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INTRODUÇÃO A

FARMACOLOGIA
Discente: Gardenia Feitoza
PROCEDIMENTO

 O professor deverá fazer a chamada no inicio e no final de cada turno de aula.

 O aluno poderá faltar, até 25% das horas em sala de aula em cada disciplina;

 O aluno que exceder ao máximo de faltas permitidas não terá o direito de recuperá-
las por meio de trabalhos salvo as exceções citadas logo a seguir:

 Licença gestante;

 Intervenção cirúrgica;

 Tratamento de urgência ou doença infecto-contagiosa;

 Ausência de alunos que comprovadamente estejam participando de

eventos considerados “atividades complementares”.


SISTEMA DE AVALIAÇÃO
 Notas serão dividas em AP1, AP2 e AP3.

 Escala de 0 a 10.

 Considerar-se-á reprovado o aluno que não cumprir a frequência


mínima de 75% (setenta e cinco por cento) às aulas, sendo-lhe,
consequentemente, proibido prestar exames para obtenção da NAF.

o O aluno que apresentar frequência mínima de 75% nas atividades

desenvolvidas em sala de aula e obtiver média aritmética (AP) igual ou


superior a 7,0 (sete), será APROVADO POR MÉDIA.
CRONOGRAMA

 11/03/2023

Manhã: aula teórica

Tarde: atividade em sala

o 25/03/2023

Manhã: aula teórica

Tarde: prova escrita individual


ATIVIDADE
 Quais são suas expectativas com a disciplina de
Farmacologia.

 Cite duas dificuldades em relação aos estudos.

 Cite duas habilidades em relação aos estudos.


NOÇÕES GERAIS DE FARMACOLOGIA

 Origem: grego

 Farmakos: drogra, medicamento

 Logos: estudo

 Definição: parte da ciência que estuda as substâncias que


interagem com os sistemas vivos por meio de processos
químicos.
O QUE É UM FÁRMACO?

 É uma substância química de estrutura conhecida, que não


seja nutriente ou um ingrediente essencial na dieta, o qual
quando administrado a um organismo vivo, produz um
efeito biológico.

 Para ser considerado um fármaco ou uma substância deve


ser administrada como tal e não ser produzida/liberada por
mecanismos fisiológicos (Ex: insulina).
ORIGEM DOS FÁRMACOS

 A origem dos medicamentos vem do passado e tiveram


origem nas ervas e plantas.
 Outros são de origem animal: proteínas, hormônios
(insulina, óleos e gorduras);
 Drogas de origem mineral: produtos inorgânicos (ferro, iodo,
cloreto de sódio, cálcio);
 Atualmente, grande parte dos medicamentos é feita de
produtos químicos, sendo outros elaborados pela engenharia
genética.
MEDICAMENTOS E FÁRMACOS

Os medicamentos, ou
fármacos, são substâncias
usadas para o tratamento
das doenças: podem aliviar
os sintomas( efeitos),
abrandar a dor, prevenir ou
curar as doenças, e até
para salvar vidas.
REMÉDIO OU VENENO?

“... todas as substâncias são venenos, não existe nenhuma que


não seja. A dose correta diferencia um remédio de um veneno”.
Paracelso 1443-1541
DROGA

 No jargão atual, a palavra droga é frequentemente


associada a substâncias que causam dependência,
narcóticos ou que alteram a consciência.

 Essa é uma infeliz conotação negativa que leva a uma


opinião preconceituosa contra qualquer forma de terapia
química.
DEFINIÇÃO CORRETA DE DROGA

 Droga: substância ou matéria-prima que tenha


finalidade medicamentosa ou sanitária. Lei nº 5.991, 17
de Dez. de 1973).
MEDICAÇÃO E ALIMENTOS

 Alimento é um fator essencial e indispensável à


manutenção e à ordem da saúde.

 O fenômeno de interação fármaco-nutriente pode surgir


antes ou durante a absorção gastrointestinal, durante a
distribuição e armazenamento nos tecidos, no processo de
biotransformação ou mesmo durante a excreção.
MEDICAÇÃO E ALIMENTOS

 A presença de nutrientes pode constituir uma competição


pelos sítios de absorção, cuja consequência dependerá de
qual componente apresenta maior afinidade com este sítio. A
levodopa (L-dopa), usada no tratamento da doença de
Parkinson, tem ação terapêutica inibida por dieta hiporprotéica;
entretando, uma dieta hipoprotéica potencializa e estabiliza
este efeito.
ALIMENTO E MEDICAMENTO

 Alimentos atrasam o esvaziamento gástrico e reduzem a taxa


de absorção de muitos fármacos; a quantidade total absorvida
de fármaco pode ser ou não reduzida.

