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ELEMENTOS DA FARMACOLOGIA

Profª: Enfª Priscila Lima


Por que ● Compreender o mecanismos pelo qual uma substância
estudar química administrada afeta o funcionamento do
farmacologia organismo;
? ● Para se ter sucesso terapêutico no tratamento de
doenças ;
● Escolher o fármaco mais adequado para certas
características fisiopatológicas;
● Garantir que o fármaco atinja a concentração
adequada;
Desde tempos imemoriais, procura-se tratar as doenças
de pessoas e animais com medicamentos.
HISTÓRIA DA O conhecimento acerca do poder curativo de certas
plantas ou minerais já existia em antigos livros de
FARMACOLOGIA fitoterápicos. A crença no poder curativo das plantas e
de certas substâncias fundamenta-se basicamente no
conhecimento tradicional, isto é, informações empíricas
não submetidas à avaliação crítica
É a área que estuda como as substâncias químicas interagem
com os sistemas biológicos. Como ciência nasceu em meados
do século XIX. Se essas substâncias têm propriedades
medicinais, elas são referidas como “substâncias
farmacêuticas”.
Farmacologia
O campo abrange desde a composição de medicamentos,
interações, toxicologia até os efeitos desejáveis que podem
ser usados no tratamento de doenças.

Esta ciência engloba o conhecimento da história, origem,


propriedades físicas e químicas, associações, efeitos
bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de absorção,
biotransformação e excreção dos fármacos para seu uso
terapêutico ou não.
● Atualmente, é considerada uma das principais
ferramentas para os profissionais de saúde, assim como
para aqueles que têm o contato direto ou indireto com os
Farmacologia medicamentos. Ao estudar os efeitos e mecanismos de
ação das drogas, pode-se não somente como os fármacos
atuam, mas também conhecer a fisiologia normal do
organismo. Esse conhecimento permite empregar os
medicamentos de forma mais objetiva, melhorando o
tratamento.
Estudo da interação dos compostos químicos com os
organismos vivos. A resposta ou efeito dessa interação
pode apresentar diversas gradações, simplificadas em
dois grandes tipos: benéficos ou maléficos.
FARMACOLOGIA
● FARMACOLÓGIA: Ciência que estuda os fármacos e
seus efeitos.
Farmacologia e
suas ● FARMACOCINÉTICA: Estuda quantitativamente a
passagem do fármaco pelo organismo.
subdivisões
● FARMACODINÂMICA: Estuda os efeitos terapêuticos,
secundários, adversos e colaterais, bem como os
mecanismos de ação dos fármacos.
● Estuda o percurso da droga a partir do momento em que é ingerida,
juntamente com o tempo que demora a agir.
● A farmacocinética estuda o caminho do fármaco no organismo,
desde a sua administração, absorção, distribuição e metabolismo,
até a sua excreção. Cada uma dessas etapas pode afetar positiva ou
negativamente a ação do fármaco, dependendo da forma como for
aproveitada
FÁRMACO-
● Existem 3 períodos nesse percurso, são eles:
CINÉTICA (remédio/
movimento) ● A. Período de latência: desde o momento que se ingere a droga até
o primeiro sinal de resposta do organismo que se possa observar. A
droga passa por membranas celulares e é absorvida ao cair na
corrente sanguínea.
● B. Período de duração longa: momento entre o início e o término
da resposta do organismo no qual se pode detectar a reposta
biológica.
● C. Meia vida biológica: momento em que a concentração da droga
se reduz em 50% na corrente sanguínea
● 1- Absorção (entrada)
O remédio ● Quando o fármaco entra na corrente sangüínea. Existem alguns fatores
que podem afetar essa absorção, como por exemplo: local de
passa por 4 administração, solubilidade, concentração, fluxo sangüíneo, algumas
patologias associadas e uso de outro fármaco ao mesmo tempo.
fases do ● 2- Distribuição:
momento em ● Segundo, o fármaco pode, então, reversivelmente, sair da circulação
sanguínea e distribuir-se nos líquidos intersticial e intracelular Propagação
que o um da droga através dos compartimentos orgânicos.
remédio é ● 3- Biotransformação (metabolização):
administrado ● O fígado é o principal órgão de biotransformação. É onde ocorrem os
processos enzimáticos que os fármacos sofrem, o resultado desses
até ser processos é a formação de metabólitos que podem produzir efeitos
benéficos ou tóxicos (caso fiquem acumulados no tecido adiposo).
eliminado do ● 4- Excreção (eliminação):
organismo: ● -É quando ocorre a eliminação da droga do organismo. Ocorre através da
urina, fezes, suor, saliva, etc.
Fármaco no local da
administração

