da ação ocorre por acetilcolinesterase (anti-colinesterasicos) >


Neostigmina.
Ex> final de cirurgia, despertar, extubar quando estiver respirando > receptores
nicotínicos não mais ocupados > mas não administra acetilcolina, devido à rápida
destruição da pseudocolinesterase > aumenta de forma indireta > inibindo a degradação
> neostigmina > acumula acetilcolina na placa motora, com isso ela compete com o
relaxante não despolarizante > bloqueio competitivo, antagonismo competitivo> pode
aumentar a força muscular, mas também acumula onde existem receptores muscarínicos
> o que não seria interessante, podendo ter bradicardia, broncoespasmo, vômitos,
contração na bexiga > efeitos adversos > neutralizar nos receptores muscarínicos >
associar com atropina.
Neostigmina (aumentar a força muscular) + atropina (impedir os efeitos do acúmulo da
acetilcolina nos receptores muscarínicos)
Os bloqueadores despolarizantes > esperar o bloqueio passar, succinilcolina e
suxametonio > agonistas nicotínicos > despolarizam o receptor nicotínico, mas não são
metabolizados pela acetilcolinesterase, e somente pela pseudocolinesterase no sangue
(tem que sair da fenda e ir para o sangue) > não usar anti-colinesterasico, diminui a
degradação de succinilcolina e suxametonio > como eles ficam mais tempo na placa
motora e não são degradadas > ficam mais tempo ligados > despolarização, fasciculações
> espasmos musculares e, depois, relaxam, visto que os canais de sódio, em um primeiro
momento, são ativos e, sem tempo de ser reativado, o canal de sódio não tem tempo de
sair do período refratário e voltar para o inativado para conduzir estímulo > relaxamento
muscular. Processo retorna com a contração quando succinilcolina e suxametonio saírem
da fenda sináptica e serem metabolizados pela pseudocolinesterase.

Receptor nicotínico e suas subunidades > as mais importantes são as duas


alfas que a acetilcolina se liga, o antagonista competitivo liga a somente
uma e já não é disponível.
Agonistas despolarizantes > agem igual a acetilcolina, mas permanecem
mais tempo pois não são degradadas ali > despolarização mais prolongada.

Despolarizantes > despolarização sustentada da placa motora;


Adespolarizantes > inibição competitiva da ligação da acetilcolina ao receptor nicotínico
juncional, impedindo a despolarização da placa motora.

Um bloqueador neuromuscular ideal > não despolarizante (os despolarizantes causam


fasciculações - mialgia, principalmente em mulheres; podem até aumentar a concentração
de potássio; associados hipertermia maligna – alta mortalidade, saída muito grande de
cálcio no retículo sarcoplasmático e, pela mimetização da acetilcolina > succinilcolina e
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

suxametonio > saída exagerada de cálcio do retículo sarcoplasmático > contração


vigorosa e, como é um segundo mensageiro > aumento de metabolismos na células
muscular, produção de muito CO2 > acidose metabólica) ;
Efeito rápido (intubação)
Ex > aspiração de conteúdo alimentar em pacientes que acabaram de se alimentar, devido
os opióides que diminuem o reflexo de tosse > ideal de usar um relaxante muscular com
o mais rápido início de ação possível (proteção de via aérea)
Anestesia Geral > analgesia, hipnose, imobilidade, supressão de reflexos do SNS;
Duração dose dependente > controle mais eficaz do tempo do relaxamento > que só deve
ocorrer durante a cirurgia;
Sem efeito colaterais e metabólitos tóxicos ou ativos;
Eliminação independente de função renal ou hepática > algumas metabolizadas no plasma
ou até mesmo pelo PH sanguíneo > cisatracúrio e atracurio > metabolismo de Hoffman

O despolarizante liga no receptor nicotínico


> não é degradada > mais tempo na placa
motora > estimula canal de sódio > chega a
um tempo que não volta a um estado de
repouso > grande contração e posterior
repouso.
Succinilcolina e suxametonio > início de
ação rápido, e sua ação desaparece em torno
de 10 minutos.
Deficiência de pseudocolinesterase >
bloqueio não vai desaparecer > pode durar de
4 a 8 horas > necessário a sedação.

Etnofarmacologia > Curare > D-tubocurarina, descoberta pelos índios > paralisia
muscular > revolução cirúrgica > antagonista da acetilcolina.

Ex> ventilação, intubação, videolaparoscopia.

Bloqueadores não despolarizantes > antagonistas competitivos


dos receptores de nicotina no músculo esquelético > sem
abertura de canal de sódio > sem despolarização.
Tubocurarina, Vecurônio, Rocurônio, Atracúbio/ cisatracúrico.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Os efeitos são revertidos por fármacos anticolinesterásicos (neostigmina) > impede a


degradação de acetilcolina.
Inibidor específico > sugamadex > para o vecurônico, rocurônico; antagonismo químico,
sai do receptor nicotínico > deslocamento de equilíbrio, liga-se a outro sudamadex
Atracúbio/cisatracúrico > não dependem dos rins ou do fígado; a atracúbio libera muita
histamina > broncoespasmos, queda de PA, taquicardia > Isômero que não tem esses
inconvenientes, substituição completa.
Apesar disso, o cisatracúrio permite a intubação depois de 4 a 5 minutos > susceptível à
aspiração; usar succinilcolina > usado em pacientes de estômago cheio, 15 a 30 segundos
> duração curta, mas muito efeitos colaterais.
Rocurônio > permite usar até doses maiores > 30 segundos, porém, bloqueio muscular
grande duração > pode-se usar o sugamadex (reversão). Também pode usar em pacientes
de estômago cheio. Com o sugadamex, a utilização seria melhor com rocurônio.

Tempo de recuperação > D-tubocurarina, pancuronio > alta duração; o atracúrio é mais
rápido, isso facilita a recuperação.
A via de administração é IV, maioria metabolizado e excretado pelos rins e fígado;
Mivacúrio > hidrolisado pela colinesterase do plasma.

Cuidado > introdução de


bloqueadores musculares >
relatos de consciência e não
consegue movimentar, deve estar
dormindo e não sentindo dor.
Diafragma é um dos mais
resistentes, mas com recuperação
mais rápida.

D-tubocurarina > bloqueia os receptores nicotínicos da placa motora e também os


gânglios > ação maior simpática > taquicardia e hipotensão > diminuição da perfusão
com aumento de consumo; libera histamina pelos mastócitos > broncoconstrição,
secreção brônquica, salivação excessiva e hipotensão.
Pancurônico > promove bloqueio dos receptores muscarínicos M2. Taquicardia e
hipertensão, eliminado pelos rins. Galamina tem o mesmo problema.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Atracúrio > libera histamina; cisatracúrio > não libera; metabolização por enzimas no
sangue.
Rocurônio > em altas doses apresenta curta latência de ação, intubação em sequência
rápida. Excreção biliar, insuficiência hepática > problema.

Succinilcolina; Atracúrio > não depende do metabolismo


hepático ou renal.
Rocurônio > grande metabolização hepática.

Pancurônio > duração maior;


cisatracurio,atracurio e rocuronio (quantidade
elevada aumenta o tempo)> mais ou menos
igual; atracurio e mivacurio histamina;
pancuronio e pouco de rocuronio > bloqueio
vagal.

Succinilcolina > duas moléculas de acetilcolina ligadas através de um grupo acetato >
estimula receptores nicotínicos na junção neuromuscular > bloqueador despolarizante.
O suxametônio é o principal bloqueador despolarizante utilizados; apresenta uma ação
rápida e duração de 5 minutos (degradação pela colinesterase
plasmática/pseudocolinesterase); usado em emergências para facilitar a intubação
endotraqueal por causa do seu início rápido; o uso para cirurgias maiores não é muito
indicado.
Provoca fasciculações e relaxamento muscular.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Efeitos colaterais > bradicardia (mimetiza efeito em receptores muscarínicos); liberação


de potássio no sangue -arritmias ou paradas (hipercalemia – maior risco em hemiplegia,
queimaduras > mais receptores nicotínicos); pode aumentar o aumento de pressão
intraocular (contração de músculos extraoculares)
Sua duração é em torno de 5 minutos; em pacientes com alterações genéticas de
colinesterase plasmática, fármacos anticolinesterásico ou RN, doença hepática > paralisia
prolongada;
Hipertermia maligna > alterações em receptores de rianodina (reticulo sarcoplasmático)
> espasmos e elevação de temperatura. Antídoto > dantroleno, inibidor de receptor de
rianodina.

Hoje, somente usada em pacientes com estômago cheio ou com intubação difícil (curta
ação – com rocuronio e sudamadex > melhor ainda.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Forma-se uma interação químico


menos rocurônico na placa motora.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Farmacologia Respiratória

Asma, DPOC > grande prevalência; expectoração; diminui a tosse.


No tratamento da asma : Broncodilatadores (usados em situações de
broncoespasmo, agudo ou crônico > beta-agonista, antagonistas muscarínicos,
metilxantinas); Antiinflamatórios (inibem a liberação de substâncias inflamatórias,
anti-inflamatórios esteroidais, anti-inflamatórios de ação lenta, anticorpos);
Antagonistas de leucotrienos (inibidores da lipoxigenase ou a própria ação dos
leucotrienos em seus receptores).
No DPOC > broncodilatadores; anti-inflamatórios (esteroides, não tão efetivos);
antibióticos, devido ao quadro de infecção relacionado.

Asma: doença crônica das vias respiratórias, em que existem crises (períodos de
exacerbações) > obstrução + inflamação (crônica). A obstrução é devido à
broncoconstrição; já a inflamação, edema das vias aéreas, hiperplasia das células
caliciformes (muco) e infiltrado de células do sistema imune e inflamatórias.
Na maioria das vezes, é reversível, mas sem tratamento, pode causar uma
remodelagem, uma fibrose, gerando rigidez, além de deterioração
permanente da função pulmonar.

Contração dos músculos lisos das vias respiratórias > receptores B2


adrenérgicos > resposta a adrenalina (não existe inervação simpática nos
brônquios), por isso o parassimpático é dominante > M3 muscarínicos,
que recebem inervação do n. vago; M3 é metabotrópico, acoplado à Gq,
logo, estimula fosfolipase C > aumenta cálcio > IP3 > contração
muscular; fibras não adrenérgicas não colinérgicas, liberam :

Todos os indivíduos inalem


alérgenos do ambiente, são
fagocitados por APCs, em
geral, são ignorados pelos LTh, induzindo apenas um baixo nível de IgG e uma resposta
moderada de TH1 pelo IFN-GAMA; todavia, uma resposta TH2 exagerada está presente
na asma > inflamação e hiper-reatividade brônquica.
Linfócitos th2 > CITOCINAS > eosinófilos, mastócitos, plasmócitos
Logo, desequilíbrio celular que favorece TH2 ao invés de TH1; além de resposta humoral
mediada por IgE.
TH2 > Asma > em indivíduos atópicos, desencadeia hipersensibilidade do tipo I (baixa
em indivíduos normais), logo, forte resposta, IL-4 > LB > IgE. IgE > ligam à receptores
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

nos mastócitos, na ligação cruzada > degranulação dos mastócitos com liberação de
histamina.
TH2 > IL-13, IL-4 > hipersensibilidade do tipo IV > hiperplasia de células caliciformes,
hiper-reatividade do músculo liso.
TH2 > IL-5, IL-4, fatores estimuladores de granulócitos e macrófagos > proliferação e
liberação de eosinófilos pela medula, aumentando a sobrevida, logo, uma eosinofilia.
Resposta Alérgica: Célula Dendrítica > apresenta o alérgeno para TH2 > ligam-se a LB,
através de CD40 > IL-4, IL-13 > transformam em plasmócitos > IgE > circulação
sistêmica antes de chegar nos mastócitos. Na reexposição, o alérgeno liga-se à IgE, nos
mastócitos > reação cruzada > degranulação > mediadores inflamatórios, como a
histamina, enzimas proteolíticas, fator de ativação de plaquetas, além de liberar ácido
araquidônico, susceptível à lipoxigenase > leucotrienos.

Degranulação dos mastócitos > broncoconstrição e inflamação das


vias aéreas, a histamina provoca o aumento da permeabilidade
capilar e edema de vias respiratórias; mastócitos > Leucotrieno C4
> D4 e E4 - cisteinil leucotrienos> bronconstrição, D4 é 1000 vezes
mais potente que histamina, além de hipersecreção de muco, edema,
aumenta a permeabilidade, recruta células inflamatórias. Efeito é
mais lento, porém, muito mais duradouro e poderoso do que os
mediadores pré-formados, como a histamina.
Os mastócitos > quimiocinas e citocinas > reação tardia de 4 6
horas > células inflamatórias; liberam triptase, uma protease que
ativa receptores do endotélio, aumenta expressão de moléculas de
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

atração de eosinófilos e basófilos, é um mitógeno do


m.liso, provoca hiperplasia dessas células e hiper-
reatividade das vias aéreas > IL-1,IL-3, IL-4, IL-5, IFN-
gama, fator de necrose tumoral alfa (mastócitos) >
reação asmática crônica.
Mastócitos > proteases e proteoglicanos > atuam em
estruturas de sustentação das vias aéreas > produzem
alterações crônicas > remodelagem das vias, devido ao
endurecimento, esse componente é irreversível.
Uso de anti-inflamatórios é importante pois inibe a
produção de toda essa cascata.

O paciente asmático tem uma maior


resistência das vias aéreas, por
hipersensibilidade ou hiper-reatividade >
hiper-responsividade.
Metacolina > agonista colinérgico,
broncocosntrição > em indivíduos não
asmático, broncoconstrição leve.
O asmático tem broncoconstrição
exagerada com baixas doses de estímulo >
hiper-responsividade.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

DPOC > resposta inflamatória anormal a agressão ambiental, 90% pelo cigarro; pode ser
dividida em um componente alveolar – enfisema pulmonar e bronquite crônica.
Geralmente irreversível, resposta inflamatória é de neutrófilos e
monócitos.
Menores resultados com corticoides do que na asma. Usados
apenas em momentos de exacerbação grave e frequente.
Liberação de metaloproteinases que degradam a elastina >
elasticidade pulmonar prejudicada.

Tratamento da asma > Broncodilatadores,


metilxantina, anticolinérgico.
Beta agonistas > Gs > aumenta AMP cíclico >
relaxamento. Ele é degradado pelo PDE >
fosfodiesterase.
Teofilina, é uma metilxantina, inibe a fosfodiesterase,
acúmulo de AMP > relaxamento.
Broncoconstrição: acetilcolina, adenosina >
antagonista muscarínicos > bloqueia M3 >
broncodilatação
Diminuição dos leucotrienos > antagonistas >
diminuição da inflamação
Teofilina > inibe a adenosina também > brondilatação
Fármacos de alívio (broncoespasmo) e de controle (inflamação)

Broncodilatadores > Agonistas B2 seletivos


Podem ser de curta ou longa duração.
Ação curta: 4 a 6 horas > albuterol, terbutalina,
salbutamol, fenoterol, metaproterenol > uteis
na crise aguda, mas não na profilaxia. Nos
pacientes com DPOC, pode melhorar a crise, mas
tem maior risco de toxicidade.
Longa ação: 12-24 horas > Salmeterol,
formoterol (pode usar na aguda), indacaterol
(DPOC) e vilanterol (DPOC). Na asma,
profilaxia + corticoides (inalatório).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Via inalatória > aerossol e nebulização, para reduzir os efeitos colaterais e garantir mais
eficácia.
Acoplados a GS > aumenta AMP > relaxamento da m.lisa dos brônquios.
Efeitos colaterais: principalmente por via oral, venosa > tremores musculares (B2),
taquicardia (B1, apesar de seletividade para B2), arritmias (B2 coração), tolerância e
taquifilaxia (agentes de curta duração, por isso somente usar em casos agudos)

Broncodilatadores Metilxantinas
Atualmente não utilizadas,
pelo surgimento de
corticoides (crônicos) e
beta 2 agonistas, foram
substituídos por eles e
pelos anticolinérgicos.
Teofilina
Podem diminui a
inflamação também, além
da broncodiltação,
aumenta força de
contração; estreita jabela
terapêutica > proximidade
de efeitos tóxicos e
benéficos.
Roflumilast> DPOC
Pentoxifilina > vasodilta,
reduz a viscosidade,
claudicação intermitente >
insuficiência arterial.

Broncodilatadores Antagonistas Muscarínicos > opção quando B2 seletivos não forem


eficazes ou com muitos efeitos colaterais. Menos eficazes que B2 na crise aguda de asma!
Ipratrópio > aerossol, atua na musculatura brônquica > broncodilatação
Tiotrópio, aclidínio > DPOC
Bloquio competitivo de receptores muscarínicos >
prevenção de bronconstrição pela descarga vagal.
Reversão asmática em crianças; DPOC > mais
eficazes que o B2.
Não reduz o processo inflamatório.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Ipatrópio e tiotrópio > antagonsitas muscarínicos, não atuam somente em M3, porém, por
inalação, poucos efeitos sistêmicos > ASMA e DPOC.
M3 > metabotrópico Gq > fosfolipase C > sem cálcio > sem bronconstrição >
broncodilatação.

Corticosteróides
Podem aumentar a resposta de beta
agonistas;
DPOC > mais resistentes aos benéficos
de corticoides.
Beclometasona, Budesonida,
dexametasona, flunisolida,
fluticasona, mometasona

Cromonas > anti-inflamatórios que inibem degranulação dos mastócitos, liberação de


histamina e prostaglandinas.
Tratamento de asma leve e persistente.
Solução para nebulização, ação curta > 3, 4 doses
Efeitos adversos> tosse, irritação
Não faz broncodiltação, mas reduz a broncoconstrição.
Cromogicato e Nedocromil

Antagonistas de Leucotrienos > úteis em


pacientes mal controlados com tratamento
convencional ou com efeitos adversos com
corticoides.
Devem ser usados em conjunto com
corticoides.
Os leucotrienos B4, C4, D4, E4 > produtos
do metabolismo do ácido araquidônico pela lipoxigenase (mastócitos, basófilos,
eosinófilos, neutrófilos)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

B4 > atrai neutrófilos e eosinófilos; os outros aumentam a permeabilidade endotelial,


contração do m.liso dos bronquíolos e secreção de muco.
Zileuton > inibidor de 5-lipoxigenase > inibe a formação dos leucotrienos B4, C4, D4,
E4
Montelucaste e Zafirlucaste > antagonistas seletivos do receptor cisteinil leucotrieno 1
> bloqueiam os efeitos.
Prevenção dos sintomas da asma, mas não tem efeito no broncoespasmo agudo.
Ativos por via oral, ligam de forma extensa às proteínas > biotransformados no fígado;
Zileuton > excretado na urina; Montelucaste e Zafirlucaste > bile
Efeitos > elevação de enzimas hepáticas (necessidade de monitoração, se as enzimas
aumentarem de 3 a 5 vezes – parar), cefaleia, dispepsia. Zafilucaste > P450, interação
com outros medicamentos.
Usados na prevenção da asma em frio, exercícios, emoções, aspirina.

