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Farmacologia
 A farmacologia é a ciência que estuda como as
substâncias químicas interagem com os sistemas
biológicos. Como ciência nasceu em meados do século
XIX. Se essas substâncias tem propriedades
medicinais, elas são referidas como "substâncias
farmacêuticas".
 O campo abrange a composição de medicamentos,
propriedades, interações, toxicologia e efeitos
desejáveis que podem ser usados no tratamento de
doenças.
Farmacologia
 Esta ciência engloba o conhecimento da história,
origem, propriedades físicas e químicas, associações,
efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de
absorção, biotransformação e excreção dos fármacos
para seu uso terapêutico ou não.
 O primeiro registro histórico que menciona os
fármacos foi o Papiro de Smith egípcio, datado de 1600
a.C. Existe também o Papiro de Ebers de 1550 a.C que
relata a forma de preparo e uso cerca de 700 remédios.
Farmacologia
Estudo dos fármacos: fonte, solubilidade, absorção, destino no organismo,
mecanismo de ação, efeito, reação adversa (RAM).
Fármaco (pharmacon = remédio): estrutura química conhecida; propriedade
de modificar uma função fisiológica já existente. Não cria função.
Medicamento (medicamentum = remédio) : fármaco com propriedades
benéficas, comprovadas cientificamente.
Droga (drug = remédio, medicamento, droga): substância que modifica a
função fisiológica com ou sem intenção benéfica.

Remédio (re = novamente; medior = curar): substância animal, vegetal,


mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura,
banhos); fé ou crença; influência: usados com intenção benéfica.

Placebo (placeo = agradar): tudo o que é feito com intenção benéfica para
aliviar o sofrimento: fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração
pequena ou mesmo na sua ausência), a figura do médico (feiticeiro).
Farmacologia
Nocebo: efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde.

Veneno: Todo medicamento ou toda substância química pode ser um veneno,


dependendo da pessoa que o ingere e a quantidade ingerida. Porém, podemos
dizer que um veneno é uma substância que mesmo em pequenas quantidades
pode levar à morte.

Reação Adversa: É todo efeito não desejado do medicamento quando este é


utilizado em doses terapêuticas.

Efeito Colateral: É um prolongamento da ação da droga por causa de sua


inespecificidade. É um efeito esperado. Todo efeito colateral é uma reação
adversa, porém nem toda reação adversa é um efeito colateral.

Resistência: Perda da eficácia das drogas antimicrobianas.

Princípio Ativo: Parte do medicamento que responde pela ação farmacológica


deste, ou seja, substância que causa a ação esperada.
Farmacologia
Excipiente: Substâncias que são acrescidas aos princípios ativos com a
finalidade de dar forma ao medicamento na forma sólida ou pastosa.
Veículos: Substâncias que são acrescidas aos princípios ativos com a finalidade
de dar forma o medicamento na forma líquida.

Ação terapêutica: Ação de curar ou melhorar os sintomas de uma determinada


doença (medicamentos antialérgicos, analgésicos etc.)

Ação Profilática: Ação de prevenir doenças (vacinas).

Ação auxiliar de diagnóstico: Auxilia a diagnosticar uma determinada doença


(Ex.: Uso de simeticona antes de um ultrassom).
Divisões da farmacologia
 Farmacologia Geral: estuda os conceitos básicos e comuns a todos os
grupos de drogas.
 Farmacologia Especial: estuda as drogas em grupos que apresentam
ações farmacológicas semelhantes. Ex.: farmacologia das drogas
autonômicas (que atuam no SNC).
 Farmacognosia: estuda a droga no seu estado natural de matéria-
prima.
 Farmacotécnica: estuda o modo de preparo dos medicamentos.
 Farmacodinâmica: estuda o mecanismo de ação das drogas e efeitos
bioquímicos e fisiológicos por elas produzidos no organismo.
 Farmacocinética: estuda o movimento da droga no organismo.
 Química farmacêutica
 Toxicologia
Farmacocinética
 É o caminho que o medicamento faz no organismo.
 Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação, mas
sim as etapas que a droga sofre desde a administração
até a excreção, que são: absorção, distribuição,
biotransformação e excreção.
 Note também que uma vez que se introduza a droga no
organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea
sendo essa divisão apenas de caráter didático.
As fases da farmacocinética são:

Método de dispersão do princípio ativo a partir de sua


Liberação formulação. Aplica-se fundamentalmente a compostos
administrados por via oral. Exemplo: liberação da droga a
partir de uma pílula, cápsula, tablete, dissolução de
drogas ativas no tratogastrointestinal.

É a etapa que vai desde a escolha da via de administração


até a chegada da droga à corrente sanguínea. Vias de
Absorção administração como intravenosa e intra-arterial pulam
essa etapa, já que caem direto na circulação. Alguns
fatores interferem nessa etapa como pH do meio, forma
farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo).

Etapa em que a droga é distribuída no corpo através da


circulação. Ela chega primeiro nos órgãos mais
Distribuição
vascularizados (como sistema nervoso central, pulmão,
coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos menos
irrigados (tecido adiposo por exemplo).
As fases da farmacocinética são:

Fase onde a droga é transformada em um composto mais


Biotransformação
hidrossolúvel para a posterior excreção.