Absorção (entrada)

Distribuição

Metabolização
Fármaco e/ou metabólito(s)
na urina, bile, lágrima, leite,
saliva, suor ou fezes.
Eliminação ( saída)
● Os eventos não farmacológicos que ocorrem após a
administração de um farmaco.
● Uma droga é absorvida para a corrente sanguínea, distribuída
Farmacocinétic através do organismo e, a seguir, é eliminada por meio de sua
transformação em outro composto ou de sua excreção.
a ● Esses eventos são importantes no que diz respeito à ação
farmacológica de uma droga, uma vez que determinam a
quantidade da mesma que chega ao local de ação e duração do
efeito.
● Receptores: para fazer efeito numa célula, os fármacos
devem combinar-se com estruturas da superfície ou do
interior das células, chamadas de receptores.
FARMACODINÂMICA ● É válido também para as drogas que o organismo
(o que a droga faz no produz endógenas (hormônios).
organismo)
● As drogas exógenas, recebidas pelo organismo, atuam
imitando os efeitos das endógenas, pela combinação
com os mesmos receptores, esses receptores são
específicos e seletivos, se combinando quimicamente
com a droga.
Avalia o que o fármaco faz no organismo:
● ✓ mecanismo de ação
● ✓ efeitos bioquímicos
● ✓ efeitos fisiológicos
● ✓ Relação concentração-efeito
Farmacodinâmica Efeitos terapêuticos (como alívio da dor e diminuição
(O que a droga faz no da pressão arterial);
organismo)
Efeitos colaterais;
Onde o medicamento age no organismo ( local de
atividade);

Como o medicamento age no organismo (mecanismo


de ação)
● Dependentes do paciente: variações individuais/
biológicas, idade, peso, sexo, doenças associadas,
FATORES DE
tolerância ou sensibilidade.
INFLUÊNCIA
● Dependentes do medicamento: dose (administração),
duração do tratamento, vias de administração,
formulação e forma farmacêutica
Os efeitos de um medicamento no organismo podem
ser influenciados por muitos fatores, como:

● A idade da pessoa (Medicamentos e envelhecimento);

● A composição genética de uma pessoa;

● Administração de outros medicamentos.


● DROGA: Substância ou matéria-prima que tenha a
finalidade medicamentosa ou sanitária;
● DROGA – qualquer substância química capaz de produzir
alterações fisiológicas em um organismo vivo, benéficas
ou maléficas.
Farmacologia
● MEDICAMENTOS: É toda substância que, introduzida no
organismo, vai atender a uma finalidade terapêutica.
Finalidades:
● PREVENTIVA. Ex.: vacinas;
● PALIATIVA. Ex.: analgésico;
● CURATIVA. Ex.: antibiótico;
● SUBSTITUTIVA . Ex.: insulina.
● FÁRMACO: São substâncias utilizadas com intenção
terapêutica ou profilática. É a droga que atuando no
organismo vivo é capaz de modificar parâmetros
fisiológicos.
● VEÍCULO ou EXCIPIENTE: Substância que não tem
atividade farmacológica. São misturados aos fármacos
para obter-se a forma farmacêutica, via de
Terminologia administração.
● TÓXICO: É a droga que atuando no organismo vivo,
produz efeitos nocivos.
● POSOLOGIA: Dose de medicamento, por dia ou
período, para obtenção de efeito terapêutico desejado.
Ex: aspirina 100 mg as 12:00
● INSUMO FARMACÊUTICO - droga ou matéria-prima
aditiva ou complementar de qualquer natureza,
destinada a emprego em medicamentos, quando for o
caso, e seus recipientes;
Terminologia ● REMÉDIO: É um termo de conceito amplo,
significando tudo aquilo que é utilizado como solução
ou “jeito” para resolver um determinado problema,
portanto sem definição e utilização científica.
● DOSE: É a quantidade de fármaco a ser administrada,
a um indivíduo, que possui certo peso.
● PLACEBO: É a droga inativa, ou substâncias inativas, para
satisfazer a necessidade psicológica do paciente.
● Placebo é o nome dado à qualquer forma de tratamento médico
que parece ser real, mas que, na verdade, não possui nenhuma
propriedade química desenvolvida especificamente para causar
melhora clinica nos pacientes. De forma mais simples, podemos
dizer que o placebo é um falso tratamento.
● Qualquer coisa pode ser considerado um placebo, contanto que
o paciente acredite que aquilo tem propriedades médicas. Um
placebo pode ser um comprimido de farinha, uma injeção que só
contém água, uma pomada que não contém nenhum
medicamento, uma pulseira feita de algum material inerte,
luzes, cristais ou mesmo algum aparelho supostamente médico,
mas que não faz absolutamente nada, além de acender algumas
luzes e emitir barulhos.
● O que torna os placebos fascinantes é o fato de, a
despeito de não terem nenhuma substância química
ativa, eles realmente funcionarem para muitas
pessoas. Placebos podem aliviar dor, melhorar o
humor, tratar ansiedade, aumentar a capacidade
concentração, melhorar a coordenação motora,
melhorar a memória e até aliviar sintomas como
tremores.
● O efeito placebo é, portanto, um efeito totalmente
dependente de sugestão. Quanto maior for a
expectativa do paciente, seja para o bem ou mal,
maior será a chance do efeito placebo (ou nocebo)
funcionar.
● E o efeito placebo também pode ocorrer com
medicamentos reais. Uma pessoa que acredita que o
medicamento real prescrito vai funcionar tem maiores
chances de ver algum efeito benéfico do que as
pessoas que não estão seguras em relação ao
tratamento proposto. O mesmo vale para os efeitos
colaterais. Pacientes ansiosos, que frequentemente se
impressionam com a parte de efeitos adversos
descritos nas bulas, têm mais chance de apresentar os
efeitos citados do que aqueles que não se preocupam
muito com os efeitos colaterais.
● DOSE MÍNIMA- é a menor quantidade de um
medicamento capaz de produzir efeito terapêutico.
● DOSE MÁXIMA – é a dose maior capaz de produzir
efeito terapêutico sem apresentar efeitos indesejáveis.