Omalizumabe > anticorpo monoclonal derivado de


dna recombinate, liga-se a IgE > diminuição da ligação
na superfície nos mastócitos e basófilos > limita a
liberação de mediadores da resposta alérgica >
tratamento da asma persistente moderada ou grave que
não responderam aos corticoides.
Via subcutânea, alto custo.
Efeitos adversos > reação anafilática grave, artralgia,
urticaria.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Tratamento do DPOC > durante as


crises, B2 agonista; cronicamente
anticolinérgico muscarínico + corticoides
+ antibióticos

Os expectorantes mucolíticos >


eliminação do muco
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Antitussígenos > tosse é um mecanismo de defesa importante do sistema respiratório;


Resfriado, sinusite, DPOC crônica > pode ser um reflexo de defesa em uma infecção
bacteriana.
Deve-se saber as causas > incomodo e sem prejuízo em reduzí-la
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Farmacologia do Trato Gastrointestinal


Doenças Cloridopépticas > DRGE,
gastrite, úlcera péptica > antiácidos,
bloqueadores dos receptores da
histamina (H2), inibidores da bomba
de prótons, protetores da mucosa
(prostaglandinas constitutivas do
TGI), antibióticos (úlcera péptica e
relação com H. pylori), antieméticos
(vários tipos, devidos aos diversos
tipos, como pós-operatório, doenças,
quimioterapias, cinetos > inibidores
de serotonina (5H-3), dopamina 2, H1
histamina, antimuscarínico,
corticoides, canabinoides,
antagonsitas de receptores de
neurocininas).

Fármacos que > alteram a acidez gástrica; protetores da mucosa; antieméticos;


purgativos; antidiarreicos.
Secreção gástrica > dentro da glândula gástrica, existem as células mucosas que
secretam muco, água e bicarbonato; as células parietais secretam HCL, fator intrínseco,
lipase gástrica, amilase gástrica e gelatinase; células principais que secretam
pepsinogênio (inativa da pepsina); células G no antro do estômago que secretam gastrina;
enterocromafins que secretam histamina.
Secreção de H+ pelas células parietais
No lúmen do antro > células G, secretam gastrina
na presença de peptídeos – estimulação > entra na
circulação, chegando até os vasos do fundo
gástrico e estimula as células enterocromafins,
que liberam histamina; ou podem atuar na célula
parietal, que produz H+.
A histamina estimula a célula parietal, após a ação
da gastrina. Além disso, existem nervos pré-
ganglionares do vago, parassimpático, dentro do
órgão > Ach no receptor M3, na célula
enterocromafim (aumenta liberação de histamina)
e parietal (estimula a liberação de H+
diretamente).
O lúmen do estomago vai ficar mais ácido > células D, na região do Antro, liberam
somatostatina > receptor da membrana da célula G, inibição da célula G, inibe a produção
de gastrina > para evitar a produção exagerada do ácido pelo estômago.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A inervação do vago atua na célula D (inibe liberação da


somatostatina) e G (aumenta a liberação de gastrina, através da
liberação de um peptídeo liberador de gastrina).
Bomba de Prótons > o gás carbônico é hidratado pela anidrase
carbônica, dando origem ao ácido carbônico (H2CO3) > H+ e
bicarbonato > o H+ vai para o lúmen do estômago em troca do
potássio; o bicarbonato vai para o plasma em troca do Cloro, indo
para o lúmen do estomago > HCL no lúmen e bicarbonato no
plasma. Isso explica o fato de que, após refeições, existe um
aumento temporário do PH do sangue venoso que sai do estomago
> sono pós-prandial, devido à alcalinização.
Prostaglandina E2 > receptor acoplado à
Gi > inibição da Adenil ciclase > menor
formação de AMP cíclico (Misoprostol)
Histamina > H2 > Gs > estimula a Adenil
ciclase;
Acetilcolina > M2, Gq > fosfolipase C >
IP3 > mais cálcio dentro da célula;
Gastrina > fosfolipase C;
Proteína quinase ativada > estimulação da
bomba de prótons para liberação de ácido.
Assim, um inibidor da acetilcolina > inibe
a liberação de histamina e inibe o receptor
da Ach na célula parietal (Dicicloverina)
Inibidor H2 da histamina, inibe atuação da histamina no receptor H2 na célula parietal
(Cimetidina);
Quase não existe algum medicamento que inibe a gastrina;
Inibidores da bomba de prótons > H+, K+ ATPase > Omeprazol > menor lesão do epitélio
em DRGE. Mais eficaz para a redução da acidez do estômago.

Inibição da secreção de ácido gástrico > úlcera péptica e duodenal, esofagite de refluxo,
lesão de mucosa relacionada ao estresse (gastroduodenal, diminuição de prostaglandinas
com aumento de produção ácida > cirurgias grandes, estresse, queimaduras). Os AINES
ESTÃO MUITO RELACIONADOS COM ESSAS AGRESSÕES, principalmente com
uso constante.

Antiácidos > reagem com ácido gástrico para neutralizar, são base fracas > diminuição
da acidez, formando água e sal. PH mais alcalino > a pepsina não funciona em PH acima
de 4,0 > redução da atividade.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Variam em muitas condições, qualidades e tipos > a eficácia está na capacidade de


neutralização e na presença ou não de alimento > após as refeições o estômago fica mais
lentificado, mais tempo de reagir > melhor efeito.
Uso em pirose (queimação no estômago retroesternal), dispepsia intermitente.
Bicarbonato de sódio > era o primeiro a ser utilizado, produz CO2 e NaCl, produz uma
distensão gástrica, eructações, o bicarbonato pode ser absorvido causando alcalose
metabólica, retenção de NaCl.
Carbonato de Cálcio > produz CO2 e CaCl2, reage lentamente, eructações e alcalose
metabólica.
Atualmente, os mais utilizados são os que apresentam Hidróxido de Magnésio (efeito
laxativo) e Hidróxido de Alumínio (constipação) > formulações com as duas
substâncias, efeitos se sobrepõe > neutralização dos efeitos colaterais e pela início de ação
e duração.
Eles podem afetar a absorção de algum fármaco, seja por diminuição da absorção ou por
alterar a solubilidade do medicamento pelo efeito no PH > não utilizar antiácidos dentro
de 2 horas após ingestão de antibióticos, como tetraciclinas, fluoroquinolonas, itraconazol
e ferro.
Apresentam muitos efeitos colaterais, cada vez
menos utilizados, eles não reduzem a produção de
ácido e podem causar até mesmo uma produção
rebote dele (Células D).
Antigamente, paciente com úlcera péptica, após
muitos tratamentos, eram submetidos a uma cirurgia,
retirava-se o antro e retirava-se a inervação do vago
> até que surgiram os inibidores da histamina e da
bomba de prótons. As operações em ulcera péptica
existem hoje em suas complicações, como
perfuração, estenose, sangramentos.

Antagonistas de Histamina (H2) > bloqueio competitivo dos receptores H2 da histamina


das células parietais > redução da secreção de ácido gástrico. Atuam seletivamente,
competitivos > reversíveis. Seu uso diminuiu com o advento dos inibidores da bomba de
prótons.
Cimetidina, Ranitidina, Nizatidina e Famotidina > inibição de modo potente da
secreção gástrica, principalmente a noturna. Porém, não são tão eficazes como os
inibidores da bomba em secreção induzida pelo alimento e basal.
A Cimetidina > efeitos adversos, interações medicamentosas por retardação de
metabolismo de outros fármacos.
Ativos por via oral, meia vida de 1 a 3 horas; via intravenosa, com efeito de início mais
rápido. Fármacos seguros, podendo ser utilizados em grandes doses.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Usos > úlcera duodenal (redução da secreção noturna, auxilia na cicatrização); úlcera
gástrica (cicatrização e previne a recorrência); ulcera de estresse (IV > prevenção de
erosão e hemorragia); menos eficazes que os inibidores da bomba na Síndrome de
Zollinger-Ellison e no DRGE.
Efeitos colaterais > cefaleia, diarreia, erupções cutâneas, tonteiras; ginecomastia,
impotência e galactorreia > Cimetidina, atua como anti-androgênico não esteroidal (inibe
enzimas do citocromo P450 > interfere na biotransformação).

Inibidores da Bomba de Prótons > Omeprazol, Lanzoprazol, Esomeprazol,


Rabeprazol > bases fracas, inativadas em PH básico, por isso administrado em cápsulas
de revestimento. Abrem no intestino > canalículos das células parietais > base fraca
(lipossolúvel) > protonada no interior da célula parietal > fica concentrada, tornando-se
ativa > inibição irreversível (ligação covalente) da bomba de prótons (18 horas para
sintetizar uma nova enzima).
Tempo de media vida de 1 a 2 horas, mas ação de 24 horas > 3 a 4 dias para que ocorra a
possibilidade de efeito máximo.
Absorção menor na presença de alimento, logo, uso em 1 hora antes das refeições > o
estímulo do alimento não alcança a secreção ácida.
Efeito dura de 3 a 4 dias.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Usos Clínicos > substituição dos inibidores de H2 na Histamina > refluxo


gastroesofágico, ulcera péptica e síndrome de Zollinger-Ellison.
Na dispepsia não ulcerosa e prevenção de sangramento da úlcera de estresse > mesma
eficácia dos H2 antagonistas.
Bem tolerados, mas existem descrições de diarreia, dor abdominal, flatulência, artralgia
e miopatia.
Possibilidade de Hipergastrinemia (crônico), a diminuição da acidez gástrica é um
estimulo para aumentar a produção de gastrina.
Pode diminuir a biodisponibilidade da vitamina B12 (fator intrínseco precisa do PH mais
ácido estomacal), digoxina, cetoconazol.
Clopidogrel, (anti-agregante plaquetário) pró-fármaco, podem ter sua ação reduzida pois
o Omeprazol inibe a CYP2C19, que faz a biotransformação em ativo.
Podem haver diminuição da absorção do bicarbonato de cálcio > aumento do risco de
fraturas, em uso crônico > reposição de cálcio.

Proteção da Mucosa Gástrica > uma das possibilidades é a erradicação da H. Pilory,


presente na maioria dos pacientes com ulceras pépticas, gástricas ou duodenais >
tratamento antimicrobiano.
Diagnosticado por endoscopia, sorologia, teste da ureia na respiração.
Claritromicina + Amoxicilina; Subsalicilato + Metronidazol + Tetraciclina
H. Pylori > lesão causada pela produção de urease > conversão da ureia em amônia e
CO2. CO2 transforma em NaHCO3. Amônia, proteases, catalases e fosfolipase > danos
epiteliais.

Outro método é baseado em análogos da prostaglandina E2, que é produzida pela mucosa,
inibindo a secreção de ácido e aumentando muco e bicarbonato. Misoprostol > Cytotec;
Reduz risco de úlcera com uso de AINES; contraindicado na gravidez pois estimula a
contração do útero e pode causar aborto; cólicas abdominais e diarreias.

Sucralfato > molécula pouco solúvel que polimeriza no meio ácido > liga-se ao tecido
ulcerado formando uma película protetora > acelera a cicatrização de ulcera péptica e a
taxa de recorrência; administração de 4 doses diárias, sem efeitos sistêmicos.

Bismuto Coloidal > camada protetora no tecido ulcerado, estímulo para ação de
mecanismos protetores da mucosa, efeitos antimicrobiano. Pode causar fezes escuras.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Inibição do Vômito > diversas condições podem gerar náuseas e vômitos, assim como
efeitos colaterais de fármacos, movimentos (dramin, inibidor H1) ; distúrbios sistêmicos,
gravidez, infecções no SNC, HAS, peritonite, distúrbios hepatobiliares, radioterapia e
quimioterapia, dismotilidade, doenças gastrointestinais > fármacos distintos.
Região que manda o processo do vomito > zona de gatilho quimiorreceptora, área
postrema > centro do vômito > informações para o vago > contração gástrica e abertura
do esfíncter esofágico inferior.
A manifestação é por
algo eferente,
porém, as vias
aferentes que levam
ao gatilho do
reflexo.
Os estímulos
incluem substâncias
química ou fármacos
no sangue ou no
intestino; aferência
neuronal do trato
gastrointestinal,
labirinto e SNC.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Antagonistas de H1 > vômitos do movimento. Cinetose e Labirinto. Ciclizina,


prometazina, difenidramina, dimenidrinato (Dramin), Meclisina (Pouca sonolência)
Antagonistas muscarínicos > vômitos do movimento e emocionais, Hisoscina
(buscopam)
Dexametasona e metilpredinisolona > potencializa o efeito dos antagonistas 5HT3,
INIBIÇÃO DE PROSTAGLANDINAS. Ação em vômitos pós-operatórios.
Antagonistas 5HT3 > Ondasentrona (Nausedron, Vonau), granisetrona, dolasetrona,
palonosetrona.
Antagonistas de receptores D2 > Domperidona (Motilium), metoclopramida (Plasil),
canabinóides (nabilona e dronabional > vetado no Brasil)
Aprepitanto (Emend) > antagonista de NK1, que é ativado pela substância P. Prevenção
e tratamento dos vômitos pós-quimioterapia. Potencializa os corticoides e inibidores
5HT3 > vômitos agudos e tardios da quimioterapia.

Bloqueadores do 5HT3 > maioria das situações de náuseas e vômitos, somente em cheiro
e visão desagradável > Ondasentrona (Nausedron, Vonau), granisetrona,
dolasetrona, palonosetrona > bloqueio de fibras aferentes do vago e no cérebro.
Estimulação vagal, quimioterapia e radioterapia.

Motilidade Gastrointestinal > os procinéticos aumentam a motilidade do TGI superior,


maioria é antagonista da dopamina (D2) > Metocloppramida e Domperidona.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Possuem alguma utilidade no DRE pois aumentam a pressão do esfíncter esofágico


inferior, antieméticos, gastroparesia e retardo do esvaziamento do estomago.
O uso crônico de Metoclopramida > atravessa a barreira hematoencefálica > efeitos
extrapiramidais, aumenta produção de leite, Parkinson. Domperidona não atravessa.
Eritromicina > pode ser útil em alguns casos de gastroparesia.

Purgativos > aceleram a passagem,


laxantes > uso em constipação crônica
e no preparo do intestino em uma
colonoscopia, radiografia ou TC de
abdome.
Formadores de volume > Palha de
spagulha, metilcelulose, ágar. Não
são absorvidas e formam polímeros.
Osmóticos > sulfato de magnésio e
hidróxido de magnésio > agem
rapidamente.
Sulfato de magnésio, sulfato de sódio,
leite de magnésio, manitol (colonoscopia).
Antidiarreicos > diarreia é uma manifestação que relata riscos, logo, inibindo, pode
aumentar absorção de substancias de forma sistêmica, desidratação.
Antiespasmóticos > anticolinérgicos, menor tônus da musculatura lisa.
Na diarreia, deve-se manter o equilíbrio hidroeletrolítico, combater a causa que
comumente soa agentes infecciosos. Em situações mais extremas usar esses
medicamentos.
Opióides e antagonistas muscarínicos > Atropina, Escopolamina; Difenoxilato,
Loperamida, Codeína e Meperidina.
Na doença de Crohn > doença inflamatória do íleo terminal, ceco, colo ascendente >
medicamentos com os ácidos-
aminosalicílicos.
Sulfasalazina, ácido aminosalicílico.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Diuréticos e fármacos que atuam nos rins

Diuréticos aumentam o volume urinário, a maioria por inibição dos transportadores renais
de transporte de íons, logo, existe diminuição da reabsorção de sódio e outros íons, como
o cloro, fazendo com que esses íons entrem na urina em maior quantidade, junto com a
água para o equilíbrio osmótico. Existe mudança no PH. A composição iônica do sangue
da urina sofre modificações.
Ampla indicação em doenças renais, cardiovasculares e endócrinas, visto que ocorre uma
alteração da homeostase do sódio e água.
As classificações dos diuréticos dependem do local que modificam a excreção do sódio
no néfron. Os efeitos são preditos com a função do segmento.
Existem fármacos que somente atuam na excreção de água.
A eficácia diurética varia consideravelmente, relação com o potencial de alterar a
absorção de sódio. Os mais potentes são os de alça, alteram de 20 a 30 % a absorção de
sódio na alça de Henle. Os que inibem a anidrase carbônica são mais fracos.

Regulação normal dos líquidos e eletrólitos em cada região do néfron: Os rins filtram
no glomérulo a água e solutos do plasma, 180L/dia. A maior parte das substâncias são
recuperadas antes da excreção. A maioria dos diuréticos atuam no lúmen com exceção
dos antagonistas da aldosterona que entram na célula a partir do lado basolateral e ligam-
se a receptores citoplasmáticos.
No néfron, receptores de adenosina e prostaglandinas > agonistas e antagonistas podem
alterar a função renal diretamente e alterar a resposta aos diuréticos.
Adenosina > possui receptores A1 > arteríola aferente e tubo contorcido proximal >
função de diminuir o fluxo sanguíneo para o glomérulo – taxa de filtração glomerular
reduzida (vasoconstrição). Vão interferir no funcionamento dos diuréticos.
Prostaglandinas > E2 e I2 > diminuem a reabsorção de sódio no ramo ascendente espesso
da alça de Henle. Ação na arteríola aferente, pois causa vasodilatação > a inibição gera
vasoconstrição, menor será a taxa de filtração, o que pode gerar efeitos lesivos para os
rins e diminuição do efeito dos diuréticos com AINES.
20% do plasma > filtrado nos capilares do glomérulo > Cápsula de Bowman > livre de
proteínas mas com muitas substâncias de baixo peso molecular, com a mesma
concentração do plasma, como glicose, bicarbonato, aminoácidos, sódio, potássio e cloro.
Regulam a composição e o volume por uma reabsorção ativa, secreção de íons, reabsorção
passiva de água > 5 regiões: túbulo contorcido proximal, ramo descendente da alça de
Henle, ramo ascendente da alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo e ducto
coletor.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Líquido do néfron > glomérulo > filtrado


penetra no túbulo renal > TCP > Alça de
Henle > TCD (Macula densa do aparelho
justaglomerular) > DC (Reabsorção de
sódio e excreção de água).
Efeitos de ação > depende da região de
atuação de cada medicamento.

TCP > inibidores da anidrase carbônica > Acetazolamida;


Alça de Henle > diuréticos de alça, 20 a 30 % da absorção de sódio > Furosemida;
TCD > Tiazídicos > Hidroclorotiazida
Túbulo Coletor > poupadores de potássio, principalmente devido ao uso de diuréticos de
alça e tiazícos > hipocalemia
Excreção de água > osmótIcos > Manitol > excreção de sódio e água.
ADH > atua no túbulo coletor, aumenta a reabsorção de água > Diabetes insipidus>
diminuição do ADH > análogos do ADH > Desmopressina.
Elevação de ADH > Tumores > antagonistas de ADH > Conivaptan

Túbulo Contorcido Proximal e Reabsorção de Bicarbonato


Absorção de sódio, bicarbonato e secreção ativa e reabsorção
de ácidos e bases fracas. Maioria dos diuréticos são secretados
nessa região. Maior parte da absorção de glicose.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Local de reabsorção de aminoácidos, glicose, cátions.


90 % da absorção de Bicarbonato
60 a 70% de Sódio e Cálcio
O ultrafiltrado > bicarbonato está ionizado, podendo originar H2CO3 no lúmen. No
epitélio do lúmen > anidrase carbônica > desidrata o ácido carbônico em água e gás
carbônico. Água vai ser eliminada na urina e o CO2 vai para dentro da célula tubular
proximal.
Dentro da célula, o CO2 > anidrase carbônica > formação de ácido carbônico, H2CO3 >
nova dissociação em bicarbonato (muito hidrossolúvel, não atravessa a membrana) e H+.
Presença da bomba de sódio e potássio; NHE3 (absorção de sódio > troca por hidrogênio
que foi derivado do ácido carbônico – SÓDIO entrando para dentro da célula, hidrogênio
para o lúmen, para formar ácido carbônico).
Bicarbonato > interstício > transporte concomitante com o sódio (absorção junta)
Trocador de base, em geral o bicarbonato, por cloro. Bicarbonato para o lúmen, entrada
de cloro.
Co-transporte de glicose e sódio > SGIT2 > absorção junta, glicose e sódio. Tratamento
de Diabetes Mellitus > inibição > mais glicose sendo perdida no lúmen. Pode aumentar o
risco de infecções urinárias.