 Contudo, alguns fármacos são preferencialmente administrados


com alimento, seja para aumentar a absorção ou para diminuir
o efeito irritante sobre o estômago.
ANTAGONISMO E ANTAGONISTA

 Os denominados antagonistas agem como bloqueadores dos


receptores, ou seja, diminuem as respostas dos
neurotransmissores, presentes no organismo.
O antagonismo pode diminuir ou anular o efeito do agonista. Os
medicamentos sem prescrição médica, se misturados podem
ser perigosos, podendo os mesmos interagir entre si.

 Antagonismo: há antagonismo entre as drogas, quando a


intensidade do efeito de uma é reduzida pelo efeito da outra.
PARA QUE USAMOS OS MEDICAMENTOS

 REPOSIÇÃO: Fornecimento de elementos carentes ao


organismo. Ex. Vitaminas, Sais Minerais, Proteínas, Hormônios.

 PROFILAXIA: prevenção de doença ou infecção. Ex. Soros e


Vacinas.

 TRATAMENTO DE INFECÇÕES: antibióticos

 TRATAMENTO CÂNCER: quimioterápicos

 BLOQUEIO TEMPORÁRIO DE UMA FUNÇÃO NORMAL. EX.


Anestésicos gerais e locais, anticoncepcionais.
PARA QUE USAMOS OS MEDICAMENTOS
 CORREÇÃO DE UMA FUNÇÃO ORGÂNICA
DESREGULADA. Ex. Cardiotônicos na insuficiência cardíaca
congestiva, hidrocortisona na Insuficiência de supra-renal e
Insulina no diabetes.

 AGESTES AUXILIARES EM DIAGNÓSTICOS:


radiofármacos
BASICAMENTE PARA:
DEFINIÇÃO BÁSICA

 Medicamento é qualquer agente químico que, administrado no


organismo, produz efeitos benéficos e que são utilizados de acordo
com suas propriedades e indicações.
 Pode ser:
 Magistral: é preparado em farmácias de manipulação a partir de uma
formula prescrita pelo médico.
 Oficinal: substância ou formulação identificada como padrão em uma
farmacopéia.
 Farmacopéia: livro que oficializa as drogas de uso corrente e
consagradas como eficazes e úteis.
NOMECLATURA DOS FÁRMACOS

 Substância química: Fornece a descrição dos princípios ativos


e sua estrutura molecular. Não é comumente usada na prática
clínica.

 Nome genérico: Nome mais simples do que o nome do


princípio ativo. Atribuído ao fármaco.

 Nome comercial: Atribuído pelo fabricante. Indica que o


fármaco é registrado pelo fabricante e portanto, não pode ser
usado por ninguém além dele. EeEx: Nome genérico:
Parecetamol
Nome comercial:
Tylenol
GRUPOS FÁRMACOLOGICOS
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

 Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados


pela presença de outro fármaco, alimento, bebida de algum
agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos
adversos.

 Quando dois medicamentos são administrados,


concomitantemente, a um paciente, eles podem agir de forma
independente ou interagirem entre si, com aumento ou
diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro.
EXEMPLO DE MEDICAÇÕESDE USO COMUM E
INTERAÇÕES
FORMAS DE FÁRMACOS
 Estado físico no qual se apresenta um
medicamento.

Líquidos:
Sólidos: pó, soluções,
comprimido, Semi-solidos: xaropes, elixir,
óvulos, pílulas, pomadas, suspensão, Gasosos:
capsulas, pérola. cremes e colírio. aerossol.
geleias.
FARMACOLOGIA- DIVISÃO
FARMACOCINÉTICA

 É o ramo da farmacologia que descreve a resposta do


organismo aos medicamentos depois que eles entram no
corpo. Os quatro eventos que ocorrem após um
medicamento entrar no organismo são absorção,
distribuição, metabolismo e eliminação.
ABSORÇÃO
 Ocorre a partir do momento em que o medicamento entra
no corpo até ele entrar em líquidos corporais circulantes (
linfa e sangue). A via de administração e a forma de
medicação são os dois principais fatores que influenciam
esse processo.
DISTRIBUIÇÃO

 É o movimento das medicações no sangue para os vários


tecidos e fluidos corporais.

 OBS: Aqueles administradas por via intravenosa não


passam pela fase de absorção, ficando imediatamente
disponíveis para distribuição ao local de destino.
METABOLISMO

 É o processamento físico e químico de um fármaco pelo


corpo. A maioria dos fármacos é metabolizado no fígado.
A presença de enzimas do fígado que desintoxicam os
fármacos determina a taxa de metabolismo.
EXCREÇÃO/ ELIMINAÇÃO

 É o meio pelo qual o organismo elimina o medicamento.