Terminologia ● DOSE DE MANUTENÇÃO: dose necessária para


manter os níveis desejáveis de medicamento na
corrente sanguínea e nos tecidos durante o
tratamento.
● DOSE LETAL – é a quantidade de um medicamento
capaz de produzir a morte do individuo.
● 1. Início de ação: Intervalo de tempo entre o momento
em que o medicamento é administrado e o primeiro
sinal de efeito.
● 2. Ação máxima: Tempo que leva para o medicamento
atingir a concentração efetiva mais alta.
Mecanismo ● 3. Duração de ação: Período de tempo do início de
de Ação ação do medicamento até a finalização do efeito.
● 4. Platô: Concentração sérica no sangue mantida após
doses fixas e repetidas
● 5. Faixa terapêutica: Faixa de concentração plasmática
que produz o efeito desejado do medicamento sem
toxicidade.
● • A monitorização dos níveis séricos dos
medicamentos é feita por meio de exame laboratorial,
Dose sérica cujo resultado permite ajuste posológico do
medicamento. Nesse exame, é feita a coleta de uma
do amostra de sangue para identificar o nível sérico, que
medicamento varia de acordo com cada medicamento. Essas
amostras são, geralmente, colhidas imediatamente
antes da próxima dose programada do medicamento
● Efeito terapêutico é a resposta fisiológica
pretendida ou desejada de um determinado
Efeitos medicamento, o qual pode apresentar vários
Terapêuticos efeitos.
● •Ex. aspirina promove analgesia, reduz
inflamação e febre e retarda a coagulação
sanguínea.
● É um efeito secundário previsível e inevitável, produzido por
uma dose terapêutica usual, sendo que alguns destes efeitos
colaterais podem ser inofensivos, enquanto outros podem causar
danos.
● Ex.: codeína - constipação, que pode ser controlada com
alteração na dieta e ingestão de líquidos. Quando os efeitos
colaterais superam os efeitos benéficos do medicamento, o
EFEITO médico pode interromper a terapia.
COLATERAL
● Codeína : é um analgésico potente, do grupo opioides, que pode
ser usado para alivio de dores moderadas, além de ter efeito
antitussígeno, já que bloqueia o reflexo da tosse a nível cerebral.
● Nomes: Codein, Belacodid, Codaten e Codex.
● A Codeína pode causar dependência
● São efeitos indesejados, obtidos pela administração de
determinado medicamento, porém, na maioria das
vezes, são previstos.
● O efeito colateral ocorre quando há administração de
doses terapêuticas de algum medicamento, portanto,
não deve ser confundido com efeito tóxico, que é o
resultado da superdosagem ou do uso prolongado de
um medicamento.
EFEITOS
COLATERAIS
Entre os efeitos colaterais mais corriqueiros na maioria
dos medicamentos, está:

● tonturas;
● dores de cabeça;
● sonolência;
● vômito;
● queda de cabelo;
● rachaduras na pele;
● erupções cutâneas;
● amnésia temporária;
● Boca seca;
● Alterações no paladar;
● Constipação;
● Disfunção sexual.
● As reações adversas são efeitos não intencionais,
indesejáveis e, muitas vezes, imprevisíveis do
medicamento. Algumas reações adversas ocorrem
imediatamente, enquanto outras se desenvolvem mais
lentamente ao longo do tempo, podendo variar de
REAÇÕES efeitos leves a tóxicos.
ADVERSAS ● Ex. coma após uso de uma medicação. Conceito da
OMS: “qualquer resposta prejudicial ou indesejável e
não intencional que ocorre com medicamentos em
doses normalmente utilizadas no homem para
profilaxia, diagnóstico, tratamento de doença ou para
modificação de funções fisiológicas”.
● Interação medicamentosa é a capacidade que um medicamento
tem de interferir no efeito de outro. Esta interferência pode ocorrer
de algumas maneiras, seja inibindo ou seja diminuindo o seu efeito
esperado, muitas vezes até mesmo aumentando os seus efeitos
Interação colaterais.
Medicamentosa
Interações medicamentosas indesejáveis
Grupo/Medicamento 1 Grupo/Medicamento 2 O que ocorre? O que fazer caso tenha que
usar

ANTIBIOTICO ANTIÁCIDO REDUZ EFEITO DO TOMAR EM HORÁRIO


ANTIBÓTICO DIFERENTE , DE ACORDO
COM A OR.MÉDICA

RIFAMPICINA ANTICONCEPCIONAIS REDUZ O EFEITO DO TOMAR CONTRACEPTIVO


ANTICONCEPCIONAL

CORTICÓIDE ANTICONCEPCIONAIS DOR DE ESTÔMAGO E SEGUIR ORIENTAÇÃO DO


AUMENTO DO RISCO DE PROFISSIONAL
SANGRAMENTO

MEDICAMENTOS PARA ANTIDEPRESSIVO AUMENTO DA PRESSÃO SEGUIR ORIENTAÇÃO DO


EMAGRECER ARTERIAL E TAQUICARDIA PROFISSIONAL

INIBIDORES DE APETITE ANSIOLÍTICOS IRRITABILIDADE, SEGUIR ORIENTAÇÃO DO


CONFUSÃO MENTAL E PROFISSIONAL
TAQUICARDIA
Interações medicamentosas indesejáveis

● Interações entre fármacos e alimentos podem ser determinantes


na obtenção do sucesso terapêutico, em razão das interferências
tanto no metabolismo de medicamentos quanto na absorção de
nutrientes.
ANTIBIÓTICOS ANTIINFLAMATÓRIOS Antidepressivos

Suco de laranja Vitamina A Leite

Limão Vitamina C Chocolate

Refrigerantes Vitamina B Cerveja

Bebidas gasosas Café


Queijo
Vinho tinto
❖ Não ingira álcool junto a: antidepressivos,
antitérmicos(paracetamol), analgésicos, calmantes,
antipsicóticos, ácido acetilsalicílico (aspirina), anticoagulantes
e anticonvulsivantes

‘’O álcool é absorvido pela corrente sanguínea e percorre todo o


organismo, em especial o cérebro, coração, estômago, fígado,
rins e até os pulmões. O efeito da bebida, absorvida junto com
certos tipos de medicamentos no organismo, pode ser
altamente tóxico, lesar os órgãos e causar desidratação e
desnutrição, pois prejudica a absorção de nutrientes pelo
corpo”.
● Dizem que o álcool elimina o efeito dos antibióticos. Não é mito, e o alerta não vai só para quem
está tomando antibiótico. Muitos medicamentos podem interagir com o álcool e alterar o
metabolismo, os efeitos do álcool e também da medicação.