INIBIÇÃO DA ANIDRASE CARBÔNICA > ACETAZOLAMIDA > mesmo que o H+


se ligue ao bicarbonato e forme ácido carbônico, ele não é dissociado, não há absorção de
CO2 na célula tubular. Caso algum CO2 ainda entre, ele não será hidratado em ácido
carbônico.
Não há formação de bicarbonato na célula tubular > perda de bicarbonato na urina > PH
alcalino na urina e PH ácido no sangue > acidose metabólica.
Sem a formação de H+ > NHE3 não absorve sódio, o sódio será perdido na urina.
Perda de potássio, pode acompanhar o bicarbonato, acúmulo de muitas cargas negativas
no lúmen > hipocalemia.

Acetazolamina > menor eficazes que os de alça. Inibem anidrase carbônica no


citoplasma da célula tubular e no epitélio tubular proximal. Diminui a capacidade de troca
de sódio e hidrogênio > diurese; perda de potássio por grande quantidade de sódio no
túbulo coletor; Elevação do PH > bicarbonato. Efeito dura 3 dias. Não usado como
diurético.
A anidrase está presente no líquor e humor aquoso > bicarbonato. Assim,
diminuição da pressão intraocular e diminuição da pressão craniana.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Acidose Metabólica > Hiperventilação. Tratamento de doença aguda das


montanhas, previne fraquezas, falta de ar e edema cerebral.
Tratamento de glaucoma agudo.
Causa acidose metabólica > uso em edema com alcalose metabólica; ou em casos de
gota para evitar cálculos de ácido urino pois o PH urinário fica alcalino.
Efeitos: acidose metabólica, hipocalemia, pode aumentar a formação de cálculos de
cálcio, sonolência. Evitar em pacientes com cirrose, pois diminui a excreção de amônia >
encefalopatia hepática. Chance de alergia cruzadas com sulfonamidas, hipogliceminates
e antibacterianos (sulfas)

Ramo Ascendente espesso da Alça de Henle


Local de atuação dos diuréticos de alça.
Co-transporte de sódio, potássio e cloro pelo
carreador NKCC2. Fornece parte do gradiente de
concentração do mecanismo de contra corrente
Bomba de Sódio Potássio
20 a 30 % do sódio filtrado.
Saída de potássio para o lúmen > canal seletivo >
criação de um potencial positivo > repulsão de
magnésio e cálcio > reabsorção desses odis íons no
espaço paracelular.
FUROSEMIDA > inibição do NKCC2 > sem entrada de sódio, potássio e cloro > perda
dos íons na urina. Como o potássio não esta sendo absorvido > sem tendência de sair para
o lúmen pelo canal seletivo, sem absorção de magnésio e cálcio > perdidos na urina.
Perda de sódio, potássio, magnésio e cálcio na urina.
Furosemida, bumetanida, torsemida e ácido etacrínico > diuréticos de alça : maior eficácia
para mobilizar sódio e cloro do organismo.
Inibem a NKCC2 na membrana luminal do ramo ascendente. Atuam rapidamente, mesmo
em pacientes com função renal diminuída.
Podem aumentar o fluxo de sangue nos rins > aumento da síntese de prostaglandina >
dilatação da arteríola aferentes, os AINES podem diminuir a ação desses agentes. Curta
duração, cerca de 4 horas, diurese com muito sódio e cloro > diminuição do volume
sanguíneo e edema.
Redução da absorção de cálcio e magnésio.
Diminuição da absorção de sódio > muito sódio chega no tubo coleto > onde atua a
aldosterona > absorção de sódio com a água em troca de K e H+ > alcalose hipocalêmica.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Podem reduzir a pressão vascular pulmonar; agravamento de gota por redução da


excreção de ácido úrico.

São utilizados para tratamento do edema pulmonar agudo, além do edema periférico
agudo ou crônico (ICC, ascite, cirrose).
Podem ser administrados via IV > ação rápida.
Diuréticos de alça + hidratação: tratamento de hipercalcemia, estimulam a perda tubular
de cálcio. Podem ser usar na hipercalemia.
Diuréticos de alça + tiazídico: Hipertensão Arterial
Efeitos: ototoxicidade (junto com antimicrobianos aminoglicosídeos), aumento do ácido
úrico (Furosemida e ácido etacrínico > bloqueiam secreção > piora ataque de gota),
hipotensão, choque, arritmias cardíacas, hipocalemia, alcalose metabólica hipocalêmica
(uso de diuréticos poupadores de potássio ou reposição), o uso crônico com baixa ingestão
de magnésio > hipomagnesemia.

Túbulo Contorcido Distal > reabsorção de sódio e cloro a partir


do lúmen pelo transportador NCC.
5 a 8% de reabsorção de filtrado de sódio
Reabsorção de cálcio sobre o controle do PTH > a partir do lúmen,
entra na célula > circulação através do trocador sódio-cálcio,
sódio entra e cálcio sai.
Diurético que inibe a NCC > sem absorção de sódio para a célula
do TCD > gradiente favorável para entrada dentro da célula,
ocorre >>> hipercalcemia.
Aldosterona permite maior absorção de sódio e excreção de
hidrogênio > hipercalemia e alcalose metabólica.
Mais amplamente utilizados, maioria derivados das sulfonamidas.
Efeito diurético máximo semelhante. Teto baixo > mesmo em
elevadas doses > sem aumento de resposta.
Clorotiazida > primeiro por via oral para o edema grave da cirrose e IC.
Clortalidona, indapamida, metolazona > tiazídicos não verdadeiros.
HIDROCLOROTIAZIDA > mais potente, mas semelhante ação. Atua na região cortical
da alça de Henle e no TCD > diminuindo a reabsorção de sódio por inibição do co-
transportador de sódio-cloro na membrana luminal dos tubos. Ao diminuir a absorção de
sódio e cloro > aumentam a concentração desses íons no líquido tubular. O local de ação
é a membrana luminal, precisam ser excretados para o lúmen luminal > com função renal
diminuída existe perda de eficácia. Eficácia pode diminuir com uso de AINES.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Aumentam a excreção de sódio e cloro > diminuem o volume sanguíneo;


Como aumentam o sódio no infiltrado que chega ao TCD e coletor > mais potássio e
hidrogênio é trocado pelo sódio pela aldosterona > perda de potássio > medir com
frequência para evitar hipocalemia. Pode haver deficiência de magnésio.
Diminuem cálcio na urina, absorção no TCD, pelo PTH. Efeito contrário aos diuréticos
de alça.
Observa-se redução da PA e do volume sanguíneo > menor débito > depois > volume
volta mas há redução da PA > diminuição da RVP, relaxamento do m.liso, vasodilata.
Ação de 6 a 12 horas.
Podem ser usados junto aos de alça > ICC

Uso clínico: tratamento da hipertensão (leve a moderada – reduz RVP sem grande efeito
diurético, pode ser necessária o uso de outros medicamentos, como B bloqueadores,
inibidores de ECA ou do receptor de angiotensina);
Os tiazídicos podem ser usados em ICC;
Tratamento de hipercalciúria idopática, pode formar cálculos de cálcio > inibem a
excreção urinária de cálcio.
Podem ser uteis em diabetes insipidus nefrogênica > urina hiperosmolar > de 11 litros
para 3

Efeitos colaterais> hipocalemia (arritmias, com digoxina; consumo de dietas com frutas
cítricas, bananas, ameixas.), hiponatremia; diminuem o volume > SRAA > contribui para
perda de potássio (espironolactona > poupadores de potássio); hipernatremia > pode
aumentar o ADH, aumento da sede; aumentam o ácido úrico sérico> ataques de gota;
hipercalcemia; intolerância à glicose > resistência e secreção; hipertrigliceridemia;
alergia cruzada.

Túbulo Coletor > região responsável por 2 a 5 % da


reabsorção de sódio, controlada pela aldosterona. Canal
ENaC > absorção de sódio, em troca, saída de potássio e
hidrogênio. Na ação da aldosterona, o sódio é absorvido em
troca de potássio (principais) ou hidrogênio (intercaladas).
Local primário de acidificação da urina > os poupadores de
potássio > receptor da aldosterona ou através do ENaC.
Sódio Potássio ATPase;
Parte medular > reabsorção de água pelo ADH.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Antagonista da aldosterona ou bloqueador do canal > sódio não será absorvido e potássio
e hidrogênio não serão secretados > acidose metabólica e hipercalemia.

Os diuréticos poupadores de potássio vão atuar no túbulo coletor inibindo a reabsorção


de sódio e a excreção de potássio e hidrogênio > hipertensão com associação de tiazídicos;
IC, com antagonistas da aldosterona.
Aumentam os níveis séricos de potássio > observar os níveis > hipercalemia > evitar em
uso de disfunção renal.

Espironolactona e Eplerenona: derivado esteroide que inibe a ação da aldosterona no


receptor intracelular citoplasmático > inativa o complexo espironolactona e receptor >
impedimento da translocação para o núcleo da célula alvo (receptores intracelulares); ao
ir para o núcleo > aumento da produção de proteínas que estimulam os locais de troca de
sódio e potássio > ao usar o medicamento > impedimento da translocação do complexo
> bloqueia síntese do canal de sódio do túbulo coletor e diminuição do estímulo da sódio-
potássio ATPase > impede a secreção de sódio e deixa de excretar potássio e hidrogênio.
A eplerenona > antagonista da aldosterona, menos efeitos endócrinos.
Em pacientes com edema > níveis de aldosterona elevados > retenção de sódio > como
ela antagoniza a aldosterona > excreção de sódio e retenção de potássio.
Reduzidos de efeito com AINES.
Redução da expressão deos genes que codificam o ENaC e a Bomba de Sódio e Potássio.
Início de ação lento e duração de 24 a 72 horas.

Triantereno e Amilorida: bloqueio do canal de ENaC > duração de 12 a 24 horas.

Efeitos> mais excreção de sódio e redução de excreção de potássio e hidrogênio na urina


> pode causar acidose metabólica hipercalêmica.

Usados com associação de tiazídico para diminui a hipocalemia;


Para tratar a alcalose metabólica secundária ao Hiperaldosteronismo secundário > ICC,
cirrose, desnutrição, síndrome nefrótica.
Espironolactona > prevenção do remodelamento que ocorre como compensação da
insuficiência cardíaca progressiva, reduz a mortalidade, com FE reduzida.
Hipertensão resistente > podem responder aos antagonistas de aldosterona;
Bom para reduzir o acúmulo de líquido.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Síndrome do ovário policístico > bloqueio receptor de androgênio > inibe síntese de
esteroides; podem diminuir acne.

Efeitos Colaterais> hipercalemia > cuidados com o uso de inibidor da ECA e bloqueador
da AII
Similaridade com esteroides sexuais, pode gerar ginecomastia e irregularidades
menstruais > menor para epleronona.
Podem aumentar ácido úrico, hipercalemia, cálculos renais.

Diuréticos osmóticos > filtrados pelos glomérulos e geram diurese, como o manitol e a
uréia > sofrem pouco ou nenhuma reabsorção > aumentam o débito urinário > maior será
a osmolaridade do líquido tubular e menor reabsorção de água, somente um pouco de
sódio é excretado.
Usados para aumentar a excreção de água, não são úteis para ICC.
Podem ser usados para manter o fluxo urinário em ingestão de tóxicos que geram
insuficiência renal.
Tratamento para aumento de pressão intracraniana > IV > aumentam a osmolaridade do
líquido extracelular, puxando água das células > diminuição do edema cerebral >
hiponatremia > hipernatremia.
Manitol não é absorvido por via oral, somente intravenosa.

Túbulo proximal > transportador para reabsorção de


glicose > SGLT2 > baixa afinidade de glicose, alta
capacidade de transporte.
Quando o sódio é absorvido, será junto à glicose através
do transportador. Existem fármacos que inibem o
transportador > usados em casos iniciais de diabetes pois
aumenta a sua excreção na urina.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Agonistas e Antagonistas do ADH > o ADH atua em receptores


de V1 (vasos) e V2 ( células tubulares renais no túbulo coletor
medular > acoplado à GS > mais APC cíclico > aumenta a
produção de aquaporinas no lúmen do túbulo coletor > água
absorvida a favor de um gradiente > concentra a urina na região do
túbulo coletor medular.)

Agonistas > ADH e Desmopressina > facilitam a reabsorção de


água no túbulo coletor ativando receptores de V2 acoplados a
proteína Gs > aumento do AMPc provoca a inserção adicional de
canais de água (AQP2) no lúmen.

Tumores podem aumentar os níveis de ADH

Antagonistas: Conivaptan (inibe V1 e V2), Tolvaptan (V2), Demeclociclina, lítio


Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Antihipertensivos
A hipertensão é uma doença crônica, multifatorial, assintomática em sua maioria, que
compromete o equilíbrio entre substâncias vasodilatadoras e vasoconstritoras, levando a
um aumento da tensão nos vasos, podendo comprometer a irrigação dos tecidos e
provocar dano aos órgãos por eles irrigados.
A prevalência aumenta com o envelhecimento > entre 40 e 49 anos – 20%, 50 a 59-44%
e após 80-66%. Importância de condutas de prevenção ou tratamento precoce para evitar
as complicações.
Diagnóstico > realizar a medida da PA em toda avaliação; mínimo de duas medidas com
intervalo de 2 minutos; na primeira, verificar os dois membros. Em idosos, diabéticos e
pacientes com uso de medicação anti-hipertensiva > verificar PA em ortostatismo,
hipotensão postural é um dos principais efeitos colaterais.

Pressão arterial sistólica maior que 140; ou diastólica maior que 90.
Mais de 90 % > hipertensão essencial, sem uma causa identificada. A existência na
família aumenta a possibilidade de desenvolver; aumenta com a idade, mas diminui com
atividade física. Diabetes, obesidade, estresse, muito sódio, tabagismo, alguns
medicamentos > predisposição.
A crônica pode causar doenças cardíacas e AVC. Além disso, doença renal crônica e
insuficiência cardíaca > redução drástica com tratamento precoce.
Complicações > Hipertrofia ventricular esquerda, que pode evoluir para insuficiência
cardíaca congestiva; AVC hemorrágico e isquêmico; obstrução de coronárias > infarto;
retinopatia hipertensiva > fundo de olho; nefropatia hipertensiva. No exame de fundo de
olho > avaliação da retina e inferência da vascularização dos vasos renais.
Os sintomas normalmente ocorrem em pressão muito elevada > dores no peito,
palpitação, dispneia, perda de memória, palidez, problemas urinários, dor de cabeça,
tonturas, fraquezas, sangramento nasal, visão embaçada.

PA=DC X RVP
DC=VS X FC
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A causa é o aumento do tônus da musculatura lisa dos vasos periféricos > constrição >
aterosclerose, coágulos, perda da elasticidade, isquemia. Aumento da resistência
arteriolar e redução da capacidade do sistema venoso.
Os fatores reguladores > o DC e a RVP > barorreflexos (curto prazo) e sistema renina-
angiotensina-aldosterona (médio e longo prazo).
Os controles adequam a perfusão sem causar danos ao endotélio.
Barorreflexos > atuam no SNS, atuam rápido. Neurônios sensíveis a pressão nos
barorreceptores do arco aórtico e seio carotídeo > medula espinhal > resposta reflexa de
aumento do estímulo simpático para coração e vasos > vasoconstrição e aumento de
débito > maior PA.
Rins > ajustam o volume sanguíneo. Os barorreceptores dos rins respondem a PA
reduzida; a estimulação simpática de B1 > renina.
Baixa de sódio ou perda > aumentam liberação de renina > angiotensinogênio >
angiotensina 1 > ECA > angiotensina 2 > vasoconstritor, contrai arteríolas e veias.
Angiotensina 2 > vasoconstrição em arteríolas eferentes do glomérulo > aumenta a
filtração glomerular; aumenta a secreção de aldosterona > aumenta reabsorção renal de
sódio e água > aumenta o volume sanguíneo. Efeitos mediadores por receptores da
angiotensina do tipo 1.
A estimulação do simpático em receptores B1 no aparelho justaglomerular > libere renina
> angiotensinogênio em angiotensina 1 > angiotensina 2.
Angiotensina 2 > vasoconstrição, aumenta aldosterona no córtex da adrenal. Atuando no
receptor AT1 a nível pré-sináptico do terminal nervoso noradrenérgico, atua de forma
positiva para liberar adrenalina. Atua a atividade simpática no coração > noradrenalina.
Receptores alfa 2, acoplado a Gi; receptores muscarínicos M2 > Gi > menor AMP >
menos noradrenalina.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Tratamento: Reduzir a morbidade e mortalidade, redução das doenças cardiovasculares.


Manter entre <140 e 90;
Sempre iniciar com o tratamento não medicamentoso > redução de peso; redução de
sódio, mais ingestão de potássio pelos diuréticos, reduzir álcool, parar de fumar,
exercícios, menos gorduras.
Sensibilidade ao sal > maior resposta dos vasos à vasoconstrição; mais prevalência de
hipertrofia ventricular, associação com microalbuminúria. Mais sensíveis, mais chance
de ter hipertensão arterial.
O consumo de álcool diário máximo é cerca de 30ml para homens e 15ml para mulheres.
Atividade física > protetor, hipotensão > diminuição simpática, mais excreção de sódio,
diminui a ação da renina plasmática, aumenta secreção de prostaglandina E, diminui
insulina, menor peso, menos resistência periférica à insulina.
Tratamento medicamentoso > oral, poucos efeitos colaterais, se possível única. Começa
com menores doses efetivas, aumenta gradativamente ou associa com classe; esperar 1
mês...
Quanto maior a dose, mais chances de efeitos
colaterais.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Inicia-se sempre o tratamento com diurético tiadízico, IECA,


BRA ou bloqueador de canal de cálcio. Um segundo pode ser
associado caso a pressão não for controlada.
A maioria dos fármacos > mecanismos reguladores
compensatórios > por isso as vezes é necessária uma associação,
assim, potencialização.

Fármacos Simpaticolíticos
Redução direta ou indireta da atividade simpática
DE AÇÃO CENTRAL - Metildopa, Clonidina
DE AÇÃO CENTRAL DE 2ª GERAÇÃO - Rilmenidina, Moxonidina
BLOQUEADORES GANGLIONARES - Mecamilamina, Trimetafan
BLOQUEADORES ADRENÉRGICOS - Reserpina, Guanetidina
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES ADRENÉRGICOS alfa - Prazosina ...........
beta - Propranolol .............
alfa/beta – Labetalol

Antagonistas não seletivos de receptores alfa-adrenérgicos > causam vasodilatação,


mas são pouco eficazes e com vários efeitos colaterais.
A fenoxibenzamina (irreversível, ligação covalente) e fentolamina (competitivo) são
compostos que bloqueiam os receptores α1 e α2-adrenérgicos. Podem ser usados para
produzir vasodilatação no tratamento da hipertensão. Estes fármacos já estão obsoletos
para este fim. Preparo do paciente com feocromocitoma.
Efeitos colaterais: hipotensão postural; aumento do débito cardíaco e da frequência
cardíaca por resposta reflexa (mediada por receptores β).

Antagonistas de receptores alfa 1 adrenérgicos > Os fármacos prazosina, doxazosina


e terazosina são antagonistas seletivos do receptor α1-adrenérgico. A doxazosina e
terazosina apresentam um tempo de meia-vida mais longo, podendo ser administrado uma
vez ao dia. Estes fármacos podem causar hipotensão postural e impotência sexual.
Eles causam vasodilatação e queda da pressão arterial, porém causam menos taquicardia
do que os antagonistas não seletivos. Isso ocorre porque não aumentam a liberação de NA
pelas terminações nervosas. Usados na hiperplasia benigna da próstata. Diminuição da
eficácia com o tempo. Baixa redução da PA, eventos adversos. Podem ser usados em
refratários...
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Fármacos que afetam a liberação de noradrenalina > A metildopa é uma fármaco que
ainda é usado na hipertensão durante a gravidez. Ela é captada pelos neurônios e então
convertida no falso transmissor α-metilnoradrenalina. A α-metilnoradrenalina não sobre
degradação pela MAO, se acumulando nos terminais sinápticos e deslocando a NA das
vesículas. Quando é liberada, a α-metilnoradrenalina atua sobre receptores α2-
adrenérgicos pré-sinápticos, inibindo a liberação de noradrenalina.
Ambos os efeitos contribuem para redução da ativação de receptores α1-adrenérgicos e o
efeito hipotensor. Pode causar hepatotoxicidade e anemia hemolítica autoimune.