Pela excreção, os compostos são removidos do organismo


Excreção
para o meio externo.
As fases da farmacocinética são:

 Os sítios de excreção denominam-se emunctórios:


 rins
 pulmões
 fezes
 secreção biliar
 suor
 lágrimas
 saliva
 leite materno
Farmacodinâmica
 É a ciência que estuda o caminho percorrido pelo
medicamento no organismo, desde a sua
administração até a sua eliminação.
 Uma substância definida, com propriedades
ativas, produzindo efeito terapêutico.
Droga
 Qualquer substância que interaja com o
organismo produzindo algum efeito.
 A droga não cria nenhuma função no organismo,
ela modifica ou ativa uma função já existente.
 É um produto de natureza animal, vegetal,
mineral ou sintética, empregada na preparação de
um medicamento.
 É uma matéria prima para a produção de um
medicamento.
 Pode designar um determinado princípio ativo.
Medicamento
 É uma droga utilizada com fins terapêuticos ou de
diagnóstico.
 Muitas substâncias podem ser consideradas
medicamentos ou não, depende da finalidade
com que foram usadas.
 Por exemplo: A vitamina C se for obtida por meio
dos alimentos é considerada um nutriente, mas se
for administrada na forma pura para correção de
estados carências ou como estimulante das
defesas orgânicas é definida como um
medicamento.
Medicamento Homeopático
 Medicamento feito de acordo com as técnicas
homeopáticas.
 Podemos resumir a homeopatia como a "cura pelo
semelhante", ou seja, o medicamento
homeopático causa no organismo uma reação
semelhante à doença, fazendo com que o próprio
organismo reaja a ela.
Medicamento alopático
 Medicamento feito de acordo com as técnicas
alopatas.
 Podemos resumir a alopatia como a "cura pelo
contrário", ou seja, o medicamento causa um efeito
contrário à doença, melhorando-a ou curando-a.
 É um medicamento de ação contrária à homeopatia,
portanto, a não ser que o médico prescreva, não
devemos misturar tratamentos homeopáticos com
alopáticos, mesmo quando se referirem a doenças
diferentes.
 O paciente deve sempre informar ao médico todos os
tipos de tratamento que está fazendo.
Medicamento fitoterápico
 Medicamento feito à base de plantas medicinais.
Remédio
 É uma palavra aplicada no sentido geral, sendo
utilizada a todos os meios usados para prevenir,
melhorar ou curar as doenças.
Reação adversa
 É todo efeito não desejado do medicamento
quando este é utilizado em doses terapêuticas.
 Efeito Colateral: É um prolongamento da ação da
droga, por causa de sua inespecificidade; é um
efeito esperado.
 Todo efeito colateral é uma reação adversa, porém
nem toda reação adversa é um efeito colateral.
Placebo
 Remédio que não contem substância ativa.
 A pessoa manifesta uma resposta devido a
influencia de fatores psicológicos.
Receptores
 Muitas drogas aderem (se ligam) às células por meio
de receptores existentes na superfície celular.
 A maioria das células possui muitos receptores de
superfície, o que permite que a atividade celular seja
influenciada por substâncias químicas como os
medicamentos ou hormônios localizados fora da
célula.
Receptores
 O receptor tem uma configuração específica,
permitindo que somente uma droga que se encaixe
perfeitamente possa ligar-se a ele – como uma chave
que se encaixa em uma fechadura.
 Frequentemente a seletividade da droga pode ser
explicada por quão seletivamente ela se fixa aos
receptores.
 Algumas drogas se fixam a apenas um tipo de receptor;
outras são como chaves-mestras e podem ligar-se a
diversos tipos de receptores por todo o corpo.
Enzimas
 Além dos receptores celulares, outros alvos importantes
para a ação dos medicamentos são as enzimas, que ajudam
no transporte de substâncias químicas vitais, regulam a
velocidade das reações químicas ou se prestam a outras
funções de transporte, reguladoras ou estruturais.
 Enquanto as drogas que se direcionam para os receptores
são classificadas como agonistas (desencadeia uma
resposta) ou antagonistas (diminui esta resposta), as
drogas direcionadas para as enzimas são classificadas como
inibidoras ou ativadoras (indutoras).
Enzimas
 Quase todas as interações entre drogas e receptores ou
entre drogas e enzimas são reversíveis – depois de certo
tempo a droga “se solta” e o receptor ou enzima
reassume sua função normal.
 Às vezes uma interação é em grande parte irreversível
(como ocorre com omeprazol, uma droga que inibe
uma enzima envolvida na secreção do ácido gástrico), e
o efeito da droga persiste até que o corpo produza mais
enzimas.
Potência e Eficácia
 A potência refere-se à quantidade de medicamento
(comumente expressa em miligramas) necessária para
produzir um efeito, como o alívio da dor ou a redução
da pressão sanguínea.
 Exemplificando, se 5 miligramas da droga B alivia a dor
com a mesma eficiência que 10 miligramas da droga A,
então a droga B é duas vezes mais potente que a droga
A.
 Maior potência não significa necessariamente que uma
droga é melhor que a outra.
Potência e Eficácia
 A eficácia refere-se à resposta terapêutica máxima
potencial que um medicamento pode produzir.
Exemplificando, determinado diurético elimina muito
mais sal e água por meio da urina do outro.
 Assim, uma droga tem maior eficiência, ou eficácia
terapêutica, que outra.
 Da mesma forma que no caso da potência, a eficácia é
apenas um dos fatores considerados pelos médicos ao
selecionar o medicamento mais apropriado para
determinado paciente.
Tolerância
 A administração repetida ou prolongada de alguns
medicamentos resulta em tolerância. Tolerância ocorre
quando o corpo adapta-se à contínua presença da
droga.
 Comumente, são dois os mecanismos responsáveis
pela tolerância:
 - o metabolismo da droga é acelerado
 - diminui o número de receptores ou sua afinidade
pelo medicamento.
Tolerância
 O termo resistência é utilizado para descrever a
situação em que uma pessoa não mais responde
satisfatoriamente a um medicamento antibiótico,
antiviral ou quimioterápico para o câncer.
 Dependendo do grau de tolerância ou resistência
ocorrente, o médico pode aumentar a dose ou
selecionar um medicamento alternativo.

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