Perigo com energéticos

● A associação de álcool com energéticos pode enganar o público quanto a possibilidade de menor
embriaguez. Porém, o consumidor fica tão alcoolizado quanto, se não tivesse tomando esse tipo
de bebida.
● Essa percepção equivocada, apesar do estado de embriaguez eu não é impedido com o consumo
de energéticos, também faz com que as pessoas acabem bebendo muito mais do que
conseguiriam se não estivessem tomando os estimulantes.
● “Isso é grave porque aumenta a ocorrência de complicações como o coma alcoólico. Essas
substâncias quando ingeridas, juntas, podem causar desidratação, arritmias cardíacas, convulsões,
piorar os sintomas de ressaca e até morte súbita de origem cardíaca.
● Evento evitável que pode causar ou levar a um
uso inapropriado de medicamentos ou causar
dano a um paciente, enquanto a medicação
está sob o controle dos profissionais de saúde,
Erro de pacientes ou consumidores.
medicação
Porque acontece os
erros de medicação ?
As pessoas se confundem e tomam o medicamento
incorretamente;
Os médicos escolhem o medicamento errado ou
prescrevem uma dose incorreta;
Cuidadores oferecem medicamento para a pessoa errada;
As pessoas usam medicamentos vencidos;
Pessoas tomam o medicamento com alimentos quando o
medicamento é melhor absorvido em um estômago vazio
ou tomam o medicamento sem alimentos quando o
alimento é necessário para prevenir efeitos colaterais.
O farmacêutico ou o paciente armazenam o medicamento
incorretamente, enfraquecendo, dessa forma, a potência
do mesmo.
Nomes parecidos de medicamentos.
Nomes parecidos de medicamentos
DEXAMETASONA BETAMETASONA

DOBUTAMINA DOPAMINA

CEFAZOLINA CEFOXITINA

CEFALOTINA CEFAZOLINA

CARBAMAZEPINA OXCARBAZEPINA

ÁCIDO FÓLICO ÁCIDO FOLÍNICO

ACICLOVIR GANCICLOVIR

RIPAMPICINA RIFAMICINA

DIPIRONA DIPIRIDAMOL
REAÇÃO ADVERSA:
EFEITO COLATERAL:
indesejáveis e, muitas vezes,
previsível e inevitável.
imprevisíveis com doses usuais

EFEITO TÓXICO: ERRO DE MEDICAÇÃO:


Reações por uso de doses altas Evento evitável
● São efeitos imprevisíveis em que o paciente apresenta uma
reação menor ou excessiva após o uso do medicamento. É
impossível prever que tipo de paciente apresentará reação
Reações idiossincrática. Exemplo: lorazepam, um ansiolítico, quando
idiossincrática administrado em indivíduos idosos, pode piorar a ansiedade e
causar agitação e delírio.
s
● Reações alérgicas também são respostas imprevisíveis.
O uso de um medicamento pela primeira vez pode
Reações causar uma resposta imunológica. Quando isso ocorre,
o medicamento age como antígeno, causando a
alérgicas produção de anticorpos. Com a administração
repetida, o paciente desenvolve uma resposta alérgica
ao medicamento ou aos metabólitos.
● Angioedema: Inchaço agudo, indolor, dérmico,
subcutâneo ou submucoso que envolve face,
pescoço, lábios, laringe, mãos, pés ou genitália.

REAÇÕES
ALÉRGICAS
COMUNS
● Eczema (erupção cutânea): Pequenas vesículas, geralmente
avermelhadas; muitas vezes, espalhadas por todo o corpo.

REAÇÕES
ALÉRGICAS
COMUNS

● Prurido: Coceira da pele; acompanha a maioria das erupções


cutâneas.
● Rinite: Inflamação das membranas
mucosas que revestem o nariz,
causando inchaço e secreção aquosa
transparente.
REAÇÕES ● Urticária: Erupções cutâneas, de
ALÉRGICAS forma irregular, com tamanho e
forma variáveis; as erupções
COMUNS apresentam margens avermelhadas e
centros pálidos.
● Sibilos: Contração da musculatura
lisa dos bronquíolos, que diminui o
diâmetro das vias aéreas; ocorre
durante a inspiração devido a um
estreitamento importante das vias
aéreas; o desenvolvimento de edema
da faringe e laringe obstrui ainda
mais o fluxo aéreo.
● Quais os remédios que causam alergia mais constantemente?

1. Antibióticos estão entre os remédios que mais causam alergia

Eles são capazes de reverter perigosas infecções causadas por diferentes
tipos de bactérias – são responsáveis pela maioria dos casos reativos.
● Suas substâncias características e de forte ação são ainda mais violentas
quando entram em contato com organismos passiveis de alergia. Os
sintomas podem ser instantâneos e fatais, se não tratados imediatamente
(e corretamente) após a exposição.
● Dentre os medicamentos mais comuns estão a penicilina, a eritromicina, a
amoxicilina, a ampicilina e a tetraciclina.