METILDOPA > Reduz a PA por reduzir a RVP; Pouco efeito sobre o DC e a FC; Pouca
hipotensão postural; “Pseudotolerância” – retenção de sais e líquidos - associação com
um diurético. Várias doses diárias; usadas em gestantes.
Toxicidade e efeitos colaterais:
 Sedação, depressão
 Redução da acuidade mental / esquecimento
 Distúrbios do sono
 Cefaléia
 Impotência, diarréia, visão embaçada
 Bradicardia
 Hipersensibilidade do seio carotídeo
 Anemia hemolítica (raramente)

Agonistas alfa afrenérgicos > A clonidina é um agonista dos receptores α-adrenérgicos


(pré-sinápticos) com maior afinidade por receptores α2 que por α1. Estimula
seletivamente os receptores pré-sinápticos que atuam como sensores dos níveis de
catecolamina. Também apresentam uma ação central.
É usado historicamente como agente anti-hipertensivo.
Tratamento dos sintomas associados a abstinência de drogas
Efeitos adversos:
• Hipotensão ortostática;
• Bradicardia
• Sonolência;
• Boca seca
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Clonidina > não é a primeira escolha, usada em hipertensão que não responde ao
tratamento de 2 ou mais fármacos. Útil em hipertensão complicada por doença renal.
Podem ser transdérmicos, mas maioria via oral.
Redução da PA decorre de:
–  FC
– Relaxamento de vasos de capacitância
–  RVP principalmente na posição ereta
 Fluxo sanguíneo renal é mantido
 Há retenção de sais e líquidos
– associar com um diurético
Toxicidade e efeitos colaterais:
 Sedação, depressão
 Disfunção sexual
 Bradicardia
 Dermatite de contato
 Interação com antidepressivos tricíclicos (bloq. )
 Crise hipertensiva na suspensão abrupta > deve ser retirado lentamente.

Resumo > Ação Central: Alfa 2 agonistas


– Alfametildopa
250 – 1500 mg / dia
– Clonidina
0,1 – 0,6 mg / dia
Tomadas diárias: 2
Mecanismo de ação
Atuam nos receptores pré-sinápticos do SNC, reduzindo a descarga simpática
Efeitos Indesejáveis
– Sedação, boca seca, fadiga, sonolência, hipotensão ortostática,
impotência, disfunção hepática (AMT), anemia hemolítica (AMT) e
hipertensão rebote.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Antagonistas de receptores alfa e beta adrenérgicos


O labetolol e o carvedilol são fármacos mistos que bloqueiam de receptores α e β-
adrenérgicos, embora clinicamente sejam mais seletivos para receptores β. São capazes
de causar vasodilatação ao nível periférico e combate os efeitos reflexos no coração.
Possuem 4 isômeros (2 alfa e 2 beta)
O carvedilol é usado principalmente no tratamento da hipertensão e insuficiência
cardíaca. Bloqueia receptores beta, e, alfa 1 bloqueados > vasodilatação, por isso, bom
para ICC.
O labetolol é usado na hipertensão durante a gravidez (hipertensão gestacional). Pode
causar lesão hepática.

Beta Bloqueadores
Não é a primeira linha no tratamento. Bom para fibrilação, infarto, ICC crônica, infarto.
Devem ser administrados com cuidados em asmáticos, mesmo os seletivos. Os não
seletivos > propranolol, contraindicado, bloqueio da broncodilatação (B2)
Propanolol > atua em B1 e B2
Atenolol e Metoprolol > atua em B1
Nebivolol > atua em B1 e libera NO > vasodilatação.
Redução da produção e liberação de renina pelas células justaglomerulares do rim;
Redução do débito cardíaco; Redução central da atividade simpática. Não alteram a
pressão arterial em normotensos.
Pode diminuir HDL e aumentar lipídeos.
Bloqueio B > menor ativação de B1 no coração > menor força de contração e FC >
diminuição do débito. A longo prazo, diminui a liberação de renina, receptores B1 que
liberam renina > menor será a RVP > menor PA. A diminuição da angiotensina II > menos
aldosterona, menor retenção de sódio e água > menor volume sanguíneo.
Devem ser reduzidos gradual em HAS e doença cardíacas, por causa do UP-regulation.

Resumo > Betabloqueadores


– Propranolol
40 – 240 mg / 2 à 3 x dia
– Atenolol
25 – 100 mg / 2 x ao dia
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

- Metoprolol
- Nebivolol: vasodilatador direto por liberação de NO
Ação e Usos
– Diminuição das catecolaminas
– Reduz a secreção de renina
– Diminuição da RVP
– HAS em brancos e jovens
Efeitos indesejáveis
– Broncoespasmo
– Bradicardia
– Pesadelos
– Disfunção sexual
– Depressão miocárdica
– Depressão psíquica
– Fadiga e letargia
– Hipoglicemia
– Redução do HDL

Bloqueadores do Canal de Cálcio


 agem como antagonista, impedindo a passagem de Ca++ para dentro das células
musculares se ligando aos canais de Ca++ que ficam no coração, na musculatura
lisa das artérias coronarianas e das artérias periféricas.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Resultado: Relaxamento da musculatura lisa dos vasos, dilatando as arteríolas


Obs: A passagem normal de Ca++ para o interior da célula favorece a contração da
musculatura lisa do miocárdio e aumento da pressão sanguínea.

 Vasodilatadores predominantemente arteriolar.


 Dilatam as coronárias. Relaxam mm lisa TGI e trato respiratório. Não atuam no
musculo esquelético
 Dihidropiridinas (DHP): anlodipina, nifedipina, isradipina, felodipina.
Taquicardia leve a moderada reflexa. Aumento do RV, pré carga e débito
cardíaco. Atuam mais nas arteríolas, vasodiltação periférica.
 Não dihidropiridinas: como verapamil e diltiazem. Efeito cronotrópico negativo:
sem taquicardia reflexa. Não aumentam o débito cardíaco. Atuam em canais de
cálcio do coração e no sistema de condução. Melhores para arritmias. O
Verapamil, em pacientes com ICC > diminuem o inotropismo, pode sofrer uma
descompensação cardíaca.

Nifedipina > Atuam em arteríolas periféricas e coronárias. Melhor para o tratamento da


HAS. Tem sido abandonada. inicio rápido em 20 min (pode causar queda rápida da PA

com taquicardia (isquemia coronariana). Meia vida curta: 4 horas. Usa-se a


Anlodipina!!!
Verapamil > atuam na atividade cardíaca, deprimindo o nó SA e AV
Diltiazem > intermediario
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Apresentam meia vida curta, grande efeito de primeria passagem.


Anlodipina > meia vida longa, uma dose diária. pKa 8,7 (ionizada no pH 7,4: ligação
com alta afinidade às membranas celulares: pico de concentração plasmática tardio e
metabolismo hepático lento): Início mais lento (menos taquicardia reflexa e risco de
isquemia coronariana)

Assim, os Antagonistas dos canais de cálcio


 Hipertensos negros, idosos. Evitar na gravidez
 Angina de esforço e vasoespástica
 Doença vascular periférica e asmáticos
 Taquicardia supraventricular: verapamil e diltiazem
 Trabalho de parto, enxaqueca, AVC e fenomeno de Raynaud
 Cuidado com o uso de Nifedipina em coronariopatas
 Cuidado no paciente com ICC, bloqueio AV e depressão do no sinusal: verapamil
e diltiazem

Resumo > Se usar antagonista dos canais de cálcio:


Amlodipina
– 2,5 – 10 mg /1 x ao dia
– Meia vida: 40 horas
Ação:
– Redução da RVP por diminuição da concentração de Ca++ nas células
musculares lisas vasculares
Efeitos Indesejáveis
– Cefaléia
– Tontura e náusea
– Rubor facial
– Edema periférico
– Hipertrofia gengival
– Fadiga
– Constipação (verapamil principalmente)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Fármacos que diminuem Angiotensina II ou que bloqueiam seus receptores


Inbidores da ECA
Inibidores da ECA > Diminuem a RVP, bloqueia a
ECA, para não formar a angiotensina II. Ela também
degrada Bradicinina > NO e prostaciclinas são
vasodilatadores…;
Aumentam bradicinina > vasodilatação das arteríolas e
veias > vasodiltação!
Diminuem aldosterona menor retenção de água e sódio >
diminuição da pré e pós carga.
Efeito collateral > acúmulo de bradicinina > tosse seca…
Angiotensina II > AT1 > HAS, aterosclerose,
hipertrofias…
Bem usados em ICC…

Tosse > não presente em inbidores de at1, pois não alteram os níveis de bradicinina.

Soemnte presente em inibidores da ECA.

Alisquireno > inibidor seletivo da renina > atua precocemente, antes dos inibidores da
ECA e angio II. Não é de primeira escolha. Pode causar diarreia, tosse, angioedema. Não
pode ser usadas em grávidas > teratogênese e mal formações fetais.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Moléculas ativas (Atuam diretamente)


• Captopril: metabólito ativo > Pode ser usado em emergências >
SUBLINGUAL > EFEITO rápido em crise hipertensiva.
• Lisinopril: excretado de forma inalterada pelos rins
Profármacos (metabolismo hepático para sua ativação) > inúteis em insuficiências
hepáticas
• Enalapril: convertido em enaprilato
• Ramipril: convertido em ramiprilato

Resumo dos Inibidores de ECA >


Captopril
– 25 – 150 mg
2 a 3 vezes ao dia
Enalapril
– 5 – 40 mg
1 a 2 x ao dia
Ação:
– Inibe a enzima conversora, bloqueando a transformação de Angiotensina
I em II. Aumenta a produção de bradicinina
Efeitos indesejáveis
– Tosse seca
– Alterações do paladar
– Edema angioneurótico

IECA > São muitas vezes os de primeira escolha pelos baixos efeitos colaterais > Não
produzem taquicardia reflexa e alterações do ritmo. Não alteram o metabolismo de
carboidratos e lipídeos. A hipotensão é mais frequente no paciente com hiperrenemia,
hipovolêmico, desidratado, idoso. Contra indicado em gestantes: lesão renal fetal e má
formações.

 Diminuição da incidencia de cardiopatia: Regressão da hipertrofia ventricular


esquerda. Diminuição da mortalidade global em pacientes hipertensos com IAM
recente
 Diminuição da recorrência de AVC em conjunto com diuréticos.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

 Diminuição da progressão da nefropatia em diabéticos e não diabéticos.


Diminuição da proteinúria em diabéticos
 Melhora da função endotelial e diminuição da incidência de eventos
cardiovasculares em diabéticos.
 Melhora da função miocárdica em pacientes com ICC (aumenta a sobrevida;
diminui a fibrose miocárdica)

 Uso Terapêutico: HAS em pacientes hipertensos brancos e jovens; ICC; IAM e


IRC
 Efeitos adversos
Dose dependente: hipotensão, hipercalemia, alteração da função renal em pacientes com
lesão renal prévia (principalmente com estenose bilateral da art. Renal)
Dose independente: tosse seca e não irritativa (5-20%), angioedema (0,1-0,2%;
acumulo de bradicinina, substância P e PGs; tratamento imediato); exantema cutâneo
(captopril); alteração do paladar; neutropenia. Os níveis de potássio devem ser mantidos,
uso de diurpeticos poupadores de potássio em alguns casos. Não usar em gestantes.
Nos pacientes com estenose renal bilateral, a função renal pode depender da atividade
aumentada da angiotensina II, visto que os níveis elevados de angiotensina II mantêm a
TFG através de constrição preferencial da arteríola eferente. Por esse motivo, a estenose
bilateral da artéria renal constitui uma contra-indicação para a terapia com inibidores da
ECA
Primeira escolha em ICC em HAS com doença renal crônica; doença coronariana.

Antagonistas da Angiotensina II
Inibidores competitivos dos receptores da AII tipo 1, predominando nos vasos, miocárdio,
cérebro, rins e suprarrenal
Embora a ligação seja reversível a dissociação é lenta comportando-se como antagonistas
não competitivos
O losartan possui uma ligação irreversível no receptor
 Ex.: Losartan, Valsartan, Candersartan
 O bloqueio do receptor em diferentes locais diminui a contração do músculo liso
vascular, liberação de noradrenalina e aldosterona.
 Inibem a atividade do SRAA com maior eficácia que os IECA pois afetam outras
vias alternativas de síntese da AII
 Inibem o receptor de forma independente da síntese de AII
 Não aumentam os níveis de bradicininas: menor tosse e angioedema.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Possíveis efeitos secundários: melhora da ICC; proteção do AVC (antiagregante),


redução do ácido úrico; diabetes e fibrilação atrial.

Podem ser usados em primeira escolha > diabéticos, insuficiência cardíaca, doença renal
crônica.
Resumo
Losartana
– 50 – 100 mg ( 1 x dia)
Valsartan
– 80 – 160 mg ( 1 x dia )
Ação:
– Antagonizam a ação da angiotensina II, bloqueando especificamente os
seus receptores.
Efeitos Indesejáveis
– Tontura
– Hipotensão
– Hipercalemia
– Reação cutânea- “rash”
– Alteração da função renal em pacientes com lesão prévia
– Contra indicados na gestante: lesão renal fetal
Não usar em gestantes.

Fármacos que afetam o armazenamento de noradrenalina > não mais usados.


A reserpina inibe irreversivelmente a captação de noradrenalina pelas vesículas
presentes nas terminações nervosas, o que provoca a destruição de noradrenalina pela
MAO e COMT (doses baixas e uso crônico)
Uso agudo em altas doses iniciais pode agir como simpaticomimético transitório por
ultrapassar o metabolismo pela MAO
A reserpina interfere não só com a noradrenalina mas também das outras monoaminas
(dopamina, adrenalina e serotonina).
A reserpina reduz a pressão arterial, porém causa depressão profunda que pode levar ao
suicídio.
Bloqueadores de neurônios adrenérgicos
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A guanetidina inibe a liberação de noradrenalina pelas terminações nervosas simpáticas,


mas não alteram a liberação de catecolaminas na circulação. Tem poucas ações sobre a
medula suprarrenal (adrenalina) e outras terminações nervosas.
É captada pela NET e VMAT e se acumula nas terminações sinápticas e dentro
das vesículas. Uma vez liberada nas sinapses, não atuam como transmissor.
Tem efeito anti-hipertensivo, porém causa degeneração dos neurônios simpáticos. Tem
como efeitos colaterais a hipotensão postural, diarreia, congestão nasal e disfunção
ejaculatória.

TRIMETAFAM: bloqueador ganglionar, usados em crises hipertensivas e hipotensão


controlada em cirurgias. Infusão intravenosa > SUBSTITUIDO PELO
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO!
Nos vasos, dominante é o SNS.
Farmacocinética:
 infusão IV lenta
 Efeito em 5 min, duração de 10 a 15 min
 Uso na crise hipertensiva, hipotensão controlada e em ensaios biológicos
Toxicidade e efeitos colaterais:
 Simpáticos: hipotensão, disfunção sexual,  sudorese
 Parassimpáticos: constipação, retenção urinária, glaucoma, visão turva, boca seca

Monoterapia Inicial
Diuréticos
Antag. Canais Ca
IECA
ARAII

Em respostas inadequadas > aumentar as doses ou adicionar uma segunda; se os efeitos


forem acentuados > substituir.
Resposta inadequada > segunda, terceira e quarta droga.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Vasodiltadores
Atuam no m.liso dos vasos ou endotélio, para diminuir o tônus vascular > tratamento de
hipertensão, principalmente em urgência e emergências, síndromes coronarianas agudas
(perfusão e consumo de oxigênio).
O tônus vascular constitui um regulador da perfusão dos tecidos, para oxigênio e
nutrientes. O equilíbrio entre oferta e demanda é essencial para o coração. O suprimento
de oxigênio ao miocárdio depende do tônus das coronárias; a demanda de oxigênio do
miocárdio depende do tônus das arteríolas sistêmicas, vasos de resistência e das veias
(recebem muito sangue, 75 a 85 %). A demanda depende da tensão da parede ventricular,
definida pelo raio da parede do ventrículo > quanto maior a pré-carga, maior a tensão da
parede ventricular > maior a demanda de oxigênio. Quanto maior o tônus das arteríolas >
maior a pós-carga > maior será o trabalho do coração > maior a tensão dentro da parede
ventricular > aumento do consumo de oxigênio. A diminuição da pré e pós carga >
diminui a tensão da parede ventricular > diminuição do consumo de oxigênio.
Arteríolas > resistência > pós-
carga.
Veias > capacitância; pré-
carga.
Pode-se aumentar o
suprimento, pela diminuição do
tônus > maior perfusão do
coração.

A dilatação das coronárias pode aumentar a FC >


Aumenta o consumo de oxigênio > taquicardia
reflexa, encurtamento do enchimento diastólico.
A contração das células musculares lisas depende da concentração de cálcio no
citoplasma. Canais de cálcio nas células muscular lisa, voltagem dependente.; canais
seletivos para o cálcio no retículo. O cálcio ativa a calmodulina > ativa uma cadeia leve
de miosina > fosforilada > interage com a actina Pontes cruzadas de actina-miosina >
contração.
Relaxamento > desfosforilar a miosina de cadeia leve; óxido nítrico no interior da
musculatura lisa> guanilil ciclase > converte GTP em GMP cíclico > ativa a miosina de
cadeia leve fosfatase > relaxamento. Mecanismo da nitroglicerina e nitroprussiato de
sódio.
Bloqueio dos canais de cálcio > menor cálcio > vasodilatação.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A contração e relaxamento > fatores vasodilatadores e vasoconstritores.


Cálcio > vasoconstrição; óxido nítrico > relaxamento.
Regulação da Tônus Vascular
• Endotélio Vascular: Óxido Nítrico e endotelina (contração)
• Sistema Nervoso Autônomo: receptores alfa-1 adrenérgicos (Gq > cálcio saindo
do RE> mais cálcio > vasoconstrição) e Beta-2 adrenérgicos (Gs > mais AMP
cíclico > vasodilatador)
• Mecanismos Neuro-Hormonais: adrenalina, angiotensia II; HAD (vasopressina)
• Mecanismos Locais: H+, CO2, O2, adenosina, lactato e K+
Não há inervação parassimpática nos vasos, somente simpática.
Baixa PO2 > dilatação; Acidose > vasodiltação, para melhorar a perfusão periférica do
tecido.

A produção de óxido nítrico > no endotélio > estimulada


pela bradicina e acetilcolina (receptors muscarínicos nos
vasos) > formação de segundos mensageiros > cálcio no
citosol ou saindo no RE > complexo com a calmodulina >
estímulo da óxido nítrico sintase endothelial (eNOS) >
formação de óxido nítrico a partir da L-arginina. Óxido
nítrico > células endotelial até a muscular lisa > guanilil
ciclase > relaxamento; pode ativar canais de potássio >
maioria dentro da célula > saída de potássio >
hiperpolarizada > relaxamento induzido pelo óxido nítrico.