 Os órgãos de excreção de fármacos incluem:

 Rins, pulmões, suor, glândulas lacrimais e salivares, mama(leite


materno), tubo digestivo(fezes e secreção biliar).

 A quantidade de tempo que leva para 50% do medicamento ser


eliminado do corpo é chamado de meia-vida.
FARMACODINÂMICA

 Explora a ação do fármaco e seus efeitos sobre o corpo.


Essa ação inclui mudanças que ocorrem em nível celular
(o que está acontecendo dentro do corpo que você não
consegue ver).

 Fatores que influenciam na ação do fármaco: Idade, a


altura e o peso e doenças que afetam o funcionamento
hepático e renal podem alterar o metabolismo e a
eliminação da maioria dos fármacos.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 Para melhor compreensão dos conteúdos que serão


abordados nos próximos capítulos, é necessário que o
profissional de enfermagem domine as nomenclaturas
mais utilizadas em farmacologia. Além dos termos já
esclarecidos, há outros que também são fundamentais,
dentre os quais:
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 Dose: é a quantidade de medicamento introduzido no


organismo a fim de produzir efeito terapêutico.

 Dose máxima: maior quantidade de medicamento capaz de


produzir ação terapêutica sem ser acompanhada de sintomas
tóxicos.

 Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose máxima e


pode causar consequências graves; a morte pode ser evitada
se a pessoa for socorrida a tempo.
CONCEITOS BÁSICOS

 Dose letal: quantidade de medicamento que causa morte.

 Dose de manutenção: quantidade que mantém o nível de


concentração do medicamento no sangue.

 Soluto: é a substância adicionada (no caso, o medicamento) ao


solvente para o preparo da solução. A quantidade de soluto
dentro de uma solução pode ser indicada diretamente ou
expressa em porcentagem ou solução.
CONCEITOS BÁSICOS

 Solvente: É o líquido (água destilada ou soro fisiológico) no


qual o soluto é dissolvido.

 Solução: é a união do soluto com o solvente. Por via


endovenosa só é permitida a administração de misturas
homogêneas totalmente límpidas, pois a presença de partícula
ou microrganismo pode levar à embolia, infecção e até a
morte.
CONCEITOS BÁSICOS

 Concentração: é determinada pela quantidade de soluto


numa proporção definida de solvente, e poderá ser expressa
em (%) ou g/l.

 Osmolaridade: é a quantidade de soluto existente numa


porção definida de solvente. A osmolaridade do sangue é 280
mOsm/l. A classificação é feita segundo sua osmolaridade, e
podem ser em três tipos:
CONCEITOS BÁSICOS
 Isotônica: solução de osmolaridade igual ao sangue; Ex. soro
fisiológico.

 Hipertônica: solução de osmolaridade maior que do sangue; Ex.


solução de naCL superior a 0,9%.

 Hipotônica: solução de osmolaridade menor que a do sangue; Ex.


água destilada.
CONCEITOS BÁSICOS

 Efeitos colaterais: são os efeitos não intencionais e


secundários, porém, esperados de um fármaco. Podem ser
inofensivas ou prejudiciais.
 Efeito tóxico: podem se desenvolver após o uso prolongado
de um medicamento.
 Reação adversa: é qualquer resposta a um medicamento que
seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses
normalmente utilizadas em seres humanos para a profilaxia,
diagnóstico e tratamento de doenças.
CONCEITOS BÁSICOS

 Reações alérgicas: é uma reação imprevisível de uma


medicação. As reações podem ir de leve a grave, como por
exemplo, o choque anafilático.

 Interações de fármacos: é o efeito que uma medicação pode


ter sobre a outra. Essas interações podem ocorrer quando dois
fármacos são administrados ao mesmo tempo o dentro de um
intervalo curto. Os fármacos podem ser propositadamente
combinados para um efeito positivo;
CONCEITOS BÁSICOS

 Tolerância ao fármaco: ocorre quando o corpo se acostuma


a um fármaco específico , e assim doses maiores são
necessárias para produzir os efeitos terapêuticos desejados.
Por exemplo, clientes com câncer e que apresentam dor
intensa podem precisar de doses cada vez maior.

 Sinergismo: quando o efeito de dois fármacos combinados é


maior que quando dado separadamente.
REFERÊNCIAS

 GOLAN, D. E. Princípios de Farmacologia: a base


fisiopatológica da

 farmacoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

 KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 9. ed. Rio de


Janeiro:

 Guanabara Koogan, 2005.

 RANG, H. P. Farmacologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

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