● 2. Analgésicos

Os analgésicos, que são de uso tão comum e frequente, também são
remédios que causam alergia ao organismo. Ainda que o seu papel esteja
diretamente relacionado ao alívio de dor e ao bem-estar, a reação alérgica
pode transformar seu efeito no corpo.
● Ou seja, eles não são tão inofensivos quanto aparentam e também podem
ser causadores de crises alérgicas perigosas. Destacam-se nesse perfil a
dipirona e o ácido acetilsalicílico (popularmente chamado de aspirina).
3. Anti-inflamatórios
● Os anti-inflamatórios também estão no ranking dos remédios
que causam alergia. Como o próprio nome sugere, esses
medicamentos, que apresentam atuação direta em quadros
inflamatórios, podem gerar inconvenientes inesperados.
● Esses remédios, passíveis de administração sem o
acompanhamento médico, também representam uma
ameaça aos organismos fragilizados. Exemplos dessa classe
são: ibuprofeno, dicoflenaco e naproxeno..

● 4. Anticonvulsivantes
● Ainda que o uso dos anticonvulsivantes nãos seja tão comum
quanto os demais medicamentos, vale ressaltar os casos de
incidência alérgica a partir da exposição do organismo com
propriedades desse tipo de remédio.
● Eles são utilizados para tratamento específico do sistema
neurológico, podem ter efeito reverso e ser perigosos se
aplicados em organismos que apresentem rejeição.
Exemplares como a carbamazepina, a lamotrigina e a
fenitoína precisam ser administrados com bastante cuidado.
● 5. Remédios para quimioterapia

● Esses medicamentos, de aplicação pontual e extremamente


importante em alguns casos, podem também, vir a ser uma causa
de alergia. Infelizmente, representa um quadro complicado e de
análise específica.
● Nesses casos, se torna necessária uma avaliação do organismo e
do processo reativo, a fim de se buscar uma solução que contemple
tanto a reversão da doença, como da aceitação da substância
tratativa. Vale ressaltar que a quimioterapia é um tratamento
bastante agressivo – dotado de efeitos colaterais, que podem ser
facilmente confundidos com crises alérgicas. Por isso, somente
buscando auxílio profissional é que é possível fazer a correta
identificação e tratamento do quadro.
● Apesar de essas serem as variedades mais comuns, outros
remédios podem ser a causa de reações severas – tudo depende do
organismo e da hipersensibilidade apresentada por ele. E não é
porque você já entrou em contato com alguma sustância (já fez
uso de algum remédio, no caso) que está imune a ela.
● De uma hora para a outra, o corpo é capaz de passar por
transformações e desenvolver certas intolerâncias, anteriormente
não identificadas. Por isso, em casos de sintomas desconhecidos, o
ideal é procurar logo por um auxílio médico. O cuidado é sempre o
melhor remédio.

● TOLERÂNCIA: ocorre ao longo do tempo. É uma situação na qual
o paciente que utiliza o medicamento por longo tempo requer
aumento de dose para obtenção do efeito desejado.
● Pacientes que usam vários medicamentos para tratar a dor
podem desenvolver tolerância com o tempo, a qual pode levar um
mês ou mais.
TOLERÂNCIA E ● Dependência - psicológica (ou vício) e física –
DEPENDÊNCIA DE
● Na dependência psicológica, o paciente deseja o medicamento
MEDICAMENTOS para obter benefícios que não os do efeito terapêutico.
● A dependência física significa que o paciente apresentará
sintomas de abstinência caso o uso do medicamento seja
interrompido abruptamente.
● Para pacientes submetidos à terapia por um período curto, como,
por exemplo, a dor pós-operatória, a dependência é rara.
● Efeitos tóxicos podem surgir após ingestão prolongada
de altas doses do medicamento, após ingestão de
medicamentos destinados à aplicação externa ou
EFEITOS
quando um medicamento se acumula no sangue
TÓXICOS devido a um prejuízo do metabolismo ou da excreção.
Os efeitos tóxicos podem ser letais, dependendo da
ação do medicamento.
● Ex. Morfina e a depressão respiratória grave ou morte.
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA

A intoxicação medicamentosa acontece quando há a ingestão de altas


doses de um medicamento ou quando um medicamento é administrado
junto com outro medicamento, bebida ou alimento que resulta em uma
interação que causa toxicidade.