Endotelina > vasoconstritor; pode limitar sua


vasoconstrição.
Endotelina > secretada no lado basal da células
endotelial > receptores A e B das células musculares
lisas > contração.
Células endotelial tem o receptor B > estímulo gera
outro estímulo para COX > ácido araquidônico >
prostaciclina > receptores tipo I > vasodiltação e
diminuição da agregação plaquetária; estimula também
a eNOS > formação de óxido nítrico > relaxamento.
Forma de limitar a vasoconstrição induzida pela endotelina.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Angiotensina II > AT1 > mais cálcio >


vasoconstrição.
Usando antagonista de AT1, como
Losartana ou inibidor da ECA >
vasodilatador.
Entrada de cálcio por canais voltagem-
depende > vasoconstrição.
Bloqueadores dos canais de cálcio > vasodilatação.
Ativadores do canal de potássio (ATP dependente) > hiperpolarizada
Noradrenalina > Gq > vasoconstrição > antagonistas de alfa 1 > vasodilata;
Antagonistas de receptores da endotelina > vasodilatação.

Inibidores da ECA > como o Captopril > inibem a inativação da bradicinina > liga-se no
receptor > estimula a eNOS > formação de óxido nítrico > relaxamento, vasodilatação.
Nitratos > formação de óxido nítrico no vaso da m.lisa > GMP cíclico > miosina de cadeia
leve fosfatase, retira o fosfato da miosina de cadeia leve > evita a contração >
relaxamento. Menor degradação dessas substâncias, como o sildenafil > vasodilatação.
Inibidores da fosfodiesterase do tipo V > uso com cuidado, pode haver taquicardia,
aumento do consumo de oxigênio, infartos...

Emergências Hipertensivas > Devem ser tratadas imediatamente com drogas de ação
rápida, administradas por via endovenosa, com monitorização rígida, objetivando redução
imediata da PA;
Sistólica maior que 180; diastólica acima de 120; lesões como AVC, infarto > lesão de
órgão alvo (sem elas, urgência hipertensiva).
Não pode diminuir de modo abrupto > limitar a lesão orgânica em órgãos alvo.
A principal droga usada é o nitroprussiato de sódio, um potente vasodilatador com ação
arterial e venosa. Pode-se usar nitroglicerina, hidralazina, agonistas da dopamina.
• Encefalopatia hipertensiva
• Edema agudo de pulmão
• Infarto do miocardio
• Dissecção da aorta
• Hemorragia intracraniana
• Eclâmpsia
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

• Sangramento pós-operatório
• Queimadura extensas
• Crises de feocromocitoma

Medicamentos que fazem relaxamento da musculatura lisa

ARTERIAL
– HIDRALAZINA (HIDRALAZINA®)
– MINOXIDIL (LONITEN®)
– DIAZÓXIDO (TENSURIL®)
ARTERIAL E VENOSO
– NITROPRUSSIATO DE SÓDIO (NIPRIDE®)
VENOSO
- NITRATOS ORGÂNICOS (TRIDIL®)

HIDRALAZINA
Primeiros anti-hipertensivos por via oral nos EUA;
- Pouco utilizada devido a taquicardia reflexa > pode-se associar beta-bloqueador
- Associada a simpaticolíticos e diuréticos, pois retém sódio e água
- HAS refratária a outros medicamentos
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

- Insuficiência cardíaca congestiva (em combinação com dinitrato de isossorbida);


reduz a tolerância aos nitratos, um dos efeitos colaterais.
- Pré-eclâmpsia ou eclâmpsia (fármaco seguro) > Seguro para emergências e
gestantes.
- Produz relaxamento direto do músculo liso arteriolar > VASODILATADOR
DIRETO.
- Interfere com ação do trifosfato de inositol, IP3, na liberação do cálcio do Reticulo
Sarcoplasmático.
Menos cálcio na célula > menor contração muscular!!!
Ações Celulares > Bloqueia o receptor IP3; Diminui o Ca 2+ na musculatura lisa do vaso
> relaxamento.
A vasodilatação provoca uma poderosa estimulação do SN Simpático e da atividade do
SRAA (cuidado em pacientes coronariopatas e com ICC > taquicardia reflexa, aumenta
o consumo de oxigênio e reduz a perfusão)
- Estimula liberação de Norepinefrina;
- Provoca aumento do DC;
- Não dilata as artérias coronárias epicárdicas;
- Não relaxa o músculo liso venoso.
Efeitos Hemodinâmicos >>> EFEITOS LIMITAM-SE AO SCV;
-Diminuição rápida da RVP e PA;
-Taquicardia reflexa;
-Aumento do DC;
-Aumento da TFG e fluxo sanguíneo renal

VIAS: Oral (Apresolina®; 25 e 50 mg) e Parenteral (Nepresol®, 20 mg/1 ml)


Rápido início de ação (5 a 15 minutos) e duração de 2 a 6 horas;
MEIA-VIDA: 1,5 A 3h
DOSE DIÁRIA: 50-200 mg; 2 a 4 vezes ao dia

É metabolizada no fígado e eliminada na urina, por isso, sua dose deve ser reduzida em
hepatopatas e em nefropatas
Rapidamente metabolizada pelo fígado: Grande efeito de primeira passagem hepática
Metabolização por acetilação: acetiladores rápidos (10% de biodisponibilidade);
acetiladores lentos (31%)
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Efeitos colaterais > Cefaléia; Rubor facial; Hipotensão; Tolerância e taquifilaxia;


Palpitações; Taquicardia reflexa
SÍNDROME DE LÚPUS INDUZIDA POR DROGA (artralgia, mialgia, erupções
cutâneas, febre): principalmente em acetiladores lentos; reversível

MINOXIDIL
A descoberta da ação hipotensora foi em 1965
Loniten®
Administrado por via oral em pacientes com formas graves e refratárias de hipertensão;
Não é a primeira opção, vários efeitos colaterais.
Pró-droga que metabolizada no fígado pela ação da Sulfotransferase transforma-se na
molécula ativa: sulfato de minoxidil;
Vasodilatador ativo por via oral
Dilata arteríolas e não dilata veias;

ATIVAÇÃO DOS CANAIS DE POTÁSSIO (CANAL DE K-SENSÍVEL AO ATP)


EFLUXO DE POTÁSSIO
HIPERPOLARIZAÇÃO CELULAR
Isso gera o relaxamento da musculatura lisa dos vasos, hipotensor.
A inibição dos canais de KATP no musculo liso vascular esta relacionado a Hipertensão e
Isquemia
Ativação dos canais de potássio > Efluxo deste íon

Efeitos Hemodinâmicos > Diminuição da RVP e PA; Taquicardia Reflexa; Aumento do


DC; Aumento discreto TFG e fluxo sanguíneo renal; Aumento da renina plasmática
Ao comparar com Hidralazina, o minoxidil retém sódio e líquido em maior intensidade >
usar com beta-bloqueador e diurético de alça;

Intervalo: 12 a 24h
Biotransformação hepática lenta: Metabólito ativo-sulfato de minoxidil
Eliminação renal
Efeito até 24h
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Indicação: hipertensão arterial grave


Indicação: Tratamento da calvície (Tópico), um dos seus efeitos colaterais é o
crescimento de pelos.
Efeitos colaterais: Cefaléia, rubor, Hipotensão, Taquicardia, Palpitações , Angina:
associar com beta bloqueadores, Edema, Hipertricose

DIAZÓDICO

• Derivado tiazídico sem propriedades diuréticas.


• Dilatador arteriolar de ação prolongada
• Administrado por via parenteral
• Provoca queda rápida da RVS e PAM.
• Taquicardia reflexa importante; Aumento do DC.
• Emergências hipertensivas

DERIVADO BENZOTIAZIDICO
SEMELHANTE AOS DIURÉTICOS TIAZIDICOS
Ativação dos canais de potássio > Efluxo deste íon
- Parenteral
- Efeito em 5 min
- Duração: 4 a 12 horas
- Dose 50-150 mg,
- Pacientes respondem a 3 a 4 doses;

Efeitos colaterais: Hipotensão excessiva: pode produzir acidente vascular cerebral e


infarto do miocárdio
Taquicardia reflexa e Angina;
Retenção de sódio (associar um diurético)
Hiperglicemia (usado como comprimido para tratamento da hipoglicemia, pela abertura
dos canais de potássio nas células Beta). Reduz a liberação de insulina: tratamento do
insulinoma.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

NITRATOS ORGÂNICOS
Trinitrato de gliceril: Nitroglicerina (NTG) — foi o primeiro nitrato orgânico a ser
empregado para alívio dos sintomas anginosos há mais de 100 anos.
Angina de peito estável; angina instável, IAM; HAS e ICC
São quimicamente reduzidos e liberam NO.
Dilatam preferencialmente as veias. Somente em altas concentrações dilatam as artérias
Diminuição da pré e pós-carga.

Liberação e formação de óxido nítrico!


Ao aumentar as doses, também dilatam as artérias.
A ativação requer ação enzimática.
Aumentam o nível de óxido nítrico > NO2 > enzimas
dentro e fora das células, redutoras, o que pode resultar
em uma seletividade tecidual > dilatam somente as
veias, as artérias somente em altas doses.
Um grande problema é que a pressão arterial não pode
cair muito > taquicardia reflexa > aumenta o consumo
de oxigênio.

Venodilatação: aumento da capacitância venosa, diminuição do RV, diminuição da


pressão e volume diastólicos finais do VD e VE: diminuição da pré-carga e da demanda
de O2 do miocárdio
Vasodilatação arterial: Diminuição da RVS, diminuição da tensão da parede ventricular
na sístole (pós carga): redução da demanda de O2 do miocardio (se não ocorrer taquicardia
reflexa)

Na circulação coronariana, a NTG dilata predominantemente as artérias epicárdicas de


grande calibre
Possui efeitos mínimos sobre os vasos de resistência coronarianos (arteríolas coronárias).
Não causa roubo coronariano como dipiridamol e adenosina que produzem intensa
dilatação dos vasos de resistência coronariana
Entretanto, o grau com que a vasodilatação das grandes artérias epicárdicas mediada pelo
nitrato é responsável pelos efeitos benéficos dos nitratos em pacientes com angina ainda
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

não está bem estabelecido. O déficit crônico de O2 do miocárdio em pacientes com


coronariopatia pode, através de um mecanismo auto-regulador, causar dilatação máxima
das artérias coronárias,de modo que os vasodilatadores podem não produzir nenhum
aumento adicional no fluxo sanguíneo coronariano.
Além disso, as artérias coronárias ateroscleróticas calcificadas e rígidas podem não exibir
complacência, mesmo com o uso de vasodilatadores das artérias coronárias.

Doses suficientes para produzir vasodilatação das artérias epicárdicas podem induzir
vasodilatação arteriolar periférica excessiva e hipotensão refratária: tonteira, vertigem,
síncope franca e isquemia do miocárdio.
A perfusão coronariana depende do gradiente de pressão entre a aorta e o endocárdio
durante a diástole: redução acentuada da pressão aórtica diastólica pode resultar em
suprimento insuficiente de O2 ao coração.

Exercem a ação nos vasos de capacitância, diminição da pré-carga > diminuição da


tensão no ventrículo > menor demanda por oxigênio. Ação preferencial nas veias.
Agindo nos vasos de resistência > diminui a pós-carga, diminui a demanda de oxigênio;
a dilatação das artérias epicárdicas > melhora perfusão.

• A hipotensão sistêmica leva a taquicardia reflexa (diminui o suprimento de O2 do


miocárdio (encurtamento da diastole > perfusão)
• A taquicardia reflexa também aumenta o consumo de O2 pelo miocárdio.
• Podem ser utilizados para diminuir a congestão pulmonar em pacientes com
insuficiência cardíaca produzindo venodilatação e diminuindo a pressão diastólica
final
Assim, a nitroglicerina e o dinitrato de isossorbida > metabolizados em moléculas com
maior meia vida.
• NTG e Dinitrato de isossorbida:
• Grande metabolismo hepático
• Baixa disponibilidade VO.
• NTG: oral; SL; IV; transdermico
• DNI: SL
• 5-MI: Alta disponibilidade VO;
• Efeito de longa duração.
• Posteriomente todos os metabolitos sofrem glicuronidação hepatica
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

NITROGLICERINA > Meia vida 5


min;
Dinitrato de Isossorbida > 60 min

Exposição a altos níveis > indústria de explosivos. Quando no local existe muito nitrato
orgânico volátil > depois da segunda > dor de cabeça e tonteira > doença da segunda feira
– tolerância. No fim de semana, tolerância para > voltam a cada segunda feira.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Taquifilaxia de diminuição da tolerância aos nitratos.


• Tolerância fisiológica: aumento reflexo do tônus vascular simpático e aumento da
retenção de sal e de água: tolerância fisiológica.
• Tolerância farmacológica: fenômeno importante e clinicamente relevante, que
limita de modo significativo a eficácia dessa classe de vasodilatadores: depleção
de glutationa e cistéina que formam o NO; peronitrito (metabólito altamente
reativo do NO que inibe a Guanilil ciclase)

• 5-mononitrato de isossorbida: grande meia vida > de manha e tarde, evita


tolerância.
As propriedades farmacocinéticas do 5-mononitrato de isossorbida por via oral torna essa
preparação uma solução satisfatória para o dilema de equilibrar entre tolerância ao nitrato
e angina de rebote: a sua alta biodisponibilidade e meia-vida longa produzem períodos de
concentrações plasmáticas terapêuticas altas, seguidas de períodos de níveis terapêuticos
baixos (e não nulos) de nitrato.

• Relaxamento de outros tipos de músculo liso: esofágico, brônquico, biliar,


intestinal e geniturinário
• NO: ação vasodilatadora e antiplaquetária (aumento do GMPc): redução da
trombose coronariana
• Contraindicação: hipotensão; hipertensão intracraniana; miocardiopatia
obstrutiva hipertrófica (a diminuição da pré-carga aumenta a obstrução);
insuficiência cardíaca hipertrófica; inibidores da fosfodiesterase tipo V
(Sildenafil)

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO

NITROPRUSSIATO É UM COMPLEXO DE FERRO, GRUPOS CIANETO E


COMPONETE NITROSO. Fármaco parenteral mais efetivo para o tratamento de
emergências hipertensivas. Aumento o GMPc > relaxamento.
Liberação espontânea de NO no músculo liso, nas artérias e veias, de ação rápida e
curta duração.
Ocorre simultaneamente a liberação de CN que deve ser metabolizado no fígado em
tiocianato

Os efeitos hemodinâmicos, são:


Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

VASODILATAÇÃO ARTERIOLAR E VENULAR DE AÇÃO IMEDIATA E DE


CURTA DURAÇÃO;
REDUÇÃO DA RVP E REDUÇÃO DO RETORNO VENOSO;
AUMENTO MODERADO DA FREQUENCIA CARDÍACA > pode aumentar o
consumo de oxigênio.
MONITORIZAÇÃO INVASIVA E CONTÍNUA DA PA

SENSÍVEL A LUZ, PREPARADO LOGO ANTES DA ADMINISTRAÇÃO, EXIGE


EQUIPO ESCURO E FRASCO PROTEGIDO
INFUSÃO IV CONTÍNUA
INÍCIO EM SEGUNDOS E DURAÇÃO DE 1 A 5 MIN.
MEIA VIDA DE 4 MINUTOS
DOSE: 0,25 ATÉ 1,5 g/Kg/min

O nitroprussiato possui limitações, principalmente quando usado de modo prolongado (>


24-48 horas) e/ou em altas doses (> 2 μg/kg/min).
Particularmente em nefropatas ou hepatopatas, pode levar à intoxicação por cianeto
Libera lentamente cianeto, que é metabolizado no fígado pela enzima rodanase junto com
uma fonte de enxofre, como tiossulfato para formar tiocianato (menos tóxico)

Tratamento a curto prazo, geralmente 72 horas

Efeitos colaterais > HIPOTENSÃO EXCESSIVA


ACÚMULO DE CIANETO- ACIDOSE LÁTICA, ARRITMIAS, CONFUSÃO
MENTAL, COMA, ENCEFALOPATIA E MORTE. Forma de reduzir a intoxicação >
tiossulfato de sódio, hidroxicopolamina.
ACÚMULO DE TIOCIANATO: FRAQUEZA, DESORIENTAÇÃO, PSICOSE,
ESPASMOS MUSCULARES E CONVULSÕES.
RISCO AUMENTADO COM INFUSÃO MAIS DE 24 A 48 h. USO DE
TIOSSULFATO DE SÓDIO

INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE
Impedem a hidrólise do AMPc e do GMPc em 5-AMP e 5-GMP
Anrinona e milrinona: isoformas do músculo cardíaco e liso vascular
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Sildenafil, vardenafil, tadalafil: fosfodiesterase tipo V (principalmente no corpo


cavernoso, retina e em menor grau na musculatura lisa vascular sistêmica e pulmonar).
Causam cefaléia e rubor. Relatos de IAM e morte súbita. Podem causar cegueira:
neuropatia óptica isquêmica não-arterítica. Contra indicados em pacientes que fazem o
uso de nitratos.

GTP em GMPc > os nitratos favorecem essa conversão > vasodilatação!


Sildenafil, vardenafil, tadalafil > menor degradação do GMPc em GMP, acúmulo
de GMPc > relaxamento da musculatura dos vasos.
Pode haver potencialização da hipotensão em casos de uso conjunto.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Insuficiência Cardíaca
Síndrome onde ocorre a incapacidade do coração em manter o DC necessário ao
metabolismo, ou quando a manutenção só é possível através do aumento das pressões
ventriculares. As causas podem ser por dificuldade no enchimento ventricular, na função
contrátil ou no esvaziamento da cavidade ventricular
Síndrome caracterizada por uma disfunção ventricular e
da regulação neuro-humoral, acompanhada de sintomas
de cansaço aos esforços, retenção hídrica e redução da
expectativa de vida.
Mecanismos compensatórios surgem na tentativa de
aumentar o débito cardíaco, como o aumento da
frequência cardíaca, da pressão diastólica final e da
massa ventricular. No entanto, com a evolução > a
função ventricular declina progressivamente.
Doenças principais > aterosclerose, IAM, HAS, doenças
valvares, miocardiopatia dilatada, cardiopatia
congênitas.
VDF> volume final após a diástole.
VSF > volume no ventrículo após a sístole.
PDF > pressão no ventrículo no fim da diástole >
mecanismos de adaptação que progride para a IC.

Pré, pós-carga e
a contratilidade
determinam o
débito cardíaco.
Impedância >
trabalho para o
coração
esvaziar o
conteúdo.

Relação de Frank-Starling > aumento do DC como aumento da pressão diastólica final


ventricular, ou seja, a pré-carga.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Inibidor da ECA > redução da pós-carga > aumento do DC na pré-carga > eleva a relação
de Frank-Starling, mais do que um inotrópico, por exemplo. A redução da pré-carga >
alivia a congestão.
Não adianta tratar uma ICC somente com diuréticos. A redução da pré-carga melhora os
sintomas de pressão diastólica final elevada. Os inotrópicos não alteram a pressão
diastólica final ventricular, ainda elevada. Assim, deve-se associar. O mais eficiente são
os que reduzem a pós-carga, diminui o trabalho para o coração esvaziar o conteúdo, o DC
aumenta. Tratamentos atuais > redução da pós-carga.
A adaptação que o
organismo faz para
melhor o DC >
ativação crônica do
simpático
(contratilidade) e do
sistema renina-
angiotensina-
aldosterona (aumenta
volume diastólico
final) > remodelação
do tecido cardíaco >
perda dos miócitos,
hipertrofia e fibrose.
Ciclo vicioso.
Alívio de sintomas,
aumento de
sobrevida, diminuir a
progressão.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Terapia da ICC
Beta bloqueador > menos renina > menos angiotensina II > menos aldosterona > menor
vasoconstrição.
Inibidores da ECA > menos aldosterona > menos vasoconstrição > menor demanda de
O2
Vasodilatadores > diminuem a pós-carga > melhor esvaziamento do volume sistólico com
menor gasto de oxigênio
Venodilatadores > diminuem a pré-carga > menor retorno venoso > menos tensão da
parede ventricular.
Diuréticos > bloqueios da aldosterona > sem retenção de sódio, água > sem aumento da
pré-carga; podem diminui a pré-carga. Usados em conjunto, sempre.