Essa overdose de medicamentos pode acontecer sem a intenção, ou seja


acidentalmente, quando a pessoa pode se equivocar com a quantidade
a ser administrada. Sabe quando o médico escreve de uma forma que
você não consegue ler e também não confirma a dose a ser tomada? É
bem comum acontecer, não é mesmo?
● Outra situação que pode gerar intoxicação medicamentosa é
quando o paciente se automedica e não conhece a dose certa a ser
tomada. É só aparecerem os primeiros sintomas de gripe que já
corremos para a farmácia buscar algo para aliviar os sintomas. Quem
nunca fez isso?
● Mas, também podem acontecer casos extremos, quando a
pessoa toma uma dose elevada de medicamentos
conscientemente em uma tentativa de suicídio, por exemplo.
● Tentativas de aborto
● Diversos tipos de medicamentos podem causar
intoxicação. No entanto, os mais frequentes são os
sedativos, hipnóticos, antidepressivos, anti-inflamatórios
e opióides que são comumente utilizados para tratar dor,
insônia, inflamação, ansiedade e depressão.

● A maior incidência de intoxicação medicamentosa


acontece com os medicamentos que agem no sistema
nervoso central, como os utilizados em tratamento de
ansiedade, depressão e transtornos de humor.

❖ Analgésicos
❖ Antialérgicos
❖ Anti-inflamatórios
● Sintomas de Intoxicação Medicamentosa

Vômitos;
Diarreia;
Sonolência;
Tontura;
Palpitação;
Queimação na boca e no estômago;
Mudança na cor dos lábios;
Sudorese excessiva;
Convulsões;
Dificuldade de respiração;
Perda de equilíbrio;
Confusão mental;
Perda de consciência
● Intoxicação medicamentosa o que fazer?

● Tomar leite?
● Induzir o vômito?
AUTOMEDICAÇÃO

● Automedicar-se é o ato de ingerir remédios para aliviar


sintomas, sem qualquer orientação médica no
diagnóstico, prescrição ou acompanhamento do
tratamento.

● No Brasil, cerca de 40% dos medicamentos são


adquiridos nas farmácias por pessoas que estão se
automedicando.
● Todo remédio possui efeitos colaterais e, quando
ingerido de forma incorreta, pode causar mais malefícios
que benefícios ao organismo. Fique atento às possíveis
complicações:

❖ Intoxicação
❖ Interação medicamentosa

❖ Alivio dos sintomas que mascara o diagnóstico correto


da doença: usar remédios para aliviar imediatamente
dor e mal-estar pode esconder a real causa daqueles
sintomas. Dessa forma, a doença não é tratada
corretamente e pode se agravar.
❖ Reação alérgica
❖ Dependência
● Resistência ao medicamento - o uso indiscriminado de um
remédio pode facilitar o aumento da resistência dos
microrganismos àquela substância. No caso dos antibióticos,
por exemplo, pode prejudicar a eficácia de tratamentos em
infecções futuras.

A automedicação gera também outro mau hábito: o de acumular


remédios em casa. O perigo de:

❖ Confusão entre medicamentos;


❖ Ingestão de substâncias após o vencimento;
❖ Ineficácia no tratamento causada pelo mau armazenamento do
remédio;
❖ Ingestão acidental por crianças
● MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA (ORIGINAL) – produto
inovador registrado no órgão federal responsável pela
vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia,
segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente
junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro;
Medicamento
Referência ● Também conhecidos como de “marca” por terem marca
Genérico comercial bem conhecida. São aqueles que possuem eficácia,
Similar segurança e qualidade cientificamente comprovada por
estudos clínicos. Geralmente são produtos inovadores, com
registro na ANVISA.
● O medicamento similar é identificado pela marca ou nome
comercial e possui o mesmo princípio ativo de um
medicamento de referência. A diferença entre eles está
relacionada a alguns aspectos, como:

● Prazo de validade do medicamento;


Medicamento
● Embalagem;
Similar
● Rotulagem;
● Tamanho e forma do produto.
● Um medicamento similar só pode substituir seu respectivo
medicamento de referência após passar por testes
laboratoriais que comprovem a equivalência, iguais aos que
são exigidos para os genéricos. Os que já cumpriram esse
processo são chamados de “similares intercambiáveis” ou
“similares equivalentes”.

Medicamento
Similar
● MEDICAMENTO GENÉRICO – medicamento similar a um produto de
referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável,
geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção
patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua
eficácia, segurança e qualidade.
● Os medicamentos genéricos podem substituir os de
referência prescritos pelo médico. Em geral, eles têm custo mais
acessível.

● Na embalagem dos genéricos há uma tarja amarela contendo a letra


“G” e a inscrição “Medicamento Genérico”. Como esse tipo de
medicamento não tem marca, o que o consumidor lê na embalagem é
o princípio ativo do medicamento.
O MEDICAMENTO GENÉRICO NO BRASIL É
CONFIÁVEL?