ICC > aumento da


pressão diastólica
final, alargamento
das fibras, com
DC com leve
aumento > o
tratamento pode
diminui a pressão
diastólica final.
Diminuição do
DC > diminuição
da atividade do
seio carotídeo >
menos atividade
parassimpática e
aumento da
simpática >
aumenta força de
contração, a FC,
pré e pós-carga.
Leva a uma
diminuição da perfusão renal > renina > angiotensina II > aumento da pré, pós > fibrose,
remodelamento. Receptores pré-sinápticos da angiotensina I > modulam de forma
positiva a atividade simpática. Inervação simpática no aparelho justaglomerular, B1,
aumenta a renina.

Tratamentos da ICC: Diuréticos; Inibidores do sistema renina-angiotensina;


Inotrópicos positivos; Beta bloqueador; Vasodilatador.
Fármacos em fase aguda e crônica.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

DIURÉTICOS

Indicados para todos os pacientes com IC e retenção hidrica. Geralmente devem ser
associados com inibidores da ECA e  bloqueadores
Furosemida, Espironolactona, Eplerenona
Objetivos: eliminar sintomas e sinais de retenção hidrica. Vigiar
Hipotensão arterial
O controle diário do peso é método útil de ajuste da dose
Diminuem o volume e a pré-carga
Apesar da eficácia dos diuréticos de alça e tiazídicos na redução dos sintomas
congestivos, não há evidência de benefício em relação à taxa de mortalidade
Não tem ação direta no DC, porém, a redução excessiva da pré-carga pode diminuir o DC
Espironolactona e Eplerenona: Hiperatividade do sistema renina-angiotensina-
aldosterona > redução da mortalidade em cerca de 30% e das internações. Monitorar
cuidadosamente o potássio, aumentam a excreção, principalmente quando em associação
com inibidores da ECA.
Tiazidicos são utilizados em casos mais leves e são ineficazes quando o RFG é menor do
que 30-40 ml/min. Metolazona age com RFG de até 20-30 ml/min
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

INBIDORES DA ECA E ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DA


ANGIOTENSINA

FÁRMACOS DE PRIMEIRA ESCOLHA NA ICC


Revertem a vasoconstrição e a retenção de volume que caracterizam a ativação do SRAA:
 Pré-carga
A redução da Pós carga aumenta o VS do VE
Aumento do RFG: natriurese e diurese
Aumento da capacitância venosa por menor degradação da bradicinina > inibidores da
ECA.
Indicados para a maioria dos pacientes com IC por disfunção de VE mesmo sem sintomas
(prevenir a progressão da doença)
Alteram a remodelagem do miocárdio após o IAM com supra de ST
São usados para tratar a IC crônica e a melhora dos sintomas pode demorar semanas ou
meses
Parecem que todos os inibidores da ECA tem ação benéfica e similar na IC assim como
os bloqueadores da angiotensia II
Efeitos colaterais podem ocorrer no início do tratamento, mas geralmente não impedem
sua manutenção. Cuidado com a hipotensão no início
Reduzem o risco de progressão da doença mesmo se os sintomas não melhorarem com o
tratamento
Redução na taxa de mortalidade (16 a 40%); reduz sintomas e hospitalização, aumenta a
capacidade funcional.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Mecanismo de ação da neprilisina e dos péptidos natriuréticos, em paralelo com o


sistema renina‐ angiotensina (e recetor AT1) > Ao bloquear os receptores da neprisilina
ha um aumento dos niveis de PNA

Destruição dos fatores natriuréticos cerebral e atrial > fármaco Sacubitril > inibição

PARADIGM‐ HF foi um grande estudo prospectivo aleatorizado, com dupla ocultação,


que demonstrou que a morbimortalidade na insuficiência cardíaca pode ser melhorada
com o sacubitril/valsartan, com redução significativa da morte cardiovascular ou da
hospitalização por agravamento da insuficiência cardíaca. (2014)
Reduziu por si só a mortalidade em 20%.
Classe I de recomendação pela AHA em substituição aos inibidores de IECA em
pacientes que permanecem sintomáticos com o uso de IECA, beta bloqueador e inibidor
da aldosterona
É mais caro e a causa mais hipotensão

GLICOSÍDIOS CARDÍACOS – DIGITÁLICOS

Os digitálicos são encontrados em diversas plantas onde atuam como veneno contra
predadores.
Primeira descrição científica do uso na insuficiência cardíaca coube à William Withering,
em 1785, na monografia sobre a eficácia terapêutica e a toxicidade da planta Digitalis
purpurea.
A digoxina e a digitoxina são derivados da Digitalis lanata.
Não são considerados mais agentes de primeira linha no tratamento da insuficiência
cardíaca.
Baixo índice terapêutico, muitas intoxicações.

Sódio-Potássio ATPase > bombeia sódio para fora da


célula e faz que o potássio volte para a célula.
Trocador de sódio e cálcio > sódio entra e cálcio sai >
inibe contração efetiva
Digoxina > inibe a sódio-potássio ATPase > menos
sódio sai da célula; sem tendência para entrar sódio > não
sai cálcio > mais contração!
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A Digoxina é administrada por VO ou, em situações de urgência, por via intravenosa


Possui estreita janela terapêutica.
A determinação plasmática é útil quando se suspeita de falta de eficácia ou toxicidade

Lentificação Cardíaca e redução da velocidade de condução através do nodo AV:


bloqueio AV (mais precoce). Aumento do intervalo PR, encurtamento do intervalo QT,
inversão de onda T e depressão do segmento ST
Aumento da atividade de marcapasso ectópico (tardio): aumento do automatismo
(extrassístoles, taquicardia, fibrilação)
Aumeto da contratilidade miocárdica: aumento da ejeção ventricular, redução do tamanho
diastólico e sistólico final; aumento do DC e aumento da perfusão renal

Inibição do efluxo nervoso simpático e aumento do tônus parassimpático (vagal)


Redução das respostas simpáticas (redução da FC, pré-carga e pós carga; funcionamento
melhor da Curva de Frank Starling) e renais de compensação

Farmacocinética
Doses reduzidas em idosos, pacientes com insuficiencia hepatica e renal e com pouca
massa magra
Digoxina:
Bem absorvida por via oral (biodisponibilidade de 70%). Alguns pacientes podem ter
flora intestinal que metaboliza em diidrodigoxina.
É excretada predominantemente pelo rim (60%)
40% de metabolismo hepático
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Meia vida de 36 a 40 horas


36% ligada a proteínas plasmaticas, Grande volume de distribuição (ligaçao aos músculos
esqueléticos)
Digitoxina:
Meia vida de 7 dias
95% ligado a albumina, metabolizada no fígado (não usar em hepatopatas)
É parcialmente excretada nas fezes e Atravessa menos a barreira placentária

Efeitos Adversos:
As principais ações dos glicosídios cardíacos são sobre o coração; todavia, alguns de seus
efeitos adversos são extracardíacos, incluindo náuseas, vômitos, diarréia e confusão
mental.
Quinidina, amiodarona, propafenona e verapamil diminuem o clearance.
Beta-bloqueador: aumenta o risco de BAV
Hipocalemia (aumenta a afinidade; ex. diuréticos), hipomagnesemia (vômitos) e
hipercalcemia aumentam a possibilidade de intoxicação digitálica

Insuficiência cardíaca crônica: apesar da melhora dos sintomas, do estado funcional e da


frequência de hospitalização, não há evidências de aumento de sobrevida além do grande
acúmulo e consequente toxicidade. Entretanto, pode ser interessante em pacientes que
permanecem sintomáticos mesmo com diuréticos e IECA e, pacientes com IC que
necessitam do controle da FC por FA
Fibrilação e flutter atrial: são necessárias doses maiores

Intoxicação Digitálica
• Manifestações cardíacas
– Arritmias
• Ventriculares
– Extrassistoles
– Taquicardia ventricular
– Fibrilação ventricular
– Bloqueios
• Vários graus até total
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– Exacerbação dos sintomas de ICC


• Manifestações extra-cardíacas
– Gastrointestinais
• Naúsea, vômitos, diarréia
– Sistema nervoso
• Confusão, alucinação, Depressão, desorientação, parestesias
– Visuais
• Visão borrada
• Mudanças na percepção das cores
– Hiperestrogenismo
• Ginecomastia, galactorréia

• Tratamento > Diagnóstico precoce


• Avaliar a gravidade do quadro
• Suspender a digital
• Administração de colestiramina > sequestra, melhora o quadro.
• Corrigir a hipopotassemia (efeitos colaterais aumentam com potassio reduzido);
hipomagnesemia
• Tratar as arritmias ventriculares (lidocaína, fenitoína, propranolol, marcapasso)
• Monitorar bloqueios cardíacos
• Anticorpos específicos

Outros agentes > Agonistas BETA-1, usados na aguda, em descompensação.

Dopamina
Baixas doses (2μg/kg/min) possui efeitos vasodilatadores por rec. DA1 e DA2
(coronariano, renal)
Doses intermediarias (5μg/kg/min) aumentam o inotropismo cardíaco com pouca
taquicardia
Doses elevadas (10μg/kg/min), taquicardia e efeitos alfa-adrenergicos
Aumenta a pós-carga.
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Dobutamina
Mais utilizada nesses casos.
Possui mais efeito sobre rec beta1 e curiosamente possui maior efeito inotropico positivo
que cronotropico.
Pode ativar discretamente beta-2 e alfa adrenérgicos (aumento de inotropismo porém
aumento da RVP)
Tambem pode ter efeito vasodilatador renal (ativacao de DA1 e DA2). Enantiomero (+):
antagonista alfa 1; (-) agonista alfa 1
½ vida: 2 minutos. Via endovenosa contínua

Outros agentes:

Inibidores da fosfodiesterase III: aumento do AMPc ao reduzir a sua degradação


Aumento da contratilidade, relaxamento da musculatura lisa dos vasos (artéria e
veias),
Amrinona e milrinona
Aumento da morbidez e da mortalidade em 50% (milrinona por VO)
Aumento de arritmias

Beta-bloqueadores
O carvedilol é o mais extensamente utilizado devido a inibição beta 1, beta 2 e alfa1.
Aumentam a sobrevida e diminui hospitalização.
Remodelamento, pode aumentar os sintomas no início. Menor liberação de noradrenalina,
diminui hipertrofia. Recomendado em crônica e estável.
Metoprolol de liberação longa; labetalol, bisoprolol
Agem por:
Atenuação dos efeitos citotóxicos e de sinalização das catecolaminas circulantes
Diminuição de renina
Controle de arritmias e prevenção das síndromes coronarianas agudas
Em associação com IECA (efeito sinérgico por atuarem em mecanismos diferentes)

Iniciar lentamente pois pode ocorrer algum grau de desestabilização


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Usar com cautela em pacientes com asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica,
pacientes bradicardicos (FC < 60 bpm/min.) ou portadores de bloqueio A-V sem marca-
passo. Em pacientes com ICC severa ou descompensados, não devem ser iniciados até
que ocorra estabilização (sem sobrecarga volêmica) com a terapia convencional
Estudo COPERNICUS: uma morte evitada para cada 13 pacientes tratados em um ano

Venodilatadores

Nitratos: Nitroglicerina
Aumenta a capacitância venosa e diminui o RV
Redução do volume do VE e pressão diastólica do VE: menor consumo de O2 (pacientes
com isquemia e disfunção do VE). Melhora da complacência do VE
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Anticoagulantes
O termo hemostasia refere-se ao conjunto de mecanismos pelos quais se mantêm o sangue
fluido dentro do vaso, sem coagular (trombose) nem extravasar (hemorragia).
IAM, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, AVC > anticoagulantes e
fibrinolíticos.
Hemorragia aumentada, como a hemofilia > transfusão de fato 8 recombinante;
deficiência de vitamina K.
Coágulo que adere a uma parede do vaso > trombo;
Um coágulo dentro dos vasos que flutua no sangue > êmbolo
Podem ocluir os vasos > isquemia.
Uma porção do trombo pode destacar-se dos vasos, viajar na forma de êmbolo e alojar-
se em outro ponto do corpo, causando isquemia e/ou enfarte.

A trombose é uma condição patológica que resulta da ativação inapropriada mecanismos


hemostáticos:
• A trombose venosa é geralmente associada a estase de sangue; um trombo venoso
tem um componente de plaquetas pequeno e uma grande componente de fibrina.
Usa-se fármacos que interferem nos fatores da coagulação, menor participação
das plaquetas.
• A trombose arterial é geralmente associada com aterosclerose e o trombo tem
uma grande componente de plaquetas. Fármacos que atuam nas plaquetas.

Uma porção do trombo pode destacar-se dos vasos, viajar na forma de êmbolo e alojar-
se em outro ponto do corpo, causando isquemia e/ou enfarte.
Problemas no processo de hemostasia também podem levar a hemorragias.

A formação do trombo envolve esses três componentes >


Tríade de Virchow.
A terapêutica diminui esses pilares, para o tratamento
eficaz.
Vasoconstrição para prevenção de perda de sangue >
tampão de fibrina e plaquetas.
Um trombo em doenças envolve etapas da coagulação,
mas o estímulo que desencadeia é uma condição
patológica no sistema vascular, como no câncer > produção de substâncias que ativam o
processo da coagulação > trombose venosa espontânea.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Lesão Tecidual > O processo hemostático pode ser dividido em termos conceituais em
quatro estágios — vasoconstrição, hemostasia primária (Adesão plaquetária e ativação),
hemostasia secundária (Coagulação do sangue) e resolução (Fibrinólise).
A lesão vascular provoca desnudamento do endotélio. A endotelina, liberada pelo
endotélio ativado, e fatores neuro-humorais induzem uma
vasoconstrição transitória.

Agregação Plaquetária
A adesão > ligação das plaquetas no vaso; agregação plaquetária> ligação de uma
plaqueta com outra.
Possui vários de receptores de superfície.

O fator de von Willebrand medeia a aderência das plaquetas ao


subendotélio através de sua ligação à glicoproteína GPIb da
membrana plaquetária e ao colágeno subendotelial exposto.
Durante a agregação plaquetária, o fibrinogênio estabelece
ligações cruzadas entre as plaquetas, através de sua ligação a
receptores de GPIIb-IIIa nas membranas plaquetárias.

As plaquetas atuam monitorando a integridade do endotélio > mediadores são liberados


pelo endotélio > atuam como inibidores da adesão e agregação > são as prostaciclinas e
NO.
A prostaciclina liga-se a receptores de membrana das plaquetas > Síntese de AMPc >
diminuição do cálcio intracelular > evita aglutinação e liberação de fatores.
Na lesão > menos prostaciclina > AMP diminui > ativação, adesão e agregação
plaquetária.
AMPc estabiliza o GPIIB-IIIa > deixa inativos; inibem liberação de grânulos.
A ativação das plaquetas é iniciada pela ligação do receptor GPIb com o FvW.
As plaquetas ativadas têm sua forma modificada e liberam o conteúdo de seus grânulos,
que mobilizam mais plaquetas.
O recrutamento das plaquetas é mediado pela liberação de fatores plaquetários solúveis,
incluindo ADP, tromboxano A2 (TxA2) e trombina.
O endotélio ativado expressa o fator tecidual, que é um componente iniciador crítico da
cascata da coagulação.
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As membranas das plaquetas ativadas fornecem uma superfície para a ocorrência de


várias reações críticas da cascata da coagulação, incluindo a conversão da protrombina
em trombina.
Quando o endotélio está lesado > adesão > cobrem o colágeno do subendotélio;
Os receptores que aderiram são ativados pelo colágeno do conjuntivo > alterações
morfológicas > grânulos, como ADP, TX2, serotonina.
Ligam-se aos receptores da membrana externa das plaquetas circulantes ativação >
aumentam o nível do cálcio, pela diminuição do AMPc.
O fibrinogênio liga-se aos receptores de duas plaquetas vizinhas, GPIIb-IIIa > agregação
plaquetária em cascata.

1. O tromboxano A2 (TxA2) é sintetizado a partir do ácido araquidônico nas plaquetas


ativadas; a ciclooxigenase catalisa a etapa comprometida nesse processo. 2. O TxA2
secretado liga-se ao receptor de TxA2 (TxA2-R) na superfície celular, um receptor
acoplado à proteína G. 3. A isoforma da G, Gq, ativa a fosfolipase C (PLC). 4. A PLC
hidrolisa o fosfatidilinositol 4,5-difosfato (PIP2), produzindo inositol 1,4,5-trifosfato
(IP3) e diacilglicerol (DAG). 5. O IP3 eleva a concentração citosólica de Ca2+ ao
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promover a liberação vesicular de Ca2+ no citosol. 6. O DAG ativa a proteinocinase C


(PKC). 7. A PKC ativa a fosfolipase A2 (PLA2). 8. Através de um mecanismo que ainda
está pouco elucidado, a ativação da PLA2 leva à ativação da GPIIb-IIIa.
9. A GPIIb-IIIa ativada liga-se ao fibrinogênio. 10. O fibrinogênio estabelece ligações
cruzadas entre plaquetas através de sua ligação a receptores de GPIIb-IIIa presentes em
outras plaquetas. Essa ligação cruzada leva à agregação plaquetária e formação de um
tampão hemostático primário.

O receptor P2Y(ADP) ativa uma proteína Gi > PKA inibe a ativação das plaquetas

Painel da esquerda: 1. A ligação do ADP ao receptor P2Y(ADP) ativa uma proteína Gi,
que inibe a adenilciclase. 2. A inibição da adenilciclase diminui a síntese de cAMP e,
portanto, diminui a ativação da proteinocinase A (PKA) (seta tracejada). O cAMP é
metabolizado a AMP pela fosfodiesterase (PDE). 3. A PKA inibe a ativação da plaqueta
através de uma série de etapas que ainda não estão bem elucidadas. Por conseguinte, a
ativação diminuída da PKA em decorrência da ligação do ADP ao receptor P2Y(ADP)
provoca ativação da plaqueta. Painel da direita: 4.
A trombina cliva proteoliticamente o domínio extracelular de seu receptor. Essa clivagem
cria uma nova extremidade N-terminal, que se liga a um sítio de ativação no receptor de
trombina ativando uma proteína Gq. 5. O ADP também ativa a Gq através de sua ligação
ao receptor P2Y1. 6. A ativação da Gq (pela trombina ou pelo ADP) ativa a fosfolipase
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C (PLC). 7. A atividade da PLC leva à ativação da plaqueta, como mostra a Fig. 22.4.
Observe que o ADP pode ativar
as plaquetas através de sua ligação ao receptor P2Y(ADP) ou ao receptor P2Y1, embora
evidências recentes sugiram que a ativação completa da plaqueta exija a participação de
ambos os receptores.

O sistema de coagulação é composto de uma cascata de enzimas proteolíticas e cofatores.


Precursores inativos são ativados em série, cada um dando origem a ativação dos fatores
em sequência. A última enzima, trombina, derivado de protrombina (II), converte o
fibrinogénio solúvel (I) para uma malha de fibrina insolúvel no qual as células sanguíneas
são presos, formando o coágulo.
Fator XIII > ativado quando a trombina é formado > faz com que os polímeros de fibrina
formem ligações cruzadas > trombo.
Existem dois membros da cascata: via extrínseca (in vivo) e via intrínseca (contato)
Ambas as vias resultam na ativação do fator X em Xa, que converte a protrombina em
trombina.
Intrínseca (via da ativação de contato) e extrínseca (via do fator tissular).
High-molecular-weight kininogen

Na cascata da coagulação, a protrombina (II) é clivada em trombina (IIa) pelo fator Xa;
o fator
Va e o Ca2+ atuam como cofatores nessa reação, e a reação ocorre sobre
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uma superfície de fosfolipídio (PL) ativada (que


expressa fosfatidil serina). A
trombina converte a proteína plasmática solúvel,
o fibrinogênio, em fibrina,
que sofre polimerização espontânea. A trombina
também ativa o fator XIII,
uma transglutaminase que se liga aos polímeros
de fibrina de modo cruzado,
formando uma rede ou coágulo altamente
estável. A trombina também ativa
os cofatores V e VIII, bem como os fatores da
coagulação VII e XI. Além disso,
a trombina ativa tanto as plaquetas quanto as
células endoteliais. Por fim, a
trombina estimula a liberação de vários fatores antitrombóticos — incluindo
PGI2, NO e t-PA — a partir das células endoteliais (intactas) em repouso que
se encontram próximo ao local de lesão vascular; esses fatores limitam a
hemostasia primária e secundária ao local de lesão (não indicado).
Controle da coagulação > A
antitrombina III (ATIII) inativa a
trombina e os fatores IXa, Xa, XIa e
XIIa através da formação de um
complexo estequiométrico com esses
fatores da coagulação. Essas reações
são catalisadas fisiologicamente por
moléculas semelhantes à heparina,
que são expressas
nas células endoteliais sadias; os
locais de lesão vascular não
expressam moléculas semelhantes à
heparina, visto que o endotélio está
desnudado ou lesado.
Farmacologicamente, essas reações
são catalisadas pela administração de
heparina exógena. De modo mais detalhado, a ligação da heparina à ATIII induz uma
alteração na conformação da ATIII (A) que permite a sua ligação à trombina ou aos
fatores da coagulação IXa, Xa, XIa ou XIIa. O complexo estequiométrico entre ATIII e
o fator da coagulação é altamente estável, permitindo a dissociação da heparina sem
romper o complexo (B).
Por isso a Heparina é usada como anticoagulante, potencializa a ação da antitrombina II
nos fatores endógenos da coagulação.

Sistema Fibrinolítico: A plasmina é formada pela clivagem proteolítica do plasminogênio


pelo ativador do plasminogênio de tipo tecidual ou de tipo uroquinase. A formação da
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plasmina pode ser inibida pelo inibidor do ativador do


plasminogênio 1 ou 2, que se liga aos ativadores do
plasminogênio, inativando-os. Na reação fibrinolítica, a
plasmina cliva os polímeros de fibrina com ligações
cruzadas, formando produtos de degradação da fibrina. A 2-
antiplasmina,
que circula na corrente sangüínea, neutraliza a plasmina livre
na circulação.

Deve-se haver um equilíbrio entre os fatores coagulantes, anticoagulantes e fibrinólise.


Trombos; sangramentos;
Redução dos fatores de risco da lesão endotelial (aterosclerose).
Antiplaquetários; Anticoagulantes; Fibrinolíticos.

FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS
As plaquetas aderem a áreas danificadas e são ativadas, expondo fosfolipídeos carregados
negativamente e receptores GP IIb/IIIa, bem como liberando TXA2 e ADP, que ativa
outras plaquetas. Os receptores GP IIb/IIIa se ligam ao fibrinogênio, formando pontes
entre as plaquetas > tampão, fase primária.
Usos de drogas antiplaquetárias referem principalmente a trombose arterial e incluem:
1- Risco ou Infarto agudo do miocárdio;
2- Angina ou claudicação intermitente;
3- Após revascularização do miocárdio;
4- Síndromes coronarianas instáveis (clopidogrel + aspirina);
5- Após angioplastia das artérias coronárias e / ou colocação de stent (abciximab +
aspirina);
6- Isquemia cerebral transitória ou AVC trombótico, para prevenir a recorrência
(dipiridamol + aspirina).
A aspirina é a mais utilizada na clínica médica por ter uma melhor relação custo-
benefício. Outras drogas (por exemplo, dipiridamol, clopidogrel) são usadas como
adjuvantes ou em pacientes sensíveis à aspirina.
Doses abaixo de 300mg > antiplaquetárias; em doses altas > analgésica e anti-
inflamatórias > aumenta chance de comprometimento renal, gástrico.
Outras drogas antiplaquetárias como epoprostenol (PGI2) tem aplicações específicas
como na hemodiálise ou na hipertensão pulmonar.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

ASPIRINA > A aspirina (ácido acetilsalicilico) é o


mais antigo AINE no mercado. Atua por inativação
irreversível tanto das ciclxigenases (COX) -1 e
COX-2. Inibe a síntese de tromboxano A2 de
plaquetas (TX) e reduz o risco de trombose. Usar
doses baixas.
Além das suas ações analgésicas e anti-
inflamatórias, aspirina inibe a agregação de
plaquetas, e atualmente é usado na terapia de
doenças cardiovasculares. É administrado por via
oral, e é rapidamente absorvido; 75% é
metabolizado no fígado; Tempo de meia vida de 4
horas. Cinética de ordem 0 > meia vida varia de
acordo com a dose.
Na ausência, o tromboxano lia ao receptor metabotrópico > ativa receptor, permite a ação
do fibrinogênio > ligação com outras plaquetas.
Inibe irreversivelmente a COX > dura de 7 a 10 dias, vidas das plaquetas.

Antagonistas do receptor de adenosina (P2Y)


O ticlopidina, clopidogrel e prasugrel inibem irreversivelmente receptores P2Y1 e,
assim, inibem a ativação plaquetária mediada por ADP. O ticagrelor inibe
reversivelmente. Eles são usados como aditivos à aspirina.
Inibem a ligação, o AMPc aumenta dentro da células > proteína quinase A > inibe
ativação.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Clopidogrel: prevenção de eventos ateroscleróticos em pacientes com IAM ou AVE


recentes e naqueles com doença arterial periférica estabelecida. Profilaxia de eventos
trombóticos na síndrome coronária aguda (angina instável ou IAM sem supra de ST);
prevenção de eventos trombóticos associados com angioplastia com ou sem stent
coronário. Pró-fármaco e apresenta polimorfismo genético em alguns pacientes; inibição
também pelo omeprazol e esomeprazol
Ticlopidina: prevenção de ataques isquêmicos transitórios e AVEs em pacientes com
evento trombótico cerebral prévio. Devido a reações adversas hematológicas
(agranulocitose, púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) e anemia aplástica) é
reservada para pacientes intolerantes a outros tratamentos.
Prasugrel: diminuir os eventos trombóticos cardiovasculares em pacientes com
síndromes coronárias agudas
Ticagrelor: prevenção do tromboembolismo em pacientes com angina instável e IAM.

Inibidores da fosfodiesterase: Dipiridamol

O dipiridamol um inibidor da fosfodiesterase. A fosfodiesterase é responsável por


converter AMPc em AMP, a proteína quinase A vai inibir a ativação. Em alguns pacientes
com acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório é utilizado juntamente
com à aspirina. É vasodilatador coronariano mas causa roubo coronariano (não usar na
angina instável).

Cilostazol: inibe a fosfodiesterase do tipo III aumentando o AMPc nas Plaquetas e


vasos sanguineos, diminuição da agregação plaquetáriae vasodilatação. Aprovado
para o uso na claudicação intermitente. Aumenta a mortalidade em pacientes com
IC avançada

Antagonistas do receptor da glicoproteína IIB/IIIA

Os antagonistas de receptores de GPIIb/IIIa inibem a ligação entre os receptores e o


fibrinogênio, prevenindo a agregação plaquetária.
Eles também inibem a ação de ADP e de TXA2, uma vez que estes agentes atuam
ativando os receptores GPIIB/IIIA.
Nesta classe incluem um anticorpo monoclonal (abciximabe) e várias moléculas
sintéticas (por exemplo, o tirofiban; eptifibatida).
Via intravenosa no tratamento auxiliar da angioplastia.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

FÁRMACOS ANTICOAGULANTES

Atuam mais nos fatores da coagulação > mais para inibir formação de trombos venosos.
O fator tecidual expresso sobre as células endoteliais ativadas e micropartículas
leucocitárias, juntamente com fosfolipídios ácidos expressos sobre as plaquetas ativadas
e as células endoteliais ativadas (2), iniciam as etapas da cascata da coagulação, que
culmina na ativação da trombina (3). A trombina ativa proteoliticamente o fibrinogênio
para formar fibrina, que sofre polimerização em torno do local de lesão, resultando na
formação de um tampão hemostático definitivo.
Os anticoagulantes são usados para prevenir:
1- Trombose venosa profunda (por exemplo, no período perioperatório);
2- Extensão da trombose venosa profunda estabelecida;
3- Embolia pulmonar;
4- Trombose e embolização em pacientes com fibrilação atrial;
5- Trombose em próteses valvulares cardíacas;
6- Coagulação em circulação extracorpórea (por exemplo durante a hemodiálise);
7- Infarto do miocárdio em pacientes com angina instável.
Heparina (muitas vezes como heparina de baixo peso molecular) é utilizado de forma
aguda.
Varfarina ou inibidores diretos da trombina ou Xa podem ser usados em uma terapia
prolongada.

VITAMINA K
A vitamina K é um cofator necessário na carboxilação pós-tradução de resíduos de
glutamato nos fatores II, VII, IX e X.
Durante a reação de carboxilação, a vitamina K é oxidada ao 2,3-epóxido inativo. Todos
fatores que dependem do cálcio dependem da vitamina K.
A enzima epóxido redutase converte a vitamina K inativa 2,3-epóxido na forma reduzida
ativa.
A regeneração da vitamina K reduzida é essencial para a síntese contínua dos fatores da
coagulação II, VII, IX e X funcionais.
A vitaminas K é pró-coagulante, logo, pode ser usada no tratamento e/ou prevenção de
hemorragias:
- Desintoxicação por dose oral excessiva de anticoagulantes (Exp.: Varfarina).
- Em bebês, para prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

As deficiências de vitamina K em adultos:


- Má absorção intestinal;
- Doença celíaca;
- Esteatorréia;
- Icterícia obstrutiva (Ausência de bile > lipossulével, menor absorção > reposição)
Usados para manter a anticoagulação por um período de tempo.

Antagonistas da vitamina K: Varfarina

A varfarina atua sobre a via de carboxilação ao inibir a epóxido redutase necessária para
a regeneração da vitamina K reduzida (ativa).
Este processo acaba inibindo a γ-carboxilação de glutamato nos fatores II, VII, IX e X.
Tanto a varfarina quanto o dicumarol são biodisponíveis por via oral e freqüentemente
designados como “anticoagulantes orais”.
Varfarina:
 100% absorvida por via oral;
 Dose baseada no “Tempo de protrombina ou RNI”;
 Ligação importante com proteínas plasmáticas (99%);
 Baixo índice terapêutico
Muitos fatores modificar a sua ação:
1- Fatores genéticos (polimorfismos de CYP2C6 e VKORC1);
2- Dano hepático
2- Interações medicamentosas são especialmente importantes.
Atualmente, inibidores diretos da trombina, ativos por via oral (Exp.: o etexilato de
dabigatrana) ou inibidores do fator Xa (Exp.: rivaroxabana) estão sendo mais
utilizados por não requerem monitoramento individualizado da dose.

Pode gerar:
 Hemorragia
 Contraindicado na gravidez:
• Risco de aborto e anomalias fetais
• Alterações no SNC
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

 Necrose de tecidos moles


 Baixa margem de segurança
 Necessários testes de coagulação (TPT) para ajuste de dose.
 A vitamina K pode ser usada como antídoto em caso de super-dosagem.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Em geral, controle do RNI não é necessário.

Heparina e Heparinas de baixo peso molecular

A heparina atua potenciando a ação da antitrombina III, um inibidor natural que inativa
o fator Xa e a trombina.
A atividade anticoagulante decorre de uma sequência pentassacarídica única, com alta
afinidade para antitrombina III. Via subcutânea e IV.
Heparinas de baixo peso molecular (HBPM) tem o mesmo efeito sobre o fator X como
a heparina, mas não tem efeito sobre a trombina; a eficácia terapêutica é semelhante à
heparina, mas monitorização e individualização da dosagem não são necessários (exceto
se o paciente tem insuficiência renal). Via subcutânea.
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Inibidores diretos da trombina


e fármacos relacionados

Fondaparinux
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Fibrinolíticos

 Os principais fármacos são a estreptoquinase e do plasminogênio tecidual (tPAs),


por exemplo a alteplase.
 O uso principal é no infarto agudo do miocárdio.
 Outros usos incluem:
• Acidente vascular cerebral trombótico agudo dentro de 4 h de início (TPA);
• Tromboembolismo arterial aguda;
• Trombose venosa profunda e embolia pulmonar com risco de vida
(estreptoquinase, dado prontamente).
Uma cascata fibrinolítica é iniciada em simultâneo com a cascata da coagulação, o que
resulta na formação de plasmina dentro do coágulo, que digere fibrina.
Vários agentes promovem a formação de plasmina a partir do seu precursor de
plasminogénio, por exemplo, estreptoquinase, e ativadores de plasminogénio de tecido
(TPAs), tais como alteplase, reteplase e duteplase. A maioria é administrada por
infusão; reteplase pode ser administrado por injeção em bolo.

A estreptoquinase é uma proteína derivada de culturas de estreptococos que ativa a


enzima plasminogênio em plasmina que atua sobre a fibrina nos trombos.
Hidrólise dos tampões de fibrina, degradação do fibrinogênio, bem como dos fatores V e
VII de coagulação
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Com o advento de novos fármacos, a estreptoquinase raramente é usada


Apresenta um forte componente antigênico (Anticorpos são produzidos 4 dias após a
injeção).
Usada no infarto agudo do miocárdio.

A alteplase e a duteplase são tPAs recombinantes.


São mais ativas ao plasminogênio ligado a fibrina do que o plasminogênio plasmático,
sendo consideradas mais específicas ao trombo.
Não é muito antigênico, podendo ser usados por um período maior de tempo.
Tem meia-vida mais curta, o que leva a necessidade de ser aplicada por infusões
intravenosas

Uroquinase > Produzida pelos rins.


Obtida de cultura de células renais.
Baixa antigenicidade
Embolos pulmonares
Usos extrabula incluem o tratamento de IAM, tromboembolismo arterial, trombose artéria
coronária e TVP
Seu uso foi amplamente superado por outros fármacos com relação risco/benefício mais
favorável.

Antihemorrágicos
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Farmacologia dos Antiarrítmicos

Podem afetar o DC, podem precipitar paradas cardíacas.


Em geral, uma arritmia assintomática ou levemente sintomática > não usar, potencial
arritmogênico.
Podem ser usados > Marca-passo, ablação por cateter, cirurgia, cardioversão.
OS ANTIARRÍTMICOS SÃO SUBSTÂNCIAS CAPAZES DE PREVENIR OU
REVERTER ARRITMIAS CARDÍACAS.
TAIS MEDICAMENTOS ATUAM DIRETAMENTE NAS CÉLULAS CARDÍACAS,
INTERFERINDO COM A AÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES OU
MODIFICANDO SUAS PROPRIEDADES ELÉTRICAS DE MODO A CORRIGIR
ALTERAÇÕES DE AUTOMATISMO CONDUTIBILIDADE
Células marca-passo no coração, despolarização espontânea, entrada de sódio e cálcio >
mais rápida no Nó SA > AV > feixe de hiss > ventrículos.

São classificadas de acordo com o local de origem.


O coração > estímulo no nó SA > AV > FEIXE DE HISS (ramos D e E) > fibras de
purkinke > ventrículos.
NAS ARRITMIAS ESTÃO ENVOLVIDAS O TECIDO NODAL E O TECIDO
CONDUTOR

Batmotropismo = excitabilidade
Capacidade que tem o miocárdio de reagir quando estimulado, reação esta que se
extende por todo o órgão
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Dromotropismo = condutibilidade
Condução do processo de ativação elétrica por todo o miocárdio, numa seqüência
sistematicamente estabe- lecida, à qual se segue a contração do coração como um
todo

CRONOTROPISMO = automaticidade
capacidade de o coração gerar seus próprios estímulos elétricos, independentemente
de influências extrínsecas ao órgão

INOTROPISMO = contratilidade
-
É a propriedade que tem o coração de se contrair ati- vamente como um
todo, de forma única, uma vez estimulada a sua musculatura, o que resulta no
fenômeno da contração sistólica
LUSITROPISMO = distensibilidade
- capacidade de relaxamento global que tem o coração, uma vez cessada sua contração.
Corresponde ao que denominamos fase de relaxamento diastólico

Ritmo sinusal
O impulso se origina em células especializadas que formam o nódulo sino atrial
Apresentam automaticidade intrínseca que gera potenciais de ação espontaneamente
O potencial de ação se propaga por todo o coração (sincício funcional)

Ritmo Sinusal 60- 100; ritmo nodal – 40 a 60; ritmo idioventricular – 20 a 30

O miocárdio não dispara potencial de ação espontaneamente. Sua frequência é


dependente de áreas com despolarização mais rápida.
Em algumas situações patológicas…
Algumas áreas podem disparar potencial de ação espontaneamente (foco
ectópico).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

O POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO É MAIS COMPLEXO E ENVOLVE


MAIOR NÚMERO DE CONDUTÂNCIAS IÔNICAS DO QUE O POTENCIAL
DE AÇÃO DE UM NERVO OU DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

SEGUNDO A INCLINAÇÃO DA FASE DESPOLARIZANTE


INICIAL (isto é, velocidade com que a célula despolariza relação dV/dT) É POSSÍVEL
RECONHECER DOIS TIPOS DE POTENCIAL DE AÇÃO

TECIDO NODAL TECIDO MUSCULAR

A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS TIPOS DE POTENCIAL DE AÇÃO SE DEVE A


DIFERENTES CONDUTÂNCIAS IÔNICAS E PODEM SER DEMONSTRADAS
COM TETRODOTOXINA (BLOQ. CANAIS DE SÓDIO E MANGANÊS
(BLOQ. CANAIS DE CÁLCIO)

Potencial de ação cardíaco


FASE O = DESPOLARIZAÇÃO RÁPIDA (gNa+). O POTENCIAL ATINGE
VALORES POSITIVOS NA ORDEM DE +20mv. (INATIVA CANAIS DE SÓDIO)
FASE 1 = REPOLARIZAÇÃO PARCIAL DECORRENTE DA INATIVAÇÃO DOS
CANAIS DE SÓDIO
FASE 2 = “PLATEAU” (COMPONENTE LENTO) SE DEVE A gCa++ E REDUÇÃO
DA gK+
FASE 3 = REPOLARIZAÇÃO COMPLETA. SE DEVE A
RÁPIDA SAÍDA DE POTÁSSIO (gK+) E INATIVAÇÃO DOS
CANAIS DE CÁLCIO
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

FASE 4 = DIÁSTOLE ELÉTRICA A QUAL OCORRE REATIVAÇÃO DOS CANAIS


DE SÓDIO E CÁLCIO. A FIBRA RECUPERA SUA EXCITABILIDADE

Ritmo Sinusal

1. É identificado pelo ECG da seguinte maneira:


 P é positiva nas derivações I, II, e III
 Cada onda P é seguida pelo complexo QRS
 Após o complexo QRS temos a onda T
 O intervalo PR é de 0,12 ms
2. Frequência sinusal normal 60-100 BPM
3. Taquicardia sinusal: frequência > 100 BPM
4. Bradicardia sinusal: frequência < 60 BPM