● Sim. As fórmulas dos genéricos são idênticas às de


medicamentos de referência, ou seja: o genérico faz o
mesmo efeito que o medicamento de marca. Para
afirmar a eficiência, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) conduz os medicamentos genéricos a
testes de bioequivalência antes de aprová-los no
mercado.
● O Ibuprofeno é um dos medicamentos mais vendidos em farmácias, e
também um dos mais pesquisados no Google, mas se trata de um
medicamento genérico. Os medicamentos de referência para essa
fórmula são o Capsfen e o Novalfem, enquanto o Advil e Alivium são
similares .

Princípio Ativo:

CURIOSIDADE! dipirona

Referência Princípio Ativo Forma


Farmacêutica /
Concentração
500 MG/ML
Novalgina dipirona SOLUÇAO
INJETAVEL
As tarjas são uma forma de sinalizar visualmente
especificações nas caixas dos remédios. A presença ou não e
as colorações facilitam o trabalho dos farmacêuticos e
também categorizam de forma mais clara para os clientes e
pacientes.
Quem define as sinalizações é a Agência Nacional de
Tarjas nos Vigilância Sanitária (Anvisa). Isso acontece porque todos os
remédios precisam passar pelo controle de qualidade do
Medicamentos órgão nacional, que é o responsável por certificar, distribuir e
comercializar todos os medicamentos em solo brasileiro.
● São remédios que podem ser vendidos de forma livre, que
também são chamados de Medicamentos Isentos de
Prescrição (MIP). São fármacos que podem ser adquiridos a
qualquer momento e por qualquer pessoa.

Medicamentos ● Entretanto, vale ressaltar que, mesmo tendo uma venda


liberada, não estão livres de gerar algum tipo de efeito
Sem tarja colateral desconfortável e, dessa forma, não devem ser
utilizados de forma indevida ou compulsória. Além disso, por
tratar dos sintomas, eles podem camuflar doenças mais sérias
escondidas por trás desses sinais .
Dores de cabeça
Febre
Dor de barriga
A tarja amarela serve para sinalizar os remédios conhecidos como
genéricos, servindo para diferenciá-los dos similares e dos de
referência. A sinalização ainda deve incluir um “G” e o aviso de
“Medicamento Genérico”.
Medicamentos ● Um fármaco genérico se torna automaticamente tarjado, mesmo
Tarja Amarela que o medicamento referência não tenha nenhuma tarja ou tenha
uma de outra coloração. Nos casos de já ser um tarjado, ele deve
conter a tarja amarela e a vermelha ou preta do “original”.
● As tarjas vermelhas servem, segundo a Anvisa, para
Medicamentos sinalizar que esses medicamentos necessitam de uma
prescrição assinada por um profissional da Saúde habilitado
Tarja para serem comprados.
Vermelha ● Normalmente, os médicos e os dentistas são os únicos
autorizados a indicar o uso desses remédios.
● Eles são divididos em duas subcategorias: com ou sem retenção de
receita médica. No caso daqueles que não precisam da entrega da
receita médica para a compra, ela serve apenas para autorizar a
aquisição do medicamento.

● Porém, quando a caixa vem com o aviso “Venda sob prescrição médica.
Só pode ser vendido com retenção da receita”, que estará em branco
por cima da tarja, o cliente precisará deixar a prescrição médica na
farmácia.
● Os fármacos que recebem a sinalização da tarja preta são aqueles que,
para a segurança dos pacientes, precisam de um maior controle e
cuidado na hora de receitar. Estes são remédios que, com o uso muito
constante, podem gerar dependência química e até levar à morte.

● Isso acontece porque são medicamentos que atingem o Sistema Nervoso


Central e podem gerar muitos efeitos colaterais, além de reações
adversas, tornando-os remédios que precisam ser bem controlados.
Medicamentos Entre os efeitos adversos mais comuns, estão sono,esquecimento,
Tarja Preta dificuldade para se concentrar, desequilíbrio emocional e taquicardia.
● São também chamados de remédios controlados, psicotrópicos ou
entorpecentes, como morfina, codeína, alprazolan, clonazepan ou
sibutramina, são vendidos apenas com receita azul ou amarela ,
que deve ser retida na farmácia.
● Esses medicamentos são indicados apenas para as pessoas que
estão tentando tratar condições médicas sérias, como a obesidade,
depressão, insônia, síndrome de pânico e transtornos de
ansiedade.

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