As arritmias > ARRITMIAS PODEM SER DEFINIDAS COMO DISTÚRBIOS DE


FREQUÊNCIA
DE RÍTMO DA ORDEM DE ATIVAÇÃO DAS CÂMARAS CARDÍACAS
AS ARRITMIAS CARDÍACAS DECORREM DE
1. ALTERAÇÕES DE AUTOMATISMO
2. ALTERAÇÕES DE CONDUTIBILIDADE
3. ALTERAÇÕES SIMULTÂNEAS DE AUTOMATISMO E DE
CONDUTIBILIDADE

Principais arritmias
BRADIARRITMIAS < 60
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

- bradicardia sinusal após Infarto do Miocárdio

TAQUIARRITMIAS > 100


- flutter e fibrilação atrial
- taquicardia supraventricular paroxística
- contrações ventriculares prematuras (EXTRASISTOLES)
- taquicardia e fibrilação ventricular

Pré- requisitos para uma arritmia de reentrada inclui:


1. Circuito anatômico formado por duas vias (Alfa e Beta) alimentadas por um
circuito comum
2. Duas vias condutoras (ALFA e BETA) com diferentes propriedades
eletrofisiológicas
3. Quando um dos circuitos (via BETA) possui um periodo refratário maior
do que o observado na via ALFA, permitindo assim um bloqueio unidirecional.
A sequência de ativação no circuito de reentrada está indicado pelas setas I e II.
Seta I indica um impulso de origem sinusal que entra no circuito.
Seta II é o impulso de reentrada deixando a alça.
De acordo com o circuito de reentrada os potenciais de ação foram registrados a partir
de ramos do miocárdio (MB) a e β , juntamente com um exemplo de como
um eletrocardiograma pode aparecer.
Impulso I faria a despolarização ventricular
Impulso II causaria a extra-
sístole ventricular.
extra-sístole ventricular
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

Principais Fatores Geradores de Alteração do Ritmo Cardíaco


1. Aumento da atividade do sistema de regula- ção causada por:
- exercícios extenuantes, stress, emoção
2. Hipoxia:
- doença pulmonar crônica
- insuficiência cardíaca congestiva
3. Distúrbios eletrolíticos e do equilíbrio ácido- básico:
hiper- e hipocalemia hipomagnesemia uremia

Consequências Clínicas
Nenhuma
Sintomatologia adversa afeta a qualidade de vida Sincope
Morte súbita
Deve contribuir ou causar:
acidente vascular cerebral (AVC) Insuficiência Cardíaca congestiva (ICC) Isquemia
miocárdica ou infarto
Choque cardiogênico

Ajudar a definir a arritmia apresentada pelo paciente


Avaliar as condições hemodinâmicas decorrentes da arritmia
Identificar as condições cardíacas e não cardíacas que possam estar associada com a
arritmia
Se possível estabelecer um diagnóstico preciso quanto ao tipo de arritmia

Eletrocardiograma
Monitoramento nas 24h (Holter)
Estudos eletrofisiológicos invasivos Outros testes:
Manobra vagaL
Administração de drogas
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

ECG
É essencial para o diagnóstico
ECG deve ser realizados em todos os pacientes sintomas sugestivos de arritmias
cardíacas
Analisar:
frequência
Regularidade

Duraçao do complexo QRS (menor <0.12 sec, maior ³ 0.12 sec) Identificar e estudar
a onda P
Identificar e estudar o complexo QRS (onda R) Determinar as relações entre as ondas P
eR
1. OS ANTIARRÍTMICOS ESTÃO ENTRE AS DROGAS MAIS
PERIGOSAS UTILIZADAS NA CLÍNICA
2. A CONDUTA MAIS APROPRIADAS QUASE SEMPRE NÃO É
FARMACOLÓGICA
- NAS BRADIARRITMIAS : CONSIDERAR MARCA-PASSO
- NAS TAQUIARRITMIAS: CONSIDERAR CARDIOVERSÃO
3. TRATAR O PACIENTE NÃO O ELETROCARDIOGRAMA
4. PROCURAR POR FATORES PREDISPONENTES TAIS COMO:
- ALTERAÇÕES ÍÔNICAS - TIREOTOXICOSE -USO DE DROGAS
- ISQUEMIA , ANEURISMA – DISFUNÇÃO CARDÍACA OU DOENÇA
CARDÍACA CONGÊNITA
5. EVITAR SOBRETUDO “COCTAILS” DE DROGAS

CLASSE I : ATUAM SOBRE O COMPONENTE RÁPIDO DO PA CARDÍACO


(BLOQUEADORES DE gNa+)
QUINIDINA E PROCAINAMIDA
LIDOCAINA – DiFENIL-HIDANTONINA(FENITOINA)
CLASSE II: BETA BLOQUEADORES
PROPRANOLOL E OUTROS
CLASSE III: DROGAS QUE PROLONGAM A DURAÇÀO DO PA CARDÍACO
BLOQUEDORES DE CANAIS DE K
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

AMIODARONA BRETÍLIO
CLASSE IV: MEDICAMENTOS QUE BLOQUEIAM O COMPONENTE LENTO DO
POTENCIAL DE AÇÃO CADÍACO (BLOQ. DE CANAIS DE Ca++)
VERAPAMIL DILTIAZEN
CLASSE V: MISCELÂNEA

CLASSE I – BLOQUEADORES CANAIS DE Na+


BLOQUEIAM OS CANAIS DE SÓDIO
COMO OS CANAIS DE SÓDIO PODEM ESTAR ABERTOS – INATIVADOS -
REPOUSO ESTES ANTIARRÍTMICOS ATUAM MELHOR QUANDO OS CANAIS
ESTÃO ATIVOS OU INATIVOS
QUANTO MAIS FREQUENTEMENTE OS CANAIS ESTIVEREM ABERTOS OU
INATIVOS MAIOR O GRAU DE BLOQUEIO PRODUZIDO.
COMO EFEITO PRINCIPAL TEMOS UMA REDUÇÃO DA VELOCI- DADE DE
DESPOLARIZAÇÃO DURANTE A FASE 0 DO POT. DE AÇÀO.
COMO BLOQUEIAM A PROPAGAÇÃO DOS POT. AÇÃO EM MUITOS TECIDOS
EXCITÁVEIS COMPORTAM-SE COMO OS ANEST. LOCAIS. EXERCEM
UMA AÇÃO ESTABILIZANTE DE MEMBRANA

Classe Ia
- Quinidina > usada em taquiarritmias juncional e ventricular
- Procainamida IV > arritmias atriais e ventriculares > CARDIOVERSÃO,
desfibrilação, AMIODARONA > SUBSTITUIRAM!
- Disopiramida – arritmias ventriculares, manutenção do ritmo sinusal em FA
ou fluter atrial.
Também age como de classe III > podem precipitar arritmias que evoluem para fibrilação
ventricular; interfere com a saída de potássio na repolarização.
- MECANISMO DE AÇÃO:
- BLOQUEIA CANAIS RÁPIDOS DE SÓDIO
- RETARDA A REPOLARIZAÇÃO
- PROLONGA O POTENCIAL DE AÇÃO
- PROLONGAM A REPOLARIZAÇÃOE REDUZEM O Vmax (++)
Diminui V de condução e aumenta a refratalidade.
- INDICAÇÕES
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

- FIBRILAÇÀO ATRIAL
- CONTRAÇÕES ATRIAIS PREMATURAS
- CONTRAÇÕES VENTRICULARES PREMATURAS
- TAQUICARDIA VENTRICULAR
SÍNDROME DE Wolff-Parkinson-White

QUINIDIDA
I. EFEITOS CARDÍACOS
1. DIRETOS ( CONCENTRAÇÃO DEPENDENTE)
- SÃO DEPRESSORES AV
- EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO
- SÃO PARASSIMPATICOLÍTICOS
2. DIRETOS (NÃO CONCENTRAÇÃO DEPENDENTE)
- PARASSIMPATICOLÍTICO
- AUMENTA DURAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO
- AUMENTA O INTERVALO QT
2. EFEITOS EXTRACARDÍACOS
- A QUINIDINA POSSUI EFEITOS BLOQUEADORES DOS aADR
QUE PODEM CAUSAR AUMENTO REFLEXO DA FC
Toxicidade
1. AÇÃO ANTI MUSCARÍNICA
- AUMENTO DA FREQUÊNCIA SINUSAL
- AUMENTO DA CONDUÇÃO AV
2. PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT
- ( 5%) - “síncope quinidínica” - Torsade de Pointes
3. DEPRIME A CONTRATILIDADE
- contribui para diminuir a Pressão Arterial
4. CHINCHONISMO
- CEFALÉIA, TINNITUS, VISÃO NOTURNA, DESORIENTAÇÃO, PSICOSE E,
DESORDENS GI
- REAÇÕES ALÉRGICAS (Ex.: púrpura trombocitopênica ).
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

5. (MORTE SÚBITA ( 0.5 - 4% )

PROCAINAMIDA

COMO A QUINIDINA , TEM, HOJE, UM INTERESSE MAIS HISTÓRICO


USO PROLONGADO: FEBRE, RASH,
3-6 MESES: ANTICORPOS (SÍNDROME LUPUS LIKE )

CLASSE Ib

1. TIPOS
- LIDOCAINA, FENITOINA, TOCAINIDA, MEXILETINA
2. MECANISMO DE AÇÃO
- BLOQUEIAM CANAIS DE SÓDIO SE ASSOCIANDO E SE
DISSOCIANDO DENTRO DO PRAZO DO BATIMENTO CARDÍACO
NORMAL
- ENCURTAM O POTENCIAL DE AÇÃO E REDUZEM O Vmax ( +)
- A DISSOCIAÇÀO ACONTECE NO INÍCIO DO BATIMENTO
SEGUINTE (DESDE QUE OS BATIMENTOS SEJAM NORMAIS)
- SE LIGAM PREFERENCIALMENTE AOS CANAIS REFRATÁRIOS
BLOQEANDO PREFERENCIALMENTE CÉLULAS DESPOLARIZADAS COMO
ACONTECE NA ISQUEMIA
- ASSIM UM BATIMENTO PREMATURO SERÁ ABORTADO
2. INDICAÇÀO
USADOS NA ARRITMIA VENTRICULAR SOMENTE COM:
- CONTRAÇÕES VENTRICULARES PREMATURAS
- TAQUICARDIA VENTRICULAR
- FIBRILAÇÃO
PARÂMETRO ELÉTRICO SUB-GRUPOIa QUINIDINA / SUB-DRUPO Ib LIDOCAINA E
PROCAINAMIDA FENITOINA
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

AUTOMATISMO DEPRIME DEPRIME

RESPONSIVIDADE DEPRIME DEPRIME *


CONDUTIBILIDADE DEPRIME DEPRIME *

REFRATARIEDADE AUMENTA DIMINUI


DURAÇÃO DO PA AUMENTA DIMINUI

REATIVAÇÃO DE gNa+ RETARDA RETARDA

LIDOCAÍNA
1. COMO ANTIAARÍTMICO É EMPREGADA POR VIA EV PARA TRATAR
OU PREVINIR ARRITMIAS VENTRICULARES PÓS INFARTO DO
MIOCÁRDIO
2. É QUASE INTEIRAMENTE METABOLIZADA PELO FÍGADO
3. POR SOFRER EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM NÃO É EMPREGA- DA
POR VIA ORAL
SEUS EFEITOS ADVERSOS MAIS IMPORTANETES DIZEM RESPEITO A SUAS
AÇÕES NO SNC ( > 5 ug/ml )
PARESTESIAS PERIORAL TÍNITUS
FALA ARRASTADA,
CONFUSÃO MENTAL
SONOLÊNCIA
CONVULSÃO INICIAL SEGUIDA DE DEPRESSÃO DO SNC

FENITOINA
AINDA HOJE É EMPREGADA COMO ANTIEPILÉTICO, emprego como
antiarrítmico é obsoleto.

CLASSE Ic

1. TIPOS: FLECAINIDA (droga protótipa) – ENCAINIDA -


PROPAFENONA
2. MECANISMO DE AÇÃO
- SE ASSOCIAM E SE DISSOCIAM MUITO LENTAMENTE
CHEGANDO
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

A UM NÍVEL DE EQUILÍBRIO QUE NÃO VARIA DURANTE O CICLO


CARDÍACO
- PREFERÊNCIA MÍNIMA PARA CANAIS REFRATÁRIOS
- NÃO APRESENTAM SELETIVIDADE PARA TECIDOS
ISQUÊMICOS
- NÃO TEM EFEITO NA DURAÇÃO DO POT. DE AÇÀO
- MAS ¯¯¯ Vmax.
- CAUSAM UMA REDUÇÃO GERAL DA EXCITABILIDADE E NÃO
DISCRI- MINAM ENTRE BATIMENTOS NORMAIS E BATIM.
PREMATUROS
3. INDICAÇÃO: FIBRILAÇÀO ATRIAL PAROXÍSTICA

FLECAINIDA + ENCAINIDA

1. TEM AÇÃO LONGA E REDUZEM A FREQUÊNCIA DE EXTRA-SÍSTOLES


POR VIA ORAL
2. COMO AUMENTAM A INCIDÊNCIA DE MORTE SÚBI- TA
ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR PÓS INFARTO DO
MIOCÁRDIO NÃO É MAIS USADA PARA ESSE FIM
3. USO PRINCIPAL: NO TRATAMENTO PROFILÁTICO DE FIBRILAÇÃO
ATRIAL PAROXÍSTICA

CLASSE II – BETABLOQUEADORES
Propranolol (Inderal®)
Acebutalol Esmolol Metoprolol Atenolol (Atenol®) Timolol

Antagonismo competitivo dos receptores B á ação da noradrenalina


• Redução do AMPc com redução das correntes de Na e Ca
• - Automaticidade relacionada ao NSA
• - Responsividade do tecido isquêmico
• - condução atrioventricular
• Prolongamento do intervalo PR
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

• Profilaxia após IAM (propranolol, metoprolol etc). Reduzem a progressão para


ICC e arritmias fatais

Classe III - Bloqueadores dos Canais de Potássio IK

AMIODARONA, DOFETILIDA, IBUTILIDA, SOTALOL


• INIBEM A SAIDA DE POTÁSSIO DA CÉLULA, PRINCIPALMENTE NO
TRANSCURSO DA FASE 3
• PROLONGAM A DURAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO
• AUMENTO DO PERÍODO REFRATÁRIO EFETIVO
• REDUZ A CAPACIDADE DO CORAÇÃO EM RESPONDER A
TAQUICARDIAS.
• PROLONGAM O INTERVALO QT > pode causar arritmias ventriculares.
Prolongam o período refratário efetivo; não alteram o potencial de corrente diastólica.

Efeitos adversos da AMIODARONA


RASH CUTÂNEO FOTOSSENSÍVEL (PRODUZ COR CINZA-AZULADA NA
PELE)
DEPÓSITOS DE MICROCRISTAIS NA CÓRNEA E PELE
FIBROSE PULMONAR (LENTA E IRREVERSÍVEL)
DISFUNÇÃO HEPÁTICA (PODE SER IRREVERSÍVEL)
CONSTIPAÇÃO (20%)
DISFUNÇÃO TIREOIDEANA (5%) – IODO NA MOLÉCULA
LIGA-SE INTENSAMENTE NOS TECIDOS (t1/2 PROLONGADO 10-100
DIAS)
MONITORAR ELETRÓLITOS PLASMÁTICOS PARA PREVENIR TORSADES DE
POINTES
RARAMENTE CAUSA NOVAS ARRITMIAS PROVAVELMENTE POR
BLOQUEAR BETA RECEPTORES, CANAIS DE POTÁSSIO, CANAIS DE SÓDIO E
CANAIS DE CÁLCIO.

DRONEDARONA: ANÁLOGO DA AMIODARONA MENOS TÓXICO (NÃO TEM


IODO NA MOLÉCULA). MENOS LIPOFÍLICA E MENOR MEIA VIDA DO QUE A
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

AMIODARONA. TRATAMENTO DA FIBRILAÇÃO OU FLUTTER ATRIAL: não


deve ser administrado em pacientes com fibrilação atrial permanente aumento de eventos
cardiovasculares importantes (morte cardiovascular, AVC, embolismo arterial sistêmico
e infarto do miocárdio)

CLASSE IV
Verapamil e Diltiazen

• Antagonistas dos canais de Ca++(tipo L ) voltagem dependentes


• Diminuem a condução atrioventricular
• Aumentam o período refratário efetivo
• Aumentam o intervalo PR
• Relaxam o músculo liso arteriolar e dos vasos
coronarianos
• Produzem efeito inotrópico negativo
Canais de cálcio do coração !

VERAPAMIL
1. É DADO POR VIA ORAL ( PROFILAXIA DA TAQUICARDIA SUPRA
VENTRICULAR PAROXÍSTICA DE ORIGEM NODAL)
2. AS PREPARAÇÕES EV DISPONÍVEIS SÃO PERIGOSAS E QUASE NUNCA
SÃO NECESSÁRIAS
3. CONTROLE DO FLUTTER E DA FIBRILAÇÀO ATRIAL
4. É INEFICAZ NA SÍNDROME DE WOLF-PARKINSON-WHITE
5. É PERIGOSO NAS ARRITMIAS VENTRICULARES
Interfere na fase II e IV, entradas de cálcio > diminui a despolarização do Nó SA e AV >
diminui FC
CUIDADOS!!! > INTENSO EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO (EM ESPECIAL NO
USO INTRAVENOSO)
CUIDADO COM O USO CONCOMITANTE DE PROPRANOLOL
AUMENTA OS NÍVEIS DE DIGOXINA
CONSTIPAÇÃO, HIPOTENSÃO
Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

DILTIAZEN
TEM MAIS EFEITOS RELAXANTES DA MUSCULATU- RA LISA DO QUE O
VERAPAMIL

DIGOXINA > não pertencem as classes, miscelânea


Classe farmacológica: glicosídeo carditônico Inibe ATPase sódio potássio dependente
Permite maior oferta de cálcio para contraçào
Monitorar os níveis de potásioe e os níveis do fármaco Automaticidade :
¯ frequência de disparo do NSA (vagomimetico )
Excitabilidade: principalmente ventricular aos simpaticomiméticos
Diminui a condução AV
Responsividade -, principalmente nas doses tóxicas

TRATAMENTO DA ARRITMIAS CAUSADAS POR TOXICIDADE DE


DIGOXINA:
DESCONTINUAR
DAR K (monitorar os níveis plasmáticos) LIDOCAINA
FENITOINA
Fab FRAGMENTOS PARA DIGOXINA

ADENOSINA
PRODUZ EFEITOS INIBITÓRIOS SOBRE ATIVIDADE CARDÍACA
DIMINUI A FREQUÊNCIA DE DISPAROS DO NSA E
DIMINUI A CONDUÇÃO AV (efeito vagomimético)
PARA CONVERTER TAQUICADIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA
PARA RÍTMO SINUSAL
APRESENTA MEIA VIDA MUITO CURTA SÓ É USADA POR VIA EV EM BOLUS
MÍNIMAS REAÇÕES ADVERSAS
PODE CAUSAR ASSISTOLIA POR POUCOS SEGUNDOS

Efeitos adversos > RUBOR (20%)


Miguel Annuzzo – 70D Prof: Renato Santiago

RESPIRAÇÃO “CURTA” (broncoespasmo) CEFALÉIA


HIPOTENSÃO NÁUSEAS
PARESTESIAS
CONTRA INDICADA PARA PACIENTES COM TRANSPLANTE CARDÍACO (?)

Outros;
Atropina (antagonista muscarínico)

Ö bradicardia sinusal com alterações hemodinâmicas


Adrenalina (agonista adrenérgico)
Ö Parada cardíaca
Isoprenalina (agonista adrenérgico)
Ö Bradicardia por bloqueio cardíaco
Cloreto de magnésio
Ö fibrilação ventricular

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